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OPINIÃO - Darci Pedro Hartmann Impulsionando o cooperativismo gaúcho
IMPULSIONANDO O COOPERATIVISMO GAÚCHO
DARCI PEDRO HARTMANN Presidente do Sistema Ocergs
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Ocaminho percorrido nos 50 anos da Ocergs foi marcado por muitos desafios, superações e realizações, que consolidaram sua atuação em prol do cooperativismo. São cinco décadas em que ampliamos o trabalho desenvolvido junto às cooperativas e aos associados, contribuindo para o fortalecimento e a qualificação do sistema no estado. Ao longo do tempo, todos os ramos ligados à Ocergs têm demonstrado uma forte pujança e protagonismo. A organização se mostrou capaz de catalisar e, acima de tudo, coordenar as iniciativas advindas das cooperativas para que fosse possível mostrar essa visão integrada como organização e impulsionar o crescimento observado atualmente.
A atuação da Ocergs está baseada em três pilares. O primeiro deles é a representação política do cooperativismo junto aos poderes constituídos. O segundo se refere ao registro e à certificação das entidades, viabilizando a sua atuação em diferentes segmentos. E o terceiro é o da formação educacional e profissional para garantir o futuro do sistema. Este último pilar se concretizou por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande Do Sul (Sescoop/RS), criado em 1998, que atualmente investe cerca de R$ 50 milhões por ano no Estado, em iniciativas de qualificação para o cooperativismo. Ele fornece os recursos e meios necessários, inclusive com a Faculdade de Tecnologia de Cooperativismo (Escoop), para preparar a gestão das cooperativas, principalmente em relação a executivos, dirigentes e empregados. É um investimento que tem transformado o cenário das cooperativas.
EXPRESSÃO DO COOPERATIVISMO GAÚCHO A eficiência econômica das cooperativas gaúchas se concretiza através dos resultados que apresentam. Os números da Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2022, ano-base 2021, divulgado em julho deste ano, apresentam o faturamento de R$ 71,2 bilhões, com incremento de 36,8% em relação ao período anterior. No último ano, o crescimento registrado nas sobras apuradas foi de 20,7%, atingindo o valor de R$ 3,6 bilhões, o que representa o dobro do valor obtido em 2017. O número de associados às 423 cooperativas gaúchas passou de 3,01 milhões para 3,2 milhões em 2021, o que reforça a confiança da sociedade no sistema cooperativista.
O agro impulsionou o crescimento. As cooperativas agropecuárias registraram um faturamento de R$ 51 bilhões em 2021, o que representa um aumento de 45,9% em relação ao exercício anterior. O faturamento das cooperativas do setor representa 71,6% do
total dos sete ramos “de cooperativismo no Rio Grande do Sul e as sobras correspondem a 28,5% do total dos ramos. As sobras apuradas registraram expansão de 9,5% no último ano, atingindo aproximadamente R$ 1,03 bilhão, o que representa 28,5% do total das sobras dos sete ramos do cooperativismo. A expansão das sobras, desde 2016, alcançou a marca de 173%, reforçando a contribuição do setor para o desenvolvimento econômico e social das comunidades nas quais as cooperativas estão inseridas.
No acumulado de 2021, o crescimento de empregos com carteira assinada nas cooperativas agropecuárias foi de 1.464, um incremento de 3,8% em relação ao período anterior. A expansão de postos de trabalho no ramo agropecuário, que em 2021 registrou 39.964 empregos diretos, representa 53,3% dos empregos diretos no cooperativismo gaúcho. O agro impulsionou o crescimento. As cooperativas agropecuárias registraram um faturamento de R$ 51 bilhões em 2021, o que representa um aumento de 45,9% em relação ao exercício anterior. O faturamento das cooperativas do setor representa 71,6% do total dos sete ramos de cooperativismo no Rio Grande do Sul e as sobras correspondem a 28,5% do total dos ramos São grandes os desafios do cooperativismo. Mas com os números apresentados e em períodos de crise, reitera-se que o cooperativismo é um modelo de negócio profissional, competitivo e com eficiência em gestão.
Atualmente, 40% das cooperativas agropecuárias faturam até R$ 100 milhões por ano, 36% entre R$ 100 milhões e R$ 300 milhões por ano, 9% entre R$ 300 milhões e R$ 1 bilhão e 15% ultrapassam o faturamento anual de R$ 1 bilhão. O setor reúne 63 cooperativas que possuem planta agroindustrial, onde processam a matéria-prima e agregam valor em mais de 131 produtos diferentes. A valorização dos diferentes ramos é o principal investimento do Sistema Ocergs frente às mudanças tecnológicas que acontecem constantemente. É preciso se modernizar para avançar cada vez mais no processo de crescimento do cooperativismo e estar preparado profissionalmente para os novos desafios, investindo na profissionalização de líderes e administradores, sem deixar de lado a valorização da doutrina cooperativista.