REVISTA TOTAL_EDIÇÃO 204_CAPA 02

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RECIFE FOI A CAPITAL QUE MAIS

CRIOU EMPREGOS NO NORDESTE

No acumulado dos últimos 12 meses, Recife registrou mais de 22 mil empregos formais. Quando olhamos para o estado como um todo, os dados do Caged mostram mais de 62 mil novos postos de trabalho em 2024, com tendência de crescimento sustentável em 2025

E IMPULSIONA A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

PERNAMBUCO

TRANSFORMA RENDA EM

DESENVOLVIMENTO E LIDERA

CRESCIMENTO ECONÔMICO NACIONAL

SHOPEE ACELERA

LOGÍSTICA NO BRASIL COM NOVO CENTRO EM PERNAMBUCO E FORTALECE A ECONOMIA

NORDESTE AVANÇA RUMO À INDÚSTRIA VERDE COM PROTAGONISMO DO GRUPO MOURA

PROVÉRBIOS 23

ESSES VERSÍCULOS FAZEM UMA ADVERTÊNCIA CONTRA O TRABALHO EXAGERADO, QUEM VOAM COMO ÁGUIAS. A RIQUEZA NÃO É FONTE DE SEGURANÇA, ELA PODE SUMIR EM

1. Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que é posto diante de ti,

2. E se és homem de grande apetite, põe uma faca à tua garganta.

3. Não cobices as suas iguarias porque são comidas enganosas.

4. Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria.

5. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia.

6. Não comas o pão daquele que tem o olhar maligno, nem cobices as suas iguarias gostosas.

PROVÉRBIOS 24

7. Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o seu coração não está contigo.

8. Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras.

9. Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.

10. Não removas os limites antigos nem entres nos campos dos órfãos, 11. Porque o seu redentor é poderoso; e pleiteará a causa deles contra ti. 12. Aplica o teu coração à instrução e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.

13. Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá.

14. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.

15. Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio.

16. E exultarão os meus rins, quando os teus lábios falarem coisas retas.

17. O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do Senhor todo dia.

18. Porque certamente acabará bem; não será malograda a tua esperança.

19. Ouve tu, filho meu, e sê sábio, e di-

A IDEIA BÁSICA QUE JÁ POR DETRÁS DESSES DOIS PROVÉRBIOS É O TRAMAR, NO SENTIDO QUE A

1. Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles.

2. Porque o seu coração medita a rapina, e os seus lábios falam a malícia.

3. Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece;

4. E pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e agradáveis.

5. O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força.

6. Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros.

7. A sabedoria é demasiadamente alta para o tolo, na porta não abrirá a sua

OPINIÃO PÚBLICA CONDENA TAL ATITUDE, MAIS CEDO OU MAIS TARDE. “SE TE

boca.

8. Àquele que cuida em fazer mal, chamá-lo-ão de pessoa danosa.

9. O pensamento do tolo é pecado, e abominável aos homens é o escarnecedor.

10. Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena. 11. Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, e aos que estão sendo levados para a matança; 12. Se disseres: Eis que não o sabemos; porventura não o considerará aquele que pondera os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? Não dará ele ao homem confor-

me a sua obra?

13. Come mel, meu filho, porque é bom; o favo de mel é doce ao teu paladar.

14. Assim será para a tua alma o conhecimento da sabedoria; se a achares, haverá galardão para ti e não será cortada a tua esperança.

15. Não armes ciladas contra a habitação do justo, ó ímpio, nem assoles o seu lugar de repouso,

16. Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal.

17. Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar;

QUEM TRABALHA SOMENTE PARA ENRIQUECER VIVE PARA CONQUISTAR COISAS QUE

EM UM

PISCAR DE OLHOS, COLOCAR NOSSA CONFIANÇA NO DINHEIRO É SER TOLO

rige no caminho o teu coração.

20. Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.

21. Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos.

22. Ouve teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer.

23. Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento.

24. Grandemente se regozijará o pai do justo, e o que gerar um sábio, se alegrará nele.

25. Alegrem-se teu pai e tua mãe, e re-

gozije-se a que te gerou.

26. Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.

27. Porque cova profunda é a prostituta, e poço estreito a estranha.

28. Pois ela, como um salteador, se põe à espreita, e multiplica entre os homens os iníquos.

29. Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos?

30. Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado.

31. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.

32. No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá.

33. Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades.

34. E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro.

35. E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.

SENTIDO DE MALDADE

DELIBERADA E DESCARADA. AMBOS OS DITADOS MOSTRAM

TE MOSTRARES FRACO

NO DIA DA ANGÚSTIA, É QUE A TUA FORÇA É PEQUENA

18. Para que, vendo-o o Senhor, seja isso mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira.

19. Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos ímpios, 20. Porque o homem maligno não terá galardão, e a lâmpada dos ímpios se apagará.

21. Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei, e não te ponhas com os que buscam mudanças,

22. Porque de repente se levantará a sua destruição, e a ruína de ambos, quem o sabe?

23. Também estes são provérbios dos sábios: Ter respeito a pessoas no jul-

gamento não é bom.

24. O que disser ao ímpio: Justo és, os povos o amaldiçoarão, as nações o detestarão.

25. Mas para os que o repreenderem haverá delícias, e sobre eles virá a bênção do bem.

26. Beijados serão os lábios do que responde com palavras retas.

27. Prepara de fora a tua obra, e aparelha-a no campo, e então edifica a tua casa.

28. Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; e não enganes com os teus lábios.

29. Não digas: Como ele me fez a mim,

assim o farei eu a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.

30. Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento,

31. Eis que estava toda cheia de cardos, e a sua superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado.

32. O que eu tenho visto, o guardarei no coração, e vendo-o recebi instrução.

33. Um pouco a dormir, um pouco a cochilar; outro pouco deitado de mãos cruzadas, para dormir,

34. Assim te sobrevirá a tua pobreza como um vagabundo, e a tua necessidade como um homem armado.

O sol brilhava forte sobre as concessionárias curiosos se formavam para conhecer os novos chinesa anunciou, no início de maio, uma campanha automotivo brasileiro, com descontos de até

concessionárias de São Paulo, onde filas de consumidores novos preços dos veículos da BYD. A gigante campanha promocional que sacudiu o mercado até R$ 50 mil em modelos elétricos e híbridos.

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CONTEÚDO

20

REPORTAGENS

12 CAPA

Recife foi a capital que mais criou empregos no Nordeste. No acumulado dos últimos 12 meses, Recife registrou mais de 22 mil empregos formais. Quando olhamos para o estado como um todo, os dados do Caged mostram mais de 62 mil novos postos de trabalho em 2024, com tendência de

crescimento sustentável em 2025.

20 RESULTADO

Pernambuco transforma renda em desenvolvimento e lidera crescimento econômico nacional. A estratégia de fortalecer os polos de desenvolvimento interiorizados, somada à atuação de centros urbanos dinâmicos como Recife, Jaboatão e Petrolina, tem

EDIÇÃO 204 ANO 21 9 DE JUNHO/2025

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potencializado o impacto sobre a renda da população.

24 MERCADO

Stellantis acelera o futuro em Pernambuco e impulsiona a nova era da indústria nacional. Investimento no Polo Automotivo será feito até 2030. Empresa prevê lançamento de seis novos modelos nos próximos cinco anos com foco na produção de

veículos eletrificados.

28

ESTRATÉGIA

Shopee acelera logística no Brasil com novo centro em Pernambuco e fortalece a economia. Sistema reduzirá em mais de 30% o prazo de entrega para o Nordeste. CD em Jaboatão deve gerar até mil empregos diretos e indiretos até o fim do ano e fortalecer a presença logística da Shopee na região.

32 NEGÓCIO

Nordeste avança rumo à indústria verde com protagonismo do Grupo Moura. Com investimento de R$ 850 milhões, a planta marca um novo ciclo de inovação e sustentabilidade na indústria nacional, sendo considerada um passo estratégico para o fortalecimento da economia circular no Brasil.

NA CAPA: RECIFE FOI A CAPITAL QUE MAIS CRIOU EMPREGOS NO NORDESTE. NO ACUMULADO DOS ÚLTIMOS 12 MESES, RECIFE REGISTROU MAIS DE 22 MIL EMPREGOS FORMAIS. QUANDO OLHAMOS PARA O ESTADO COMO UM TODO, OS DADOS DO CAGED MOSTRAM MAIS DE 62 MIL NOVOS POSTOS DE TRABALHO EM 2024, COM TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL EM 2025

FUNDADA EM 28 ABRIL 2004 POR MARCELO MESQUITA

DIRETOR PRESIDENTE MARCELO MESQUITA

DIRETOR NORTE E NORDESTE MICKAELL ANTHONY NERY DE SOUSA MESQUITA

DIRETOR CENTRO-OESTE E SUDESTE CORONEL PAULO CÉSAR ALÍPIO

SÓCIO E DIRETOR DE PROJETOS ESPECIAIS NACIONAL E INTERNACIONAL CARLOS ROBERTO

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO MICKAELL ANTHONY MESQUITA E JOSÉ DE PEREIRA PAULO NETO

DIRETOR INSTITUCIONAL JACILENE MESQUITA E MARCELO GUILHERME MESQUITA

DIRETOR DE DISTRIBUIÇÃO MARCOS MESQUITA E GERALDO MESQUITA

DIRETOR COMERCIAL JOAQUIM PEREIRA, MARCELO MESQUITA E SÉRGIO REDÓ

DIRETOR DE PROJETOS ESPECIAIS MARCO ANTONIO CALZOLARI

JORNALISTAS ESPECIAIS MÁRCIO MAIA

ASSESSOR JURÍDICO

DR. RONALDO PESSÔA, DR. HELENO RODRIGUES E DRª. KISSIA MESQUITA

Editor Severino Ferreira

Jornalista Visual e Editor de Conteúdo Sandemberg Pontes Reportagens Aline Mirelly Curadoria de Conteúdo Digital Sandemberg Pontes

Fotografias Ademilton Barbosa, Jupiasi Andrade, Paulo Sérgio e Roberto Fontes e Fernando Frazão

Projeto Editorial e Projeto Gráfico Sandemberg Pontes

COLABORADORES

Cláudia Montes, Hermógenes Soares, Jota Gilson, André Mendes, Sérgio Sobreira, Elias Romã e Filho, Clebson Belo, George Aragão, Madiael Leal de Lucena, Lívio Cavalcanti, Cícero Walter, Rômulo de Deus e Melo Mesquita, Geraldo Paulo de Jesus e Fernanda Vera Cruz da Silva

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A Revista TOTAL, edição 204, ano 21, é uma publicação quinzenal da Editora Mesquita Brasil, com distribuição comercializada, por R$ 30,00 e com distribuição dirigida para os municípios brasileiros.

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PELO PAÍS

PRODUÇÃO

GOVERNO DE PERNAMBUCO

ANUNCIA NOVA FÁBRICA DE E-METANOL DE R$ 2 BILHÕES

NO COMPLEXO DE SUAPE

A GOVERNADORA RAQUEL LYRA ASSINOU CONTRATO COM A GOVERDE HOLDING S.A. NA FASE DE OBRAS, SERÃO GERADOS CERCA DE 1.500 EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS

Com foco na descarbonização e na competitividade internacional, o grupo GoVerde Holding S.A. vai instalar uma indústria de produção de e-metanol derivado de hidrogênio verde no Complexo Industrial Portuário de Suape. A unidade ocupará área de 10 hectares, com estimativa de R$ 2 bilhões em investimentos na primeira etapa e geração de 1.500 empregos diretos e indiretos durante a fase de obras, que deverá ser iniciada em 2026, com operação prevista para início de 2028. O contrato do megaempreendimento foi assinado pela governadora Raquel Lyra, no Palácio do Campo das Princesas. A solenidade contou com a presença de representantes da holding, de Suape e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. A homologação do certame público que teve a GoVerde como única proponen-

te foi assinada pelo diretor-presidente do Complexo de Suape, Armando Monteiro Bisneto.

De acordo com Armando Bisneto, o anúncio do empreendimento consolida o Cluster Suape para Combustíveis de Baixo Carbono, já impulsionado pela planta da European Energy para produção do mesmo tipo de combustível marítimo derivado do hidrogênio verde (H2V), com investimento de R$ 2 bilhões. “Esses dois megaprojetos são fruto da proatividade do governo Raquel Lyra e do time de Suape, posicionando nosso complexo entre os primeiros da América Latina com projetos estruturados para e-metanol. As novas plantas se somam ao TecHub de Transição Energética, que vem sendo desenvolvido pelo Senai-PE, para pesquisa, desenvolvimento e inovação para a cadeia do de H2V. Pela proximidade do setor su-

croenergético com o cluster, as empresas terão insumo garantido para a produção do combustível verde”, pontua. Em razão da localização estratégica do Porto de Suape, a produção de e-metanol da GoVerde terá foco na exportação do combustível limpo para clientes europeus e norte-americanos da indústria naval e do setor aéreo. A planta industrial terá capacidade inicial de 300 toneladas por dia, com início de operação previsto para o início de 2028 e plano de expansão escalonado para atingir 900 toneladas por dia até 2032, com a ocupação de mais 20 hectares de área. O contrato tem vigência de 12 anos, podendo ser prorrogado. O valor do arrendamento é de R$ 122 mil por mês.

“Trata-se de um projeto industrial transformador para Pernambuco e para o Brasil. O e-metanol é uma das soluções mais concretas para descarbonização

imediata do transporte marítimo global. Estamos construindo uma cadeia completa, segura e sustentável para fornecimento do combustível verde.

