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Daniel Correia
Consultor Financeiro Sénior
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FOTO: MIKE NEAL
ENTREVISTA: MADALENA BALÇA | FOTOS: MIKE NEAL / FAMÍLIA URBANO
Jorge Urbano
Nascido no Canadá, mas com o coração profundamente português, Jorge Urbano herdou dos pais a ligação à agricultura, apesar de a vida os ter levado para longe dos campos. Hoje, aos 42 anos, é agricultor em Georgetown, Ontário, onde cultiva maçãs, peras, abóboras e sonhos, muitos deles plantados há décadas, quando era apenas um menino em Brampton a imaginar a vida no campo. O que vos posso dizer é que há histórias que, tal como as árvores, ganham raízes fundas, atravessam o tempo e o oceano, e florescem em lugares onde ninguém esperava. A de Jorge Urbano é uma dessas histórias, feita de regressos, de memórias, de terra molhada e de um amor persistente pela vida simples e autêntica.
Os pais de Jorge vieram de Trás-os-Montes, mais concretamente das Terras do Barroso, de uma pequena aldeia do concelho de Boticas chamada Atilhó, onde a terra não é apenas sustento, mas identidade. Nos anos 70, emigraram para o Canadá em busca de melhores oportunidades, deixando para trás os campos e as colheitas, mas nunca o amor pelo trabalho da terra. Foi em Brampton que criaram a família, num país novo e numa realidade urbana que lhes era estranha. E foi nesse contraste entre o betão e a lembrança dos campos que nasceu a semente daquilo que Jorge é hoje: um homem dividido entre dois mundos, que encontrou a forma perfeita de os unir.
Todos os verões, quando regressava a Portugal, Jorge redescobria a essência das suas raízes. Entre tios, tias e avós, aprendeu a ver a beleza nas coisas simples, na forma como se colhe uma maçã, se alimenta o gado, se prepara o solo para a próxima estação. A agricultura
ficou-lhe no sangue. Aqueles verões em Atilhó foram, sem o saber, o início de um caminho que o levaria a criar a sua própria quinta, muitos anos depois, já com a sua esposa, Sandra, e os três filhos.
A Fallbrook Farms nasceu em 2016, fruto de trabalho árduo, sacrifício e fé. Não é uma exploração industrial, mas uma quinta familiar, onde cada árvore tem uma história e cada animal uma identidade. Para Jorge, a agricultura nunca foi apenas um negócio, é uma forma de vida. Durante a pandemia, quando o mundo parou, ele e a esposa abriram as portas da quinta à comunidade. Transformaram o isolamento em reencontro, oferecendo às pessoas da cidade a oportunidade de tocar na terra e perceber de onde vem a comida. “As pessoas vão ao supermercado e não sabem o que estão a comprar”, diz. “Aqui podem ver, colher e sentir o ciclo da vida.”
Entre as fileiras de macieiras e pereiras, Jorge criou mais do que uma empresa, criou um lugar de pertença, onde o passado português e o presente canadiano se encontram. A sua história é também a de tantos emigrantes que deixaram o país sem nunca o abandonar verdadeiramente. Porque, como ele próprio diz, Portugal continua no coração.
Na tranquilidade de Georgetown, com as mãos na terra e o olhar voltado para o futuro, Jorge Urbano cumpre um destino que começou há muito, talvez ainda em Atilhó, onde a primeira semente foi lançada. Hoje, as suas raízes espalham-se em dois continentes, unidas pela mesma verdade: onde há terra, há memória. E onde há memória, há casa.
AS RAÍZES EM
PORTUGAL
Antes de nascer, a história da sua família já se confundia com a da terra. Os pais nasceram em Atilhó, onde o trabalho agrícola faz parte do quotidiano e do carácter das pessoas. Ali, entre campos e tradições antigas, começou o laço familiar com a agricultura, uma ligação que atravessou gerações e continentes. Quando emigraram para o Canadá, nos anos 70, trouxeram na bagagem pouco mais do que coragem, as malas e a memória da sua terra. Não tinham campos para cultivar, apenas o desejo de começar de novo. Mesmo assim, a vida
em Atilhó nunca ficou para trás. O menino de Brampton crescia entre dois mundos, o Canadá urbano e o Portugal rural, sem saber que um dia o destino o levaria a unir os dois, recriando em solo canadiano o espírito das pequenas quintas portuguesas.
