Sua ascensão é uma história de mérito militar com uma narrativa de paixão inabalável, influência familiar e um compromisso inegociável com o ser humano
PARQUE TECNOLÓGICO TESTARÁ BATERIAS
BRASILEIRAS PARA VEÍCULOS HÍBRIDOS
GOVERNO ARRECADA R$
6,8 BILHÕES COM BETS EM 2025, AUMENTO DE 17.000% NÚMERO DE TRABALHADORES POR APLICATIVO CRESCE 25% E CHEGA A 1,7 MILHÃO ONU CHEGA AOS 80 ANOS COM DESAFIOS, MAS AINDA INDISPENSÁVEL
PROVÉRBIOS 5
O
QUÊ
PROVÉRBIOS 5 NOS ENSINA? DEUS DEU AO
SER HUMANO O PRIVILÉGIO DA LIBERDADE LIBERDADE COM SABEDORIA. O PECADO AO CONTRÁRIO EM NADA TRAZ LIBERDADE, DO PECADO É QUE ELE PROMETE LIBERDADE, MAS SOMENTE TRAZ ESCRAVIDÃO
1. Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha inteligência inclina o teu ouvido;
2. Para que guardes os meus conselhos e os teus lábios observem o conhecimento.
3. Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite.
4. Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes.
5. Os seus pés descem para a morte; os seus passos estão impregnados do inferno.
6. Para que não ponderes os caminhos da vida, as
PROVÉRBIOS 6
suas andanças são errantes: jamais os conhecerás.
7. Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos, e não vos desvieis das palavras da minha boca.
8. Longe dela seja o teu caminho, e não te chegues à porta da sua casa;
9. Para que não dês a outrem a tua honra, e não entregues a cruéis os teus anos de vida;
10. Para que não farte a estranhos o teu esforço, e todo o fruto do teu trabalho vá parar em casa alheia;
11. E no fim venhas a gemer, no consumir-se da tua carne e do teu corpo.
O QUE SIGNIFICA PROVÉRBIOS 6? QUANDO A BÍBLIA DIZ QUE DEUS ABORRECE E ABOMINA
EM NOSSAS VIDAS
1. Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro, se deste a tua mão ao estranho,
2. E te deixaste enredar pelas próprias palavras; e te prendeste nas palavras da tua boca;
3. Faze pois isto agora, filho meu, e livra-te, já que caíste nas mãos do teu companheiro: vai, humilha-te, e importuna o teu companheiro.
4. Não dês sono aos teus olhos, nem deixes adormecer as tuas pálpebras.
5. Livra-te, como a gazela da mão do caçador, e como a ave da mão do passarinheiro.
6. Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio.
7. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador,
8. Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento.
9. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quan-
do te levantarás do teu sono?
10. Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados;
11. Assim sobrevirá a tua pobreza como o meliante, e a tua necessidade como um homem armado.
12. O homem mau, o homem iníquo tem a boca pervertida.
13. Acena com os olhos, fala com os pés e faz sinais com os dedos.
14. Há no seu coração perversidade, todo o tempo maquina mal; anda semeando contendas.
15. Por isso a sua destruição virá repentinamente; subitamente será quebrantado, sem que haja cura.
16. Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina:
17. Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,
18. O coração que maquina pensamentos perversos,
LIBERDADE DE ESCOLHA, MAS DIANTE DISSO ELE NOS INSTRUI A USAR ESSA
LIBERDADE, SOMENTE PRISÕES.
É IMPOSSÍVEL PECAR SEM SE PRENDER, UM DOS ENGANOS
12. E então digas: Como odiei a correção! e o meu coração desprezou a repreensão!
13. E não escutei a voz dos que me ensinavam, nem aos meus mestres inclinei o meu ouvido!
14. No meio da congregação e da assembléia foi que eu me achei em quase todo o mal. 15. Bebe água da tua fonte, e das correntes do teu poço.
16. Derramar-se-iam as tuas fontes por fora, e pelas ruas os ribeiros de águas?
17. Sejam para ti só, e não para os estranhos contigo. 18. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a
mulher da tua mocidade.
19 Como .cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo.
20. E porque, filho meu, te deixarias atrair por outra mulher, e te abraçarias ao peito de uma estranha?
21. Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele pesa todas as suas veredas.
22. Quanto ao ímpio, as suas iniqüidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido.
23. Ele morrerá, porque desavisadamente andou, e pelo excesso da sua loucura se perderá.
ABOMINA ALGUMAS COISAS, DEVEMOS PRESTAR ATENÇÃO PARA EVITAR TAIS COISAS
pés que se apressam a correr para o mal, 19. A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
20. Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe;
21. Ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço.
22. Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo.
23. Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida,
24. Para te guardarem da mulher vil, e das lisonjas da estranha.
25. Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas aos seus olhos.
26. Porque por causa duma prostituta se chega a pedir um bocado de pão; e a adúltera anda à caça da alma preciosa.
27. Porventura tomará alguém fogo no seu seio, sem que suas vestes se queimem?
28. Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés?
29. Assim ficará o que entrar à mulher do seu próximo; não será inocente todo aquele que a tocar.
30. Não se injuria o ladrão, quando furta para saciar-se, tendo fome;
31. E se for achado pagará o tanto sete vezes; terá de dar todos os bens da sua casa.
32. Assim, o que adultera com uma mulher é falto de entendimento; aquele que faz isso destrói a sua alma.
33. Achará castigo e vilipêndio, e o seu opróbrio nunca se apagará.
34. Porque os ciúmes enfurecerão o marido; de maneira nenhuma perdoará no dia da vingança.
35. Não aceitará nenhum resgate, nem se conformará por mais que aumentes os presentes.
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CONTEÚDO
10
PELO PAÍS
REPORTAGENS
12 CAPA
Marcello Lobão Schiavo: MajorBrigadeiro que transforma sonhos em vetores de liderança e tecnologia. Sua ascensão é uma história de mérito militar com uma narrativa
de paixão inabalável, influência familiar e um compromisso inegociável com o ser humano.
20
MERCADO
Número de trabalhadores por aplicativo cresce 25% e chega a 1,7 milhão. Os dados fazem parte do módulo sobre trabalho por meio de plataformas digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
24
RESULTADO
Governo arrecada R$ 6,8 bilhões com bets em 2025, aumento de 17.000%. Somente no mês de setembro foram arrecadados R$1,7 bilhões contra R$ 7 milhões registrados no ano anterior, alta de mais de 16.000%.
28 INOVAÇÃO
Parque tecnológico
testará baterias brasileiras para veículos híbridos. Senai Pernambuco inaugura parque tecnológico para acelerar iniciativas para inovação, transição energética e baterias de lítio para veículos.
32
VISÃO
Governo de Pernambuco sanciona lei que cria cotas raciais em concursos públicos estaduais. Norma foi aprovada pela Alepe 20
CONHEÇA A VERSÃO DIGITAL
após suspensão do Concurso Pernambucano Unificado (CPU), criticado por não prever ação afirmativa para pessoas pretas, pardas, indígenas e quilombolas.
36 AÇÃO
ONU chega aos 80 anos com desafios, mas ainda indispensável. Especialistas afirmam que aniversário da organização reacende debate sobre reforma no Conselho de Segurança.
FUNDADA EM 28 ABRIL 2004 POR MARCELO MESQUITA
DIRETOR PRESIDENTE MARCELO MESQUITA
DIRETOR NORTE E NORDESTE MICKAELL ANTHONY NERY DE SOUSA MESQUITA
SÓCIO E DIRETOR DE PROJETOS ESPECIAIS NACIONAL E INTERNACIONAL CARLOS ROBERTO
DIRETOR CENTRO-OESTE E SUDESTE
CORONEL PAULO CÉSAR ALÍPIO
DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO
MICKAELL ANTHONY MESQUITA E JOSÉ DE PEREIRA PAULO NETO
DIRETOR INSTITUCIONAL JACILENE MESQUITA E MARCELO GUILHERME MESQUITA
DIRETOR DE DISTRIBUIÇÃO
MARCOS MESQUITA E GERALDO MESQUITA
DIRETOR COMERCIAL
JOAQUIM PEREIRA, MARCELO MESQUITA E SÉRGIO REDÓ
DIRETOR DE PROJETOS ESPECIAIS MARCO ANTONIO CALZOLARI
JORNALISTAS ESPECIAIS MÁRCIO MAIA
ASSESSOR JURÍDICO
DR. RONALDO PESSÔA, DR. HELENO RODRIGUES E DRª. KISSIA MESQUITA Editor Severino Ferreira
Jornalista Visual e Editor de Conteúdo Sandemberg Pontes Reportagens Aline Mirelly
Curadoria de Conteúdo Digital Sandemberg Pontes
Fotografias Ademilton Barbosa, Jupiasi Andrade, Paulo Sérgio e Roberto Fontes e Fernando Frazão
Projeto Editorial e Projeto Gráfico Sandemberg Pontes
COLABORADORES
Cláudia Montes, Hermógenes Soares, Jota Gilson, André Mendes, Sérgio Sobreira, Elias Romã e Filho, Clebson Belo, George Aragão, Madiael Leal de Lucena, Lívio Cavalcanti, Cícero Walter, Rômulo de Deus e Melo Mesquita, Geraldo Paulo de Jesus e Fernanda Vera Cruz da Silva
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A Revista TOTAL, edição 215, ano 21, é uma publicação quinzenal da Editora Mesquita Brasil, com distribuição comercializada, por R$ 30,00 e com distribuição dirigida para os municípios brasileiros.
Impressão Gráfica e Editora Mesquita Brasil
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REPRESENTANTES
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PELO PAÍS
A
MUDANÇAS NO FGTS E POUPANÇA
BANCO PÚBLICO RESTABELECE PERCENTUAL MÁXIMO DE FINANCIAMENTO E ANUNCIA PACOTE QUE INCLUI LIBERAÇÃO DE RECURSOS DA POUPANÇA E REAJUSTE DO TETO DO SFH
A Caixa Econômica Federal voltou a financiar até 80% do valor de imóveis no Sistema de Amortização Constante (SAC), retomando o limite anterior à restrição imposta em novembro de 2024, quando a cota máxima havia sido reduzida pa-
ra 70% devido ao esgotamento da capacidade de crédito do banco.
O anúncio foi feito pelo presidente da instituição, Carlos Vieira, durante o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário do Sistema Brasileiro de Poupan-
ça e Empréstimo (SBPE), em São Paulo. O programa prevê a liberação total dos depósitos compulsórios da poupança para ampliar o acesso da classe média à casa própria.
Segundo Vieira, a retomada da cota de 80% foi viabilizada por mudanças nas regras de utilização dos recursos do FGTS e da poupança. Ele destacou que a nova estrutura de crédito tem potencial para destravar o financiamento habitacional e estimular o setor da construção civil.
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o novo modelo permitirá a contratação de 80 mil unidades adicionais até o fim de 2026. O programa deve injetar, de forma imediata, pelo menos R$ 20 bilhões em novos financiamentos imobiliários.
O pacote também inclui o reajuste do
teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que permite o uso do FGTS na compra do imóvel. O valor máximo, congelado desde 2018 em R$ 1,5 milhão, passa agora para R$ 2,25 milhões.
De acordo com Vieira, a elevação do teto, aprovada com apoio do Ministério da Fazenda, da Câmara dos Deputados e do Banco Central, somada à flexibilização dos recursos da poupança, deve reforçar a confiança do setor e impulsionar o crédito imobiliário.
A Caixa, responsável por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais do país, será a principal instituição a operar o novo modelo, que ficará em fase de teste até o fim de 2026. O funcionamento pleno está previsto para 2027, caso o formato se mostre eficaz para ampliar a oferta de crédito e reduzir custos.
PROJETO
SENADO APROVA TRANSFERÊNCIA SIMBÓLICA DA CAPITAL DO PAÍS PARA BELÉM DURANTE COP30
O Senado Federal aprovou a proposta legislativa que prevê a transferência simbólica da capital do Brasil para Belém, no período de 11 a 21 de novembro, durante a realização da COP30.