A planta em Suape representa um novo capítulo na inserção do país na rota global da descarbonização marítima e industrial. Estamos muito orgulhosos de implantar essa iniciativa em Suape”, afirma o CEO da GoVerde, Ricardo Junqueira.

De acordo com Junqueira, o Methanol Institute (MI), instituto americano que atua como a associação comercial global para a indústria do metanol, representando os principais produtores, distribuidores e empresas de tecnologia do composto químico do mundo, comunicou, esta semana, que tem rastreados 220 projetos espalhados pelo planeta e destacou entre eles o projeto da GoVerde em Suape.

LEVANTAMENTO

BRASIL TEM MAIOR NÚMERO DE ESTUPROS DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou o Mapa de Segurança Pública de 2025 que consta um aumento significativo nos casos de estupro. Em 2020, o registro foi de 66.056 vítimas, já em 2024 o número chegou a 83.114, representando um aumento de 25,80% nos últimos cinco anos.

Segundo o levantamento, esse número resulta em uma média de 227 estupros por dia no ano de 2024. Em 2023, foram contabilizados 82.204 casos, o que representa 38,83 casos a cada 100 mil habitantes. Já no ano passado, os números registrados foram de 79.741 vítimas, com a taxa de 37,82. Os estados com os maiores aumentos percentuais de vítimas entre os

anos e 2023 e 2024 foram: Paraíba com o aumento de 100% dos casos, seguido pelo Amazonas com 42,91%, o Amapá com 35,95%, Tocantins com 34,84% e, por fim, o Rio Grande do Norte com 34,32%.

Nos últimos cinco anos, a região Sudeste concentrou a maior parte dos estupros em números absolutos, ou seja, a quantidade de vítimas, sendo de 29.007 em 2024. Já a região Norte concentrou o maior aumento da taxa, isto é, 62,44.

Além disso, cerca de 86% dos casos tiveram como vítimas pessoas do sexo feminino, correspondendo a 71.834 dos registros. No âmbito estadual, São Paulo teve o maior registro, sendo de 13.790 mulheres vítimas de estupro.

RECIFE FOI A CAPITAL QUE MAIS CRIOU EMPREGOS NO NORDESTE

NO ACUMULADO DOS ÚLTIMOS 12 MESES, RECIFE REGISTROU MAIS DE 22 MIL EMPREGOS FORMAIS. QUANDO OLHAMOS PARA O ESTADO COMO UM TODO, OS DADOS DO CAGED MOSTRAM MAIS DE 62 MIL NOVOS POSTOS DE TRABALHO EM 2024, COM TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL EM 2025

Em um país de dimensões continentais, repleto de contrastes e desafios, há estados que brilham com mais intensidade. Pernambuco é um deles. Localizado no coração do Nordeste brasileiro, o estado tem se destacado como um símbolo de transformação, superação e prosperidade. Os números falam por si, mas é o sentimento de quem vive aqui que traduz melhor o espírito desse novo tempo: o de confiança em um futuro que já começou a acontecer.

Em abril de 2025, Recife conquistou o primeiro lugar no ranking de capitais nordestinas que mais criaram empregos formais. Foram 5.202 novas vagas preenchidas, consolidando a cidade como um dos motores econômicos da região. Esses dados revelam mais que estatísticas. Apontam para uma realidade que tem se fortalecido mês após mês, resultado de políticas públicas bem direcionadas, investimentos estratégicos, empreendedorismo pulsante e um povo que sabe trabalhar com talento, garra e criatividade.

Essa conquista não é um ponto fora da curva. Pelo contrário. Ela se soma a uma série de avanços que vêm reposicionando Pernambuco no cenário nacional. No acumulado dos últimos 12 meses, Recife registrou mais de 22 mil empregos formais. Quando olhamos para o estado como um todo, os dados do Caged mostram mais de 62 mil novos postos de trabalho em 2024, com tendência de crescimento sustentável em 2025.

O que está por trás desses resultados é uma combinação poderosa: infraestrutura moderna, educação técnica e universitária qualificada, ambiente fértil para inovação, localização privilegiada e, sobretudo, uma visão estratégica que une tradição e modernidade. Pernambu-

C A PA

co preserva sua identidade cultural e histórica ao mesmo tempo que projeta sua vocação para o futuro.

O Complexo de Suape, por exemplo, é hoje um dos maiores polos de desenvolvimento industrial e logístico do Brasil. Ele abriga empresas de setores diversificados e movimenta a economia do estado e toda a região. Ao redor dele, crescem cadeias produtivas, surgem novas oportunidades e se fortalecem vínculos entre o setor público e a iniciativa privada.

Outro polo que projeta Pernambuco para o século XXI é o Porto Digital. Localizado no coração do Recife, em meio ao casario histórico do Recife Antigo, o parque tecnológico se destaca por ser um dos mais relevantes da América Latina. Ali, convivem mais de 300 empresas de tecnologia da informação, economia criativa e inovação, responsáveis por movimentar bilhões de reais e gerar milhares de empregos qualificados. Jovens talentos pernambucanos e de várias partes do Brasil enxergam no Porto Digital um espaço fértil para sonhar, criar, empreender e transformar.

A força do estado também pulsa no campo da saúde. O polo médico de Pernambuco é referência no país, atraindo pacientes de todas as regiões e até de outros países. São dezenas de hospitais, clínicas e centros de excelência que combinam tradição e modernidade, oferecendo atendimento de qualidade e impulsionando a economia local por meio do chamado turismo de saúde. Na educação, Pernambuco colhe os frutos de uma revolução silenciosa que vem sendo construída há mais de uma década. A rede estadual de ensino médio tem apresentado resultados consistentes, figurando entre as melhores do Brasil em avaliações como o IDEB. O mo-

delo de escolas em tempo integral, adotado com ousadia e persistência, virou exemplo para outras unidades da federação. Mais do que formar estudantes, o estado tem formado cidadãos preparados para o mundo do trabalho e para os desafios do século XXI.

Esse ambiente favorável à aprendizagem tem gerado impactos diretos na empregabilidade dos jovens e na atração de investimentos. Empresas que se instalam no estado encontram mão de obra qualificada, motivada e pronta para encarar as exigências do mercado global. Isso se reflete nos dados crescentes de formalização, no surgimento de startups e no fortalecimento de cadeias produtivas em setores como moda, alimentos, bebidas, logística, construção civil, energias renováveis e turismo.

O turismo, aliás, é uma das joias de Pernambuco. Do litoral ao sertão, o estado oferece paisagens exuberantes, cultura vibrante e uma hospitalidade que encanta brasileiros e estrangeiros. Cidades como Olinda, Fernando de Noronha, Porto de Galinhas, Caruaru, Petrolina e o próprio Recife atraem milhões de visitantes todos os anos. Esse fluxo não movimenta apenas hotéis e restaurantes, mas ativa um ecossistema inteiro de serviços, artesanato, gastronomia, eventos e transportes.

Pernambuco também tem investido com força em inovação na agricultura e no setor energético. Projetos de energia solar e eólica avançam com velocidade, aproveitando o clima e a geografia local para garantir sustentabilidade energética e novas fontes de receita. No campo, tecnologias de irrigação e manejo têm transformado a produção rural, com destaque para as regiões do Sertão do São Francisco, onde a fruticultura irrigada gera emprego,

renda e exportações.

Ao olhar para tantos avanços, fica claro que o estado vive um momento especial. O que antes era sonho começa a se tornar realidade. Empresas nacionais e internacionais veem Pernambuco como território fértil para investir. A população, por sua vez, responde com trabalho, dedicação e otimismo.

A gestão pública tem sido protagonista nesse processo. Prefeituras, Governo do Estado, universidades, federações, setor produtivo e sociedade civil organizada têm somado forças para criar um ambiente propício à inovação, ao crescimento econômico e à inclusão social. Há desafios, é verdade. Mas há, sobretudo, disposição coletiva para enfrentá-los com inteligência, coragem e sensibilidade.

Pernambuco, com sua cultura rica, sua história de resistência e sua capacidade de se reinventar, mostra que é possível crescer com inclusão. Os índices de formalização do emprego refletem esse compromisso. Cada vaga gerada representa uma história de superação, um passo a mais na construção de um futuro mais digno para milhares de famílias.

Esse futuro se constrói todos os dias. Nas salas de aula, nos polos tecnológicos, nas usinas de energia limpa, nos hospitais, nos galpões logísticos, nas feiras do interior, nas praias que encantam turistas, nos escritórios das startups, nos armazéns do Porto do Recife. Pernambuco é múltiplo, vibrante e forte.

A pujança do estado não é fruto do acaso. É resultado de uma construção coletiva que reúne história, talento, planejamento e trabalho. O presente já é vigoroso. E o futuro é promissor. Pernambuco mostra que o Nordeste tem voz, vez e protagonismo. E faz isso com brilho,

com coragem e com uma energia que contagia.

Enquanto muitos ainda insistem em olhar para o Nordeste com os velhos estereótipos do atraso, Pernambuco tem dado lições práticas de como se constrói desenvolvimento com identidade. A força de suas tradições culturais, a riqueza de sua música, a diversidade de sua culinária e a intensidade de seus ciclos festivos como o Carnaval, o São João e o Festival de Inverno de Garanhuns não são vistos como passado, mas como capital simbólico e econômico que alimenta a criatividade e movimenta milhões de reais todos os anos.

Esse dinamismo cultural não existe separado da economia. Pelo contrário. Ele impulsiona cadeias produtivas inteiras e transforma artistas em empreendedores, mestres populares em professores e comunidades em verdadeiros polos de inovação popular. A cultura em Pernambuco não é decorativa, é ativa, pulsante e estratégica.

Na zona da mata e no agreste, cooperativas rurais têm ganhado espaço como modelos sustentáveis de geração de renda. Mulheres agricultoras lideram projetos que unem agroecologia, comercialização justa e preservação ambiental. No sertão, tecnologias sociais vêm transformando o semiárido em campo de oportunidades, aproveitando a luz do sol e a força dos rios perenizados para expandir o que antes parecia impossível: prosperar no clima árido.

O protagonismo feminino, aliás, tem sido um traço marcante da nova Pernambuco. Seja nos negócios, nas universidades, nas artes ou na política, mulheres têm conquistado posições de liderança e ocupado espaços decisivos com competência e coragem. O empoderamento fe-

minino deixa de ser pauta isolada e passa a integrar de forma transversal os processos de crescimento e transformação do estado.

Outro eixo fundamental desse avanço é a inclusão digital. Com uma das melhores conexões de fibra óptica do Brasil, o estado tem conseguido integrar escolas públicas à internet de alta velocidade, possibilitar o acesso a plataformas educacionais e estimular a alfabetização digital desde a infância. Ao mesmo tempo, oferece capacitações técnicas para jovens e adultos que querem ingressar em áreas como programação, design, marketing digital e comércio eletrônico.

Essa democratização da tecnologia impulsiona o empreendedorismo. Em Pernambuco, cresce o número de pequenos negócios que começam do zero e se fortalecem com apoio de políticas de crédito, mentoria, capacitações e incubadoras. A cultura empreendedora está cada vez mais presente nas comunidades, nas periferias, nos interiores. Pernambuco tem se mostrado um celeiro de ideias boas e práticas eficientes para transformar vidas.

O reflexo desse movimento está na crescente geração de emprego formal. Pessoas que antes trabalhavam sem direitos passam a contar com carteira assinada, benefícios e estabilidade. O trabalho informal continua sendo uma realidade, mas vem perdendo espaço graças a esse novo ciclo de oportunidades. Recife, ao liderar a criação de empregos no Nordeste, mostra que é possível crescer com foco na dignidade do trabalhador e com responsabilidade social.

A capital pernambucana não tem se destacado só na geração de vagas. A cidade vem se transformando em um laboratório urbano de políticas inteligentes. Projetos de mobili-

dade, requalificação do centro, uso de energias limpas, valorização de espaços públicos e incentivo à economia criativa mostram que há um esforço concreto de tornar o Recife mais humano, mais eficiente e mais inclusivo.

Esse mesmo espírito de inovação está presente em outras cidades do estado. Petrolina tem mostrado sua força como polo agroindustrial e exportador. Caruaru tem se fortalecido como cidade do comércio, da moda e da educação. Garanhuns avança na área de serviços e eventos. Goiana vem se consolidando com sua indústria automotiva e farmacêutica. Jaboatão e Cabo seguem firmes na área logística. Em todas essas cidades, o que se vê é uma rede de desenvolvimento que não para de crescer.

Pernambuco tem abraçado a modernidade sem abrir mão de sua essência. A religiosidade popular convive com centros de pesquisa. O maracatu ecoa ao lado de hubs de inovação. A feira de rua se mistura com o e-commerce. O artesanato convive com a inteligência artificial. Essa convivência entre o ancestral e o futurista é uma das grandes riquezas do estado, e um de seus maiores diferenciais competitivos.

A economia verde também ganha espaço nesse novo contexto. Além das energias solar e eólica, o estado tem investido na reutilização de resíduos, na economia circular e na educação ambiental. Projetos em escolas, comunidades e empresas ensinam desde cedo o valor da preservação dos recursos naturais e do cuidado com o planeta.

