REVISTA INSPIRAÇÃO TEEN VOL.4/ 2022

Pedidos sob encomenda: @tremembe

ste ano foi uma correria para que esse volume estivesse a sua disposição, o editor-chefe que vos escreve está finalizando a dissertação de mestrado em artes, cujo tema é o concurso artísticocultural “Garota Inspiração”, e foi brabo para conseguir cumprir com a entrega da revista Porém, como temos uma equipe comprometida, que ama esse trabalho, aquiestamos!

E falando em “Garota Inspiração”, pelo mesmo motivo citado anteriormente, não conseguimos realizar o concurso em 2022, mas fique de olho, porque ano que vem, o evento promete Por esse motivo você não viunacapaanova“garotainspiração”,mas como valorizamos nossas participantes, trouxemos algumas lindezas do concurso de 2021 para estampar a capa e responder as nossas perguntas e a de vocês, leitores, sobre os desafios e alegrias do “Garota Inspiração”, e é claro, matar a saudade que estávamos dessas lindas que sempre nos ensinam muito sobre empoderamento e resistência E não termina por aí, temos a cantora Tinna Rios; Indígenas LGBTQIA+; a lei 11.645/08 e muito mais. Então aproveitem e devorem cada página dessa publicaçãoquefoifeitaparavocê!

@rubenssantabrigida Rubens Santa BrígidaEditor-Chefe

Inspiraçãoteen

Editor-Chefe

Editora-Assistente

Editor Criativo Direção de Arte Diagramação Revisores

Diretora de Redes Sociais Redes Sociais Equipe de Arte

Rubens Santa Brígida Eliene Lima Cardoso

Rubens Santa Brígida Lanna Albuquerque e Rubens Santa Brígida Rubens Santa Brígida e Lanna Albuquerque

Edson Cruz, Claudiane Resendes, Jaqueline Abreu, Jeane Gomes e Adônes Mourão

Diretora de Conteúdo Negro

Assistente de Direção de Conteúdo Negro Diretora de Conteúdo Indígena Assistente de Direção de Conteúdo Indígena Corpo Editorial Indígena

Camila Garcia Ananda Kiaia Paloma Pajorito, Ananda Kiaia, Elisangela Lopes e Leonardo Pontes Giovana A.F.Vilhena Gabriel Martins

Ingrid Sateré-Mawé Taynara Portal

Editora de Moda

Assistente de Direção de Moda

Gerente de Projetos, eventos e parcerias

Iraê Tremembé, Jaiza Tremembé, Sthefany Tremembé e Mariana Tremembé Evs Cris Rodrigo Tremembé Maiani Mardock

Colaboradores

Natany Rodrigues, John Brid, Deivvyr Silva, Messania Cardoso, Rafael Ferreira, Bruno Moraes, Marta Jardim, Lavini Castro, Raffny Lobato, Whany Dias, Carlos Henrique Souza, Solange Reis, Andrey Sales, Luciana Vieira, Betania Cardoso, Ítalo Rodrigues, Jaqueline Abreu, Yan Caio Moura e Saiara Silva

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INSPIRAÇÃO TEEN, ISSN 2965-0216, volume 4, número 4 de 20 de novembro de 2022, é uma publicação anual de incumbência do professor Rubens Rafael Santa Brígida em parceria com a Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Drummond de Andrade Redação e Correspondência: Rua Nilo Peçanha, 328, Bairro Paraíso, CEP: 68515000 Parauapebas-PA

Reproduzir os textos; Fazer parte da equipe; Patrocinar, anunciar, publicar ou ser entrevistado

Pelo:

Entre em contato conosco para: revistainspiracaoteen@gmail com @revistainspiracaoteen https://revistainspiracaoteen my canva site/

*Os textos são de inteira responsabilidade dos autores Banco de imagens: pixabay e canva pro

Inspiração Inspiração tteen een

cinco lindezas, da esq para a direita, Geovana Pinho e Melina Damasceno Sentadas, NadinaSantos,FrancieleCalixtoe Talita Mota, nos encheram de orgulhodesdesuasparticipações no concurso de 2021 e nesse novo encontro não foi diferente, como é bom saber que a sementinha foi plantada e que elas estão cada vez mais fortes, resistentes e empoderadas, os nossos votos são sempre para quevoemcadavezmaisaltoem buscadosseussonhos!Ficamos aqui torcendo e confiando no potencialdevocês!

naDiálogos

SOUZA @negrolil

As políticas públicas voltadas para educação são importantes medidas tomadas por governos, em diálogo com a sociedade, com a finalidade de conduzir ações que buscam a melhoria da educação de um país, município ou Estado. A Lei nº 11.645/08 é um exemplo dessa política, mas o que sabemos sobre ela? Ela está sendo cumprida?

uando falamos de leis voltadas para a educação,destacamos no Brasil um importante conjunto de

leis educacionais que são responsáveis pela definição, organização e regulação do sistema de educação nacional. Conhecida como Lei de diretrizes e Bases da Educação (LDB), este conjunto de normas tem sua versão mais recente desde o ano 1996, mas ao longo do tempo vem sofrendo algumas modificações em sua forma, por meio de outras leis, assim, a LDB ganhou novos parágrafos e consequentemente novos conteúdos e orientações atualizando as discussões sobre a educação brasileira

Umas das leis que modificaram a LDB é a Lei nº 11.645 de 2008, ela é resultado das ações e reivindicações dos movimentos sociais organizados por negros e negras, assim como os/as indígenas de todo Brasil. Por meio desta lei foi possível tornar obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena na Educação Básica brasileira, provocando mudanças nos currículos escolares e na formação de professores.

LEI 11.645/08

POR CARLOS HENRIQUE

A necessidade de efetivação da lei 11.645/08 nas escolas brasileiras

Por mais importante que essa lei seja, é preciso destacar que estudiosos e estudiosas, especialistas da área da educação, apontam para necessidade de torná-la uma realidade, isto é, porque ela, ainda que seja uma obrigação, não vem sendo cumprida pela maioria das escolas brasileiras São muitos os fatores que impedem que essa lei seja cumprida pela totalidade nas instituições escolares, entre eles, podemos citar: a falta de formação dos professores para tratar do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena, essa ausência de formação implica diretamente na dificuldade de professores/as em cumprir o que pede a lei, pois é importante que eles e elas recebam informações necessárias por meio de conteúdo para trabalharem os temas previstos em lei. Essa formação precisa estar presente em documentos e necessita ser oferecida pelos poderes públicos municipal, estadual e federal

A lei 11645/08 prevê que o estud sobre essas culturas, importantíssima para a formação da sociedad brasileira, possa oferecer e promove um novo modelo de educação sociedade, onde a diversidade, inclusão e a igualdade sejam fundamentos para o combate a racismo e ao preconceito vivenciado por negros/as e indígenas

EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA

Falando nisso, como vai o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena na sua escola? Tá tudo bem? Se não tiver, procure ajuda, tem muito material disponível na internet, inclusive nas nossas revistas anteriores, mas se quiser entrar em contato conosco, estamos a disposição e podemos lhe passar altas dicas Mas se você já está mandando bem, contribua mais e mais com a efetivação dessa lei, sugerindo filmes, debates, seminários e, é claro, indicando a revista Inspiração Teen por onde você passar; é dever de todos/as o combate ao racismo e a desigualdade. Então se envolva na luta e contribua para uma sociedade mais justa e igualitária

TINNA TINNA

A VOZ DO EMPODERAMENTO

POR JOHN BRID

@johnbrid

RIOS RIOS

Tinna Rios é uma cantora, compositora e influenciadora digital paulistana que transmite em suas músicas e nas redes sociais, muito otimismo, empoderamento, informação e valorização sobre a cultura preta Desde a infância foi apaixonada por música, sendo sua mãe, a também cantora Marlene Rios, sua maior influência na vida artística. Tinna é uma das vozes extremamente importantes no cenário artístico brasileiro contribuindo através da sua arte no desdobramento do empoderamento de pessoas pretas no B asil

1) Apaixonada pela música desde criança. Como se deu sua carreira até aqui?

R: Eu comecei a cantar no coral da igreja. Com o tempo, passei a fazer backing vocalpara alguns grupos de rap e era bem frustrante nessa época, porque eu era tratada com indiferença no meio dos homens e então comecei a pensar em dar os primeiros passos na carreira solo.

Recebi algumas promessas que nunca foram cumpridas e, no final de 2016, eu decidi me virar sozinha, mesmo sem entender os processos de gravação, sem saber como subir música nas plataformas e tudo mais. E foi aí que escrevi a música “Wake Up”, que eu costumo dizer que foi o despertador para minha alma, quando eu acordei para viver meus sonhos de fato

2) Esse ano você lançou o single "Pele", que fala de relações que não foram superadas e pessoas que se separam mesmo amando a outra. Como essa música foi construída, qual a inspiração para essa composição?

R: Essa música foi inspirada em um relacionamento sanfona que eu tive e que eu demorei pra entender que o problema não era meu parceiro e sim uma pessoa da família que influenciava diretamente no nosso relacionamento interferindo em TUDO e com isso a relação foi desgastando e eu optei por me afastar pra não conviver mais com essa pessoa da família dele, mas ao mesmo tempo eu pirava só de imaginar que ele pudesse estar com outra pessoa e assim surgiu a música Pele.

Aproveitei pra me inspirar na Diva da Sofrência Toni Braxton e usei os clichês e os timbres que ela usava em suas músicas dos anos 90, e adotei a mesma estética pro clipe também.

3) Quais os artistas ou o artista que te inspirou ou te inspira no seu processo artístico?

R: Mariah Carey, Destiny’s Child e Toni Braxton são minha maiores inspirações pra compor, toda a positividade da Mariah, o empoderamento da Beyoncé e Destiny’s Child e o swing da Toni Braxton

Eu palpito muito nos arranjos das minhas músicas, pego referências e falo como eu gostaria que elas fossem A maioria das minhas músicas eu gravo com o produtor Duck Jam, que já até sabe o que eu quero, é incrível essa parceria porque ele lê minha mente.