O projeto de lei 358/2025, relatado favoravelmente pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA), aguarda agora a sanção do presidente da República.
A COP30, trigésima edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, sediada em Belém, reunirá líderes globais para discutir a crise climática, abordando temas como a redução de emissões de gases de efeito estufa e a proteção da Amazônia. Esta será a primeira vez que o Brasil sedia o evento. De acordo com a proposição da deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), a capital do Brasil, função exercida por Brasília desde 1960, será trans-
ferida simbolicamente para Belém durante a COP30. O texto estabelece que, durante esse período, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderão se instalar na cidade. Além disso, o projeto determina que os atos e despachos do presidente da República e dos ministros de Estado, assinados durante o período, deverão registrar Belém como local. O Poder Executivo deverá regulamentar as medidas administrativas, operacionais e logísticas necessárias para a transferência temporária da sede do governo federal.
Para Jader Barbalho, o projeto “homenageia não apenas o grande evento internacional sediado no Brasil, como a Amazônia e a cidade de Belém, bem como permite que o Congresso Nacional destaque a importância dos temas que lá serão debatidos”.
MARCELLO LOBÃO SCHIAVO: MAJOR-BRIGADEIRO
QUE TRANSFORMA SONHOS EM VETORES DE LIDERANÇA E TECNOLOGIA
Oar em torno do Complexo do Comando Aéreo Regional (COMAR) em Recife parece vibrar com uma energia diferente, uma mistura de disciplina militar e calor humano que emana diretamente de seu comandante. À frente da supervisão de dez Organizações Militares estratégicas na Região Nordeste e parte do Atlântico Sul, está o homem cuja trajetória é a prova de que a dedicação não apenas leva aos céus, mas também molda a alma da Força Aérea Brasileira (FAB) para o futuro: o Major-Brigadeiro do Ar Marcello Lobão Schiavo.
Sua ascensão é uma história de mérito militar com uma narrativa de paixão inabalável, influência familiar e um compromisso inegociável com o ser humano. Conhecer a jornada do Brigadeiro Schiavo é mergulhar no coração do que significa ser um líder no Brasil moderno: um equilíbrio delicado entre a frieza da tecnologia e a chama dos valores. Se para muitos, a farda e o avião são símbolos distantes de poder, para Marcello, eles foram as primeiras e mais vívidas lembranças de casa. “A figura do militar é muito impactante para uma criança,” ele reflete, com um brilho no olhar que denuncia o menino de quatro anos que via o pai, oficial e piloto da FAB, chegar de viagem, fardado. Essa imagem, a farda impecável, o avião, a aventura de cruzar os céus – não foi apenas um estímulo, mas o catalisador que transformou um sonho infantil em um plano de vida. O ano era 1986, e em 31 de janeiro, o jovem Marcello Schiavo apresentava-se à Força Aérea Brasileira. Ali começava a lapidação de um dos líderes mais estratégicos da Força, um processo que exigiu sacrifício, mas que sempre foi alimentado por aquele “encantamento” inicial. “Eu vou atrás disso, porque vale a pena,”
ele pensava, superando as dificuldades da formação e o afastamento da família. Mais de três décadas depois daquele primeiro dia, a dedicação de uma vida inteira foi reconhecida. Em março de 2021, Marcello Lobão Schiavo ascendeu ao Generalato, sendo promovido ao posto de Brigadeiro do Ar. “É o coroamento de uma carreira, é uma vida dedicada à Força Aérea. A promoção ao Generalato é um crivo muito exigente, e antes de tudo, uma responsabilidade muito grande, e é óbvio também, uma honra muito grande.” Com a nova estrela vieram as responsabilidades crescentes, o peso das decisões no “nível mais estratégico”. Não é apenas sobre voar, é sobre guiar. É sobre entender que cada escolha feita no topo da pirâmide tem um alcance imenso, afetando milhares de vidas e o futuro do país. O Brigadeiro não apenas aceitou o posto; ele o abraçou com a consciência de que sua liderança precisava se expandir para além da cabine do piloto, alcançando a sala de estratégia e, sobretudo, o cora-
ção das pessoas. Apesar de ter sido criado no Rio de Janeiro, o Major-Brigadeiro Schiavo carrega em seu estilo de comando a marca de suas origens. Com mãe baiana e pai capixaba, mas com laços na Paraíba e no Nordeste, ele reconhece que essa influência regional é a fonte de seu estilo humanizado. “Esse estilo, digamos, mais humanitário, essa atenção às pessoas, eu posso reputar como uma influência, sim, que vem do Nordeste do Brasil”, ressalta. Essa atenção ao ser humano é o que o destaca como um líder inspirador. No complexo do COMAR, em Recife, ele supervisiona organizações vitais como o CINDACTA 3 (que controla o tráfego aéreo de todo o Nordeste e parte do Atlântico Sul, crucial para a soberania do nosso espaço aéreo), a reativada Base Aérea de Recife e o SERIPA (Centro Regional de Prevenção de Acidentes). Em todas essas unidades, o Brigadeiro implementa a filosofia de que “o maior ativo que a nossa Força tem são as pessoas”. Sua liderança busca inspirar e cumprir a missão, mas sempre com o olhar voltado para o bem-estar e o desenvolvimento de seus comandados.
Um dos maiores privilégios e desafios de sua jornada foi o comando da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, que assumiu em abril de 2023. Liderar a instituição que molda os cadetes que se tornarão a elite da FAB é, na prática, influenciar o futuro da Força Aérea. O desafio é, antes de tudo, ético e moral: encarnar a referência para jovens que buscam um modelo. No entanto, o Brigadeiro não se esquiva das dificuldades da formação militar, que são as decisões difíceis, incluindo punições e orientações, que são “difíceis de serem tomadas, mas que são necessárias naquele início de
carreira” para forjar líderes bem formados; e a exigência de superação, que é na AFA que o militar aprende que o voo exige o máximo. O Brigadeiro ressalta que o jovem precisa ter “essa vontade de superar-se, ter vontade de buscar o seu melhor, buscar superar desafios, a fim de se tornar um oficial realmente digno da Força Aérea Brasileira.”
O Major-Brigadeiro Schiavo é, ele próprio, a encarnação desse espírito. Com mais de 4 mil horas de voo registradas, sua experiência prática como piloto militar, sendo a máxima exigência para um aviador é o lastro de sua autoridade. O voo militar, com seu grau maior de periculosidade e a missão de combate, exige uma mentalidade de precisão e resiliência que ele transmite a cada novo oficial.
O Major-Brigadeiro Schiavo está à frente da Força Aérea em um dos seus momentos mais empolgantes: a transição para uma era de alta tecnologia e maior capacidade operacional. Ele aponta dois projetos estratégicos que representam o orgulho e o futuro da nação nos próximos 10 a 20 anos: O Caça F-39 Gripen, resultado de uma parceria com a Saab, da Suécia, este caça supersônico, que já tem 10 unidades entregues de um total de 36, representa um salto tecnológico e operacional imenso para a defesa do espaço aéreo brasileiro. O KC-390 Millennium, a maior aeronave militar já construída pela Embraer, é um sucesso internacional, exportada inclusive para países da OTAN. Ela traz um avanço crucial para a capacidade de transporte logístico e de ação humanitária da FAB, sendo um verdadeiro “orgulho nacional”. A Força Aérea Brasileira, para o Brigadeiro, é uma instituição permanente que, além da defesa da Pátria, tem um papel fundamental na
integração do território nacional e na ação humanitária. Ele vê a FAB “muito próxima à sociedade”, atu ando em situações de risco e catás trofes naturais, cumprindo sua mis são de servir e auxiliar a população brasileira.
Por trás de todo líder militar de sucesso, existe um desafio silencio so, mas constante: o equilíbrio en tre a dedicação total à vida militar e a família. “Essa é uma das maio res desafios para qualquer militar,” ele confessa, pois a profissão exige disponibilidade 24 horas por dia. No entanto, o Brigadeiro Schiavo tem uma convicção inabalável: “Um bom militar tem que ser um bom pai de família.” Os valores familiares e os valores militares são intrinsecamen te próximos. O peso das constantes transferências e mudanças de roti na é o preço que a família paga pe la dedicação à pátria, e é por isso que ele busca ativamente conciliar suas obrigações, reservando tempo para os filhos, a esposa e para suas paixões pessoais, como a leitura, as viagens e a vivência da fé católica. Essa busca por um equilíbrio físi co, intelectual e espiritual é a for ma que o Brigadeiro tem de “afiar o machado”, garantindo a sereni dade necessária para enfrentar as grandes demandas e responsabili dades do comando.
Ao olhar para trás, a pergunta sobre o legado não encontra hesitação, mas uma profunda humildade. Para o Major-Brigadeiro Marcello Lobão Schiavo, a maior marca que um comandante pode deixar é o exemplo. “Se eu conseguir deixar algum legado de exemplo, eu já fico muito satisfeito. Mas essa é uma luta minha, né? De a gente ser melhor a cada dia, de procurar buscar fazer as coisas corretas, buscar o melhor para a Força Aérea, o melhor para o Brasil.” Seu legado, ele espera, seja
lembrado por uma pessoa que “gostou de cumprir a sua missão” e, sobretudo, que soube “valorizar o ser humano”. Ele quer que os futuros líderes da FAB se lembrem de que o compromisso de um líder é inspirar, cumprir o dever militar, mas sempre mantendo a atenção voltada às pessoas. Em uma mensagem vibrante à sociedade civil, o Brigadeiro reforça: “A Força Aérea está aí para servir a sociedade. Nós somos oriundos da sociedade, nós queremos estar muito próximos da sociedade... é
cumprir a nossa missão, ver no rosto de cada brasileiro que nós, como Força Aérea, estamos cumprindo a nossa missão, é isso que nos satisfaz.” Com a FAB no limiar de uma nova era tecnológica e de liderança, a trajetória inspiradora do Major-Brigadeiro do Ar Marcello Lobão Schiavo é o maior endosso de que o Brasil não apenas tem guardiões para seus céus, mas também líderes com o coração e a mente prontos para construir um futuro mais seguro, integrado e humano.
NÚMERO DE TRABALHADORES POR
APLICATIVO CRESCE 25% E CHEGA A 1,7 MILHÃO
OS DADOS FAZEM PARTE DO MÓDULO SOBRE TRABALHO POR MEIO DE PLATAFORMAS DIGITAIS DA PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS
Ocenário do trabalho no Brasil está passando por uma transformação sísmica, impulsionada pela conectividade e pela busca por flexibilidade. O que antes era visto como uma “renda extra” se consolidou como um dos maiores motores da nova economia de serviços no país. De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o exército de brasileiros que tem nos aplicativos a sua principal fonte de trabalho cresceu um impressionante patamar de 25,4% em apenas dois anos.
Este avanço vertiginoso fez o contingente saltar de 1,32 milhão de pessoas em 2022 para quase 1,7 milhão em 2024. São mais de 335 mil novos indivíduos que encontraram nas plataformas digitais uma porta de entrada para a ocupação, mesmo em meio a um mercado de trabalho complexo. Este grupo, carinhosamente apelidado de “plataformizados”, já representa 1,9% de toda a população ocupada no setor privado nacional, provando que a tecnologia não está apenas nos grandes centros, mas está se entranhando em cada esquina do país.
O crescimento, avaliam os especialistas, está diretamente ligado a dois pilares: a busca incessante por renda e a flexibilidade que essa modalidade oferece. A possibilidade de o trabalhador escolher seus horários, sua jornada e até seu local de trabalho, como apontado pelo analista responsável pelo estudo no IBGE, Gustavo Fontes, é um fator de atração poderoso. Para muitos, essa liberdade é o que permite equilibrar as necessidades da vida familiar com as urgências financeiras, um luxo que o emprego tradicional muitas vezes não oferece.