PERNAMBUCO TRANSFORMA RENDA EM DESENVOLVIMENTO E LIDERA CRESCIMENTO ECONÔMICO NACIONAL

A ESTRATÉGIA DE FORTALECER OS POLOS DE DESENVOLVIMENTO INTERIORIZADOS, SOMADA À ATUAÇÃO DE CENTROS URBANOS DINÂMICOS COMO RECIFE, JABOATÃO E PETROLINA, TEM POTENCIALIZADO O IMPACTO SOBRE A RENDA DA POPULAÇÃO

Em um momento em que o Brasil celebra avanços consistentes em sua economia, Pernambuco protagoniza um capítulo à parte. Com um aumento expressivo de 17,64 por cento no rendimento médio mensal domiciliar em 2024, o estado alcançou a primeira posição no ranking nacional de crescimento de renda, mostrando vitalidade econômica e capacidade de gerar impacto direto na vida das pessoas. O salto de R$ 1.888 para R$ 2.221 mensais não é apenas um número. É o retrato de um estado que escolheu caminhar em direção ao desenvolvimento com políticas públicas eficazes, estímulo ao empreendedorismo e integração de suas vocações produtivas ao cenário nacional.

Esse avanço reflete um conjunto de estratégias que começam a dar resultado com profundidade. Pernambuco vem colhendo frutos de investimentos estruturantes em áreas como infraestrutura logística, energias limpas, tecnologia da informação, educação técnica e integração industrial. A estratégia de fortalecer os polos de desenvolvimento interiorizados, somada à atuação de centros urbanos dinâmicos como Recife, Jaboatão e Petrolina, tem potencializado o impacto sobre a renda da população.

O aumento do rendimento domiciliar em um cenário ainda desafiante para a economia global é um indicativo da resiliência econômica de Pernambuco. A reativação de grandes empreendimentos industriais, o fortalecimento da cadeia logística e o crescimento do setor de serviços impulsionaram a geração de empregos, elevando o poder de compra e movimentando o mercado interno com vigor. Além disso, o avanço tecnológico e a digitalização de serviços públi-

cos e privados favoreceram a inclusão produtiva e contribuíram para o dinamismo de atividades emergentes como comércio eletrônico, transporte por aplicativo e serviços financeiros digitais.

O cenário pernambucano também aponta para uma melhora significativa na formalização do trabalho. O aumento da renda veio acompanhado por um salto nas contrata-

ções com carteira assinada e uma expansão expressiva nas oportunidades para micro e pequenos empreendedores, graças ao fomento de políticas públicas de crédito, capacitação e inovação. Esse ambiente mais favorável ao trabalho produtivo tem se mostrado essencial para a construção de uma economia mais sólida e inclusiva.

A liderança nacional em cresci-

mento de renda, portanto, vai além de um indicador estatístico. Representa uma mudança de patamar no modo como o estado responde aos desafios do presente e se projeta para o futuro. O desempenho de Pernambuco simboliza uma economia que se reinventa, amplia suas capacidades e aposta em uma trajetória de valorização do capital humano. Ao priorizar a educação técnica, o ensino superior e a inovação como pilares do desenvolvimento, o estado demonstra que crescimento econômico só é sustentável quando é capaz de gerar oportunidades reais para sua população.

É importante destacar o papel das políticas públicas integradas na consolidação desse avanço. O alinhamento entre diferentes níveis de governo, a parceria com o setor privado e a atuação de instituições como Sebrae, universidades e centros de pesquisa criaram uma base sólida para o fortalecimento do ambiente de negócios. O incentivo à regularização de atividades informais, a ampliação da infraestrutura de transporte e a digitalização de serviços públicos facilitaram o acesso da população a novas fontes de renda e ampliaram a participação dos trabalhadores na economia formal.

O resultado desse esforço coletivo é perceptível em diversos indicadores. Municípios de diferentes portes passaram a apresentar sinais consistentes de melhora no padrão de vida de suas populações. Pequenas cidades, que antes dependiam de repasses federais como principal fonte de renda, hoje desenvolvem cadeias produtivas locais e integram cooperativas, arranjos produtivos locais e consórcios regionais voltados para o crescimento sustentável. Esse redesenho da base econômica do estado tem contribuído para

diminuir desigualdades históricas e interiorizar o desenvolvimento.

No contexto nacional, o desempenho de Pernambuco mostra que há caminhos viáveis para a superação de barreiras estruturais que sempre dificultaram o avanço socioeconômico de determinadas regiões. A elevação da renda domiciliar em ritmo superior ao da média nacional é um reflexo do amadurecimento da economia regional, da diversificação de suas atividades e do aproveitamento de oportunidades em setores estratégicos como energia solar, agronegócio, saúde, turismo e educação superior.

O crescimento da renda tem efeito direto sobre o consumo das famílias e, por consequência, sobre a arrecadação de impostos e o ciclo de investimentos públicos. O impacto positivo se espalha por toda a cadeia produtiva, do pequeno produtor ao grande varejista. Gera emprego, movimenta os serviços e induz novas demandas por infraestrutura e qualificação. A melhora na renda média também eleva o acesso ao crédito, favorece o empreendedorismo e fortalece a capacidade de poupança das famílias, criando um círculo virtuoso de crescimento econômico sustentável.

O feito alcançado em 2024 serve de inspiração para o restante do país. Pernambuco mostra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e inclusão social em uma mesma agenda. O estado demonstra que um território pode ser competitivo e, ao mesmo tempo, justo. Pode gerar riqueza e garantir sua distribuição com equilíbrio e eficiência. E esse modelo, ainda em construção, já é reconhecido nacionalmente como um caso de sucesso que pode ser replicado, com as devidas adaptações, em outros estados da federação.

STELLANTIS ACELERA O FUTURO EM PERNAMBUCO E IMPULSIONA A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

INVESTIMENTO NO POLO AUTOMOTIVO SERÁ FEITO

ATÉ 2030. EMPRESA PREVÊ LANÇAMENTO DE SEIS

NOVOS MODELOS NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS COM

FOCO NA PRODUÇÃO DE VEÍCULOS ELETRIFICADOS

Oanúncio da Stellantis de que o Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco, será o local de produção do seu primeiro carro híbrido fabricado no Brasil e de uma nova marca representa um marco para a economia brasileira e, especialmente, para o Nordeste. Em uma época em que os olhos do mundo se voltam para soluções energéticas sustentáveis e inovações tecnológicas na mobilidade, a iniciativa reforça o protagonismo da empresa na transição para um modelo industrial mais moderno, verde e competitivo.

A escolha por Goiana não é um gesto isolado ou simbólico. Ela reflete um compromisso estratégico da Stellantis com a industrialização inteligente e regionalmente integrada. Ao transformar Pernambuco no coração de seu projeto de mobilidade sustentável no país, a montadora coloca o estado na rota dos principais investimentos do setor automotivo mundial, abrindo uma série de oportunidades em diversas frentes da economia.

A produção do primeiro modelo híbrido da Stellantis no Brasil e a chegada de uma nova marca ao

portfólio demonstram como a empresa tem conduzido sua atuação com visão de longo prazo. O plano industrial está inserido em um projeto de modernização fabril, com aplicação de tecnologias de ponta, capacitação profissional, digitalização de processos e respeito aos critérios de sustentabilidade ambiental. São decisões que reposicionam a indústria brasileira como um player relevante no cenário global de ino-

vação automotiva.

O novo modelo híbrido nacional será desenvolvido dentro de um investimento robusto, que contempla o ciclo 2025 a 2030, com foco em eficiência energética, conectividade e redução de emissões. O Polo de Goiana já havia demonstrado seu potencial ao atingir padrões de qualidade internacionais e alta produtividade. Agora, com a ampliação das linhas de produção e a introdução de tec-

nologias híbridas, o complexo industrial se consolida como um dos mais avançados da América Latina. Do ponto de vista econômico, a decisão da Stellantis provoca efeitos multiplicadores em cadeia. O anúncio impulsiona o mercado de trabalho, gera novas vagas, movimenta a cadeia de fornecedores e dinamiza setores como logística, energia, metalurgia, serviços e tecnologia da informação. O impacto tam-

buco reafirma esse protagonismo e eleva o padrão da indústria local. Os consumidores brasileiros terão acesso a um veículo mais tecnológico, eficiente e alinhado às exigências ambientais do século vinte e um. Ao mesmo tempo, o Brasil avança na direção de uma indústria automotiva menos dependente de importações e mais voltada para soluções próprias.

lidar o polo automotivo como referência nacional. A presença de centros de pesquisa, escolas técnicas e parcerias com universidades locais contribui para a formação de profissionais aptos a operar novas tecnologias e participar de um mercado de trabalho mais qualificado.

A nova marca que será lançada no Brasil reforça ainda mais a relevância estratégica do país no mapa global da Stellantis. O Brasil não será apenas um destino de venda, mas um território de criação, produção e exportação. A nacionalização do conhecimento, o investimento em design e engenharia e o uso de matérias primas locais ajudam a reduzir custos e ampliar a autonomia produtiva, colocando o país em posição de vantagem frente aos desafios e oportunidades do mercado automotivo.

bém se traduz na elevação da arrecadação estadual e no fortalecimento do ambiente de negócios na região, criando uma atmosfera favorável para a atração de novos investimentos privados.

A força da Stellantis no Brasil é inegável. Com marcas consagradas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, a empresa já ocupa uma posição de liderança no mercado nacional. A nova fase que se inicia em Pernam-

Outro ponto que merece destaque é o simbolismo da decisão ocorrer no Nordeste. A região historicamente enfrentou dificuldades para atrair projetos industriais de alta complexidade. Com o sucesso do Polo de Goiana, essa realidade vem se transformando. A Stellantis comprova que é possível aliar desenvolvimento regional com inovação, mostrando que estados fora do eixo Sul Sudeste também podem liderar projetos industriais sofisticados e competitivos em escala internacional.

O governo de Pernambuco tem sido um parceiro importante nesse processo. A infraestrutura logística, a capacitação técnica da mão de obra e os incentivos à inovação fazem parte de uma estratégia estadual que se mostra eficaz ao conso-

Essa reconfiguração industrial marca uma virada no modelo tradicional de produção e consumo de veículos. A entrada dos híbridos de forma mais acessível e fabricados no país indica uma tendência irreversível rumo à eletrificação da frota brasileira. O compromisso com metas ambientais mais rígidas, combinado com incentivos à indústria limpa, gera um novo ciclo de modernização que passa por Pernambuco e se irradia por todo o país.

A Stellantis tem adotado uma política clara de valorização da diversidade regional. O Polo de Goiana tornou-se exemplo de inclusão, sustentabilidade e inovação. Os resultados positivos alcançados até aqui, somados à expansão de investimentos, demonstram que a companhia aposta no Brasil como parte essencial de sua visão global. O país, por sua vez, se beneficia com empregos, tecnologia, qualificação profissional e protagonismo no setor automotivo sustentável.

SHOPEE ACELERA LOGÍSTICA NO BRASIL COM NOVO CENTRO EM PERNAMBUCO E FORTALECE A ECONOMIA

SISTEMA REDUZIRÁ EM MAIS DE 30% O PRAZO DE ENTREGA PARA O NORDESTE. CD EM JABOATÃO DEVE GERAR ATÉ MIL EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS ATÉ O FIM DO ANO E FORTALECER

A PRESENÇA LOGÍSTICA DA SHOPEE NA REGIÃO

Aeconomia brasileira tem experimentado sinais consistentes de renovação, e parte desse impulso vem do fortalecimento das estruturas logísticas e do comércio eletrônico. Um exemplo recente e emblemático dessa nova fase é a inauguração do primeiro centro de distribuição com sistema fulfillment da Shopee no Nordeste, instalado no município de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. O investimento marca uma inflexão no modelo logístico nacional, amplia a capilaridade da plataforma no Brasil e fortalece a geração de empregos e o dinamismo regional.

Com mais de mil vagas de trabalho previstas, o centro representa um avanço na operação da Shopee, demonstra confiança no potencial da economia pernambucana e na força do mercado consumidor nordestino. A escolha de Jaboatão como base estratégica reflete a busca da empresa por mais eficiência, maior proximidade com os clientes e menores prazos de entrega. A logística deixa de ser um gargalo para se tornar diferencial competitivo.

A iniciativa atende tanto aos consumidores quanto aos pequenos e médios vendedores cadastrados na plataforma, que passarão a contar com maior apoio no armazenamento, manuseio e distribuição de produtos. O sistema fulfillment adotado permite que a Shopee gerencie etapas importantes do processo de venda, desde o recebimento do item até sua entrega final, elevando o nível de serviço prestado. É uma evolução significativa no ecossistema da empresa no Brasil.

Do ponto de vista econômico, o empreendimento em Jaboatão atua como catalisador de investimentos secundários e atrai uma rede de fornecedores e prestadores de serviço. Os reflexos são sentidos em áreas

E S T R AT É G I A

como transporte, tecnologia, segurança, energia, alimentação, limpeza e manutenção predial. Ao movimentar diversos setores, o centro de distribuição se transforma em motor de aquecimento econômico local e regional.

A decisão da Shopee de investir no Nordeste representa também uma valorização da descentralização produtiva. Durante muito tempo, centros logísticos estavam concentrados em estados do Sudeste, criando assimetrias no atendimento nacional. Agora, o equilíbrio se torna mais visível, e o consumidor nordestino ganha com mais agilidade e redução no tempo de espera. A plataforma torna-se mais inclusiva, próxima e eficaz, reforçando sua presença em todas as regiões do país.

