VIVA Céu do Mapiá - 40 anos

Page 1

CAPA

1

COMERCIAL ALVES: TRAJETÓRIA QUE ACOMPANHA A EVOLUÇÃO DA CIDADE

Em 1968, Boca do Acre era diferente. A família Alves já iniciava o seu negócio em um pequeno “botequim” alugado no antigo Mercado Municipal da Av. XV de Novembro –“construção de madeira, que o rio já levou....”, conta Sebastião Alves. A “Mercearia Lima”, do sr. Raimundo, oferecia a seus clientes parte de sua produção própria: feijão de praia, milho, banana, farinha, arroz, carvão.

Hoje, 54 anos depois, a mercearia do sr. Raimundo continua evoluindo em sua trajetória – rebatizada, nas últimas décadas, de “Comercial Alves”. Um dos 11 filhos de Raimundo Alves de Lima e de Raimunda Frota de Lima, Sebastião Alves assumiu a mercearia depois da morte do pai, em 1985, seguindo suas últimas palavras: “Sebastião, cuida da casa”. Ele não apenas cuidou, como, também, multiplicou os negócios.

Para melhor servir o cliente

Em 1999, Sebastião comprou terreno, construiu sede própria e reuniu equipe de colaboradores pra poder tocar seu comércio – que, num grande salto, passou de 100 a cerca de 3 mil itens oferecidos ao público.

Foi assim que a loja se tornou um expressivo comércio local. E não cresceu só em quantidade, mas, também, em variedade.

“Comercial Alves” oferece, hoje, a seus clientes, produtos em diversos segmentos, como: alimentação, incluindo um açougue, bebidas, higiene pessoal, cosméticos, limpeza, utensílios para o lar, eletrodomésticos. E não para por aí, tem até material de construção

2
Informe publicitário

Sebastião Alves, entre os filhos Luis e Daiane.

ATENDIMENTO PERSONALIZADO

A loja tem seu próprio serviço de entrega, na sede do município. E seu sistema de transporte também inclui buscar e retornar à casa os clientes mais idosos ou com dificuldade de locomoção. As compras podem, ainda, ser feitas a prazo.

É assim que, no Comercial Alves, clientes são tratados como velhos amigos – com confiança, acolhimento e apoio pra facilitar a vida de toda a gente.

VIVA MAPIÁ 40 ANOS

A relação do Comercial Alves com a Vila já vem de anos. E só se intensificou com o início da construção da Igreja – quando a loja atendeu à parte das demandas da obra. “A Vila é muito importante pra economia do município – seja pelos moradores, seja pelos visitantes do Brasil e do exterior. Todo dia tem barco descendo pro Mapiá, com suprimentos. O crescimento deles também é o nosso.”

É por isso – e pelas amizades já conquistadas ao longo dos anos – que Sebastião também comemora os 40 anos da Vila: “Que todos continuem felizes e contribuindo pra melhorar o mundo a sua volta!”

Comercial Alves

Av. Getúlio Vargas, 1871 – Centro Boca do Acre – AM + 55 (97) 9.8108-4268

comercialalves.bocadoacre

3
Informe publicitário

EXPEDIENTE

Editor Chefe: Oswaldo Guimarães

Editora Executiva: Patrícia F. Elias

Design gráfico: Alexsandro Lucio da Silva

Colaboradores (em ordem alfabética): Albina Mendonça (Vó Biná), Alexandra Lopez, Alex Polari de Alverga, Coletivo ISAVIÇOSA, Conselho Administrativo ICEFLU Santo Daime, Cristian Curti, Diretoria de Comunicação da Cooperar, Diretoria de Comunicação do INE, Elizabeth Mendes, Felipe Senna, Fernando de La Rocque, Fernando Ribeiro, Flaviano Schneider, Irene Villarreal, Isabel Barsé, Ivo Felipe, Katia Aparecida Garcia, Liesbeth van Dorsten, Lynn Schauwecker, Mabel Facchinni Barsé, Maria Betânia B. Albuquerque, Maria Eugênia Mortimer, Nilda Lopes Penteado, Padrinho Alfredo Gregório de Melo, Renata Solar, Robin Schanzenbach, Roseneide Raulino da Silva, Sanni Sequeira Irumé, Sônia Palhares, Susana Cabral, Tatiana Reis, Walter Menozzi; com produção de conteúdo também de Oswaldo Guimarães.

Imagens: Kézia Marinho, Iberê Perissé, Pedro Adnet, arquivos pessoais e institucionais, Cedoc.

Produção de imagens: Alexsandro Lucio da Silva e Kézia Marinho.

Tradução: Tatiana Reis, Platynny e Eliz Zen Revisão: Tatiana Reis e Patrícia F. Elias

Coord. Comercial: Paulo Sérgio da Silva Assessor Comercial: Jomiscley de Lima Barreto

A revista “Viva Mapiá 40 anos!” é uma publicação da Editora Chagas e Silva Ltda. Dir. fundador e executivo: Paulo Sérgio da Silva

Diretora financeira: Maria José Chagas da Silva Assessoria jurídica: Henrique Brunini Sbardelini

Contato: +55 41 9.9262-3595

EDITORIAL

A Vila Céu do Mapiá completou 40 anos. A Associação de Moradores da Vila Céu do Mapiá (AMVCM) quis registrar o acontecimento com esta Revista Viva Mapiá 40 anos! Após a Revista Mapiá 20 anos, esta publicação – com mil exemplares de tiragem impressa e à disposição em nossas plataformas oficiais em formato digital e bilíngue (português-inglês) – resgata as boas notícias de nossas instituições, principais lideranças, irmandade, igrejas e acontecimentos no passado, no presente e suas projeções para o futuro.

A edição ainda traz uma novidade. Pela primeira vez, estamos inserindo o apoio de nossos principais fornecedores, como forma de viabilizar seu alto custo editorial e gráfico. É um prazer também ter conosco aqueles que nos atenderam em serviços e produtos durante essas décadas. Desde já, agradecemos a parceria e recomendamos aos leitores que priorizem nossos apoiadores no seu consumo.

Desejamos a todos uma boa leitura e, à nossa amada Comunidade, um feliz aniversário. Que Deus lhe dê muitos anos de vida, com muita saúde, felicidade, prosperidade, paz e amor. Parabéns, Vila Céu do Mapiá! Que venham os próximos 40 anos!

AGRADECEMOS

A Deus e aos Seus Aos nossos Padrinhos e Madrinhas Ao Mapiá e toda Irmandade Aos colaboradores desta edição Ao CEDOC ICEFLU Às Instituições locais e parceiras Aos nossos anunciantes

+55 97 9.8416-7135

+55 97 9.8416-7135

A revista não se responsabiliza por informações, opiniões e ideias emitidas por seus anunciantes.

Tiragem desta edição: 1 mil exemplares.

Acesse este QrCode e confira as versões digitais em Português e em Inglês.

Access this QrCode and check the English and Portuguese digital versions.

7
Oswaldo Guimarães é Secretário Geral da AMVCM e editor da revista.
Guimarães Editorial Expediente
Oswaldo

CÉU DO MAPIÁ,

PROJETO COMUNITÁRIO MODELO PADRINHO SEBASTIÃO MOTA DE MELO E FAMÍLIA

respeito por Deus, por todos os seres divinos. Incluindo, sempre, a força da floresta, a força da Rainha da Floresta. Esta escola vem nesse ensinamento e aprendizado já há bastante tempo.

Nadécada de 80, iniciou-se a Comunidade modelo Padrinho Sebastião, com a finalidade de criar, materialmente, a escola espiritual da linha da Doutrina do papai Sebastião, em conjunto com o Padrinho Irineu Serra. O que originou-se o começo de uma escola do novo mundo, novo povo, novo sistema. E, na época, criamos a forma comunitária do segmento da irmandade na religião, no aprimoramento da Doutrina e da Comunidade, na forma de vida do nosso projeto comunitário modelo Padrinho Sebastião – que quer dizer união, compreensão e irmandade.

Daí, então, criamos a força, o rumo certo de expandir essa escola pela floresta desde o Acre ao Amazonas. E podemos, assim, enraizar a Doutrina e a Comunidade, com toda firmeza, certeza e convicção do seu fundador, de seu criador. Daquele profeta que recebeu esta missão como uma profecia e vem se desenvolvendo passo a passo, mostrando, assim, a nossa Comunidade desde a infância, a adolescência e a maturidade.

Então, foi trabalhado no seringal Rio do Ouro, naquela selva maravilhosa do Rio do Ouro, quase quatro anos de administração no modelo papai Sebastião – que é o extrativismo, a renovação, o respeito pela natureza, o

Nossa comunidade transportou-se para o Céu do Mapiá, onde, hoje, está. Graças a Deus e a todos os nossos esforços, está enraizada como uma árvore que tem raiz, caule, folhas, flores e frutos. E esses bons frutos estão discernidos em todo aquele que se desenvolveu e se aprimorou espiritualmente. Em todo aquele que, hoje, toma conta de algum setor da Comunidade, ainda na batalha de fazer tudo dentro do gosto e do prazer daquele que nos deu este legado desta escola espiritual e material.

9
Padrinho Alfredo Gregório de Melo
Artigo
(foto: CEDOC)
Palavra do Padrinho Alfredo Gregório de Melo Presidente do Conselho Doutrinário da ICEFLU (foto: Iberê)

E, assim, eu vejo a Comunidade como um nenê. Depois, como uma criança já se desenvolvendo e, logo mais, como quem já tem um certo entendimento da vida, como uma adolescência. E atravessando as dificuldades, tanto para a compreensão espiritual, quanto para a compreensão material, para o encaixe verdadeiro, humano e respeitoso da parte material, que tanto é necessário para o crescimento, a expansão e a eternidade desta escola espiritual do papai Sebastião e do Padrinho Irineu Serra.

Então, a nossa Comunidade, hoje, já dentro da maturidade, está mais apta a compreender e receber as dádivas que tanto nos chegam através de doações, de ajudas humanitárias, de projetos e, até mesmo, de empregos e de outras formas do governo, para o equilíbrio da Comunidade.

Com certeza, a Comunidade está com muita perspectiva, ainda que não foi concluída, mas com a maturidade e o cuidado e o respeito, com este poder criador, este poder expansor, que é Deus em tudo. A Comunidade pode estar alcançando, no momento atual, muitas coisas boas no sentido de um projeto bem elaborado de vida, um projeto de vida bem firmado e satisfatório dentro da pedida dos Mestres: ouvir muito, falar pouco e amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo.

Então, vejo a Comunidade já bastante preparada pra assumir tudo o que já está chegando e mais sabedoria e mais projetos bons que vão chegar – para o equilíbrio material comunitário

do nosso povo, dos nossos velhos, dos nossos adultos, dos nossos jovens, dos nossos adolescentes, das nossas crianças, da nova geração. Então, viva todos esses, viva a nova geração. Assim, faço um ponto aqui, neste discernimento, contando algo mais importante que ocorreu, como nos bons momentos, quanto nos momentos de sofrimento, de dificuldade, que não foi fácil e nem é, ainda, fácil. Temos que ter muita resiliência para que, com o tempo, em 40 anos, tudo muda, tudo evolui ou involui, dependendo do trato com o projeto. Muito obrigado pelo momento!

10
( foto: CEDOC) (foto: Oswaldo Guimarães)
Artigo
(foto: Oswaldo Guimarães)

CÉU DO MAPIÁ NASCENDO E CRESCENDO

Que, daqui mais uns anos, ele seja um Céu do Mapiá bem próspero, cheio de emprego. Que a gente possa ter nossos jovens todos fazendo algo, trabalhando, não só através do dinheiro, como através de um trabalho comunitário, com bastante alegria, vivendo mais juntos, plantando e colhendo.

No início do Céu do Mapiá, quando a gente chegou, ele ainda era criança, né? Nascendo e crescendo. Então, a gente foi também, junto com ele, crescendo e vivendo uma vida de seringal: assim, bem natural, bem em busca dessa vida de se viver da floresta, com o que a floresta tem e com o que a gente faz, também. Planta e colhe.

Nosso início foi assim. Foi sempre nessa intenção de trabalharmos juntos em união. Aí, era um seringal e de um seringal, depois, fomos vendo o crescimento de tudo isso e, graças a Deus, chegou como está agora – uma cidade que o Padrinho, também, sempre nos falava. Falava da Nova Jerusalém, da cidade da Nova Jerusalém. Então, pra mim essa é a cidade da Nova Jerusalém.

E daqui pra frente – e, também, pro futuro de nossos netos e bisnetos – eu espero que seja sempre assim, nesse crescimento, nessa busca desse entendimento de vivermos juntos, trabalharmos juntos e fazer as coisas prosperarem; dentro de tudo que nós temos, já, de bom, aqui dentro.

Então, eu vejo assim: que o nosso Céu do Mapiá sempre tenha um bom crescimento.

Roseneide Raulino da Silva é Presidente da AMVCM.

Daqui mais pra frente só vejo assim: que o povo dê mais uma acordada e a gente vá vendo que temos que viver da nossa terra, ter a nossa terra – que é a nossa Mãe Criadora, que é quem nos apoia. Nós podemos nos apoiar nela também, com o nosso conhecimento, plantar o que nós temos que comer, que muitos já estão aí, fazendo. E nós temos que acompanhar, porque sempre a gente fez isso e um tempo a gente esqueceu. Mas nós não podemos esquecer, temos que estar sempre nessa frente.

Então, que todos estejam já um pouco acordados pra essa busca do nosso futuro. Pra nós, pra nossos filhos e netos.

11
Roseneide Raulino da Silva
Artigo
Acordes harmoniosos. Família pioneira: Crescendo. (foto: Oswaldo Guimarães) (foto: Iberê Perissé)

NOSSO FÓRUM DE PEQUENAS CAUSAS

OConselho

Ético Disciplinar – CED é uma espécie de fórum de pequenas causas da Vila Céu do Mapiá. Formado por cerca de 12 moradores anciãos voluntários, o CED já atendeu milhares de casos. Funciona assim: na AMVCM fica o Livro de Registros de Ocorrências, onde o morador ou o visitante pode registrar sua reclamação. Quando há um número considerável de acontecimentos, são enviadas solicitações de comparecimento aos reclamantes, reclamados e eventuais testemunhas, para uma reunião com os conselheiros.

Na reunião, o reclamante detalha sua reclamação, o reclamado se defende e as teste-

munhas dão sua versão. Após os relatos, os conselheiros dão seus pareceres, em geral um conselho às partes envolvidas. Em casos mais graves: advertências, punições como

suspensão de participação nas atividades da Igreja, de prestação de serviços às instituições ou mesmo suspensão do direito de permanência na Vila.

O CED sempre contou, para suas atividades de investigação e cumprimento de suas determinações, com um grupo de apoio, hoje denominado Guardiões da Floresta – seis moradores fardados e remunerados, graças à ajuda de parceiros. Com isso, diminuíram bastante os incidentes na Comunidade. O CED também conseguiu elaborar, junto com o Instituto Dialogação, seu Regimento Interno e busca, agora, parcerias para construir sede própria e viabilizar definitivamente seu funcionamento e a remuneração dos Guardiões. Já são centenas de atendimentos.

13
O Conselho Ético Disciplinar é o poder judiciário na Comunidade, atuando para manter a ordem e a harmonia entre moradores e visitantes. Alguns membros do CED.
Instituições
Presidente de honra do CED. (foto: Kézia Marinho) (foto: Oswaldo Guimarães)

AMVCM: A PRIMOGÊNITA DAS INSTITUIÇÕES MAPIENSES

A Associação de Moradores da Vila Céu do Mapiá nasceu para administrar a Comunidade e, hoje, é quase uma prefeitura.

Fundada

em 6 de abril de 1987, a Associação de Moradores da Vila Céu do Mapiá (AMVCM) foi a primeira instituição nascida da mãe ICEFLU – na época ainda denominada Cefluris. Foi também a primeira organização laica, criada para administrar a Comunidade.

Tendo como primeiro presidente o Padrinho Alfredo e como vice seu irmão Valdete, depois Lucio Mortimer, Alex Polari, José Corrente, Antônio Jorge e João Evangelista (Vanja); hoje tem, pela primeira vez, na sua direção, uma mulher: Roseneide Raulino.

Nestes 40 anos, a AMVCM foi fundamental para a organização comunitária, desde a transformação da área em Floresta Nacional, a organiza-

ção dos mutirões, o apoio aos setores como saúde, assistência social, segurança, meio ambiente, etc., as relações com os setores públicos como prefeitura, ICMBio e demais instituições governamentais e não governamentais.

Hoje, administrando uma comunidade com cerca de mil moradores, que se estende da Vila central até as colônias ribeirinhas, Fazenda São Sebastião e praias Gregório de Melo e Dom João, a AMVCM é como uma prefeitura local.

Inauguração da nova sede. (foto: Kézia Marinho) (foto: CEDOC)

A primeira sede.