Os meus pais são do norte de Portugal, de uma pequena aldeia chamada Atilhó, uma terra agrícola. Foi aí que, digamos, começou a ligação da minha família à agricultura. Depois emigraram para o Canadá nos anos 70 e estabeleceram-se aqui em Brampton, onde criaram a nossa família. Quando os meus pais aqui chegaram, trabalharam em fábricas. Tiveram de deixar a agricultura para trás. Sei que isso lhes ficou sempre no coração, mas quando chegaram aqui não tinham terras. Vieram apenas com as malas e pouco dinheiro. Tiveram de começar tudo do zero, e comprar uma quinta era algo impossível naquela altura. Eu já nasci aqui no Canadá, nos anos 80, mas quando tinha um ano de idade os meus pais voltaram para Portugal. Pensavam que íamos ficar lá definitivamente, mas um ano depois acabaram por decidir regressar ao Canadá.
Todos os verões voltávamos a Portugal, e eu passava muito tempo com os meus tios e tias, que me mostravam as tradições e me ensina-
vam a trabalhar na terra. E isso ficou em mim, a agricultura ficou-me no sangue e no coração. É o tipo de vida que eu sempre quis ter. Cresci em Brampton, num bairro suburbano, e já sonhava viver numa quinta. Sempre quis isso, mas os meus pais não puderam concretizá-lo. Agora, posso oferecer essa vida aos meus filhos, uma vida em que sabem de onde vem a comida, vão ao galinheiro buscar ovos, acariciam as galinhas, veem e alimentam as vacas. É o estilo de vida que quero para eles. Os meus pais ainda vivem em Brampton e costumam vir à quinta aos fins de semana, às vezes, as minhas irmãs ou o meu irmão trazem-nos para passarem umas horas connosco. Adoram ver tudo, embora já não estejam com a melhor saúde.
A INFÂNCIA E JUVENTUDE EM BRAMPTON
A família manteve-se ligada à comunidade portuguesa aqui residente - frequentavam centros culturais, integravam excursões e a escola portuguesa foi fundamental para que os filhos mantivessem uma ligação ainda
1. O jovem Jorge
2. A celebrar o seu aniversário com a família
3. O jovem Jorge com o pai
4. Os pais e filhos de Jorge preparam-se para cozinhar na quinta
5. Com o pai a plantar macieiras
6. A plantar macieiras com a mãe
mais forte a Portugal, através da aprendizagem da língua. O jovem Jorge, rodeado por betão e asfalto, cresceu a sonhar com árvores de fruto, pastos e animais. A vida urbana nunca o preencheu. Desde pequeno que se sentia atraído pela vida numa quinta. O destino, porém, demoraria alguns anos a alinhar-se com essa vontade, primeiro viriam os estudos, o trabalho e a necessidade de criar bases para o futuro.
Há muita gente da comunidade portuguesa em Brampton. Em criança, costumava ir aos centros comunitários portugueses, ia também com os meus pais às excursões organizadas em autocarros. Era assim que mantínhamos o contacto com a comunidade. Também fui à escola portuguesa aqui, os meus pais inscreveram-me para manter o idioma e as raízes vivas. Há medida que fui crescendo foi-se tornando cada vez mais claro que o meu sonho sempre foi trabalhar numa quinta. Adoro estar ao ar livre, em contacto com a terra. Trabalhei, aliás, durante anos, numa quinta de maçãs, comecei tinha 12 anos, a minha mãe levava-me a mim e ao meu irmão àquela quinta e nós lá ficávamos a trabalhar. Depois ia com o agricultor aos mercados de produtores em Toronto, onde vendíamos fruta e tartes. A minha esposa também morava próximo dessa quinta e ela
também trabalhava lá. Além disso, os pais e os avós dela também tinham uma quinta de maçãs. Por isso, acho que posso dizer que isto já nos estava no sangue. Claro que para além de trabalhar na quinta, enquanto jovem também jogava futebol e caçava. Frequentei o ensino secundário em Brampton e depois estudei dois anos no Sheridan College, em marketing empresarial. Não era um curso de agricultura, mas acabou por se complementar com o que faço agora, tenho experiência de campo, mas também algum conhecimento de gestão e promoção.