4) 2019 marcou sua carreira artística devido o lançamento do seu 1° Álbum "essência". Qual foi seu sentimento naquele momento, com esse projeto? R: Ah! Eu era muito imatura musicalmente falando e quis fazer um álbum pra que as pessoas me conhecessem melhor. Embora tenha escrito várias músicas boas, pensei na foto de capa (que é linda e super elogiada), olhando hoje, eu considero um álbum que não me agrada Mas não me arrependo porque foi o momento que eu apanhei, mas aprendi muita coisa do mercado da música Alguns produtores finalizaram música com descaso, passe perrengue, mas tudo ficou com busquei aperfeiçoar nos lançamentos, tanto que reg música “Essência” e vou lanç breve.

5) Em 2017 você lançou o single "Wake up", que traz falas pertinentes sobre a persistência em viver do seu sonho. Com quais dificuldades do mundo artístico você se deparou por ser preta?

R: Ah! O mundo artístico é bem difícil e por isso tanta gente desiste tão rápido. Por ser mulher e preta passei por algumas situações bem chatas, já tentaram “algo a mais” comigo para poder participar de um evento, fui subestimada nos shows que eu cantava com um artista e um grupo de rap, por acharem que eu não era boa o suficiente e deveria me contentar apenas como “cantora de refrão”, entre outras situações No começo você recebe falsas promessas, muito produtor finaliza sua música de qualquer jeito, porque você não é ninguém, muito diretor de vídeo passa na frente clipes de artistas mais relevantes e edita o seu clipe, que foi pago da mesma forma, sem se importar muito e, bem depois do prazo, porque o “artista relevante” tem mais valor que você. Mas a obstinação pra realizar meu sonho sempre foi maior que tudo isso e eu continuo na luta.

6) Nas suas redes sociais, você traz à tona muitas informações sobre a cultura preta,promovendo informações

extremamente importantes da nossa e para nossa cultura. Fale um pouco desse projeto.

R: Eu comecei esse projeto muito pra poder expressar tudo o que eu estava sentindo porque foi no mesmo período que eu me reconheci como uma mulher preta e comecei a entender que o racismo era real.

Comecei a falar sobre a Cultura Preta de forma bem superficial e aos poucos fui buscando estudar cada vez mais pra passar de forma mais embasada pras pessoas e foi dando certo e fico muito feliz de hoje em dia poder alcançar não só pessoas pretas mas também pessoas brancas que querem saber mais sobre o assunto.

7)"Quem empoderou os pretos". Explique sobre a importância dessa música como projeto de empoderamento da população preta no Brasil.

esse ciclo com ações que elevem a autoestima,e eu quero cada vez mais mostrar que a escravidão foi a página 999 de um livro de 1000 páginas e que precisamos nos armar de conhecimento para que sejamos livres por completo.

8) Qual a sua percepção sobre a responsabilidade de assumir o papel de artista negra, empoderada, no processo de empoderamento da população preta no Brasil?

R: Não só para a população preta, mas para a população em geral. O Brasil é um país iletrado racialmente e isso implica na forma como as pessoas agem e falam. Eu vejo que é minha missão desmistificar esse conceito que tudo é “mimimi” trazendo de uma forma leve, às vezes nem tanto, as histórias dos meus ancestrais para que a mensagem alcance mais pessoas. Como muitas obras de personalidades pretas foram ocultadas, existem ainda muitos dos meus que se sentem inferiores e isso é consequência da escravidão.

Minha responsabilidade aumenta cada dia mais, pois várias pessoas da mídia estão me acompanhando, então tomo muito cuidado com o que vou falar, busco fontes para que eu continue passando credibilidade.

9) Como mulher preta, qual mensagem você deixa para nossas crianças e adolescentes pretos e indígenas que sofrem preconceitos diariamente?

R: Eu acredito muito no futuro, pois vejo essa geração com a mente mais aberta, não se limitando e eu gostaria de dizer para eles aproveitarem todas as ferramentas e se armarem de conhecimento.

Busquem conhecer suas origens, não abaixem a cabeça pra ninguém, sejam firmes em suas palavras e posicionamentos, fortaleça outras irmãs e irmãos pretos e indígenas.

Empoderem uns aos outros para que possamos ampliar nossas vozes e seguirmos com cada vez mais acesso e direitos igualitários.

Um beijo!

@tinnarios tinnarios tinnarios

Vozdaresistência

indígenas estão na luta e exigem respeito

Quem pensa que indígenas LGBTQIA+ não existem, está completamente enganado, nós existimos e resistimos há muito tempo, pois intolerância a diversidade de gênero e a orientação sexual não é uma luta nova Assim, é importante relembrarmos os primeiros a enfrentarem essa batalha, que ainda é muito vívida na atualidade, e aprendermos com eles, que a nossa luta por dias melhores sempre vale a pena.

E MARIANA TREMEMBÉ

@jaizatremembe

@mariana.tremembe

F o t o s a r q u v o p e s s o a l d o s p a r t c i p a n t e s F o t o : A r q u v o p e s s o a l F o t o A r q u i v o p e s s o a l

primeiro indígena a ser vítima de homofobia registrada no país, foi um tupinambá chamado Tibira, que sofria bastante preconceito por ser homossexual Ele foi assassinado em praça pública, no ano de 1614, com consentimento da igreja católica e jesuítas, em São Luís, no estado do Maranhão. Tibira foi amarrado pela cintura à boca de canhão, que teve o corpo destroçado, sobre o pretexto de “purificar a terra do abominável pecado da sodomia”

Após relembrarmos a barbárie realizada com o indígena Tibira, vamos até o marco zero do movimento LGBT, que ocorreu nas primeiras horas da manhã do dia 28 de junho de 1969, com a rebelião de stonewwall, em que gays, lésbicas, travestis e drag queens enfrentaram policiais, construindo a base pelos direitos LGBTQIA+ nos Estados Unidos e no mundo Por isso que no dia 28 de junho é comemorado, mundialmente, o dia internacional do orgulho LGBT

POR JAIZA TREMEMBÉ

Vozdaresistência

indígenasestãonalutaeexigemrespeito

Conhecendo um pouquinho da nossa história é possível perceber que não foi e não é fácil sermos quem somos, mas continuaremos resistindo e lutando pelo direito de existirmos e amarmos, pois apesar de todos esses desafios, nós indígenas, ficamos felizes porque a cada dia que passa vamos ganhando mais espaços. Um exemplo disso é que pela primeira vez em 18 anos do ATL (acampamento terra livre), a maior mobilização indígena do Brasil, aconteceu a primeira plenária LGBTQIA+, e podemos perceber a força que temos, se nos unirmos nessa luta Para reforçar nossa fala, separamos alguns depoimentos de indígenas que são da comunidade e estão firmes na luta! Confira!

JÉSSICAYAKECAN

“Ser indígena, para mim, é sofrer um preconceito duplo, por ser indígena e ainda trans. Lidar com o preconceito dentro da aldeia é difícil, mas dentro da minha comunidade, o povo Terena, somos bem esclarecidos em relação a essas questões. Assim, para o nosso povo, ser diferente é norm

SAMANTHA TERENA

Jéssica Yakecan, indígena lgbt, fundadora do @indigenaslgbtcrateus, ativista, fotógrafa, atriz e comunicadorada@apoinmebrasil

Samantha é indígena, mulher trans da etnia terena, militante, artesã, dirigente de um templo espiritual, sacerdotisa de umbanda, candidata a deputada estadual e faz parte do coletivo @transformandoms, atualmentemorandoemCampogrande

“Ser indígena não é fácil, se torna mais difícil ainda quando se é mulher e lésbica, em um país homofóbico, racista e machista. Sofri bastante preconceito de parentes da comunidade indígena, mas dentro do meu povo, potyguara, encontrei muita força. Sou muito grata ao meu pai que sendo o Pajé Potyguara me apoiou em todas as minhas decisões. E dessa forma consegui fundar um coletivo chamado @caboclas, o primeiro coletivo LGBTQIA+ indígena no estado do Ceará, e o segundo no Nordeste”

“Na sociedade homofóbica e machista em que vivemos, onde mais se mata LGBTQIA+ do mundo, ser indígena, umbandista e homossexual acaba sendo “um prato cheio” para pessoas preconceituosas e sem informação, apenas por não se permitirem a aprender, porque hoje em dia temos diversas plataformas para isso. Falo isso, porque já tive a experiência de morar na cidade grande (zona urbana) e atualmente morando na aldeia me sinto respeitado, por mais que tenham alguns olhares ou risadinhas, não me incomodam tanto, principalmente porque tenho apoio de grande parte da família

Apesar de todos os avanços relacionados ao tema, ainda existe muito preconceito e tabu em relação a essa temática, mas não devemos nos calar, precisamos “gritar” ao mundo que nossa orientação sexual não pode ser rotulada E principalmente, não permitirmos que outros, que não sabem da nossa luta, queiram opinar sobre as nossas vidas. Temos que nos orgulhar a cada dia mais de quem somos e do que temos conquistado, para que assim, possamos construir juntos novos horizontes. Em vista disso, achamos muito importante espaços como esse, em que podemos falar da nossa realidade, para que o índice de preconceito contra a comunidade e parentes LGBTQIA+ diminua.

Elas Voltaram!

Quem pensou que elas não estariam aqui novamente se enganou, elas voltaram e vieram com toda potência para responder, sem medo, as perguntas sobre sua participação no Garota Inspiração 2021 e mostrar toda sua beleza e simpatia!

não

Reunimoscincodasnossasprimeiras colocadas no concurso artístico-cultural GarotaInspiração2021,emumferiadoque foisuperpuxadoparafazermosasfotosda capaeparaessaentrevista,asgarotasficaramexaustasnofinaldaprodução,mas deixaram de realizar um lindo trabalho, não deramcontaderesponderasperguntasno mesmo dia, mas posteriormente fizeram comtodoamorquesempredemonstraram aoprojeto Assim,mataramanossacuriosi-

Asgarotas,daesq paraadireita,MelinaDamasceno,Franciele Calixto,GeovanaPinho,NadinaSantoseTalitaMota

dade e a de vocês que nos mandaram os questionamentos sobre como foi para elas participarem do Garota Inspiração 2021. Confere só o que elas responderam!! Nós nos emocionamos e esperamos que vocês também!

Nossasgarotas, empoderadas,cheiasde felicidadeposandopara essaentrevista

POR RUBENS SANTA BRÍGIDA

2- O Garota Inspiração te ajudou em alguma coisa? Se sim, no que foi?