Com um estatuto moderno, que se divide em três conselhos: Administrativo (de representação institucional), Comunitário (secretaria geral e 10 gestorias) e Fiscal, a instituição é referência para articular e gerir as atividades comunitárias e institucionais.

Como tal, a AMVCM vem articulando o Plano Diretor Participativo Comunitário, no intuito de planejar a organização fundiária, regimento interno, recadastramento dos moradores, levantamento de dados socioeconômicos ambientais, de saúde, educação, infraestrutura etc.

Com isso, pretende estruturar a Vila para os próximos 40 anos.

Que venham!

15
Oswaldo Guimarães é Secretário Geral da AMVCM.
Instituições

A SAGA COMUNITÁRIA NO CORAÇÃO DA AMAZÔNIA

Vila Céu do Mapiá

AVila Céu do Mapiá foi fundada em 21 de janeiro de 1983, quando aportaram em seu solo o padrinho Sebastião e seus acompanhantes. Atrás deles, numa grande canoa, vinha a turma do GTP, o Grupo de Trabalho Pesado, que logo construiria uma “la-

tada” – abrigo onde todos ficaram no centro da Comunidade e que se tornaria a casa do Padrinho. Vindos da Colônia Cinco Mil, a primeira comunidade fundada por eles, tinham como objetivo vivenciar o desenvolvimento humano e espiritual em um novo sistema

de vida comunitário, justo, em harmonia e nutrido pela floresta, como uma alternativa experimental de soluções para a atual crise ambiental, cultural e socioeconômica.

Durante e após a fase pioneira, de construção da infraestrutura básica, plantios

16
completa 40 anos construindo o sonho de seu fundador Padrinho Sebastião de “um novo mundo, novo povo, novo sistema”.
História
(foto: CEDOC) Pioneiros comunitários.

Famílias comunitárias.

e acordos informais, houve a constituição das principais organizações que hoje atuam na Vila, desde a sua instituição mãe, o Centro Eclético de Fluente Luz Universal (CEFLURIS), hoje Igreja do Culto Eclético da Fluente Luz Universal (ICEFLU), como também: Associação de Moradores da Vila Céu do Mapiá (AMVCM), Instituto de Desenvolvimento Ambiental Raimundo Irineu Serra (IDARIS), Associação de Produtores do Baixo Igarapé Mapiá (APROBIM), Centro de Medicina da Floresta (CMF), Escola Estadual Cruzeiro do Céu e sua Associação de Pais e Mestres Comunitários, Jardim de Infância Municipal Madrinha Rita, Cooperativa Agroextrativista (Cooperar), Santa Casa de Cura Padrinho Manoel Corrente e Unidade

Básica de Saúde Municipal. E ainda: vários movimentos organizados como o Emflores (mulheres), Centro de Cultura e Lazer Lua Branca (infanto-juvenil), Jardim da Natureza (artistas e artesãos), Casa de Música Madrinha Júlia, Telecentro, Biblioteca Mário Rogério, Rádio e Canal Jagube, entre outros.

Estas instituições e organizações formaram o GTI –Grupo de Trabalho Interinstitucional, fórum destinado a aconselhar e deliberar sobre assuntos suprainstitucionais.

A Comunidade cresceu, organizou-se e, hoje, com cerca de mil habitantes, vai enfrentando os novos desafios, em busca do sonho do Padrinho Sebastião: um “novo mundo, novo povo, novo sistema”.

MESTRES COMUNITÁRIOS

Em 1945, Raimundo Irineu Serra, fundador da Doutrina do Daime, conseguiu migrar para um seringal, área de mata nativa horas distante da cidade, onde desenvolveu seu modo de vida em liberdade. Mestre Irineu, sempre acompanhado destas famílias, durante décadas, recebeu doentes desenganados que, por seu trabalho, eram curados, sendo que muitos se fi xaram na comunidade.

Já na década de 70, Padrinho Sebastião, um dos grandes seguidores do Mestre, desenvolve uma comunidade na Colônia Cinco Mil. Ele ainda seguiria com seu povo para o Rio do Ouro antes de fundar a Vila Céu do Mapiá, em 21/01/1983 – um dia após a data de São Sebastião, e de sua passagem para o espiritual, sete anos depois.

17 História
(foto: CEDOC) (foto: Kezia Marinho) Mestre Irineu, nos primórdios da comunidade. GTI – Grupo de Trabalho Interinstitucional. (foto: CEDOC) Plano de Manejo, conquista das instituições.

NOSSAS COMUNIDADES AMAZÔNICAS: DA MÃE À CAÇULA

A saga comunitária começou na Cinco

Juruá, onde nasceu o fundador.

Mil e retornou ao

A MÃE

OPadrinho Sebastião conheceu o Mestre Irineu e o Daime em 1965 e passou a frequentar o Alto Santo com a família. Logo iniciou trabalhos em casa, com os familiares, parentes e vizinhos. Foi o embrião da Igreja da Colônia Cinco Mil. Em 24 de junho de 1974 (São João), a Igreja nascia oficialmente, recebendo o nome de Centro Eclético de Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra (CEFLURIS).

Desta data até 1982, o centro recebeu visitantes de todo o Brasil e começou a internacionalização do Daime – por meio dos milhares estrangeiros de 15 países das Américas, Ásia e Europa que visitaram a colônia.

Em 1989, a Igreja da colônia Cinco Mil se emancipa, passando a se chamar Centro Eclético de Fluente Luz Universal Wilson Carneiro de Souza (CEFLUWCS) em homenagem ao Padrinho Wilson que, por muitos anos, esteve à sua frente e na gestão da colônia.

Hoje, o CEFLUWCS tem, em sua presidência, a filha primogênita do Padrinho Sebastião, Maria Gregório de Melo, a Madrinha Neves. Os trabalhos continuam ininterruptos e a porta continua aberta. O cinquentenário vem ai!

A CAÇULA

Em 1996, Padrinho Alfredo volta à sua terra natal, realizando um pedido do Padrinho Sebastião: levar o Daime para sua família que permaneceu no Juruá. O encontro com os Mota Melo foi um marco histórico na família, pois conheceram a Igreja do tio Sé.

No ano 2000, Madrinha Rita voltou aos Estorrões, após 43 anos de sua saída. Inaugurou a igreja de Ipixuna – Centro Eclético Raimundo Mota de Melo, irmão do Padrinho Sebastião.

Hoje, temos duas igrejas dirigidas pela família Mota Melo: Céu dos Estorrões e a de Ipixuna, que cumprem o calendário oficial da nossa Doutrina.

E alegria de ver o sonho do Padrinho Sebastião realizado e a Doutrina se expandindo na Floresta.

18
História
Elizabeth Mendes ajudou na fundação do Juruá Flaviano Schneider ajudou na fundação da Colônia Cinco Mil

DE SERINGAL À ECOVILA: UMA TRAJETÓRIA EVOLUTIVA

Ao longo de seus 40 anos, a Vila passou por

Os

pioneiros aqui aportaram, com a permissão do INCRA, após terem formado uma bem sucedida comunidade na Colônia Cinco Mil, em Rio Branco – AC, e outra no Rio do Ouro, já no Amazonas, de onde saíram depois da intervenção de um grileiro. Na época, um seringal abandonado, a área foi revitalizada pelos experientes seringueiros (muitos deles soldados da borracha), pequenos agricultores, pecuaristas, artesãos e carpinteiros.

Desde então, houve a criação da sua Associação de Moradores (1987), a conquista da elevação da região à Floresta Nacional (Flona do Purus, 1988) e sua vizinha Floresta Nacional do Mapiá-Inauini –constituindo um mosaico de áreas protegidas que incluiria, ainda, a Floresta Nacional do Médio Purus, a Reserva Extrativista Arapixi e as Terras Indígenas Camicuã e Inauini/ Teuini, num total de mais de um milhão de hectares.

Em 2004, a Vila concluiu seu Plano de Desenvolvimento Comunitário (PDC), através de um amplo processo participativo que resultou no fortalecimento da visão e missão da Comunidade, na organização de grupos de ação em áreas estratégicas e na formação de um Grupo de Trabalho Interinstitucional – GTI. Em 2009, foi finalizado o processo de construção do Plano de Manejo da Flona do Purus. No ano de 2013, o Amagaia, baseado no currículo de Educação para o Design de

Ecovilas, conectou o Céu do Mapiá ao movimento global de Ecovilas e à GEN – Global Ecovillage Network (Rede Global da Ecovilas), da qual é filiado, sendo reconhecido oficialmente como uma Ecovila.

19
diferentes fases de organização, tendo conquistado muitos marcos significativos.
História
(foto: CEDOC) (foto: CEDOC) (foto: Kezia Marinhao) De Seringal à Flona. De Flona à Ecovila. Filiando na Rede Global de Ecovilas.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA VILA, UM LONGO CAMINHO

Aorganização comunitária é uma herança dos tempos da Colônia Cinco Mil, quando o Padrinho Sebastião e seus seguidores desenvolveram um sistema de convivência comum exitoso. O modelo foi transferido para o Rio do Ouro e Mapiá. Na Vila, quatro anos após sua fundação, em 1987, foi criada a Associação de Moradores.

Em 2002 iniciou-se o Plano de Desenvolvimento Comunitário (PDC), em parceria com o WWF/Brasil e outras instituições. Durante dois anos, os moradores se mobilizaram junto com os setores organizados para construir pontes entre as necessidades e suas soluções. Este amplo processo participativo alcançou muitos resultados práticos e organizativos.

AmaGaia

A partir de 2010, uma série de encontros participativos e formativos sobre a organização e a sustentabilidade comunitária culminaram na re-

alização do AmaGaia, em 2013. O processo contou com participação de representantes de organizações atuantes na região, de outras comunidades no entorno, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e parceiros de outras partes do Brasil e do mundo, incluindo o movimento global de ecovilas.

22
A busca pelo desenvolvimento sustentável e organização social participativa da Comunidade passou por diversas etapas e planos.
História
Se capacitando pro entendimento sustentável. Se formando amagaianos (foto: acervo) (foto: Acervo)

Plano Diretor

O Plano Diretor Participativo (PDP) é uma necessidade urgente para a consolidação da Ecovila Céu do Mapiá –construído por meio de uma ampla mobilização nos bairros (aglomerações residenciais próximas), nos setores de trabalho (saúde, educação, segurança, meio ambiente, infraestrutura, administração etc) e nas instituições. Por meio dele, pretende-se a regularização fundiária (definição de áreas públicas e privadas, ca-

minhos, áreas de preservação permanente, residenciais etc), a criação de nosso Regimento Interno (as leis de convivência pactuadas entre os moradores), os indicativos de políticas comunitárias comuns para os setores e instituições etc.

O projeto do PDP já foi elaborado e iniciado com o recadastramento da população, até ser interrompido pela pandemia. Agora deve voltar à fase de captação de recursos.

(fonte: ICMBIO)

Na relação de Flonas, a do Purus segue entre as que menos desmatam.

23
História
Preparando o Plano Diretor Participativo.
Se organizando...
Com apoio direto do Instituto Socioambiental de Viçosa (ISAVIÇOSA) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV), o objetivo foi trocar experiências e saberes, assim como organizar Grupos de Trabalho com planos de ação para a sustentabilidade, em diferentes áreas. O processo teve continuidade nos anos seguintes, tornando-se um programa a partir de 2018, com a efetivação de diversas ações e projetos regenerativos, com apoio do Instituto Nova Era (INE). Acervo)
(foto: (foto: Oswaldo Guimarães)

NOSSAS COMUNIDADES VIZINHAS

Fazenda São Sebastião

A Fazenda São Sebastião foi adquirida pelo Padrinho Alfredo, com ajuda do irmão Marcial, no início da formação da Vila Céu do Mapiá. Para administrar a recém-formada comunidade foi destacado Francisco Corrente, com sua larga experiência já adquirida na Colônia Cinco Mil e Rio do Ouro. Em pouco tempo, a Fazenda cresceu e se tornou um importante polo de produção agroflorestal, com a implantação de uma mini usina de beneficiamento de banana, lago para piscicultura, plantio de Rainha e Jagube, madeiras e fruteiras.

Hoje, com cerca de 150 moradores, a comunidade possui sua própria igreja recém-reformada. E a casa da família do Chico Corrente se transformou em um Memorial, tem Cozinha Geral, Casa de Feitio e Escola Municipal integrada com a Escola Estadual Cruzeiro do Céu (Mapiá). Ah, sim, e continua dando todo aporte aos moradores do Mapiá e visitantes que lá desembarcam, como também fornecendo alimentos e matéria-prima para nosso Sacramento.

Prainha

Agricultores experientes e acostumados com a vida amazônica, os fundadores do Mapiá logo perceberam a importância das praias fluviais do rio Purus para o plantio de grãos, legumes e frutas, necessários para o abastecimento da Vila. Novamente, com a ajuda do irmão Marcial, adquiriram uma área um pouco mais abaixo da foz do igarapé Mapiá, a Prainha Gregório de Melo, iniciando ali uma colonização que faria história. Sob a liderança do Padrinho Nel, Madrinha Cristina e família, foram construídas casas, igreja, escola, casa de farinha e paiol. Boas produções foram colhidas, até que uma grande alagação, em 1997, obrigou boa parte da população a se mudar para a sede da Vila.

Entretanto, os moradores nativos continuam na Prainha, junto aos vizinhos da Praia Dom João. Atualmente, são 8 famílias nas duas comunidades, totalizando aproximadamente 35 pessoas. Os moradores plantam e colhem, abastecendo o Mapiá e entorno de grãos e outros alimentos, sem necessidade de adubos químicos ou agrotóxicos, aproveitando a alta fertilidade dessas áreas alagáveis. Bons alunos, também fazem seus trabalhos espirituais com hinos próprios e cantoria afinada.

25
Ribeirinhas do igarapé e do Purus, elas estão na gênese do Céu do Mapiá.
História
Colheita de arroz na praia. Moradores com Chico Corrente. (foto: Juliana) (foto: CEDOC)

ESSAS FAMÍLIAS VÊM DE LONGE

Tal qual as epopeias bíblicas, famílias seguem juntas, algumas por mais de meio século, se tornando um povo só.

A saga dos seguidores de Sebastião Mota.

Em 1974, o Padrinho Sebastião com sua família se desliga oficialmente do Alto Santo. Depois de intensa convivência com o Mestre Irineu, dava início à missão espiritual à qual foi destinado: expandir a doutrina do Santo Daime –como foi profetizada pelo seu Mestre amado. Rita Gregório de Melo, sua esposa, de temperamento amoroso e muita calma, é a matriarca da expansão da Doutrina. Tiveram os filhos: Valdete, Alfredo, Neves, Isabel,

Nonata, Marlene, Pedro, José. Sebastião ainda traria a Glória e formaria uma Corrente, adotando a Iracema.

A colônia onde moravam foi fundada pelo cunhado Manoel Gregório da Silva, que junto com Cristina Raulino da Silva, gerariam: Silvia, Odemir, Antônio Jorge, Rosa, Maria Amélia, Roberval, Rosineide, Rutilene, Carlos Cézar e Sebastião. Eram vizinhos a cunhada Júlia e filhos: Maria de Fátima, João Batista, João Evangelista

e Maria José Chagas da Silva e o esposo. A irmã dela, Tereza Gregório, a Tetê, era também muito dedicada à Doutrina. Ela foi a primeira a reconhecer, em Sebastião Mota, o Padrinho, pedindo-lhe benção. Junto ao velho patriarca, ao longo de meio século, chegariam ainda muitas famílias, não só da vizinhança, mas de todas as partes do globo, cujos nomes vão sendo registrados nos livros de nossa história. Formando um só povo. O povo de Juramidam! Albina Mendonça (Vó Biná)

26
História
(foto: CEDOC) Várias gerações.
História Família Mota de Melo
Kézia Marinho)
Kézia Marinho)
Rafael
(foto:
(foto: CEDOC) Família Paes Família Corrente Famílias... Família Santos, Gregório, Raulino, Brilhante Famílias ribeirinhas do igarapé Mapiá Família Chagas e Silva (foto: CEDOC)
(foto: Kézia Marinho) (foto:
(foto:
(foto:
Oliveira)
acervo)

ANUNCIO

GRATIDÃO ÀS MULHERES DO CÉU DO MAPIÁ

Ontem e hoje, elas desempenham papel fundamental para o desenvolvimento da Vila.

rizava sua dedicação. Sempre trabalhando com as mulheres e ensinando o bem viver.

Com a grande transformação social que ocorreu no Mapiá nesses 40 anos, essas companheiras do Padrinho seguem compartilhando sua força e dedicação. Hoje, ocupam cargos Gerações

Conhecemos a comunidade logo no início de sua instalação. Sônia esteve lá em 1983, e Susana em janeiro de 1985.

