MARIZA
ABRIL 2023 EDIÇÃO 85 • ANO 8 • MENSAL • REVISTAMAR.COM
Ficha Técnica
Direção
Carmo Monteiro
Manuel DaCosta
Edição Gráfica
Carlos Monteiro
Marketing
Carmo Monteiro
MDC Media Group
Fotografia
Carmo Monteiro
Colaboradores
Adriana Marques
Armando Correa Siqueira Neto
Carlos Cruchinho
Fá Azevedo
Inês Barbosa
Inês Carpinteiro
Madalena Balça
Manuela Marujo
Maria João Rafael
Participação Especial
Leila Ferreira Do Couto
Margarida Rebelo PInto
Sérgio Ruivo
Sónia Falcão da Fonseca
Valter Hugo Mãe
Agradecimentos
70 Anos Canadá
IPMA
Jornal de Notícias
MDC Media Group
Notícias Magazine
PCWOF
Ruela Music Management
Contacto
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info@revistamar.com
www.facebook.com/revistamar
416.806.7616
Conteúdos
18 Gala da FPCBP
Este mês estivemos presentes em mais uma gala organizada pela Federation of Portuguese Canadina Businesses and Profissionals.
24 Tom Sachade e o Little Canada
Fá Azevedo dá-nos a conhecer o autor das miniaturas que servem de base ao Little Canada, em exibição no centro da cidade de Toronto..
32 PCWOF
O Portuguese Walk of Fame está de regresso em maio e já pode consultar a lista dos laureados deste ano.
38 No Chile, o fascínio das cores
Mnauela Marujo leva-nos em mais uma viagem inesquecível pelo mundo, desta feita, por um país colorido da América do Sul.
54 Mariza
Este mês estivemos à conversa com a diva do Fado, que em maio estará em Toronto para um concerto memorável no Universal Eventspace, num evento que faz parte das celebrações dos 70 Anos da Imigração Portuguesa no Canadá.
página 6
página 14
página 70
página 46
Revista
Fique a conhecer a lista de nomeados aos International Portuguese Music Awards 2023.
76 Do inconformismo à Liberdade
Inês Carpinteiro fala-nos sobre a Revolução dos Cravos que aconteceu em Portugal. no mês em que se celebra o seu aniversário.
página 72
página 90
página 98
página 105
Custo estimado por exemplar
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2 I Amar
66 IPMA
Primavera... para onde me levas?
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Inês Barbosa deixa-nos sugestões de alguns dos destinos turísticos mais apetecíveis nesta Primavera. Amar é uma marca registada e empresa subsidiária dos grupos Cyber Planet Inc. e MDC Media Group.
Abril 2023
Os artigos publicados na presente edição são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo não refletir as opiniões e posições da Revista Amar naquela matéria. A utilização do novo acordo ortográfico, na matéria da presente edição, ficou à inteira descrição dos seus autores. Os conteúdos publicitários publicados na presente edição são da inteira responsabilidade, com autorização e aprovação prévia dos seus autores.
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MAURO MAGLIOCCHI
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LILY MEDEIROS
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Wi s hin g all o u r M em b e r s, th e ir fa m ili es an d th e lo c al c o mmu nity a H app y Ea s t e r
Jantar de Gala da ACAPO com entrega de Bolsas de Estudo e Prémios de Mérito
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FOTOGRAFIA © CARMO MONTEIRO
No dia 4 de março, realizou-se a Portugal Week 2023Merit Award and Schoolarship Gala Dinner com o apoio da LiUNA. O salão nobre da Local 183 foi, novamente, o palco da gala da Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário (ACAPO), depois de um interregno de três anos. Os membros de vários clubes e associações da ACAPO entregaram 21 bolsas de estudo a alunos luso-descendentes e três Prémios de Mérito. Coube à presidente do Conselho de Presidentes da ACAPO, Kátia Caramujo, o papel de mestre de cerimónias, que emocionada considerou o 2023 muito importante, por se tratar do ano em que a comunidade portuguesa celebra, no dia 13 de maio, os 70 anos da chegada do navio Saturnia com os primeiros emigrantes legais ao Canadá. Seguiram-se os hinos de Portugal e do Canadá, interpretados pela Isabel Sinde e Michelle Madeira, respetivamente.
Como habitual, a deputada federal Julie Dzerowicz marcou presença, como também Ana Bailão, candidata à presidência da Câmara de Toronto.
Durante a cerimónia, a Magellan Community Foundation e a importância que vai ter na comunidade portuguesa de Toronto também foram lembradas. Sérgio Ruivo, um dos membros da direção da Magellan, muito resumidamente, explicou e esclareceu o ponto de situação do projeto e apelou à união da comunidade para que a Magellan seja uma realidade muito em breve. Por sua vez, Jack Oliveira, Business Manager da Local 183 durante o seu discurso frisou que “estão aqui presentes nesta sala alguns membros e pensionistas da Local 183 e peço-vos que se lembrem da importância de apoiar esta causa. Esta é uma casa muito necessária. Vamos construí-la com o apoio de todos, mas temos já que pensar em construir a segunda Magellan, porque uma não vai chegar.” União é a pala-
vra de ordem e nesse sentido a Magellan Community Foundation ainda recebeu um donativo de cerca de 45,000 dólares angariados pela ACAPO e as várias Locals da LiUNA, que irão servir para ajudar na construção do primeiro lar português para e na comunidade portuguesa.
Seguiu-se a entrega dos Prémios de Mérito: a direção executiva da Local 183, Jack Prazeres (LCCS) e Teresa Sousa (Casa do Alentejo) foram reconhecidos pela ACAPO por todo o trabalho comunitário e cívico prestado à comunidade portuguesa e associativismo ao longos dos anos, mas, particularmente, durante a pandemia.
A animação musical ficou entregue à cantora Nádia Cubita e seus músicos, vindos de Portugal.
A Gala encerrou após a entrega das bolsas de estudo ao estudantes, que se encontravam orgulhosos de verem o seu sucesso escolar reconhecido e recompensado. Este ano, foi entregue a Patrizia Gama a Bolsa de Estudo Damião P. Costa pelas mãos das suas duas filhas.
Parabéns aos bolseiros luso-descentes.
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Women With Wings Emoções, animação e... surpresa!
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FOTOGRAFIA © CARMO MONTEIRO
No passado 18 de março, o salão nobre da Casa do Alentejo recebeu os 200 convivas, que se juntaram para o 2º Women With Wings – 80´s Party fundado por Cristina J. Gonçalves, Fátima Barros e Manuela Silva Naya.
Este evento, que foi originalmente pensado para celebrar as mulheres, este ano abriu as portas aos homens “porque como vocês sabem, vamos ter oradoras e acreditamos que os homens precisam de ouvir os que as mulheres têm para dizer (…)” justificou Cristina J. Gonçalves. As oradoras convidadas, Marlene Pao Freitas, Inês Santos, Cidália Lopes, Verónica e Cidália Pereira, deixaram o seu testemunho emotivo sobre as suas experiências de vida, partilharam as suas histórias de luta e superação por uma vida melhor no pais de acolhimento, “arrancando” suspiros, lágrimas e aplausos em forma de apreço pela partilha.
Para além do objetivo principal, as fundadoras angariaram 2,000 dólares que foram entregues a Cidália Pereira, responsável pelo programa da Violência Doméstica Contra a Mulher e Contra a Criança, do Centro Abrigo.
A festa temática, anos 80, inspirou os convivas que se vestiram a rigor para a ocasião e que com Flávio e Rui Pedro, na animação musical, foram transportados para os anos “dourados” das cores néon, rendas, leggings e muito brilho.
A supressa da noite foi o anuncio de um novo evento, mais concretamente uma palestra motivacional: A Vida Não É Só Trabalhar E Pagar Contas - que se vai realizar, também na Casa do Alentejo, na tarde do dia 11 de junho com a presença de Fátima Lopes, apresentadora de TV, na SIC (Portugal). Para Fátima Barros este novo projeto e a escolha do tema, justifica-se: “vivemos numa comunidade que, feliz ou infelizmente, é dedicada ao trabalho e acho que, às vezes, dedicamo-nos de
tal forma ao trabalho que acabamos por nos esquecer o que temos por detrás… temos família, amigos, vida própria e muitas vezes, especialmente no Canadá, falta-nos o cuidado para nós mesmos e para aquilo que nos faz bem e para aquilo que anda à nossa volta.” e “chegámos a este projeto na tentativa de trazer à nossa comunidade um evento um pouco diferente e que eu tenha conhecimento, ainda não aconteceu nada deste género, porque quer queiramos ou não, as pessoas vão mudando os seus gostos e exigindo e pedindo outras coisas”, acrescentou Cristina J. Gonçalves, que ainda explicou que a vinda de Fátima Lopes deve-se ao facto de que “toda a gente gosta e respeita-a muito como pessoa e como profissional.” Fátima Lopes, conhecida pela sua simpatia, enviou um pequeno vídeo alusivo à palestra convidando a comunidade portuguesa a comparecer para “uma conversa boa para todos (…).”
Antes de acabar a noite ainda houve a tradicional rifa. No sorteio havia dois bilhetes para a palestra motivacional: A Vida Não É Só Trabalhar E Pagar Contas. Neste sentido, fica a dica… os bilhetes já se encontram à venda.
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Uma noite dedicada ao mérito e à excelência
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FOTOGRAFIA © CARMO MONTEIRO
Como já é tradição, o Pearson Convention Centre acolheu mais uma noite de Gala da Federação de Empresários e Profissionais Luso-Canadianos. De novo, numa noite de festa, realçou-se a importância da educação dos mais novos da comunidade portuguesa residente no Canadá com a atribuição de 40 Bolsas de Estudo a jovens lusodescendentes.
Aliás, o número 40 marcou a celebração já que esta foi a quadragésima Gala da FPCBP.
Na sala juntaram-se os agraciados e os que, de forma clara, mostram o seu apoio a iniciativas deste género que promovem o mérito e a excelência.
Philip Arruda é o atual presidente da Federação e revelou ao Milénio a sua satisfação por mais uma vez a Federação cumprir um propósito que lhe está “colado à pele” quase desde a sua fundação há 41 anos e explicou-nos porquê: “é muito importante que se continue a atribuir Bolsas de Estudo a jovens. A educação é muito importante, especialmente se queremos continuar a perseguir os nossos sonhos de carreira profissional. Estamos muito felizes por ajudarmos alguns estudantes a fazer isso com o nosso programa de Bolsas de Estudo. E esperamos continuar por mais outros 40 anos. Por isso estamos tão gratos a todos os nossos patrocinadores e parceiros que nos ajudam a concretizar uma noite como esta. Sem eles não teríamos possibilidade de atribuir tantas Bolsas de Estudo”. Manuel DaCosta é um dos empresários que tem demonstrado sempre, de forma clara, o seu apoio e defesa acérrima da educação como algo fundamental para que a comunidade portuguesa possa afirmar-se cada vez mais no Canadá. Patrocinador do jantar de Gala e também de uma das Bolsas de Estudo, Manuel DaCosta explicou-nos que para ele é necessário continuar a incentivar os mais novos “porque se perdermos
esta geração de lusodescendentes vai ser complicado. Temos que tentar aproximá-los, nem que seja através da atribuição de uma Bolsa de Estudo, mas espero que eles compreendam que é importante que não abandonem a comunidade, que a ajudem a desenvolver-se e respeitem o simbolismo do que isto representa. Porque hoje vamos celebrar os mais novos, vamos dar-lhes Bolsas de Estudo, esperemos que aprendam algo mais sobre a cultura portuguesa e que a celebrem. Daqui a pouco (13 de maio) vamos celebrar os 70 anos de imigração portuguesa no Canadá. Aí vamos celebrar os que abriram as portas para estes mais novos. Por isso, eu gosto de destacar mais os que vieram para cá há 70 anos pela coragem que tiveram, do que aqueles que hoje têm tudo, têm o caminho feito e nem sempre aproveitam o que têm como deve ser”.
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FOTOGRAFIA © CARMO MONTEIRO
Ana Bailão, atual candidata ao cargo de Mayor da cidade de Toronto, foi em tempos um dos recipientes de uma Bolsa de Estudo pela Federação de Empresários e Profissionais Luso-Canadianos. Em conversa com o Milénio Stadium, Ana recordou o que sentiu quando viveu uma noite com a que os 40 jovens lusodescendentes viveram no sábado (25), “uma gratidão muito grande. À nossa comunidade, a todos aqueles que patrocinam estas Bolsas, aos voluntários que organizam estes eventos porque tudo isto tem de facto um impacto muito grande. Lembro-me daquela noite e do impacto que para quem, como era o meu caso, tinha chegado ao Canadá há poucos anos. Ver os líderes da comunidade a darem-me aquela força e estímulo para continuar, que no fundo é a mensagem que se passa quando se atribui uma Bolsa de Estudo, porque o apoio monetário é importante, mas mais do que tudo acho que o que mais marca é o incentivo emocional. Eu estou muito grata por tudo isso. Digo sempre que tudo o que aprendi, aprendi aqui nesta comunidade”.
Para além do apoio à educação que é muito evidenciado nestas Galas, há outra vertente muito importante – o destaque que se dá a profissionais e empresários luso-canadianos de excelência. Este ano foram cinco os agraciados, a saber:
• Business Excellence Award – Daniel Correia, Senior Investment Advisor at TD Wealth Private Investment Advice.
• Professional Excellence Award – Susana Bragança Rodrigues, Family Practice Physician.
• New Generation Award – Daniel Almeida, Neurocientist
• Humanitarian Award – Maria de Fátima Esteves, Philantropist & Volunteer
• Civic Commitment Award – AnaBela Taborda, Chair – Little Portugal Toronto BIA
Philip Arruda explicou-nos porque considera importante que se continue a reconhecer o mérito de profissionais e empresários – “parte desta noite é dedicada a agradecera estes membros da nossa comunidade o excelente trabalho que fazem e esperamos que eles, com a sua experiência e história de vida, sirvam de inspiração para os jovens estudantes presentes nesta sala”.