FRANCIELE: Sim, eu passei por tempos bem difíceis e o concurso chegou para me tornar uma pessoa mais responsável, mais cuidadosa e me trouxe vários aprendizados para vida

NADINA: Sim, eu não tinha coragem de falar de me expressar e o garota inspiraçãomeajudoumuitocomisso

TALITA:Meajudounaautoestima

MELINA:Sim, me ajudou a superar o medo de falar diante de muitas pessoas,ameamarmaisedarvalora minhacor.

GEOVANA:Sim,meajudouatermais amorpormimmesma.

1- O que você aprendeu com o Garota Inspiração?

FRANCIELE: Eu aprendi a me dar maisvalor,ameamaremecuidar. Aprendi muito sobre o direito das mulhereseoquantolutamospara sermosvalorizadas.

NADINA: Aprendi a ter voz e não mecalardiantedoracismo

TALITA:Aprendiameamar

MELINA: Aprendi muitas coisas boas, ter uma autoestima melhor, valorizar muito mais a minha cultura e a importância de repassar esse empoderamento paraasoutrasmeninas.

GEOVANA: Eu aprendi várias coisas Aprendiameamardojeito que eu sou, a respeitar mais o próximo e principalmente a amar minhacordepele

nciele. .v

ele Calixto

Melina Damasceno @ymells

Talita Mota @talitamotamy

Geovana Pinho

Nadina Santos @nadinajesussantos

Franciele Calixto @franciele v

p p do concurso?

FRANCIELE:Eunãogostavademimmesma, me sentia vazia, mas depois do concurso eu vi queeutenhoomeuvalor

Newsletter

NADINA:Nãomeachavabonita,mashojeme amodojeitinhoqueeusou.

TALITA: Me achava bonita, só que não tinha muita confiança, depois do concurso fiquei muito confiante e comecei a me achar não só bonita,mastambémmaravilhosa

MELINA: Me via tímida, e insegura e nem sempremeachavabonita,hojeemdiasuperei tudo isso, e tenho muito amor a mim mesma, semprecolocoumsorrisonorostoerelembro minhasvitóriasequalidades

GEOVANA:Antesdeparticipardoconcursoeu mesentiafeia,nãogostavadejeitonenhumda minha aparência, mais depois do concurso eu comecei a me amar e gostar da minha aparência.

3- O que mudou na sua relação com o espelho após a participação no Garota Inspiração?

FRANCIELE: Mudou muito, eu me priorizo mais e eu me sinto muito maisbonita

NADINA:Eunãogostavadaminha cor,domeucabeloehojeeuamo tudoemmim

TALITA:Tudo,mesentimaislivre.

MELINA: Muita coisa, parei mais de me comparar e cobrar de mim mesma.Foqueiemcoisaspositivas eemminhaautoconfiança

GEOVANA: Mudou muito, eu passei a me amar do jeitinho que eusou

@talita _motamy

Mota

Talita

Melina Damasceno

Franciele Calixto

"Eu aprendi a me dar mais valor, a me amar e me cuidar. Aprendi muito sobre o direito das mulheres e o quanto lutamos para sermos valorizadas.."

5- Suas expectativas foram atendidas em relação ao concurso?

FRANCIELE:Simeatésuperouminhas expectativas.

NADINA: O concurso garota inspiração superouasminhasexpectativas.

TALITA: Sim, muitas, consegui fazer amizadesemesentirmuitobem

MELINA:Comcerteza,foramalémdas minhasexpectativas.

GEOVANA:Sim

ElasVoltaram

6- Como foi a repercussão de ter participado do concurso?

FRANCIELE: Muitas pessoas se sentiram orgulhosas das minhas conquistas.

NADINA: Na escola muitas criançasmeelogiavamdiziamque euasinspirava.

TALITA:Foimaravilhosa

MELINA: Maravilhosa. Foi uma repercussão muito boa, tive muito apoioetorcida,fizmuitosucesso

GEOVANA: A minha participação no concurso teve uma repercussão bem positiva, recebi apoio dos meus familiares e amigos.

7-Você participaria novamente do concurso se pudesse?

FRANCIELE:Sim,comcerteza

NADINA:Simedenovoedenovo

TALITA: Acho que não, deixaria a chanceparaoutrameninapodercurtir essaexperiência

MELINA: Sim, é uma experiência incrívelfariatudodenovo.

GEOVANA:Sim

8- Indicaria o concurso para outras garotas participarem?

FRANCIELE:Sim.

NADINA:Sim,jáindiquei

TALITA:Sim

MELINA:Indicariamuito,sevocêquer ter uma experiência maravilhosa dessa, e tiver uma oportunidade não perca!

GEOVANA:Sim

ElasVoltaram

9- Como foi aparecer na revista Inspiração Teen de 2021? Nos conte os detalhes.

FRANCIELE:Foiumaexperiênciaincrível, uma coisa nova, porque eu nunca tinha feitoumtrabalhoassim.

NADINA: Eu nem acreditei, eu não acreditava que estava fazendo parte da revista.

TALITA: Foi maravilhoso, melhor experiência do mundo, conheci meninas muito lindas e legais, me senti mais confianteesuperfeliz!

MELINA:Foiumprazerfazerpartedessa experiência,umasensaçãodeconquista e envolvimento com a minha cultura. A revista é uma iniciativa boa que inspira não só quem participa, mais todas as outraspessoasdeforatambém.

GEOVANA: Eu me senti muito especial, nãotenhopalavrasparadescreveroque eusentiparticipandodarevista.Masme sintomuitohonrada

10- O que mais gostou no concurso Garota Inspiração?

FRANCIELE:Odesfile.

NADINA: Gostei dos desfiles nas passarelas, acessórios, equipe técnica,maquiagem,amigos.Amei tudo!

TALITA:Achoquetudokkkkk.

MELINA: Os programas voltados para o nosso bem-estar, como as palestras, massagem, quando nos reunimos para fazer as fotos, e os ensaios

GEOVANA:Eugosteidocarinhoe doapoioquerecebidetodos.

RACISMO E

INJÚRIARACIAL

Conheça a diferença e lute pelos seus direitos

Paraessatarefa,superimportante,

conversamos com a bacharel em direito Josiane Souza do Rosario Soares,@joss.r.soares,quealémde tirar as nossas dúvidas sobre a temática nos presenteou com um pouco da sua trajetória Então aproveiteparaseinspirarnahistória da nossa convidada e ficar por dentrodosseusdireitos.

1. Quemévocê?

@joss.r.soares

Sou Josiane do Rosario, uma mulherNegraQuilombola,servidora públicaeBacharelemDireito,tenho 36 anos, nascida na comunidade Quilombola Flechal que fica no território de Jacaréquara, território estesituadonomunicípiodeAcaráPará. Sou filha do Sr Henrique e da SraAnaMaria

Aos6anosdeidade,pornãoter escola no meu quilombo, meu pai resolveu me levar pra Belém para morar com a irmã dele (minha tia Helena)parapoderestudar.

Estudeiavidatodaemescola públicaenoanode2015ingressei nocursodeDireitodaUniversidadeFederaldoPará,atravésdopr cessoseletivoespecialquereservavagasparaquilombolaseindígenas.

Defendimeutrabalhodecon clusãodecursoemmaiode2022 quetevecomotema: LEIDECOTAS E RESERVAS DE VAGAS:o abismoentreosdispositivoslegais e a permanênciadequilombolas nocursode DireitodaUniversidadeFederaldoPará.TCCessequ

oe

-

JosianedoRosáriocelebrandosuaconquista

@giovanatony

POR GIOVANA A. F. VILHENA

foiaprovado com oconceitoexcelente(nota10).

Porserumadefensoranatados direitoshumanoseportersofridoliteralmentenapeletodasasdificuldades que o espaço acadêmico possui, pelo fato de não ter sido construído para minorias, foiquandosurgiuotemadaminhapesquisa. E assim me gradueicomoBacharelemDireitoe a metaagoraé continuar a luta para que os que vieremdepoisdemim,possamocu par os lugaresegarantirseusdireitos commenosdoresepreconceitos.

2.Oquesãooscrimesderacismo?

Oscrimesderacismoestãoprevis tosnaLei7.716/1989,quefoielabora dapararegulamentarapuniçãode crimes resultantes de preconceito deraçaoudecor,conhecidacomo LeidoRacismo.Noentanto,a Leinº 9459/13acrescentouàreferidaleio termosetnia,religiãoeprocedência nacional,ampliandoaproteçãopara vários tiposde intolerância. Comoointuitodessanorma épreservaros objetivos fundamentaisdescritos na Constituição Federal (a Constituição Federal é a nossalei máxima Eladefine nossos direitos e deveres. Serve para organizar a

nossasociedade.Eénelaquetodas asnossasleissãobaseadas),depro moçãodobem-estardetodos,sem preconceitos de origem,raça, sexo, cor,idadeequaisqueroutrasformas dediscriminação,aspenasprevistas são mais severas e podemchegar atéa5anosdereclusão.

3.EocrimedeInjúriaracial?

Ocrimede injúriaracialestáinse ridono capítulo doscrimescontraa honra, previsto no parágrafo 3º do artigo140doCódigoPenal,queprevêumaformaqualificadaparaocrime deinjúria, naqualapenaémaiore não se confunde com ocrime deracismo.Parasuacaracterização énecessárioquehajaofensaàdignidade dealguém,combaseemelementos referentes à sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência Nestahipótese,a penapodeirde1a 3anosdereclusão

um bar, por exemplo. Já a injúria racial seria chamar uma pessoa negrade"macaco".

Oquediferenciaoscrimeséo direcionamento da conduta, enquantonainjúriaracialaofensaé direcionadaaumindivíduoespecí fico,nocrimederacismo,aofensa é contra uma coletividade, por exemplo, toda uma raça,nãohá especificaçãodoofendido.

5. O que fazer quando sofremos racismo e/ou Injúria Racial? Onde e como fazer a denúncia?

Nocaso de você sofrer um dos dois crimes, dependendoda situação se deveagirdaseguinte maneira:

-

-s

4. Racismo eInjúriaRacial :qual adiferençaentreosdois?

Racismoéocrimetipificadona lei7716,quedefineoscrimesresultan tesdepreconceitoderaçaoudecor

A injúria racial está prevista no art 140doCódigoPenaleemboraambos representem ofensas quantoà raça,cor,etnia,religiãoou origem,os conceitosjurídicossãodiferentesparaos crimes de racismoeinjúriaracial

Segundoalegislaçãobrasileira, enquantoainjúriaracialéaofensaà honra de uma pessoa específica usandocomo baseraça ecor,oracismo é o crime resultante depreconceitoaumgrupodeindivíduos

Para facilitar acompreensão: racismo seria proibir a entrada de pessoas de uma cor específicaem

-.