As Madrinhas Rita, Cristina e Júlia nos receberam com carinho e atenção. Sabiam que, para nós, mulheres do sul, tudo era novo e desafiador. Além das orientações espirituais, as Madrinhas nos hospedavam em suas casas, nos aceitavam com nosso jeito, sem preconceito, rindo de nossa ignorância da vida na floresta e festejando nosso encontro. Fomos acolhidas com firmeza e amor. Conhecemos mulheres muito queridas! Eram cuida-

doras dos doentes, das parturientes e das crianças. Rezadeiras e parteiras, agricultoras, professoras, musicistas e costureiras. Na Igreja, chegavam cedo, as jovens cantavam muito bem e as mulheres cuidavam dos visitantes.

O Padrinho Sebastião reconhecia o esforço e dom de cada uma delas. Tinha profunda compaixão por sua luta, pelas

(foto: acervo)

Nosso jardim de flores.

nas principais instituições: Associação de Moradores, Centro Medicina da Floresta, Santa Casa, Cozinha Geral, Escola, Centro de Saúde etc.

As mulheres sempre desempenharam tarefas fundamentais para o desenvolvimento do Céu do Mapia e construíram um modo de vida relacionado com a floresta, conhecendo a natureza e seus ciclos.

29
Sônia Palhares e Susana Cabral são coordenadoras do GT Mulheres da ICEFLU
História
femininas. Corpo mediúnico. (foto: CEDOC/ICEFLU) (foto: acervo)

CATEDRAL DA DOUTRINA DA FLORESTA

Desde a retomada, em 2021, a obra é executada com muito zelo e segurança. O transporte de mais de 137 toneladas de materiais e equipamentos foi um dos grandes desafios enfrentados para a construção da Igreja Matriz no Céu do Mapiá.

Viva! Esse é um momento de muita alegria e celebração para a comunidade do Céu do Mapiá e todo o povo do Padrinho Sebastião Mota de Melo. Falta muito pouco para o nosso tão sonhado templo ser erguido dentro da Floresta Amazônica. Nossa Casa de Oração, nossa Casa Santa, sede mundial da ICEFLU Santo Daime. Uma obra grandiosa, cheia de desafios e que está sendo

concretizada graças à fé e ao trabalho de muita gente. Uma obra abençoada pela nossa matriarca, Madrinha Rita Gregório, e que evoluiu sob o olhar cuidadoso do Padrinho Alfredo, que vem acompanhando regularmente o andamento de cada etapa.

“O sonhar é uma verdade, igualmente a luz do dia”, afirmou o Mestre Irineu. E prova disso é a realização do sonho comunitário de construção

da nova Igreja Matriz, cuja magnitude revela o tamanho da força espiritual que esse lugar, escolhido pelo nosso Patrono, irradia para todo o Planeta. “Esperamos que essa obra seja realmente a escola do novo mundo, do novo povo, do novo sistema, e que a juventude dessa nova geração possa ter outra formação de vida para o nosso lindo planeta Terra”, deseja o Padrinho Alfredo.

30
igreja Novo templo. Novo tempo. (foto: Pedro Adnet)

Zelo e segurança

Desde a retomada da obra, em agosto de 2021, o que se viu foi um trabalho realizado com muito zelo e segurança, do planejamento à execução. A ICEFLU contratou a empresa Engecampo Engenharia para continuar a construção da catedral e, após uma visita técnica à obra, foi estabelecido um cronograma detalhado, com quatro etapas – que incluiu inspeções e análise da condição da construção, necessidade de reforços estruturais da “nave mãe”, realização de projetos complementares, compra e transporte de materiais, e um período intenso de atividades para a construção e montagem da Igreja. A previsão é que a obra seja entregue à comunidade e à ICEFLU no primeiro trimestre deste ano.

Foram enfrentadas muitas adversidades naturais, de engenharia civil e de logística, como o transporte de 137 toneladas de materiais e equi-

pamentos para dentro do coração da Floresta Amazônica: guindaste, tratores, retroescavadeira, caminhão munk, plataformas elevatórias, geradores, e toneladas de andaime, argamassa, cimento, tinta, areia e brita. Foi preciso aproveitar a época de cheia para navegar com as balsas pelo Rio Purus e, depois, subir os barrancos e levar toda carga até a Fazenda. De lá até o Céu do Mapiá, uma viagem de mais 43 quilômetros por estrada de terra. Uma operação gigantesca que envolveu o trabalho de estiva, fretes em balsas e um batalhão de pessoas.

O toque final da comunidade

Após a desmobilização da Engecampo e trabalhadores externos, a comunidade vai se apropriar da obra para o arremate final, com a aplicação dos elementos artísticos e decorativos da Igreja Matriz. Foi montado um ateliê

Construindo a primogênita.

no Céu do Mapiá e formada uma equipe com jovens da comunidade para desenvolver esse trabalho, conduzido e assinado pelo artista plástico Silvio Galvão.

Transportando toneladas pelos ombros, barcos e veículos.

Igreja
CEDOC)
(foto: Caue Ito) (foto:

O PROJETO ARQUITETÔNICO

Conheça os detalhes do projeto arquitetônico do complexo da Igreja Matriz que, numa vista aérea, apresenta o formato do Sol, da Lua e de uma Estrela de seis pontas.

Sol: entrada para a catedral, onde jazem o Padrinho Sebastião Mota de Melo, Padrinho Manoel Corrente e Chico Corrente. Os túmulos foram redimensionados e revestidos com placas de mármore, foi colocada uma cobertura que oferece conforto térmico, iluminação especial e refletores. Do lado esquerdo fica a Praça das Bandeiras e, do lado direito, os túmulos do Padrinho Manoel Gregório e da Madrinha Cristina Raulino, sob um gazebo metálico decorado.

Lua: dois caminhos de acesso à Igreja, um para o lado dos homens e outro para o lado das mulheres. As vias foram construídas no formato de uma lua nova. Nessa área foram instalados o corrimão e o guarda-corpo e, no meio, um jardim e um espaço para a fogueira e realização dos trabalhos de gira.

Estrela: em formato de uma estrela de seis pontas, a Igreja está dividida em seis alas e dois pavimentos. Possui 5.700 metros quadrados de área construída, 18 metros de altura e capacidade para receber mais de duas mil pessoas. Ganhou portas amplas em forma de arco, em todos os lados da edificação, favorecendo o conforto térmico, além de sistema acústico para melhorar o som dos hinários.

Ala 1: entrada da Igreja, onde será instalada a estátua do Padrinho Sebastião.

Alas 2 e 6: banheiros masculino e feminino e Quartos de Cura.

Alas 3 e 5: salas de descanso para os padrinhos e a Madrinha Rita, e depósitos das cadeiras e do material litúrgico.

Ala 4: quartinho do Daime e um mezanino (piso superior) para a banda de música.

32
Sede intermediária: Tenda da Lua Nova. Sede antiga: primazia de carpintaria.
Igreja
(foto: Fernando Lagos) (foto: CEDOC)

Maquete da obra.

Benfeitorias comunitárias

Além da nova Igreja Matriz, a obra levou melhorias de infraestrutura para a Vila Céu do Mapiá:

• Reforma da Cozinha Geral.

• Obras na Escola Estadual Cruzeiro do Céu.

• Manutenção e reabertura de 43 km de estrada até a Fazenda.

• Adequação de pousadas.

• Ativação de programas e projetos socioambientais, de arte, educação e saúde.

• Melhorias em infraestruturas comunitárias: Jardim da Natureza; Telecentro; Casa de Música; Centro de Cultura, Esportes e Lazer Lua Branca; Academia Cipó de Ouro; Santa Casa; Centro de Saúde.

• Apoio à Associação de Moradores.

• Apoio ao Manejo Florestal Comunitário.

33
Tomando forma 1 Tomando forma 2 (Foto: Pedro Adnet) (foto: Iberê Perissé)
Igreja (foto: acervo)

UMA ESTRELA PARA HONRAR E GUIAR

Instituída por Mestre Raimundo Irineu Serra, a estrela é o símbolo do fardamento na Doutrina do Santo Daime. “No início, Mestre Irineu adotou para si e alguns companheiros. Mas em meados dos anos 1970, ele introduziu inovações, indicando o uso da estrela de seis pontas para todos.” – conta o artesão e joalheiro Carlos Pagano.

Foi no final dos anos 80, quando o artesão se fardou na Igreja, em Florianópolis, que ele recebeu seu primeiro pedido de encomenda. “Nestes mais de 30 anos, desenvolvemos modelos, aprimoramos desenhos e técnicas, numa produção artesanal.” Para ele, “a estrela é uma joia poderosa, energizada nos trabalhos espirituais, um talismã – que levamos como símbolo de segurança, convicção e fé.”

A “estrela para fardamento” pode ser produzida em materiais diversos, como latão, prata, ouro e sua feitura é a mesma: resistente, com acabamento de qualidade, certificado e garantia de uma joia verdadeira. O mais importante, porém, é o que o joalheiro artesão celebra: “Viva a Santa Estrela guia que brilha no coração de cada um.”

Símbolos

“Mestre Irineu propôs o desenho da estrela, adotado pelo Padrinho Sebastião. No centro, uma águia, em posição de alçar voo, em cima da lua nova – com o tamanho da lua do terceiro dia, símbolo do momento da retirada do cipó. A águia simboliza ‘a guia’ –referência à Doutrina e à Virgem da Conceição”.

Viva o Céu do Mapiá!

“Parabenizamos a Vila Céu do Mapiá, moradores e moradoras por serem força de resistência dentro da floresta, fazendo realidade o viver em comunidade dia após dia, prosperando numa comunhão espiritual. Que esta luz de conhecimento se multiplique cada vez mais. Paz, Paz, Paz!”

Técnica para manter o brilho Com o tempo, os metais oxidam e perdem o brilho. Isso incomodava o joalheiro, ao lembrar do hino da Madrinha Cristina: “A Estrela que não brilha não pode iluminar”. Ele, então, desenvolveu cobertura cerâmica protetiva, mantendo a estrela “sempre no brilho”.

O artesão em seu ateliê Carlos Pagano atua com joalheria artesanal desde o início dos anos 1980. Paralelamente às estrelas para fardamento, ele desenvolve outros produtos, entre peças personalizadas e sob encomenda. E entrega para todo Brasil e exterior.

Estrela para Fardamento | Joia Mistica www.estrelaparafardamento.com +55 48 9.9111-3276 estrelaparafardamento@gmail.com.br estrelaparafardamento estrelaparafardamento

34
Informe publicitário

O PRIMEIRO SÃO JOÃO NO CÉU DO MAPIÁ

Otempo corre e a hora se passa, como diz o hino. E cada vez mais sentimos essa velocidade em nós mesmos e em tudo que nos cerca. Parece que foi ontem que desembarquei com Sônia no porto da casa grande do Padrinho para o primeiro São João no Céu do Mapiá, em junho de 1983.

A vila se resumia ao casarão recémconstruído, coberto de palha de caranaí. Ali era o salão dos trabalhos e, também, o alojamento para os aproximadamente sessenta pioneiros que abriram o seringal. Fora isso, um armazém e algumas poucas casas de paxiúba.

Doutrina do Santo Daime do Padrinho Sebastião pelo sudeste do país e, depois, para todo o mundo. E aquele inesquecível São João, em junho de 1983, foi o ponto culminante da instalação do povo do Padrinho naquilo onde, hoje, é a Vila Céu do Mapiá. As primeiras igrejas foram crescendo e se espalhando por todo o globo, como as raminhas verdes profetizadas pelo Mestre Irineu.

Daí para cá, muita coisa aconteceu, muitos desafios, batalhas e, também, muitas realizações. Podemos afirmar que, apesar de tudo isso, o sonho do padrinho Sebastião continua vivo e enraizado no coração do nosso povo. As dificuldades para realizá-lo fazem parte do bom combate, material e espiritual, para concretizar no nosso dia a dia comunitário os aprendizados e discernimentos desta escola espiritual a que pertencemos.

Lembrei que, ainda outro dia, participei da feitura da revista dos 20 anos da nossa Vila. Hoje estou aqui mandando este pequeno texto para a revista dos seus 40 anos!

No ano anterior, estivera na Colônia Cinco Mil e no Rio do Ouro. A volta do Rio do Ouro foi o ponto de partida para o início da expansão da

Só resta agradecer por todos que começaram esta obra, aos que estão chegando e ainda vão chegar. Viva a aniversariante!

35
Artigo Alex Polari de Alverga é pioneiro na expansão das igrejas e membro do Conselho Superior Doutrinário da ICEFLU. Pioneira: Comunidade Céu da Montanha. (foto: CEDOC/ICEFLU) Primeira casa do Padrinho Sebastião. ( foto: CEDOC/ICEFLU)

ANUNCIO

MUITAS BELAS LEMBRANÇAS

Noinício do Mapiá, o Padrinho ouvia de longe o ronco dos motores tietê, horas antes das canoas chegarem na Vila e era comum soltarmos fogos no caminho – para já começar a sinalizar a ele.

Lembro-me – na primeira Igreja do Mapiá, onde, hoje, é a cozinha geral – do Padrinho comentando com a Madrinha Rita que, no hino Firmeza do Mestre Irineu, estava bem revelada a nossa doutrina.

Foi uma felicidade acompanhar parte do processo que fazia nascer da árvore uma canoa.

O Padrinho Eduardo tinha escavado o tronco com uma enxó.

A fase seguinte era o boleamento da canoa e eu acompanhei o Padrinho Sebastião nesse dia. A canoa era emborcada e ateava-se fogo por baixo, com cuidado para o fogo não lamber demais. Quando o tronco esquentava e amolecia, ficava pronto para ser boleado como uma canoa.

A epidemia de malária em que o Padrinho Alfredo firmou de se curar com o Daime e chá de ervas foi um momento profundo e transformador, culminando com a sua cura – que abriu o caminho para outros também se curarem com o Daime.

A passagem do Padrinho Mario Rogério foi um momento forte.

Na Cinco Mil, com os fundadores.

Foi ele quem recebeu na sua casa, em Rio Branco, as primeiras comitivas de Mauá e do Rio de Janeiro. E fez as primeiras viagens para conhecer as Igrejas do sul do país, ajudando a abrir o caminho para toda a expansão que se seguiu.

A casinha do Lucio, com uma mesa de ping-pong poliglota, era ponto de reunião e referência dos jovens estradeiros. E foi ele quem oficiou meu casamento com a Clarice, no São Sebastião de 1991, no Mapiá.

Nesses 40 anos, fi cou gravado no meu coração o amor do Padrinho Sebastião pelas seringueiras, pela Floresta e por todos nós. E muitas belas lembranças.

Artigo Fernando de La Rocque
(foto: CEDOC/ICEFLU) (foto: CEDOC/ICEFLU) Fernando de La Rocque é dirigente da Igreja Céu do Planalto. Fazendo canoa.

MINHAS LEMBRANÇAS DA RÁDIO JAGUBE

voz da integração mapiense”

A Rádio Jagube surgiu em 1997, inaugurada no dia de São José, numa das pontas da antiga Igreja. O equipamento foi presente de um irmão espanhol. Lucio Mortimer logo percebeu seu imenso potencial e, naturalmente, se tornou a “alma” da rádio. Com seus dotes de bom orador, sentiu-se totalmente à vontade diante do microfone.

Com o mesmo entusiasmo, Roberto e Fátima Santágata muito batalharam para a rádio funcionar, segurando, especialmente, a parte operacional.

A rádio já nasceu líder de audiência nas noites da floresta, logo se tornando, como dizia o Lucio, “A voz da integração mapiense”.

A programação iniciava-se às 17h30, com o “Estação Desembarque” – programa criado por Fátima Santágata. Às 18 horas, a “Oração” era transmitida diretamente da Igreja. E logo entrava um quadro chamado “Historinha”, contadas por mim e com uma ampla audiência de todas as idades. A seguir, o Lucio, sempre inspirado para a abertura da programação noturna, misturava frases suas com a “Consagração do Aposento” ou a “Chave de Harmonia”.

Eram noites bem agradáveis, dava de sentir a força espiritual. De tudo tinha: hi-

nários, chamadas para organização dos trabalhos comunitários, Correio da Amizade, notícias do “mundo” (ainda não era o tempo da televisão nem da internet), Campanha da Honestidade, recados. Todos os trabalhos da Igreja eram transmitidos ao vivo.

Hoje, a Rádio Jagube é um importante veículo de informação da ICEFLU, transmitindo, no Céu do Mapiá, pela FM

100.3. E também, pelo website e pelo aplicativo, com alcance mundial.

Agora é um momento de reformulação e alinhamento de uma nova equipe, e retomamos a transmissão dos trabalhos diretamente da Igreja Matriz. Para o futuro, temos um projeto para ampliar e melhorar seu funcionamento, sempre alinhados com os propósitos da nossa Doutrina.

38
“A
Maria Eugênia Mortimer é co-fundadora da Rádio Jagube Rádio Jagube online Alguns dos fundadores.
Comunicação
(foto: Kézia Marinho) (foto: acervo)

CANAL DIRETO COM A FLORESTA

OCanal Jagube é, hoje, um dos principais meios de comunicação da Comunidade. Ele nasceu em 2017, pela necessidade de conectar o Mapiá, por meio da comunicação, com conteúdos audiovisuais em tempo real, através da internet.