Ao olhar para a composição deste colossal grupo, é impossível não notar que a grande maioria deles está, literalmente, nas ruas, garantindo que a vida e a logística do país não parem. O segmento de Transporte de Passageiros domina o panorama de forma esmagadora, concentrando cerca de 58% de todos os trabalhadores por aplicativo.
São os motoristas de transporte particular de passageiros, que operam em plataformas como Uber e 99, que lideram essa estatística, com 53,1% de todo o contingente. No total, quase um milhão de pessoas (964 mil, para ser exato) dedicam se a essa atividade, assumindo o volante para movimentar as cidades. Em seguida, vêm os valentes motociclistas e ciclistas das entregas de comida e produtos, que represen-
tam 29,3% dos trabalhadores, totalizando 485 mil pessoas.
Embora em menor número, o maior salto de crescimento em termos percentuais veio de outro setor: o de Serviços Gerais ou Profissionais. Esta categoria, que abrange desde designers, tradutores, consultores e até mesmo a telemedicina, registrou uma impressionante alta de 52,1% no período, mostrando que o alcance dos aplicativos vai muito além das rodas e se expande para o universo do conhecimento e das habilidades específicas.
O estudo do IBGE não apenas quantificou, mas também desenhou um retrato claro e humano de quem são esses profissionais que sustentam a economia das plataformas. Este trabalhador é predominantemente homem (83,9%), está na faixa etária
mais produtiva, entre 25 e 39 anos (47,3%), e possui, em sua maioria, o Ensino Médio completo ou Superior incompleto (59,3%).
Apesar de o rendimento médio mensal desse grupo ser ligeiramente superior à média dos demais trabalhadores brasileiros, a pesquisa revela a face mais áspera deste modelo: a informalidade e a longa jornada.
Jornada de Sacrifício: Os motoristas e entregadores cumprem, em média, uma jornada de trabalho semanal cinco horas mais longa do que os demais ocupados, com 44,8 horas contra 39,3 horas. Essa dedicação estendida é o preço pago para alcançar um rendimento que, no final do mês, se mostra competitivo.
Informalidade Massiva: A informalidade é um marco preocupante. Cerca de 86,1% desses trabalha-
dores atuam por conta própria, sendo que apenas 3,2% possuem a proteção da carteira assinada. A proporção de trabalhadores informais entre os plataformizados (71,1%) é muito superior à média nacional, que já é alta. Isso sublinha a necessidade urgente de um debate nacional maduro sobre a proteção social e os direitos destes trabalhadores que, com o próprio esforço e risco, movimentam a economia.
O crescimento exponencial e a alta informalidade dos “plataformizados” lançam um holofote de urgência sobre o debate regulatório no Brasil. A questão do vínculo empregatício e da responsabilidade das plataformas não é apenas uma discussão jurídica; é um dilema ético e social que afeta a vida de 1,7 milhão de famílias.
Enquanto a Procuradoria Geral da República se posiciona contra o reconhecimento do vínculo, os trabalhadores, em suas lutas diárias, clamam por melhores condições, segurança e garantias. A boa notícia é que o tema está no centro das atenções, com o Supremo Tribunal Federal (STF) com previsão de decidir sobre a matéria, o que pode redesenhar o panorama dos direitos no setor.
O que os dados do IBGE mostram é uma realidade inegável: o trabalho por aplicativo não é uma moda passageira, mas uma estrutura robusta que veio para ficar. É um espelho das transformações digitais e sociais, refletindo a resiliência do brasileiro em buscar o sustento e a autonomia. Aos formuladores de políticas públicas, resta o desafio de humanizar essa relação de trabalho, garantindo que o avanço da tecnologia não signifique um retrocesso nos direitos de quem está na linha de frente, no asfalto, transportando passageiros e entregando o futuro.
sindacucar
CONHEÇA
OBrasil vive um momento de efervescência econômica e social, impulsionado por uma transformação digital que redefiniu hábitos e o mercado de consumo. Mas, por vezes, a grande notícia não está nos setores tradicionais, e sim naqueles que emergiram com força avassaladora, reconfigurando a paisagem financeira nacional. É o caso estrondoso do mercado de apostas de quota fixa, popularmente conhecidas como bets. O governo federal, em um salto espetacular e digno de manchete, viu sua arrecadação com a exploração de jogos de azar decolar para patamares jamais imaginados, inaugurando uma nova e robusta fonte de recursos para o Estado.
Os números, divulgados pela Receita Federal nesta quinta feira, 23 de outubro, são simplesmente de tirar o fôlego e exigem uma leitura atenta. Eles não apenas demonstram um crescimento, mas sim uma verdadeira explosão de receitas. Em 2025, a União Federal embolsou a impressionante quantia de R$ 6,8 bilhões provenientes das atividades regulamentadas de apostas. Para se ter uma ideia da magnitude deste salto, basta um olhar comparativo com o ano imediatamente anterior, quando o governo arrecadou a modesta cifra de R$ 38 milhões com o setor. A diferença é monumental: estamos falando de um aumento de cerca de dezessete mil por cento na arrecadação! É uma curva ascendente que desafia a gravidade e projeta o mercado de jogos como um dos grandes motores fiscais do futuro.
Esta maré de prosperidade não se trata de um evento isolado, mas uma tendência que se consolida mês a mês. O mês de setembro, em particular, serviu como um termômetro desta efervescência. A arreca-
dação no período atingiu a marca recorde de R$ 1,7 bilhão. Contrastando com os R$ 7 milhões registrados no mesmo mês do ano anterior, este resultado representa uma alta vertiginosa que ultrapassa os dezesseis mil por cento. Setembro se firmou como um marco de arrecadação, mostrando que a regulamentação do setor não apenas trouxe ordem a uma atividade preexistente, mas também a transformou em um poderoso alicerce financeiro para o Estado.
Apesar do entusiasmo compreensível gerado por tais cifras, é fundamental mergulhar na explicação técnica deste fenômeno. O que motivou um crescimento tão estratosférico? A resposta reside, em grande parte, na mudança de legislação.
Conforme explicou o técnico em assuntos tributários e aduaneiros, o senhor Claudemir Malaquias, o número, embora pareça extraordinário, reflete primariamente uma mudança no enquadramento legal e na forma como o setor passou a ser tributado e fiscalizado. A formalização e regulamentação da atividade trouxeram à luz e para a legalidade um vasto mercado que, antes, operava em uma zona cinzenta. Com a nova estrutura, as operações passaram a ser transparentes e o fluxo de recursos, monitorado, garantindo que o Estado receba sua parte de forma adequada. Este é o ponto chave: não é apenas o crescimento do mercado em si, mas a capacidade do governo de capturar essa riqueza por meio de regras claras.
É interessante notar que este boom de arrecadação ocorreu mesmo sem o aumento da alíquota do setor, que havia sido debatido em uma Medida Provisória, ou MP, apresentada pelo governo. A proposta inicial visava elevar a taxação de doze pa-
R
ra dezoito por cento anualmente, como parte de um esforço para reforçar o caixa. No entanto, o texto que visava o aumento do tributo não chegou a entrar em vigor plenamente.
Malaquias esclareceu que a referida MP, embora trouxesse outros mecanismos para otimizar a coleta de impostos no setor, foi derrubada antes de completar os noventa dias necessários para que o aumento de um tributo pudesse ser efetivamente cobrado, em função da chamada noventena tributária. Esta é uma regra constitucional de fundamental importância que impede a cobrança de um novo imposto, ou o aumento de um existente, antes que se passem noventa dias da publicação da lei ou medida que o instituiu.
Portanto, o crescimento monumental da arrecadação das bets não se deu pelo aumento da taxa de imposto, mas pela força da regulamentação e pela inclusão de um setor bilionário na base tributária formal.
A ausência do aumento da alíquota serve, inclusive, para realçar a potência da base de cálculo e do volume de negócios que o mercado de jogos de azar e apostas movimenta.
A performance excepcional das apostas se insere em um contexto mais amplo de sucesso fiscal para o governo federal. Os dados gerais de arrecadação demonstram que o país vive um momento de robustez inédita nas contas públicas.
No mês de setembro, a arrecadação total do governo, que engloba impostos, contribuições e todas as demais receitas, alcançou a cifra de R$ 216,7 bilhões em valores já corrigidos pela inflação. Este patamar não apenas confirma a força da economia, mas também estabelece um recorde. De acordo com o fisco, esta é a melhor performance arreca-
datória para um mês de setembro desde o ano 2000, um marco que sublinha a resiliência e o dinamismo da atividade econômica nacional.
O desempenho acumulado ao longo do ano é ainda mais impressionante. De janeiro até agosto, os cofres da União já haviam somado R$ 2,1 trilhões. Este total também representa o melhor resultado para o período acumulado, de janeiro a agosto, desde o início do século. A consistência da arrecadação é um indicador vital da saúde econômica, refletindo um mercado de trabalho aquecido, consumo em ascensão e uma base empresarial produtiva.
A contribuição dos diversos meses para este resultado recorde é notável, com a Receita Federal registrando valores impressionantes em cada período.
A análise destes números mostra que o ano de 2025 está se desenhando como um período de colheita fiscal sem precedentes. A diversificação das fontes de receita, com o protagonismo agora das apostas esportivas e de jogos, mitiga a dependência de setores tradicionais e confere maior estabilidade ao orçamento federal. A regulamentação deste mercado, portanto, cumpre um papel estratégico que vai além da simples formalização de uma atividade; ela é uma injeção poderosa de liquidez e previsibilidade nas contas públicas.
A mensagem que ecoa dos dados da Receita é clara: a audácia regulatória compensa. O Brasil, ao abraçar a modernidade e a digitalização de seus mercados, está colhendo frutos que fortalecem o Estado e criam novas oportunidades para o investimento em áreas cruciais como saúde, educação e infraestrutura. A revolução das apostas é, para o tesouro nacional, um verdadeiro gol de placa.
PARQUE TECNOLÓGICO TESTARÁ BATERIAS BRASILEIRAS PARA
VEÍCULOS HÍBRIDOS
SENAI PERNAMBUCO INAUGURA PARQUE TECNOLÓGICO
PARA ACELERAR INICIATIVAS PARA INOVAÇÃO, TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E BATERIAS DE LÍTIO PARA VEÍCULOS
OBrasil, uma nação de dimensões continentais e com uma vocação inegável para a inovação, acaba de dar um passo monumental em direção à transição energética global. É no coração do Nordeste, em Pernambuco, que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o Senai, inaugurou uma joia da tecnologia: o Senai Park. Este parque tecnológico, localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape, não é apenas um novo edifício de pesquisa; ele é o berçário onde nascerá o futuro da eletromobilidade brasileira, com um foco especial e urgente no desenvolvimento e teste de baterias de lítio para os veículos híbridos e elétricos que em breve dominarão nossas ruas.
O entusiasmo que cerca esta iniciativa é plenamente justificado. Com um investimento inicial de cerca de R$ 100 milhões, e uma expectativa audaciosa de captar outros R$ 200 milhões, o Senai Park já se estabelece como um vetor de aceleração para a indústria nacional. O grande propósito desta estrutura é funcionar como uma planta piloto, um ambiente de testes realista e dinâmico, onde as empresas poderão simular processos e validar novas tecnologias antes de aplicá las em escala industrial. Diferente dos laboratórios convencionais, este parque foi desenhado para encurtar o tempo entre a ideia e o produto final, impulsionando a inovação com uma velocidade jamais vista.
A urgência deste desenvolvimento é palpável. Projeções de mercado indicam que, em um futuro muito próximo, todos os veículos rodando no Brasil terão pelo menos algum nível de eletrificação. Diante dessa revolução iminente, o país precisa de capacidade instalada e, sobretudo, de conhecimento técnico próprio. É neste ponto que o Senai Pa-
rk entra como um divisor de águas.
