Revista Ferramental Edição 87

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EXPRESSAS

CAPACITAÇÃO DE 250 FERRAMENTARIAS PARA EXPORTAÇÃO É O OBJETIVO DE PROJETO COORDENADO PELA FUNDEP E IPT

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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está trabalhando com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) no programa ‘Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas’, que tem por objetivo a integração da indústria automotiva nacional às cadeias globais de valor, focando no fortalecimento da cadeia ferramental e no desenvolvimento da cadeia produtiva. Um workshop foi realizado dia 26/11 no campus do IPT para apresentar as potencialidades do programa, identificar as demandas tecnológicas do segmento e promover conexões para o desenvolvimento de trabalhos. O projeto faz parte do Rota 2030, um programa federal criado em 2018 para estimular o investimento e o fortalecimento das empresas brasileiras do setor automotivo, por meio de metas mensuráveis, desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias e benefícios fiscais. A iniciativa com as ferramentarias tem a Fundep como coordenadora, o IPT como responsável técnico, e conta com o apoio de instituições de ensino e pesquisa, parques tecnológicos e entidades representativas (ver lista ao final da matéria). O objetivo principal é solucionar dificuldades de empresas com baixa produtividade e defasagem tecnológica, o que traz como consequência uma indústria cada vez menos competitiva nos mercados nacional e internacional. “Nós temos o objetivo de desenvolver e capacitar 250 empresas da linha IV do programa Rota 2030, que é o setor de ferramentarias, para que se tornem exportadoras”, afirma Jefferson de Oliveira Gomes, diretor-presidente do IPT. “Vamos colocar como meta a exportação e não o conhecimento para um setor que não está desenvolvendo pesquisas: assim foi direcionada a estratégia final”. Os recursos disponíveis para a execução do programa em cinco anos são de R$ 200 milhões. Cada um dos projetos será

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submetido ao crivo de um conselho e deverá ter a participação de, no mínimo, cinco ferramentarias e três fornecedores. Como se trata de um projeto nacional, a expectativa é ter um mínimo de 50 projetos de aplicação tecnológica e trabalhar basicamente nas regiões de Caxias do Sul, Joinville, ABC Paulista e Belo Horizonte. Os projetos terão a duração máxima de um ano e o resultado final buscado será a produtividade, seja por meio da diminuição no tempo de fabricação de uma cavidade, por exemplo, ou da redução no tempo de fixação das peças. A comissão deverá eleger também de dois a três projetos estruturantes, ou seja, aqueles de risco – a maior parte dos projetos está voltada basicamente à aplicação. Desenvolvimento do setor Para Gomes, a iniciativa vai além do objetivo de trazer benefícios às ferramentarias isoladamente, uma vez que deverá propiciar condições para o desenvolvimento do setor – “se for possível fazer o setor exportar, novos negócios irão aparecer”, afirma ele. Para chegar ao número de 250 empresas preparadas para exportar (atualmente, o Brasil conta com 1.852 ferramentarias), os coordenadores estimam trabalhar com cerca de mil delas durante o programa. Além disso, os stakeholders também deverão estar envolvidos, o que inclui mais 300 empresas fornecedoras de materiais. Instituições de ciência e tecnologia entram no desenvolvimento de profissionais, conhecimento e tecnologia, e mais 100 startups nessa linha de projeto. “Não podemos pensar pequeno. Quem não é global no mundo global, não precisa estar aqui”, completa ele. “Com tudo isso bem delineado, o governo receberá diretrizes para auxiliar o desenvolvimento de políticas públicas, uma vez que será possível conhecer a fundo os setores e suas necessidades, que vão aparecer ao longo do processo”. Para o sucesso do programa, Oliveira enfatiza a necessidade de ações voltadas ao tripé da educação, treinamento e formação. Ele dá como exemplo uma iniciativa feita no início da década de 2000 na

REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // JAN / FEV 2020

cidade de Caxias do Sul com a Virfebras, que era a Associação das Ferramentarias da região. Foi possível diminuir o tempo de fabricação das cavidades para os moldes, em um projeto de aplicação usando máquinas-ferramenta com outros tipos de estratégia de corte, mas três meses mais tarde a situação voltou ao ponto inicial. “Não foi colocada em prática uma formação contínua de ferramenteiros. Precisamos de um volume de pessoas que detenham o saber”, diz Gomes. Instituições envolvidas • Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (ABINFER) • Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) • Arranjo Produtivo Local (APL) do Grande ABC • Fundação Getúlio Vargas (FGV) • Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) • Instituto SENAI de Inovação • Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) • Sindicato dos Metalúrgicos do ABC • Instituto Mauá de Tecnologia • Parque Tecnológico de São José dos Campos • Universidade Federal do ABC (UFABC) • Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Como Participar Confira mais detalhes sobre o Programa Rota2030 e como participar das linhas coordenadas pela Fundep. Acesse: rota2030.fundep.ufmg.br Fonte: Fundep

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LANÇAMENTO DO NOVO YUDRIVE2

Os cilindros elétricos são o que há de mais recente no mercado de câmaras quentes, com um conjunto significativo de vantagens quando comparamos com outras alternativas do mercado. Dentre elas destacam-se o controle total da velocidade e da posição das válvulas, a garantia que as mesmas abrem e fecham na posição definida, a inexistên-


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