A noite contou ainda com a presença de Cidalia Faria, Honourable Justice, que Philip Arruda classificou como um extraordinário “role model”.
No seu discurso como Keynote Speaker, Cidalia Faria, para além de sublinhar a honra que representou para si o convite para discursar na Gala, aproveitou também para resumir um pouco a história dos 40 anos de Galas promovidas pela Federação, para além de recordar que o nível de excelência que a comunidade hoje tem, provém de muitos anos de árduo trabalho e dedicação.
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Tom Sachade e o Little Canada
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Conheci a obra de Tom Sachade nas dependências do Cotton Factory, um antigo edifício industrial construído em 1900, localizado em Hamilton, que é um excelente exemplo de reutilização adaptativa e celeiro de artistas e também um centro de criação para vários outros negócios, enfim sobre este assunto podemos falar em outra oportunidade. Tom, tem mais 25 anos de experiência a trabalhar com arte, nasceu com o dom da arte e dar vida a paisagens infinitamente perfeitas. Em conversa, ele contou como começou a sua carreira artística. Filho de imigrantes alemães, já com a idade para iniciar os estudos e levar a sério a vida adulta, seu pai o intimou para ingressar em Direto numa universidade sem direito de tentar um College. Foi aceite no OCAD University e posteriormente passou um ano na Universidade de Toronto para acumular mais créditos e entrou na Universidade de Guelph e com isso obteve outra graduação em Design of Science. Sachade desenha o corpo humano com a maestria de dar realidade aos músculos, artérias e órgãos, tornando-se ilustrador na área medicinal.
O primeiro emprego de Tom, já com formação académica, foi com um dos maiores artistas plásticos de Toronto, o conhecido Michael Snow, responsável por diversas frentes artísticas no Norte da América, incluindo uma escultura famosa na cidade de Toronto, chamada “The Audience”, criada e instalada em 1989 e está localizada na ponte que liga o Rogers Center com as dependências do complexo da baixa cidade. Durante a nossa conversa, Tom lembrou (com risos) um episódio... ele estava em busca de outro emprego e chegou num certo estúdio e disse com quem estava a trabalhar e mencionou o nome de Michel Snow sem ter a noção da importância que estava a ter na sua carreira profissional.
Depois de anos a fazer arte, um dia a sua esposa Janet pediu para que ele fizesse alguma coisa numa parede grande da casa e o resultado foi tão bom que ele pensou “... eu posso fazer isso também” e foi assim que Tom passou dos traços do corpo humano a grandes painéis.
Já com a carreira estabelecida, localizado entre as áreas de Oakville/Burlington, Tom captou o interesse dos meios de comunicação locais durante muitos anos e assim foi apresentado na HGTV. Sachade trabalha em estreita colaboração com os
seus clientes para lhes fornecer arte personalizada em grandes dimensões, estilo e cores.
Sachade deixou registado a sua arte em vários comércios, Jean-Louis Brenninkmeijer um imigrante germânico que vem de um histórico familiar de grande sucesso na área de businesses viu a obra de Tom num certo local e entrou em contato para fazer parte da equipa do Little Canada.
Jean encarregou Sachade a dar vida aos painéis que dão ilusão a infinidade nas cidades em miniatura. Quem for visitar o Little Canada vai perceber que o céu, as terras, os arranha-céus, a vegetação, lagos e rios por detrás das miniaturas é de uma realidade impecável.
Em conversa, Tom contou um pouco da rotina de pintar grandes painéis para o Little Canada. Ele trabalha desde a produção do canvas em grande escala, prepara e inicia os traços, pinta e instala com a equipa do Jean-Louis. A cada província ou cidade a ser criada pelo Little Canada, Sachade leva de 3 a 4 meses para finalizar. A instalação é outra etapa a parte.
Sachade viajou pelo Canadá a registar paisagens para passar o que se vê nas exibições do Little Canada. Numa dessas viagens ele recorda que estava em Ottawa em conversa com Jean pelo telefone e o encorajou-o para esticar a viagem até o Leste de Quebec a fim de registar as montanhas de esqui e assim foi feito. O Little Quebec é deslumbrante a começar pelo céu ao snowboard a deslizar pelas montanhas cobertas de neve.
Quando Sachade estava em Ottawa para fazer o registro da cidade incluindo museus, o recurso usado seria um drone, mas Ottawa tem restrições para usar este mecanismo de filmagem, pelo fato da cidade ser dominado por prédios governamentais. No outro dia ao abrir as cortinas do quarto onde estava hospedado, teve a visão do que necessitava para fazer o mural de Ottawa. A área do Museu da Guerra estava diante dos seus olhos e não foi preciso usar um drone. Sorte! Quem for visitar o Little Canada, vai perceber a visão privilegiada deste dia. Este mural de Ottawa representa exatamente o que a cidade é. Particularmente é a minha parte preferida na exibição. Além das miniaturas perfeitamente produzidas da cidade, o mural que Tom Sachade fez, recebe do retroprojetor fogos de artifícios em comemoração aos 150 anos do Canadá. Definitivamente essa parte da amostra é de tirar o folego.
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Créditos: Direitos Reservados
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Créditos © Fá Azevedo
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Créditos © Fá Azevedo
Créditos © Fá Azevedo
O mundo que eu fiquei a conhecer do Little Canada é grandioso mediante ao que os nossos olhos. Além do que se vê durante o passeio pelas cidades em miniatura, por trás das paredes a estrutura montada neste empreendimento é enorme, isso inclui, robótica, escultura em grande escala, impressão em 3D dando uma visão real dentro e fora das construções, uma equipa grande de artistas plásticos, eletricistas, também inclui os direitos legais de reproduzir em tamanho miniatura o que vimos pelas cidades no Canadá e muito mais. Quem já visitou este espaço sabe do que estou a falar, as miniaturas são perfeitamente reproduzidas por dentro e fora, incluindo lustres, velas, interior das casas, animais de estimação ou roupas, e por aí vai, é incrível!
Tom contou-me que Jean-Louis faz questão de empregar imigrantes e First Nation. Inspirado por uma visita a Miniatur Wunderland em Hamburgo na Alemanha, Jean-Louis sempre teve uma paixão por comboios em miniatura e começou a colocar em prática o sonho de fazer em miniatura o Canadá. Em 2011, encorajado por dois dos seus mentores a seguir o seu coração e perseguir a sua paixão, Jean-Louis deixou o seu emprego e voltou toda a sua atenção para a realização do seu sonho, construir o Little Canadá.
Reconhecendo a necessidade de estabelecer parcerias com indivíduos com os mesmos interesses que poderiam ajudar a dar vida à sua visão, Jean-Louis enviou e-mails a vários clubes ferroviários modelo na área do GTA e Hamilton. Uma das respostas que recebeu foi de Dave MacLean, um engenheiro civil formado pela Universidade de Toronto e presidente de dois mandatos do The Model Railroad Club of Toronto.
Hoje completado mais de 9 anos a trabalhar com Jean-Louis, Tom finalizou os painéis do East Coast, que será uma nova atração e que estará em breve aberta ao público e adiantou que tem ainda mais 4 anos pela frente a desenvolver mais murais para o Little Canada. Dar vida a paisagens dentro do Canadá é a missão de Tom Sachade e eu tive o privilégio de conhecer este espaço junto com o artista Tom Sachade e o idealizador Jean-Louis. Voltarei em breve para colocar a minha miniatura com eles dentro da exibição! Obrigada Tom Sachade e Jean-Louis.
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Portuguese Canadian Walk of Fame 2023
Os luso-canadianos estão a celebrar 70º aniversário da chegada dos primeiros imigrantes oficiais ao Canadá. Ao chegarem ao cais 21 em Halifax, no navio Saturnia, em 13 de maio de 1953, começou uma nova era para os corajosos portugueses, que decidiram deixar a sua pátria.
Gerações após a primeira chegada, admiramos a tenacidade com que esta terra foi abraçada pelos portugueses e após 70 anos de árduo trabalho e sacrifício, os resultados falam muito sobre quem somos.
O Portuguese Canadian Walk of Fame honra os luso-canadianos e reconhece as suas contribuições para a sociedade. Agora no seu 11º ano, após um processo de votação completo e imparcial, o Conselho de Administração elegeu os candidatos para 2023.
A cerimónia será no dia 13 de maio de 2023, na Camoes Square, 722 College St, Toronto, por volta das 15:00 horas. Os laureados de 2023 são:
JACK OLIVEIRA
JOSE CARLOS TEIXEIRA
EMA DANTAS
ANTONIO DE SOUSA- CONSTRUTOR
A comunidade é convidada a juntar-se aos homenageados para celebrar este importante evento na sua vida.
Portuguese Canadians are celebrating the 70’” anniversary of the arrival of the first official immigrants to Canada. As they arrived at pier 21 in Halifax in the ship Saturnia on may 13, 1953, a new era began for the brave Portuguese-that decided to leave their motherland.
Generations after the first arrival, we admire their tenacity with which this land was embraced by the Portuguese and after 70 years of hard work and sacrifice, the results speak volumes about who we are.
The Portuguese Canadian Walk of Fame honours Portuguese Canadians and recognizes their contributions to society. Now on its 11’” year after a full and unbiased voting process, the Board of Directors has chosen the inductees for 2023. The induction ceremony will be on may 13”’, 2023, at Camões Square, 722 College St, Toronto, at about 3: 00pm.
The 2023 inductees are:
JACK OLIVEIRA.
JOSE CARLOS TEIXEIRA.
EMA DANTAS.
ANTONIO DE SOUSA- BUILDER
The community is invited to join the inductees to celebrate this important event in their life.
The Board of Directors, Manuel DaCosta, Vince Nigro, Kelly Amaral, Michael Nobrega
“The great difference between voyages rests not with the ships, but with the people you meet on them”
- EMELIA BARR
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The new underused Housing Tax (“UHT”)
As if we did not have enough tax compliance to deal with already, our federal government, in their good wisdom, decided to add another tax return that some of us will have to file in order to ensure that certain of us are given a bit of nudge to make a dent in the housing crisis/shortage that currently afflicts our nation.
As a part of the 2021 Federal Budget, the Government of Canada announced its intention to implement a national one percent annual tax on the value of residential real estate owned by any non-resident, non-Canadian that is considered vacant or underused. Rules for the Underused Housing Tax (UHT) were enacted on June 9, 2022, and apply to residential properties owned on or after December 31, 2022.
The rules require residential property owners (with some exceptions, as discussed below) to file an annual UHT return (Form UHT-2900), even if only to claim an exemption from the tax. As a result, many Canadian corporations, partnerships, and trusts — including those with no foreign ownership or foreign beneficiaries — that hold residential property are required to file a return for each property annually even where no tax is payable. Significant penalties apply if the UHT return is not filed on time.
As originally conceived, the due date to file the 2022 UHT and to remit any taxes payable is May 1, 2023. Luckily the government acknowledged in its most recent budget that many people (including accountants during tax season) were not going to be ready, and this has now been pushed back to October 31st such that no penalties or interest will be charged if filed by that date. However, the official filing deadline continues to be May 1st.
The government added another layer of complexity by creating certain groups of owners who are excluded from the re-
quirement to file the annual UHT return.
An excluded owner is not subject to the UHT and is not required to file the annual UHT return.
An excluded owner is, on December 31 of a calendar year, one of the following:
• An individual Canadian citizen or permanent resident of Canada
• A publicly traded Canadian corporation
• A person with title to the property in their capacity as trustees of various widely held trusts
• A registered charity
• A cooperative housing corporation
• A municipal organization or other public institutions and government bodies.
All other owners, referred to as affected owners, are required to file an annual return and pay UHT unless they meet an available exemption. Specifically, all private corporations, partnerships, and trusts which own residential property in Canada, as well as individuals who are neither a Canadian citizen nor a permanent resident, are required to file an annual return to either claim an exemption from the tax or to determine the tax payable.
Unless an exemption is available, the UHT applies to residential properties located in Canada. Residential property includes:
• detached houses (containing up to three dwelling units),
• semi-detached houses,
• rowhouse units,
• residential condominium units, or
• any other similar premises intended to be owned as a separate unit or parcel.
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Créditos: Direitos Reservados
For affected owners, certain characteristics or use of the property may exempt a residential property from UHT for a given calendar year. An annual return must be filed to claim the exemption.
• Primary place of residence. (Special rules apply to owners with multiple properties.)
• Qualifying occupancy. The property was occupied for at least 180 days in the year.
• Limited seasonal access. The property was not suitable for year-round use as a place of residence or was inaccessible during part of the year.
• Disaster or hazardous condition. The property was uninhabitable for at least 60 consecutive days in a calendar year due to disaster or hazardous conditions (limits apply to how many times an exemption can be claimed for the same disaster/condition).
• Renovation or construction. The property was uninhabitable for at least 120 consecutive days in a calendar year due to renovation or where construction of the property was not substantially completed before April of the calendar year.
• Construction of property for sale. The property was substantially completed after March of the year, was offered for sale to the public and was not previously occupied.
• Year of acquisition. The property was first acquired by the owner during the year (by sale or transfer).
• Upon death of owner.
• Specified Canadian corporation. The property was owned by a Canadian corporation with less than ten percent foreign ownership.
• Partner of specified Canadian partnership. The property was owned by partners of a partnership where all mem-
bers were either excluded owners or specified Canadian corporations.
• Trustee of specified Canadian trust. The property was owned by a trustee of a trust where all beneficiaries with an interest in the property were either excluded owners or specified Canadian corporations.
• Prescribed area. The property was located in a prescribed area based on census data (determined using this CRA tool) and the owner, spouse, or common-law partner resided in the property for at least 28 days in the calendar year (not required to be consecutive).
The UHT payable is calculated as one percent of the property value multiplied by the applicable ownership percentage. The property value is the greater of (I) the assessed value for the year for property tax purposes, and (II) the most recent sale price on or before December 31 of the calendar year. Owners can also make an election to use the fair market value where a written appraisal is obtained to support the value. This election must be filed by April 30 following the calendar year in question.