Com o apoio da Arica Produções Cinematográficas, jovens aprendizes têm registrado e transmitido imagens das atividades comunitárias e

religiosas mapienses para todo o planeta – por intermédio de redes sociais como Youtube, Facebook, Instagram e SoundCloud.

Atualmente, são 08 os jovens sendo capacitados e uma coordenadora local.

JORNAL DO CÉU: ACERVO DE INFORMAÇÕES SOBRE A VILA

OJornal do Céu foi a primeira publicação feita na Vila – à época, editado por Lucio Mortimer, Maurílio e colaboradores (inclusive com cartoon do Glauco). Depois, foi sendo publicado na medida do possível, constituindo um importante acervo de informações e registros da vida comunitária.

39
Turma do Canal. Onde tudo começou. Rádio e Canal juntos: Rede Jagube. (foto: acervo Canal Jagube)
Comunicação
Jornal do Céu em diferentes edições, ao longo do tempo. (foto: acervo Canal Jagube) (foto: Kézia Marinho) (foto: Kézia Marinho)

LITERATURA PARA NOSSA IRMANDADE ESTÁ MAIS FORTALECIDA Comunicação

Livros da Editora Reviver abordam o universo do Santo Daime

Nos

últimos anos, a Editora Reviver, de São Paulo, lançou e relançou uma série de livros que abastecem a comunidade daimista de história e narrativas diversas, fortalecendo o registro e a memória dessa doutrina tão especial, brasileira e amazônica.

A Editora lançou como autora infantil a madrinha Maria Eugênia, com seus livros ‘De Elias a Sebastião’ e ‘A Missão dos Nossos Padrinhos’, com desenhos feitos por jovens da Vila Céu do Mapiá e histórias especiais escritas pela nossa madrinha mapiense. Uma preciosidade para as crianças poderem conhecer a história espiritual do Padrinho Sebastião e a comunidade que se formou ao redor dele.

no dia-a-dia, em nossos estudos pessoais e espirituais.

E para quem gosta de história, com uma narrativa cronológica que nos leva aos momentos dos acontecimentos, imperdíveis os livros ‘Os Incas, as plantas de poder e um tribunal espanhol’ e ‘De Vilcabamba ao Céu do Mapiá’ de Fernando Ribeiro, com testemunho ocular do autor de ocasiões históricas da nossa doutrina.

Dentre os relançamentos estão os famosos ‘Bença, Padrinho’ e ‘Nosso Senhor Aparecido da Floresta’, do estimado irmão Lucio Mortimer; e ‘Santo Daime Cultura Amazônica’, da irmã Vera Fróes. Cada qual com sua forma de narrar a história que viveu ao lado do Padrinho Sebastião, são livros que devem estar na prateleira de qualquer daimista.

Outro livro com um importante histórico para a irmandade conhecer ainda mais sobre a escola espiritual do Santo Daime é o de autoria da Vó Biná, ‘Costurando os Retalhos’, com narrativas especiais sobre o Padrinho Sebastião, Madrinha Rita, seus companheiros e companheiras.

Os livros ‘Pérolas do Eu Sou’ e ‘A Transmutação da Humanidade’, da Isabel Barsé, são excelentes guias para compreender as forças que permeiam a nossa doutrina e que estão para serem praticadas

Para 2023, está sendo preparada uma reedição especial do ‘Evangelho segundo Padrinho Sebastião Mota de Melo’ do Padrinho Alex Polari. Um clássico da literatura daimista que terá um novo desenho, apresentando as palavras do Padrinho Sebastião.

40
Ivo Felipe é jornalista da ICEFLU. História da Comunidade. (Foto: Anderson) (Foto: Anderson) História pra crianças. História do Sacramento.

PADRINHO ALFREDO E FAMÍLIA REVELAM A NOVA DIMENSÃO EM FILME

Documentário produzido pela Arica Cinematográfica está sendo gravado desde 2018

Do topo do mundo...

Quemdesembarca na Vila Céu do Mapiá rapidamente entende o porquê deste lugar no coração da floresta amazônica abrigar tantas histórias como as que são narradas no documentário de longa-metragem ‘Nova Dimensão’.

O Mapiá abriga belas histórias de vida, de pessoas simples que ouviram um chamado interior e, hoje, abrilhantam a história da Escola Espiritual da Floresta, visionada pelo Padrinho Sebastião Mota de Melo. No filme, essa história é narrada por seu filho, o Padrinho Alfredo, principal propagador do Santo Daime em todo o planeta.

O espectador acompanha o Padrinho Alfredo com sua comitiva pelo Brasil e pelo mundo. Ele nos conduz através da palavra e pela música, com o testemunho de companheiros e companheiras do seu pai e com os arquivos do Centro de Documentação da ICEFLU que contribui com milhares de fotos, matérias de jornais, revistas e vídeos.

A onstrução da Igreja da Floresta na Vila Céu do Mapiá é o pano de fundo para a história da expansão do Santo Daime pelo mundo, conduzida pelo Padrinho Alfredo e família, revelando a Nova Dimensão espiritual. O documentário é produzido pela Arica

Ivo Felipe é jornalista e roteirista da Arica.

Cinematográfica e Editora Reviver, com apoio do Instituto Nova Era e da ICEFLU, tem direção de Enio Staub e André Pupo, com roteiro de Ivo Felipe e Giovan Toledo, e direção de fotografia de Iberê Périssé.

... ao coração da floresta.

(foto: Arica Cinematográfica) (foto: Arica Cinematográfica)

41
Comunicação

( foto: CEDOC/ICEFLU)

CEDOC – PRECIOSO ACERVO DA TRAJETÓRIA DA ICEFLU

Local onde seria assentada a primeira Catedral da Floresta.

Desde que fui pela primeira vez à Colônia Cinco Mil em junho de 1982, durante a viagem ao Rio do Ouro e as inúmeras viagens ao Mapiá, sempre me preocupei em registrar e documentar tudo que estava ao meu alcance.

Daí, surgiram o documentário de 1982 na Cinco Mil, os registros da expedição ao Rio do Ouro, as dezenas de hinários e palestras gravados que deram origem ao Evangelho do Padrinho Sebastião e aos passos iniciais das primeiras Igrejas.

Fui juntando todo este acervo e, também, outros que foram surgindo desde aí.

A partir do site santodaime.org, fomos disponibilizando pouco a pouco este material.

( foto: CEDOC/ICEFLU)

Primeira ponte.

O atual Centro de Documentação e Memória da ICEFLU (CECOD), com sede na comunidade Céu da Montanha, é o coroamento de todo este trabalho.

Alex Polari de Alverga é coordenador e curador do CEDOC/SD.

Temos hoje, em fase de coleta, organização e disponibilização, um precioso acervo de dezenas de milhares de itens de inestimável valor para as gerações futuras.

Para isso, contamos com um importante apoio do Instituto Nova Era (INE), com o trabalho do Flávio Ribeiro, da Clara Andreozzi e de um quadro de colaboradores aqui em Mauá e no Mapiá.

Registro dos primórdios.

42
O Centro de Documentação e Memória é o guardião de nossa história, para que ela alcance as futuras gerações.
Comunicação ( foto: CEDOC/ICEFLU)

ICEFLU, A MÃE DAS NOSSAS INSTITUIÇÕES

A Igreja do Culto Eclético da Fluente Luz Universal Patrono Sebastião Mota de Melo é a acolhedora das nossas comunidades, instituições e organizações.

da história do Padrinho, de sua linha espiritual e, por todos esses motivos, a confirmação da Matriz Espiritual da Igreja do Culto Eclético da Fluente Luz Universal.

Cumpre reforçar que toda essa verdade espiritual contida na história do Padrinho Sebastião foi reconhecida pelo próprio Mestre Irineu quando este disse: “Sebastião, documente-se”.

Éimpossível

falar sobre o Santo Daime sem a história desembocar nas águas do Igarapé Mapiá. O processo de consolidação e expansão da nossa Doutrina – desde os primeiros trabalhos realizados na Colônia Cinco Mil, a viagem do Rio do Ouro e, posteriormente, a migração para a localidade hoje conhecida como Vila Céu do Mapiá – representa a saga de um guia espiritual encarnado e do povo que nele se inspirou e, por entrega irrestrita, o acompanhou sem olhar pra trás.

Essa epopeia do povo do Padrinho Sebastião está viva e representada nas águas caudalosas do Rio Purus e nos tortuosos caminhos do Igarapé Mapiá.

Diversas famílias que conheceram o Velho Mota em matéria e se entregaram de corpo e alma para a direção por

ele recebida estão representadas nas vias de chão batido da Vila.

E só então, em 1974, seu trabalho espiritual teve sua representatividade institucional confirmada na fundação do CEFLURIS, rebatizado em 1997 como ICEFLU.

(foto:

Seu Roberto, presidente da ICEFLU.

Os Mota, os Gregório, Corrente, Raulino, Freitas, Brilhante, Nascimento, Nogueira e tantos outros fazem da Vila Céu do Mapiá um testemunho

Nós, aqui representados como Conselho Administrativo da ICEFLU, reforçamos nossa profunda identidade com nossa Matriz e, nessa oportunidade, celebramos a abertura da visitação à nossa comunidade, os avanços na obra da nossa Catedral e damos viva à Vila Céu do Mapiá por seus 40 anos.

A nova turma da caneta.

43
Instituições
Conselho Administrativo
ICEFLU Santo Daime A turma da caneta. Kezia Marinho) (foto: CEDOC (foto: Acervo

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL RAIMUNDO IRINEU SERRA (IDARIS)

A agência de desenvolvimento local realiza e apoia ações de sustentabilidade e práticas regenerativas em seu território –a Vila Céu do Mapiá e comunidades da região.

A Vila Ontem, o Sonho

Aescola do Padrinho tem três pilares: a Doutrina, a Comunidade e a Floresta.

A Comunidade, como ele a desenhou, é um campo de colaboração e confiança, com um propósito evolutivo claro: o desenvolvimento do ser humano em todas as suas dimensões individuais e coletivas.

Dos três pilares, o Comunitário é o mais humano e que está como fiel da balança no meio entre a Doutrina e seu papel no desenvolvimento espiritual e a Floresta, nossa fonte viva de desenvolvimento material.

A visão do Padrinho colocou nossas metas em um patamar profundo e elevado. Novo ser humano, novo povo e novo sistema. O maior desafio possível, gerar novamente a essência da humanidade de forma individual, coletiva e sistêmica.

Pela sustentabilidade.

A Vila Hoje, a Realidade

Para nós ficou o desafio de atravessar a maior emergência de crises sistêmicas globais que ameaçam a continuidade da vida, mantendo viva a chama de força e luz que o nosso Fundador deixou. Com a lembrança das suas práticas de respeito, cuidado e amor pelo Criador, pelo ser humano e pela Floresta.

Hoje, o que o mundo se pergunta é como superar este beco sem saída que a humanidade enfrenta. A resposta do Padrinho é clara: Harmonia, Amor, Verdade, Justiça, União e Paz. E, para isso, deve existir um profundo renascimento do ser humano, onde a Comunidade é o cenário e a paisagem capaz de catalisar a transformação necessária.

A Vila amanhã, a Esperança

Criar as condições e construir as capacidades que permitam realizar um caminho próprio com autonomia e independência. Implementar um processo de desenvolvimento sustentável e regenerativo, que possa reverter a arquitetura da desigualdade e da exclusão que o modelo hegemônico de produção e consumo nos impõe. Um desenvolvimento que nos coloque como zeladores da maior criação divina, a vida.

O convite da Comunidade continua o mesmo da origem, manifestar o potencial genuíno de cada um de nós, para realizar o propósito e a vocação do território.

45
Cristian Curti é presidente do Idaris.
Instituições
(foto: Acervo) Produtoras com a moeda verde.

OCentro Medicina da Floresta (CMF) teve origem em 1989, a partir de uma iniciativa de mulheres, sempre rodeadas de jovens e crianças, que se debruçaram sobre o saber dos “antigos” e o cultivo de sua ciência. Em 1997, oficializou-se como uma associação civil. A partir de então, ampliou seus horizontes, passando a interagir com outros atores sociais, desenvolvendo parcerias, tanto na Amazônia como no cenário brasileiro e internacional. Defendendo a proteção dos conhecimentos tradicionais e a luta por sua legitimação dentro da sociedade local e mundial – de maneira a poder beneficiar a humanidade e garantir o retorno deste benefício aos povos nativos, segundo critérios de equanimidade e justiça.

Desde o primeiro momento, o CMF vem se dedicando à pesquisa, educação e preservação da saúde da floresta e de seu povo, a partir do resgate dos conhecimentos tradicionais sobre o modo de evitar, tratar e curar as doenças. Sempre alerta para a sustentabilidade de suas práticas, o CMF prioriza em suas ações o trabalho educativo, a formação e a profissionalização da juventude. O Centro promove a valorização e pesquisa da natureza através dos saberes populares regionais, noções de permacultura, tratamento de resíduos, cultivos agroflorestais (para a soberania alimentar e produção de plantas medicinais) e extrativismo sustentável de plantas nativas (com planos de manejo).

CENTRO MEDICINA DA FLORESTA

O CMF vem desenvolvendo pesquisas do uso medicinal de diversas espécies nativas e cultivadas da Amazônia.

Atualmente, possui aproximadamente 450 espécies nativas catalogadas, cultiva cerca de 300 espécies de ervas medicinais, nativas e exóticas, e possui mais de 200 fórmulas de fitoterápicos baseadas na biodiversidade amazônica e conhecimento tradicional do povo da floresta.

Recentemente, com apoio da Fundação Banco do Brasil, o CMF construiu em sua sede um laboratório nos padrões da ANVISA. E pretende buscar o licenciamento da estrutura e registro para comercialização de alguns dos produtos que possui, entre eles: saneantes (incensos, defumadores, sprays), cosméticos (argilas, repelentes e banhos) e fitoterápicos (com inúmeras possibilidades), de modo a beneficiar consumidores e contribuir para a sustentabilidade financeira da instituição.

Pesquisando a riqueza da floresta.

46
Nilda Lopes Penteado e Irene Villarreal são diretoras do CMF.
Pesquisa, educação e preservação da saúde da floresta e de seu povo.
Instituições
Capacitando jovens aprendizes.

EM BUSCA DA SAÚDE INTEGRAL, INDIVIDUAL E COLETIVA

Com apoio da irmandade nacional e internacional, a Santa Casa de Cura Padrinho Manoel Corrente é como um hospital pra Vila.

Desdea sua fundação em 1999, a Santa Casa de Cura é o primeiro Hospital Espiritual de Juramidam, criado no Céu do Mapiá para ancorar o atendimento de cura, tanto espiritual como material, no âmbito da Doutrina do Santo Daime. Nos seus 23 anos de funcionamento vem exercendo sua missão de acolhimento e caridade, não só com as pessoas, mas também das muitas demandas da comunidade –cursos, vivências, reuniões, assembleias.

E, nos últimos anos, também é o espaço onde ocorrem os trabalhos da Igreja.

Em 2019, foi criada a Associação Amigos da Santa

Casa de Cura, representando, juridicamente, os diversos projetos ligados às suas atividades, nas áreas de: saúde, educação, agroecologia, assistência social, entre outras.

Mesmo no período de obras, a Santa Casa não deixou de atender e acolher os necessitados, muitas vezes na casa de Clara Iura, uma de suas fundadoras, junto com Isabel Barsé e Maria Alice Freire.

As demandas são muitas e, para manter esse setor funcionando, contamos com ajudas vindas da irmandade nacional e internacional. Com a reforma finalizada, voltaremos a funcionar plenamente, recebendo não só os doentes, mas também os que chegam para compor a corrente da caridade e da busca da saúde integral, individual e coletiva.

Para isso, contamos com a atenção dos profissionais do Centro de Saúde local, e de

uma grande rede de médicos e outros profissionais de saúde que nos apoiam.

Nossos projetos para o futuro são de expansão e melhoria do atendimento, sustentabilidade, treinamento da equipe, casa para idosos, ampliação do Centro de Saúde, jardim medicinal, agrofloresta e horta para difundir uma

alimentação cada vez melhor, como base da saúde que precisamos para o Novo Mundo.

Para mais informações, acesse www.santacasadecura.org.br

47
Isabel Barsé é uma das diretoras da Santa Casa. Isabel Barsé e Clara Iura, atuais diretoras da Santa Casa.
Instituições
Terreiro da Santa Casa, onde são realizados os trabalhos da Igreja Matriz.

Assembleia dos cooperativados.

AGROFLORESTAL SUSTENTÁVEL PARA ABASTECIMENTO REGIONAL

Cooperativa Agroextrativista baseia-se na valorização da floresta em pé e dos povos que nela habitam.

ACooperativa agroextrativista do Mapiá e Médio Purus (Cooperar) foi fundada em 2003, por moradores da Vila Céu do Mapiá.

Seu objetivo é promover produção agroflorestal sustentável e abastecimento de bens de consumo, para os moradores da região do Igarapé Mapiá e Médio Rio Purus.

