Revista Business Portugal - Anuário 2023

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Anuário

MAIS DE 35 ANOS DE LIDERANÇA GLOBAL NO ALUGUER DE GRUAS Ilídio Tavares e Edgar Garcia, Administradores do Grupo TAGAR

ESPECIAL

ARTIGOS DE OPINIÃO

BRANDS ARMINDO MONTEIRO, CIP • LUÍS MIGUEL RIBEIRO, AEP • JOÃO VIEIRA LOPES, CCP REVISTA BUSINESS PORTUGAL POWER // 1


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O nosso foco é oferecer um trabalho sério e de qualidade cuidando de si num todo. Mais que tratar a doença, nós queremos CUIDAR da sua saúde!

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A MULHER. A MÃE. A EMPRESÁRIA. Daniela Esteves, CEO Monclinic Foto créditos: Jorge Marçoa REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 3


ÍNDICE

Nota de boas-vindas...

Anuário 2023

10 LÍDERES

17 LIDERANÇA

25 ESPECIAL

30 PME

E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

EXCELÊNCIA

SAÚDE Especial Saúde

Anuário Jul.

43 BRANDS POWER

O balanço de 2023 está feito e as primeiras páginas de 2024 escrevem-se com realismo, mas com esperança num novo ciclo de crescimento económico. Resistir, adaptar-se e seguir em frente. São os desafios que revelam a verdadeira dimensão da nossa força. Para as empresas é tempo de começar novos projetos, pensar em novos produtos ou mercados a marcar presença e de desenhar as estratégias inovadoras que lhes permitam transformar os seus negócios e levá-las a um rumo de crescimento e consolidação. Nesta edição, a Revista Business Portugal segue, uma vez mais, a lógica de primar pela diferença, afirmando a sua identidade e essência, evidenciando empresas e organizações, das mais diversas áreas, que assumem a capacidade de se adaptar diante de novos cenários ou transformações e um novo perfil de liderança centrado nas pessoas. Levamos, mais uma vez, até si exemplos inspiradores de empresários e empreendedores que continuam a investir numa cultura orientada para a qualidade, inovação e competitividade. Como disse Josh Billings a vida não consiste em ter boas cartas na mão, mas sim em jogar bem as que se tem. Boas leituras e votos de um 2024 cheio de sucessos!

Anuário

Fernando R. da Silva

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Sede: Av. República 2208, 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Mensal - Anuário 2023 Tiragem Média: 20.000 exemplares 4 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


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REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 5 Chen, H., 2022. Lentes Oftálmicas com micro lentes asféricas para o Controlo da Miopia vs Lentes Oftálmicas Unifocais: Estudo clínico randomizado. JAMA Ophthalmol. 140(5), 472–478. https://doi.org/10.1001/

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 17 jamaophthalmol.2022.0401. As lentes Essilor® são qualificadas como dispositivos médicos nos termos previstos no Regulamento UE 2017/745. Essilor® e Stellest® são marcas registadas pela Essilor International.

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GRUPO TAGAR

MAIS DE 35 ANOS DE LIDERANÇA GLOBAL NO ALUGUER DE GRUAS Com mais de 35 anos de trajetória, o Grupo Tagar, fundado por Ilídio Tavares e Edgar Garcia, emerge como uma referência multinacional na prestação de serviços de aluguer de gruas para setores como a construção civil e energias renováveis. Em entrevista à Revista Business Portugal, os visionários fundadores partilham a prestigiada jornada desde a fundação do Grupo à sua expansão global, destacando os desafios, as estratégias de adaptação e os planos futuros de uma empresa que se tornou vital em mais de dez países.

Aos 19 anos, Ilídio Tavares imigrou para a Venezuela, dedicando-se, nos cinco anos subsequentes, ao trabalho com equipamentos de apoio à construção. Esse período culminou na fundação da Montajes Tagar em 1984. Em 1986, passou a contar com a colaboração de Edgar Garcia, inicialmente responsável por auxiliá-lo principalmente em questões documentais. No entanto, ao longo do tempo, a participação de Edgar expandiu-se para abranger todos os aspetos do negócio. Os anos seguintes marcaram um período de crescimento na Venezuela. Contudo, em 1998, a entrada do Presidente Hugo Chávez indicou uma mudança drástica. Ilídio antecipou o declínio da economia venezuelana, levando-o a regressar a Portugal. Durante os dois anos seguintes, dedicou-se à prospeção do mercado português e, consciente de sua competitividade, fundou a Eurotagar em 2000. Ilídio Tavares e Edgar Garcia moldaram uma história ímpar marcada por uma notável capacidade de adaptação, visão estratégica e compromisso com a excelência.