A QUINTA, A PANDEMIA E O ABRIR
DE PORTAS À COMUNIDADE
A pandemia da Covid-19 apanhou todos de surpresa, mas, para Jorge e Sandra, transformou-se também numa oportunidade de partilha. Enquanto o mundo se fechava em casa, eles abriram as portas da quinta à comunidade. A ideia era simples e humana: permitir que as pessoas das cidades pudessem respirar
ar puro, ver de onde vem a comida e sentir o contacto com a natureza. Em 2021, plantaram 6.000 macieiras e criaram um espaço de colheita livre, onde famílias e escolas pudessem aprender e desfrutar. As visitas tornaram-se experiências educativas, como explicou Sandra, contando o que se passou, numa recente visita de uma escola. Por outro lado, os adultos sentem especial prazer em tomar contacto de novo com a terra. Para Jorge, esta ligação entre o campo e a cidade é essencial. Mais do que um negócio, a quinta tornou-se um símbolo de reconexão com a terra, com os valores e com um modo de vida mais simples e verdadeiro.
Comecei então a minha própria quinta. Comprei uma quinta em Georgetown, em 2016, com a minha esposa Sandra, e começámos a trabalhar nela. Criámos gado e, mais tarde, dedicámo-nos também às maçãs. Temos abóboras, curgetes, girassóis, peras, maçãs, criamos vacas, porcos e galinhas. As crianças que nos visitam podem ver os animais de perto, não as deixamos alimentá-los ou meter as mãos dentro das vedações, para não correrem riscos, mas podem observá-los e aprender.
Abrimos a quinta durante a pandemia da Covid-19. As pessoas das cidades estavam fechadas em casa, sem poder sair. Uma das razões pelas
quais plantámos as árvores em 2021 foi precisamente para permitir às pessoas das cidades virem à nossa quinta e verem como cresce uma maçã, o tamanho de uma vaca, perceberem de onde vem a comida. Hoje em dia, muita gente das cidades está completamente desligada da agricultura. Vão ao supermercado, compram comida, mas não fazem ideia de onde vem, nem como é produzida. Hoje, por exemplo, tivemos uma visita escolar. Vieram alunos da cidade e perguntámos-lhes: “Sabem de onde vêm os hambúrgueres?” Muitos responderam “do McDonald’s” ou “do supermercado”. Tivemos então a oportunidade de lhes ensinar que vêm das vacas. É um privilégio poder mostrar às crianças e às famílias como tudo nasce, fazê-las sair de casa, respirar ar puro, estar em contacto com a natureza e desligar-se dos ecrãs o que, hoje em dia, é tão importante. Aqui, na nossa quinta, podem colher uma abóbora no campo, apanhar uma maçã ou uma pera da árvore e saber que foi tudo cultivado aqui. Até a carne, se quiserem levar um bife para casa, vem das nossas vacas. Tudo nasce e cresce aqui, ligado à terra.
Acho que todos os agricultores amam o que fazem. É uma paixão, não é apenas pelo dinheiro. É um chamamento, como ser padre, freira ou professor, deve vir de dentro, não por motivos externos.
FAMÍLIA, COMUNIDADE
E HERANÇA PORTUGUESA
A quinta dos Urbano não é apenas uma empresa agrícola, é um ponto de encontro para amigos, vizinhos e familiares que passam por lá para colher fruta, divertirem-se e conversar (a tia de Jorge, por exemplo, aparece, muitas vezes, com os sobrinhos). A ligação à cultura portuguesa continua viva - nas conversas, na comida e até nas redes sociais onde Jorge mantém contacto com familiares em Portugal. Para além disso, faz questão de levar os filhos a visitar o país natal dos avós paternos, sempre que pode. Para ele, Portugal é mais do que um lugar: é uma forma de estar, de comer e de viver. “Lá tudo é natural”, diz com nostalgia. É essa simplicidade que tenta recriar em Georgetown, um espaço onde a terra alimenta, aproxima e recorda quem somos.