F o t o A r q u i v o p e s s o a l d e J o s i a n e d o R o s á r i o

2

1.Seocrimeestiveracontecendo naquele momento,a vítimapode chamaraPolíciaMilitarpormeio doDisque190.Alémdefazerpara aagressão,aPM podeprendero agressorelevá-loàdelegacia; Seocrimejáaconteceu,procure aautoridadepolicialmaispróxima e registre a ocorrência. Conte a história com o máximo de detalhes, forneça nomes e contatos dastestemunhas;

3.Soliciteaopolicialparaincluirna queixa quedesejaqueoagressor sejaprocessado.

RTE INDÍGENA NO MUNDO

xposição “Turn It Around / Flashcards for Education” selecionou duções de 70 artistas espalhados por 44 países que tratassem re justiça climática. Rodrigo Tremembé foi o único brasileiro na

As obras foram apresentadas no formato de cartazes na área redor da sede da Organização das Nações Unidas para a cação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O projeto buscou mpartilhar visões, sonhos e ideias para transformar a educação a de resolver a crise climática através desse movimento global de e pela colaboração intergeracional. O Turn It Around, também um baralho de flashcards que amplifica as vozes das ntudes, disponíveis em inglês, espanhol e francês. Os cartões ão sendo traduzidos para o chinês e a equipe espera mpartilhá-los na COP27, em Sharm El-Sheikh, Egito, no outono de 2.

Mais uma vez a maravilhosa Rebeca Andrade nos encheu de orgulho e brilhou para o mundo todo ver com o funk Baile de Favela, do MC João, sendo a primeira do mundo, no Campeonato Mundial de Ginástica Artística de Liverpool na Inglaterra Que orgulho! Temos certeza de que essa garota ainda vai nos inspirar muito mais é só continuar acompanhando seu brilho!

FADINHA DE OURO

Ter uma campe m festa! Imagina como campeã mundial. Pois é, a gente tem! A atleta Raissa Leal, a “Fadinha”, conseguiu essa conquista no mundial Super Crown da Street League de Skate (SLS) que ocorreu na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico, no Rio de Janeiro levando o título de campeã mundial em casa. Certamente esse é só o início de uma trajetória inspiradora. Vamos continuar acompanhando!

TRONCOS VELHOS

Moisés Tremembé, 19, Mora na Aldeia de Varjota, Itarema - CE. É artista visual, utilizando a técnica de realismo em seus desenhos que representam a cultura de seu povo Tremembé. Atualmente membro do Coletivo Tamain - Arte Indígena. O desenho representa uma das Lideranças e anciãs do povo Tremembé, Rosa Suzana da Rocha, originária do Território Córrego João Pereira, Aldeia situada nos municípios de Itarema e Acaraú - CE O desenho faz parte da exposição "Troncos Velhos" idealizada pelo Coletivo Juventude Tremembé do Córrego ao qual mostra as lideranças encantadas do referido Território.

colar? a pena Vale

Garota Inspiração 2021 @whany dias

WHANY DIAS

ocê já deve ter ouvido: “quem não cola, não sai da escola”, mas aí fica a questão: vai sair sabendo o quê? Se passou a vida apenas copiando as respostas, enganando os professores e seus pais, pois para eles você está lá aprendendo o que é bom para o seu futuro e não mentiras e trapaças... Por isso, reflita bem Você pode achar que os assuntos ensinados na escola são difíceis e que, ao sair de lá, não terá mais que fazer provas e testes; se pensa assim, está completamente enganado, porque a vida vai continuar te testando todos os dias de sua existência. Então pense, você até pode conseguir burlar a escola, mas nunca conseguirá ir tão longe. Sendo, nesse caso, um tempo perdido, não é mesmo?! Mas você pode pensar que é mais fácil, porque quando você é pego colando, as consequências são brandas, porém

fora dos portões da escola, no mundo competitivo, onde realmente é testado o seu conhecimento, aí sim descobrirá onde se aplicam tais matérias e então verá quem serão os chefes e os empregados Outro exemplo, muito sério, é que se um profissional como um médico, faz seu curso com a ajuda dos colegas, quando se formar, e tiver uma vida em suas mãos, vai pedir ajuda para quem? Consegue perceber a gravidade da situação?

Portanto, quem cola pode até ser esperto, pois precisa de artimanhas para colar o assunto abordado em lugares inimagináveis, no entanto, é preguiçoso, já que quer ganhar notas boas e aplausos sem esforços. Mas, como já foi dito aqui, por mais que o tempo passe, um dia a vida te cobra, e te cobra caro! Então, o melhor mesmo é ser honesto com você e com os outros e estudar para valer!

Você pode até burlar a escola, mas não conseguirá enganar a vida.

F o t o L u c a s S a n t o s

POR

Eu amo gatos! Eu amo gatos! E você? E você?

Inteligentes, fofos e incrivelmente carinhosos, eles têm ganhado cada vez mais espaço em nossas vidas, quebrando inúmeros preconceitos a respeito deles.

@brmoraess POR JAQUELINE ABREU

Ainda lembro (com tristeza) de quando eu falava aos sete ventos que odiava gatos. Tenho certeza de que eu só repetiaoqueouviadesdecriança,poisnão havia argumentos válidos para defender todo o meu pré-conceito a respeito dos gatos,naquelaépoca Então,eunãosónão queria tê-los por perto, como também não ostratavabem.

Mas ainda bem que a vida me levou por caminhos que, hoje percebo, foram muito importantes para mim e para eles, pois agora não só amo gatos, como tenho três, atualmente.

Todo aquele preconceito que havia em mim, não há mais, e sempre que posso, tento desmistificar certas crenças (gato pretodáazar,gatossógostamdasuacasa enãodevocê...).

Os gatos têm um poder incrível de nos encantar dia a dia. O convívio com esses bichos me mostrou o quanto eu preciso melhorar como ser humano, já que todo dia aprendoalgo.Tododiasintoquepossofazer mais e amar mais. Já não é possível viver semeles

E como dica para quem pensa que não gosta de gatos, desafio a conviver com um, de verdade Levar para casa, proporcionar um lar confortável, com comida, água (não esqueçadacaixinhadeareia)emuito,muito carinho Aposto que, dentro de poucos dias, todo o amor emanado dessa fofura irá te pegar de jeito, dando início a uma grande amizade

AsfofurasdeJaquelineAbreu

& ESCOLATAMBÉMÉLUGARDE ASSISTIRFILME!

PIPOCA

POR RAFAEL FERREIRA @cinediaspora

Sabia que existe uma lei que obriga a exibição de nomínimoduashorasde filmes nas escolas, a lei 13.006/2014, conhece? E na sua escola, tem exibiçãodefilmes?Senão, é hora de pensar sobre, conversarcomadireçãoe colocaremprática. Para começar, indico um filme que fala justamente sobre reivindicação, Cabeça de NêgodeDéoCardoso,nofilmeojovemSaulo tenta importar mudanças em sua escola e acaba em conflito com alguns colegas e professores. O filme é um retrato do que aconteceu em 2016, quando estudantes de váriaspartesdoBrasilocuparamescolaspara reivindicar melhorias Em Belém, uma das escolasocupadas,EscolaBrigadeiroFontenele, hoje é um modelo de educação, com participaçãoativadosalunos.

Uma outra indicação, é o filme que deu primeiro o Oscar a Will Smith, que acabou sendo retirado de forma ilegítima, o King Richard:criandocampeãs,contaahistóriado

pai das tenistas Vênus e Serena William, uma dupla de jogadoras de tênis que possuem o chamadoGoldenSlam,vencendoosprincipais torneios do mundo. O filme fala principalmente daadolescênciaecomoelasforamsetornado asmelhoresdomundo.

Para finalizar, vou recomendar o nome de três coletivos de audiovisual Munduruku, para pesquisarem no Instagram e conhecerem um pouco mais sobre, são os Wakoborun, Da'uk e Daje Kapap Eypi. Todos compostos por jovens indígenas, que estão atualizando o cinema e contando suas próprias histórias. Não esquece delembraratuaescolasobrealeieaproveitar bastanteasdicas!Depoismecontatudo!

Croppedamareloekimono

Se você quer um look mais despojado, estiloso e que não marquetantoocorpo,okimono comoterceirapeçaéidealpara trazeressedestaque.

UMA PEÇA, TRÊS LOOOKS!

Short jeans cintura alta: um clássico atemporal hit dos anos 50 que nunca mais saiu dos guarda-roupas femininos

POR EVS CRIS @evscris

Blusadebolinha

Em dias quentes de verão, a gente sempreapostaemshortinho,maspara quem gosta de uma pegada mais romântica e delicada é ótimo se jogar emblusasecroppedsdetecidosleves earejados.Sandáliasdãootoquefinal paraumavibe“tardenapraia”

Croppedrosa

Umlooksimpleseharmonioso!O

Cropped e o short jeans cintura alta são ideais para quem gosta demarcaracintura.Ésóapostar em um Cropped colorido ou estampado para o look casual ficarpronto.

Ilustração PalomaPajorito

Serviço Social Serviço Social

POR JOHN BRID

@johnbrid_

OServiçoSocialéumaáreadeatuação

extremamente importante na construção do nosso projeto societário, quanto país, nas suas relações sociais, que infelizmente não tem muito reconhecimento quanto profissão, assim como muitas no Brasil, porém nos últimos anos vem crescendoconsideravelmente.Estaprofissãoestá

ambientada dentro das ciências humanas e tem comoobjetodeestudoasexpressõesdaquestão social Mas o que são expressões da questão social? De forma simplificada, são problemas oriundos da sociedade que demandam resoluções especializadas, principalmente para a construçãodepolíticasespecificas,senecessário.

AgraduaçãoemServiçoSocialéencontrada em formato presencial, semipresencial e EaD, podendo durar até 4 anos, dando a este profissionalotítulodeBacharelemServiçoSocial Esse profissional faz análise, elaboração e execução de planos para assegurar o direito e acessoaspolíticaspúblicasesociaisaquemdela necessitar.