O projeto de ponta que já está em execução no parque é o desenvolvimento de um protótipo nacional de bateria de lítio de baixa tensão (12V/48V) especificamente desenhada para veículos híbridos. Este não é um desafio solitário; é uma força tarefa que une o melhor da indústria brasileira e global. A iniciativa conta com a participação de empresas de peso, líderes em seus setores, como a Baterias Moura, a Stellantis, a Volkswagen, a Iochpe Maxion e a Horse. Esta união de gigantes demonstra que o setor automotivo enxerga o parque de inovação como a chave para a competitividade futura.
A necessidade de uma bateria na-
cional é crucial para a soberania tecnológica e industrial. Atualmente, a dependência de componentes estrangeiros encarece e torna vulnerável a cadeia de produção de veículos eletrificados. A capacidade de produzir e testar baterias no próprio país garante que a tecnologia seja adaptada às condições climáticas e de rodagem brasileiras, além de simplificar a logística e reduzir o risco na cadeia de suprimentos.
O diretor de Operações de Lítio da Baterias Moura, Spartacus Pedrosa, resumiu a relevância deste passo. Segundo ele, integrar o parque tecnológico de Suape significa “atuar no coração da agenda de eletromobilidade, ampliando a pesquisa e a produção de baterias de lítio no
Brasil”. A expectativa é que este modelo de operação pioneiro consiga acelerar em até cinco anos a aplicação prática da produção de baterias, graças ao ambiente de testes de alta fidelidade e à produção em lotes iniciais. O parque tecnológico está equipado com o que há de mais moderno: robôs de última geração, sistemas de visão para detectar falhas e um sofisticado sistema de rastreabilidade digital que monitora cada etapa do processo.
O Senai Park não está apenas focado no lítio. Sua visão é holística e abraça de forma corajosa a agenda de baixo carbono. Um segundo projeto de grande porte, igualmente estratégico, concentra se no desenvolvimento e na digitalização da cadeia de produção do hidrogênio sustentável, conhecido como hidrogênio verde.
Esta alternativa de energia, vista globalmente como uma das mais promissoras para o armazenamento e propulsão de veículos pesados e para a indústria, está sendo minuciosamente estudada no complexo. O espaço conta com plantas piloto dedicadas, que incluem um eletrolisador, uma célula a combustível e uma estação de abastecimento, todos operacionais. A meta é audaciosa: produzir até trinta quilos de hidrogênio por dia, uma quantidade que, em um futuro próximo, será suficiente para abastecer uma frota inicial de veículos de longa distância.
Empresas de renome como Neuman & Esser, Siemens, White Martins, Hytron, Compesa e CTG Brasil já fazem parte deste cluster de inovação, confirmando a relevância da iniciativa para a transição energética do país. A escolha de Suape, um Complexo Industrial Portuário que oferece a infraestrutura e a água essenciais para a produção de hidrogênio, reforça o posicionamento es-
tratégico de Pernambuco como um futuro polo tecnológico de sustentabilidade e novas energias.
O diretor de Inovação e Tecnologia do Senai em Pernambuco, Oziel Alves, descreve o Senai Park como um “berçário de tecnologia” voltado para o desenvolvimento de projetos que impulsionem a produtividade industrial de todo o Nordeste e do Brasil. A estrutura foi concebida de forma modular, como um organismo vivo, adaptável às necessidades de cada novo projeto que ali aportar.
A ambição do parque vai além da eletromobilidade e do hidrogênio. O local também funcionará como um centro de experimentação para a Indústria 4.0, explorando o uso de tecnologias avançadas como a Internet das Coisas, a impressão tridimensional e a realidade aumentada no chão de fábrica. O objetivo não é apenas criar produtos, mas tropicalizar tecnologias estrangeiras, adaptando as ao contexto e aos desafios específicos da produção nacional.
A diretora regional do Senai em Pernambuco, Camila Barreto, reforça que o parque foi idealizado para ser um ambiente de cooperação tecnológica, integrando empresas, universidades e centros de pesquisa. O que está sendo construído em Suape é, nas palavras da diretora, “um modelo de futuro para a indústria, onde inovação, sustentabilidade e eficiência convergem”. O Senai Park é a promessa de que o Brasil não apenas acompanhará a revolução da eletromobilidade, mas a liderará na América Latina, garantindo que o desenvolvimento tecnológico seja feito com a marca e a inteligência nacional. É a ciência a serviço da indústria, gerando prosperidade e abrindo um caminho de luz para o futuro energético do país.
GOVERNO DE PERNAMBUCO SANCIONA LEI QUE CRIA COTAS RACIAIS EM CONCURSOS PÚBLICOS ESTADUAIS
NORMA FOI APROVADA PELA ALEPE APÓS SUSPENSÃO DO CONCURSO PERNAMBUCANO UNIFICADO (CPU), CRITICADO POR NÃO PREVER AÇÃO AFIRMATIVA PARA PESSOAS PRETAS, PARDAS, INDÍGENAS E QUILOMBOLAS
Ogovernador em exercício Ricardo Paes Barreto sancionou, nesta terça-feira (28), a lei que assegura a reserva de 30% das vagas oferecidas em concursos públicos e processos seletivos simplificados do Poder Executivo Estadual para pretos e pardos, indígenas e quilombolas. A iniciativa reforça o compromisso do Governo de Pernambuco com a inclusão social e a promoção da igualdade racial.
“Estamos sancionando a lei que permite as cotas para negros, pardos, quilombolas e indígenas no primeiro Concurso Unificado do Estado de Pernambuco. Com isso, os editais públicos permanecem rígidos e todos terão a oportunidade de realizar as inscrições, pedindo as cotas quando for o caso. Esta é mais ação do Governo de Pernambuco no sentido e integrar a todos”, destacou o governador em exercício Ricardo Paes Barreto.
A proposta, encaminhada à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no último dia 10 de outubro pela governadora Raquel Lyra, altera a Lei nº 18.202, de 12 de junho de 2023, que institui o Estatuto da Igualdade Racial do Estado de Pernambuco. A nova legislação estabelece que 25%
das vagas serão destinadas a candidatos pretos ou pardos, 3% a indígenas e 2% a quilombolas, consolidando um marco importante na construção de um Estado mais representativo e diverso.
De acordo com a secretária de Administração, Ana Maraíza, com a lei de cotas sancionada, o próximo passo é a publicação do novo edital. “Os concurseiros podem intensificar os estudos, pois um novo edital já contendo as informações das cotas raciais será publicado em breve. Desejo a todos e todas foco e dedicação nos estudos e sucesso na prova”, disse a titular da pasta.
CONCURSO Para garantir a adequação às novas diretrizes legais, o Governo de Pernambuco anunciou a suspensão temporária das inscrições do Concurso Público Unificado de Pernambuco (CPU). O ajuste permitiu a incorporação das cotas no certame, assegurando a conformidade com os princípios constitucionais da isonomia e da inclusão social.
Os candidatos que já realizaram suas inscrições não serão prejudicados, permanecendo com a participação garantida. As novas datas de inscrição e de realização das provas serão divulgadas posteriormente.
ONU CHEGA AOS 80 ANOS COM DESAFIOS, MAS AINDA INDISPENSÁVEL
ESPECIALISTAS AFIRMAM QUE ANIVERSÁRIO
DA ORGANIZAÇÃO REACENDE DEBATE SOBRE
REFORMA NO CONSELHO DE SEGURANÇA
Otapete azul da Assembleia Geral da ONU, que deveria simbolizar a união das 193 nações, nunca pareceu tão rachado. Ao completar 80 anos, a Organização das Nações Unidas celebra a façanha de ter evitado uma Terceira Guerra Mundial, mas o clima não é de festa. É de urgência. A entidade, nascida das cinzas do horror de 1945, encontra-se hoje, ela própria, à sombra da destruição em Gaza e nos escombros da Ucrânia, com sua legitimidade sendo questionada diariamente. Não por capricho, mas pela dor.
A verdade incômoda é que, embora os braços humanitários da ONU — o UNICEF, o Programa Mundial de Alimentos — continuem sendo tábuas de salvação para milhões de pessoas em vulnerabilidade, seu coração político, o Conselho de Segurança (CSNU), sofre de uma aterosclerose crônica. Preso a uma “fotografia de 1945”, como bem definiu o presidente brasileiro, o CSNU concentra o poder de veto nas mãos de cinco nações (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido). Essa estrutura arcaica e elitista transformou o órgão de garantidor da paz global em um “teatro de sombras”, on-
de a paralisia e o duplo padrão são a regra, e não a exceção.
Assistimos, impotentes, a resoluções vitais sendo bloqueadas por interesses de grandes potências, deixando a ONU de mãos atadas diante das maiores crises do planeta. É um fracasso que, nas palavras do Secretário-Geral António Guterres, reside em “nós, e não na Carta” da ONU. O diplomata português tem sido a voz do desespero, alertando que a organização está “sob ataque” – financeiro, pela inadimplência crescente de países-membros que somam bilhões em atraso, e ideológico, pelo avanço do unilateralismo e do ceticismo em relação à cooperação global. Guterres é claro: o orçamento da ONU não pode ser visto apenas como números, mas como decisões de vida ou morte para quem depende de sua assistência.
Diante da urgência de evitar que a ONU siga o melancólico destino da Liga das Nações, a pressão por reforma nunca foi tão intensa. A voz do Sul Global, liderada por nações emergentes como o Brasil, ecoa nos corredores de Nova York. Integrante do G4 (com Alemanha, Índia e Japão), o Brasil defende a democratização do Conselho de Segurança através da ampliação de assentos permanentes e não permanentes, clamando por uma estrutura que reflita a geopolítica do século XXI e dê peso real às regiões que historicamente estiveram marginalizadas, como a África e a América Latina. Não se trata apenas de aumentar a representação, mas de injetar nova vida em um corpo político doente.
O caminho é espinhoso. A alteração da Carta da ONU exige o consentimento das potências com poder de veto – um cenário improvável, dada a resistência em diluir seus privilégios. No entanto, a determinação de nações como o Brasil, que
defendem a inclusão de uma cláusula para revisar o próprio direito de veto, mostra que há um esforço para não desistir.
A celebração dos 80 anos da ONU é, portanto, um momento de profunda reflexão. É um chamado para honrar a promessa feita em 1945: garantir a paz, a dignidade e a justiça para as gerações futuras. A iniciativa ONU80, lançada por Guterres para modernizar a gestão, cortar a burocracia e tornar a entidade mais ágil, é um passo crucial, mas a reforma real só virá com a vontade política dos Estados-membros.
A única certeza que resta é que, num mundo onde o caos climático, as pandemias e os conflitos são ameaças globais que nenhum muro ou exército pode deter sozinho, o multilateralismo não é uma escolha ingênua, mas o único pragmatismo possível. A ONU, mesmo fragilizada, permanece a última e mais fundamental mesa onde os inimigos podem sentar-se para dialogar. Cabe à comunidade internacional garantir que esta mesa não seja derrubada antes que a promessa de um mundo mais justo e pacífico seja finalmente cumprida.
É tempo de mergulhar nas Sagradas Escrituras e fortalecer nossa fé.
A leitura diária da Bíblia nos aproxima de Deus, traz paz ao coração, orienta nossas decisões e nos ensina valores preciosos para a vida.
Você já leu a Bíblia hoje? Faça desse hábito uma parte do seu dia e sinta as transformações em sua caminhada espiritual!
A REVISTA TOTAL BRASIL TEM O COMPROMISSO DE INCENTIVAR A LEITURA E REAFIRMAR QUE LER A BÍBLIA É APRENDER EM CADA CAPÍTULO, É DESCOBRIR O NOVO EM CADA PÁGINA. LEIA A BÍBLIA.
E DITORA E GRÁFIC A MESQUITA BRASIL
LEIA A BÍBLIA
PROVÉRBIOS 1
O QUÊ PROVÉRBIOS 1 NOS ENSINA? A OBEDIÊNCIA AOS PAIS É UM PRINCÍPIO CONSTANTE TÊM A PROMESSA DE UMA VIDA LONGA E BEM-SUCEDIDA. A DISPOSIÇÃO DE OBEDECER
1. Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel;
2. Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência.
3. Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade;
4. Para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso;
5. O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos;
6. Para entender os provérbios e sua interpretação; as palavras dos sábios e as suas proposições.
7. O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.
8. Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe,
9. Porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu pescoço.
PROVÉRBIOS 2
10. Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites.
11. Se disserem: Vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo;
12. Traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova;
13. Acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;
14. Lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa!
15. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas;
16. Porque os seus pés correm para o mal, e se apressam a derramar sangue.
17. Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave.
18. No entanto estes armam ciladas contra o seu pró-
O QUÊ PROVÉRBIOS 2 NOS ENSINA? MUITAS PESSOAS PASSAM A VIDA ATRÁS DE RIQUEZAS, VEM DOS CÉUS. “ENTÃO VOCÊ ENTENDERÁ O QUE É TEMER AO SENHOR E ACHARÁ O
PROCEDEM O CONHECIMENTO E O DISCERNIMENTO
1. Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos,
2. Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao entendimento;
3. Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz,
4. Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares,
5. Então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.
6. Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que
vem o conhecimento e o entendimento.
7. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade,
8. Para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.
9. Então entenderás a justiça, o juízo, a eqüidade e todas as boas veredas.
10. Pois quando a sabedoria entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma,
11. O bom siso te guardará e a inteligência te conservará;
CONSTANTE NA BÍBLIA SAGRADA. OS FILHOS QUE HONRAM E OBEDECEM A SEUS PAIS
OBEDECER LIVRA
OS FILHOS DE MUITOS PERIGOS E ADORNA A VIDA DELES COM HONRA
prio sangue; e espreitam suas próprias vidas.
19. São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem. 20. A sabedoria clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz.
21. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras:
22. Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento?
23. Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras.
24. Entretanto, porque eu clamei e recusastes; e estendi a minha mão e não houve quem desse atenção, 25. Antes rejeitastes todo o meu conselho, e não quisestes a minha repreensão,
26. Também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor.
27. Vindo o vosso temor como a assolação, e vindo a vossa perdição como uma tormenta, sobrevirá a vós aperto e angústia.
28. Então clamarão a mim, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, porém não me acharão.
29. Porquanto odiaram o conhecimento; e não preferiram o temor do Senhor:
30. Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão.
31. Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos.
32 .Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá.
33. Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.
RIQUEZAS, MAS MUITO MAIS IMPORTANTE DO QUE OURO E PRATA É A SABEDORIA QUE CONHECIMENTO DE DEUS. POIS O SENHOR É QUEM DÁ SABEDORIA; DE SUA BOCA
12. Para te afastar do mau caminho, e do homem que fala coisas perversas;
13. Dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos escusos;
14. Que se alegram de fazer mal, e folgam com as perversidades dos maus,
15. Cujas veredas são tortuosas e que se desviam nos seus caminhos;
16. Para te afastar da mulher estranha, sim da estranha que lisonjeia com suas palavras;
17. Que deixa o guia da sua mocidade e se esquece
da aliança do seu Deus;
18. Porque a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para os mortos.
19. Todos os que se dirigem a ela não voltarão e não atinarão com as veredas da vida.
20. Para andares pelos caminhos dos bons, e te conservares nas veredas dos justos.
21. Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela.
22. Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os aleivosos serão dela exterminados.
CONTEÚDO
10
PELO PAÍS
Puxada pela China, exportação de soja deve bater recorde anual. Segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, Brasil se aproxima de 102 milhões de toneladas com embarques programados para este mês.
REPORTAGENS
14
CAPA
Entre desafios e confiança, José Múcio se consolida como um dos pilares do governo. Discreto, leal e estratégico, o ministro construiu uma trajetória marcada pela diplomacia e pela rara capacidade de pacificar ambientes políticos.
Viagem de Lula: Brasil e Índia fecham parceria e projetam US$ 20 bilhões em negócios. A reunião também serviu para evidenciar como produtos inovadores trazidos por empresas brasileiras são especialmente adaptados para as necessidades do mercado local. 14
24
ESTRATÉGIA
Lula se reúne com Trump na Malásia e discute relações entre Brasil e EUA. Durante sua gestão, Barroso enfrentou momentos de intensa polarização política, circunstâncias que exigiam equilíbrio, discernimento e coragem.
30 POTENCIAL
36
INVESTIMENTO
Embraer inaugura novo centro de operações na Índia. Novo escritório inclui o crescimento de equipes em funções corporativas e áreas especializadas em compras, cadeia de suprimentos e engenharia.
SERIEDADE
Oxadrez político brasileiro, repleto de disputas e viradas imprevisíveis, raramente dá espaço à serenidade. Mas José Múcio Monteiro Filho tem mostrado que, mesmo em meio à turbulência da Esplanada dos Ministérios, é possível exercer poder com leveza e firmeza. À frente do Ministério da Defesa, ele se tornou símbolo de equilíbrio, conquistando respeito por sua habilidade em pacificar sem ceder e dialogar sem se afastar de princípios. Sua trajetória é um lembrete de que, em tempos de ruído, a verdadeira força nasce do discernimento e da gentileza.
Essa serenidade, aliada à firmeza de propósito, também se reflete em outras esferas do serviço público. No Recife, o Complexo do Comando Aéreo Regional vibra com a energia de um líder que encarna disciplina e humanidade em igual medida. O Major-Brigadeiro do Ar Marcello Lobão Schiavo conduz dez Organizações Militares estratégicas com uma visão que une rigor técnico e sensibilidade, inspirando uma nova geração de oficiais. Sua presença simboliza um Brasil que reconhece no compromisso e na competência a base do progresso, dentro e fora das fronteiras da Força Aérea Brasileira.
Enquanto isso, no tabuleiro das relações internacionais, o Brasil reposiciona suas peças com ousadia. Sob a liderança de Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, uma comitiva de empresários desembarcou na Índia com metas claras e propósito definido. A aproximação entre as duas nações ganhou força, mirando um intercâmbio comercial de US$ 20 bilhões por ano. O movimento é mais do que econômico: é estratégico. Reflete a si-
CONHEÇA A VERSÃO DIGITAL
C
nergia entre os ideais de Luiz Inácio Lula da Silva e Narendra Modi, ambos determinados a transformar parceria em prosperidade compartilhada.
Em outro eixo da economia, uma revolução silenciosa redefine o trabalho no país. A chamada “economia de aplicativos”, antes tida como complemento de renda, tornou-se fonte principal de sustento para milhões. Os números do IBGE confirmam o salto: um crescimento de 25,4% em apenas dois anos. Essa nova configuração desafia políticas públicas e modelos trabalhistas, mas também revela a resiliência e a criatividade do povo brasileiro, que encontrou na tecnologia um caminho alternativo de sobrevivência e dignidade.
A Embraer, por sua vez, ampliou esse espírito de reinvenção para o cenário global. Em sintonia com os programas indianos “Make in India” e “Atmanirbhar Bharat”, a fabricante brasileira de aeronaves decidiu fazer mais do que negociar: escolheu construir. A cooperação tecnológica com a Índia representa uma troca de saberes e uma aposta no desenvolvimento conjunto. É a tradução moderna de uma diplomacia industrial, em que inovação e confiança se tornam instrumentos de soberania.
Em Pernambuco, outro marco do avanço nacional desponta. O Senai Park, inaugurado no Complexo Industrial Portuário de Suape, simboliza a transição energética em movimento. Mais do que um centro de pesquisa, o espaço nasce como o berço da eletromobilidade brasileira. Lá, baterias de lítio para veículos híbridos e elétricos começam a ser desenvolvidas, consolidando o estado como protagonista da
transformação sustentável. O projeto une tecnologia, indústria e visão de futuro, que são os três pilares que impulsionam o novo ciclo econômico do país.
Mas o Brasil contemporâneo não se define apenas por inovação tecnológica. Ele também é movido pela digitalização das experiências sociais e econômicas. O fenômeno das plataformas de apostas, as chamadas “bets”, é exemplo disso. De nicho marginal a gigante financeiro, o setor se tornou um dos motores de arrecadação do governo federal, abrindo debates sobre regulação, responsabilidade e novas formas de receita pública. É um retrato da era digital: veloz, imprevisível e altamente lucrativa.
Nesse mesmo compasso de mudança, Pernambuco deu um passo significativo em direção à justiça social. O governador em exercício Ricardo Paes Barreto sancionou uma lei que reserva 30% das vagas em concursos públicos e processos seletivos para pretos, pardos, indígenas e quilombolas. É um gesto que transcende o campo jurídico, que representa um compromisso com a reparação histórica e o fortalecimento da diversidade nos espaços de poder.
O Brasil, portanto, caminha por um terreno de contrastes: entre a tradição e a reinvenção, o pragmatismo e o idealismo, o crescimento econômico e a urgência da inclusão. Em cada uma dessas frentes, surgem líderes e iniciativas que revelam um país que aprende com os desafios e encontra, na pluralidade, sua maior riqueza. A política, a economia e a sociedade seguem em movimento, um movimento que, apesar das diferenças, sinaliza esperança, propósito e maturidade.
DIRETOR-PRESIDENTE Marcelo Mesquita
SEGUNDO DADOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS EXPORTADORES DE CEREAIS, BRASIL SE APROXIMA DE 102 MILHÕES DE TONELADAS COM EMBARQUES PROGRAMADOS PARA ESTE MÊS
O Brasil deve bater seu recorde de exportação de soja em 2025 — e com dois meses de antecedência. Segundo dados divulgados pela Anec, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, o line-up — a programação de navios — indica 7,1 milhões de toneladas de soja a serem embarcadas e outubro.
É um nível aquecido: em outubro de 2024, as vendas foram de 4,4 milhões de toneladas. Ou seja, a expectativa é de um crescimento de 60% na comparação anual.
Com isso, as exportações da oleaginosa devem chegar a 102,2 milhões de toneladas, ultrapassando, em dez meses, o recorde anterior anual, que era de 101,3 milhões de toneladas de soja durante os 12 meses de 2023. Ainda de acordo com a Anec, a previsão para novembro e dezembro é de envios de mais 8 milhões de toneladas, aproximando o total estimado no ano de 110 milhões de toneladas, o provável novo recorde.
A diferença será grande com relação ao saldo de 2024, de 97,3 milhões de toneladas, afetado pela quebra da safra por problemas climáticos.
IMPACTO A Anec creditou o aumento nos volumes às compras da China. Só em setembro, o país asiático importou 6,5 milhões de toneladas de soja do Brasil, um volume que representa impressionantes 93% do total. O país asiático deixou de comprar a soja dos Estados Unidos em maio, em retaliação às tarifas e restrições comerciais impostas pelos americanos sobre os produtos chineses. E mantém a posição enquanto aguarda um acordo comercial com a Casa Branca. Por isso, o line-up continua aquecido por aqui no último trimestre do ano — período em que normalmente os chineses são atendidos pelos produtores norte-americanos. Estes, aliás, estão começando a colher nova safra sem o principal cliente. A expectativa, no mercado norte-americano, é de que a paralisação do comércio entre Estados Unidos China resulte em uma crise de armazenamento por lá.
PESQUISA INADIMPLÊNCIA
CRESCE E BATE RECORDE DA SÉRIE HISTÓRICA
O índice de inadimplência no Brasil bateu o recorde da série histórica em setembro deste ano, de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo os números da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, o percentual de famílias brasileiras com contas em atraso foi de 30,5% no mês passado. Trata-se do maior patamar já registrado no levantamento, que teve início em 2010.
Ainda de acordo com a pesquisa, 13% das famílias afirmaram não ter condições de pagar suas contas em atraso –ou seja, vão permanecer inadimplentes. Este percentual também é um recorde da série histórica.
O levantamento mostra ainda que o comprometimento da renda também seguiu em nível elevado, com 18,8% dos consumidores tendo mais da metade de seus rendimentos comprometidos com o pagamento de dívidas.