I trust most of you will find this an unwelcome and intrusive imposition by our esteemed federal government, but if you require help in compliance, I would be pleased to assist.
Sérgio Ruivo CPA,CA,LPA Paulo Pereira B.Com, MSC, ACCA (candidate) Sergio Ruivo CPA,CA,LPA
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Nós e a Lei Balcão único do Prédio
Em Portugal, até 1984, o registo de prédios rústicos não era obrigatório. Existem muitas propriedades das quais não se conhecem os donos ou os próprios limites dos terrenos e em alguns casos onde se localizam os terrenos.
Foi com o objetivo de resolver estas situações, que o governo, com a Lei n.º 78/2017, de 17 de agosto, criou um sistema de informação, adotando medidas para identificar a titularidade dos prédios rústicos e mistos através do Balcão Único do Prédio (BUPI).
O BUPI é uma plataforma online dirigida aos proprietários de prédios rústicos e mistos (rústicos e urbanos) que reúne informação sobre as propriedades e os seus donos, e onde os proprietários podem identificar a localização e os limites da sua propriedade e iniciar ou atualizar o registo dos seus terrenos.
Se é proprietário de terrenos, nos municípios aderentes ao BUPI que neste momento são 153, o primeiro passo será identificar e localizar as suas propriedades.
A localização dos limites das propriedades no BUPI pode ser efetuada pelo interessado, que em regra é o titular da propriedade, via online, no site bupi.gov.pt ou num balcão BUPI, presencialmente, com um técnico habilitado.
O interessado também pode fazer-se representar por procuração.
Apesar da lei não falar em obrigatoriedade da identificação dos prédios, a verdade é que a Lei n.º78/2017, de 17 de agosto refere no seu artigo 16º que “nos registos de aquisição efetuados a partir da data de entrada em vigor do presente regime é obrigatória a indicação do número de representação gráfica georreferenciada.”
O número de identificação do prédio é atribuído quando a informação que consta na Conservatória e nas Finanças seja coincidente e se associe à informação do BUPI.
A forma de manifestar que uma propriedade pertence ao cidadão, é registá-la na Conservatória do Registo Predial, que é a entidade que faz fé pública da propriedade.
A Lei n.º78/2017, de 17 de agosto, veio alargar através do BUPI, possibilidade de todos os proprietários poderem efetuar o registo dos seus terrenos rústicos e mistos de forma gratuita até agosto de 2023.
As propriedades que não forem identificadas no BUPI nem registadas na Conservatória estão sujeitas ao procedimento de reconhecimento de prédio sem dono conhecido, ficando provisoriamente registadas em nome do Estado.
A identificação e a localização dos prédios, não agrava os impostos, nos termos do artigo 29º da Lei n.º78/2017, de 17 de agosto, mantendo-se, para esse efeito, o recurso à informação previamente existente na caderneta predial (matriz).
Concluindo, ao ser proprietário de algum prédio rústico (terrenos, leiras, bouças) ou prédios mistos localizados em Portugal, aconselhamos que faça pesquisa junto da Câmara do local dos terrenos para saber se aderiu ao Balcão Único do Prédio (BUPI) e faça a identificação dos terrenos quando vier a Portugal ou solicite ao seu procurador para o representar até finais de agosto de 2023.
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Sónia Falcão da Fonseca & Leila Ferreira Do Couto Advogadas da Lei Portuguesa artigo oferecido por Luso Services & Consulting Inc.
Neste momento, os municípios aderentes ao BUPI são:
• Águeda
• Aguiar da Beira
• Albergaria-a-Velha
• Alcobaça
• Alfândega da Fé
• Alijó
• Almeida
• Alvaiázere
• Amarante
• Amares
• Anadia
• Ansião
• Arcos de Valdevez
• Arganil
• Armamar
• Arouca
• Aveiro
• Baião
• Barcelos
• Batalha
• Belmonte
• Boticas
• Braga
• Bragança
• Cabeceiras de Basto
• Caldas da Rainha
• Caminha
• Cantanhede
• Carrazeda de Ansiães
• Carregal do Sal
• Castanheira de Pêra
• Castro Daire
• Celorico da Beira
• Celorico de Basto
• Cinfães
• Coimbra
• Condeixa-a-Nova
• Covilhã
• Espinho
• Esposende
• Estarreja
• Fafe
• Felgueiras
• Figueira da Foz
• Figueira de Castelo Rodrio
• Figueiró dos Vinhos
• Fornos de Algodres
• Freixo de Espada à Cinta
• Fundão
• Góis
• Gondomar
• Gouveia
• Guarda
• Guimarães
• Ílhavo
• Leiria
• Lousada
• Lousã
• Macedo de Cavaleiros
• Mangualde
• Manteigas
• Marco de Canaveses
• Marinha Grande
• Mealhada
• Mêda
• Melgaço
• Mira
• Miranda do Corvo
• Miranda do Douro
• Mirandela
• Moimenta da Beira
• Monção
• Mondim de Basto
• Montalegre
• Montemor-o-Velho
• Mortágua
• Murça
• Murtosa
• Nelas
• Oleiros
• Oliveira de Azeméis
• Oliveira de Frades
• Oliveira do Bairro
• Ourém
• Ovar
• Paços de Ferreira
• Pampilhosa da Serra
• Paredes de Coura
• Pedrógão Grande
• Penacova
• Penalva do Castelo
• Penedono
• Penela
• Pinhel
• Pombal
• Ponte de Lima
• Póvoa de Lanhoso
• Póvoa de Varzim
• Proença-a-Nova
• Ponte da Barca
• Ribeira de Pena
• Sabrosa
• Sabugal
• Santa Comba Dão
• Santa Maria da Feira
• Santo Tirso
• São João da Pesqueira
• São Pedro do Sul
• Sátão
• Sernancelhe
• Sertã
• Sever do Vouga
• Soure
• Tábua
• Tabuaço
• Tarouca
• Terras de Bouro
• Tondela
• Torre de Moncorvo
• Trancoso
• Vagos
• Vale de Cambra
• Valença
• Valongo
• Valpaços
• Viana do Castelo
• Vieira do Minho
• Vila de Rei
• Vila do Conde
• Vila Flor
• Vila Nova de Cerveira
• Vila Nova de Famalicão
• Vila Nova de Foz Côa
• Vila Nova de Gaia
• Vila Nova de Paiva
• Vila Nova de Poiares
• Vila Pouca de Aguiar
• Vila Real
• Vila Verde
• Vimioso
• Vinhais
• Viseu
• Vizela
• Vouzela
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Créditos © Manuela Marujo
No Chile, o fascínio das cores
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Valle Nevado
Créditos © Manuela Marujo
Valle Nevado Créditos © Manuela Marujo
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Valparaiso e Pacifico Créditos © Manuela Marujo
Plaza SotoMayor Créditos © Manuela Marujo
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Casa Amarela Créditos © Manuela Marujo
Escadaria Créditos © Manuela Marujo
Escadaria Créditos © Manuela Marujo
Associei, desde sempre, o nome da cidade de Valparaíso ao chileno Pablo Neruda, o poeta prémio Nobel da Literatura em 1971, e depois a Isabel Allende, a escritora da mesma nacionalidade que imortalizou a cidade em vários dos seus famosos romances de ficção histórica.
Valparaíso é uma cidade portuária, fundada em 1544, conhecida por muitos como “a joia do Pacífico”. É politicamente muito importante pois esta cidade, a segunda mais populosa do país, foi o local escolhido pelo governo do Chile para sede do Parlamento. Também se caracteriza por ser um centro cultural e do saber, com mais de treze universidades e Institutos de Ensino Superior, que atraem à cidade centenas de milhares de estudantes.
A situação geográfica do local caracteriza-se pela disposição em cerros íngremes, que descem a pique até ao Oceano Pacífico. Ao longo dos séculos, as casas foram sendo construídas no cimo dos cerca de quarenta penhascos, com ruas extremamente inclinadas, onde o uso de elevadores tornou possível a vida nas colinas.
A importância da localização do porto de Valparaíso, antes da construção do Canal do Panamá em 1914, é facilmente reconhecida em edifícios históricos como os que se podem admirar nas várias Praças ao longo do movimentado porto. Na Plaza Sotomayor, por exemplo, podemos admirar o belíssimo edifício sede da Marinha do Chile, o monumento aos Heróis de Iquique durante a Guerra do Pacífico de 1879 e o elegante Hotel Reine Victoria. Na verdade, o centro histórico foi classificado Património Mundial pela UNESCO, em 2003, devido à beleza da arquitetura neoclássica que tem sido preservada ao longo dos tempos. Ao caminharmos na área do porto, testemunhamos a influência europeia dos vários colonizadores que se aventuraram até este lugar longínquo, onde riquezas incalculáveis do Novo Mundo foram descobertas e transportadas durante alguns séculos.
A vista panorâmica dos miradouros nas colinas e as descidas cautelosas das ladeiras e escadarias, enquanto se admiram as pitorescas casas coloridas, cobertas de grafitos são, no entanto, o que torna a cidade de Valparaíso um lugar de grande originalidade. O Cerro Alegre, aonde se chega subindo o elevador Reina Victoria, é digno de visita. Desse lugar se avista La Sebastiana, uma das três casas onde Pablo Neruda residiu e onde se guardam muitos dos seus objetos e manuscritos; ou pode escolher-se o elevador El Peral para entrar ou circundar o Palácio Baburizza, Museu Municipal de Belas-Artes.
É a variedade do colorido na cidade que mais chama a atenção. Há uma liberdade de expressão artística na construção das casas e na decoração do seu exterior que torna difícil qualquer classificação. Valpo (nome carinhoso por que é conhecida) é confusa, caótica e, simultaneamente, atraente. Deixei a cidade refletindo sobre a profusão das cores que fascinam e ao mesmo tempo saturam o espírito.
No dia seguinte, ainda no Chile, vivi uma outra experiência extraordinária e de beleza incomparável, graças à luminosidade e suavidade de cores na Cordilheira dos Andes.
Foi quando subi até a um lugar isolado no Valle Nevado, a cerca de 2500 metros de altitude, com o objetivo de ver o pôr do sol. Com um olhar misto de receio e respeito fui admirando o panorama: a grandiosidade das montanhas, o Rio Mapocho serpenteando na profundeza dos vales e os rochedos de formas bizarras.
A Cordilheira dos Andes é a mais longa do mundo com desertos, lagos, vulcões, sítios arqueológicos e cidades históricas, estendendo-se por sete países da América do Sul. É inevitável, por isso, que, sejamos levados a equacionar a grandeza do planeta comparativamente à nossa pequenez de seres humanos.
A paisagem à minha volta era luminosa, de céu azul, sem sombra de qualquer nuvem. Foi preciso aguardar algumas horas pelo crepúsculo e admirar o sol a desaparecer lentamente por detrás das montanhas pintando tudo ao redor de cores rosadas e tranquilizantes para o espírito. Essa minha subida dos Andes transformará para sempre o Chile de Pablo Neruda e Isabel Allende num lugar poético onde o fascínio das cores me convidam à escrita.
Marujo
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LAZAR BAKERY & DELICATESSEN Prazer e paladar nesta época festiva, num sítio criado a pensar em si. Feeliz Páscoa! 325 Central Parkway West, Unit 12, Mississauga - (905) 896 1040 - www.lazarbakery.ca - mail@lazarbakery.ca
Manuela
Professora Emérita da Universidade de Toronto
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Webster
Dario Moreira Gord
Daniel Palanki
Ante Lilic Anthony Simone Fernando Alexandre
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Acordai! oh! filósofos
Escolhemos pensar em certas coisas, e em outras, não. Sim, é uma escolha. Gostamos de acreditar que as reflexões filosóficas pertencem aos filósofos, aos livros (os mais antigos, empoeirados e malcheirosos de preferência) ou qualquer outra pessoa, menos a si próprio. Porquê? O que nos leva a desistir de filosofar, um direito natural do ser que pensa.
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O bem e o mal, por exemplo, não são ideias que temos deles, muito de acordo com a conveniência de um determinado momento e do limite que lhe impomos? Ou realmente conhecemos a fundo as suas essências? Será que alegamos rapidamente o serem tal e qual aprendemos? Não seria valioso pensarmos além do que nos acostumamos a aceitar? Passivamente?
“A diversidade de opiniões acerca das coisas mostra claramente que atuam sobre nós segundo um dado estado de espírito. Quando um que seja as admita como são realmente, mil outros as deformam e modificam.” Eis uma perspectiva pensada e escrita pelo filósofo Michel de Montaigne (1533-1592), nascido em Bordeaux, na Aquitânia, sudoeste da França. Acaso ele não nos diz que é possível compreender uma questão sob incontáveis olhares? E não mudamos as nossas visões sobre um mesmo conceito ao longo da vida? Mas quantos pontos de vista alcançamos para ver mais amplamente aquilo que pretendemos definir, conceituar em nossas cabeças?
Todavia, o facto aqui discutido não diz respeito ao conteúdo, mas ao exercício da filosofia e seus desdobramentos. Não pensamos tanto quanto poderia? Deveria? Por que nos debruçamos sobre certos assuntos com maior interesse, com boa vontade? Que razões nos levam a abandonar outros temas, por vezes importantíssimos para nós mesmos?
Michel de Montaigne teve um papel fundamental na filosofia, ao torná-la acessível ao público em geral. Resumindo, todos têm o direito (e por que não o dever também?) de pensar mais, saber mais, para compreender melhor, fazer uso prático das compreensões no quotidiano. Embora a filosofia tenha sido escrita por meio de pensamentos muitas vezes complexos, ela não é refém do difícil e do gênio, porém é guardiã mais do profundo do que da superficialidade, mais do essencial do que do supérfluo. Mas, como o sol que chega todas as manhãs, ela é de todos e para todos se assim o quer cada um. Se assim faz uso do que tem a seu dispor a pessoa que pensa, ao menos um bocado mais do que o costumeiro. Sem o percebermos, assuntos comuns estão carregados de alma, e como tal, sujeitos a muitos sentidos e interpretações. Há bastante a explorar se dermos a nós mesmos a chance de caminhar pela gostosa e luminosa estrada da filosofia.