Logo nos primeiros anos de sua criação, a Cooperar implantou o Armazém na Vila Céu do Mapiá, possibilitando uma forte

redução dos preços dos produtos consumidos na Vila. E, ainda, desenvolveu a produção de banana passa, na Fazenda São Sebastião – depois encerrada em função de dificuldades de comercialização do produto.

Posteriormente, em 2006, foi constituída a produção de cacau silvestre nas várzeas do rio Purus, inicialmente exportada para a Alemanha e depois, para outros mercados.

Também foram empreendidos esforços para a implantação

de usina de óleos vegetais em Boca do Acre (AM) e, desde 2018, do Manejo Florestal Comunitário na FLONA do Purus.

Atualmente, a Cooperativa possui 469 sócios e atua em três Unidades de Conservação e uma Terra Indígena ao longo de mais de 1.000 km na calha do Rio Purus.

A Cooperar representa uma das principais iniciativas da região focadas na valorização da floresta em pé e dos povos que nela habitam.

Manejo Florestal Comunitário de uso múltiplo, baixa intensidade e impacto reduzido da Vila Céu do Mapiá

Área da Unidade de Manejo Florestal 1: 1.000 ha.

Ciclo de corte: 10 anos.

Dimensão das unidades de produção anual: 50 a 100 ha.

Intensidade máxima de colheita: 10 m3/ha*ano de madeira em tora.

Diâmetro mínimo de corte: 50 cm.

Área já manejada (4 UPAS): 230 ha (2018 a 2022).

Inventário Florestal (5 UPAS): 9.089 árvores mapeadas, de 346 diferentes espécies e 45 famílias botânicas.

Colheita orestal (4 UPAS): 264 indivíduos de 32 espécies.

Produção: 598 m3 de madeira serrada.

Uso principal: construções e reformas em mais de 30 obras na comunidade.

Pessoas diretamente envolvidas: 35 comunitários.

Diretoria de Comunicação da Cooperar.

48 PRODUÇÃO
Instituições
Equipe do Manejo. (foto: acervo Cooperar) (foto: acervo Cooperar)

UMA ESCOLA NO CORAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA

Nascida como escola comunitária, a Cruzeiro do Céu foi estadualizada e, hoje, atende a todos os ciclos.

AEscola

Cruzeiro do Céu, fundada em 1986 na Vila Céu do Mapiá, tem como patrono Lucio Mortimer – que impulsionou sua implantação em consonância com os fundamentos espirituais da doutrina do Santo Daime.

irmandade dos Estados Unidos – que ajudam a suprir as necessidades não atendidas pelo governo do estado, como a construção, em 2018, de quatro salas de aula.

Muitas gerações...

A escola foi ligada ao município de Boca do Acre (AM), de 1986 a 1994, e integrada à rede municipal do Pauini (AM), de 1997 a 2001. Seu primeiro diretor foi o pedagogo Marcos Vicente Trench, com dois professores atendiam cerca de 30 crianças.

De 1995 a 1998, a escola se manteve por meio de campanhas internas. Em 2001, a Secretaria de Educação do Amazonas instituiu a Escola Estadual Cruzeiro do Céu (EECC), vindo a construir uma nova sede.

A escola mantém parceria com instituições da irmandade Daimista: a Fundação Colibri, Support Jungle Club, Instituto Socioambiental de Viçosa, Instituto Nova Era e

Hoje, a escola atende a 165 estudantes e oferece o Ensino Fundamental 1 e 2, Programa de Correção de Fluxo Escolar, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. E conta com 13 professores, uma merendeira, dois auxiliares de serviços gerais, uma pedagoga e uma diretora.

Em função de suas características geográficas e socioculturais, a EECC configura-se como uma escola do campo. Busca aumentar a oferta de educação integral até a comu-

nidade Fazenda São Sebastião, onde funciona um anexo. Sua organização pedagógica inclui a realização de projetos e eventos em diversas áreas relacionadas à educação, visando a melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem, a integração da escola com a comunidade e a formação de seus educadores.

Filosoficamente, a Escola Estadual Cruzeiro do Céu fundamenta-se em uma educação libertadora, em que os indivíduos estabeleçam relações sob a égide da florestania, a autossustentabilidade, diálogo entre educação e religião, assentada em uma cultura de paz e respeito às diferenças.

49 Instituições
Mabel Facchinni Barsé e Katia Aparecida Garcia são, respectivamente, diretora e pedagoga da Escola Estadual Cruzeiro do Céu; e Maria Betânia B. Albuquerque é pesquisadora em educação. ...vão se formando na EECC. (foto: CEDOC) (foto: CEDOC)

Instituições

JARDIM DA INFÂNCIA MADRINHA RITA: ATENÇÃO À FORMAÇÃO DE NOSSAS CRIANÇAS

Oficializada como instituição municipal em 2003, a escola de educação infantil acolhe crianças de quatro e cinco anos.

gerações de crianças da nossa comunidade.

Com a pandemia, ficou difícil continuar nessa sala, sem estruturas sanitárias e sem ajuda do município.

Passamos a fazer nossas atividades escolares em lugares comunitários. Atualmente, a escolinha está funcionando na Casa de Música Madrinha Júlia.

Nossa esperança de ter uma escola é através dos amigos e apoiadores da nossa comunidade. Já temos o projeto, feito por um arquiteto, de uma escola de duas salas, simples, confortável e dentro do modelo EcológicoAntroposófico. Esse projeto escolar vai atender às nossas necessidades.

O Jardim da Infância Madrinha Rita Gregório de Melo é uma Escola Municipal Rural de Educação Infantil, que atende crianças de quatro e cinco anos da Vila Céu do Mapiá – vinculada ao Município de Pauini (AM).

No ano 2000, através do Projeto Couro Vegetal, foi construída uma sala de aula para o jardim da infância, no mesmo terreno da Escola Cruzeiro do Céu. Antes da estadualização de parte da escola, a administração era uma só, depois, a Educação

Infantil que ficou de fora, continuou sendo do município.

O Jardim da Infância foi oficializado como escola municipal em 2003. Nesses quase 20 anos, o município nunca construíu um prédio adequado, embora já tenha prometido enguer uma pequena escola, de uma sala, há mais de 10 anos.

Mesmo assim, em uma única sala, com poucos recursos, tanto estruturais quanto pedagógicos, nosso Jardim da Infância sempre funcionou e atendeu às várias

Em breve será lançada a campanha para construção da Escola de Educação Infantil do Céu do Mapiá - O Jardim da Infância Madrinha Rita!

Participe da nossa campanha! Da nossa construção! Da nossa educação!

Em quase 20 anos de atuação, a escola apoiou a formação de várias gerações de crianças do Mapiá.

50
Sanni Sequeira Irumé é professora e pedagoga, gestora da escola Jardim da Infância Madrinha Rita. Profa. Sanni acompanha as crianças do Jardim de Infância Madrinha Rita. (foto: Socorro Ferreira) (foto: Socorro Ferreira)

EM APOIO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA VILA

O ISAVIÇOSA atua por meio de mobilização de recursos e de apoio técnico para viabilizar iniciativas comunitárias.

Desde a sua criação, em 2007, o Instituto Socioambiental de Viçosa (ISAVIÇOSA) vem apoiando o desenvolvimento comunitário sustentável na Vila Céu do Mapiá.

As origens deste trabalho são ainda anteriores: em 2003, um grupo ligado à Universidade Federal de Viçosa (UFV) criou o Núcleo de Estudos Pró-Amazônia – NEPAM, com o objetivo de estabelecer uma ponte entre a floresta e a universidade, colaborando com apoio técnico.

Nesta época, o Prof. Paulo Stringheta, Pró-Reitor na UFV, visitou o Céu do Mapiá a convite do Chico Corrente.

Na ocasião, Padrinho Alfredo deu sua bênção para que o grupo de Viçosa iniciasse efetivamente seu trabalho com a comunidade.

Nestes quase 20 anos de história, foram muitas as parcerias e realizações, em diversas áreas: colaboração no Plano de Manejo da FLONA do Purus; elaboração e implementação do Plano de Manejo Florestal Comunitário; formação da comunidade de aprendizagem Ecos da Floresta (comunicação colaborativa para a sustentabilidade); criação da Rede de Cooperação Amig@s do Chico Corrente; realização do curso AmaGaia (Educação para o Desenvolvimento de

Coletivo ISAVIÇOSA – Instituto Socioambiental de Viçosa.

Ecovilas); promoção do curso Escolas Sustentáveis; coordenação técnica do Programa AmaGaia; mobilização do encontro de jovens Herdeiros do Padrinho; entre outras.

Atualmente, o ISAVIÇOSA segue apoiando diversas iniciativas comunitárias na Vila Céu do Mapiá e Fazenda São Sebastião, por meio da mobilização de recursos e apoio técnico, trabalhando em parceria com instituições locais e regionais, além de outras organizações afins.

Capacitando pra sustentabilidade. (foto: Acervo)
Instituições
(foto: Kezia Marinho)

DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO EM INTEGRAÇÃO COM A NATUREZA

Fomentando a capacitação com alegria.

OInstituto Nova Era (INE) é uma Organização da Sociedade Civil sediada em Ribeirão Preto, SP. A instituição desenvolve e fomenta projetos regenerativos, visando uma transformação que se inicia com o desenvolvimento do indivíduo e o envolvimento do ser humano com a natureza. O surgimento do INE esteve diretamente relacionado com a Doutrina da Floresta. Criado em 2012, como Instituto Raoni Vilas Boas, em Osasco, a organização mudou sua sede e nome em 2019, assumindo sua identidade atual.

Consolidando seu novo formato, o INE passou a apoiar diretamente a obra comunitária socioambiental na Vila Céu do Mapiá. Inicialmente, isso aconteceu através do fomento

a projetos no âmbito do Programa AmaGaia. Foram, então, promovidos processos participativos e educativos com moradores da comunidade para a indicação e a realização de ações prioritárias nas quatro dimensões da sustentabilidade: social, econômica, ecológica e cultural.

A partir de 2021, o Instituto deu continuidade ao apoio a instituições atuantes na Vila e no entorno – como a ICEFLU, a Associação de Moradores, a Cooperar, a Santa Casa, entre outras. E, ainda, contribuiu com projetos voltados para a sustentabilidade, geração de renda, soberania alimentar, manejo florestal comunitário, assistência social, saúde, educação, comunicação, cultura e memória.

Sempre buscando honrar o passado e nutrir as raízes da comunidade, através do aprendizado e do fortalecimento de seus fundadores e veteranos, o INE renova seu compromisso com o futuro da Vila Céu do Mapiá – representado pelos jovens e crianças. E soma forças no trabalho de construção do novo mundo, novo povo e nova era, nesta Nova Dimensão.

53
O INE desenvolve projetos regenerativos, apoiando ações socioambientais na Vila.
Instituições
Floresta Sustentável.
Diretoria de Comunicação
(foto: Iberê Perissé) (foto: acervo Cooperar)

OMBRO A OMBRO NA MISSÃO DE SÃO JOÃO

Igrejas e Associações do mundo todo sempre apoiaram o Céu do Mapiá. Algumas delas contam, aqui, sua história.

O FLORESTA PROJECT, fundado em 2009, foi responsável pela construção da Cozinha Geral no Mapiá, e também apoiou diversos projetos e instituições, entre eles: Emflores, AmaGaia, Santa Casa, Centro de Medicina da Floresta. Somos gratos por essa parceria e esperamos continuar trabalhando juntos.

O CEFLURGEM, a FHFA e o Floresta Project expressam seus sinceros parabéns aos 40 anos do Céu do Mapiá, afirmando que nosso elo espiritual ultrapassa as fronteiras de tempo e espaço.

A FOUNDATION FOR THE HEALING FORCE OF THE AMAZON (FHFA) tem a honra de apoiar os projetos socioambientais do Céu do Mapiá, há mais de 25 anos. Com alegria, arrecadamos fundos para o Centro de Medicina da Floresta, Cachoeira, Santa Casa, Cozinha Geral, CEDOC, fundo geral do ICEFLU, entre outros. Nos últimos anos, formamos uma parceria com o ISAVIÇOSA para apoiar alguns destes projetos e instituições, as quais seguimos em colaboração.

O Centro Eclético da Fluente Luz Universal Rita Gregório de Melo (CEFLURGEM) representa a unificação de 38 Igrejas e grupos na América do Norte, Canadá e México, e, recentemente, celebrou seu 15º aniversário. Somos gratos por fazer parte da missão de apoio à comunidade Mapiá, através da ICEFLU. Apoiamos, em específico, a casa da Madrinha Rita, bem como os cuidados de saúde e necessidades dos idosos do Mapiá. E, quando convocados para iniciativas de arrecadação de fundos, estamos prontos para ajudar.

ONG “GREEN HEART”

AEco-92 tornou-se um símbolo da expansão do Santo Daime para fora do Brasil. Ali chegaram Akira Yoshino e Shavdo, pioneiros nas terras do sol nascente. Akira foi o primeiro a levar comitivas, com Paulo Roberto, Clara, José Mota, Maurilio, Neves, Rolando, eu, Roberto, Fátima, Tiê, José Gonçalves, Daniel, Chico Corrente. Ele também foi o primeiro a levar o Padrinho Alfredo ao Japão, quando recebeu o hino “sou filho do meu pai...”.

Junto com sua esposa

Akira com nossos padrinhos.

Noriko, criou a ONG Green Heart (Coração Verde) em Oita, no Japão – que, desde aquele tempo, desenvolve trabalhos em conexão com a Amazônia.

Hoje, a ONG é coordenada por seus filhos, e continua

dando suporte à escola Cruzeiro do Céu, com doações periódicas, através de um projeto iniciado nos anos 90, chamado “Education Project”

Fernando Ribeiro é dirigente do Céu das Estrelas e colaborador da ONG Green Heart.

54
Nossos Apoiadores
Viva o Céu do Mapiá, Viva nossa união!! Alexandra Lopez (FHFA), Robin Schanzenbach (CEFLURGEM), Lynn Schauwecker (Floresta Project), Tatiana Reis (ISAVIÇOSA). (foto: Asahi Yoshino)

PARABÉNS, CÉU DO MAPIÁ!

Écomgrande alegria que Céu da Santa Maria celebra, junto com toda a irmandade, os 40 anos da Vila Céu do Mapiá. Sempre esteve no nosso coração e lá permanece! O nosso carinho por esse lugar tão mágico, que nos deu e dá experiências enriquecedoras e de valor inigualável.

O valor do estudo e das crianças se vê refletido na Escola Estadual Cruzeiro do Céu. A Fundação Kolibri foi criada para arrecadar doações com esse propósito. A Santa Casa de Cura também está no nosso coração e sabemos

do serviço prestado, com a mão sempre estendida para ajudar o próximo. O projeto “Papai Velho, Mamãe Velha”: mantemos essa chama viva para melhorar a qualidade de vida dos veteranos fundadores da nossa comunidade na Vila Céu do Mapiá.

Madrinha Geraldine, conhecida como mulher de caridade, nos ensinou a plantar essa semente que só faz crescer e, agora, mutiplica, mostrando sua força.

Liesbeth van Dorsten é dirigente do Céu da Santa Maria.

VOTOS DE UNIÃO DA ITÁLIA E DE TODA A EUROPA

Desde

o começo da expansão na Europa nos anos 80, a história das igrejas europeias está ligada a nossa Igreja Matriz. Hoje em dia, os países da Europa, onde a

Santa Doutrina é mais radicada e difundida, são aqueles que ficaram fiéis ao legado do Padrinho Sebastião e de sua comunidade na floresta. Entre eles, desde os anos 90,

a irmandade italiana (reunida na ICEFLU Itália) sempre participou do movimento associativo que apoia as famílias do Mapiá. Além disso, colabora com instituições e projetos como: Santa Casa, Jardim da Infância, “Mamãe Velha e Papai Velho”, “Saúde Mapiá”, entre outros. Que possamos ter sempre mais integração com a comunidade da floresta, lugar encantado das nossas raízes e formação espirituais. Na esperança de voltar a organizar grupos de italianos e europeus para visitar a nossa Igreja Matriz. Parabéns, Céu do Mapiá!

Viva a comunidade na floresta!

Walter Menozzi – Dirigente da Igreja Stella Azzurra (ICEFLU Itália, patrono São Francisco de Assis)

55
Nossos Apoiadores
No Encontro Europeu, em 2017, na Espanha, Walter Menozzi apresentou projetos do Céu do Mapiá e Céu do Juruá.
56 UM HOTEL ACONCHEGANTE Estacionamento Avenida Amazonas, 2763, Bôca do Acre, AM, Brazil amalia.souza25@hotmail.com 55 (92) 98165-0702 HOTEL MARIANO Ambiente climatizado Apartamentos com Ar Condicionado com frigobar, televisão. Espaço externo Jardim e mesas com cadeiras externas Quartos Quartos de casal e quartos duplos. Garagem aberta, com segurança marianohotel

ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO CÉU DO MAPIA

Desenvolvimento Social que a instituição busca melhor gerir essas ações, contando com o projeto “Papai Velho e Mamãe Velha” desenvolvido pela Santa Casa, e também com projetos apoiados pelo Instituto Nova Era (INE). O departamento ainda dirige atenção às comunidades da Fazenda São Sebastião e das praias adjacentes, onde se encontram famílias em situação de grande vulnerabilidade.