Outro destaque da nova operação é a utilização de tecnologia de ponta para rastreamento, automação e controle de estoque. O uso inteligente de dados permite maior previsibilidade nas entregas e redução de falhas operacionais. Com isso, melhora-se a experiência do cliente e amplia-se a capacidade da Shopee de competir com outras gigantes do setor. Em um mercado em constante transformação, agilidade e precisão são diferenciais indispensáveis.

A economia digital brasileira ganha força quando é ancorada em estruturas físicas bem planejadas. O centro de distribuição de Jaboatão não é uma estrutura isolada, mas parte de uma estratégia que visa consolidar o Brasil como um dos principais mercados da Shopee fora da Ásia. A velocidade com que o comércio eletrônico tem se expandido exige que as plataformas invistam em logística robusta e escalável. A nova unidade é resposta direta a essa demanda crescente.

Além dos empregos diretos, es-

tima-se que o impacto indireto na economia local supere a marca de milhares de pessoas beneficiadas, entre motoristas de aplicativo, operadores de transporte de carga, fornecedores de materiais e serviços gerais. Em tempos nos quais a geração de renda é uma prioridade, empreendimentos com essa capacidade de irradiação tornam-se essenciais para a retomada econômica sustentável.

Pernambuco, por sua localização estratégica e por sua infraestrutura portuária e viária, confirma mais uma vez sua posição como polo logístico do Nordeste. O estado já abriga importantes operações industriais e comerciais, e agora vê consolidar-se um novo eixo do varejo digital. A sinergia entre setor público e iniciativa privada tem sido de-

terminante para atrair empreendimentos de grande porte. Incentivos fiscais, segurança jurídica e oferta de mão de obra qualificada são diferenciais competitivos oferecidos pela região.

Com a operação da Shopee, o município de Jaboatão dos Guararapes se insere de forma vigorosa na nova economia digital. Trata-se de uma cidade com vocação logística, já próxima da capital Recife e interligada por rodovias e acesso facilitado a aeroportos e portos. A instalação do centro da Shopee consolida esse potencial e projeta a cidade no radar de outros grupos econômicos.

Ao investir em infraestrutura no Brasil, a Shopee sinaliza compromisso de longo prazo com o desenvolvimento local. O projeto não se li-

mita à ocupação de galpões ou contratação de funcionários. Ele inclui capacitação, formalização de parcerias, respeito às legislações ambientais e sociais, além de estimular a inovação por meio do uso de tecnologias emergentes. É uma visão de futuro integrada com a realidade brasileira.

O centro de Jaboatão representa um novo patamar na operação logística da Shopee, mas também funciona como termômetro da confiança no Brasil. A estabilidade macroeconômica, a recuperação do poder de compra e o crescimento do consumo por meios digitais criam um ambiente fértil para investimentos como este. Em meio a desafios globais, o país demonstra resiliência e se posiciona de forma mais competitiva no cenário internacional.

sindacucar

CONHEÇA

NORDESTE AVANÇA RUMO À INDÚSTRIA VERDE COM PROTAGONISMO DO GRUPO MOURA

COM INVESTIMENTO DE R$ 850 MILHÕES, A PLANTA MARCA UM NOVO CICLO DE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA NACIONAL, SENDO CONSIDERADA UM PASSO ESTRATÉGICO PARA O FORTALECIMENTO DA ECONOMIA CIRCULAR NO BRASIL

EPernambuco, uma nova página da história industrial brasileira começou a ser escrita. Em Belo Jardim, um município marcado por sua força de superação e por uma população que nunca se acomoda diante das adversidades, nasceu um empreendimento que simboliza muito mais do que um avanço produtivo. A nova unidade de reciclagem e metais do Grupo Moura é a prova concreta de que é possível unir inovação, sustentabilidade, geração de emprego e respeito ao meio ambiente em um mesmo projeto de desenvolvimento.

O investimento expressivo da ordem de oitocentos e cinquenta milhões de reais resultou em uma planta moderna, estruturada com o que há de mais avançado em tecnologia limpa e automatizada. Com essa nova etapa, o Grupo Moura consolida ainda mais sua atuação como referência nacional em soluções energéticas e sustentabilidade industrial. O empreendimento tem capacidade para reciclar mais de duzentas mil toneladas de chumbo por ano, permitindo que esse recurso seja reintroduzido de forma segura e eficiente no ciclo produtivo de baterias. Esse

N E G Ó C I O

processo, ao evitar a extração de novos materiais, contribui diretamente para a preservação de ecossistemas e para a diminuição da pressão sobre áreas de exploração mineral. Localizada estrategicamente na região Nordeste, a nova unidade também cumpre um papel fundamental na descentralização da indústria nacional. Ao apostar em Belo Jardim, o grupo reafirma o potencial do interior nordestino como protagonista do desenvolvimento econômico. Essa visão rompe com o passado de desigualdade entre regiões e promove um futuro em que o conhecimento, os investimentos e a inovação se espalham com equidade por todo o território brasileiro.

A cerimônia de inauguração foi marcada por falas de esperança e comprometimento. Autoridades locais, estaduais e federais, ao lado de executivos da empresa, enalteceram a importância do empreendimento como parte de uma agenda mais ampla, que prevê um novo modelo de industrialização para o Brasil. A presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços foi emblemática. Durante o evento, ele ressaltou que o país precisa seguir exemplos como o do Grupo Moura, onde crescimento e consciência ambiental caminham lado a lado.

O empreendimento também é uma resposta à Nova Indústria Brasil, um programa que visa modernizar o parque industrial nacional com foco em inovação, digitalização e sustentabilidade. Ao reunir todos esses pilares em um único projeto, o Grupo Moura não apenas alinha-se às diretrizes da política federal, como também ajuda a torná-las realidade com impacto direto na vida das pessoas.

A Superintendência do Desenvol-

vimento do Nordeste, mais conhecida como Sudene, desempenhou um papel essencial na concretização desse projeto. A atuação conjunta entre o setor público e o setor privado demonstra que é possível criar ambientes favoráveis ao investimento produtivo por meio de políticas públicas bem direcionadas. O apoio financeiro do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste também foi decisivo para que a nova unidade saísse do papel e se transformasse em referência nacional.

Além do impacto ambiental positivo, o projeto movimenta a economia local. A unidade gera centenas de empregos diretos e indiretos, oferecendo oportunidades para profissionais de diversas áreas e níveis de escolaridade. A capacitação da mão de obra local foi planejada com atenção e cuidado, garantindo que os trabalhadores tivessem acesso à formação necessária para operar tecnologias modernas com eficiência e segurança.

Outro ponto de destaque é a arquitetura ecológica do novo complexo. O consumo de energia é reduzido graças à utilização de fontes renováveis, especialmente a energia eólica, além de sistemas de reaproveitamento de água da chuva. Os fornos, responsáveis pela fundição do chumbo reciclado, utilizam uma combinação de gás natural e oxigênio, resultando em menor emissão de poluentes. Com isso, a unidade alia produtividade e responsabilidade ambiental em sua essência.

As decisões de investimento da Moura revelam mais do que uma estratégia empresarial. Elas revelam um propósito. Em tempos de crise climática, essa escolha evidencia que o setor industrial pode e deve fazer parte da solução. A reciclagem em grande escala de materiais como o

chumbo é uma contribuição significativa para o combate ao desperdício e à poluição, sem comprometer a eficiência da cadeia produtiva.

Ao assumir o protagonismo da economia circular no setor de baterias, o grupo envia uma mensagem clara ao mercado: é possível inovar sem destruir. É possível crescer respeitando os limites do planeta. É possível olhar para o futuro com coragem e compromisso. Essa mensagem ecoa com força entre os jovens da região, que agora encontram oportunidades reais de emprego qualificado e enxergam em sua própria cidade um exemplo de que o Nordeste está pronto para liderar uma revolução verde na indústria brasileira.

O novo momento vivido por Be-

lo Jardim e por todo o entorno do Agreste não é fruto do acaso. É resultado de planejamento, diálogo institucional e coragem para acreditar no valor do interior. A governadora de Pernambuco, durante sua participação na solenidade, destacou a relevância de investir em inovação onde antes só se falava em carência. Para ela, quando se acredita nas pessoas e se dá estrutura adequada, os resultados aparecem. E Belo Jardim é prova disso.

A instalação da unidade, portanto, vai além da fábrica em si. Representa uma virada de chave para o futuro da indústria brasileira. Ao mesmo tempo em que fortalece a competitividade nacional no setor de baterias, também abre caminhos para novas tecnologias, como

as que envolvem o armazenamento de energia renovável, a mobilidade elétrica e a gestão inteligente de resíduos.

A história do Grupo Moura é marcada por coragem e pioneirismo. Ao longo das últimas décadas, a empresa construiu um legado baseado em qualidade, confiança e inovação. Agora, com esse novo passo, ela reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a construção de um país mais equilibrado socialmente e mais respeitoso com os seus recursos naturais.

Cabe à sociedade, aos governos e às demais empresas seguir esse exemplo. O caminho está aberto para que outros grupos também invistam em reciclagem, energia limpa, redução de emissões e qualificação

profissional. As ferramentas estão disponíveis, os incentivos estão criados, e o momento é agora.

Se o Brasil quer ser protagonista em um mundo que caminha com rapidez para uma economia verde, é fundamental valorizar experiências como essa. O que foi feito em Belo Jardim é motivo de orgulho para Pernambuco, para o Nordeste e para todos os brasileiros que acreditam em um modelo de desenvolvimento mais justo e sustentável.

O futuro que se deseja começa com ações concretas como essa. O futuro que se deseja passa pela indústria que respeita o planeta. E o futuro que se deseja já está em movimento, com os motores da mudança funcionando a pleno vapor no sertão nordestino.

GIRO

PARCERIAS

COMEMORANDO OS 65 ANOS DA CDL RECIFE, GOVERNADORA RAQUEL LYRA DESTACA CRESCIMENTO ECONÔMICO DE PERNAMBUCO

A HISTÓRIA DA CDL RECIFE É MARCADA POR PARCERIAS ESTRATÉGICAS QUE PROMOVEM O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO DA CAPITAL PERNAMBUCANA

“Pernambuco é terra de mascates, o comércio sempre foi um serviço muito forte na nossa região. Apesar de todas as adversidades, nosso setor de serviço e de comércio cresce, acompanhando aquilo que vem acontecendo no nosso estado ao longo dos últimos tempos”, afirmou a governadora Raquel Lyra, ao participar da celebração dos 65 anos da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife. O evento, que aconteceu em um hotel no Recife, marcou as mais de seis décadas de atuação da entidade como referência na defesa e no fortalecimento do comércio da capital e do Estado.

A chefe do Executivo destacou as iniciativas do Governo do Estado para di-

namizar a economia estadual. “Temos buscado fazer a nossa parte garantindo a recuperação do centro histórico do Recife, com equipamentos como o Cinema São Luiz, o Liceu de Artes de Ofício, que será uma escola técnica, o Palácio Frei Caneca, na Cruz Cabugá, que virará três edifícios residenciais sociais. Estamos buscando fortalecer os investimentos aqui no Recife e em Pernambuco, e o resultado do PIB em 2024 demonstrou um caminho de crescimento”, complementou a gestora.

A CDL Recife envolve mais de 8 mil estabelecimentos. O presidente da entidade, Fred Leal, destacou a importância histórica da CDL e ressaltou a importância da parceria com o Governo do Estado. “Os 65 anos chegam com muita representatividade. Nós trabalhamos com o lojista, que é o nosso principal foco. Agradecemos as parcerias do Governo do Estado, principalmente a Polícia Militar, por meio da segurança, parceiro em todos os momentos”, afirmou o presidente Fred Leal, que entregou um quadro à governadora em celebração aos 65 anos da entidade. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Guilherme Cavalcanti, o Governo de Pernambuco investe em estratégias de parceria com o setor privado. “Estamos mudando o ambiente de negócio em Pernambuco, mudando o regramento, mudando o diálogo com o setor privado. O Governo do Estado abriu vários canais de escuta para que a gente pudesse alterar o regramento tanto fiscal quanto de licenciamento, de tudo que a gente pode fazer para melhorar a forma de fazer negócio”, frisou o secretário, acompanhado do presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), André Teixeira Filho.

É tempo de mergulhar nas Sagradas Escrituras e fortalecer nossa fé.

A leitura diária da Bíblia nos aproxima de Deus, traz paz ao coração, orienta nossas decisões e nos ensina valores preciosos para a vida.

Você já leu a Bíblia hoje? Faça desse hábito uma parte do seu dia e sinta as transformações em sua caminhada espiritual!

A REVISTA TOTAL BRASIL TEM O COMPROMISSO DE INCENTIVAR A LEITURA E REAFIRMAR QUE LER A BÍBLIA É APRENDER EM CADA CAPÍTULO, É DESCOBRIR O NOVO EM CADA PÁGINA. LEIA A BÍBLIA.

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PROVÉRBIOS 21

EXISTEM SOFRIMENTOS QUE O JUSTO ENFRENTA COMO FRUTO DO SEU COMPROMISSO

CASTIGO, MAS COMO UM PRIVILÉGIO. NINGUÉM PRECISA, OU DEVE, RETRIBUIR O MAL ELE RETRIBUIRÁ CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS

1. Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.

2. Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações.

3. Fazer justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que sacrifício.

4. Os olhos altivos, o coração orgulhoso e a lavoura dos ímpios é pecado.

5. Os pensamentos do diligente tendem só para a abundância, porém os de todo apressado, tão-somente para a pobreza.

6. Trabalhar com língua falsa para

PROVÉRBIOS 22

ajuntar tesouros é vaidade que conduz aqueles que buscam a morte.