Existem algumas possibilidades de se explicar os obstáculos que colocamos sobre o tema: (1) tememos o que se acomodou temível em nossas mentes desde sempre, assim nem queremos nos voltar para a questão; (2) gostamos, por natureza, de nos mantermos acomodados nos trilhos pelos quais já somos habituados a percorrer, sem gastar energia, ou ainda, deixamo-nos ao sabor dos percursos cerebrais já criados em nossa ilimitada, porém obediente neurologia – o cérebro obedece aos muitos comandos (perceptíveis e imperceptíveis) que lhe damos; (3) somos imediatistas e desanimamos quando não vemos os resultados aflorarem no jardim das expectativas, portanto desistimos do investimento que tende a demorar (com variações) às colheitas. Que tal pensar em outros argumentos também?
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Capela da Torre Créditos: Armando Neto
Andréa no último andar da torre do Castelo de Michel de Montaigne Créditos: Armando Neto
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Ópera Nacional de Bordeaux, 1780
Créditos: Armando Neto
Castelo de Michel de Montaigne Créditos: Armando Neto
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Pensamentos gravados nas vigas do terceiro e último andar da torre Créditos © Manuela Marujo
Torre do Castelo de Montaigne - local das reflexões Créditos © Manuela Marujo
Sala de jantar do Castelo de Montaigne Créditos © Manuela Marujo
Montaigne foi político em Bordeaux, uma personalidade influente. Mas aos trinta e oito anos de idade, deixou sua vida social em troca de se retirar em isolamento, recolhendo-se ao seu castelo, uma herança familiar, o que lhe permitiu a dedicação aos pensamentos e à escrita. Logo se ouve algures a explicação: (4) ele tinha tempo e dinheiro para a reflexão, eu não! De fato, mas e os tantos outros pensadores (há muitos que viviam praticamente na miséria) ao longo da história da humanidade, cujos recursos sempre foram escassos?
O curioso, e bastante simbólico, vem a ser o facto de que o filósofo viveu muito tempo não no prédio luxuoso rural, mas na pequena e de modesto conforto, torre circular, parte do conjunto arquitetônico do castelo até aos dias atuais. No primeiro andar, vê-se um ambiente religioso, uma adaptação de capela para as suas orações e conversas com o altíssimo, logo acima se encontra sua cama, local de repouso para o corpo e não para a mente que adentrava aos sonhos, invadida por muitos pensamentos provavelmente, e, por fim, o topo de cujo acesso pelas escadinhas alcança o escritório e a biblioteca, a alma física e local de ponderações e descobertas filosóficas que o consagraram como o pensador que foi.
No teto, inscrito nas vigas de sustentação, frases que o lembravam da necessária humildade diante do saber, gravadas em grego e latim. Gravadas com o alfabeto do desejo e da superação.
Para além de ser difícil tal reclusão autoimposta em nome da filosofia, é claro que não dispomos de tamanha
abertura se o desejarmos refletir constante e abundantemente. No entanto é acessível e ricamente compensador a nossa dedicação ao pensamento que se sobrepõe às ideias comuns diárias. Não temos, e decerto não precisamos nos instalar em torres, já nos bastam as nossas moradias, por vezes torres também... Mas a decisão e os passos decorrentes de exercitar a mente nos abre as janelas do pensamento, deixando os raios de sol do conhecimento penetrarem em nossas decisões e provocarem respostas diferentes ao marasmo que muitas vezes nos deixa na escura vida de pouco sentido. Acordai! oh! filósofos. Por que então não entramos nas nossas torres mentais, vez por outra, e ali refletimos com maior profundidade sobre tantas coisas que podem nos servir, e aos demais, melhorando a própria condição humana, o próprio destino que aqui poder-se-ia chamar de evolução. O avanço! Que conquistamos por esforços antes ignorados ou abandonados, entregues à sorte de cujos efeitos vem a ser senão o azar, um disfarce para as nossas justificações...
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MARIZA
Eporque o Tempo não Pára, nem mesmo nos dias em que a Chuva de emoções nos abala os sentimentos, é com o Meu Fado Meu que Mariza vai deixando, em todos os que a ouvem, um Quem me Dera ouvi-la de novo. E no fim fica a certeza de que O Melhor de Mim há-de chegar. Porque na ternura do Ó Gente da Minha Terra sentimos renascer a Primavera carregada de esperança, que têm todos os que estando longe da sua Terra querem continuar a senti-la perto do coração. Como uma Mãe que nunca deixa de ser próxima, nem mesmo quando os oceanos teimam em separar. Porque, como todos sabemos, a noite sempre se tornará dia e o brilho que o sol irradia há-de sempre iluminar.
Madalena Balça MDC Media Group
Ainda nem sabia ler quando começou a cantar fado. Mariza vivia na Mouraria e por lá o fado preenchia as ruas, as casas e tocava a alma. Dos residentes e dos que vindos de fora se perdiam nas noites dessa Lisboa fadista. O destino da sua vida até poderia estar marcado, pelo ambiente que sempre a envolveu, pela paixão pela música que os pais ouviam e enchia a casa, mas foi a sua voz incomparável, a sua forma de cantar e de estar em palco que a tornaram a cantadeira/embaixadora de Portugal pelo mundo fora, que é hoje.
África corre-lhe nas veias (nasceu em Moçambique – terra da mãe) e os ritmos africanos acabam por envolver-se com a alma fadista, sem esquecer a batida do Brasil, por onde passou parte da sua vida. Tudo isto molda aquilo que Mariza é hoje – uma encantadora mistura de estilos e influências. Talvez seja essa mesmo a verdadeira marca de diferença do seu percurso. Quando o fado ainda não estava na moda, quando produzir e editar fado não era atrativo para as produtoras discográficas porque “não se vendia”, surge esta mulher e o seu Fado em Mim. E o Fado nunca mais foi olhado da mesma forma, porque ganhou novos contornos, mais luz e cor, sem que em nenhum momento se sentisse desrespeito pela sua essência. E a vida de Mariza mudou.
De então para cá, Mariza nunca desiludiu quem a segue e ouve. Sempre surpreendente, mesmo quando canta os temas que lhe temos ouvido desde sempre. A forma como canta varia conforme a circunstância em que canta e para quem canta e isso traz sempre algo novo. “O público é o centro de tudo” diz-nos Mariza nesta conversa e nós acreditamos. E é este permitir que o seu público faça parte da construção do seu caminho na música que torna tudo ainda mais encantador e fascinante. E diferente.
No próximo dia 13 de maio faz 70 anos que chegaram ao Canadá os primeiros portugueses imigrantes. Gente de coragem que partiu do seu país à procura de uma vida melhor. Homens e mulheres que trabalharam muito, passaram as maiores provações, mas venceram. Mostraram a sua força, a sua resiliência e abriram caminho para tantos outros.
Mariza estará com a comunidade portuguesa residente na Grande Área de Toronto, precisamente 70 anos depois da atracagem do navio Saturnia em Halifax. Faz todo o sentido que esteja. Uma portuguesa que se afirmou no mundo, que é respeitada pelo seu desempenho profissional, que é uma mulher de fibra, resiliente nesta sua caminhada pelo Fado e pela música de uma forma geral. Uma portuguesa como nós, mas uma artista de excelência. Única. Gente da nossa terra que nos enche de orgulho e emoção.
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Créditos © Mariza
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Créditos © Mariza
O seu pai ao dar-lhe o nome Mariza (com z), porque era fã de uma cantora brasileira chamada Mariza Gata Mansa, fez também uma promessa de que a filha seria cantora. Podemos dizer que, em grande medida, devemos ao seu pai, e à promessa feita, termos hoje a Mariza como uma das maiores cantoras portuguesas?
Definitivamente o meu pai sempre se esforçou bastante para me ajudar no meu caminho artístico, desde muito nova. Não sei se teve a ver com a escolha do nome mas, certamente, teve muito a ver com a quantidade (e qualidade) de música que se ouvia lá em casa. Desde fado, passando por música africana, cubana e brasileira. Sou, sem dúvida, um resultado de toda essa mistura de sons e ritmos.
Também o facto de ter vivido desde os 3 anos na Mouraria, num tempo em que a música e o fado em particular enchiam as ruas do bairro, contribuiu de forma decisiva para se ter transformado na fadista/ cantora que é hoje. Sente que o seu destino poderia ter sido outro se não tivesse vivido nesse ambiente tão fadista e tão tradicional?
Obviamente, que ter crescido na Mouraria me fez estar muito mais próxima do Fado. No entanto, como disse acima, os meus pais sempre ouviram música e o meu pai sempre gostou muito de Fado, pelo que não sei se teria sido diferente nascer noutro qualquer local. É sempre a Deus que o Destino pertence.
No entanto, a sua forma de cantar e de interpretar, trouxe ao fado uma marca de diferença que muitos descrevem como um toque de modernidade aliado ao respeito pela tradição, que sempre garante nas suas interpretações. Sendo difícil fazer um julgamento em causa própria... considera que, de facto, a Mariza contribuiu para a transformação do Fado, numa música de projeção mundial?
Há 23 anos, quando gravei o meu primeiro disco, não havia uma única editora que se interessasse por este tipo de música e os que já tinham artistas deste género não queriam mais artistas porque o Fado era uma canção que não vendia. Quando apareceu o meu primeiro álbum houve uma receção completamente diferente por parte do público português e internacional. Só em Portugal, o disco obteve seis platinas e deu lugar a uma nova geração de fadistas e músicos de Fado.
Para além disso, o facto de ter passado grande parte da sua adolescência a cantar um pouco de tudo (pop, blues, jazz...), de ter vivido algum tempo no Brasil... tudo isto lhe trouxe uma outra forma de abordar o Fado?
Sempre estive muito rodeada de música, participei em muitas jam sessions com músicos africanos, ouvia muita música de vários géneros e estilos. Tudo isso fez com que automaticamente fosse moldando quem sou hoje enquanto artista.
Sei que cada música que faz parte do seu repertório é escolhida por si e as palavras têm que tocar a sua alma. Inclusive disse já que sabe exatamente quando e por que razão escolheu cantar determinado tema. É um processo fundamental para si – sentir profundamente o que está a cantar?
Sim. Canto diferentes temas e todos eles de forma diferente todos os dias. O público influencia não só o reportório que escolho cantar mas também a forma como o canto. O público é o centro de tudo.
Sendo certo que para um cantor não há álbuns ou músicas preferidos, a verdade é que o seu primeiro disco “Fado em Mim”, é o grande responsável pela sua projeção internacional e também em Portugal. Este álbum é especial para si?
Sim, o “Fado em Mim” representa algo muito especial principalmente porque fazer um disco era terreno desconhecido para mim. Achei mesmo que só o meu pai ia ouvir e, no entanto, transformou-se nesta avalanche que viria a transformar por completo a minha vida. No entanto, sou apaixonada de formas diferentes por todos os meus discos. Cada um tem a sua história, cada um tem as suas vivências, cada um tem o seu significado especial.
Depois do lançamento do Fado em Mim em 32 países, a Mariza começou a cantar nas maiores salas de espetáculos do mundo. Chegou a dar bem mais do que 200 concertos num ano. Sentia o reconhecimento internacional, mas li que até acontecer o célebre concerto ao vivo junto à Torre de Belém (com cerca de 25 mil pessoas a assistir), não sabia que Portugal também gostava de a ouvir. Foi essa perceção de que “afinal também gostam de mim” que a emocionou quando estava a cantar o “Ó gente da minha terra”?
Que papel poderão ter as suas raízes africanas nesta marca de diferença da sua interpretação?
Como disse anteriormente, tudo deverá ter contribuído para isso, sou uma consequência dessa mistura.
Algo próximo disso. Na verdade, esse momento foi uma reacção natural por olhar nos olhos das pessoas que estavam a ver o concerto e perceber que essas pessoas, a gente da minha terra, iria estar lá por mim, por muitos e muitos anos. Não foi propriamente a percepção do reconhecimento mas a energia de amor que senti naquele momento.
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O Martim nasceu e anos mais tarde a Mariza lançou “O tempo não pára”. A sua forma de viver e a sua relação com o trabalho mudou desde o nascimento do seu filho?
Obviamente com a maternidade veio a responsabilidade, mas felizmente, tenho conseguido organizar a minha agenda de forma a passar o mais e melhor tempo possível com o meu filho.
O Martim nasceu prematuro e a Mariza, mais tarde, partilhou a sua vivência e sofrimento e, mais recentemente, falou dos problemas de aprendizagem que o seu filho tem tido, devido a um elevado défice de atenção, hiperatividade e dislexia. Sente que, desse modo, está a cumprir uma função social que tem por ser figura pública, alertando ou confortando outros que possam estar a passar por situações semelhantes?
Quando fiz essa partilha, fi-lo de coração aberto, sem pensar em mais nada. Fi-lo apenas como mãe. Se serviu os propósitos que enumera, fico feliz.
Sei que faz questão de voltar a Moçambique com frequência, já que é lá que vive a família da sua mãe. E leva o Martim consigo. É fundamental essa ligação ao sítio e às pessoas, às raízes, afinal?
É, sim. É como um recarregar de baterias para mim. A imagem de ver o meu filho brincar naquele lugar fascinante é, para mim, já por si só, um momento extraordinário.
Apesar de ter tantos anos de carreira e de já ter pisado os maiores palcos do mundo continua a ficar nervosa antes de começar o concerto. É o peso da responsabilidade de ser considerada uma das melhores cantoras portuguesas da atualidade?
Pensar que os mais de 20 de carreira tornam todo o processo mais fácil não é bem verdade. Se algumas coisas se tornam mais fluidas ou até um pouco mecânicas, a verdade é que há coisas que nunca mudam e aquele nervosismo antes da entrada em palco é algo que não desaparece e que se tem sempre mantido e que tem, obviamente, a ver com a responsabilidade para com o público que tão generosamente me vem ouvir ao longo de todos estes anos.
Falámos muito do passado, mas é também essencial pensar o futuro. Que projetos tem em carteira? Alguma novidade que possa ser desvendada?