HISTÓRICO
BRASIL ATINGE MENOR PATAMAR DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE FOME
EM TERMOS ABSOLUTOS, 8,8 MILHÕES DE PESSOAS FORAM INCLUÍDAS NA SEGURANÇA ALIMENTAR E DOIS MILHÕES SAÍRAM DA SITUAÇÃO DE FOME
Em 2024, o Brasil reduziu o número de pessoas sem acesso adequado à alimentação, igualando o recorde registrado em 2013. Os dados foram divulgados pelo IBGE, por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), aplicada na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua (PNADc) do 4º trimestre de 2024.
A proporção de domicílios em insegurança alimentar grave caiu para 3,2% em apenas dois anos de governo.
“Em 2025, o Brasil celebra duas conquistas históricas: a saída do Mapa da Fome e a redução da insegurança alimentar grave ao menor nível da série histórica do IBGE”, comemorou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
“Levamos dois anos para reconquistar uma marca que, no passado, levou dez anos (2003-2013) de construção de políticas públicas para ser al-
cançada. Precisou o presidente Lula voltar para reconstruir o país e melhorar a vida do povo”, prosseguiu o titular do MDS.
Em termos absolutos, dois milhões de pessoas saíram da fome no intervalo de apenas um ano. Em 2023, eram 4,1% de domicílios em insegurança alimentar grave.
Houve redução da fome nas áreas rurais e urbanas e em todas as regiões do país. Além disso, os outros dois níveis de insegurança alimentar – leve e moderada – também reduziram. Estratégia que inclui 80 ações e mais de 100 metas, o Plano Brasil Sem Fome inclui o aumento da renda disponível para comprar alimentos; a inclusão em políticas de proteção social; a ampliação da produção e do acesso à alimentos saudáveis e sustentáveis; e a informação e mobilização da sociedade, de outros poderes e de outros entes federativos para erradicação da fome.
ENTRE DESAFIOS E CONFIANÇA, JOSÉ MÚCIO SE CONSOLIDA COMO UM DOS PILARES DO GOVERNO
DISCRETO, LEAL E ESTRATÉGICO, O MINISTRO CONSTRUIU UMA TRAJETÓRIA MARCADA PELA DIPLOMACIA E PELA RARA CAPACIDADE DE PACIFICAR AMBIENTES POLÍTICOS
Oxadrez da política brasileira é conhecido por ser implacável, mas existe um nome que prova que a gentileza e o equilíbrio podem ser a maior força: José Múcio Monteiro Filho. Em um cenário político frequentemente turbulento, onde o ar da Esplanada dos Ministérios é rarefeito por disputas ideológicas e a rotatividade de cargos é a regra, surge uma figura que desafia todas as lógicas da fragilidade: o Ministro da Defesa. Sua jornada na Esplanada dos Ministérios é muito mais do que uma simples história de sobrevivência; é um tratado sobre o poder transformador da gentileza, do pragmatismo e do foco inabalável no interesse nacional. Este líder se consolidou como o mais resiliente porque soube transformar a aparente fragilidade em uma força invencível, tornando se o grande pacificador de um país sedento por harmonia.
O pernambucano, cuja trajetória pública é um verdadeiro mosaico que se estende de vice prefeito a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), aceitou o posto da Defesa em um momento de cisão institucional. A missão que lhe foi confiada era imensa: curar as feridas da desconfiança entre o poder Executivo e a cúpula militar. O desafio parecia intransponível, e muitos apostavam que ele, sem um grande grupo político ou uma base social ruidosa a lhe dar sustentação, seria a primeira baixa da gestão. O que todos subestimaram foi a alquimia pessoal do Engenheiro, a capacidade de usar a sua própria independência como uma ferramenta de liberdade e ação.
A resiliência deste notável político tem sua origem em uma filosofia de vida que ele aplica à política: a arte da conciliação. Para ele, a força se manifesta por meio do diá-
logo, do respeito mútuo e da capacidade de enxergar o ser humano por trás de qualquer farda ou cargo. Desde o primeiro dia, seu objetivo foi claro e nobre: desmantelar o muro da desconfiança e edificar uma ponte sólida de comunicação e respeito entre o governo e as Forças Armadas. Ele se posicionou como um mediador insubstituível, um elo de confiança forjado pela sua história de integridade e seu trânsito livre em diferentes esferas de poder.
O Ministro opera com a destreza de um mestre artesão, utilizando sua calma e seu sorriso como instrumentos para desarmar conflitos. Quando recebe críticas ou quando sua permanência é questionada, ele desarma o atrito com uma naturalidade que desarma o debate. Sua resposta silenciosa é o seu trabalho incansável. Ele deixa claro que seu compromisso transcende os jogos de poder; ele está ali unicamente para cumprir uma missão vital para o país. É essa dedicação à missão, desprovida de vaidades pes-
soais, que lhe conferiu uma autoridade moral invejável. Ele realizou o impensável: conseguiu serenar um ambiente que estava radicalizado e garantir que o Brasil vivesse em uma “absoluta paz e grande tranquilidade” institucional. Este sucesso monumental é o testemunho eloquente de sua liderança humanizada.
A ausência de um grupo político que o segure com força, algo que à primeira vista poderia ser visto como desvantagem, transformou se em seu escudo e espada. Enquanto outros membros do governo se desgastam em barganhas por votos e bases, este estadista flutua acima das disputas miúdas, dedicando seu tempo integralmente à estratégia nacional. Essa liberdade lhe permitiu ganhar o respeito de setores antagônicos, algo que poucos na história recente de Brasília conseguiram. Ele consegue ser um amigo respeitado em todos os gabinetes, o que reforça sua posição como um ministro de Estado, e não de partido. Seu método de trabalho é discre-
to, mas de impacto profundo. Ele aposta na conversa franca, no olho no olho, e na reconstrução da confiança passo a passo. O Engenheiro entende que a verdadeira força de um país reside na coesão de suas instituições. Por isso, cada encontro, cada diálogo e cada decisão são orientados pelo objetivo maior de restaurar a normalidade democrática e a hierarquia institucional. Sua presença é um bálsamo, um lembrete constante de que a missão militar é essencialmente cívica e apolítica, o que é um tremendo serviço à nação.
O charme e a leveza são, na verdade, ferramentas de negociação de alta precisão. Certa vez, quando ouviu de um deputado de um partido da base que seu trabalho não era aprovado, o Ministro simplesmente deu de ombros e respondeu: “Eu sei. E, inclusive, o presidente me falou que você já disse isso a ele.” Essa resposta, carregada de bom humor e transparência, desarma a provocação, transforma um possível confronto em um momento de reconhecimento mútuo, e mostra que sua estabilidade deriva de uma fonte superior a qualquer disputa interna: a confiança inquestionável do Presidente da República.
Longe de se contentar com o mérito da pacificação, José Múcio demonstra que a sua visão é incansável e voltada para o futuro. O engenheiro de formação, que construiu pontes políticas por quase cinco décadas, agora se dedica a erigir a soberania e a robustez tecnológica da Defesa Nacional. Ele é o grande defensor da modernização, o líder que tem coragem de apontar as defasagens sem ser pessimista, mas sim motivador.
Ele não hesita em levantar a bandeira da urgência dos investimentos no setor. Seu discurso é um chama-
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do ao orgulho nacional: é inaceitável que o Brasil, com sua grandiosidade continental e relevância geopolítica, destine o menor percentual do PIB à Defesa na América do Sul. Sua atuação incisiva pela aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa ampliar e dar previsibilidade aos recursos de Defesa é um ato de profundo patriotismo estratégico. Este é um otimismo baseado em ação e em resultados, na convicção de que um Brasil soberano, resiliente e seguro exige Forças Armadas equipadas para o amanhã. Ele administra o presente enquanto constrói a segurança do futuro com um planejamento que alcança as próximas décadas.
O “homem de todos” demonstrou que a força política não precisa ser ruidosa. Sua longevidade e sua capacidade de influência vêm da sua coerência e da sua capacidade única de ser um confidente respeitado em todos os círculos. Ele é um caso raríssimo em que a lealdade institucional se sobrepõe a qualquer disputa partidária, fazendo dele um ativo insubstituível para a estabilidade do Brasil.
O Ministro nos presenteia com uma lição atemporal: a maior força de um líder reside na capacidade de ouvir o outro lado, de negociar com decência e de colocar os interesses da nação acima de qualquer ambição pessoal. Ele é um exemplo luminoso de que, com serenidade inquebrantável e um foco estratégico incansável, é possível resistir às pressões mais intensas da política, garantindo que as instituições do país trabalhem em harmonia. Ele é, sem sombra de dúvidas, o pilar de otimismo e o mestre da conciliação que conduziu o Brasil a uma nova era de estabilidade institucional. Seu legado será lembra-
do como o do estadista que pacificou a nação com a força suave da sua inesgotável gentileza.
SENADO O Plenário do Senado Federal testemunhou uma votação decisiva que selou um pacto de Estado com a soberania nacional. Nesta quarta feira, foi aprovado um projeto de lei complementar (PLP 204/2025) que injeta uma vitalidade financeira inédita nos projetos estratégicos de nossa Defesa. O resultado foi um expressivo endosso à visão de longo prazo: 57 votos favoráveis contra apenas 4 contrários, um sinal eloquente de que a segurança e o futuro do Brasil unem as vozes políticas. A proposta, que agora segue para análise da Câmara dos Deputados, está destinada a ser um marco na história de nossas Forças Armadas.
O coração desta iniciativa é a garantia de R$ 30 bilhões para investimentos nos próximos seis anos. Esta medida arrojada estabelece uma exceção necessária ao arcabouço fiscal, liberando R$ 5 bilhões anuais fora do limite de gastos orçamentários para acomodar as necessidades inadiáveis de modernização.
O texto aprovado, que nasceu de uma proposta do senador Carlos Portinho (PL RJ) e ganhou forma definitiva em um substitutivo apresentado pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT AP), reflete um consenso robusto que incluiu valiosas contribuições dos próprios militares. O dinheiro será o motor de programas cruciais para a nação. A Marinha poderá garantir o avanço do desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro, um símbolo de alta tecnologia. O Exército verá o fortalecimento de projetos essenciais, como o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron),
A PA
que protege nossas vastas e vulneráveis divisas. E a Força Aérea Brasileira (FAB) assegurará a renovação de sua frota de caças, honrando o compromisso com os modernos jatos suecos Gripen.
Randolfe Rodrigues ressaltou a importância da previsibilidade: “Este PLP 204 é fundamental para garantir que os projetos estratégicos da Defesa Nacional tenham, finalmente, uma base financeira sólida para investimentos nos próximos anos.”
Esta medida é um verdadeiro ato de inteligência econômica, conforme defendeu o senador Portinho. Ele destacou que a iniciativa permite um planejamento superior e uma execução mais eficaz dos projetos, encerrando o ciclo vicioso de descontinuidade que sempre comprometeu a efetividade de nossas ações de defesa. Mais do que investir, o projeto evita o desperdício doloroso de recursos públicos. Portinho usou um exemplo marcante: “Dos aviões Gripen, que foram comprados em gestões anteriores e ainda não foram totalmente entregues, só de juros e renegociações por falta de pagamento, nós já perdemos o equivalente ao preço de duas aeronaves. O que é necessário é honrar os compromissos já assumidos pela indústria de defesa.” É uma decisão que se paga a si mesma.
Mesmo em meio ao debate acalorado sobre a política fiscal do governo, houve um reconhecimento unânime da urgência deste tema. O senador Rogério Marinho (PL RN), líder da oposição, embora tenha manifestado críticas à frequência das exceções fiscais, enfatizou o ponto crucial: “Neste caso, o essencial é realçar a importância inegável das Forças Armadas, que precisam, de fato, estar bem equipadas, motivadas e bem remuneradas.” O investi-
mento na Defesa, para o Congresso, está acima de qualquer ideologia partidária.