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Com mais de 35 anos de experiência, o Grupo Tagar passou por várias fases de crescimento e diversificação. Como descreveria a evolução da empresa desde a sua fundação até se tornar uma empresa multinacional com presença em mais de dez países? Inicialmente, a Eurotagar focava-se em gruas de construção, tanto de edifícios, como de vias públicas, autoestradas e pontes. No entanto, antecipando a saturação do mercado de construção civil português, migrámos para as gruas telescópicas, atendendo à crescente demanda por autoestradas. Enquanto crescíamos até 2008, a crise começou a surgir. Portugal já tinha autoestradas suficientes e era hora de procurar novos mercados. Decidimos especializar a nossa atividade no setor eólico, o que implicou uma arrojada decisão: a aquisição da primeira grande grua móvel, LTM 11200. Esta mudança estratégica, embora desafiadora, consolidou a nossa posição, tornando-nos líderes no mercado português, o que nos conferiu a notoriedade necessária à expansão internacional. Atualmente, o Grupo Tagar é uma referência em mais de dez países, na Europa, África e América Latina. Posto isto, é essencial dedicar tempo à formulação de estratégias, análise de mercado e


GRUPO TAGAR

identificação de tendências para uma orientação eficaz. Um empresário desatento, incapaz de antecipar as projeções dos próximos anos arrisca-se a colapsar. Distrações podem levar a situações desfavoráveis, como o desalinhamento com o mercado ou a atuação em setores obsoletos. Assim, os empresários de hoje têm de se readaptar rapidamente às mudanças frequentes das tendências impostas pelo mercado. Surgem indústrias novas, com novas tecnologias e o caminho de sobrevivência é readaptar-se cada ano às novas necessidades. A entrada do Grupo Tagar no setor eólico foi uma decisão estratégica importante. De que forma esta mudança de foco influenciou a empresa e como a capacidade de se adaptar a diferentes setores contribuiu para o sucesso do Grupo? O setor eólico foi uma das mudanças importantes na direção da prestação de serviços do nosso Grupo. A partir de 2006, tivemos a visão de que este setor vinha para ficar pela crescente necessidade de fontes de energia de menor impacto ambiental e mais sustentáveis. O nosso foco, que deveria ser universal, é minimizar a pegada ecológica. Estamos inseridos num setor alinhado com a crescente tendência de tecnologias de produção de energia que se afastam dos hidrocarbonetos e poluentes como gás e petróleo. A instabilidade no mercado do petróleo e as projeções limitadas de reservas para apenas 100 anos motivaram o desenvolvimento de novas tecnologias. Portugal, assim como toda a Europa, enfrenta a carência de reservas e, por consequência, percebe a importância de não depender exclusivamente de países terceiros, optando por desenvolver as suas próprias tecnologias. O Grupo Tagar está presente em diversos setores, desde a indústria e metalomecânica até às energias renováveis. Como é que a empresa abraça projetos tão diversos, e qual tem sido o papel crucial nesses setores? Como a empresa mantém a coesão da sua identidade corporativa enquanto opera em setores tão distintos? Estamos atentos às necessidades dos nossos clientes e do mercado e direcionamos os nossos investimentos na compra de novos equipamen-

“Contamos com equipas especializadas, gruas, plataformas elevatórias, transporte convencional e especializado, além de um corpo técnico para preparação, coordenação e gestão de projetos”

tos adequados às necessidades dos diversos setores. Desempenhamos um papel vital no desenvolvimento da indústria portuária, petrolífera, metalomecânica, naval e mineira. Com experiência em elevação de estruturas acima de 500 toneladas, destacamo-nos como parceiros de eleição para grandes empresas destes setores. Na construção civil, visamos proporcionar um serviço completo na elevação e montagem de estruturas pré-fabricadas, pavilhões, fachadas e obras públicas. Contamos com equipas especializadas, gruas, plataformas elevatórias, transporte convencional e especializado, além de um corpo técnico para preparação, coordenação e gestão de projetos. Como já referido, as energias renováveis são uma das nossas principais áreas de atuação, detemos know-how na montagem de “megawatts” em todo o mundo. Equipados com tecnologia específica para a montagem de parques eólicos, oferecemos serviços abrangentes, desde gruas telescópicas até 1200 toneladas a plataformas elevatórias, empilhadores telescópicos e camiões grua. Com mais de 300 turbinas montadas anualmente, contamos com parcerias confiáveis e estabelecemos relações com clientes prestigiados no setor eólico. Na indústria petroquímica, destacamo-nos como parceiro ímpar na montagem e manutenção de condutas e reatores. Com conhecimentos operacionais eficientes

Edgar Garcia e Ilídio Tavares, Administradores do Grupo TAGAR REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 7