Acabei de gravar um novo álbum com jovens produtores e compositores portugueses. Comoveu-me muito a forma como me veem enquanto artista e as propostas que me apresentaram. É curioso o que nos faz olhar para dentro de nós e refletir sobre a nossa história e percurso, pessoas com uma visão externa, especialmente quando se trata de pessoas jovens e que estão no início das suas carreiras. Tem sido uma aventura muito especial que espero dar a conhecer muito em breve, em princípio antes do final do ano.
Em breve estará com a comunidade portuguesa residente na grande área de Toronto. Quer deixar uma mensagem para todos os portugueses que aqui vivem?
Espero conseguir proporcionar uma noite inesquecível, cheia de música, amor, alegria e amizade, levando um pouco de Portugal até todos.
Até dia 13 de maio, Mariza. Será um espetáculo inesquecível, onde não faltará até uma ou outra Lágrima, mas de alegria.
Em breve estará em Toronto para integrar o programa de comemorações dos 70 anos de imigração portuguesa no Canadá. Este concerto tem um significado especial para si?
É sempre bom voltar onde fomos e somos bem recebidos.
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Créditos © Nuno Machado - Live on Stage
TICKETS ON SALE AT TICKETMASTER.CA UNIVERSAL EVENTSPACE MAY 13, 2023 70ANOSCANADA.CA @70ANOSCANADA.CA ALL PROCEEDS FROM THIS EVENT GO TO A HOME FOR PORTUGUESE-SPEAKING SENIORS LEAD PARTNER SUPPORTING PARTNERS PREMIUM PARTNER
Os nomeados de 2023 do International Portuguese Music Awards
Apassadeira vermelha está a chegar a Rhode Island. No domingo à noite (26), os International Portuguese Music Awards, apresentados pela TAP Air Portugal, revelaram os nomeados para a décima primeira edição dos prémios anuais que distinguem artistas luso-descendentes. O evento transmitido internacionalmente está agendado para sábado, 20 de maio, no Providence Performing Arts Center. A atriz principal do NCIS Los Angeles, Daniela Ruah, e o apresentador do talk show De Cá Pra Lá da RTP, Ricardo Farias, vão formar novamente equipa para conduzir uma cerimónia repleta de estrelas. O alinhamento dos artistas inclui José Cid, Pedro Abrunhosa, Plutónio, Toy, Ruby Anderson, Eratoxica, e os mentores do The Voice Portugal Mariza Liz e Diogo Piçarra. Os bilhetes estão disponíveis em IPMAawards.com ou através do contacto telefónico com a bilheteira do PPAC, 401-4212787.
Os nomeados deste ano são de nove países diferentes.
Um prémio de $ 2.000, cortesia da MDC Music em Toronto, será atribuído ao vencedor do “Novo Talento” dos IPMA. “O MDC Music é um local onde mentes jovens e criativas se juntam para produzir música e arte de forma colaborativa”, explica Manuel DaCosta, presidente do MDC Music. “Em parceria com os IPMA, estamos entusiasmados por proporcionar uma plataforma aos novos artistas luso”. Os finalistas da categoria de Novo Talento vão cantar ao vivo na cerimónia, com o painel de jurados espalhados secretamente pela plateia para avaliar
as apresentações e selecionar um vencedor a ser anunciado no final da noite.
A categoria do Prémio de Escolha do Público, atribuído pela LiUNA-OPDC, é a única categoria votada pelo público através do website do IPMA. A votação está prevista para começar na próxima semana. Os quatro artistas mais votados tornam-se os nomeados oficiais, e aquele que obtiver o maior número de votos, será anunciado como o vencedor.
O alcance global dos IPMA continua a expandir-se graças a uma nova parceria com a empresa de aviação nacional de Portugal, a TAP Air Portugal. “A TAP Air Portugal orgulha-se de ser o principal patrocinador dos International Portuguese Music Awards 2023”, disse Brannon Winn, vice-presidente para a América do Norte e América Central da TAP. “Esta parceria decorre de uma união natural, já que este evento promove a música e cultura portuguesa num palco global, tal como a TAP faz ao levar Portugal para o mundo e o mundo para Portugal”.
O espetáculo será transmitido no The Portuguese Channel, Camões TV, Xfinity On Demand, e em todo o mundo através da RTP Internacional, numa data a ser anunciada posteriormente.
Serão publicadas atualizações ao vivo nas páginas de Facebook dos IPMA e página de Instagram (@ipma_awards).
Videoclipe Musical do Ano
“Come Ride With Me” - The Redbeds, Realizador: Bruno Soares (Portugal)
“Sweet Amsterdam” - The Black Mamba, Realizador: Arlindo Camacho (Portugal)
“Desabafo” - Gama, Realizador: Victor Passos (Portugal)
“Gato Preto” - Diogo Pinto, Realizador: Ricardo Bernardino (Portugal)
Instrumental
“Saudades Tuas” - Nebuchadnezzar Group (Portugal)
“Faz de Mim” - GizmoMusix (Canada)
“Tico Tico no Fubá” - Jâca (USA)
“Door 17” - Hélder Bruno (Portugal)
World Music
“Xpia B’oia” - Elly Paris (USA)
“Xandinha” - Cremilda Medina (Cabo Verde)
“Island” - Hélder Bruno (Portugal)
“Imagina” - Hilar (Cabo Verde)
Tradicional
“Dentro de Mim” - Equinōcio (Portugal)
“Torna a Virar” - Joey Medeiros (USA)
“Pandeiro” - Arrefole (Portugal)
“Encontro de Amigos (ft. Salvador Sobral)” - Diogo Picão (Portugal)
Fado
“Não Sei, Meu Amor Não Sei” - Mário Lundum (Portugal)
“Lá Vai Ela” - Marcelo (Portugal)
“Rosa Secreta” - Filipa Biscaia (Portugal)
“Como Uma Flor” - César Matoso (Portugal)
Dança/Rap/Hip-Hop
“A Kind of Love (ft. Natalie Oliveri)” - SirAiva (Portugal)
“Clandestinos” - TOM GVNG (França)
“Silêncio” - Denise (Portugal)
“Burn (ft. Sabrina Alves)” - BEKA (África Do Sul)
Rock
“Meio Amor” - seBENTA (Portugal)
“Ruined Myself” - BAND, Inc. (USA)
“Give Me Life” - VAXXO (Canada)
“Eternity” - Nuno & the End (Alemanha)
Pop
“Sweet Amsterdam” - The Black Mamba (Portugal)
“A Real Man Can” - Lyia Meta (Malásia)
“Never Give You Up” - Marcy Brown (Holanda)
“Rose Water” - Alyssa Raine (USA)
“Mais ou Menos Isto” - Rita Rocha (Portugal)
“Too Much Too Soon” - Cindë (Canada)
Música Popular
“Esta Festa é de Quem” - Catraia (Portugal)
“Chocolate e Menta” - Tomás (Portugal)
“Bilu Bilu” - Safira (Portugal)
“Beija-flor” - Joey Medeiros (USA)
Canção do Ano
“Encontro de Amigos (ft. Salvador Sobral)” - Diogo Picão (Portugal), Escrito por: Diogo Picão
“O Sol Brilha” – Richfellaz (Portugal), Escrito por: Richfellaz
“Ruined Myself” by BAND, Inc. (USA), Escrito por: Giuliana Amaral and Victor Adriel
“O Biltre (ft. Paulo de Carvalho)” - Carlos Leitão (Portugal), Escrito por: Carlos Leitão
Novo Talento
Keiyana Marie Trinidad (USA)
RAFAĖLLA (Portugal)
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Língua Portuguesa
Joana Bértholo
A escritora e dramaturga, nasceu em Lisboa, em 1982. Licenciada em Design de Comunicação na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e Doutorada em Estudos Culturais pela European University Viadrina, na Alemanha. Publicou na Editorial Caminho vários romances, livros de contos e literatura infantil. Ecologia, o seu último romance, foi semifinalista do Prémio Oceanos 2019, finalista do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, finalista do Grande Prémio de Literatura DST e nomeado para o Grande Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Portuguesa 2019. O Museu Do Pensamento, recebeu o prémio de melhor livro infantojuvenil da Sociedade Portuguesa de Autores 2018 e do Prémio Literário de Fátima na mesma categoria. Joana Bértholo recebeu diversos
Fontes: Wikipedia, FNAC, Wook Fotografia: DR
outros prémios: Prémio Jovens Criadores 2005; Menção Honrosa no Prémio Nacional de Literatura Juvenil Ferreira de Castro (1998); Melhor Argumento para BD (SOSracismo e editora Baleiazul, 1999); Prémio Escrevendo a Partir da Pintura (Fundação Calouste Gulbenkian, 2000); Melhor Ensaio O Movimento Olímpico (Comité Olímpico Português, 2000); Prémio Jovens Criadores – Literatura (Clube Português de Artes e Ideias, 2005); Menção Honrosa no Prémio UP-Utopia (Universidade de Letras do Porto, 2005); 1.º lugar no Concurso Literário Persona (2006). E finalmente o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho (CMLoures, 2009) para o seu primeiro romance Diálogos Para O Fim Do Mundo (editorial Caminho, 2010).
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Obra Literária “NATUREZA URBANA”
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Sinopse
«Eu era uma pessoa simples urbana, uma planta que insistiu em crescer entre os paralelepípedos do passeio, na rua mais concorrida da metrópole, cujo destino é conhecer a sola dos sapatos de milhares de turistas e transeuntes e respirar violentas concentrações de dióxido de carbono. Eu sabia chamar um táxi, mas não o rebanho; sabia levar uma muda
de roupa à lavandaria self-service e trazê-la limpa, mas não sabia levar um cântaro à teta da vaca e trazê-lo cheio. Não sabia atear fogo, construir um abrigo, nem situar-me olhando as estrelas. Não conhecia o significado dos ventos nem descodificava as nuvens, quando antecipam temporal. Os elementos do mundo em meu redor que eu considerava naturais eram indecifráveis.»
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A Caixa Geral de Depósitos, S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal.
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Tra du zir
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Adoraria traduzir uns poemas de poetas que tanto admiro e não consigo. Fico às voltas com a elasticidade dos conceitos, de como uma coisa pode ser ligeiramente outra coisa, e não posso decidir. Tenho sempre a convicção de que destruo o poema original, forçando-o a ser o que quero e não aquilo que é.
Que levianos, prepotentes ou mentirosos podem ser, então, os tradutores? Será necessária uma pouca-vergonha qualquer para que avancem sem remorso por sobre o texto alheio? Agradeço a cada um a versão na minha Língua, única onde propendo para algum conforto, que nunca é minimamente completo nem estável. Mas cobiço a bravura de não se inibirem. Cobiço a capacidade de decisão, sabendo que uns instantes depois de fechar o seu trabalho regressam as dúvidas, a descoberta de outros termos, outra formulação que talvez dissesse com maior fidelidade o que o poeta quis dizer.
Ando há anos com alguns livros na mira. Anoto tantas versões possíveis que meus papéis mais parecem obras plásticas. Lembram as maravilhas da Ana Hatherly, atabalhoados de uma Língua ilegível que se escreve por mistério e presciência. Uma mágica. Contudo, não funcionam. Não milagram coisa nenhuma porque não brotam nem Aladino nem Virgem Maria. Não aparece nada senão mais dúvidas e a coisa infinita de seguir tentando.
Por estes dias, deitando os papéis à mesa como cartas de verdadeira adivinhação, esperei que uma crueza qualquer me acometesse e elucidasse acerca daquilo. Julgo que a vida tem destes instantes. Momentos nos quais nos sentimos inteiros e lúcidos e tudo quanto havia para dirimir vai despachado sem mais pasmo nem espanto, sem mais cerimónia nem melindre. E ali estive. Os olhos sorrindo de quem se preparara para a normalidade de escolher um juízo sem culpa. Julgar. Julgaria sobre
o que seria um poema deste e daquele poeta em português e ficaria sem remorso, impune, feliz.
Não foi possível. Para cada poema defini um mínimo de quatro versões. Alguns vão acima das dez versões. Ainda assim, soando-me tão brilhantes no original passam a débeis bichos em português. Como poderia eu decidir de entre animais magoados quando o poema original me soa a uma fera caçadora, potente, sem mácula? Poderei eu estar equivocado e o original incidir com fascínio sobre mim porque me fascina, na verdade, a outra Língua? Ou serei tão falho tradutor que não encontro no português modo de verter com competência a magnitude dos versos estrangeiros?
Sinto-me como o meu irmão quando éramos miúdos e sabia que não ia ganhar o jogo. Dava um coice no tabuleiro, atirava tudo ao chão e não era mais possível prosseguir o jogo nem provar a situação de vantagem de uns e desvantagem de outros. Sinto-me com a mesma vontade de alagar o tabuleiro e tirar de frente a prova de que os meus queridos poemas dos meus queridos poetas estrangeiros estão encurralados para lá de uma fronteira que, por mais que eu me esforce, não podem atravessar.
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Do inconformismo à Liberdade
Créditos : Direitos Reservados
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“Em cada esquina um amigo, em cada rosto igualdade” foi um dos sinais que, carregado de coragem, deu força ao inconformismo português de quem não queria viver a vida de boca calada. Um Portugal cansado, espezinhado, mas com audácia viu nos cravos vermelhos a certeza de revolução.
Um Estado Novo que já cheirava a velho, impunha o lema de “Deus, Pátria e Família”. Para garantir a decência, as crianças eram separadas por género na escola, limitando o seu contacto. E nas ruas, os casais mantinham a distância, já que qualquer sinal de afeto que pudesse ser considerado impróprio dava direito a multa, detenção e os homens ainda saiam da esquadra de cabeça rapada. Algo tão banal como dar as mãos, chegava a custar dois escudos e meio. Quem tivesse filhos e não fosse casado, ficava registado que eram filhos de ‘pai incógnito’. E quem casasse pela igreja, não tinha direito ao divórcio.