7. As rapinas dos ímpios os destruirão, porquanto se recusam a fazer justiça.

8. O caminho do homem é todo perverso e estranho, porém a obra do homem puro é reta.

9. É melhor morar num canto de telhado do que ter como companheira em casa ampla uma mulher briguenta.

10. A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos.

11. Quando o escarnecedor é casti-

gado, o simples torna-se sábio; e o sábio quando é instruído recebe o conhecimento.

12. O justo considera com prudência a casa do ímpio; mas Deus destrói os ímpios por causa dos seus males.

13. O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido.

14. O presente dado em segredo aplaca a ira, e a dádiva no regaço põe fim à maior indignação.

15. O fazer justiça é alegria para o justo, mas destruição para os que praticam a iniqüidade.

MUITAS PESSOAS ACREDITAM SER IMPORTANTE SE ESFORÇAREM PARA ALCANÇAR

IMPORTANTE TER UM BOM NOME DO QUE GRANDES RIQUEZAS. ESTE CAPÍTULO NOS MAS PARA A GLÓRIA DE DEUS

1. Vale mais ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro.

2. O rico e o pobre se encontram; a todos o Senhor os fez.

3. O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando.

4. O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, honra e vida.

5. Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe dele.

6. Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.

7. O rico domina sobre os pobres e o que toma emprestado é servo do que empresta.

8. O que semear a perversidade segará males; e com a vara da sua própria indignação será extinto.

9. O que vê com bons olhos será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre.

10. Lança fora o escarnecedor, e se irá a contenda; e acabará a ques-

tão e a vergonha.

11. O que ama a pureza de coração, e é amável de lábios, será amigo do rei.

12. Os olhos do Senhor conservam o conhecimento, mas as palavras do iníquo ele transtornará.

13. Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.

14. Cova profunda é a boca das mulheres estranhas; aquele contra quem o Senhor se irar, cairá nela.

15. A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.

ESSES SOFRIMENTOS NÃO DEVEM NUNCA SER VISTOS COMO

O MAL, O QUE PRECISAMOS FAZER É CONFIAR NOSSA CAUSA A DEUS, POIS

16. O homem que anda desviado do caminho do entendimento, na congregação dos mortos repousará.

17. O que ama os prazeres padecerá necessidade; o que ama o vinho e o azeite nunca enriquecerá.

18. O resgate do justo é o ímpio; o do honrado é o perverso.

19. É melhor morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e irritadiça.

20. Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato os esgota.

21. O que segue a justiça e a bene-

ficência achará a vida, a justiça e a honra.

22. O sábio escala a cidade do poderoso e derruba a força da sua confiança.

23. O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.

24. O soberbo e presumido, zombador é o seu nome, trata com indignação e soberba.

25. O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam trabalhar.

26. O cobiçoso cobiça o dia todo, mas

o justo dá, e nada retém.

27. O sacrifício dos ímpios já é abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!

28. A falsa testemunha perecerá, porém o homem que dá ouvidos falará sempre.

29. O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o reto considera o seu caminho.

30. Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.

31. Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do Senhor vem a vitória.

SUCESSO E RIQUEZA. NO ENTANTO, PROVÉRBIOS 22 NOS ACONSELHA QUE É MAIS

ENSINA COMO CONSTRUIR UM BOM NOME – NÃO PARA A AUTO-GLORIFICAÇÃO,

16. O que oprime ao pobre para se engrandecer a si mesmo, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá.

17. Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu conhecimento.

18. Porque te será agradável se as guardares no teu íntimo, se aplicares todas elas aos teus lábios.

19. Para que a tua confiança esteja no Senhor, faço-te sabê-las hoje, a ti mesmo.

20. Porventura não te escrevi excelentes coisas, acerca de todo con-

selho e conhecimento,

21. Para fazer-te saber a certeza das palavras da verdade, e assim possas responder palavras de verdade aos que te consultarem?

22. Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem atropeles na porta o aflito;

23. Porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que os roubam ele lhes tirará a vida.

24. Não sejas companheiro do homem briguento nem andes com o colérico,

25. Para que não aprendas as su-

as veredas, e tomes um laço para a tua alma.

26. Não estejas entre os que se comprometem, e entre os que ficam por fiadores de dívidas,

27. Pois se não tens com que pagar, deixarias que te tirassem até a tua cama de debaixo de ti?

28. Não removas os antigos limites que teus pais fizeram.

29. Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.

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CONTEÚDO

11

PAÍS

REPORTAGENS

Gabriel Galípolo e o novo capítulo da economia brasileira: liderança firme, técnica refinada e visão de futuro. Em um cenário global repleto

de incertezas, com tensões geopolíticas, transformações tecnológicas e desafios climáticos remodelando o funcionamento dos mercados, poucos cargos exigem tanta responsabilidade e clareza de propósito quanto o de gestor da política monetária de um país.

24 AÇÃO

Com 63,8 bilhões de transações, Pix foi o

EDIÇÃO 204 ANO 21 9 DE JUNHO/2025

meio de pagamento mais usado por brasileiros. Mas mais do que os dados, o que se observa é a consolidação de um novo comportamento econômico e social em todas as regiões do país.

28

POTENCIAL

Brasil tem a quinta maior alta do PIB no mundo no primeiro trimestre. Com esse crescimento, o Brasil se posiciona acima de potências tradicionais

como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

32 VISÃO

Isenção no Imposto de renda causará impacto de R$ 9,6 bilhões às prefeituras brasileiras. Com a nova política de isenção para quem recebe até dois salários mínimos, a base de arrecadação do IR diminui consideravelmente. Como consequência, o

CONHEÇA A VERSÃO DIGITAL

repasse proporcional aos municípios, vinculado à arrecadação federal, também encolhe.

36

COMPORTAMENTO

Brasil sobe 47 posições em ranking de liberdade de imprensa. O avanço do Brasil em 2025 é resultado de uma série de esforços. Houve, sim, uma mudança de clima político nacional, mais propenso ao diálogo e menos ofensivo com a imprensa.

TÉCNICA REFINADA E VISÃO DE FUTURO. EM UM CENÁRIO GLOBAL REPLETO DE INCERTEZAS, COM TENSÕES GEOPOLÍTICAS, TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS E DESAFIOS CLIMÁTICOS REMODELANDO O FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS, POUCOS CARGOS EXIGEM TANTA RESPONSABILIDADE E CLAREZA DE PROPÓSITO QUANTO O DE GESTOR DA POLÍTICA MONETÁRIA DE UM PAÍS

ESTRATÉGIA

Em meio a um cenário internacional cada vez mais complexo, com tensões geopolíticas, avanço da inteligência artificial, desafios climáticos crescentes e mercados em constante mutação, o Brasil dá passos firmes na tentativa de consolidar uma estratégia econômica que una responsabilidade fiscal, inclusão social e inovação tecnológica. A escolha de Gabriel Galípolo como líder da política monetária brasileira, ainda em fase de consolidação, representa um capítulo importante nesse novo ciclo. Sua formação técnica, sua capacidade de dialogar com diferentes setores e sua visão de futuro sinalizam um Banco Central mais alinhado às necessidades de um país que precisa crescer com estabilidade e reduzir desigualdades sem abrir mão da prudência fiscal.

Nesse mesmo espírito de transição estratégica, os dados recentes da economia apontam para um ambiente mais favorável. O Brasil encerrou o primeiro trimestre com a quinta maior alta do PIB no mundo, superando economias consolidadas como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido. O feito não é isolado: revela uma combinação de fatores internos, como o dinamismo do mercado de trabalho, a expansão do consumo e o crescimento da indústria de base tecnológica, e externos, como a reorganização das cadeias globais de produção.

Um exemplo emblemático dessa reorganização é o investimento da Stellantis no Polo Automotivo de Pernambuco. Com previsão de lançamento de seis novos modelos até 2030, boa parte deles voltados à mobilidade elétrica, a montadora coloca o estado no centro da nova fase da indústria automotiva nacional. Esse movimento dialoga com uma tendência global

C

de eletrificação da frota e aponta para a capacidade do Brasil de atrair investimentos mesmo em um ambiente de competição internacional acirrada.

Pernambuco, por sinal, tem sido um dos protagonistas desse novo momento. O estado lidera o crescimento econômico nacional e tem demonstrado que é possível transformar renda em desenvolvimento. A interiorização de polos econômicos, a modernização de setores estratégicos e a atuação vibrante de cidades como Recife, Jaboatão e Petrolina geraram efeitos concretos. Apenas a capital pernambucana criou mais de 22 mil empregos formais no acumulado dos últimos 12 meses, contribuindo de forma decisiva para os mais de 62 mil postos de trabalho registrados em todo o estado. A perspectiva é de crescimento sustentável em 2025, consolidando uma trajetória que alia infraestrutura, capital humano e diversidade produtiva.

Ainda no campo dos investimentos, a chegada de um novo centro logístico da Shopee em Jaboatão reforça o papel de Pernambuco como hub logístico do Nordeste. A expectativa é que a operação gere até mil empregos diretos e indiretos até o fim do ano e reduza em mais de 30% o prazo de entrega na região. É um dado relevante não só pelo impacto imediato na economia, mas pelo que representa em termos de modernização das cadeias de distribuição e consumo.

Nesse mesmo contexto de inovação e sustentabilidade, o avanço da indústria verde no Nordeste também merece destaque. O Grupo Moura, com um aporte de R$ 850 milhões em uma nova planta voltada à produção sustentável, mostra que o caminho da economia circular começa a ganhar escala no país. O investimento é mais do que um movimento empresarial; é uma afirmação de que o futuro da indústria brasileira pode ser verde, tecnológico e competitivo ao mesmo tempo.

No campo fiscal, o debate sobre a nova política de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos acende um alerta. A medida é justa sob a ótica da proteção social, mas im-

põe um desafio às finanças municipais. Com a redução da base arrecadatória federal, os repasses vinculados ao IR tendem a diminuir, o que pode representar um impacto estimado de R$ 9,6 bilhões às prefeituras. A questão exige soluções estruturantes que reequilibrem o pacto federativo sem comprometer os serviços públicos locais.

Por outro lado, o avanço de indicadores sociais e institucionais reforça a percepção de um ambiente político mais estável e democrático. Em 2025, o Brasil subiu 47 posições no ranking global de liberdade de imprensa, um feito impulsionado por mudanças claras no clima político nacional. O diálogo voltou a ter centralidade, o embate violento deu lugar à institucionalidade, e o respeito às vozes críticas passou a ser visto como sinal de maturidade democrática. Esse avanço, ainda que não resolva todos os desafios do país, fortalece a confiança institucional, estimula o investimento estrangeiro e melhora a imagem do Brasil no cenário global.

No cotidiano dos brasileiros, mudanças igualmente significativas têm ocorrido. O Pix, com impressionantes 63,8 bilhões de transações, consolidou-se como o principal meio de pagamento no país. Mais do que um dado numérico, o avanço do sistema instantâneo de transferências revela uma transformação cultural no uso do dinheiro, democratizando o acesso a serviços bancários e alterando a lógica do consumo em todas as regiões do país.

Em síntese, o Brasil vive um momento de redefinição estratégica. Entre as pressões globais e as demandas internas, o país ensaia um novo ciclo baseado em crescimento sustentável, modernização industrial, fortalecimento das instituições e inclusão social. A liderança de Gabriel Galípolo em uma função tão sensível como a política monetária pode ser, ao mesmo tempo, símbolo e instrumento dessa travessia. E se as direções forem mantidas com responsabilidade, diálogo e visão de futuro, há espaço para transformar os avanços conjunturais em conquistas duradouras.

DIRETOR-PRESIDENTE

Marcelo Mesquita

PELO PAÍS

QUEDA INFLAÇÃO

DESACELERA E FICA EM 0,26% EM MAIO

A INFLAÇÃO DE MAIO FOI PUXADA

PELA ALTA DE 1,19% DO GRUPO DE HABITAÇÃO, QUE CRESCEU APÓS O AUMENTO NOS PREÇOS DA ENERGIA ELÉTRICA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,26% em maio deste ano. A taxa é inferior às observadas em abril deste ano (0,43%) e em maio do ano passado (0,46%).

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial acumula taxas de 2,75% no ano e de 5,32% em 12 meses.

O grupo de despesas habitação apresentou o maior impacto na taxa de inflação do mês, com uma alta de preços de 1,19%, influenciada principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial (3,62%).

“Além do reajuste em algumas áreas pesquisadas, e aumento nas alíquotas de PIS/COFINS, esteve vigente no mês de maio a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumido”, afirmou o pesquisador do IBGE Fernando Gonçalves. Também houve aumento nos custos do gás encanado (0,25%) e da taxa de água e esgoto (0,77%).

Por outro lado, a deflação (queda de preços) de 0,37% nos transportes e a perda de ritmo da inflação da alimentação (que passou de 0,82% em abril para 0,17% em maio) colaboraram para o recuo da inflação oficial no mês. Nos transportes (que tiveram deflação de 0,38% em abril), houve queda de preços de passagens aéreas (-11,31%), gasolina (-0,66%), óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%) e gás veicular (-0,83%).

Já no grupo alimentação, os principais responsáveis pelo recuo da taxa de inflação foram as quedas de preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%).