Ajudar o próximo sempre esteve na pauta da Doutrina e da Comunidade do Padrinho Sebastião. Seja por iniciativas particulares e coletivas da própria irmandade, ou através de ações organizadas pela ICEFLU, AMVCM, Santa Casa e instituições parceiras.

Além dos atendimentos de urgência, está a preocupação com o desenvolvimento social e a sustentabilidade das famílias do Céu do Mapiá e entorno, que, ao longo desses 40 anos, vem passando por transformações na busca de realizar o sonho do Padrinho Sebastião de sermos um novo povo, com um novo sistema, que gera o novo mundo.

Nesse sentido, ações importantes marcam essa jornada, destacando-se o Plano de Desenvolvimento Comunitário (PDC) que, em 2002, mobilizou toda a comunidade na busca de um diagnóstico de necessidades e soluções. E, mais recentemente, o Programa AmaGaia nos colocou no mapa das Ecovilas, trazendo muitas contribuições para o fortalecimento comunitário.

Atualmente, estamos lidando com o envelhecimento da população e com necessidades especialmente na área de saúde – o que consome uma grande parte dos recursos da ICEFLU. É através do Departamento de Assistência e

Durante a pandemia, com ajuda da irmandade mundial, três campanhas garantiram alimentação e assistência à saúde da população. A busca de soluções junto aos órgãos públicos, instituições privadas e ONGs é constante, e constitui importante meta para os próximos anos, em conjunto com profissionais do terceiro setor.

Mutirão da Cidadania: emitindo documentos.

57
Mais do que atender a urgências, o alvo das ações e projetos é a sustentabilidade das famílias.
Campanha de Solidariedade: irmandade ajudando.
Comunidade

Inauguração da nova sede.

Outra instituição mapiense é a Cozinha Geral. Presente desde os tempos da Cinco Mil, já passou por várias sedes e fases, sempre alimentando os mutirões, os festejos e as ações comunitárias.

E, mais recentemente, organizada como um restaurante industrial, vem alimentando as centenas de trabalhadores que passam pela Vila para a construção de nossa nova Catedral da Floresta.

COZINHA GERAL: ALIMENTANDO A COMUNIDADE MUTIRÃO: A FORÇA MAPIENSE

Às mulheres e homens que sempre colaboraram e colaboram com nosso alimento, nossos parabéns e agradecimentos!

Desde os tempos da Cinco Mil, o mutirão é a força da Comunidade. Nestes 40 anos da Vila, muita coisa foi feita com a mão de obra voluntária da segunda-feira do Padrinho Sebastião. Homens, mulheres, jovens e até crianças participam, melhorando caminhos, recolhendo lixo, construindo prédios públicos, plantando, colhendo, fazendo o Sacramento, farinha, açúcar, cozinhando os alimentos, preparando a igreja, cuidando de todos os setores públicos e comunitários. Nossos parabéns e agradecimentos a todos que sempre colaboraram e colaboram!

58
Na história da Comunidade. Restaurante industrial. GTP – Grupo de Trabalho Pesado, das Antigas. Na Igreja. Nos caminhos.
Comunidade
Na fogueira.
(foto: Kézia Marinho) (foto: Kézia Marinho) (foto: Kézia Marinho) (foto: Kézia Marinho) (foto: CEDOC) (foto: CEDOC) (foto: Oswaldo Guimarães)

PROGRAMA DE AGROECOLOGIA E SOBERANIA ALIMENTAR

Apoio aos produtores locais, em busca de um alimento saudável.

Mulheres na lida.

Equipe Soberania.

Apartir de uma demanda apresentada pela Comunidade, através do Programa AmaGaia, e uma articulação de várias grupos e instituições, surge o Programa de Agroecologia e Soberania Alimentar, que vem sendo desenvolvido na Vila Céu do Mapiá e comunidades do entorno desde 2019. Seu objetivo é fortalecer a rede de agricultores locais, possibilitando uma maior produção, beneficiamento e consumo dos produtos locais, gerando trabalho e renda para diversas famílias, além do envolvimento, mobilização e capacitação de jovens e mulheres.

O Programa vem atuando diretamente em quatro comunidades, através do apoio

técnico, acompanhamento no planejamento e execução das atividades de produção, transporte, beneficiamento e comercialização dos alimentos produzidos pelas comunidades, envolvendo mais de 40 famílias produtoras. Através das ações do Programa, já foram produzidas e comercializadas mais de 30 toneladas de produtos diversos entre frutas, legumes, grãos e outros produtos beneficiados. O plano para o seguimento é fortalecer cada vez mais essa cadeia virtuosa de produção e consumo de alimentos locais, incentivando a economia local, além de proporcionar uma reeducação alimentar, prosperidade e saúde para as comunidades envolvidas.

Alimentos frescos e orgânicos.

Movimento

de Saúde Ambiental

O Movimento de Saúde Ambiental, nascido no início dos anos 2000, é uma importante forma de conscientização, educação e procedimentos corretos para o gerenciamento de resíduos sólidos. Hoje, a iniciativa batalha por recursos para efetivar seu projeto.

Conscientização pela saúde do planeta, que também é a nossa saúde.

59
Comunidade
Renata Solar e Felipe Senna são articuladores. (foto: acervo Soberania) (foto: acervo Soberania) (foto: acervo Soberania)
63

“ONDE HÁ DE TUDO UM POUCO”

É assim que a Relojoaria Angélica é conhecida em Boca do Acre. Porque, de fato, tem “de tudo um pouco”: sofá, TV, geladeira, armário de cozinha, mesa, guarda-roupa, eletrodomésticos, artigos para decoração... e, até, relógios. A loja atende um público que já sabe que, lá, vai encontrar o que precisa. E, se não tiver, Railson e Angelina mandam buscar.

Esta história vem sendo

escrita com muito trabalho e dedicação. E teve início no final dos anos 1990. Foi quando Railson Lima de Araújo, o Lourinho, começou a vender relógios, como ambulante. Logo, ele já tinha seu primeiro ponto de venda – a garagem de sua casa.

Com o apoio e trabalho de sua esposa, Angelina Matos do Nascimento, a pequena loja, então, já podia abrigar mais

produtos. E, hoje, Angelina continua contribuindo pra manter o “lema” da loja: sempre atenta à necessidade dos clientes, anota tudo o que procuram e não encontram. Aí, é só mandar trazer direto da fábrica, que é mais barato. Dessa forma, “de tudo um pouco”, vem sempre chegando.

70
Informe publicitário

CRESCENDO COM A CIDADE

Railson, Angelina e suas duas filhas, Angélica e Alice, nasceram e foram criados em Boca do Acre. Acompanham o crescimento da cidade que, também, impulsiona o empreendimento da família.

Hoje, a Relojoaria Angélica ocupa seu próprio prédio, com dois andares. O ambiente de cooperação e cuidado entre sua equipe ajudou a construir o “carisma” da Relojoaria: “Atendemos com empatia, buscando acolher todos os nossos clientes, sem distinção”, se orgulham Angelina e Lourinho.

“JÁ VIRAMOS UMA FAMÍLIA”

Em comemoração pelo Céu do Mapiá

A loja sempre investiu no treinamento de sua equipe,

Crediário próprio, assim como sistema de entrega

A loja oferece crediário próprio, sem intermediação de financeira. Porque “a gente

buscando o aprimoramento não só profissional, mas também pessoal. “Temos funcionários antigos, que vestem a camisa da empresa. Já viramos uma família, por tanto tempo que passamos juntos”, destaca Lourinho.

confia no nosso cliente” –afirmam Lourinho e Angelina, que acompanham de perto todo o atendimento realizado.

A Relojoaria disponibiliza, ainda, sistema de entrega

A internet ajudou a estreitar distância entre a Relojoaria Angélica e seus clientes da Vila. Mas o contato já é antigo. Lourinho guarda lembrança do tempo de ambulante: “Meu ponto era no Hotel Floresta, perto de onde moradores chegavam da Vila”. Mas pra Angelina, esta referência é ainda mais remota: “Meu pai, carpinteiro, ajudou na construção de casas e da Igreja da comunidade”.

É pela lembrança afetiva e pelos laços atuais de amizade e de negócios que eles comemoram: “Desejamos que o Céu do Mapiá possa sempre prosperar em seu caminho de desenvolvimento.”

Relojoaria Angélica

Av. Amazonas, 2.655 – Centro Boa do Acre – AM +55 (97) 9.8113-7752

@relojoaria_angelica_am

71
Informe publicitário

SAÚDE INTEGRAL E UM SORRISO PARA CELEBRAR

Saúde exige uma abordagem integral. É por isso que a OdontoMed Clínica Odontológica e Médica reuniu num mesmo espaço, em Boca do Acre, profissionais de diversas especialidades. Dentista, Psicólogo, Fonoaudiólogo, Ginecologista, Clínico Geral, Fisioterapeuta.

Idealizadora da iniciativa, a cirurgiã-dentista dra. Angélica Nascimento, explica: “Inauguramos em abril do ano passado. O objetivo foi trazer especialidades que não existiam em Boca do Acre, para que os moradores não dependam de Rio Branco”.

Futuro à frente

E os planos futuros são igualmente bons: além de ampliar para outras especialidades, a clínica programa criar estrutura para realização de exames.

Dra. Angélica é especializada em implantodontia (implantes dentários e próteses fixas) e ortodontia (aparelho para correção), mas também atua com os demais procedimentos, como extração de dentes e tratamento de canal. Sem esquecer, claro, da estética –harmonização facial (botox e preenchimento), faceta (correção de formato e cor dos dentes), clareamento.

Prevenção: a melhor estratégia “Saúde começa pela boca” – diz o ditado popular. Dra. Angélica concorda e explica: “Problemas dentários interferem na estrutura da face, da fala, da mastigação etc. Pela boca nos alimentamos e o dentes também estão relacionados a um belo sorriso e a nossa autoestima.”

E a prevenção é, sempre, o remédio mais fácil, mais barato e mais seguro para a saúde bucal. As dicas da Dra. Angélica? “Uma alimentação equilibrada, sem excesso de açúcar e carboidrato. Boa e frequente escovação, com uso de fio dental. E não deixe de visitar o seu dentista periodicamente.”

73
Informe publicitário
Clínica Odontológica
Médica Av. Amazonas, 1325 – Centro – Boca do Acre – AM +55 (97) 9.9957-2348 odontomed.om@gmail.com @odontomed.om @odontomed.om (97)
OdontoMed
e
Dra. Angélica Nascimento: “Trouxemos para Boca do Acre especialistas que ainda não existiam na cidade”. Ambiente acolhedor e bem equipado para cuidar dos pacientes.

CLÍNICA POPULAR: CINCO ANOS CUIDANDO DA SAÚDE DOS AMAZONENSES

As pessoas em primeiro lugar

A crescente demanda por novos serviços motivou a Clínica Popular a expandir ainda mais o atendimento. Por isso, uma ampla reforma já está em andamento. A nova estrutura vai oferecer mais conforto aos pacientes e serviços ainda mais especializados em atendimentos de baixa e média complexidade.

Colocar as pessoas em primeiro lugar. Essa tem sido a filosofia de trabalho da Clínica Popular, que completa cinco anos de atendimento ao público, como referência em serviços de saúde para Boca do Acre e região.

Esse sucesso é resultado da dedicação de uma família empreendedora, que acredita no trabalho e segue comprometida com o desenvolvimento de Boca do Acre. Para a população do município, é a certeza de poder contar com uma equipe especializada, focada em levar saúde e bem estar para todos.

Considerar que saúde é o bem mais importante que alguém possui já é consenso. Por isso, todo esforço é válido para se ter uma vida saudável – desde a prevenção até os cuidados médicos essenciais para um diagnóstico preciso e um tratamento eficiente.

Em Boca do Acre, as pessoas podem contar com a Clínica Popular Saúde da Família. Tratase de um empreendimento na área de saúde, que oferece serviços especializados por preços acessíveis. Uma forma de, também, alcançar a população de baixa renda.

A Clínica Popular disponibiliza consultas médicas em várias especialidades, como: cardiologia, dermatologia, ginecologia e obstetrícia, entre outras. E conta com procedimentos médicos avançados para um diagnóstico mais rápido e detalhado – como exames de ultrassom e um laboratório de análises clínicas.

75
Rua João Gabriel, 2337 – Centro – Boca do Acre – AM +55 (97) 98103-1827 clinicapopulardebocadoacre@gmail.com @clinicapopulardebocadoacre Informe publicitário O atendimento conta com apoio de diagnóstico por exames de ultrassom e um laboratório de análises clínicas. Clínica Popular: uma equipe especializada, focada em levar saúde e bem estar aos moradores de Boca do Acre.

Turismo

BOCA DO ACRE: BRILHO E MOVIMENTO NA IMENSIDÃO DO VERDE

Conheça alguns dos desafios e encantos desta típica cidade do interior da Amazônia.

Como toda cidade típica do interior da Amazônia, Boca do Acre tem seus desafios e encantos, e desperta interesse por muitas peculiaridades, que a fazem se destacar em meio à imensidão do verde.

Seu surgimento às margens do Rio Purus remonta ao século passado, quando a colonização da Amazônia foi impulsionada pelos ciclos da borracha e a expansão agropecuária.

Os seringais e o modo típico de viver dos soldados da borracha deram origem a muitos costumes que perduram até hoje. A criação de gado e produção rural também influenciaram o desenvolvimento social, econômico e cultural do município.

Trata-se de uma região que tem, proporcionalmente, os

maiores rebanhos bovinos do Amazonas, e cuja economia é impulsionada, em grande parte, pela exportação de gado e comércio de produtos derivados do leite.

Um comércio forte na cidade é sustentado não apenas pela população urbana, mas também por moradores da zona rural, e até de outros municípios, como Pauini e Lábrea, fazendo de Boca do Acre um polo de desenvolvimento no sudoeste do Amazonas.

Festivais de praia: lazer e diversão no Verão Amazônico

Quando chega o chamado “verão amazônico”, as praias se tornam a principal opção de lazer em Boca do Acre. A mais famosa delas é a “praia do gado”. Com a vazante do Rio Purus mais intensa entre os meses de

agosto e setembro, os grandes bancos de areia aparecem, mudando completamente a paisagem à beira do rio.

Alguns bancos de areia chegam a medir centenas de metros, e são usados como espaço público para a realização dos festivais de praia. Uma programação bem diversificada com shows musicais, eventos esportivos, comidas e bebidas é montada, atraindo milhares de visitantes.

Os festivais duram vários dias consecutivos e a presença de visitantes de outros municípios, e até de outros estados, movimenta a cidade. Isso faz sua população flutuante aumentar consideravelmente, com impacto positivo na economia, lotando hotéis, restaurantes e demandando bastante o setor de serviços.

78
(foto: Klebenson Lopes, em portaldoamazonas.com) Rogério Wenceslau é repórter. A cidade de Boca do Acre cresceu no contexto dos ciclos da borracha e expansão pecuária que marcaram a colonização da Amazônia.

Lago do rio, beleza que a natureza criou

As enchentes anuais do Rio Purus, algumas décadas atrás, a erosão das margens, o assoreamento de algumas áreas e a mudança de curso do próprio rio acabaram por formar um lago onde a água represada não conseguiu mais sair.

O local logo passou a ser chamado de “lago do rio” e começou a atrair a presença de visitantes, que iam ao lugar observar as transformações da paisagem impostas pela natureza. Não demorou muito, alguém teve a brilhante ideia de abrir um restaurante no local e o lago do rio virou ponto turístico.

Aos fins de semana, muitos frequentadores visitam o lago, atraídos não apenas pela bele-

za da região, mas também pelo excelente cardápio do restaurante – que inclui, entre os pratos, o delicioso peixe Tambaqui frito, especialidade da casa, e a Galinha Caipira, outra iguaria local.

Vida noturna ativa com bares e restaurantes

A agitação noturna também está presente em Boca do Acre, principalmente aos finais de semana. Para quem gosta de balada, as opções são várias: restaurantes, bares e casas de shows movimentam o público.

Praça principal, ponto de encontro das famílias

Como toda cidade de interior, Boca do Acre mantém a tradição de reunir aos fins de semana na principal praça do centro da cidade, as famílias, os amigos, e a juventude – o que faz do local ponto de encontro para o “rolê”.

Para os grandes shows, a casa noturna Caribe é a que oferece melhor estrutura e espaço para grandes públicos. A Vila Country é outra balada bem frequentada, com música ao vivo de vários estilos, dependendo do dia da semana.