Num país pobre, reinava o analfabetismo, e a progressão de estudos estava restringida à elite. Contudo, quem frequentava a escola, aprendia realidades alternativas impostas por quem não queria deixar a grandiosidade do colonialismo morrer. Já Goa, Damão e Diu se tinham libertado dos portugueses e os manuais escolares continuavam a ensinar o contrário. Enquanto isso, quem não tinha a sorte de ir para a escola, em vez de ser criança, trabalhava nos campos como gente grande. As mulheres eram consideradas semi-pessoas, soterradas numa sociedade patriarcal e opressora. Só tinha direito a voto aquelas que tinham estudos mais avançados ou eram chefe de família por serem viúvas. Um marido controlava tudo, desde as autorizações para viajar até à correspondência. Até certas profissões acarretavam limites na vida pessoal. As enfermeiras, telefonistas ou hospedeiras não estavam autorizadas a casar. Já as professoras, poderiam fazê-lo, mas apenas com a aprovação do Ministério da Educação. Durante os anos 40 e com a chegada de refugiados da Segunda Guerra Mundial, Salazar viu comportamentos que o deixava escandalizado, desde mulheres a ir sozinhas aos cafés ao uso da minissaia, e para pôr fim à selvajaria e preservar o “mínimo de decência” rapidamente se obrigou o uso de biquíni que cumprisse os requisitos mínimos de cobertura do corpo feminino.
Também os homens enfrentaram vários desafios, sendo o maior de todos a guerra colonial. Não existia liberdade de expressão e o associativismo era totalmente proibido. Qualquer reunião com mais de três pessoas gerava suspeita já que a lei da nação era não conspirar contra o Estado. Para garantir que isso não acontecia, até se proibiam os jogos de cartas nos comboios. Os estudantes envolvidos em atividades associativas eram suspensos, presos, até forçados a incorporar o regime militar e enviados para as colónias. Quando o fatídico dia che-
gava, de lutar numa guerra que não era deles, era só do ego, ninguém escondia o medo, há quem tenha fugido para a França e outros que não vissem saída senão enfrentar a miséria. Quem ficava, não ficava muito melhor. Havia tanto dinheiro, quanto liberdade – para o cidadão comum, praticamente nada. Não havia salário mínimo, o patrão pagava o que queria e muitos idosos nem pensão de reforma tinham. Portugal vivia amordaçado por uma ditadura implacável que não perdoava ninguém. Milhares de opositores foram presos, torturados e até assassinados pela polícia política. Outros viram-se sem emprego e obrigados a imigrar – não é coincidência que os portugueses estejam espalhados pelo mundo. A polícia infiltrava-se sorrateiramente na vida de todos e o inimigo podia ser o próprio irmão. Ter opinião, ou pelo menos dá-la em voz alta, era um luxo dos mais valentes, dos inconsequentes ou daqueles que já não tinham nada a perder. Aqui até a mendicidade era regulada, só podia pedir esmola quem tivessem caderneta a comprovar uma incapacidade física ou mental.
Os meios de comunicação eram tão vigiados que as notícias só podiam ser publicadas depois de serem lidas e autorizadas pelos Serviços de Censura. Proibiram-se também certos livros que se considerava trazerem más ideias – desde Bichos de Miguel Torga, ao Anticristo de Nietzche. Até a Banda Desenhada se viu escrutinada, os nomes tinham de ser aportuguesados e os super-heróis sempre que mostravam uma arma viam-se censurados.
O medo que algum produto estrangeiro entrasse no país para contaminar o regime era tanto que se proibia o uso do isqueiro, já que Portugal fabricava fósforos, e se proibia o consumo de Coca-Cola que na versão oficial se devia aos efeitos do alto teor de cafeína, mas que provavelmente se devia ao medo dos ares de modernidade.
A força de uns, garantiu a liberdade de todos. E sendo o 25 de abril de 1974 a prova da democracia, que tão dificilmente se ganha, mas que rapidamente se pode perder, sobra sempre uma coisa – o inconformismo de quem quer ter voz.
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Mulheres com profissões maioritariamente de homens!
Isabel Rosado | Biografia
- Presidente e co-fundadora da Palhaços d´Opital;
- Doutora Palhaço na Palhaços d’Opital de fevereiro de 2013 a 2019;
- Formação com Pedro Fabião, Palhaço em contexto Hospitalar;
- Formação com Sérgio Claramaunt, PayaSOSpital, Espanha;
- Formação conjunta Palhaços d’Opital, Nariz Vermelho e Remédios do Riso com Sérgio Claramaunt (Lisboa);
- Formação com Olivier-Hugues Terreault, Jovia Canadá (Palhaço em contexto hospitalar com Seniores);
- C2Uexpo. Vancouver Canadá, apresentação do trabalho da Palhaços d’Opital com Seniores com demência na Universidade SFU Vancouver. Maio 2017;
- Licenciatura em Professores do Ensino Básico, variante de EVT, pela Escola Superior de Educação de Coimbra.
- Participação no Healthcare Clowning International Meeting 2018 e 2022
- “Top 100 Women in Social Enterprise in 2021” pela Euclid Network
- Candidata ao Prémio ACTIVA Mulheres inspiradoras 2022 na área Solidariedade.
Palhaços d’Opital | Apresentação
A Palhaços d’Opital, associação cultural sem fins lucrativos, desenvolve a arte e o trabalho dos palhaços, junto dos mais velhos em ambiente hospitalar e/ou institucionalizados. A Palhaços d’Opital leva humor, alegria e os afetos aos 8 hospitais parceiros: IPO de Coimbra, Centro Hospitalar Tondela-Viseu (Hospital de Tondela e Hospital de Viseu), Centro Hospitalar Baixo Vouga (Hospital de Aveiro e Hospital de Águeda), Hospital da Figueira da Foz (HDFF), Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) e Hospital Universitário de São João, Porto. Por ano visita diretamente mais de 15 mil utentes, 150.500 indiretamente e passa mais de 1.000 horas em ambiente hospital.
Website: pdo.pt
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Créditos : Direitos Reservados
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Créditos : Direitos Reservados
Sempre sonhou com esta profissão? Houve algum acontecimento/experiência que tenha despoletado o seu interesse por esta ocupação ou aconteceu por mero acaso?
O Jorge Rosado começou a fazer formações e a trabalhar como palhaço em 2004. Apaixonou-se pela arte do Doutor Palhaço. Em finais de 2012, eu e vários amigos começámos a incentivá-lo a começar um projeto dele. Mas os palhaços que conhecíamos que tinham formação nesta área (hospitalar) já trabalhavam e não tinham disponibilidade. A resposta que ele me deu foi: “Vem tu comigo! Eu ensino-te! Se tu vieres comigo então eu começo um projeto!”.
E foi assim, por amor, para ele poder iniciar um projeto dele, que decidi começar a aprender a arte do Doutor Palhaço. Decidimos dedicar o nosso trabalho aos mais velhos visto que a sociedade está muito mais desperta e disponível para ajudar projetos que estão vocacionados para as crianças. Mas, apesar de ser professora, mãe e adorar crianças, tive o privilégio de conviver com os meus avós, já tinha perdido a minha mãe, e todos estes fatores contribuíram para que estivesse bastante sensível para as várias problemáticas que envolvem os mais velhos e a forma como os tratamos. E acabei, também eu, por me apaixonar pela arte do palhaço e do palhaço em ambiente hospitalar, pela alegria que é darmos um pouco do nosso tempo aos outros, esquecermo-nos dos nossos problemas e por instantes ver que temos o poder de transformar o dia de outras pessoas, de as fazer sorrir, de as fazer acreditar de novo!
Sendo esta uma profissão, maioritariamente, desempenhada por homens, sentiu alguma dificuldade no acesso a ela? Sente-a valorizada pela sociedade?
Tive o privilégio e a facilidade de ter ao meu lado e a orientar-me um profissional já com 8 anos de experiência e muitas formações na área. Ao início, quando íamos fazer formações, achavam que eu era apenas a “mulher” do palhaço. Mas com o decorrer do tempo, e como estávamos a trilhar caminho novo, o que fazia com que tivéssemos por vezes visões e preocupações diferentes dos doutores palhaços para crianças, fomos construindo uma visão “nossa”, como associação. E hoje em dia somos reconhecidos pela nossas forma de trabalhar, mesmo por outros projetos que, entretanto, começaram para o mesmo publico (mais velhos).
A maioria das pessoas quando pensam em palhaços pensam no palhaço tradicional, no palhaço de circo. E quando pensam em doutores palhaços, pensam em crianças. Mas quando dizemos que trabalhamos com os mais velhos, ficam agradavelmente surpreendidos. Sentimo-nos particularmente valorizados por todos aqueles com quem trabalhamos diretamente, quer sejam os pacientes, as famílias, os profissionais de saúde…
Considera que o facto de ser mulher alguma vez a limitou profissionalmente?
O facto de ser mulher traz-me ainda mais desafios. E na pandemia ainda mais. Nós, mulheres, temos que saber conciliar muito mais tarefas que os homens, essa é a verdade. E se também é verdade que temos capacidades mentais que ajudam, facto que já está cientificamente comprovado, não é menos verdade que somos humanas, temos as nossas limitações. Em janeiro de 2020 iniciei a tempo inteiro o meu trabalho na Palhaços d´Opital, deixando para trás 23 anos como professora do ensino básico. E em março ficávamos todos “presos” nas nossas casas. Tive que aprender a balancear o trabalho de casa com o profissional, agora também ele realizado a partir de casa. Mas o facto de ser mulher também já me trouxe reconhecimentos como estar no “Top 100 Women in Social Enterprise in 2021” pela Euclid Network ou ser uma das candidatas ao Prémio ACTIVA Mulheres inspiradoras 2022 na área Solidariedade.
Se sim, como é que lidou com a situação?
Juntando-me a outras empreendedoras sociais, partilhando as minhas experiências e os meus desafios com outras mulheres que me inspiram como a Sónia Fernandes, fundadora da Pista Mágica - escola de voluntariado ou as restantes participantes do Women Act Europe 2020, da Empow´Her de que fiz parte.
Tem sido fácil conciliar a gestão da vida familiar com a profissional?
Esse tem sido um grande desafio. Primeiro, porque trabalho com o meu marido e temos que separar o profissional do pessoal, o que não é fácil. Depois porque desde março de 2020 que trabalho a partir de casa, a equipa cresceu, mas no BackOffice a tempo inteiro só estou eu, pelo que tenho uma grande sobrecarga de responsabilidades e tarefas neste momento. Não considero que tenho um trabalho, mas uma missão e a causa para que trabalho por vezes absorve-me completamente, as solicitações são muitas e várias, nem sempre consigo tirar tempo para mim.
Sonhadora, persistente e lutadora. Destas três palavras qual delas escolheria como lema de vida? Porquê?
As três definem-me bem. Nestes últimos tempos a que melhor me tem definido é lutadora! Lutadora de uma causa e missão que deve ser de todos visto que é para todos: valorizar e dignificar a pessoa mais velha. Como diz Carmen Garcia no seu livro, A Última Solidão, “O mundo está cheio de velhos. Dos que já o são e dos que o seremos um dia. E nós aqui andamos fazendo de conta que ali, do outro lado do muro, a velhice não nos espreita enquanto se esforça por driblar a morte. Mas sabem o que é que nos rebenta de verdade? A certeza de que a mesma velhice que repudiamos é a nossa maior esperança. A certeza de que a pele de agora, mais ou menos lisa, gritará vitória se chegar a ser marcada pelas rugas que não são mais do que linhas do tempo. Do que já vivemos e do que nos resta."
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Mulheres com profissões maioritariamente de homens!
Susana Gonçalves | Biografia
Nasceu em Viseu, em 1990. Concluiu a sua licenciatura em Teatro e Educação na Escola Superior de Educação de Coimbra em 2012. Colaborou com o Teatro Molinum e a Companhia de Teatro Baal 17, participando como atriz residente em várias produções. Nesta companhia desenvolveu também o trabalho de formadora e de assistente de produção. Ao longo do seu percurso fez diversas formações na área como: Curso de Teatro com Rafaela Santos; Projeto Panos com Graemme Pulleyn; Workshop de Cinema - Associação Os Filhos De Lumière; certificado de Competências Pedagógicas, pelo IEFP; formação de Produção nas Artes do Espetáculo com Patrícia Pires; formação em Edição de Vídeo com João Pico; oficina de Escrita para Teatro com Pedro Fiuza.
Trabalhou, também, como formadora em grupos de teatro informais e como professora de Expressão Dramática a alunos do 1º Ciclo. Também fez várias formações na área do Clown: workshop de Clown com Pedro Fabião; workshop de Fisicalidade com Rui Paixão; workshop de Clown Doctor com Olivier Hughes-Terrault; workshop de Clown Doctor com Rodrigo Robleño; workshop 0,1,2,3 do Palhaço com Alex Navarro e Caroline Dream; workshop de Clown em contexto hospitalar com Ami Hattab; workshop Criação Cómica e Clownesca com Rodrigo Malvar workshop de Palhaçaria com Eva Ribeiro.
Desde 2016 que integra a equipa da Palhaços d’Opital, como a palhaça d’Opital - Doutora Donizete e, desde aí que vem, também, desenvolvendo trabalho na gestão e formação de equipas.
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Sempre sonhou com esta profissão? Houve algum acontecimento/ experiência que tenha despoletado o seu interesse por esta ocupação ou aconteceu por mero acaso?
Desde criança que sempre adorei brincar ao “faz de conta”, inventar outras personagens, mascarar-me e sobretudo fazer os outros rir. Em adolescente acabei por participar em vários cursos de teatro e em projetos que conjugavam o teatro escolar e juvenil, o que, inevitavelmente, me levou a escolher isto como profissão. Licenciei-me em Teatro e Educação pela Escola Superior de Coimbra e após passar por companhias de teatro e outros projetos na área, vi nos Palhaços d’Opital uma oportunidade e um novo desafio. A área do palhaço era uma área que não tinha explorado muito, mas que me despertava muita curiosidade, sobretudo os palhaços em contextos complexos, como os hospitais. Desde 2016 que faço parte da equipa da Palhaços d’Opital e desde aí que todos os dias me apaixono um pouco mais por esta profissão, pelas pessoas com quem todos os dias nos cruzamos e com as suas histórias de vida inspiradoras. As artes no geral têm o poder de provocar mudança, e é para mim muito gratificante poder fazê-lo em momentos tão vulneráveis que nos ensinam tanto. Sendo esta uma profissão maioritariamente desempenhada por homens, sentiu alguma dificuldade no acesso a ela? Sente-a valorizada pela sociedade?