Entre os demais grupos de despesas, houve deflação nos artigos de residência (-0,27%) e quedas na taxa de inflação nos grupos vestuário (que passou de 1,02% em abril para 0,41% em maio), saúde e cuidados pessoais (de 1,18% para 0,54%), despesas pessoais (de 0,54% para 0,35%) e comunicação (de 0,69% para 0,07%). Educação manteve a taxa de 0,05% de abril para maio.

RESULTADO

CAIXA LUCRA R$ 4,9 BILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE, ALTA ANUAL DE 71,5%

EM 2025, O LUCRO CONTÁBIL DO BANCO CHEGOU A R$ 5,8 BILHÕES, O QUE REPRESENTOU UMA ELEVAÇÃO DE 133,9% SOBRE OS PRIMEIROS MESES

A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 71,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido contábil do banco (que inclui efeitos não recorrentes ou extraordinários) totalizou R$ 5,8 bilhões, um crescimento de 133,9% na base anual.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente foi de 11,8%, aumento de 2,8 pontos percentuais (p.p.) na mesma base de comparação.

Segundo a Caixa, a margem financeira da instituição cresceu 4,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, alcançando R$ 16 bilhões. Esse resultado foi impulsionado pelo aumento nas receitas de intermediação financeira.

Enquanto isso, a carteira de crédito fechou março de 2025 com saldo de

R$ 1,266 trilhão, um crescimento de 10,7% em relação a março de 2024. O destaque foi o setor imobiliário, que avançou 12,7%, segmento em que a Caixa lidera com 66,8% de participação no mercado.

O saldo da carteira imobiliária finalizou março de 2025 com o valor de R$ 850,4 bilhões, informou a Caixa. O número representa um crescimento de 12,7% em relação ao mesmo período do ano passado e de 2,2% na comparação com dezembro de 2024. No primeiro trimestre deste ano, foram contratados R$ 49,3 bilhões em crédito imobiliário, considerando recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O dado representa uma redução de 4,6% na base anual, mas um aumento de 4,6% em relação ao último trimestre de 2024.

COM VACINAÇÃO

O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta que os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Influenza A e pelo vírus sincicial respiratório (VSR) continuam em alta no país.

A mortalidade por SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre crianças e idosos. Na população idosa, destacam-se os óbitos associados à Influenza A.

Nas crianças, predominam a incidência e a mortalidade pelos rinovírus e Influenza A. A análise é referente à semana epidemiológica entre os dias 25 e 31 de maio. Dados do painel do Ministério da Saúde revelam que apenas 35,96% do público-alvo para a vacinação contra a influenza se imunizou até o momento.

O índice está muito abaixo da meta estabelecida pelo governo federal, que busca vacinar 90% das pessoas pertencentes aos grupos prioritários.

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA CAI PARA A MENOR TAXA DA ÚLTIMA DÉCADA

DEVASTAÇÃO ATUAL AINDA É ALARMANTE: CORRESPONDEU A QUATRO

VEZES A ÁREA DA CIDADE DE SÃO PAULO EM FLORESTAS

O desmatamento na Amazônia apresentou uma queda expressiva de 30,6% em 2024, atingindo o menor índice desde 2015. A informação foi divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MME). Entre agosto de 2023 e julho de 2024, foram 6.288 km² de floresta derrubada, o menor índice registrado desde 2015.

O levantamento foi realizado com base em dados do sistema do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sistema, considerado o mais eficaz para medir as taxas anuais de desmatamento, é baseado na análise das chamadas “cenas prioritárias” da região. A taxa consolidada, no entanto, será divulgada apenas em novembro, quando todas as áreas forem processadas.

Apesar da redução de destruição na Amazônia, a situação do Cerrado continua preocupante. O bioma teve uma supressão de 8.174 km² de vegetação nativa no mesmo intervalo, o que, embora represente uma queda de 25,7% frente ao período anterior, ainda o coloca como líder em área desmatada no país. O dado interrompe uma sequência de cinco anos de alta, mas reforça a pressão contínua sobre a savana mais biodiversa do planeta. No Pantanal, a redução proporcional foi ainda mais significativa. Entre agosto de 2024 e maio de 2025, houve uma queda de 74% nos alertas de desmatamento, com recuo de 65% apenas no mês de maio, em relação aos mesmos períodos do ano anterior. Os incêndios também foram menores, em maio, a área atingida foi inferior a 10 km², representando uma queda de 99%.

GABRIEL GALÍPOLO E O NOVO CAPÍTULO

DA ECONOMIA BRASILEIRA: LIDERANÇA FIRME, TÉCNICA REFINADA

E VISÃO DE FUTURO

EM UM CENÁRIO GLOBAL REPLETO DE INCERTEZAS, COM TENSÕES GEOPOLÍTICAS, TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS E DESAFIOS CLIMÁTICOS REMODELANDO O FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS, POUCOS CARGOS EXIGEM TANTA RESPONSABILIDADE E CLAREZA DE PROPÓSITO QUANTO O DE GESTOR DA POLÍTICA MONETÁRIA DE UM PAÍS

C A PA

No Brasil, essa responsabili dade tem encontrado abri go firme na figura de Gabriel Galípolo, cuja atuação à frente do Banco Central tem sido marcada por competência técnica, serenidade ins titucional e compromisso público.

Ao longo das últimas décadas, o Brasil vivenciou diferentes fases em sua política econômica, passan do por hiperinflação, estabilização da moeda, crises externas e refor mas estruturais. Nesse processo, o Banco Central consolidou-se como um pilar da estabilidade macroeco nômica, responsável por zelar pela inflação, preservar a credibilidade da moeda e promover a solidez do sistema financeiro. Com a chegada de Galípolo à diretoria e, posterior mente, à presidência do Banco Cen tral, esse papel ganha novos contor nos, combinando responsabilidade tradicional com ousadia moderna.

Formado em economia, com só lida trajetória acadêmica e experi ência como secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Galípolo car rega consigo a rara combinação en tre conhecimento teórico, sensibili dade política e capacidade de arti culação institucional. Desde o início de sua jornada no Banco Central, ele deixou claro que estaria com prometido com o rigor técnico, a autonomia da instituição e o diálo go com a sociedade. Essa postura tem gerado reconhecimento tanto no setor público quanto na inicia tiva privada.

Um dos marcos da sua atuação tem sido a defesa da autonomia or çamentária do Banco Central. En quanto a independência operacio nal da instituição foi garantida por lei, a sua estrutura financeira ainda dependia de trâmites que, muitas vezes, comprometiam a agilidade e a previsibilidade necessárias para uma gestão eficaz. Gabriel Galípo

lo compreendeu esse entrave com clareza e passou a atuar com firmeza junto ao Congresso Nacional para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição que assegura autonomia plena à instituição. Essa iniciativa reforça o compromisso do gestor com a governança sólida e a credibilidade institucional.

Outro destaque de sua gestão tem sido a condução responsável da política monetária em um momento de pressão inflacionária e juros elevados. Em vez de seguir fórmulas rí-

C A PA

gidas ou ceder a pressões momentâneas, Galípolo optou por uma estratégia que prioriza a leitura atenta dos dados, a comunicação transparente e o alinhamento entre os instrumentos disponíveis e os objetivos de longo prazo. Em suas falas públicas, o presidente do Banco Central tem repetido que a estabilidade monetária é fundamental, mas que deve caminhar junto com a promoção do crescimento econômico e a geração de oportunidades para a população.

Essa visão equilibrada ganhou ainda mais relevância diante das transformações no mercado de trabalho, no comportamento dos consumidores e no avanço das novas tecnologias financeiras. Nesse contexto, Galípolo também foi protagonista na expansão do sistema de pagamentos instantâneos no país. A implementação do Pix Automático, que permite pagamentos recorrentes sem a necessidade de cartão de crédito, representa um passo importante rumo à democratização do acesso financeiro, à redução de custos e à modernização dos serviços bancários. Essa iniciativa foi celebrada por diversos setores, inclusive por microempreendedores e trabalhadores informais, que passam a contar com mais ferramentas para organizar sua vida financeira.

O lançamento do Pix Automático é parte de um esforço mais amplo da equipe comandada por Galípolo para integrar inovação com inclusão. Ao estimular soluções que promovem eficiência e segurança, o Banco Central contribui para um sistema financeiro mais competitivo e acessível. Além disso, as medidas adotadas sob sua liderança têm favorecido a digitalização do crédito, a regulamentação das fintechs e a construção de um ambiente mais estável para o desenvolvimento de

tecnologias disruptivas.

Na arena internacional, Gabriel Galípolo também tem se mostrado uma voz respeitada. Sua atuação em fóruns multilaterais tem reforçado a imagem do Brasil como um país comprometido com a sustentabilidade econômica e a estabilidade institucional. Ao apresentar os avanços do sistema financeiro nacional e destacar o papel do Banco Central na transição para uma economia de baixo carbono, ele amplia o protagonismo brasileiro e abre espaço para novos investimentos e parcerias estratégicas.

Outro traço distintivo da sua gestão é a disposição para o diálogo técnico com diferentes setores da sociedade. Em palestras, entrevistas e reuniões com representantes da indústria, do agronegócio e do setor de serviços, Galípolo tem buscado esclarecer as decisões do Banco Central, explicando com clareza os fatores que influenciam a definição da taxa Selic e os parâmetros que orientam a política cambial. Esse esforço de comunicação fortalece a transparência da instituição e aproxima a autoridade monetária dos cidadãos.

É importante reconhecer também a atuação de Galípolo na valorização do corpo técnico do Banco Central. Sob sua liderança, foram implementadas medidas de valorização dos servidores, incentivo à qualificação permanente e promoção da diversidade. O presidente da instituição tem afirmado publicamente que uma gestão eficiente só é possível com servidores comprometidos, motivados e atualizados. Essa valorização interna se reflete na qualidade das entregas, na confiabilidade das projeções e na robustez das análises publicadas regularmente. Outro ponto de destaque é o cuidado com a agenda ambiental, social

e de governança. O Banco Central, sob sua condução, tem ampliado a análise dos riscos climáticos no sistema financeiro, incentivando práticas sustentáveis entre os bancos e estimulando linhas de crédito voltadas para projetos de energia limpa, mobilidade urbana e agricultura de baixo impacto ambiental. Essa agenda ESG coloca o Brasil em sintonia com as demandas globais e reforça a responsabilidade da política monetária com o desenvolvimento sustentável.

Ao considerar todos esses aspectos, torna-se evidente que a gestão de Gabriel Galípolo no Banco Central representa um momento de virada para o país. Trata-se de uma liderança que une experiência, modernidade, coragem e integridade. Alguém que compreende os dilemas do presente, mas que não perde de vista as possibilidades do futuro. Sua trajetória, construída com trabalho, estudo e compromisso público, é motivo de orgulho para o Brasil e uma referência para a nova geração de servidores e gestores.

A atuação de Galípolo comprova que é possível conciliar técnica com empatia, austeridade com sensibilidade, e eficiência com compromisso social. Ao olhar para a história recente do Banco Central e projetar seus próximos passos, é inegável o papel central que sua liderança vem desempenhando na construção de uma economia mais estável, mais moderna e mais justa.

Com uma postura serena, uma fala precisa e uma escuta atenta, Gabriel Galípolo se consolidou como um dos nomes mais respeitados da economia brasileira. Seu trabalho inspira confiança, motiva transformações e sinaliza que o Brasil pode, sim, trilhar um caminho de prosperidade com responsabilidade e visão de futuro.

COM BILHÕES63,8DE TRANSAÇÕES, PIX FOI O MEIO DE PAGAMENTO MAIS USADO POR BRASILEIROS

MAS MAIS DO QUE OS DADOS, O QUE SE OBSERVA É A CONSOLIDAÇÃO DE UM NOVO COMPORTAMENTO ECONÔMICO E SOCIAL EM TODAS AS REGIÕES DO PAÍS

Em um país historicamente marcado pela burocracia bancária, longos prazos para compensações e tarifas elevadas, o surgimento de um sistema de pagamentos instantâneos foi recebido como uma verdadeira revolução. Lançado oficialmente pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020, o Pix mudou completamente a forma como brasileiros movimentam dinheiro. Desde então, o crescimento tem sido vertiginoso. Em 2024, foram mais de 63 bilhões de transações realizadas por meio da ferramenta, movimentando impressionantes 26 trilhões de reais. Os números superam com folga todas as demais formas de pagamento, incluindo cartões de crédito e débito, boletos e transferências tradicionais. Mas mais do que os dados, o que se observa é a consolidação de um novo comportamento econômico e social em todas as regiões do país.

O sucesso do Pix pode ser explicado por uma combinação de fatores. O primeiro deles é a simplicidade. Qualquer pessoa com uma conta em instituição financeira, fintech ou cooperativa, e com acesso a um celular, consegue usar o sistema com poucos toques. A gratuidade para pessoas físicas foi outro fator determinante, principalmente em um país onde milhões de brasileiros evitavam usar o sistema bancário por causa de tarifas e burocracias. Ao oferecer transferências gratuitas, instantâneas e acessíveis a qualquer hora do dia, o Pix derrubou barreiras. Ele trouxe para a economia formal milhões de pessoas que, até então, lidavam com dinheiro em espécie por falta de alternativas viáveis.

O impacto nas pequenas empresas e no comércio informal também foi imediato. Vendedores ambulantes, feirantes, prestadores de serviços e pequenos empreendedores passa-

ram a receber pagamentos com rapidez, sem precisar esperar dias para a liquidação financeira. Isso melhorou o fluxo de caixa, a segurança e até a organização das contas. O efeito foi multiplicador: mais dinamismo no consumo, mais controle financeiro e mais inclusão digital. Hoje, é comum ver placas feitas à mão com as palavras “aceita Pix” nas portas de estabelecimentos ou nas redes sociais. A popularização foi tão intensa que o termo Pix virou sinônimo de pagamento, independentemente do valor envolvido.