Quem prefere um ambiente mais tranquilo, pode optar pelo Terraço, um barzinho típico que reúne tudo para um bom programa, bebidas variadas, petiscos deliciosos e gente bonita.

Turismo
(foto: Isaías Brito) Boca do Acre nasceu às margens do Rio Purus. Encontro das águas dos rios Acre e Purus: uma das belezas que a paisagem da região apresenta a seus visitantes. (foto: Isaías Brito)
80 RUA OSCAR MOREIRA, 1971 - Desvio - Macaxeiral - Boca do Acre - AM CO os dias! AQUIÉSEMPRE MAIS barato todos RUA OSCAR MOREIRA, 1971 - Desvio - Macaxeiral - Boca do Acre - AM CONHEÇA NOSSA LOJA
81 ORES RCAS S MELHOR MARC ELETRODOMÉSTICOS HORTIFRÚTI ALIMENTOS UTENSÍLIOS (97) 9.8124-1895 j u n i o r a t a c a d i s t a 2 0 2 0 VENHA ECONOMIZAR C O N O S C O AS MELHORES MARCAS ELETRODOMÉSTICOS HORTIFRÚTI ALIMENTOS UTENSÍLIOS (97) 9.8124-1895 j u n i o r a t a c a d i s t a 2 0 2 0 VENHA ECONOMIZAR C O N O S C O

SABOR NATURAL DA AMAZÔNIA, É LÁ NO REYLE

Ao longo de mais de 25 anos ele vem aprimorando sua produção de sorvete. António Reyle Rodriges de Souza começou a vender picolé no carrinho. Depois, trabalhou na empresa fabricante, onde chegou à chefia de produção. E, em julho de 1997, ele inaugurou a sua “Lanchonete e Sorveteria Garoto” – que, hoje, é a “Du Reyle”.

O sorvete é preparado por Reyle e sua esposa, Adriana Rodrigues da Silva. E ainda tem o apoio das filhas Larissa Carolina e Maysa. Apoio familiar que Reyle já conheceu bem cedo, com a mãe Altiva Rodrigues de Souza: “Ela foi minha grande incentivadora”

Os sabores da Terra São 25 sabores de sorvete, como os de polpa natural das frutas da região. E ainda tem a linha “kids”. Na lanchonete, o carro chefe é o sanduíche de filé de boi e de frango, entre outros.

Viva Mapiá 40 anos “Vi Padrinho Sebastião, que chegava no barco chamado ‘Canarinho’. Acompanho desde os tempos do Rio do Ouro...” E Reyle deseja: “Parabéns! Desde meu primeiro dia os moradores da Vila acompanham a gente e, nós, a eles. Nossa relação é mais que comercial, é de amizade, respeito, carinho, gratidão.”

Av. Amazonas, 2312 – Centro Boca do Acre – AM A lanchonete e sorveteria também atendem por delivery: + 55 (97) 9.8112-1012

Informe publicitário
Vinícius ?????
a melhor! ! Na Churrascaria Garfo de Ouro você se alimenta bem e viva melhor. D E G U S T E O M E L H O R C H U R R A S C O D E T O D A A C I D A D E T R A D I Ç Ã O A20nos BOCA DO ACRE BOCA DO ACRE E S P E T O C O R R I D O + B U F F E T O U BUFFET POR PESO ua primeiro de maio, n ° 1913, Centro - Bôca do Acre, AM 97) 99903-2861 | (97) 98112-1135 churrascaria garfo de Ouro

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR AO ACRE

Mais que uma marca e seus produtos, “Made In Acre” é uma declaração de amor ao estado plantado na Amazônia brasileira. À floresta e a seus povos tradicionais. Uma declaração de amor das sócias Rayssa Alves e Juliana Pejon.

A primeira é acreana “do pé rachado”, que tem mergulhado cada vez mais fundo na história de sua terra. A segunda, acreana por escolha: natural de São Paulo, criou raízes no Acre, quando lá chegou, “bebeu da água do rio” e escolheu ficar. Dois caminhos que se cruzaram numa missão em comum: enaltecer as belezas da cultura e da natureza locais.

“A ‘Made In Acre’ nasceu de um sentimento de pertencimento e do desejo de elevar a autoestima do nosso povo, traduzidos nos produtos que temos criado e nas histórias que vêm sendo contadas em nossas redes sociais.” – revelam as sócias.

PRODUTOS CONCEITUAIS

E foi a partir desta motivação que, em dezembro de 2019, a marca surgiu e vem se desenvolvendo rapidamente. Hoje, já conta com uma linha diversificada de produtos, como: t-shirts, croppeds, moletons, bonés, bolsas, carteiras, chinelos, garrafas térmicas e canetas de bambu.

Outros itens, igualmente, valorizam a identidade acreana: produtos alimentícios da culinária local (farinha de Cruzeiro do Sul, biscoitos e bombons de castanha e cupuaçu) e artesanatos (acessórios indígenas e a bandeira do Acre, entre outros).

Uma marca de produtos conceituais, que tem levado o nome do Acre para o Brasil e o mundo.

86
Informe publicitário
As sócias Rayssa Alves e Juliana Pejon: “Defendemos o que é nosso, com orgulho, respeito e estilo.” (foto: Luiza Pinheiro) (foto: Samara Oliveira)

A marca passou a ser mais conhecida nacionalmente desde que o DJ Alok participou do movimento indígena contra o marco temporal, em Brasília, em agosto de 2021. Alok apareceu vestindo t-shirt da ‘Made In Acre’ com as palavras “Barulho da Floresta”. Ele também usou camisetas da marca nas gravações de seu primeiro álbum autoral, projeto realizado em parceria com etnias indígenas da Amazônia brasileira.

PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS E SUSTENTABILIDADE

A ‘Made In Acre’ realiza projetos socioambientais, em parceria com povos originários, comunidades tradicionais e ONGs.

Exemplo disso foi a parceria com o Povo Yawanawá, da Aldeia Nova Esperança, para criar coleção de camisetas e bonés. Parte do lucro da venda destes produtos é destinado à aldeia.

Os recursos apoiaram a construção – e, agora, a manutenção – de um centro cultural de resgate da língua tradicional e de costumes ancestrais, que busca restaurar o orgulho e a dignidade da identidade indígena.

E continuando pela trilha da sustentabilidade, as camisetas da marca são feitas com algodão 100% plantado; e a parcela de poliéster (50%) é obtida pela reciclagem de garrafas pet.

PARABÉNS, CÉU DO MAPIÁ!

“A Vila guarda a trajetória de seringueiros e dos povos da floresta – parte da história do Acre e do Brasil. E vem transformando a vida de muitos que por lá moram ou passaram. Estamos felizes de, por meio desta publicação, também participarmos desta história”. (Rayssa e Juliana, sócias da ‘Made In Acre’)

O CONCEITO REVELADO NA MARCA

O design da marca foi cuidadosamente construído por elementos da cultura local: o corte da seringa que representa o látex, matéria-prima que levou o Acre para o mundo; mesma imagem que se transforma, também, na fl echa de nossa ancestralidade indígena.

87
Rua Pernambuco, 838 – Bosque - Rio Branco – AC 55 (68) 9.9230-3139 madeinacrecontato@gmail.com @usemadeinacre @usemadeinacre @madeinacre DJ ALOK E O “BARULHO DA FLORESTA” (foto: Mila Petrillo) (foto: Samara Oliveira) Informe publicitário

Turismo

RIO BRANCO - DESAFIOS E ENCANTOS NA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Capital mais ocidental do país, a cidade é a porta de entrada para a Amazônia profunda.

A refeição é uma espécie de “sopa” de origem indígena, servida quente, que junta ervas como o Jambu, o caldo conhecido como Tucupi, e derivados de mandioca.

Tacacá: espécie de “sopa” de origem indígena, servida quente, que junta ervas como o Jambu, o caldo conhecido como Tucupi, e derivados de mandioca.

Quem

vai a Rio Branco a primeira vez, seja de carro ou de avião, é surpreendido de alguma forma. Começando pelo fato de que chegar até a capital do Acre é um exercício para os fortes, ou para aqueles que estão realmente dispostos a desbravar os desafios e encantos da Amazônia Ocidental.

A capital do Acre também é ponto de parada obrigatório para viajantes brasileiros que querem chegar à Bolívia e ao Peru de carro ou moto. O Acre fica na região de fronteira do Brasil com esses dois países. De Rio Branco até a Bolívia são cerca de 100 km de estrada, e até o Peru são cerca de 300km. A influência andina na vida dos moradores de Rio Branco está presente na culinária, na questão étnica e, até mesmo, na economia.

Rogério Wenceslau é repórter.

Tour pela cidade foge do tradicional

Com boa infraestrutura de hotéis, um grande shopping center, comércio diversificado, praças, parques e pontos turísticos os mais diversos, a cidade oferece o tour tradicional de gastronomia, compras e entretenimento, mas vai além disso.

Se o clima quente e úmido na maior parte do ano pedir uma refeição gelada, nada melhor do que o açaí nativo, encorpado, de gosto mais forte do que o aquele servido em outros lugares do país, de preferência adornado com amêndoas típicas da região.

Mas se for uma noite de chuvas torrenciais, o que é comum na Amazônia, o Tacacá é a melhor pedida.

Lugares para apreciar essas iguarias não faltam, mas na Praça da Revolução, região central da cidade, os quiosques de comidas típicas oferecem esses e outros pratos, que podem ser degustados em um ambiente tranquilo, arborizado e de fácil acesso.

Nos mercados locais é possível encontrar o açaí natural.

88
Palácio Rio Branco. (foto: Agência de Notícias do Acre) (foto: Agência de Notícias do Acre) (foto: Agência de Notícias do Acre)

Porta de entrada para a Amazônia profunda

Com uma população estimada em cerca de 500 mil habitantes, infraestrutura logística razoável, e um setor de serviços relativamente avançado para os padrões da região Norte, Rio Branco se tornou, nas últimas décadas, um polo de desenvolvimento econômico e social.

Natureza abundante, mesmo na zona urbana

A natureza abundante que permeia a capital do Acre é um convite para mergulhar no verde da mata. Locais como o Parque Ambiental Chico Mendes, nos arredores da cidade, o Parque do Tucumã, na região mais nobre da capital, ou o Horto Florestal, na região central, são verdadeiras ilhas de mata virgem, onde o visitante pode sentir o prazer de estar em plena “selva”, mas com absoluta segurança.

Trilhas na floresta e turismo de aventura

Para quem quer mais aventura no passeio, a opção de fazer uma trilha na floresta é uma boa pedida. Visitar comunidades alternativas, ou até mesmo fazer escalada em árvores com acompanhamento profissional também são opções interessantes. Essas e outras atividades podem ser agendadas pelo endereço eletrônico @destinoacre, onde o viajante conta com uma empresa especializada nesse serviço.

Cultura e lazer na região central

Os espaços de cultura e lazer sempre garantem um “plus” ao turista. Na região central da cidade, às margens do Rio Acre, onde Rio Branco nasceu, o tradicional “Mercado Velho” dispõe de uma feira de artesanato local, várias opções de comida regional, shows musicais, bares, etc. Tudo em um cenário perfeito, onde se enxerga um grande trecho do rio cortando a cidade, com suas pontes e passarelas que dão um ar de modernidade à região central da capital do Acre.

Mastro da bandeira, no lago da gameleira, no centro da cidade.

Desta forma, Rio Branco exerce grande importância econômica, social e até mesmo geopolítica para a Amazônia, sendo a capital mais ocidental do país. A cidade é uma espécie de guardiã da região de fronteira, além de também ser a principal referência para as 17 etnias indígenas existentes no Acre.

Mercado velho.

89
(foto: Agência de Notícias do Acre) (foto: Agência de Notícias do Acre) (foto: Agência de Notícias do Acre) Aberto à visitação pública, o Parque Ambiental Chico Mendes é um espaço de preservação da diversidade biológica e de animais nativos.
Turismo

RÊMOLO JARUDE:

UMA FAMÍLIA, UM EMPREENDIMENTO

As décadas se sucederam, assim como os descendentes da família. Ao longo do tempo, seu negócio foi direcionado para o segmento de ferragens, ferramentas, máquinas e motores.

Céu do Mapiá

Em Rio Branco, a Rêmolo Jarude tem uma história que remonta ao início do século passado. Foi quando, na onda migratória que conduziu libaneses até a Amazônia, lá estava Raji Jarude.

Era o momento da ocupação brasileira do território que se tornaria o estado do Acre. E a família Jarude estabelecia-se no comércio, com seu primeiro mercadinho.

Atualmente com três unidades, a loja reúne cerca de 20 mil itens – incluindo caça, pesca e camping, entre outros.

R. Sergipe, 386 Centro – Rio Branco – AC Fone: (068) 3224-2032

Rua Eduardo Assmar, 1.139 Seis de Agosto – Rio Branco – AC Fone: (68) 3224-1328

Rua Dom Júlio Mattiolle, 75 Centro – Epitaciolândia – AC Fone: (68) 3546-4842

@remolojarude.oficial

A trajetória da família Jarude também interage (ontem e hoje) com a história da Vila Céu do Mapiá. Foram muitos os materiais comercializados, especialmente numa época de poucos comerciantes próximos do Mapiá.

“Ficamos felizes em ver a Vila crescendo, a nova Catedral construída. Parabéns! Desejamos que sejam felizes, seus moradores e visitantes.”

São os votos de Réssini, filho de Rêmolo, neto de Aref, bisneto de Raji Jarude.

Informe publicitário

ENXERGUE O MELHOR DA VIDA

BELEZA E SINGULARIDADE NA RECEITA DA ÓTICA MODERNA

UM DESAFIO Agregar valor a um produto destinado a corrigir e proteger a visão.

“Os óculos fazem com que você veja, mas, também, seja vista ou visto. O que queremos é mais que oferecer uma peça: é proporcionar uma experiência.” – explica Záyra Ayache, diretora da Ótica Moderna. E complementa: “Nosso papel é extrair a beleza de seu coração, para que você tenha uma completa visão multifocal.”

DUAS CHAVES

Beleza e singularidade para revelar a personalidade de cada um.

SINGULARIDADE

Mas a experiência de singularidade exige, antes, percorrer inúmeras possibilidades de formatos e cores para óculos e lentes. Até chegar “na peça que tem a sua cara”. Como fazer isso?

A empresária explica: “A colorimetria, por exemplo, nos ajuda a identificar uma palheta de cores adequada para cada um – de acordo com tom de pele, dos cabelos, dos olhos.” Mas a principal ferramenta é a personalidade: “Essa bate o martelo e define nossas escolhas”.

ZARAY: MODELOS EXCLUSIVOS

Natural do Rio de Janeiro, Záyra Ayache mudou-se para o Acre em 1988. Há 14 anos, ela está à frente da Ótica Moderna e, recentemente, criou sua própria marca de óculos – a Zaray.

A iniciativa aconteceu depois de experienciar a infecção pela Covid-19. Ainda debilitada, ela buscou reagir por meio da criação de algo novo. E não parou por aí. Também criou a “Zaray Mentory” – uma mentoria para que jovens possam sair da zona de conforto e criar sua própria fonte de renda.

A empresária Záyra Ayache: “Em tudo na vida é preciso somar e se movimentar. Só assim evoluiremos em todos os aspectos.”

É assim que, em sua trajetória, Záyra Ayache vem inspirando novas experiências a seus clientes.

92
Informe publicitário

Atendimento local, regional e nacional

Em Rio Branco, a Ótica Moderna está em localização privilegiada para melhor atender seus clientes. Mas seus óculos alcançam pessoas em todo o Brasil.

Para valorizar a sua personalidade Modelos clássicos, modernos e exclusivos: um deles, com certeza, combina com o seu jeito de ser!

MARCA PRÓPRIA PARA UM DESIGN SINGULAR

Inspirado na floresta e nos povos indígenas do Acre, a representação da marca contou com o talento da designer Thayna Matias: “Busquei o significado do nome Zayra – que é ‘delicada’. Então, pensei em uma marca que mostrasse força aliada à delicadeza. Assim, nasceu Zaray – trazendo a bossa carioca com a inspiração acreana. Gesto que revela o respeito por suas origens e pela terra que a acolheu.”

Parabéns, Vila Céu do Mapiá!

A Ótica Moderna atende os moradores da Vila desde o início de seus trabalhos em Rio Branco. Por isso, também faz parte desta festa: “Que o Céu do Mapiá veja e possa ser visto como um ponto de luz sempre mais intenso” –deseja Záyra Ayache.

A escolha certa Técnicas ajudam a escolher o formato e cores das armações e lentes – para encontrar aquela que mais combina com o seu jeito de ser.

Rua Epaminondas Jacome, 3.168 Rio Branco – AC

93
@oticamodernaa
9.9232-1000
(68)
A mais nova campanha lançada pela Zaray: “Me respeita, este é o grito de guerra de homens e mulheres que usam a nossa marca” – enfatiza Záyra, a empresária idealizadora da marca e da campanha.

