Tecnologia do amanhã

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Tecnologia do amanhã

13/02/2569 Oi, meu nome é Manfred, tenho 45 anos de idade. Vivo com meu filho Harry na Europa. O mundo já não é o mesmo, pois já passamos por um apocalipse, sobre o qual vou lhes contar. Essa história se passa no ano de 2511. Um cientista famoso chamado Dr. Pérez vivia na Europa. Ele era muito ambicioso e fez uma invenção que, no futuro, arruinaria a humanidade. Ele sempre questionou o fato de que não precisaríamos dormir para recarregar as nossas energias. Então, pensando neste fato, ele criou uma invenção que, se você usar, não precisaria dormir à noite. E sem que no outro dia você se sentisse cansado. O nome desta invenção era: Cintodor-Humanoide. Significava: cintodor, que vem de cinto-carregador. Humanoide, que vem de humano. Ou seja, cinto carregador de humanos. Ele conseguiu esta fabulosíssima e complexa obra usando: limões doces do Tibete, arroz salgado do Himalaia, mármore salpicado com complexo de diornoxuno. Estes elementos principais e mais alguns secundários, misturados em uma massa de lama com leite em pó em 1001010º graus.


Conseguiu esse feito com 23 anos de estudos incessantes, como no livro muito antigo chamado Frankenstein. Assim fez Pérez, se isolou

de

sua

família

como

Victor

Frankenstein,

apenas

para

conseguir seu objetivo. Ele ficou extremamente rico com esta invenção, vendeu para a sociedade de alta renda. Isso envolve políticos, empresários e todos que tinham muito dinheiro, pois a invenção custava mais ou menos 16,500 cyber-dólares. Mas, depois de dois anos, a população começou a morrer em massa. Logo cientistas começaram a procurar o motivo. Com algumas pesquisas, descobriram que, após o uso de dois anos, seu organismo vicia na substância Necronômina, usada na parte externa do cateto do fio azul do cinto. E seu corpo passa a depender daquela substância para viver. Logo, sem os cientistas terem uma resolução para o problema, morre quase toda a população de seres humanos. E sobra apenas um décimo da população mundial. E por incrível que pareça, um oitavo desses sobreviventes se situa na África e a outra no Afeganistão. E em ambas só populações extremamente pobres, que estão vivas porque não tiveram dinheiro para comprar a invenção. Depois disso, o povo da África (minha família) migrou para a Europa, onde acreditava que teria alimento e abrigo. E mesmo em


condições precárias, por incrível que pareça, conseguimos sobreviver. E logo podíamos afirmar: Sim estávamos em um apocalipse, pois as lojas fecharam, e não tinham mais leis. Não produzíamos mais nada, porque as pessoas com condições de conduzir estas tarefas estavam mortas, devido a uma simples causa: o cinto. Lutávamos por comida como cachorros famintos, dispostos a fazer tudo por uma lata de sopa. Achamos que a sociedade não tinha mais rumo por onde seguir. Nossa visão era uma extensa área de carros abandonados e uma quantidade de lixo abundante que parecia sem fim. Mas nossa sociedade ascendeu, quando achamos um lugar um tanto quanto favorável para nós. Era perto de um lugar que, um dia, já foi um supermercado. E para nossa sorte existia uma nascente de um rio logo ao lado. Pela primeira vez a 'sorte estava a nosso favor'. Não demorou muito para nós utilizarmos os recursos necessários e nos fixarmos ali. E assim, nossa aldeia cresceu e tornou-se, hoje em dia, a sociedade que se chama Trixfaxoma. Eu comecei a estudar por conta própria. E hoje sou considerado um dos cientistas mais geniais existentes. Abri uma empresa onde todos juntávamos sucata para construirmos matérias que, mesmo pacatas, eram

úteis para nossos estudos. Minha empresa é a

Androides Corporation.