GRUPO TAGAR

e responsáveis, contribuímos para a redução de tempo e custos, priorizando métodos eficazes e seguros na execução do trabalho. Em todos os setores mencionados, a eficiência, a rapidez e a segurança são prioridades fundamentais. A expansão internacional do Grupo Tagar é notável. Quais os desafios enfrentados durante este processo de expansão para países como Espanha, Chile, Marrocos e outros, e como a empresa os superou? Como adaptaram as estratégias de negócios para lidar com as diferentes dinâmicas culturais e regulamentações? A expansão internacional do Grupo Tagar, em primeiro lugar, deu-se por uma necessidade de manter os postos de trabalho, aquando do início da crise do ano de 2009. Depois do sucesso do primeiro parque eólico instalado na América Central, conseguimos demonstrar aos nossos clientes capacidade de executar projetos noutros países. A respeito da nossa adaptação, conseguimos adaptar-nos melhor a países de língua de origem espanhola/latim e, por outra parte, acabámos por selecionar países com maiores necessidades da nossa prestação de serviços. Os valores do Grupo Tagar incluem competência, trabalho em equipa, qualidade do serviço e profissionalismo. Como estes valores são refletidos nas operações diárias da empresa e no relacionamento com os clientes e parceiros? A empresa investe no desenvolvimento da sua equipa? Uma empresa sem valores, sem competências e sem uma equipa especializada, não consegue prestar serviços de elevada qualidade. Por conseguinte, é óbvio que trabalhamos permanentemente na qualificação do nosso quadro técnico e no investimento de equipamentos modernos adequados às novas realidades. Somos um Grupo de destaque, onde a experiência, competência e profissionalismo se destacam, sendo reconhecidos pelos nossos clientes. A nossa missão é materializar os projetos dos nossos clientes através de uma equipa competente e recurso a equipamentos especializados. Estamos constantemente empenhados em proporcionar excelência, garantindo padrões elevados e segurança em todos os serviços que oferecemos. O Grupo Tagar é reconhecido pela montagem de parques eólicos em Portugal e internacionalmente. Como a expertise da Tagar contribui para o setor das energias renováveis? Qual é a abrangência geográfica atual do Grupo Tagar neste setor? O Grupo Tagar, efetivamente, nos últimos anos, tem montado parques eólicos em França, Portugal, Espanha, Marrocos, África do Sul e na América Latina (Nicarágua, Honduras, Guatemala, Panamá e Chile). Outros países foram requeridos pelos nossos clientes, aos quais não podemos atender por falta de recursos humanos. No momento atual, os recursos humanos são mais difíceis de conseguir em Portugal porque, por um lado, o Estado Português absorveu mais de 100 mil funcionários públicos, havendo menos oferta de mão de obra para o setor privado e, por outro lado, existindo uma taxa baixa de desemprego os portugueses têm menos necessidade para se ausentarem do país. A gama de equipamentos do Grupo Tagar é bastante diversificada. Como é que a empresa escolhe os equipamentos certos para projetos específicos e qual tem sido a chave para manter uma frota tão versátil ao longo dos anos? Oferecemos uma gama diversificada de equipamentos, desde Auto Gruas, Gruas de Rasto, Transportes Especiais e Camiões Grua até Pla-

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“Olhando para o futuro, essencialmente, o Grupo Tagar pretende que, em primeiro lugar, Portugal conte com uma empresa nacional de referência internacional na prestação de serviços com gruas de pequeno e grande porte capazes de dar resposta a todas as necessidades nacionais”

taformas Elevatórias e Empilhadores Telescópicos. As nossas compras têm de ser direcionadas às necessidades que vão surgindo no mercado. Atualmente, a indústria generalista deve cumprir requisitos ecológicos, levando à substituição de equipamentos internos, uma tarefa realizada facilmente pelas nossas gruas. Com capacidades que variam de 25 a 1200 toneladas, garantimos soluções eficazes para projetos de qualquer dimensão que necessitem de auto gruas. Desenhadas para parques eólicos, as gruas de rasto, com menos de 6 metros de largura, oferecem agilidade e robustez. Além disso, estamos equipados para transportes terrestres especiais. A nossa frota diversificada inclui linhas modulares, porta-máquinas extensíveis e camiões grua, proporcionando eficiência 2-em-1 para transporte e descarga/elevação. Projetadas para trabalhos em altura, oferecemos plataformas elevatórias com alturas entre 12 e 20 metros, proporcionando conforto e segurança. Já os empilhadores telescópicos são ideais para movimentação de cargas, carregamento ou colocação, com capacidades de 2 a 4 toneladas e altura de elevação de 12 a 18 metros. A segurança é um valor essencial no Grupo Tagar, especialmente ao lidar com equipamentos de grande porte. Quais as boas práticas adotadas pela empresa para garantir a segurança dos colaboradores e a integridade dos projetos, especialmente em ambientes desafiadores, como parques eólicos ou locais industriais? A segurança é a nossa primeira preocupação, pois um funcionário de baixa significa quebra da nossa produção. Temos uma preocupação constante em fazer várias ações de formação, melhorar a nossa programação de execução dos trabalhos, cujo enfoque principal seja o de