Encontramo-nos muitas vezes, e muitos vêm à quinta. No fim de semana passado, por exemplo, a minha tia veio com a família colher maçãs. A quinta tornou-se um ponto de encontro
para os portugueses. Vêm, conversam, compram fruta e gostam de saber que foi um português quem cultivou tudo. Muitos visitam-nos só porque sabem que somos portugueses. E eu adoro, porque tenho como já disse uma forte ligação a Portugal. Por exemplo, adoro a comida portuguesa, a gastronomia é uma grande ligação com as minhas origens. Mantenho também contacto com a família em Portugal pelo
Facebook e por telefone. Temos três rapazes, e eles adoram Portugal. Estão sempre a perguntar quando é que podemos ir. O problema é que o melhor tempo para ir é no verão, precisamente quando estamos mais ocupados na quinta, por isso é difícil. Mas eles adoram estar lá.
HOJE...
Hoje, Jorge Urbano olha para os 6.000 pés de macieiras e pereiras e nelas vê mais do que árvores, vê a sua história plantada na terra. Trabalha atualmente com uma equipa de 10 pessoas, mas tudo começou apenas com a força dos seus braços e do amigo Gary, cuidando de cada detalhe com o mesmo zelo de quem cultiva sonhos. O caminho não tem sido fácil: os primeiros anos foram de investimento, sacrifício e pouco lucro, mas a recompensa vai muito além do dinheiro.
Temos cerca de 6.000 árvores, entre macieiras e pereiras. E, só para se ter uma ideia, durante o primeiro ano trabalharam aqui apenas duas pessoas: eu e o Gary. Todo o trabalho durante esse ano foi feito por nós os dois. Só quando abrimos ao público é que contratamos mais dez pessoas. Até agora, para ser honesto, ainda não ganhámos muito dinheiro. Tivemos de
investir bastante, plantar as árvores, instalar sistemas de rega, e assim por diante. Estamos a crescer, a consolidar o negócio. A nossa principal fonte de rendimento vem da venda direta, as pessoas vêm, colhem as frutas e levam-nas para casa. Não vendemos a supermercados.
E O FUTURO...
Ser agricultor é uma vocação, é estar ligado à terra, é crescer com ela. No fundo, o que Jorge Urbano construiu com a sua esposa em Georgetown é um reflexo em tamanho gigante de Atilhó, uma ponte entre passado e presente, tradição e modernidade. Entre os campos e os sons dos animais, Jorge criou o legado que sempre quis deixar aos filhos: uma vida com propósito, onde cada fruto colhido tem uma história e cada raiz guarda uma memória. Para além de ter, em comum com a esposa, o sonho de um dia regressar às origens.
Portugal está no meu coração, a 100%. Se pudesse, mudava-me para lá. Tudo é mais natural: vais a um restaurante, pedes uma salada e o empregado diz-te que veio do quintal dele. A carne veio do vizinho que criou a vaca. A água bebe-se diretamente da fonte. Mas agora criámos raízes aqui, plantámos 6.000 árvores.
As nossas raízes estão aqui. No futuro, talvez passemos mais tempo em Portugal, mas, por agora, é aqui que está a nossa vida. Mesmo assim, vamos a Portugal de dois em dois anos, e mantenho sempre o contacto com os meus tios e tias. Adoro a forma como se cultiva lá: são quintas pequenas, familiares, não aquelas enormes que há aqui. Plantam o que comem, usam estrume de vaca como fertilizante, tudo o mais natural possível. É esse modelo que tentamos seguir aqui também. Por exemplo, o gado que criamos alimenta-se do que produzimos e a nossa quinta em Georgetown não é enorme, são apenas 84 acres. É um pouco como em Portugal, é pequena e autossuficiente. Mas para concluir... eu adoro Portugal, gosto da forma como se vive lá. É uma vida mais calma, mais simples. Aqui no Canadá podemos ganhar mais dinheiro, ter carros melhores, mas em Portugal vive-se com mais qualidade.