O comportamento do consumidor também foi transformado. A preferência por formas de pagamento ágeis ganhou força com a digitalização acelerada pela pandemia. Mas, mesmo com a reabertura do comércio físico, o Pix manteve sua posição. Em 2024, em datas como o Dia das Mães, a Black Friday e o Natal, ele registrou recordes sucessivos de transações. Na última sexta-feira promocional do ano, foram movimentados mais de 130 bilhões de reais em um único dia. Isso demonstra não só a confiança da população no sistema, mas também sua escalabilidade e capacidade de suportar picos intensos de uso sem perder eficiência.

O Banco Central acompanha de perto essa evolução e continua desenvolvendo melhorias. Uma das inovações aguardadas para 2025 é o Pix Automático, que permitirá pagamentos recorrentes, como mensalidades escolares, assinaturas de serviços, planos de academia e boletos diversos, com uma única autorização prévia. A proposta é oferecer mais comodidade ao usuário, eliminar esquecimentos e tornar o sistema ainda mais competitivo frente aos débitos em conta e aos boletos convencionais. Essa nova etapa reforça o compromisso da autoridade monetária com a moderniza-

ção constante do sistema financeiro, priorizando a experiência do usuário e a segurança das operações.

A segurança, aliás, é um dos pilares do Pix. Embora os golpes virtuais sejam um desafio crescente em todo o mundo, o sistema conta com camadas de autenticação, notificações em tempo real e o chamado Mecanismo Especial de Devolução, que permite ao usuário reaver valores transferidos em situações de fraude comprovada. Além disso, a cooperação entre instituições financeiras e órgãos de investigação tem

evoluído, criando um ambiente de maior proteção para os usuários. A confiança construída desde o lançamento da ferramenta é reflexo direto dessa atenção aos detalhes e da responsabilidade com que o projeto é gerido.

Outro ponto relevante é a influência do Pix na educação financeira da população. Ao facilitar o acesso a contas digitais e estimular o uso consciente do dinheiro, o sistema contribui para a formalização de atividades econômicas e para o planejamento financeiro. Jovens que prestam pe-

quenos serviços, como cortar cabelo ou vender doces, passaram a usar o Pix como ferramenta de recebimento. Com isso, ganharam agilidade, e também a possibilidade de controlar entradas e saídas, criar metas de economia e usar soluções bancárias que antes pareciam distantes da sua realidade. Essa transformação silenciosa tem impacto direto na cidadania econômica.

O alcance do Pix também surpreende por sua abrangência territorial. Em comunidades rurais, vilarejos e cidades pequenas, o sistema funciona com a mesma eficácia que nos grandes centros urbanos. O único requisito é o acesso à internet, algo cada vez mais presente graças à expansão das redes móveis e ao uso disseminado dos smartphones. Dessa forma, o Pix fortalece a coesão econômica nacional, permitindo que pessoas de diferentes classes sociais e regiões participem de um mesmo ecossistema financeiro. Em áreas antes marginalizadas pela estrutura bancária tradicional, ele tem sido a porta de entrada para a bancarização.

Do ponto de vista macroeconômico, o Pix representa ganhos relevantes. A redução do uso de dinheiro em espécie diminui os custos logísticos do sistema financeiro, aumenta a transparência das operações e contribui para o combate à lavagem de dinheiro. Além disso, ao reduzir o uso de boletos e transferências com taxas elevadas, o sistema ajuda a reduzir o custo Brasil, tornando o ambiente de negócios mais competitivo. Estimativas apontam que o Pix gerou economia de bilhões de reais para a sociedade desde que entrou em operação. Trata-se de uma política pública moderna, eficaz e que demonstra como o Estado pode ser agente de inovação, com impactos reais e mensuráveis.

Fora do Brasil, o sucesso do Pix já chama atenção. Autoridades monetárias de outros países têm demonstrado interesse em entender o modelo brasileiro. A Índia, que possui um sistema semelhante chamado UPI, iniciou um diálogo com o Banco Central para trocas de experiências. Países da América Latina e da África também começam a estudar o Pix como inspiração para soluções locais. Até mesmo na Europa, onde o processo de modernização dos pagamentos é mais lento, surgem debates sobre como adotar iniciativas com a mesma abrangência e eficiência. O Brasil, portanto, assume um papel de protagonismo global em inovação financeira.

O futuro do Pix promete ser ainda mais amplo. A integração com carteiras digitais, pagamentos por aproximação e funcionalidades que envolvem o comércio internacional estão no radar. A intenção é que o sistema continue evoluindo com base nas demandas da população, mantendo-se simples, acessível e seguro. Os bancos, fintechs e empresas de tecnologia financeira têm papel fundamental nesse processo, desenvolvendo soluções complementares que tornem o uso do Pix ainda mais prático no dia a dia das pessoas. O ecossistema cresce de forma colaborativa, com inovação constante e foco no usuário.

Em poucos anos, o Pix deixou de ser uma promessa para se tornar realidade consolidada. Transformou o jeito de pagar, de vender, de guardar e de pensar o dinheiro. Trouxe para o centro da economia pessoas que estavam à margem. Fez com que o sistema financeiro fosse mais inclusivo, mais ágil e mais eficiente. Seu sucesso é mérito de um projeto bem estruturado, bem executado e amplamente aceito pela sociedade.

BRASIL TEM A QUINTA MAIOR ALTA DO PIB

NO MUNDO NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Ocomeço de 2025 trouxe uma notícia que animou mercados, analistas e o público em geral: o Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 0,8 por cento no primeiro trimestre, colocando o país entre as cinco maiores altas do mundo no período. Em uma conjuntura global repleta de tensões econômicas, crises climáticas e conflitos geopolíticos que afetam diretamente o fluxo de comércio e investimentos, o Brasil mostra resiliência e começa a colheita de uma fase mais sólida e previsível da sua economia. Com esse crescimento, o Brasil se posiciona acima de potências tradicionais como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido. O resultado chama a atenção porque vem acompanhado de fundamentos que começam a ganhar maturidade: inflação sob controle, política monetária em transição para patamares mais brandos, estabilidade fiscal relativa e retomada da confiança dos investidores. Esses pontos, alinhados a um consumo interno mais ativo e ao fortalecimento de setores como serviços e indústria, formam o pano de fundo do bom desempenho. É importante observar que esse avanço ocorre sem grandes picos ou estímulos artificiais. Ao contrário, reflete um conjunto de ações coordenadas entre o governo, o setor privado e a sociedade, com o propósito de construir uma economia mais inclusiva, produtiva e integrada aos desafios contemporâneos. O desempenho do primeiro trimestre é, nesse sentido, mais que um número: é o reflexo de uma guinada técnica, institucional e estratégica. No contexto mundial, a performance brasileira foi destacada por consultorias internacionais, como a Austin Rating, que posicionaram o país na quinta colocação global em crescimento trimestral. Ficar atrás

apenas de Índia, China, Filipinas e Singapura não é um detalhe menor. O dado comprova que o Brasil deixou de ser uma promessa distante e se consolida como uma das economias que souberam aproveitar o atual momento de transição para uma nova ordem econômica mundial.

A composição do crescimento também merece destaque. O setor de serviços continua como principal motor da economia, puxado por áreas como tecnologia da informação, logística, turismo, saúde e educação. A atividade industrial, por sua vez, dá sinais consistentes de recuperação, com destaque para a indústria de transformação e setores voltados à exportação. Mesmo o agronegócio, que enfrentou certa acomodação no trimestre, segue sustentando grande parte da balança comercial e atraindo novos investimentos em inovação e sustentabilidade.

No campo das exportações, o país mantém uma posição confortável, ampliando mercados e ganhando relevância em nichos de alto valor agregado. Produtos industrializados, alimentos com certificação ambiental e tecnologia embarcada se somam à tradicional pauta do agro, reforçando uma imagem mais sofisticada do que o Brasil exporta. A diversificação de destinos comerciais, aliada ao reposicionamento do Brasil nos fóruns multilaterais, tem fortalecido as parcerias estratégicas e gerado ganhos diplomáticos com reflexos econômicos.

Outro ponto de destaque está no comportamento da inflação, que segue em trajetória de convergência para o centro da meta. Esse movimento tem permitido ao Banco Central promover reduções graduais na taxa básica de juros, aliviando o custo do crédito e estimulando a atividade econômica. A confiança do con-

sumidor também tem reagido positivamente, refletindo-se em maior consumo de bens e serviços, especialmente entre as classes médias.

A retomada do mercado de trabalho acompanha esse ritmo. O nível de desemprego tem caído de forma constante, com crescimento nas contratações formais e expansão do número de trabalhadores por conta própria em áreas como economia digital, alimentação e prestação de serviços. A elevação da massa salarial e o aumento da renda disponível geram um ambiente mais propício à retomada do consumo doméstico, um dos motores centrais do PIB brasileiro.

Internamente, a administração econômica tem buscado manter equilíbrio entre responsabilidade fiscal e estímulo ao crescimento. O novo arcabouço fiscal, já aprovado, sinaliza ao mercado uma âncora de previsibilidade, ao mesmo tempo em que preserva espaços para investimentos públicos em áreas estratégicas como infraestrutura, habitação, saúde e educação. A combinação entre uma política fiscal disciplinada e um plano de investimentos consistente tem sido elogiada por analistas e representantes do setor produtivo.

A entrada de recursos externos, inclusive, confirma esse novo momento. O aumento do investimento direto estrangeiro no país reflete uma mudança de percepção. O Brasil volta a ser visto como terreno fértil para negócios sustentáveis, inovação tecnológica e projetos de longo prazo. Fundos globais de infraestrutura, energia limpa e tecnologia têm incluído o Brasil em seus portfólios com maior frequência, um sinal claro de que o país reconquistou seu espaço nos grandes tabuleiros de decisão econômica.

O protagonismo brasileiro, entre-

tanto, não está restrito à macroeconomia. A melhora dos indicadores tem impacto direto na vida cotidiana da população. A diminuição da desigualdade de renda, a ampliação do acesso a serviços e o crescimento da formalização são reflexos de uma economia que começa a se tornar mais eficiente e menos concentrada. A distribuição dos ganhos, embora ainda desigual, tende a se tornar mais justa à medida que o crescimento se mantiver estável e for acompanhado de políticas públicas bem calibradas.

Para o restante do ano, a expectativa é de continuidade do crescimento, ainda que com ritmo moderado. O cenário internacional permanece desafiador, com tensões geopolíticas, oscilações cambiais e choques climáticos afetando cadeias produtivas. Contudo, o Brasil entra em 2025 com reservas sólidas, superávit na balança comercial, capacidade de resposta e estabilidade política suficiente para lidar com os desafios que surgirem.

O fato de o país ter entrado no seleto grupo das economias que mais cresceram no mundo no início do ano não pode ser subestimado. O dado vai além de uma comparação numérica. Representa o reconhecimento de que é possível crescer com qualidade, fortalecer instituições, valorizar o capital humano e manter os olhos voltados para o futuro.

Mais do que nunca, o Brasil está diante de uma oportunidade real de consolidar sua posição como potência econômica global. A combinação entre estabilidade, dinamismo, inovação e inclusão deve ser a bússola para os próximos anos. Com planejamento, investimento em infraestrutura, educação, ciência e tecnologia, o país tem todos os elementos necessários para sustentar esse novo ciclo de crescimento.

ISENÇÃO NO IMPOSTO DE RENDA CAUSARÁ

IMPACTO DE R$ 9,6 BILHÕES ÀS PREFEITURAS BRASILEIRAS

COM A NOVA POLÍTICA DE ISENÇÃO PARA QUEM RECEBE ATÉ DOIS SALÁRIOS MÍNIMOS, A BASE DE ARRECADAÇÃO DO IR DIMINUI CONSIDERAVELMENTE. COMO CONSEQUÊNCIA, O REPASSE PROPORCIONAL AOS MUNICÍPIOS, VINCULADO À ARRECADAÇÃO FEDERAL, TAMBÉM ENCOLHE

Apolítica tributária brasileira tem sido, nos últimos anos, terreno fértil para debates acalorados entre representantes do governo federal, estados e municípios. Com uma população cada vez mais pressionada pela alta do custo de vida e com o aumento das demandas por justiça fiscal, o tema da isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas de menor renda ganhou tração. A medida, amplamente comemorada pela população, tem seus méritos sociais. Mas, como toda decisão no campo econômico, traz efeitos colaterais que nem sempre são percebidos de imediato. Um deles, apontado recentemente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), recai diretamente sobre as prefeituras, que deverão enfrentar perdas significativas de arrecadação nos próximos meses e anos.

Segundo estimativas divulgadas pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a isenção no Imposto de Renda anunciada pelo governo federal pode retirar das prefeituras brasileiras cerca de R$ 9,6 bilhões por ano. Esse número, embora impressione à primeira vista, é ainda mais alarmante quando se compre-

ende a estrutura de financiamento dos municípios. É por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que recebe uma parcela do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que boa parte das cidades brasileiras financia suas políticas públicas mais básicas, como saúde, educação, saneamento e assistência social. Com a nova política de isenção para quem recebe até dois salários mínimos, a base de arrecadação do IR diminui consideravelmente. Como consequência, o repasse proporcional aos municípios, vinculado à arrecadação federal, também encolhe. Trata-se de uma equação delicada: ao mesmo tempo em que se

atende a uma justa demanda da sociedade, ao aliviar a carga sobre os trabalhadores de menor renda, as administrações locais são convocadas a fazer mais com menos. E essa equação se torna ainda mais difícil em municípios pequenos, onde o FPM representa, em muitos casos, a principal fonte de receita.