Não senti, pois a Palhaços d’Opital é uma associação bastante inclusiva com valores com os quais me identifico, com uma equipa artística composta maioritariamente por mulheres. Sendo nós uma associação de cariz social, que defende acima de tudo a humanização, a valorização e a dignificação da pessoa mais velha, não faria sentido ser de outra forma. Quanto à profissão ser valorizada pela sociedade, estamos no bom caminho para isso, é reconhecida como um trabalho importante e cada vez mais necessário, apesar de ainda persistir muito a ideia de que trabalhamos como voluntários.
Considera que o facto de ser mulher alguma vez a limitou profissionalmente?
Diria que não. Felizmente tive a sorte de encontrar projetos que não excluem nem dificultam com base no género, talvez porque a arte nos ajuda a refletir, a compreender a sociedade e a desafiar para a mudança. Desde há uns anos que muitas mulheres têm vindo a reafirmar-se como palhaças, usando a área do clown como forma de intervenção política e comunitária.
Tem sido fácil conciliar a gestão da vida familiar com a profissional?
Neste momento é mais desafiante, fui mãe há 9 meses e a maternidade só por si já traz bastantes desafios, as rotinas mudam, as responsabilidades aumentam, os imprevistos acontecem, os dias só têm 24h e sentimos o dever de cumprir com as nossas funções. No entanto, sinto que tenho bastante apoio tanto por parte da família como da equipa, o que facilita imenso esta gestão.
Sonhadora, persistente e lutadora. Destas três palavras qual delas escolheria como lema de vida? Porquê?
Sonhadora, sem dúvida, apesar de as três estarem interligadas. O sonho é o princípio de tudo, quando sonhamos com algo pelo qual queremos muito, trabalhamos para o alcançar, lutamos por isso, desafiamo-nos a nós e ao mundo, mudamos a sociedade.
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Carlos Cruchinho Licenciado no ensino da História e Ciências Sociais
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CRIMES DE BATA BRANCA
Em meados dos anos 1960, a Dinamarca tomou medidas drásticas para o controlo da natalidade na Gronelândia. Durante mais de uma década, foram colocados dispositivos intrauterinos em adolescentes, sem o conhecimento das mesmas, nem dos seus pais. As raparigas eram informadas pela professora que tinham uma consulta marcada no hospital à qual iam sozinhas, durante a qual lhes era colocado o dispositivo sem aviso nem informação prévia ou posterior. Os vulgarmente designados DIU são concebidos e desenhados para úteros de mulheres adultas. Estas jovens tinham entre 12 e 14 anos, quase todas eram virgens. Não só o procedimento foi abusivo, como o tamanho do DIU era totalmente desadequado para o útero de uma adolescente, provocando dores horríveis e persistentes, hemorragias durante semanas, infeções, em muitos casos esterilidade e cancro do útero.
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A Gronelândia é um país com um clima extremamente agreste, cuja subsistência da sua população, maioritariamente Inuíte, se baseava numa forte estrutura familiar e espírito coletivo. Avós, pais e filhos viviam juntos em famílias numerosas. Nadjya Lyberth era a quinta filha de dez irmãos. Conheci a sua história através de um documentário da BBC News, “Gronelândia, a geração perdida”, narrado pelo seu testemunho e das suas amigas de escola, todas vítimas da “Campanha da Serpentina”.
É impossível ficar indiferente ao sofrimento que atravessou a vida destas mulheres. Além de constituir uma violação dos direitos fundamentais, trata-se de uma geração que vive em sofrimento permanente. A maioria não cumpriu o sonho de ser mãe. Nadjya engravidou mais de dez anos depois de estar casada e conseguiu ter um filho. A sua amiga Holga não teve a mesma sorte; o primeiro casamento falhou e no segundo adotou uma menina. Outra amiga, Albertine, já falecida, nunca conseguiu engravidar. Nem tudo é mau quando se utilizam as redes sociais. Foi através de um grupo no Facebook que a corajosa Nadjya se aventurou na tarefa de procurar e de reunir um grupo de vítimas deste processo. Entre 2017 e 2022 mais de 200 mulheres juntaram-se-lhe. No documentário, o ministro da Saúde dinamarquês admitiu que o procedimento foi decidido pelo Governo e executado por médicos dinamarqueses que foram enviados com o objetivo de cobrir todo o território até à aldeia mais recôndita. A conspiração resultou, os índices de natalidade caíram drasticamente entre 1966 e 1974.
Mais de 40 anos depois, Nadjya e Holga regressam à escola e ao hospital para uma viagem no tempo, dolorosa e ao mesmo tempo libertadora. Dezenas de mulheres juntaram-se no local num encontro emotivo que evoca uma vigília, liderada por Nadjya onde lágrimas e abraços são partilhados. Ouvimos histórias de desolação, nas quais os sentimentos de impotência e de perplexidade pairam como sombras malignas no destino marcado destas mulheres, impedidas de serem mães, que não têm agora filhos que possam cuidar delas na velhice. Nenhuma mostrou raiva ou desejo de vingança. Apenas uma tristeza profunda e imensa, tão sombria que parece vir do início do Mundo.
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Feliz Páscoa
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Ageísmo: compreendendo e combatendo a discriminação contra pessoas mais velhas
As redes sociais, muitas vezes, são instrumentos de conscientização e debate. E, é através delas que há a possibilidade de colocarmos o “dedo na ferida” para dialogarmos sobre assuntos difíceis. E foi o que aconteceu nos últimos dias. Mais um facto triste que viralizou nas redes que gerou muitas discussões e apoio. Numa faculdade no Brasil, três estudantes de biomediciona fizeram vídeos nas suas redes sociais, ridicularizando uma colega que estava no mesmo curso. A ridicularização se dava ao facto de que essa colega ter 40 anos e ainda se interessava em estudar. Sim, para aquelas três estudantes, ter 40 anos é ser uma pessoa velha. Não bastasse isso, elas alegaram através deste vídeo, que pessoas velhas não podem mais fazer faculdade. Inegável que se trata de, no mínimo, um absurdo, mas esse tipo de pensamento é mais comum do que se imagina. Esse preconceito tem nome: ageísmo! O preconceito de idade é uma forma de discriminação que ocorre quando os indivíduos são estereotipados ou discriminados com base em sua idade. O preconceito de idade pode ser direcionado a qualquer faixa etária, mas é mais comummente associado a atitudes e comportamentos negativos em relação aos adultos mais velhos.
Embora o preconceito de idade seja um problema sério que pode ter consequências negativas para os indivíduos e para a sociedade como um todo, muitas vezes é negligenciado ou descartado como inofensivo. Isso é, especialmente, verdadeiro em culturas que valorizam a juventude e a beleza e onde o envelhecimento é visto como um processo negativo e indesejável.
No entanto, o preconceito de idade é um problema que merece atenção e ação. Pode levar à redução da auto-estima, isolamento social e problemas de saúde entre os idosos. Além disso, o preconceito de idade pode limitar as oportunidades para os idosos no local de trabalho e na sociedade de forma mais ampla, perpetuando a desigualdade e a injustiça.
Para combater o preconceito de idade, é importante reconhecer e desafiar os estereótipos sobre o envelhecimento e os adultos mais velhos. Esses estereótipos podem assumir várias formas, incluindo suposições de que os idosos são frágeis, esquecidos ou tecnologicamente incompetentes. Tais estereótipos podem levar à falta de respeito e dignidade para com os idosos, o que pode contribuir para o preconceito de idade.
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Em vez de perpetuar esses estereótipos negativos, podemos trabalhar para promover uma visão mais positiva e humanizada do envelhecimento. Isso inclui, reconhecer e celebrar os pontos fortes e as contribuições dos adultos mais velhos, bem como desafiar atitudes e crenças negativas sobre o envelhecimento.
Além disso, podemos trabalhar para criar uma sociedade mais inclusiva e solidária para pessoas de todas as idades. Isso pode incluir a defesa de políticas que promovam comunidades amigas do idoso, como moradia e transporte acessíveis, bem como programas que promovam conexões e compreensão intergeracional.
Existem várias razões pelas quais algumas pessoas podem se envolver em preconceito de idade: Ignorância e Estereotipagem: Algumas pessoas podem ter experiência limitada ou exposição a pessoas de diferentes idades e podem confiar em estereótipos ou suposições para fazer julgamentos sobre indivíduos ou grupos. Por exemplo, alguém pode presumir que todos os adultos mais velhos são frágeis ou menos competentes do que os adultos mais jovens.
Medo de envelhecer: alguns indivíduos podem se sentir desconfortáveis com a ideia de envelhecer e podem projetar seus medos nos outros ao se envolverem em comportamentos etários. Eles podem ver o envelhecimento como uma experiência negativa e perceber os idosos como um lembrete de sua própria mortalidade.
Normas Sociais: Atitudes e comportamentos etários podem ser reforçados por normas culturais e sociais que privilegiam a juventude e equiparam o envelhecimento com declínio e perda. Essas normas podem ser reforçadas por meio
da media, publicidade e outras mensagens sociais.
Fatores económicos: Em alguns casos, o preconceito de idade pode ser motivado por fatores económicos, como a perceção de que os trabalhadores mais velhos são menos produtivos ou mais caros de contratar. Isso pode levar a práticas discriminatórias no local de trabalho, como decisões de contratação ou demissão com base na idade.
Ao reconhecer e desafiar o preconceito de idade, podemos criar uma sociedade mais justa e equitativa para pessoas de todas as idades. Podemos todos trabalhar juntos para promover respeito, dignidade e humanização para os idosos e pessoas de todas as idades. Para estar a par de um conteúdo mais profundo sobre o assunto, lhe convido a visitar este website da World Health Organization: Global Campaign to Combat Ageism - who.int/ageing/ageism/en.
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PRIMAVERA… PARA ONDE ME LEVAS?
Parece que finalmente (ainda que com alguma timidez e com uns “vai e vem” de chuva e frio pelo meio) nos começamos a despedir de uma vez por todas do inverno e do mau tempo. Os dias são agora maiores, mais ensolarados… e felizes, não concordam? A primavera traz consigo a vontade de passar mais tempo ao ar livre, a aproveitar o bom tempo, mas também de começar a planear uns dias de descanso. Se este é um dos vossos desejos, porque não aproveitar esse período de férias para fazer aquela viagem que têm vindo a adiar? Se o que vos falta é inspiração ou se simplesmente não conseguem decidir qual será o destino ideal para aproveitar estes dias primaveris, onde os raios de sol se fazem sentir, encontraram o artigo ideal! Tomem nota destes locais onde com certeza não precisarão de casacos, gorros ou cachecóis: na realidade, a vossa mala terá que contar com roupa fresca e, quem sabe, uns calções, bikini ou fato de banho para dar uns bons e refrescantes mergulhos!
A Condé Nast Traveller, uma revista de viagens de luxo e estilo de vida publicada pela Condé Nast e que já ganhou 25 National Magazine Awards, fez uma seleção de 10 destinos que considera perfeitos para serem visitados em maio, que vão desde uma belíssimo segredo do Mar Egeu até a um cenário criativo e improvável no deserto do Novo México. Há, portanto, destinos para todos os gostos! Inspirem-se!
Antiparos, Grécia
Se procuram um pequeno paraíso é aqui que o vão encontrar. Antiparos tem sido o destino escolhido por um número cada vez maior de celebridades e é fácil perceber porquê, a sua enorme beleza e águas limpas e de um tom azul incrível aliam-se a um silêncio e tranquilidade que já começam a ser difíceis de encontrar em destinos de sonho mais populares. Tom Hanks e Rita Wilson, por exemplo, compraram uma casa na ilha há 15 anos, enquanto Madonna, Bruce Springsteen e Matthew McConaughey elegeram este local para uma escapadinha. Para além das praias arenosas banhadas por águas calmas, podem ainda contar com a diversão proporcionada pelos bares de cocktails - abertos até ao amanhecer - e descobrir um clube de praia/restaurante/boutique hotel, o The Beach House, que se esconde numa enseada.
Formentera
Não se pode dizer que este seja um destino completamente desconhecido. Formentera é a mais pequena das quatro ilhas que formam as Baleares, juntamente com Maiorca, Menorca e Ibiza - é a partir desta última que é feito o acesso a Formentera. E é como ir de “água para vinho”, como se costuma dizer! Se uma é conhecida pelo seu clima de festa e até algum excesso, a outra surge como um pequeno refúgio com pouco mais de 11 mil habitantes, com uma beleza natural e paisagens de tirar o fôlego. Torna-se ainda obrigatório visitar o Faro de La Mola, o ponto mais alto da ilha (192 metros), para relaxar, apreciar a vista e sentir a paz e energia do oceano.
Úmbria, Itália
Também conhecida como o “umbigo de Itália” a região da Úmbria faz-nos mergulhar na beleza rústica da paisagem toscana, mas num ambiente muito mais calmo, sem a confusão de um grande número de turistas. Este é, sem dúvida, um local muito menos “descoberto” do que os principais destinos italianos: aqui viajamos por incríveis aldeias medievais onde são servidas, em fazendas e florestas, deliciosas refeições de slow food. Não se esqueçam do telemóvel ou da máquina fotográfica: as paisagens são dignas de registo!
Riviera Albanesa
A Riviera Albanesa foi apelidada de “nova Croácia”, muito provavelmente graças à tonalidade surpreendente e cristalina das àguas do Adriático. Por aqui, para além das praias de água cristalina, vão também encontrar um tempo quente (temperaturas a rondar os 22º em maio), bom marisco e um povo bastante hospitaleiro. Aliado a tudo isto está ainda um preço muito competitivo em relação a outros destinos paradisíacos. Razões não faltam, portanto, para visitar e descobrir a Albânia.