Suas atribuições estão voltadas para análise, elaboração de políticas e direitos sociais, implementação de propostas de intervenção no exercício pleno de cidadania O objetivo da profissãoéobtercondiçõesplenaesatisfatóriade vida para os usuários, respaldado pela ConstituiçãoFederalde1988

Oórgãoresponsávelporfiscalizaroassistente social é o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), juntamente com o Conselho Regional deServiçoSocial(CRESS)

Assimcomomuitosprofissionaisoprofissional formadoembacharelemserviçosocialprecisase registrar no conselho regional do estado que irá trabalhar como assistente social e ter a carteira profissional que vai viabilizar sua entrada para atuaçãodaprofissão,oCRESS.

O profissional pode atuar: Por ser uma área com grande potencial de crescimento ainda mais abrangente, o serviço social consegue se enquadrar em várias áreas de atuação profissional, como: assistência social, saúde, educação, habitação, relações de trabalho, assessoria e consultoria, sociojurídico etc Podendo ampliar ainda mais seus conhecimentos fazendo especializações

Tito Ciitu Wai Wai

POR RUBENS SANTA BRÍGIDA

1- De qual município paraense você é e qual é a sua etnia? Eu sou de Oriximiná e da etnia Wai Wai

2- Você é estudante de qual curso na universidade federal do Pará e por qual motivo decidiu estudar em Belém?

Engenharia Mecânica, para me qualificar e ajudar meu povo. Quando terminar o meu curso retornarei a minha comunidade.

3- Quais os desafios de ser indígena na universidade?

O maior dos desafios é a comunicação nosso desejo é aprendermos a língua portuguesa.

4- Como é a sua relação com os não indígenas na universidade?

Eu tenho dificuldade em me relacionar com os não indígenas, falta entendimento da língua.

@ waiwaitito

5- Como é não ter a língua portuguesa como língua oficial e ter que escrever e falar português no seu dia a dia? Muito difícil. Eu falo no dia a dia só minha língua wai wai.

6- Qual a mensagem que você deixa para os indígenas que desejam fazer um curso superior?

Desejo que eles ser esforcem e que aprendam a língua Portuguesa para que consigam aproveitar melhor o curso

livros em destaque

Quando se fala da luta antirracista, vemos muitas referências ao movimento negro. E apesar de este ser um avanço, é necessário lembrar que a luta não se encerra aí, pois no Brasil, os povos indígenas e seu movimento originário merecem a mesma atenção. Para te ajudar nessa jornada, montamos uma lista de livros para você conhecer de perto a literatura indígena e negra Assim, você poderá entender as urgências desses povos e contribuir ainda mais para a luta antirracista.

POR TAYNARA PORTAL

Coração na aldeia, pés no

ratura de cordel uritha Tabajara, a her indígena no car um livro em cordel A autora óriaemtrêsmomentos: primeiro retrata a questão identitária como mulher indígena, depois a sua jornada nas grandes cidades e, por fim, a luta contra a violência e o seu entendimentocomoLGBTQIA+

todeDespejo

a de Maria Carolina umaobraquereúne 0diáriosescritospela egra, mãe, solteira, uídaemoradorada CanindéemSãoPaup narra ao público um olharoriginaldafavelaesobreafavelaTraduzidopara trezeidiomas,CarolinaganhouomundoeQuartode Despejo se tornou uma grande obra da literatura negra

A terradosmilpovos

História indígena do Brasil contada por um índio Livro escritodeformapoética,oautor Kaká Werá Jecupé, aborda os acontecimentoshistóricosdo Brasil a partir de sua visão como indígena. Uma verdadeiraviagempelaculturaesabedoriadospovos originários e evidencia a riqueza da tradição, do pensamentoedaespiritualidadeindígena.

Oladopretodapoesia

AescritadePretoMichel,épura nspiraçãodaculturaperiféricae dorap.Fazendorelaçãoentreo mundo amazônico e a periferia deBelém,ambasinvisibilizadas, ganham protagonismo na sua teraturaatravésdamúsica,ques-

tõessociais,educaçãoehistóriasdecontoselendas daAmazônia.Paraquemgostaderimanoembaloda culturaregional,aescritaéperfeita.

@tay_portal07

BRINCO DE ARGOLA

O acessório que se reinventa e nunca sai de Moda: brincos de argolas Como se tornaram tão populares na orelha de pessoas de todos os gêneros?

Muitas vezes usamos determinadas roupas, acessórios e adereços de Moda que estão tão normalizados em nossa cultura que não paramos para pensar sobre sua determinada origem, o que é o caso, hoje, dos brincos de argolas.

Tão comum, esse acessório tem origem entre alguns países como Iraque, Sudão e Egito entre 4000 e 3000 anos a.C. Em muitos países, as argolas eram feitas de ouro e prata, demonstrando ser símbolo de realeza, de um status social mais elevado, como no Egito, por exemplo, onde eram usados por reis e rainhas. A partir daí, as argolas começaram a tomar conta do mundo, se ressignificando em outros países e comunidades, como na Índia e, também, em povos originários latinos. Ao longo dos anos, principalmente em regiões de cultura europeia, o brinco de argola foi por muito tempo visto como símbolo de vulgaridade e falta de elegância, mas ainda assim, continuou sendo usado por pessoas negras, latinas e indígenas

Nos anos 60, com a explosão dos Movimentos Black Power, muitas mulheres negras estadunidenses, principalmente, se utilizaram mais ainda das argolas como Angela Davis (ativista feminista e do movimento negro) como reforço de um estilo afrocêntrico, um símbolo de força e ancestralidade Nos anos 70, as argolas continuaram com força por conta da Era disco, estilo musical majoritariamente feito por artistas negros, como Diana Ross Seguindo nos anos 80 e 90, com o movimento musical do Hip-Hop, ganham espaços com os artistas desse mesmo estilo, mas as argolas saem do uso de apenas algumas comunidades e se tornam um fenômeno mundial da Moda, se fazendo o que é hoje: um item atemporal e que é sempre visto de forma natural no dia a dia de variadas pessoas. Hoje, a argola se faz constante e natural na nossa vida cotidiana, colocamos uma argola como um acessório qualquer sem pensar duas vezes, sem muito significado, mas muitas pessoas negras, todos os dias, usam como uma forma de declaração e validação da sua origem, tradição e força representada na ancestralidade africana.

Certamente, agora, você vai ter um novo olhar sobre esse acessório e vai usá-lo sabendo do poder que ele carrega, faz toda diferença, né?! Então separa as suas e te lança! Beijos e até a próxima!

@evscris

Beyoncé

POR EVS CRIS

DianaRoss

O HQ DA GALERA é o espaço reservado para divulgar as produções de novos ilustradores, com o intuito de valorizar, reconhecer e revelar talentos. Nesta 4ªedição temos a produção do talentoso Yan Moura do Colégio Potencial Militarizado, de Parauapebas-PA. Querendo aparecer, nesse espaço, é só entrar em contato com a gente pelos nossos canais de comunicação.

Quadrinista da Edição

Yan Moura Yan Moura @yancaiomoura

F o t o A r q u i v o p e s s o a l

Para cultivar Sementes

CRÔNICA DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

@solangebatistareis POR SOLANGE REIS

Era uma bela manhã. A luz que iluminava a escola era muito clara A professora da Sala

de Recursos Multifuncionais (SRM) se aproximou da professora do ensino regular e perguntoucomopoderiacontribuir comaaula.

Durante o planejamento, as duas se encontraram e Naquele dia, Fernanda, a professora do ensino regular, devia mostrar a diferença entre letras e trumento que orienta as ações num determinado período de tempo; ensinar os meses do ano.

pla. apre-

nejaram atividades inclusivas números; sentar o calendário

Atendendo às recomenda-

Todos foram para o pátio

As árvores de tento são frondosas e fazem muita sombra Assim, mesmo com o sol, a temperatura daquele dia estava agradável

como insas sevidualmente.

Na entrada da escola, a turma juntaria do chão, em copinhos descartáveis, mentes de tento que penderam das árvores durante a noite. Depois voltaria para a sala de aula e organizaria o calendário do mês de março, impresso em folhas de papel, para registrar atividades indi-

ções da professora da SRM, a folha de atividades do estudante G 6 anos, seria fixada com fita adesiva na carteira de modo que ele tivesse mais apoio para desenvolver a atividade Esse estudante caracterizava-se por lesões motoras que comprometiam sua marcha e também sua coordenação motora fina.

Cada estudante com seu copinho na mão iniciou a coleta de sementes.

crianças começaram um

Para G essa seria uma tarefa difícil, por usar de rodas e ter que transitar entre as raízes. Então, os colegas dividiram sua coleta de sementes com ele.

cadeiras

Diante disso, surgiu a ideia de apanhar nas árvores os favos comsementesdetento.AssimG. poderia pinçar as sementes e logo houve a mobilização de outros profissionais da escola paraessefim.

O segurança, do seu posto, observavacautelosamenteaquela “arrumação”

O operacional foi buscar uma mesa para a professora subir e alcançarosfavos.

E a gente, ao redor, torcia para tudofuncionar.Foimuitodivertida aquelamanhã!

G. e seus colegas pinçaram as sementes dos favos. Com seus copinhos cheios de semente voltaramparaasaladeaula.

As professoras desenharam no chão da sala de aula, com giz, o calendárioerecomendaramuma atividademaiscoletivaparaiden-

tificarediferenciarletras,números, conhecerosdiasdasemanaeos mesesdoano

As crianças sentaram - se em volta do calendário A professora orientou os alunos a colocarem em cada dia do mês o número correspondente desementesdetento

Uma garota apresentou dificuldades para diferenciar letras e números, sendo selecionada, pela professora, para ficar de pé perto do calendário e apontar os númeroseosdiasdasemanacom umavarinhademetal

Então os colegas perguntaram comoG fariaodeslocamentoaté osnúmerospintadosnochão.

Ele respondeu a turma “engatinhando”. E assim, com seu copinhodesementessedirigiu até osnúmeros.

A partir daí muitas crianças desenvolveram a atividade dessa maneira,enquantooutraspreferiram se levantar e caminhar até os númerospintadosnochão

Ao final do dia, as crianças pediram à professora da SRM, apelidadaporelesde“professorade movimento”, que mostrasse como eraoalfabetomanualeosnúmeros em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Lembraram que um dia poderiam ter um colega surdo. E assim, a professora SRM o fez, voltando em seguida para casa, com a certeza de seu dever cumprido.

