Revista Ecológico - Edição 93

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brasileiras. Seu recado literal aos marinheiros, então portugueses de primeira viagem à região, continua atual : “Abram os olhos!”. Daí “Abrolhos” de hoje. A partir dessa visão, nossas retinas também já enxergam lá longe, no horizonte preservado, as cinco ilhotas que compõem o arquipélago de Abrolhos, criado e mantido desde 1983, como uma Unidade de Conservação. Uma, sob a jurisdição da Marinha, onde até hoje existe uma casinha reformada e fechada, esperando o ex-presidente Lula e sua família revisitarem a ilha, conforme prometeram. E as demais, sob a vigilância do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), onde as embarcações se atracam, podendo suas tripulações até pernoitar dentro delas, mas jamais descer. A gente se aproxima de uma delas, a única permitida para visitação em terra, e confirma. Experimentar Abrolhos não significa conhecer apenas alguns rochedos de pedras vulcânicas aflorados, sem graça e sem vida, tamanha a viagem em alto mar. Pelo contrário, criado e preservado como parque desde 1983, Abrolhos lembra uma Fernando de Noronha em miniatura, tamanha a quantidade de aves também avistadas. São milhares de atobás, grazinas e fragatas cruzando, em profusão, suas pequenas ilhas. Ou protegendo seus ninhos e filhotes. Há ainda

FOTOS: ELOAH RODRIGUES

1 ECOTURISMO

LEMBRANÇA TRISTE da ferrovia e do “velho maquinista com seu boné” que não existem mais


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