15/02/2569 Mas isso não tem problema, pois eu e meu filho estamos trabalhando em algo que iria resolver nosso problema. Estamos criando robôs para buscarem alimento, algo que tem andado muito escasso. Eles têm forma humanoide, tem face próxima à humana e são revestidos com placas de metal brancas blindadas. Possuem sistema de inteligência artificial inovadora, pois podem aprender sozinhos. Estamos tentando criar apenas um no momento, pois ele é apenas um protótipo. Mas pensamos em produzi-lo em massa, assim ajudaremos a raça humana. O nome dele é Édros.

20/02/2569 Estou aqui de novo escrevendo este diário, estamos indo bem com as pesquisas e já comecei a construir o robô.

Comecei

trabalhando

com

na

inteligência

artificial.

velocidade na qual o robô aprende. alimentos

que podem

ser

Surpreendi-me

a

Ele consegue reconhecer os

consumidos

e

também

reconhece o

ambiente e grava em sua memória, que por sinal é muito boa.


22/02/2569 Agora

estou focado

em

montar o corpo, que pode ser

complicado, pois ele tem que poder se locomover em vários terrenos e também ser resistente a várias coisas. Estou testando a blindagem para ver se consegue segurar disparos de várias armas, pois existem vários conflitos fora de Trixfaxoma.

25/02/2569 Acabei meus testes e concluí que a blindagem é muito resistente. Mas ele tentou me atacar, por isso vou reiniciar sua inteligência artificial. Estou muito decepcionado com isso, pois faltavam poucos dias para terminar e enviar para buscar comida. Irei aproveitar também para melhorá-lo e fazer alguns ajustes.

28/02/2569 Ainda não descobri porque ele me atacou, mesmo assim eu lhe mandei buscar comida. Édros é a minha única esperança. Se ele não trouxer comida, não sei o que eu vou fazer, porque toda comida que há em Trixfaxoma está acabando, e por isso preciso que volte com alimento. Estou confiante que ele volte. Mas, se não voltar, teremos que nos mudar daqui e não teríamos para onde ir.


02/03/2569 Finalmente Édros voltou com comida. Ele trouxe vários tipos de comida enlatada e em conserva. Entretanto, não existe problema, pois agora poderei continuar minhas pesquisas e produzi-lo em massa em minha empresa. Em alguns dias, já teremos uma frota de ´´Édros´´.

17/03/2569 Acabamos de finalizar a fábrica, a comunidade inteira ajudou. Isto me deixa feliz, pois parece que eles estão aceitando meus robôs. Daqui a 10 dias teremos nossa primeira frota em ativa. As máquinas de produção feitas de sucata trabalham feito loucas. E o povo de Trixfaxoma está ansioso para este feito!

26/03/2569 Finalmente! Amanhã! Os robôs estão quase prontos. Este será um grande feito para reestabelecer a sociedade! E o primeiro Édros está no galpão da fábrica. Mudei sua função para vigiá-la. Mas agora está tarde, tenho que descansar, pois amanhã será um grande dia!


03/06/2569 Tudo deu errado! Os robôs se revoltaram e atacaram a todos! Eles eliminaram mais da metade da população de Trixfaxoma, mas eu e meu filho conseguimos fugir. E agora estamos abrigados em um acampamento com cerca de 30 sobreviventes do ataque. O primeiro Édros foi quem liderou a revolução. Ele, de alguma maneira, conseguiu instalar canhões de plasma em toda a sua frota! As defesas de Trixfaxoma tentaram detê-los, mas nossas armas de fogo comuns não chegaram a arranhar a blindagem dos robôs. Agora nossa antiga cidade foi totalmente controlada pelas máquinas.

Nós,

sobreviventes,

estamos

tentando

arrumar

uma

maneira de retomá-la.