Diante do exposto, concluímos que o processo de inclusão é desafiador, contudo, quando rompidas as barreiras atitudinais, podesersimplesedivertido!

VOCÊACREDITA em

brancofobia, RACISMOREVERSOOUOUTRASFICÇÕES?

m se tratando d racismo rever afirmo, desde pre: NÃO EXIS queexisteéum postura conservadora, reac efundamentalistadedeterm dos setores de nossa soc que não querendo perder depodereprivilégios polític nômicos, sociais e cultura radicaisemnãoquererdialo acrescentaroutrasdemand dosgrupostidoscomomino agendanacional,comoéocaso

Se você acredita que a pessoa branca sofre racismo isso só prova o quanto é urgente a necessidade de ampliarmos nossos questionamentos e reflexões críticas a respeito das relações raciais que ocorrem na sociedade brasileira.

existe racismo esse poderia ser reverso ou mesmo considerado umafobiadebrancos.

hojealteradaparaaLei11.645/200

8

depôrempráticaalei10639/2003-

Tais grupos reacionários ao veremoutrossetores epessoas, adentrandodiversosespaçossoci ais e pleiteando suas demandas, ouseja,adquirindovoznasociedade, sendoreconhecidosporsuahuma nidadenalutapordireitos,acham umabsurdopor estaremperden-

doocontroledetodasituação.Por isso,écomumdesqualificarodiscursodadiversidadeedeslegitimaros gruposquetêmsuasidentidades nascidasdalutapordireitos.

Assimsurgemnosrepresentantesdesseliberalismo,nadacontempladordaliberdadedetodos,todase todes,osdizeres“whatsapianos”de o

Mas não podemos esquecer queosconceitosderacismoefobiaforamconstruídospormeiode pesquisasdasciênciashumanas, dasanálisesdoscientistassociais queaoobservaremasociedade perceberamosfenômenosestruturaishistoricamenteconstruídos como, porexemplo,racismoehomofobia Sãoanosdemétodose embasamentoteóricoparacriar conceitos e teorias que nos ajudem a compreender a realidade histórica e social enão, simplesmente, por conta de uma opinião ofendida por perder espaço de poder

quenãoexisteracismo,ouquetud

não passa de "mimimi," ou que se

Certavezalguémmedisseque ummembrodesuafamília, uma pessoabranca,haviasofridoracismo do patrão que era negro. As

POR LAVINI CASTRO

@lavinicastro

q p

seofende nas relações raciais é preconceitooumesmodiscriminação,poisessasrelaçõesestãoliga das as relações entre indivíduos Nunca será racismo,poisparaser racismo precisa-se que haja uma históriade longaduração,quecrie umaestruturadedominaçãosocial de umgruporacialdominando, escravizando,violentandooutroba seadonaideiadesuperioridade.

Portanto,maisumavez,nuncaé pouco repetir, que o conceito de racismoestrutural é paraexplicar umsistemadedominação, segregação,puniçãodeumgruporacial sobreoutroamparadonoconceito deraça.

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Nesse sentindo, a estrututa de nossasociedadeéracistaepermite que existam instituições racistas, relações racistas e estrutura dedomínioecontrolesociaisracistas, modelados por tal estrutura queinfluencianonossocomportamento.Dessaforma,asesferaspo líticas e as instituições se organizamdeformaaexcluir,destratare nãoexergarosgruposracialmentetidoscomoinferioresemnossa sociedade(indígenasenegros).

Nahistóriabrasileira,apesarde nãohaverleisdesegregaçãoexplí citas elas estavam lá,como foi o

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pr a c b ê a u e

ç g

em condiçãode escravidão, mas osdeixousemauxílioparaviverem umavidadigna,ouseja,haviaaliberdade, massemempregoecasa,aspessoasficaramonde?Nas ruas,eporissoeraminterpretados

toe acesso aos seus direitos, na verdadeforamosbrancosque,es tandonopoder,criaramosmeios parasegregarediscriminarosnegros,entãooqueexisteéumadívi da histórica da herança racista queaindanosacompanha.

Porissoaimportânciadaeducaçãoantirracistaqueeducaàreflexãodoolharecomportamentos nasrelaçõesétnico-raciais.

A s p e s s o a s b r a n c a s e x p e r i m e n t a m o p r e c o n c e i t o o u a d i s c r i m i n a ç ã o e a c r e d i t a m e s t a r s o f r e n d o r a c i s m o .

M a s u m p r o b l e m a p a r t i c u l a r d e u m a p e s s o a b r a n c a n ã o r e p r e s e n t a a h i s t ó r i a d a s o c i e d a d e b r a s i l e i r a , m u i t o m e n o s r e p r e s e n t a r a c i s m o .

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Danças Circulares Sagradas

O poder de um Círculo

A Dança Circular pode ser descrita como um dos nossos elos do passado com o presente; pois, antes de termos nossahistóriadocumentadahá indícios na arte rupestre e em artefatos históricos, que o homem dançou em ritos e em celebrações.

Atualmente temos um movimento mundial chamado Danças Circulares Sagradas que teve como criador Bernhard Wosien (1908-1986), um bailarino e coreógrafo alemão que a partir de 1950 dedicou sua vida a pesquisa e divulgação da dança circular. Em seu repertório há dançascoreografadasporele,

tantas outras coisas, que na maioria das vezes surgem no decorrer da roda e são externadas pelo coletivo que dança Há sempre uma pessoa que orienta a roda, que chamamosdefocalizador.

A dança em círculo possui características singulares: de mãos dadas compartilhamos a igualdade,poisestamosnames

POR MARTA JARDIM

Observamosemuma dança de roda, pessoas de mãos dadas, dando passos paraomeiodocírculoondehá umcentroformadoporobjetos, flores, elementos da natureza. As pessoas no círculo executam movimentos ao som de um ritmo que orienta o andar, os giros, o levantar de braços, o soltar e segurar das mãos...Háumaentregapessoal e coletiva, quem está neste círculo se conecta consigo mesma e com as demais pessoas de uma forma única, sensíveleverdadeira.

assim como danças tradicionais e folclóricas, resultados de sua investigação em comunidades e povosdiversos.

EmumarodadeDançaCircular realizamos coreografias com músicas onde buscamos dialogar com nossos sentimentos, as visões de mundo, a compreensão que temos sobre a natureza e os relacionamentoshumanosentre

mesmacondiçãonãoimportando se você tem conhecimento ou não da coreografia que está sendo realizada; somos solidários e respeitamos o ritmo e o tempo de cada um; acolhemos e celebramos quem está na roda sendosuaprimeiravezousendo lhadaeincentivamosaforma-

veteranonocírculo;contextuali-

-zamos o momento para que signifiquemos adançacomparti ção de grupos para que mais pessoasexperimentemopoder

eabelezadasDançasCirculares, acentuando que qualquer pessoapodedançar.

Por isso deixamos o convite para que busquem conhecer e praticar as Danças Circulares Sagradas com o desejo de que possamos nos encontrar em muitasrodasdavida!

BREVE RELATO:

A VIVÊNCIA DE UM NEGRO PESQUISADOR DE TERREIRO

@sales__s

POR ANDREY SALES

usoudemina,eusou nagô...” esse é um trecho de um canto queescuteinoterreiro enuncamaissaiuda ci, resolvi estudar sobre eles e é sobre isso que vou contar um poucoparavocês!

minha cabeça. Desde que me entendo por gente, os cânticos e as histórias de terreiro me chamaramatenção Quandocres

-

A identidade religiosa do Terreiro de Nagô Yemanjá, por exemplo,éotambordemina que é uma manifestação afrobrasileiramaisconhecidanonorte do Brasil, surgida no Maranhão e apesar de ter sido levada por migrantes para outras regiões brasileiras, continua a ser mais praticadonoMaranhãoenoPará Enquantonegroeafro-religioso (pessoaadeptadealgumareligiãodematrizafricana),conhecer aspráticasreligiosasdosterreiros

por meio da pesquisa, me trouxe umesclarecimentodaimportâcia

mechamouatenção.Oquestiona-

mento sempre foi o mesmo: “Por queumareligiãoemquetantose cantaedançasofretantoprecona buscar saber mais sobre a história e as práticas sagradas dentrodessesespaços

ceito?”.Essaperguntamemotivou Foi quan-

Desde muito novo, a forma como as pessoas agiam dentro doespaçoreligiosoafro-brasileiro (conhecidocomoterreiro),sempre do ao entrar na universidade, conheciumadasinúmerascasas de santo na região metropolitana de Belém, o Terreiro de Nagô Yemanjá

Ao longo do processo de estudo e pesquisa, sobre a temática afro-religiosa, pude perceber que há múltiplas re-

ligiões afro-brasileiras e que por meio da resistência continuam suas práticas religiosas até os dias atuais, cito por exemplo: a umbanda,ocandomblé,otambor de mina, dentre outras Aí você pode me perguntar: e há diferença? E eu te afirmo como estudioso que sim. E não são poucas! Porém, essa conversa é paraumoutromomento...

da resistência e da escrita sobre essas religiões. Despertando, em mim, a compreensão que a atitude da pesquisa também é um método de luta contra a intolerânciareligiosaparacomos povos tradicionais de matriz africananaAmazônia.

Por fim, descubro a cada vivênciaqueocanto,a vestimenta,adançaencontradanosterreirossãoaçõessagradaseformas desconstruir um pensamento negativo sobre essas religiões! Portanto, assim que tiver uma oportunidade,conheça!

poéticas de resistir e existir em seusespaçossagrados.Etermino esse relato afirmando que é necessárioconhecerparaassim

AméliaCéus

O que se herda

sem querer

Amélia Céus! Digam se parece um nome de uma garota no auge dos seus 13 anos! A-m-é-l-i-a C-é-u-s! Céus mesmo! Quanta falta de cria-

tividade, e quanta falta de empatia com quem chega ao mundosempodersedefender!

Durante meus nove meses presa à bolsa amniótica, das muitas coisas que devo ter desejado para mim, embora inconscientemente,nadachegaria pertode“Amélia”.

Sempre que penso em alguém que se chama Amélia Céus, imagino que seja avó de alguém, que já tenha vivido o suficiente para não ter mais forçademudaropróprionome.

com o meu nome Estava escrito! E, agora, carrego a imensacruz.Nãosemdor.

POR LUCIANA VIEIRA @luh vinheiro

.

