Revista Business Portugal Julho'18

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CERCIMA

MAIS DE 40 ANOS DE SOLIDARIEDADE E INCLUSÃO Mais de 50 é o número de CERCI’s existentes desde os anos 70. Um processo que surgiu de uma iniciativa entre pais e professores e que, desde a criação, envolveu familiares e profissionais na busca por uma resposta local às crianças com necessidades especiais.

A

Cristina Dias e Cristina Pereira, Presidente do Conselho de Administração e Coordenadora do serviço da Formação profissional

CERCIMA, que surgiu em 1976, desenvolve um conjunto de atividades para promover e facilitar a inclusão na comunidade de pessoas com deficiência e/ou incapacidade, desde a Intervenção Precoce, Serviço Sócio - Educativo, Formação Profissional, Centro de Recursos para a Inclusão, Centro de Atividades Ocupacionais, Centro Comunitário Cais do Sal e Residência Autónoma. Todas atuam em diversas áreas com a finalidade de “capacitar pessoas com diversidade funcional na defesa do direito da igualdade de oportunidades”. A CERCIMA acredita que quanto mais cedo se intervir maior o sucesso de inclusão. Trabalhamos a prevenção que passa por

Formação Profissional Missão Potenciar a empregabilidade das pessoas com deficiência e/ou incapacidade, através da metodologia de Emprego Apoiado, dotando-as de competências para o ingresso, reingresso ou permanência no mercado de trabalho. Cursos: Equivalência ao 9º ano e Qualificação Profissional •

Operador/a de Armazenagem

Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade

Certificação Profissional •

Operador/a de Serviços Gerais

Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade

Formação Continua

Tel: +351 21 230 85 10 +351 91 786 37 95 Email: formacao@cercima.pt Site : www.cercima.pt Rua D. Nuno Álvares Pereira nº 141, 2870-097 Montijo

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ações de natureza preventiva e reabilitativa nas áreas da educação, saúde e ação social. Cristina Dias afirma que incentivar as pessoas à autonomia os torna mais felizes e seguros quanto às suas próprias capacidades. Contudo, refere que é também papel do sistema educativo modificar o ensino especial nas escolas: “Chegam aqui com o 11º ou 12º ano e não sabem ler”, afirma, sublinhando que é preciso sensibilidade para lidar com estas questões. Embora a inclusão seja fundamental, é necessário perceber que cada caso exige uma atuação diferente. A responsável refere, ainda, que os jovens que chegam à CERCIMA (Formação Profissional) trazem como “bagagem” experiências sociais/pessoais negativas: “Estes jovens quando chegam até nós vêm com insucesso na escola, rótulos e, muitas vezes, são vítimas de bullying” e ressalva a necessidade de um trabalho que os estimule à autonomia e progresso: “O que sabemos aqui é o que são capazes de fazer e não o que não sabem”.

“Eu acho que esta resposta não se devia chamar formação profissional, porque é muito mais, é o apoio na construção de um projeto de vida”. Mais do que um serviço à comunidade, está em causa a responsabilidade social. É desenvolvido um trabalho, que estimula o desenvolvimento de competências, pessoais e sociais. Ao longo de todo o processo de intervenção o apoio e aceitação da família é fundamental. A CERCIMA está há mais de 40 anos ao serviço da comunidade com necessidades especiais e une os seus esforços para a construção de uma sociedade mais solidária e inclusiva.


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