A aprovação foi celebrada como uma vitória de Estado, e não de governo. Senadores como Astronauta Marcos Pontes (PL SP) e o general Hamilton Mourão (Republicanos RS) defenderam a iniciativa com paixão. Mourão sintetizou o sentimento de responsabilidade histórica: “Foi excelente o entendimento junto ao governo, que compreendeu que isso não é um projeto de governo, é um projeto do Estado brasileiro. Se o Estado brasi-
leiro optou há muito tempo por ter Forças Armadas, ele tem a obrigação inadiável de investir nelas.”
Com a aprovação desta legislação, o Congresso Nacional dá um passo corajoso para garantir que a Soberania Nacional seja um compromisso concreto, com recursos garantidos. É um dia de otimismo e orgulho para o Brasil, que finalmente coloca a segurança e o futuro de suas instituições militares no topo de suas prioridades, olhando para o horizonte com a certeza de que a Defesa terá o apoio financeiro necessário para proteger a nação.
LULA SE REÚNE COM TRUMP NA MALÁSIA E DISCUTE RELAÇÕES ENTRE BRASIL E EUA
DURANTE SUA GESTÃO, BARROSO ENFRENTOU MOMENTOS DE INTENSA POLARIZAÇÃO POLÍTICA, CIRCUNSTÂNCIAS QUE EXIGIAM
EQUILÍBRIO, DISCERNIMENTO E CORAGEM
Ahistória da política internacional é escrita em encontros de cúpula, apertos de mão e negociações discretas. Neste domingo, 26 de um mês agitado no calendário diplomático, Kuala Lumpur, na Malásia, tornou-se o palco de um destes momentos cruciais. A capital malaia, que já fervilhava com a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), presenciou uma reunião bilateral de alto nível que pode redefinir o futuro do comércio e das relações entre o Brasil e os Estados Unidos. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump sentaram-se à mesma mesa em um encontro que durou cerca de cinquenta minutos, mas que carregava o peso de meses de tensões comerciais e sanções diplomáticas.
O pano de fundo desta conversa era, inegavelmente, turbulento. Em julho, a administração norte americana, sob a liderança de Trump, havia imposto um “tarifaço” de cinquenta por cento sobre a totalidade das exportações brasileiras. Esta medida de choque, vista por muitos analistas como protecionista e agressiva, não ficou isolada. Em um movimento que elevou a temperatura da crise diplomática, ministros do governo brasileiro e até mesmo integrantes do Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte judiciária do país sul americano, foram alvo de revogação de vistos de viagem e outras sanções. A percepção no Brasil era de que uma relação historicamente forte e fundamental estava sendo corroída por decisões unilaterais.
O mandatário brasileiro, conhecido por sua habilidade em navegar águas diplomáticas complexas e por seu pragmatismo, levou para a mesa de negociação uma mensagem de clareza e urgência. A prioridade era desanuviar o clima e buscar uma solução imediata para a barreira tarifá-
ria que penaliza a economia do país.
“O Brasil tem interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos,” declarou o líder sul americano durante a reunião, ressaltando a importância do laço transatlântico. A frase carregava a essência de sua abordagem: não há benefício em um clima de inimizade ou desavença. Pelo contrário, existe um vasto campo de convergência e interesse mútuo a ser explorado. O presidente, em um movimento de estadista, pediu a seu homólogo a suspensão imediata das tarifas enquanto os dois países estivessem engajados em um processo de negociação. A lógica é simples e poderosa: não se constrói uma ponte de diálogo sob a ameaça de um muro tarifário. A suspensão seria um sinal de boa fé, o oxigênio necessário para que a diplomacia pudesse atuar.
A composição da mesa de negociação espelhava a seriedade do momento. Ao lado do líder brasileiro estava o Ministro das Relações Exteriores, o Chanceler Mauro Vieira, um diplomata de carreira com vasta experiência em crises internacionais. Representando a parte americana, juntamente com o presidente Trump, estava o Secretário de Estado, Marco Rubio. A presença de figuras chaves das respectivas diplomacias sinalizava que o tema era de interesse máximo e que os resultados seriam imediatos.
O saldo da conversa foi anunciado pelo Chanceler brasileiro, Mauro Vieira, em um briefing com a imprensa após o encontro. O tom do ministro era de otimismo contido e profissionalismo, características marcantes de sua atuação. Segundo o diplomata, a reunião foi “muito positiva” e o “saldo final é ótimo.”
A principal conquista noticiada foi a autorização dada pelo Presidente Trump à sua equipe. O chefe de Es-
tado norte americano instruiu seus colaboradores a iniciar um processo de negociação bilateral com a finalidade de revisar o polêmico “tarifaço”. O mais surpreendente, e indicativo da urgência do tema, é que o processo deveria ser iniciado ainda na noite de domingo, no horário local da Malásia. O fuso horário de onze horas à frente do Brasil, demonstrava a intenção de acelerar o processo.
“O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo, um período de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo,” afirmou o Chanceler. A frase “resolvido em pouco tempo” sugere que o objetivo da Casa Branca é não permitir que a questão se arraste, o que seria um alívio para os exportadores brasileiros que têm sofrido com a incerteza e o aumento de custos. Este desenvolvimento é um ponto de inflexão significativo, transformando a crise em uma oportunidade para o diálogo e a reestruturação das bases comerciais.
O contexto em que estas negociações se desenrolam é complexo. As relações Brasil Estados Unidos historicamente oscilam entre a parceria estratégica e momentos de atrito, muitas vezes causados por divergências comerciais e geopolíticas. O governo sul americano busca reafirmar seu papel como um player global independente, com prioridades que nem sempre se alinham automaticamente com as de Washington. A pressão tarifária, neste sentido, foi percebida por muitos como uma tentativa de forçar um alinhamento. A abertura para a negociação, no entanto, sinaliza um reconhecimento por parte do governo americano da importância do parceiro sul americano. Para além das questões técnicas e
comerciais, a diplomacia de alto nível é frequentemente marcada pelo tom pessoal e pelo relacionamento entre os líderes. O Chanceler Vieira revelou que a conversa entre os presidentes foi “descontraída”, um detalhe que humaniza o encontro e sugere um rapport positivo, apesar das tensões prévias.
Um dos pontos altos, segundo o ministro das Relações Exteriores, foi a manifestação de Donald Trump sobre a trajetória política de seu colega sul americano. O chefe de Estado americano expressou admiração pelo “perfil da carreira política do presidente Lula”. A admiração não foi rasa, focando em aspectos que ressaltam a resiliência e a capacidade de superação do líder brasileiro.
“Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, se recuperado, provado sua inocência, voltado a se apresentar e, vitoriosamente, conquistando o terceiro mandato,” narrou Vieira. Este reconhecimento público da jornada do líder brasileiro, que incluiu um período de prisão e a subsequente anulação das condenações, é um elemento de peso que transcende a política doméstica e toca na esfera do respeito internacional. A menção direta à recuperação política e à prova de inocência funciona como um endosso velado à legitimidade de seu terceiro mandato, fortalecendo sua posição no palco global.
O uso da palavra “admiração” em um contexto de disputa comercial é significativo. Demonstra que, no nível pessoal, há uma consideração que pode servir como lubrificante para as negociações mais ásperas que virão. O pragmatismo, neste caso, encontra um ponto de apoio no reconhecimento da força política.
O encontro em Kuala Lumpur não
encerrou a questão tarifária, mas abriu o canal para que ela seja resolvida. Além disso, a reunião serviu para solidificar o compromisso de manter o diálogo em um nível constante e pessoal. A diplomacia de cúpula é, muitas vezes, mais eficaz do que a troca de notas e comunicados.
O Chanceler brasileiro confirmou a intenção de Donald Trump de visitar o Brasil. Embora a data exata não tenha sido fixada, a manifestação da vontade por parte do líder americano é um convite à intensificação da parceria. O convite foi calorosamente retribuído. O presidente sul americano aceitou a proposta e declarou que irá, com prazer, aos Estados Unidos. Esta troca de compromissos de visitas de Estado é o cimento da relação bilateral, garantindo que o di-
álogo não esfrie após a resolução da crise comercial.
“O presidente Lula aceitou também e disse que irá, com prazer, aos Estados Unidos. Trump disse que admira o Brasil e que gosta imensamente do povo brasileiro,” comentou o chefe da diplomacia brasileira. O gosto pelo povo, e a admiração pelo país, mesmo que no campo da retórica diplomática, são gestos que ajudam a restabelecer a confiança e a quebrar o gelo. O país sul americano e seus cidadãos são, para a Casa Branca, um parceiro de inegável importância estratégica e econômica no hemisfério.
A reunião de cinquenta minutos na Malásia deve ser lida, portanto, como um sucesso da diplomacia brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva conseguiu, em um único encontro, a autorização para negociar a suspensão imediata de uma sanção econômica pesada e, ao mesmo tempo, elevou o tom pessoal do relacionamento com seu colega americano, garantindo a continuidade do diálogo de alto nível. A resolução do tarifaço é agora uma questão de tempo e de habilidade dos negociadores, mas o sinal dado por Kuala Lumpur é inequivocamente positivo: a desavença está sendo substituída pela negociação, e a parceria, uma vez estremecida, busca um novo e mais sólido patamar. A história da política internacional continua a ser escrita, e o Brasil, mais uma vez, demonstra sua capacidade de se posicionar com firmeza e pragmatismo no cenário global.
VIAGEM DE LULA: BRASIL E ÍNDIA FECHAM PARCERIA E PROJETAM US$ 20 BILHÕES EM NEGÓCIOS
A REUNIÃO TAMBÉM SERVIU PARA EVIDENCIAR COMO PRODUTOS INOVADORES TRAZIDOS POR EMPRESAS BRASILEIRAS SÃO ESPECIALMENTE ADAPTADOS PARA AS NECESSIDADES DO MERCADO LOCAL
OBrasil e a Índia, duas das maiores democracias e potências emergentes do mundo, membros cruciais do bloco Brics, estão reescrevendo o roteiro de suas relações bilaterais com uma ambição audaciosa e empolgante. Liderada pelo vice presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, uma missão empresarial brasileira de alto nível à Índia não apenas reforçou os laços históricos entre as nações, mas também estabeleceu uma meta de negócio de US$ 20 bilhões anuais. Este número, projetado pelos próprios empresários brasileiros em conjunto com o governo, não é apenas um desejo, mas um objetivo concreto alinhado com a visão estratégica traçada entre o presidente Luiz Inácio da Silva e o primeiro ministro indiano, Narendra Modi.
A jornada à Índia, vista como uma preparação essencial para a visita de Estado que o presidente Lula deve realizar ao país, não se limitou a apertos de mão. Ela foi uma imersão profunda em oportunidades concretas, com a participação de executivos de cerca de vinte setores vitais para a economia brasileira, incluindo agronegócio, energia, saúde, defesa e, crucialmente, tecnologia. O propósito é claro: ir além da tradicional exportação de commodities e diversificar, incluindo produtos de maior valor agregado e know how tecnológico.
O volume de comércio bilateral atual, que gira em torno de US$ 12 bilhões, já demonstra a força da relação, com expectativa de chegar a US$ 15 bilhões em breve. No entanto, a projeção de alcançar US$ 20 bilhões anuais não é apenas sobre somar, mas sobre transformar a relação de parceria. O crescimento das exportações da Índia para o Brasil, por exemplo, já está em ritmo ace-
lerado, mostrando o dinamismo do intercâmbio. O vice presidente Alckmin ressaltou a natureza complementar das economias, afirmando que o objetivo é buscar a complementaridade, e não a disputa, em áreas estratégicas.
