Revista digital "Occult Pop" ed #20

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EDITORIAL

Olá pessoal! Nessa edição vou fazer a segunda parte que conclui sobre o tema alquimia.

Essa parte será mais focada na técnica em si. Espero que gostem e boa leitura.

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PRÁTICA EM LABORATÓRIO: O

QUE FAZER?

Antes de mais nada, a própria palavra “laboratório” é um termo originário da alquimia: “ora et labora” que significa “reza e trabalha”, a “reza” no caso da alquimia não é a oração religiosa e sim o aspecto místico dessa ciência o que a diferencia da química.

O primeiro desafio do buscador (praticando um método “tradicional” como os

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alquimistas da Europa de séculos atrás) é a busca pela matéria primeira, pois apenas será usada essa e nenhuma outra. Muitas referências apontam que essa matéria é o ferro, mas não o ferro fundido e processado pela indústria e sim o ferro in natura extraído da natureza. O tempo e o mapa astral do praticante deve ser levado em conta (como citado na edição anterior da revista sobre o alquimista indiano). Diz-

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se que Isaac Newton (as investigações em misticismo de Newton são menos conhecidas do que suas contribuições para a ciência ‘tradicional’) trabalhava mais tempo em seu laboratório durante a primavera e outono (no hemisfério norte), pois, durante essas estações a natureza está mais favorável a prática alquímica. Esse ferro

bruto e natural colhido diretamente da natureza é levado ao chamado “cadinho” o

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recipiente onde o fogo irá agir, e caberá ao alquimista cuidar da ação do fogo sobre essa matéria (razão pela qual muitos alquimistas trabalham com assistentes, para não deixar o fogo se apagar durante o revezamento) e então será separado dessa matéria o sal, enxofre e mercúrio, porém em linguagem alquímica não são o sal, enxofre nem mercúrio vulgar, mas sim matérias específicas. O sal na obra

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alquímica não é o mesmo sal de cozinha, é interpretado como simbolizando a inteligência ou intelecto. Segundo René Aleau em “Descobrindo a Alquimia” ele diz: “O sal não é um princípio, mas uma consequência da união do enxofre e do mercúrio”. Nos tratados de alquimia esse é o símbolo do sal:

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Outro elemento a ser identificado durante essa operação é o enxofre, esse enxofre não é o enxofre comum, é chamado de enxofre porque tem características de calor, fumaça e volatilidade, razão pela qual nos tratados de alquimia costuma ser representado por uma salamandra, uma fênix e frequentemente como um dragão. Esse é o símbolo do enxofre usado em livros de alquimia:

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Já o terceiro elemento a ser separado durante a obra, o mercúrio, também não tem nada a ver com o metal mercúrio comum usado em termômetros e na mineração do ouro, esse mercúrio da obra alquímica é chamado de mercúrio porque se apresenta como um elemento aquoso, frio.

Nos tratados de alquimia ele (...)

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