Assimeraaminhabisavó é um sobrenome da família E nadapoderiacasartãomal

Amélia, que já foi morar no céu, espero, há muito tempo Meu pai conta que a bisa foi tão extraordinária aqui na terra, que seu nome deveria perdurar entre as novas gerações, sendo eu o mártir que herdaria o “prêmio”, porque tive a infelicidade de ser a únicamulherentreostrêsfilhosde meuspaisedemeus tios "Céus"

Nãoénovidadeparaninguém que meu nome vira motivo de piadaporondepasso Nãoéque as pessoas não gostem do nome “Amélia Céus” O fato é que há uma quebra de expectativa grandiosa quando se deparam com a dona do nome Outro dia, eu esperava minha vez para um exame de sangue, quando fui surpreendida pela voz robótica que sai do autofalante da clínica: “Senhora Amélia Céus, consultório 02, prioridade” Tentei fingir que não era comigo, mas meu pai levantou o dedo e seguimos para o consultório. Naquele dia, eu morri. Cavei minha própria cova e me joguei. Na volta para casa,nenhumapalavrapossível.

– Amélia, não seja boba! Todos temos um nome, e é por ele que somos chamados. Você precisa se orgulhar de carregar o nome de alguém que fez tantas histórias, como sua bisa, que lutou tanto por todos os queamava Ébonitoquandoos nomes carregam memórias. –disse meu pai, que nunca desistiu de me fazer aceitar o queerameu

Na escola, sempre fui reconhecida por “Mel” Era o nome perfeito para a minha personalidade forte e meus cachos azuis. Até os professores sabiam que este era meu “apelido-nome”, e era assim que se referiam a mim na lista de chamada.

Tinhatudoparadarcerto, eu havia mesmo encontrado uma solução para o meu sofrimento. Porém, ainda lembro o fatídico dia emquefuidesmascarada. Eraaula

de História, a disciplina da professora recém-chegada, que estava sempre vestida muito formal, e que tinha um blazer cor de vinho que sabia sozinho o caminho para a escola. Era correta em todos os seus movimentos e ações, e fazia questão de chamar o nome completodetodos.

– Amélia Andrade Céus! –disse ela, mergulhada em sua seriedade, fitando-me por cima de seus óculos de fundo de garrafa, quase na ponta do nariz. Nãorespondi.Jamaisresponderia a tamanho insulto. Ignorei-a e deixei que seguisse com a chamada.

– Amélia Andrade Céus! Não chamarei mais uma vez, Amélia. E você pegará falta, se não responder.

Não tive forças para lutar. Minha reação foi sair correndo da sala, entregando, ali, toda minha real identidade Paulinho, o novato, e meu maior crush dos últimos dias, estava na sala. Foi ali minha segunda morte Cavei minha própria cova, mais uma vez, e me jogueiemmeioàescuridão

Além de ser bem gatinho, Paulinhojáéconhecidíssimona escola, porque tem milhares de seguidores no TikTok. Todo mundo quer fazer qualquer challenge com ele. É o sonho dequalquermeninadaescola.

Depois desse dia, todos passaram a me chamar de Amélia,especialmenteosmeninos dofundão,quesempreroubama

atençãoparaeles Nocorredor, é comum eles cantarem para mim a canção que todos já conhecem:“Amélia não tinha a menor vaidade, Amélia que era mulherdeverdade...”E, ao final, eles gritam: “ai, meu Deus, que saudade da Amélia!” É uma guerra perdida, eu estou consciente.

Nosmomentosdeexplicação,é bem difícil minha turma ficar em silêncio.Mesmoassim,ésemprea ocasião perfeita para alguém do fundão,sempreoDigão,levantara mão,indicandoamesmapergunta: –PorqueaAméliaCéusnãose chama Amélia Terra? – diz em meio a gargalhadas A turma toda mergulhanagraça.Perdiascontas dequantasvezesoDigãofoilevado à diretoria por conta disso. Dizem que vão chamar a mãe dele, mas ela nunca aparece. A verdade é que o Digão parece não ter o que temernavida.

Paulinhonuncasereferiuamim como Amélia. Malê e Sandrinha, minhas melhores amigas e confidentes,disseramqueeleolha paramim,devezquando Nãosei semeucrushsenteomesmoque eu Seráqueonossochallenge

vem aí? Sandrinha diz que seria muito engraçado, se um padre pudessedizer,nodiadocasamento: “Paulo, aceita Amélia Céus como sua digníssima esposa?” Seria cômico,senãofosseextremamente trágico.

Eseriatrágicopormuitasrazões. Primeiro,porquenãosouamesma Améliadacançãoenemtenhoem mimodesejodecasar Segundo,a Amélia da música é submissa, de nada reclama e acha bonito até não ter o que comer. Eu, não. Sei bem o que quero Meus pais sempre me ensinam a nunca me deixar ser apagada em qualquer situação.Esemprequestionar.

Faltam cinco anos para os meus dezoito. Serei adulta, finalmente, e podereidecidircomomechamarei Tenhoumalistadepossíveisnomes em meu diário, e todos os escolhidosemnadatêmavercom Amélia Assim que puder, darei fim aoqueherdeisemquerer.

ESCOLHO

DAR PODER ÀS MINHAS VERDADES

@natanyrodrigues

POR NATANY RODRIGUES

certo que viver requer habilidades que só a própria experiência de existir é capaz de proporcionar. Uma dessas habilidades diz respeito ao modo como nos relacionamos com os outros, ou seja, como impactamos ou somos impactados pelas pessoas que interagem conosco nos mais diversos ambientes ou grupos sociais, tais como, na escola, na igreja, na família ou no trabalho.

As pessoas com as quais interagimos são como as partes de uma grande pintura. Cada uma delas representando cores, formas, texturas, planos, ora justapostos ora sobrepostos nessa composição, que quando organizados de forma harmoniosa ou caótica, configuram o tom a ser dado a esta simbólica representação, caracterizando o que entendemos como personalidade, a essência de cada indivíduo, influenciando escolhas e como cada ser se apresenta para o mundo.

Em se tratando de fazer escolhas em busca de crescimento pessoal, de novas experiências de vida ou até da realização de sonhos, além de ouvir a nossa voz interior, também ouvimos aquelas pessoas que nos inspiram confiança, no entanto, quando não filtramos tais colaborações, as ideias podem se tornar confusas e limitantes sobre aquilo que realmente vai fazer de nós pessoas melhores e felizes com a própria jornada.

Certa vez, quando ainda estava na graduação em Artes Plásticas, mostrei um dos meus experimentos com desenho a um colega de turma e ele disse “nossa, ficou muito bom, como você desenha bem usando apenas uma caneta comum” e, no mesmo momento, ouvi outra voz,

NatanyRodriguescomasuaobraMulherde Chapéu

de um amigo ainda mais próximo, que não era bem assim, dizendo ele “o que tem detãoespecialemumdesenho feito a caneta? Definitivamente não é um bom desenho” Evidentemente,nemtudooque ouvimos precisa ser em forma deelogio,críticastambémfazem parte do crescimento, porém, quando não somos fortes o suficiente para encarar nossos próprios medos e frustrações, não conseguimos responder positivamenteaqualquerforma de crítica. Conclusão da história: permitiqueaqueleinfelizcomen tárioressoasseemmeuspensa mentoseafetassenegativamen

AartistaNatanyRodriguesao ladodasuaobra,Mulherde chapéu,premiada,emprimeiro lugar,no1ºsalãodeArtedo "MovimentaPebas"em Parauapebas-PA

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te o meu processo criativo, me levandoacrerporanosqueaté oelogio,independentedeque-

viesse não correspondia à realidade, tudo porque eu escolhi encarar aquela crítica proferida poralguém,quenaminhapintura pessoal,eraacormaisbrilhante, como a minha verdade absoluta.

Dizer que tal episódio foi superado com facilidade é mascarar sentimentos que se

m tornaram inconvenientes por muitos anos, já que estes me fizeramsubestimaromeupróprio potencial como indivíduo e como artista, e por um longo tempo, assim me mostrei para o mundo, como uma artista sem valor, entãoassimomundomevia

Ao reconhecer o valor da minha jornada e superar meus sentimentos limitantes, ainda que este seja um caminho em construção, evidentemente, redescobri o meu potencial criador como artista, voltei a desenhar, me apaixonei por ilustrar, percebi que os olhares sobre mim agora já não são aqueles que julgam e condenam e sim aqueles que motivam e incentivam a descoberta das minhas reais capacidades.

Aobrapremiadano1ºsalãodeArtedo"Movimenta Pebas",realizadoemagostodesteano,em Parauapebas-PA.

Hoje, escolho dar poder ao meu desejo de criar, fazendo do meu mundo um lugar melhor com a minha arte, hoje escolho dar poder às mi nhas verdades como indivíduo e reflito muito mais sobre as verdades daqueles que fazem parte da pintura da minha vida

Como bem disse Oprah Winfrey, apresentadora, atriz e produtora americana, “tudo o que alguém fez para você no passado não tem poder sobre o presente. Só você lhe pode dar ese poder" como consequência, hoje, como artista, alcancei lugares que antes nem imaginaria estar, florescendo, em mim, o desejo deirmuitomaisalém.

cheia de enc echeia de enc

to_encantada

ESPORTE

COMOALTERNATIVADEBEM-ESTAR JUVENIL

POR BRUNO MORAES @brmoraess

Emtemposdecuidadosredobradoscomasaúdemental,precisamos

ficarligadosaoscomportamentosdos nossos jovens e percebendo quaisquer situações fora do comum, temos que intervir, pois uma pequena atitude é capaz de salvar vidas. E, como profissionaldaeducaçãofísica,proponho semprecomointervençãooesporteque podeserumfortealiadonessaluta!

Falando em ficar ligado, costumo, sempre, cumprimentar meus alunos diariamentecom:

Fala,Jovem!Oi,Jovem!Ei,tudobem?!

Quando o adolescente deixa de responder, o que é básico em nosso convívio, o sinal de alerta é ligado. Aí começam os questionamentos O que está faltando para este público? Entretenimento? Lazer? Adrenalina? Ou apenasserouvido?

Assim,precisamosfalar,comurgência,sobreasaúdemental dos nossos Jovens e isso perpassa por políticas públicas bem direcionadas. Nesse sentido destaco os projetos esportivos comoaçõesbem-sucedidas,poislidarcomvitóriasederrotas diariamentepreparadesdeaprimeirainfânciaatéofinaldesua adolescência, ou emancipação, a lidar com frustrações e conquistas.