15/06/2569 Após muitas discussões, chegamos a uma conclusão. Iremos criar uma bomba de hidrogênio. Este feito irá demorar, por isso iremos nos mudar para um lugar bem longe, pois os robôs estão expandindo seus domínios. Vamos para uma região perto de uma usina nuclear. A viagem vai demorar cerca de quatro meses. Iremos partir daqui a uma semana.

21/06/2569


Está tudo pronto. Amanhã iremos partir. Vamos viajar em cinco caminhões que encontramos em um antigo estacionamento. Nossos mantimentos já estão guardados e, em relação a armamento, eu e alguns amigos projetamos balas que liberam correntes elétricas, fortes o suficiente para nocautear alguns robôs por pouco tempo.

03/07/2569 Não pude escrever, pois estou ocupado. Já estamos na estrada. Neste tempo sofremos um ataque quando saíamos do acampamento. Cinco pessoas morreram, mas graças às nossas armas conseguimos fugir dos robôs.

12/07/2569 Encontramos uma vã cheia de sobreviventes. Eles agora estão seguindo atrás do último caminhão. Não encontramos mais robôs, mas sim um posto com gasolina. Enchemos igualmente o tanque de cada caminhão e da vã também. Engarrafamos um pouco e colocamos os galões no quarto caminhão. Então seguimos viagem.

06/10/2569 Não escrevi mais, pois entrei em uma funda depressão. Vou lhes contar por quê. Dessa maneira, devo aliviar minha consciência.


Era dia 23/08 quando estávamos passando por uma antiga cidade. Então, de repente, o quarto caminhão parou. Pedi a meu filho ir ver o que havia ocorrido, e este foi meu erro. Logo quando ele entrou no veículo, um disparo de plasma atingiu-o. Não tive o que fazer a não ser abaixar-me, pois o caminhão virou uma bola de fogo que iluminou tudo, mesmo sendo dia. Após a explosão, os motoristas dos automóveis dispararam em uma arrancada, enquanto alguns guardas atiravam nos robôs. Os robôs que mataram meu filho.

23/11/2569 Finalmente chegamos. Criamos um grande acampamento. E logo, eu e algumas pessoa fomos à usina nuclear para pegar os recursos necessários para a bomba. Tomamos o maior cuidado possível com o material nuclear. Mas conseguimos levá-lo para o acampamento. A partir de agora, irei me focar somente na bomba.

15/12/2569 Ela está pronta! Mas um drone de cinco metros projetado por Édros

invadiu

o

acampamento.

Os

guardas

o

derrubaram

e

desligaram. Eu levei-o para meu laboratório, consegui entrar em seu sistema e criar um controle para ele. Vou utilizá-lo para invadir a


base e detonar a bomba bem no centro. O único problema é que a distância máxima do controle e do drone é de 1 km, e o raio de destruição dela é de 10 km.

16/12/2569 Hoje eu estava me perguntando: o que será de mim sem meu filho? E com tudo que tem acontecido, estou determinado a me sacrificar pela humanidade e vingar meu filho. Amanhã vou falar a todos que eu vou controlar o drone.

17/12/2569 Já decidimos entre todos do acampamento, e felizmente eles me deixaram controlar o drone. Também planejamos que atacaremos daqui cinco dias. Estão todos ansiosos, mas ao mesmo tempo com medo. E não é para menos, pois, se tudo der certo, eles poderão voltar a ter uma vida normal. Mas se tudo der errado, todos morrerão.

22/12/2569 Hoje é o grande dia, e será a última vez que eu vou escrever. Se tudo ocorrer bem hoje, espero que um dia alguém encontre este


diário e relate todos esses acontecimentos. E que sirvam de exemplo para as pessoas do futuro, para que elas não cometam os mesmos erros que eu cometi. Está na minha hora. Acabaram de me chamar, estamos partindo, e isso é um adeus. Talvez algum dia alguém continue minhas anotações.

Autores: João Pedro Monteiro Pires, Marlon Silva Pereira e Pedro Henrique Freire Carneiro.


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