Em um país continental como o Brasil, com grandes disparidades regionais, é comum que pequenas cidades dependam quase exclusivamente de transferências constitucionais para sobreviver. A arrecadação própria, nesses locais, é quase inexistente. Em centenas de municípios, o FPM responde por mais de 80% da receita disponível. Por-

tanto, uma queda de repasses decorrente da isenção no IR pode significar cortes em serviços essenciais, paralisação de programas e, em casos extremos, risco à continuidade da gestão pública.

O presidente da CNM tem feito um apelo institucional ao governo federal para que essa perda de arrecadação seja compensada de alguma forma. A entidade defende que, se há uma decisão política e legítima de ampliar a isenção no IR, é necessário haver uma contrapartida aos municípios, seja por meio de aportes diretos, seja pela revisão de outros mecanismos de transferência. Afinal, o princípio federativo exige equilíbrio, diálogo e responsabili-

dade compartilhada.

A defesa por uma compensação não se trata de uma crítica à política de isenção em si, mas de uma ponderação sobre seus efeitos. Governar exige, muitas vezes, administrar dilemas. E um dos dilemas mais recorrentes na federação brasileira é o do financiamento das políticas públicas em um país em que os encargos muitas vezes recaem sobre os municípios, enquanto a capacidade de arrecadação se concentra nas esferas federal e estadual. É o município que está na linha de frente da prestação de serviços. É a prefeitura que recebe o cidadão quando falta remédio no posto de saúde, quando a escola está sem merenda

ou quando a estrada vicinal não é consertada. É no município que o Brasil acontece.

A isenção no IR, como política pública, reflete o desejo de tornar o sistema tributário mais justo. Mas é também uma oportunidade para discutir de forma mais ampla a arquitetura fiscal do país. O atual modelo de partilha de tributos e encargos já demonstra sinais de esgotamento. Os prefeitos de pequenas e médias cidades convivem com uma realidade em que as demandas sociais aumentam, enquanto os recursos disponíveis não acompanham o ritmo. Em um cenário como esse, medidas que impactam diretamente a receita das prefeituras não podem ser tratadas como questões técnicas isoladas. Elas são, por definição, decisões políticas com implicações concretas na vida da população.

A proposta da CNM vai além da compensação imediata. A entidade sugere que se abra um espaço institucional permanente de diálogo entre União, estados e municípios para pactuar reformas tributárias que levem em conta a sustentabilidade da gestão municipal. Esse tipo de articulação federativa é essencial para que o país encontre caminhos mais sólidos, menos dependentes de soluções emergenciais. A reforma tributária em discussão no Congresso Nacional precisa, portanto, considerar os municípios como atores centrais e não apenas como beneficiários passivos.

Outro ponto sensível é a transparência nos cálculos e projeções. Muitos gestores alegam que não foram previamente informados sobre o real impacto da isenção do IR nas finanças locais. Em tempos em que a informação circula de forma instantânea, a ausência de clareza técnica e de canais de diálogo pode gerar ruído e desconfiança. Por isso,

fortalecer os espaços institucionais de participação dos entes federados e garantir previsibilidade nas decisões que afetam a arrecadação são passos fundamentais para uma gestão democrática e eficiente.

Apesar dos desafios, é possível construir soluções com responsabilidade fiscal e sensibilidade social. A experiência da CNM e de milhares de prefeitos em todo o país mostra que há espaço para inovações na gestão pública local. Mas é preciso apoio. Os municípios não podem ser deixados sozinhos para lidar com os impactos de políticas que vêm de cima para baixo. O pacto federativo precisa ser mais do que uma cláusula da Constituição. Ele deve se materializar no dia a dia das decisões que envolvem receita e despesa pública.

O debate sobre a isenção no Imposto de Renda, portanto, vai muito além do alívio fiscal aos trabalhadores de menor renda. Ele se insere em um contexto maior, de reavaliação do modelo de financiamento público e de valorização do papel dos municípios na construção das políticas públicas. Sem recursos, os melhores projetos não saem do papel. Sem apoio, os melhores gestores ficam limitados. E sem diálogo, o país perde a chance de avançar de forma mais coesa e justa.

A política tributária precisa caminhar ao lado da realidade fiscal. E essa realidade começa nas cidades. Ao reconhecer isso, o país dá um passo importante rumo a um federalismo mais maduro, mais equilibrado e mais comprometido com as necessidades concretas da população. É nesse espírito que a CNM se posiciona, oferecendo propostas, apontando riscos e, acima de tudo, defendendo o protagonismo dos municípios. Porque é lá, no chão das prefeituras, que a vida acontece.

BRASIL SOBE 47 POSIÇÕES EM RANKING MUNDIAL DE LIBERDADE DE IMPRENSA

O AVANÇO DO BRASIL EM 2025 É RESULTADO DE UMA SÉRIE DE ESFORÇOS. HOUVE, SIM, UMA MUDANÇA DE CLIMA POLÍTICO NACIONAL, MAIS PROPENSO AO DIÁLOGO E MENOS OFENSIVO COM A IMPRENSA

Anotícia de que o Brasil subiu 47 posições no ranking mundial de liberdade de imprensa, divulgado pela Repórteres Sem Fronteiras, veio como um sopro de ar fresco para o jornalismo nacional. Após anos de ataques sistemáticos, deslegitimação pública e ameaças diretas a jornalistas, o salto representa mais que uma melhora técnica em um índice internacional. É uma vitória simbólica da democracia. Um sinal de que, mesmo diante de tempos sombrios, a imprensa não se calou. Resistiu, se adaptou, se reinventou e, aos poucos, volta a encontrar espaços mais saudáveis para cumprir seu papel essencial: informar com liberdade e responsabilidade.

Durante a gestão anterior, o ambiente se tornou especialmente hostil. O que deveria ser uma relação de equilíbrio institucional entre governo e imprensa transformou-se em um confronto aberto. O que antes era crítica legítima passou a ser vilipêndio. Jornalistas foram alvo constante de campanhas de desinformação, tentativas de intimidação e agressões verbais e físicas. Profissionais de diferentes veículos sofreram com a corrosão da confiança pública alimentada pelo discurso oficial. A imprensa passou a ser tratada como inimiga, quando sua verdadeira missão é informar o cidadão para que ele possa exercer sua cidadania de forma plena.

Esse cenário adverso não foi homogêneo nem exclusivo ao nível federal. Ainda hoje, mesmo com os avanços registrados, há lugares no Brasil onde o jornalismo segue sendo tratado com descaso ou, pior, como obstáculo a ser eliminado. Prefeitos que reagem com fúria a reportagens investigativas, vereadores que desprezam o papel da imprensa local e governadores que preferem in-

vestir em propaganda institucional em vez de prestar contas à sociedade. É como se parte da classe política ainda não tivesse compreendido que a função da imprensa não é bajular. É fiscalizar, apurar e informar. É lançar luz onde alguns preferem que tudo permaneça na penumbra.

Não existe cidade perfeita, assim como não existe governo sem falhas. O trabalho jornalístico, ao apontar contradições, irregularidades ou lacunas, não está agindo contra a sociedade, mas a favor dela. O repórter que investiga o atraso de uma obra pública ou denuncia a falta de médicos em um posto de saúde não quer manchar a imagem da gestão, mas provocar o debate, abrir espaço para soluções, mobilizar a opinião pública e fortalecer os mecanismos de controle. Em um país democrático, críticas não devem ser vistas como afrontas, e sim como parte do processo.

O ranking divulgado pela Repórteres Sem Fronteiras é elaborado com base em diversos critérios, entre eles o contexto político, o arcabouço jurídico, o ambiente econômico e a segurança dos profissionais. O avanço do Brasil em 2025 é resultado de uma série de esforços. Houve, sim, uma mudança de clima político nacional, mais propenso ao diálogo e menos ofensivo com a imprensa. Também é resultado do fortalecimento das entidades que defendem o jornalismo, da atuação incansável de associações de classe e da pressão social para que os jornalistas sejam respeitados em sua atuação.

Mas, para além dos números, o que está em jogo é algo muito mais profundo: a reafirmação do papel da imprensa como pilar da democracia. Nenhuma sociedade se sustenta sobre silêncios forçados. Nenhuma democracia amadurece se

os meios de comunicação forem tratados como adversários políticos. A liberdade de imprensa não pode ser uma concessão do poder. É um direito constitucional, um fundamento da vida democrática e um indicativo do grau de civilidade de uma nação.

Os jornalistas brasileiros, mesmo nas fases mais críticas, mantiveram-se firmes. Em muitos casos, diante de ameaças reais à sua integridade física e psicológica, seguiram em campo, apurando, escrevendo e publicando. Não há como ignorar que muitos desses profissionais enfrentaram censura velada, cortes de verbas, demissões por pressão política e até exílio por ameaças recebidas. Mesmo assim, o jornalismo viveu. E mais do que viver, floresceu com novas linguagens, ocupou redes sociais, diversificou formatos e aproximou-se ainda mais da população.

É importante reconhecer também o papel fundamental da imprensa local. Em regiões onde as grandes redações não chegam, são os jornais comunitários, os portais independentes e as rádios de bairro que denunciam abusos de poder, fiscalizam orçamentos e acompanham de perto as ações do poder público. Muitos desses veículos operam com recursos limitados, mas com profundo compromisso com a verdade. Em pequenos municípios, fazer jornalismo sério e investigativo é um ato de coragem. E é essa coragem que precisa ser exaltada neste momento de celebração do avanço.

Se por um lado o ambiente geral melhorou, por outro ainda existem desafios. O jornalismo continua enfrentando pressões econômicas severas. O modelo de negócios da imprensa tradicional vem sendo colocado à prova pela digitalização, pelas redes sociais e pelas mudanças

no consumo de informação. A desinformação, impulsionada por algoritmos e pela falta de regulação adequada, continua sendo uma ameaça concreta. As fake news confundem e corroem a confiança no jornalismo sério. Por isso, valorizar o trabalho da imprensa profissional é também um ato de defesa contra a manipulação e o obscurantismo. O respeito à liberdade de imprensa deve estar no centro das políticas públicas de comunicação. A transparência, o acesso à informação e o direito à crítica são valores inegociáveis. Qualquer tentativa de cerceamento, por mais sutil que seja, precisa ser denunciada com vigor. E é nesse ponto que o papel das instituições se torna indispensável. Minis-

térios públicos, tribunais e entidades da sociedade civil devem estar atentos para garantir que a imprensa possa continuar cumprindo sua missão com liberdade e segurança.

Celebrar o avanço no ranking de liberdade de imprensa é importante, mas é também momento de lembrar que esse direito precisa ser cultivado e protegido todos os dias. Porque a história do Brasil nos ensina que retrocessos podem acontecer quando baixamos a guarda. A democracia é frágil quando não há liberdade para contar a verdade. E contar a verdade, mesmo que doa, é o que diferencia a imprensa comprometida com o interesse público daqueles que atuam para esconder o que deveria ser revelado.

É preciso que governantes compreendam de forma definitiva que a crítica não é inimiga da gestão. Quando um veículo de comunicação aponta um erro, uma falha, um descaso, está prestando um serviço ao próprio gestor, que tem a oportunidade de corrigir o rumo. Negar a realidade, retaliar jornalistas ou tentar maquiar os fatos nunca foi solução. Quem governa com transparência não teme a imprensa. Ao contrário, valoriza e reconhece o papel que ela tem na construção de políticas mais justas, mais eficientes e mais conectadas com as reais necessidades da população.

Neste novo momento, o Brasil tem a chance de mostrar ao mundo que é possível reconstruir pontes entre

governo, sociedade e meios de comunicação. Que é possível ter uma imprensa crítica e livre ao lado de uma gestão comprometida com o bem comum. Que o jornalismo não deve ser tratado como ameaça, mas como aliado na tarefa de construir um país mais justo, mais plural e mais informado.

O avanço no ranking global é só um passo. O desafio agora é consolidar essa conquista. Garantir que cada jornalista, em cada canto do Brasil, possa trabalhar com liberdade e segurança. Que as redações tenham condições de seguir investigando, informando e formando opinião. Que o cidadão possa confiar nas fontes que consulta. E que a democracia brasileira.

GABRIEL GALÍPOLO E O NOVO CAPÍTULO DA ECONOMIA BRASILEIRA:

Liderança firme, técnica refinada e visão de futuro. Em um cenário global repleto de incertezas, com tensões geopolíticas, transformações tecnológicas e desafios climáticos remodelando o funcionamento dos mercados, poucos cargos exigem tanta responsabilidade e clareza de propósito quanto o de gestor da política monetária de um país

COM 63,8 BILHÕES DE TRANSAÇÕES, PIX FOI O MEIO DE PAGAMENTO MAIS USADO POR BRASILEIROS ISENÇÃO NO IMPOSTO DE RENDA CAUSARÁ IMPACTO DE R$ 9,6 BILHÕES ÀS PREFEITURAS BRASILEIRAS

BRASIL SOBE 47 POSIÇÕES EM RANKING DE LIBERDADE DE IMPRENSA

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