UMA PORTA DE ENTRADA PARA A CULTURA E A NATUREZA DA AMAZÔNIA

Amazônia: diversidade ímpar de natureza, culturas locais, experiências. Vivência intensa, de potencial transformador. Mas, pra chegar lá, há que se ter logística, segurança, conhecimento...

Victor e Roseany Pontes sabem disso. Porque, há cerca de 15 anos, o casal atua com ecoturismo – entre outros segmentos do turismo sustentável, como o religioso. E continuam buscando conhecer e compartilhar os patrimônios cultural e natural do Acre.

A “Casa dos Ayahuasqueiros”

Jardins Guesthouse tornou-se, também, base de apoio para ayahuasqueiros que chegam em Rio Branco para participar de vivências em aldeias ou grupos religiosos da região. Da mesma forma, recebe indígenas em trânsito.

Um ponto de encontro para os que se nutrem da “medicina da floresta”. Fardados no Daime, Victor e Roseany são buscadores da saúde integral do ser humano. Por isso, são anfitriões de um espaço que estimula a troca de conhecimento sobre nossa preciosa conexão com a natureza.

Rodeada por natureza expressiva, a “guesthouse” oferece área para picnic, pescaria, piscina e a experiência de um “spa day” – entre outros atrativos. E conta com estacionamento privativo.

Guesthouse,

um conceito acolhedor

Foi nesse contexto que eles montaram o Jardins Guesthouse – a primeira hospedagem em Rio Branco nesta modalidade.

É Victor, turismólogo, quem explica: “O conceito é o da casa aberta, onde somos anfitriões daqueles que buscam conhecer a cultura local.”

O hóspede turista ainda conta com o apoio do casal anfitrião nos passeios pela região – por meio da Ayshawã Expedições e Vivências, também dirigida por eles. Seja um city tour, sejam vivências em aldeias indígenas, entre outros destinos. O importante é que seja uma experiência genuína, a começar pela hospedagem.

Vida longa à Vila Céu do Mapiá! “Parabenizamos a Comunidade Céu do Mapiá pelos 40 anos de muitos desafios e conquistas. Desejamos a todos muitos anos de vida com luz e amor, seguindo o caminho dos Mestres Sebastião Mota e Irineu Serra. Que Deus abençoe esse local sagrado, que acolhe e ajuda muitos irmãos de todo o mundo a se curar.” (Victor e Roseany Pontes)

96
Estrada
Floresta, 2981
Floresta Sul Rio Branco – AC Reservas: vitoracreano@hotmail.com +55 (68)
Jardins Guesthouse
da
9.9922-2313
Informe publicitário
ATIVIDADES AO AR LIVRE. Passeios no lago e atividades ao ar livre: um espaço privilegiado para a conexão com a natureza!

UM TOQUE MINEIRO NA CULINÁRIA ACREANA

Gastronomia com responsabilidade social

E o “Pão de Queijo” ainda se transformou num restaurante escola. Foi a estratégia encontrada para formar colaboradores. E mais: oferecer capacitação como ação social – contribuindo com projeto do Tribunal de Justiça do Acre, destinado a presidiarios.

Foi assim que a excelência na gastronomia, o sucesso profi ssional e a responsabilidade social concorreram para oficializar, com um título, o que a mineira Denise Borges já havia plantado em seu coração.

Hoje, ela é uma cidadã rio-branquense.

Quando deixou Uberaba – sua cidade natal em Minas Gerais – rumo ao Acre, a empresária Denise de Melo Silva Borges não imaginava que um dos símbolos de seu estado iria revolucionar sua vida. Sim, o pão de queijo.

Eram meados dos anos 1980, quando Denise e Athos, recém-casados, chegaram a Rio Branco. Foi no antigo mercadinho do Maki, que ela descobriu “algo parecido” com um pão de queijo. Só depois de muita insistência de amigos, no entanto, ela aceitou o desafio de apresentar a Rio Branco a “legítima” iguaria mineira.

Um toque mineiro nos pratos e ingredientes típicos da região, assim como nas criações exclusivas do Buffet – que oferece um cardápio extenso e variado.

Comida raiz

Sua produção caseira de pão de queijo se multiplicou, rendeu a inauguração de uma lanchonete, evoluindo para o primeiro restaurante por quilo do estado do Acre. Mais de 30 anos depois, o “Buffet e Restaurante Pão de Queijo” e a “Maison Borges Eventos” são referências na cidade.

A chave dessa história de sucesso? O atendimento acolhedor, aliado ao jeito mineiro de cozinhar. Denise explica: “Comida caseira, feita com amor; enriquecida com azeite, temperos e molhos de ingredientes naturais. É a comida raiz, que não mascara o verdadeiro sabor do alimento.”

A empresária Denise Borges: cozinha à moda antiga, que, buscando a raiz do sabor, faz brotar saúde. Sua trajetória tem conquistado prêmios em festivais gastronômicos e em ações de responsabilidade social.

Buffet & Restaurante Pão de Queijo Av. Nações Unidas, 2123 –7º BEC – Rio Branco – AC (68) 9.9990-6655

97
paodequeijo_restaurante Buffetrestaurantepaodequeijo Informe publicitário

E O PÃO DE QUEIJO VIROU....

Ao longo de mais de 30 anos, os empreendimentos da família Borges em Rio Branco vêm evoluindo com a cidade. Respondendo às necessidades de novos tempos que foram chegando. Mas, também, apresentando à capital acreana as novidades que o Brasil e o mundo já desfrutam.

A longínqua produção caseira de pão de queijo foi a força motriz para pesquisa e experimentação de novos sabores, novos formatos de atendimento e de serviços.

Algo, no entanto, permanece intacto: o jeito mineiro de ser da família que partiu de Uberaba, interior de Minas Gerais, rumo ao Acre. Um jeito traduzido na busca pelo verdadeiro sabor e qualidade do alimento; no acolhimento afetuoso e na alegria de receber as pessoas; na responsabilidade social da condução dos negócios.

Muitos frutos desta criação familiar já amadureceram. Outros, estão brotando. Confira!

O Restaurante apresenta um ambiente acolhedor para 150 pessoas. O serviço por quilo oferece uma seleção especial e bem variada de saladas, pratos quentes e sobremesas. Tudo preparado com temperos e molhos naturais e orgânicos. O Buffet atende encomendas para festas e eventos.

Nova unidade do Restaurante foi, recentemente, inaugurada no interior do supermercado Atacale.

98
Informe publicitário
Família e colaboradores unidos num desejo comum: o bem receber! Buffet & Restaurante Pão de Queijo Buffet por quilo, de 2ª à sábado, das 11h às 15h. Av. Nações Unidas, 2123 – 7º BEC Rio Branco – AC + 55 (68) 9.9990-6655 paodequeijo_restaurante Buffetrestaurantepaodequeijo
Da direita para esquerda: Rodrigo Borges (filho), Edmar Monteiro (genro), Gabriela Borges Monteiro (filha), o casal de empreendedores Denise Borges e Athos Borges, Bruno Borges (filho). Atrás, da direita para a esquerda, o fiel e craque time de
colaboradores
mais
antigos: Sabrina, Josi, Nilce, Zita, Rose, Zeca, Cesar e Adriano.

Maison Borges Eventos

Com capacidade para 1.100 pessoas, este espaço foi especialmente desenhado e construído para receber eventos diversos – como casamentos, formaturas, apresentações, shows e eventos corporativos, entre outros. E é, hoje, a maior casa de eventos do estado do Acre, oferecendo diversas programações ao longo do ano.

Aberto de 2ª a sábado, das 8h às 17h; à noite, de acordo com agenda de eventos.

Rua das Acácias, 1.001 – Distrito Industrial – Rio Branco – AC +55 (68) 9.8401-1151.

@maisonborgeseventos

@maison.borgeseventos

Pão de Queijo Delivery Marmita Fit

Lojas de Conveniência: espaços para reunir utilidade, lazer, descontração e encontro

Tabacaria

Bar & Luderia

O diferencial das marmitas balanceadas fit é a qualidade da marca “Pão de Queijo”: nenhum tipo de óleo e nem manteiga é utilizado; os grãos são integrais e os temperos, naturais. Cada marmita reúne 130 gramas de proteína. O serviço também oferece variedade de saladas naturais. Exclusivo para delivery.

Entrega: 2ª a 6ª feira, das 10h às 14h; pedidos a partir das 7h30.

+ 55 (68) 9.9925-9217

@Nutrialimentos.ac

Nesta loja de conveniência, você também encontra produtos e acessórios típicos de uma boa tabacaria e, ainda: café da manhã, salgados, deliciosos petiscos, sobremesas e bebidas –com grande diversidade de cachaças. Um ponto de encontro com TVs para acompanhar programação esportiva, entre outras.

Aberto todos os dias: de 2ª à sábado, das 7h às 23h; de domingo, das 9h às 22h Av. das Nações Unidas, 2.041 –Estação Experimental –Rio Branco – AC

+55 (68) 9.9923-4791

@paodequeijo_conveniencia

Conveniência Express

“Ludus”, no latim, significa “jogar e brincar”. Por isso, a loja e o bar também se apresentam como uma luderia – oferecendo jogos de tabuleiro, de cartas, games online e TVs. Recentemente inaugurada, conta com a mesma qualidade de salgados, petiscos, bebidas e doces que a “Pão de Queijo” sempre oferece.

Aberto todos os dias: de 2ª à sábado, das 7h às 23h; de domingo, das 9h às 22h

Tv. Santa Inês – Galeria Galvez –Rio Branco – AC

+55 (68) 9.9923-4791

Acabou de chegar mais uma loja de conveniência, onde você encontra produtos de primeira necessidade – com fácil e rápido acesso. E, ainda, um espaço aconchegante pra provar um café ou bebida, acompanhados de salgados e doces.

Av. Nações Unidas 480, sala 02 –Bosque– Rio Branco – AC

+55 (68) 9.9923-4791

99
Informe publicitário
Happy Hours Drinks Música Os melhores sabores Rua São Sebastião, 100 - Rio Branco - AC (68) 9.9903-0190 dibuteco.ac SUA NOITE COMEÇA AQUI!!!

DIBUTECO PIZZA & CHOPP

UMA EXPERIÊNCIA MARCANTE EM RIO BRANCO

Toda cidade tem aquele lugar que você vai uma vez e nunca mais esquece a experiência. Rio Branco tem esse lugar. E, felizmente, a experiência de quem o visita é a melhor possível quando se trata de gastronomia e lazer. Estamos falando do Dibuteco Pizza & Chopp. O nome sugestivo não poderia ser melhor para traduzir o “espírito” da casa. Mas visitar o Dibuteco vai além de comer Pizza ou tomar Chopp, mesmo que isso já seja tudo de bom para quem só quer um ambiente agradável para relaxar.

CARDÁPIO VARIADO, AMBIENTE

ACONCHEGANTE

Até aí o visitante já sentiu que escolheu o lugar certo para o rolê. Mas aí é que a gente descobre que o melhor está por vir, quando abre o cardápio e se depara com as opções. Vários pratos de entrada, sucos naturais, bebidas quentes e, é claro, pizza italiana de verdade, estilo napolitana, e um bom chopp.

Bem iluminado, com uma decoração de muito bom gosto, o lugar é bem planejado e aconchegante. Mesas externas em área coberta são uma opção para fumantes. O salão amplo e climatizado inclui, além das cadeiras e mesas tradicionais, poltronas largas e confortáveis, ótimas para casais que não se desgrudam.

Para os “solitários” que só querem uma bebida e sossego, o balcão americano com os bancos dispostos lado a lado é uma opção. Se a casa estiver cheia o visitante pode até encontrar companhia para um bom papo, ou trocar uma ideia com as “bargirls”, que, aliás, mandam muito bem nos drinks.

Dibuteco Pizza & Chopp é o tipo de lugar que a gente chega e não vê a hora passar.

APROVEITE CADA SEGUNDO

Mas como tudo que é bom uma hora acaba, o melhor é aproveitar cada segundo nesse lugar super agradável. Antes de pagar a conta, ainda é possível bater um papo com o Edinho, proprietário, pizzaiolo, e super bacana. Ele é a simpatia em pessoa!

Na visita que fizemos, Edinho nos contou como pensou em cada detalhe do ambiente, da ideia inicial até o projeto sair do papel, e nos falou da experiência de empreender na Amazônia. Este é o segundo empreendimento no ramo da gastronomia que o Edinho abriu em Rio Branco, o primeiro foi Dibuteco Bar, que, até hoje, é referência na cidade, mas essa história a gente conta em outra oportunidade!

102 Informe publicitário

São muitas opções no menu, mas o carro chefe da casa são as pizzas, com destaque para aquelas de sabor exótico, como a de cogumelo, ou a de camarão. A massa fininha, com borda larga e crocante, por um instante faz o visitante pensar que está mesmo na Itália.

A felicidade dá boas-vindas ao cliente já no estacionamento amplo, gratuito, e bem na frente do estabelecimento.

A certeza de uma vaga para estacionar já vale muito, mas ser recebido pessoalmente na porta, e com um sorriso no rosto do atendente não tem preço. Simpatia é o forte dos funcionários, que acompanham o cliente até a mesa e fazem questão de “puxar a cadeira” –no bom sentido, é claro.

Além de tudo isso que já falamos, tem mais. Para quem se amarra em ver uma cozinha de restaurante “a todo vapor”, visitar a casa é certeza de diversão. Parte da cozinha é visível do salão principal e apenas paredes de vidro a separam de quem está nas mesas.

103
ATRAÇÃO PRINCIPAL: A PIZZA! CONFORTO E PRATICIDADE DAS INSTALAÇÕES, SIMPATIA DA RECEPÇÃO UMA COZINHA “A TODO VAPOR” OPÇÕES VARIADAS RECHEIAM O CARDÁPIO DRINKS ESPECIALMENTE PREPARADOS PELAS “BARGIRLS”, QUE, ALIÁS, MANDAM MUITO BEM! Rua Rio de Janeiro, 47 – Rio Branco – AC Abre de 3ª a domingo. (68) 99962-1161 @dibutecopizza @dibutecopizza Informe publicitário

DIFF UM HOTEL DIFERENTE

Uma experiência diferenciada, que começa pelo atendimento. O Diff Hotel oferece o acolhimento e a receptividade de um empreendimento familiar, para que você possa se sentir “em casa” – mesmo estando longe dela.

Isso significa um olhar atento e amigo para reconhecer e apoiar a necessidade individual de cada hóspede, seja brasileiro ou estrangeiro. Um olhar, no entanto, ancorado num padrão de excelência profissional das acomodações e dos serviços oferecidos.

Esta é a singularidade que inspirou o nome do empreendimento. E que logo é notada pelos que, aqui, chegam: “Vocês são diferentes – é o comentário mais frequente que recebemos”, comenta Luciana Lemos, diretora e gerente.

TRABALHAR, SIM.

MAS RELAXAR DEPOIS

Na região central, o hotel está próximo dos principais centros governamentais, financeiros e comerciais.

Ao público corporativo, o Diff oferece salas para co-working e para reuniões, assim como espaços de eventos – sem descuidar da qualidade da internet e da praticidade, ao oferecer uma loja de conveniências. E para relaxar e proporcionar os momentos de lazer: piscina no terraço com vista panorâmica; academia; restaurante e rooftop lounge bar.

Lobby e Restaurante

Em espaço integrado ao Lobby, o restaurante oferece café da manhã, almoço e jantar.

Quartos confortáveis e bem equipados

Acomodações amplas, confortáveis e bem equipadas – TV à cabo de 32”, internet sem fio WIFI, chaleira elétrica, tábua e ferro de passar, relógio despertador, cofre e secador de cabelos no banheiro privativo, serviço de lavanderia.

Rooftop Lounge Bar

Localizado no pavimento da cobertura e próximo à academia e piscina, o bar é mais um lindo ambiente para relaxar e confraternizar.

104
Informe publicitário

E viva a natureza e a cultura locais!

O Diff Hotel também abraça quem quer conhecer a cultura e a natureza tão expressivas da região. Venha se surpreender com as belezas locais!

O hotel está perto de atrações relevantes de Rio Branco – como o Mercado Velho, o Palácio Rio Branco, o Museu da Borracha e o Memorial dos Autonomistas, além de bares e restaurantes.

E ao final dos dias intensos de passeios, está pronto pra acolher quem chega do campo cansado (mas feliz!), em busca de conforto e descontração.

Academia para não perder o pique E manter os seus treinos em dia!

VIVA MAPIÁ 40 ANOS!

“Nos 40 anos da Vila Céu do Mapiá, nós participamos desta festa. Numa homenagem à tradição cultural e religiosa de comunidades da nossa floresta amazônica.” (Luciana Lemos, diretora e gerente do Diff Hotel)

Cobertura com vista panorâmica O terraço da piscina oferece lazer e uma visão panorâmica da cidade e do rio Acre.

105
Rio
reservas@diffhotel.com.br +55
3302-2300 diff_hotel diffhotel
Rua Rio Grande do Sul, 332
Centro
Branco – AC
(68)

CAPA - FECHAMENTO

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.