Sendoassim,competições,cooperações,estímulosdetodos os estilos como: cair, subir, pular, correr, imobilizar, chutar, defender,atacar,vencereperder,sãoconjugaçõesquefazem partedessesprojetoseprecisamosdeles.

Ondemaisaprenderíamostantosobreoserhumano,sobre comoésuatomadadedecisãoemdiferentessituações,senão fossepelatuteladoesporte?Portantoeleénecessário,éeficaz, é palpável, e precisa ser bandeira de Estado Desse modo investir em esporte também é promover alternativas de bemestar e contribuição para a saúde mental dos nossos jovens Entãolutemossempre,cadavezmais,paraestimularaprática esportivaemnossocotidiano.

POR SAIARA SILVA @profa.bio_ciencias

O que é ser ntirracista?

racismovemmoldandonossasociedade

há anos, criando desigualdades, dividindo a sociedade, proporcionando privilégios para uns e tirando oportunidades de outros Então, como enfrentar o racismo? Uma das respostas é sendo ANTIRRACISTA! Ações antirracistas são urgentes e necessárias Ser antirracista é uma luta e dever de tod@s! Assim, ao reconhecer a necessidade de ampliar esse diálogo, convidamos algumas jovens maravilhosasparacompartilharconoscoavisãoque têm e defendem do que é ser antirracista Acompanhe!

Na minha opinião, ser antirracista é ter atitude de valorizar e respeitar a cultura negra e seus fundamentos de viver.Éterbastantematuridade pararespeitar.

DaniellyLeal,8ºano,14anos

Serantirracistaénãorebaixaralguém pela cor ou etnia, é respeitar qualquer pessoaindependentedascaracterísticas mo a cor da pele e fisionomia. Todo undo é diferente! Todo mundo tem NA diferente! Então, ser antirracista é o julgar, separar, privilegiar ou scriminarumapessoapela"cor".

KaynnaPontes,8ºano,14anos

Ser antirracista não é só falar “eu não sou racista” ou algo do tipo , como garota negra, sei bem o que é o racismo. O que observo é e as manifestações antirracistas com maior repercussão e apoio o aquelas encabeçadas por algumas pessoas brancas engajadas, rece que quando é uma pessoa negra que se posiciona remete a m “dramazinho”. Então, para mim, ser antirracista é falar sem ter edo de errar em suas palavras É alguém que luta para defender e olher os negros e pretos, é alguém que luta para abolir o racismo sociedade. Luany Santos, 9º ano, 15 anos

DIZAÍ PARENTE!

POR IRAÊ TREMEMBÉ

@irae tremembe

Esta nova seção é uma transposição do quadro “Diz aí, parente!” que realizo semanalmente nas redes sociais. Funciona da seguinte maneira: um parente responde uma perguntaquefazpartedasdemandasdanossa população E assim, conhecemos um pouco mais da diversidade dos povos indígenas e ficamos por dentro do que está rolando nas comunidades. E aqui a dinâmica será parecida, só que acompanhando a regularidade da revista. Para a estreia dessa seção escolhemos Juliana Alves, conhecida como Cacika Irê De acordo com a sua biografia, Irê significa Luz dos encantados e nos conta que essa indígena guerreira sempre esteve envolvida desde muito cedo no movimento indígena acompanhando suamãecaciquepequena.Abiotambémrelata que foi designada junto com sua irmã Cacika Jurema (força da natureza) a assumirem o cargo de cacikas do povo Jenipapo-Kanindé, juntamente com a mãe. Cacika Irê também canta e encanta, trazendo consigo uma força ancestral, que de pé firme no chão luta pelos direitos dos povos indígenas e de todos os que defendem a mãe Terra. E ainda tem mais, é Mestranda em Antropologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e veio falar um pouco da importância de a mulher indígena ocupar espaçosnasociedade Confira!

Parente: palavra utilizada entre os indígenas para demonstrar proximidade, conexão, laços de irmandade.

Olá, eu sou a Cacika Irê do povo jenipapo kanindé Venho aqui falar para vocês da importância de nós, mulheres Indígenas, ocuparmos os espaços, de estarmos na universidade, na política, no movimento indígena, nas organizações indígenas e outros, porque são espaços de luta e fazemse necessários que as mulheres os ocupem É preciso que a gente possa dar visibilidade a luta e a causa que as mulheres indígenas defendem. Para isso, é imprescindível a ocupação de determinados espaços que necessitam da nossa presença como, por exemplo, fazer parte da Associação das Mulheres Indígenas do Ceará (AMICE) para que nos tornemos representantes dessa articulação, fazendo com que continuemos as nossas lutas dentro e fora do nosso território e prossigamos conquistando cada vez mais outros espaços

Para acompanhar mais opiniões é só me seguirem nas redes sociais e ficarem ligados na revista. Porque aqui a gente prepara o melhor conteúdo para você!

@cacika ire

POR RAFFNY LOBATO

CABELO:

De um faz De um faz + dois + dois

Olhasóessasideiasdepenteados que eu trouxe para vocês! De uma base é possível você criar mais dois penteados super fáceis! Não é demais?!

Nossabasedepenteadoéinspirada na trança Fulani Braids que é carregada de potência dos nossos ancestrais. Aqui vou falar de forma rápida, porém, pesquise um pouco maisevocêvaificarencantada

2ºPENTEADO

1ºPENTEADO

O primeiro penteado é o base (inspiradonatrançaFulaniBraids) utilizandoasligascoloridas;

O cabelo deve estar secoefinalizado

3ºPENTEADO

No segundo é só aproveitar o penteado base e fazer um rabo de cavalo com uma amarração bem justa, e ao mesmo tempo despojada, em seguida acrescentar o spray fixador Fica super tendência!

terceiroéumcoqueflorrealizadoemcimadorabodecavalo uejáhaviasidofeitoanteriormente.Acrescenteumpouqu e pomada modeladora nas extremidades do coque com uxíliodolastexparaterumacabamentoperfeito.

Prontinho! Agora você pode usar esses penteados onde quiser, encaixamperfeitamenteemquaisquerocasiões,bastausaracriatividadeporqueo quenãofaltamsãopossibilidadesquandosetemcomobaseopenteadoinspirado natrançaFulaniBraids!Entãoaproveiteeabusedacriatividade!

Todos os nossos Grafismos são sagrados e podemos através da Arte mostrar que nosso povo vive e resiste!

Com esse slogan a ativista

Patrícia Naiara da etnia Kamayura, que começou a produzir moda indígenaancestralem2017,retratandografismosancestraissagrados,resumeoconceitodesuaarte queépintadaàmãousandotintas ecológicas.Espiasóessasecobolsasfeitascomalgodãocru,lindas! Separal referidas!

MAQUIAGEM INDÍGENA

A maquiagem indígena é uma forma de mostrar o indígena no contexto moderno, carregando na pele sua ancestralidade.

Mostro através da maquiagem que não estamos estagnados no tempo, quebrando o estereótipo que muitos da sociedade civil têm sobre nós, como por exemplo, de que os indígenas são aqueles que vivem na mata isolados do mundo e que não tem contato com a tecnologia Eu consigo mostrar que é exatamente o contrário, pois através das redes sociais compartilho técnicas que misturam sombras da maquiagem tradicional com grafismos, a qual utilizamos em nossos rostos em minha aldeia.

POR STHEFANY TREMEMBÉ

@sthefany.tremembe

Para esse tutorial apresento o grafismo “Akaîu” que representa o caju, simboliza colheita e partilha. Dessa maneira utilizei as cores amarelo e vermelho pois são as coresdofruto.

Paraessamaquiagem vocêprecisade: base,pincéis,paletaco sombrasvivas,delinead máscaradecíliosebat

m or om ,

Começo fazendo a preparação da pele e aplicando a base;

Depois venho esfumando a sombra vermelha nos olhos, sempre puxando para os cantos; Com a sombra amarela, pego um pincel e faço o esfumado no meu rosto. Começodeumaorelhapara aoutra,umpoucoabaixodosolhos eterminononariz

Em seguida, com um delineador de pontafina,façoografismoemcima da sobra amarela, sempre com movimentosdelicados; Para finalizar, passo uma máscara decíliospararealçarosolhoseum batom

Eu amei...

Chegou o espaço para você dedicar todo o seu carinho pela revista Inspiração Teen. Mande seu depoimento que a gente publica! Não perde essa oportunidade de aparecer aqui!

POR RUBENS SANTA BRÍGIDA

COMPARTILHO

"A revista Inspiração Teen, nos presenteia com conteúdos de qualidade e que fazem toda a diferençanonossocotidiano Euparticularmente soufãacompanhoecompartilho."

anos

VALORIZAÇÃO

"Achei a revista muito interessante porque auxilia meninos e meninas pretos a se sentirem bem. Ela ajuda pessoas que tenham uma baixa autoestima a valorizar mais seus traços e características"

Kelly Kauany Ca

PROTAGONISMO

"A revista é muito legal! Pois ela fa sobre o racismo que muitas pesso sofrem na nossa sociedade. A revis ajuda as pessoas a tentarem combate racismo e mostra muitas pessoas pret protagonistas"

Kauan Coimbra Beta, 8° ano, 14 anos

Nodia27a29deabril,aconteceuaExposição da Semana dos Povos Indígenas no colégio Authêntico Diversasatividadesforamrealizadas com as turmas do 5° ano dos anos iniciais do Ensinofundamentalatéo9°anodosanosfinais Estudos, pesquisas e exposição de temas que abordavam oconhecimento dasdiversasculturasdos povosorigináriosno Brasile daAmérica latinaNaocasião,tivemos apalestra do profesindígenasvenezuelanosemBelém.

Agradecemosoregistrodasatividadeselaboradascom os alunos do Colégio Authêntico e a todos apoiadores do abrilindígena.

Se também utilizou um dos artigos da revista na sua escolaentreemcontatoconoscoqueteremosahonrade publicarsuaexperiência e-mail:revistainspiracaoteen@gmail.com @revistainspiracaoteen

sorWalisonDias abordando a história ecultura do PovoWaraoAexplanaçãose deu emtorno doartigoproduzidopeloprofessorpublicadoem nossarevistanovolumepassado Aindativemos doações de alimentos da comunidade escolar queforamdoadosaosabrigosqueatendemos

@tay portal07

POR TAYNARA PORTAL