A missão brasileira retornou com resultados concretos que servem como poderosas alavancas para catapultar o comércio e o investimento recíproco. Três acordos e iniciativas merecem destaque imediato, mostrando a seriedade do compromisso bilateral. A Ampliação do Acordo Mercosul-Índia é o coração da estratégia para destravar o fluxo comercial; o acordo atual de Preferências Tarifárias Mercosul-Índia, em vigor desde 2009, cobre um número muito limitado de itens, cerca de 450 linhas tarifárias, o que não atinge nem 5% do potencial total. A negociação avançou para ampliar significativamente essa cobertura, incluindo novos setores e reduzindo as barreiras tarifárias que hoje dificultam o acesso dos produtos brasileiros ao vasto mercado indiano. Essa medida é vista como estratégica para as empresas brasileiras, que poderão competir em condições mais vantajosas. Para facilitar a vida dos investidores e empresários, o Brasil anunciou que passará a emitir o Visto Eletrônico de Negócios para a Índia. Essa medida simplifica e acelera o trânsito de executivos, consultores e investidores entre os dois países, criando um ambiente de negócios mais fluido e menos burocrático. A entrada em vigor do sistema de visto eletrônico é uma ação prática que impacta diretamente a velocidade e a facilidade de fechar novos negócios e de iniciar parcerias tecnológicas. Por fim, a promulgação recente de Acordos de Investimento e Não Bitributação, como o que visa facilitar investimentos e o que
busca evitar a dupla tributação, estabeleceu uma fundação sólida de segurança jurídica e previsibilidade para os investidores. Ao eliminar a bitributação, os governos sinalizam aos empresários que o risco fiscal foi minimizado, incentivando o investimento de longo prazo. Essa blindagem jurídica é fundamental para a atração de capital indiano para o Brasil e vice versa.
A parceria Brasil-Índia vai muito além do comércio de bens. A cooperação se aprofunda em setores estratégicos de ponta, essenciais para o futuro desenvolvimento de ambas as nações. A Defesa e o Setor Aeroespacial estão em alta, com a abertura de um escritório regional da Embraer em Nova Délhi durante a missão, o que representa um passo concreto na construção de pontes industriais e tecnológicas. Essa movimentação estratégica abre a porta para o fornecimento de aeronaves e a cooperação em tecnologias de defesa, um setor de alta prioridade para o mercado indiano. Na Saúde e Biocombustíveis, os acordos preveem o fortalecimento da parceria na produção de vacinas e medicamentos, um setor onde a Índia tem excelência global.
Além disso, o Brasil compartilha seu meio século de experiência em biocombustíveis, como o etanol, com a Índia, um país que estabeleceu a meta de aumentar a mistura de etanol na gasolina para 20%. Essa transferência de know how em energia limpa é um pilar da transição energética. No setor de Petróleo e Gás, a Petrobras, por sua vez, aproveitou a missão para fechar um contrato de fornecimento de seis milhões de barris de petróleo para a Índia, reforçando a relação energética, que agora se diversifica em direção às energias renováveis e ao gás natural.
A missão diplomática e empresarial na Índia simboliza a determinação do Brasil em diversificar seus parceados globais, mitigando riscos comerciais e buscando um protagonismo mais firme no cenário do Sul Global. Ao lado da Índia, o Brasil se posiciona para influenciar a agenda global em temas como mudanças climáticas com a Índia defendendo a candidatura para sediar a COP33 e a transição energética justa. A projeção de US$ 20 bilhões em negócios não é apenas um número no balanço comercial, mas a cifra da confiança mútua e da visão compartilhada de que a cooperação entre as grandes economias em desenvolvimento é o caminho mais promissor para a prosperidade e a estabilidade global.
ACORDOS A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Malásia marcou um ponto de inflexão na relação bilateral, elevando-a a um novo patamar estratégico com a assinatura de sete atos de cooperação. Recebido pelo primeiro-ministro do país asiático, Anwar Ibrahim, o encontro não apenas reforçou a defesa do multilateralismo e a crítica ao protecionismo global, mas também estabeleceu bases sólidas para a ex-
pansão do comércio e da colaboração em áreas de ponta, essenciais para as economias do século XXI. O Brasil, que mantém um superávit comercial com a Malásia, busca ativamente uma maior aproximação com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), bloco no qual a Malásia é um membro crucial, e a visita de Lula, o primeiro presidente brasileiro a participar de uma Cúpula da ASEAN, sublinha essa ambição de expandir a presença brasileira em um mercado de mais de 680 milhões de pessoas.
Os acordos assinados representam um movimento de diversificação da pauta bilateral, que hoje já é robusta, mas que pode ir muito além da tradicional exportação de commodities e carnes. O destaque imediato vai para a cooperação na indústria de semicondutores, um setor de altíssima tecnologia e estratégico para a soberania econômica, e para o Memorando de Entendimento (MoU) para colaboração em Ciência, Tecnologia e Inovação. Esses instrumentos criam um arcabouço para o intercâmbio de conhecimento e o desenvolvimento conjunto em áreas onde a Malásia tem se destacado. A parceria tecnológica se aprofunda com acordos específicos entre instituições-chave: um MoU entre o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o MImos (Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Aplicado da Malásia), e outro entre o CTI (Centro de Tecnologia da Informação) Renato Archer e o Mimos, indicando uma colaboração no campo da tecnologia da informação e do desenvolvimento de software.
Além da alta tecnologia, a cooperação se estende a áreas de interesse mútuo e de impacto direto na segurança alimentar e energética. A Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária) e o Marco (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola da Malásia) firmaram uma Carta de Intenções para cooperação agrícola, essencial para a troca de know how em produção de alimentos e para a segurança alimentar dos dois países. No campo comercial, a visita consolidou o retorno das exportações brasileiras de carne de frango para a Malásia, após um período de suspensão. O empresário Joesley Batista, que acompanhou a comitiva, ressaltou que as ações do governo no Sudeste Asiático farão com que o comércio de carne aumente muito na região, aproveitando o grande potencial de crescimento do mercado.
A dimensão diplomática da visita também é notável, com a assinatura de uma Troca de Notas sobre a cooperação na formação de diplomatas, fortalecendo os laços institucionais e o diálogo político entre as nações. A visão brasileira, defendida por Lula em Kuala Lumpur, é a de que a união de países como Brasil e Malásia, que representam o Sul Global, é fundamental para um mundo com mais livre comércio, menos protecionismo e com a primazia do humanismo sobre a ganância e os conflitos. O presidente, que recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional da Malásia em reconhecimento à sua trajetória na inclusão social e combate à fome, reafirmou que o Brasil está de braços abertos para receber empresários da Malásia, buscando aumentar o comércio bilateral e atrair novos investimentos. O volume de comércio bilateral entre os dois países já alcançou quase US$ 500 milhões, e os sete atos assinados pavimentam o caminho para que este número seja rapidamente superado, consolidando a agenda do Brasil com o Sudeste Asiático.
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CASA REDE INCLUIR
EMBRAER INAUGURA NOVO CENTRO DE OPERAÇÕES NA ÍNDIA
NOVO ESCRITÓRIO INCLUI O CRESCIMENTO DE EQUIPES EM FUNÇÕES CORPORATIVAS E ÁREAS ESPECIALIZADAS EM COMPRAS, CADEIA DE SUPRIMENTOS E ENGENHARIA
Aestratégia da fabricante de aeronaves está poeticamente alinhada com os grandes sonhos de desenvolvimento da nação indiana. As iniciativas nacionais “Make in India” e “Atmanirbhar Bharat” que falam, respectivamente, sobre fabricar no país e buscar a autossuficiência ressoam com o investimento brasileiro. Ao expandir sua presença de forma tão profunda, a Embraer mostra que não quer apenas vender, mas sim construir lado a lado. É uma colaboração que visa transferir conhecimento e tecnologia, contribuindo diretamente para o crescimento industrial e a soberania tecnológica do país asiático. Em seu pronunciamento, o Vice Presidente da República do Brasil, Geraldo Alckmin, emocionou-se ao destacar a essência desse momento. Ele descreveu a inauguração como um símbolo da “confiança mútua que une nossas duas grandes democracias”. O vice presidente fez questão de traçar um paralelo entre a política de industrialização indiana e a Nova Indústria Brasil, que busca a reindustrialização brasileira com foco em inovação. Segundo ele, o objetivo é mútuo: “transformar a Índia em polo global de tecnologia e manufatura avançada” enquanto o Brasil busca a mesma meta, mas com o foco na sustentabilidade e na inclusão social. Esta visão compartilhada de futuro cria um terreno fértil para que a colaboração cresça e prospere.
A relação entre a fabricante de aeronaves e o país asiático é uma história que já dura vinte anos. A jornada começou modestamente, com a entrega dos primeiros E Jets no já longínquo ano de 2005. Hoje, essa parceria se tornou robusta. O céu indiano já é cortado por cerca de cinquenta aeronaves da companhia, em uma variedade de onze mo-
delos diferentes, que atendem desde a Força Aérea Indiana e agências de governo, até operadoras de jatos particulares e a companhia aérea Star Air. A experiência acumulada ao longo destas duas décadas serve agora como a plataforma de lançamento para esta nova e empolgante fase de crescimento.
O segmento de Defesa e Segurança é, sem dúvida, o coração pulsante desta nova aliança. A inauguração do centro foi o palco para a expansão de um acordo de grande alcance com o influente grupo Mahindra Defense Systems. O entendimento não se limita à compra e venda, mas sim ao desenvolvimento, à comercialização conjunta e, o mais importante, à coprodução em solo indiano do aclamado cargueiro multimissão C 390 Millennium.
O C 390 Millennium é uma máquina de engenharia brasileira de alto desempenho, essencial em missões logísticas e humanitárias em diversos países. A possibilidade de a Força Aérea Indiana não apenas adquirir, mas também ajudar a fabricar essa aeronave, representa um ganho estratégico inestimável. O Ministro da Defesa brasileiro, José Múcio, ressaltou que este novo escritório é um “passo concreto na construção de pontes industriais e tecnológicas”, um símbolo de que a Embraer está disposta a investir profundamente no país e contribuir para um desenvolvimento que eleva a capacidade de segurança e logística indiana. Para os especialistas, a concretização desta parceria no cargueiro militar significa não apenas uma vitória comercial, mas um salto de soberania para ambas as nações, com a preciosa transferência de conhecimento técnico e a geração de empregos de alta qualificação.
O Presidente e CEO da Embraer,
Francisco Gomes Neto, sintetizou o sentimento de toda a companhia ao descrever a inauguração em Nova Délhi como um “novo e ousado capítulo” na trajetória da empresa em um mercado que é central para o seu futuro global. A promessa é de fortalecer a colaboração com todos os stakeholders: clientes, fornecedores e parceiros, garantindo que a empresa traga tecnologia de ponta para apoiar o crescimento da aviação indiana e sua aspiração de se tornar um hub global para o setor.
Olhando para frente, a expansão da empresa brasileira está preparada para surfar na onda de crescimento da aviação comercial. O Ministro da Aviação Civil indiano revelou números impressionantes:
a expectativa é que o país precise incorporar 2.200 novas aeronaves nas próximas duas décadas, o que abre um campo de oportunidades sem precedentes para os jatos comerciais da empresa, prontos para melhorar a conectividade entre as diferentes regiões do país.
E a visão da companhia não para no horizonte tradicional. A Embraer está ativamente envolvida na revolução da Mobilidade Aérea Urbana (UAM). Parcerias com empresas locais estão explorando o uso de eVTOLs, aqueles veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, popularmente chamados de “carros voadores” em grandes centros como Bangalore. O desenvolvimento de softwares avançados pa-
ra a gestão do tráfego aéreo urbano também faz parte da agenda. A Embraer demonstra, assim, que sua presença em Nova Délhi é um investimento que mira o amanhã, pavimentando o caminho para o futuro da logística e do transporte pessoal em algumas das cidades mais densas do mundo.
A inauguração do novo centro de operações é, por fim, um ato de profunda fé no potencial indiano e na capacidade brasileira de competir e colaborar globalmente. É a história de como a engenharia e a diplomacia se unem para criar um futuro de conexões mais rápidas, seguras e inovadoras, celebrando a parceria entre dois grandes polos de desenvolvimento mundial.
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