EDITORIAL
Olá pessoal! Nessa edição vou falar resumidamente sobre a história da alquimia, suas origens, interpretações, textos, diferentes vertentes e sobre alguns adeptos famosos em duas partes. Espero que gostem e boa leitura.
Ricardo Dias de OliveiraALQUIMIA
Antes de mais nada, como se trata de uma ciência (ou “pseudo-ciência”) pouco conhecida, a grande maioria do público, em especial os leigos acabam formando sua concepção sobre alquimia baseado em estereótipos exagerados e nem sempre com lastro, por isso temos que esclarecer o que é e o que não é alquimia.
O conceito de que o objetivo dessa prática seria a criação da chamada “pedra filosofal” capaz de converter metais baratos em ouro e prolongar a vida está correto, mas, deve-se levar em conta a técnica e o contexto que levam até esses objetivos capazes de saciar todos ou quase todos desejos humanos, ao menos os materiais. Sobre a origem, sugere-se que a alquimia teria sido derivada de uma ciência realmente muito
antiga, talvez da civilização de Atlântida o que remontaria a milhares ou milhões de anos.
Não existem “receitas de bolo” sobre essa ciência ou fórmulas fixas (embora vários tratados escritos na Idade Média na Europa apresentem alguns padrões) e algumas civilizações fora da Europa tem suas técnicas próprias, como a alquimia chinesa que não procura a “pedra filosofal” para transmutar metais e sim o
“elixir” para prolongar a vida, e até mesmo existem técnicas próprias de praticantes indianos como o autor Idries Shah menciona em seu livro “Ritos Mágicos e Ocultos”. O interesse nessa prática foi incentivado na Europa principalmente devido a tradução de textos de autores árabes para o latim, a própria palavra “alquimia” é de origem árabe.