Costa Turquesa, Turquia
Se, para vocês, férias perfeitas são sinónimo de, aventura, exploração e praias paradisíacas: esta lindíssima região, localizada no sudoeste da Turquia, também conhecida como Costa Lícia, é um autêntico oásis de cores, texturas e sabores. Para além das suas águas e temperaturas perfeitas (o clima é ameno durante todo o ano) existem ainda as vilas de pescadores, grutas, ruínas arqueológicas e muita cultura histórica para explorar.
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Tóquio, Japão
É na rua que se vive toda a experiência de Tóquio, capital do Japão. As multidões, o brilho do néon, os arranha-céus iluminados e até a mundialmente famosa street fashion fazem dela um dos destinos mais procurados no mundo. Mas há muito mais para descobrir nesta que é uma das maiores metrópoles do mundo: incluindo templos históricos, como é exemplo o opulento santuário xintoísta Meiji, e os inúmeros museus da cidade.
Santa Fé (Novo México)
De tão original que é, Santa Fé torna-se no destino de eleição de um público tão vasto quanto artistas, aventureiros, esquiadores, escritores… ou simplesmente curiosos! A sua riqueza cultural e histórica fazem dela um dos destinos mais procurados por viajantes de todo o mundo. Entre monumentos, museus e trilhos, há muito para ver e descobrir em Santa Fé. Calcem o vosso calçado mais confortável e partam à descoberta!
Búzios, Brasil
Se queremos falar de calor… temos de falar no Brasil! Embora o país seja um destino apetecível qualquer que seja a estação do ano, há uma certa tendência para se optar por um roteiro que se cinge à região do Rio. No entanto, a apenas três horas de distância encontramos aquilo a que podemos chamar a versão brasileira de St Tropez. Conhecida por ser um sofisticado destino de férias, a península acolhe cerca de 20 praias, todas elas de uma enorme beleza natural. Além disso, Búzios é também conhecida pela sua animada vida noturna.
Seychelles
Neste que é o menor país do continente africano, formado por um conjunto de 155 ilhas, não faltam maravilhas. Começamos pela temperatura: quente, mas não demasiado; passamos pela sua beleza inigualável e terminamos na viagem que fazemos através das cores e sabores encontrados nas bancas dos mercados locais. É aqui que se encontram o atol de coral de Aldabra e o Vallée de Mai, conhecido como Jardim do Éden, considerados Património Mundial da UNESCO. Entre as diversas ilhas destacam-se Mahé, Pralin e La Digue.
Ilha Boracay, Filipinas
Praia de areia fina e branca, com águas azul-turquesa: uma boa forma de definir o paraíso, certo? Pois fiquem sabendo que podem encontrá-lo no coração das Filipinas. A pequena ilha Boracay oferece a possibilidade de relaxar, fazer desportos náuticos, ou contemplar as vistas panorâmicas no observatório do Monte Luho. Mas atenção: depois de ter estado “fechada para reabilitação” após um período de intensa procura, a ilha reabriu com novas regras. Os voos para a ilha são limitados, fumar e beber bebidas alcoólicas são proibidos em White Beach, assim como casinos e plásticos descartáveis e os desportos náuticos estão restritos a zonas específicas.
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Primavera Serena
APrimavera 2023 traz de volta os tons serenos da Páscoa; o rosa pálido, o azul-turquesa , o verde menta, o lilás, o amarelo claro, e o branco pérola. Para quem mantém roupa por décadas, como eu, a boa notícia é que esta primavera pode desacelerar o ímpeto do consumo, porque os clássicos voltaram a estar na moda. Se não vejamos; os blasers “oversized” dos anos 90 regressaram às ruas; bem como as gangas; as rendas; os brilhos, as transparências; as saias maxi, os padrões florais; os sapatos estilo “Mary Jane”; as “sabrinas”, já para não falar nos ténis, que desde o início da década, acabaram por ser aceitáveis até com fato completo.
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Maria João Rafael Consultora de Imagem
Para esta Primavera, umas das tendências mais divertidas que pode ser misturada com peças mais clássicas ou mais “avant-garde”, são os metalizados. Podem aparecer sob a forma de t-shirt ou numa saia, bem como no calçado, mas que numa combinação subtil, confere um toque de classe.
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Nas semanas da moda, os padrões grandes, mais concretamente os florais, estiveram em alta - o que vem sendo normal nesta estação conotada com o desabrochar das flores e dos frutos. Contudo, este ano os designers como a Gucci; Dries Van Noten; Carolina Herrera; elevaram a textura e a dimensão dos florais, através da aplicação de rendas e detalhes bordados em tudo, desde topos, vestidos, ao calçado. Desta feita, os florais são maiores e indiscretos, em vez de delicados apontamentos. Outra novidade que se viu na “passerelle”, foram sedas sobrepostas, em tunicas sobre calças largas.
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faça já a sua encomenda para o dia das mÃes
Happy Easter
Padrões em organzas e sedas, tecidos leves e com movimento, com outros tecidos com alguma textura, são uma boa combianção. Os “tweeds” da Chanel nunca sairam de moda; este ano parecem saídos dos anos 60, bem como as “sabrinas” que conferem o mesmo conforto dos ténis, auferindo a suavidade que se espera da Primavera.
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Wishing all the hard-working members and their families a spring season that is full of hope, prosperity and good health.
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Abril Horóscopo
Abril - o mês em que o sol da primavera traz energia não só à natureza, mas também, inconscientemente, a todas as pessoas. Só olhar para a natureza, tem por si só, um efeito muito positivo sobre o seu humor. O pessimismo dos meses de inverno será rapidamente esquecido. Este mês, portanto, é muitas vezes descrito como muito feliz. E, claro, as estrelas confirmam este ditado com a sua posição vantajosa.
O horóscopo para abril diz que as pessoas vão sair-se bem na sua vida pessoal, se no início deste ano, viveram alguma depressão neste campo. Finalmente, as pessoas começam a viver. Além disso, pode esperar momentos de alegria e boa saúde.
Planetas em Abril de 2023
O Sol em Carneiro
Neste período, pode esperar uma enorme renda de energia, tanto na carreira e relacionamentos. Finalmente, será autoconfiante. Como resultado, vai sair-se melhor na sociedade e lidar com as outras pessoas. Definitivamente, é melhor escolher uma abordagem assertiva, embora possam surgir problemas com o controlo do seu temperamento. Pode ter tendência a reagir precipitadamente ou de forma ciumenta. Além disso, será muito mais fácil alcançar seus objetivos.
Vénus em Touro
Este tempo parece ser muito intenso para si. Os seus sentidos estarão literalmente alerta, e por isso viverá cada momento profundamento, especialmente no que refere aos relacionamentos e ao amor em geral, aplica-se também aos eventos culturais como o teatro e as artes em geral. Tem tendência a exigir demasiado das pessoas à sua volta e isso parece-lhe natural, no entanto isto pode virar-se contra si. É melhor decidir cuidadosamente.
Mercúrio em Touro
Neste período, muitas vezes temos tendência a comportarmo-nos racionalmente e a tentar manter a calma. Parece que as emoções não nos preocupam, quando afetadas por Mercúrio. A nossa comunicação é bastante lenta e prudente, mas por outro lado, é muito compreensível. Além disso, será capaz de terminar tudo com sucesso graças à sua paciência e resistência. Portanto, nada impede o seu desenvolvimento.
Marte em Caranguejo
Durante este período, a sua energia deve ser dirigida para seus amigos mais próximos e familiares - a casa que todos criam. Nestes dias, as suas tendências protecionistas serão muito fortes. Irá responder ao stresse com uma atitude defensiva. Se mantiver as suas emoções suprimidas, isso pode levar à amargura e à raiva irracional.
AQUÁRIO
Agora haverá uma maior compreensão do modo como o passado condiciona o comportamento presente. Há factos no passado que, no íntimo, o marcaram negativamente perturbando a liberdade e descontração do espírito. Aproveite, pois, este período para fazer uma profunda análise da sua vida e arrumar de vez os fantasmas.
CAPRICÓRNIO
A Casa V tem a ver com o conhecimento mais profundo de nós próprios. Quanto melhor me conhecer, mais e melhor poderei dar-me aos outros. É um bom momento para vermos como somos realmente, independentemente de ser a maneira como os outros nos veem.
SAGITÁRIO
É a altura ideal para se dedicar as obrigações ou àquelas tarefas inadiáveis. Poderá também sentir que está mais disponível para atender às necessidades das pessoas que trabalham consigo. Digamos que, consegue entender agora quanto estamos todos dependentes uns dos outros, para satisfazermos as nossas necessidades.
ESCORPIÃO
Dê mais atenção às opiniões dos outros, integre-se e participe mais ativamente com eles. A sua relação a dois está, neste período, valorizada. Aproveite esta ocasião para examinar bem essa relação e tente descobrir se poderá acrescentar algo que venha beneficiar mais essa mesma relação. Dê ouvidos ao seu coração.
BALANÇA É uma época de transformação, em que situações novas vão substituir a usual rotina. É possível que interiormente se sinta desajustado. Este processo passar-se-á apenas a nível psicológico, não afetando a sua vivência física. Contudo, poderá sentir alguma dificuldade em lidar com as tarefas do dia-a-dia.
VIRGEM
Sentirá agora um maior interesse no campo espiritual, analisando temas religiosos e as suas derivações metafísicas. É possível que as ciências ocultas prendam a sua atenção e que procure encontrar uma explicação para o considerado sobrenatural. Sentirá também curiosidade por tudo o que se relacione com a lei.
LEÃO
O seu comportamento e atitudes em geral serão mais observados pelos outros e poderá colher, agora, os frutos do seu esforço e ver realizados alguns sonhos. Com a sua imagem reforçada, o reconhecimento público estará ao seu alcance e um convite tentador poderá surgir. Se considera que está à altura das novas responsabilidades, aceite.
CARANGUEJO
A sua relação com o grupo de amigos e com a sociedade em geral está amplamente beneficiada. Ajude ou peça ajuda aos amigos. Notará uma grande identificação com eles e descobrirá novas facetas do seu ego, quiçá escondidas no seu interior, e que agora poderá trazer à luz do dia para benefício de todos.
GÉMEOS
Neste período poderá sentir uma maior nostalgia e inquietação, ou sofrer alterações inesperadas de comportamento e de humor. Haverá uma vontade acentuada de mergulhar com maior profundidade no subconsciente, procurando compreender de que forma o lado irracional tem influência na sua vida quotidiana. Adie a tomada de decisões.
TOURO
Conclua depressa os trabalhos que tem em mão por acabar. Resolva todas as situações que tem vindo a adiar. Vai começar um novo ciclo e é conveniente estar livre para entrar nele com sucesso. Nesta fase estará mais a analisar o seu interior do que o Mundo em geral. Vai aprender a conhecer-se melhor.
CARNEIRO
Ao longo deste período conseguirá, com mais facilidade, concretizar projetos e alcançar objetivos que aguardavam o momento próprio. Poderá pôr em prática um plano ou projeto de usufruto imediato ou imobiliário que irá melhorar as suas possibilidades de ganho. Os bons resultados projetar-se-ão no aspeto financeiro.
PEIXES
Sente-se com uma energia invulgar e com um grande desejo de atividade. Aproveite este período para se dedicar a novos projetos de modo a aliviar esse “formigueiro”. Poderá sentir que tem maior discernimento e que as suas ideias estão mais claras, o que lhe pode ser útil para resolver alguma situação menos clara.
Torricado de Sardinha Culinária
Muito apreciado nas festas populares, o torricado surgiu da necessidade de os pescadores do Tejo e trabalhadores rurais da Lezíria ribatejana se alimentarem durante o trabalho.
PREPARAÇÃO
SERVE 2 PESSOAS
TEMPO DE PREPARAÇÃO: 25 MINUTOS
DIFICULDADE: FÁCIL INGREDIENTES
• 150 g de pimento vermelho
• 150 g de pimento verde
• 300 g de sardinha
• 150 g de pão de forno de lenha
• azeite q.b.
• 1 ramo de coentros
• 1 + ½ dente de alho
• ¼ c. de café de pimenta preta
• 1 c. de café de sal
• 1 c. de sobremesa de vinagre de vinho branco
1. Asse os pimentos ao lume e, quando a pele estiver bem queimada, coloque-os dentro de uma taça e cubra com película. Deixe arrefecer e retire-lhes cuidadosamente a pele.
2. Entretanto, tire os filetes das sardinhas: abra as sardinhas ao meio pela barriga, corte os filetes separando-os pela zona da espinha e faça cortes na diagonal da pele da sardinha.
3. Retire a espinha central e as espinhas do dorso da sardinha.
4. Aqueça uma frigideira com grelha, regue as fatias de pão com uma colher de chá de azeite e torre dos dois lados.
5. Pique os coentros, reserve um pouco para finalizar, e ½ dente de alho, corte os pimentos em juliana, tempere com a pimenta e o sal. Adicione uma colher de sobremesa de azeite e o vinagre. Envolver tudo com os sucos dos pimentos.
6. Esfregue o pão com um dente de alho esmagado, coloque sobre ele o preparado de pimentos e por cima os filetes de sardinha.
7. Braseie a sardinha com um maçarico e finalize com os coentros picados reservados. Regue com o restante azeite. Bom apetite!
FELIZ PÁSCOA
de obra altamente qualificada, bem treinada.
Simplesmente o melhor, desde 1903"
Quando uma comunidade se constrói do chão para cima, não existe mão de obra no planeta que seja mais qualificada para completar o trabalho eficazmente à primeira. Os membros da LiUNA e aposentados fizeram um compromisso com as suas carreiras, o que significa um compromisso com a comunidade. Um compromisso para construir as MELHORES escolas, aeroportos, hospitais, escritórios, túneis, usinas de energia, estradas, pontes, edifícios baixos e edifícios altos do país. Quando o trabalho está completo, os membros da LiUNA e aposentados continuam a viver, a jogar e a crescer nas suas comunidades, com a garantia de que a pensão é também... simplesmente a MELHOR!
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