GRUPO TAGAR

zero acidentes. Adicionalmente, o sistema de saúde atual não está a corresponder às expectativas da população, levantando questões sobre a necessidade de melhorias no setor. Neste contexto, a nossa principal preocupação este ano foi estabelecer um seguro de saúde para todos os funcionários. Se um colaborador adoece e fica afastado por dois ou três meses, acabamos por perder uma percentagem de produtividade. Investir na saúde e segurança dos nossos funcionários torna-se crucial. Recentemente, o Grupo Tagar expandiu as suas atividades para a área imobiliária. Quais os motivos por trás desta decisão estratégica e como a experiência e conhecimentos adquiridos ao longo dos anos noutros setores estão a ser aplicados nesta nova vertente? A nossa expansão ao setor imobiliário vai no sentido de diversificar os nossos investimentos para tornar o Grupo mais resistente às possíveis futuras crises. O mundo está cheio de incertezas e a resposta é a diversificação. Como empresário, é crucial ser visionário e assumir riscos. Todos os empresários devem arriscar e adaptar-se aos tempos atuais, modernizando-se. Olhando para o futuro, como o Grupo Tagar planeia continuar a inovar e enfrentar os desafios em constante evolução nos setores em que atua? Existem novas áreas de crescimento ou projetos inovadores em que a empresa está a focar a sua atenção? Olhando para o futuro, essencialmente, o Grupo Tagar pretende que, em primeiro lugar, Portugal conte com uma empresa nacional de

referência internacional na prestação de serviços com gruas de pequeno e grande porte capazes de dar resposta a todas as necessidades nacionais, não perdendo o foco de que o país deve produzir todos os bens e serviços necessários aos portugueses e, em segundo plano, os nossos excedentes de equipamentos e quadros técnicos tratar de executar projetos noutros países para contribuir com as exportações portuguesas e ajudar a equilibrar a balança de pagamentos internacional, que é essencial para a estabilidade económica do país. Recordemos todos que Portugal importa muitos bens e serviços que têm de ser pagos e como contrapartida para poder pagar tem de ter empresas capazes de exportar bens e serviços para equilibrar as contas internacionais. É vital para Portugal ter uma empresa altamente competitiva capaz de atender às demandas internas e, além disso, exportar. Com a consolidação da compra da Cariano, enfrentámos mais um desafio, dado que a empresa vinha a registar prejuízos há 14 anos. Antecipámos a insolvência ao analisar os balanços de 2004, prevendo que, em três ou quatro anos, não conseguiriam cobrir os custos operacionais devido à discrepância entre a quantidade de equipamento, faturação e custos. O nosso objetivo com a aquisição da Cariano foi reestruturar a empresa para torná-la rentável. Hoje, estamos satisfeitos, pois transformámos uma empresa que estava com um fecho negativo para um resultado positivo próximo a um milhão de euros até o final do ano de 2023.

www.grupotagar.com

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | AMT

LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO As líderes e empresárias de sucesso desempenham um papel fundamental no cenário empresarial global, demonstrando habilidades excepcionais, visão estratégica e determinação para alcançar o sucesso. Estas mulheres inspiradoras não apenas quebram barreiras de género, mas também deixam um legado significativo nas suas respetivas áreas de atividade. A resiliência é uma qualidade marcante em líderes e empresárias de sucesso. Elas enfrentam desafios e obstáculos com determinação, transformando contratempos em oportunidades de aprendizagem e crescimento. A capacidade de se adaptar a ambientes em constante mudança e superar adversidades é uma marca registada dessas líderes inspiradoras. Além disso, a visão estratégica é uma característica distintiva destas mulheres excepcionais. A empatia e a inteligência emocional são componentes essenciais do estilo de liderança destas mulheres. Elas compreendem a importância de construir relacionamentos sólidos, tanto com as suas equipas quanto com os clientes. Essa abordagem empática cria culturas organizacionais positivas, promovendo um ambiente de trabalho colaborativo e motivador. As líderes e empresárias de sucesso não apenas alcançam o topo de suas respetivas áreas, mas também moldam o futuro dos negócios com a sua resiliência, visão estratégica, empatia e aprendizagem contínua. Os seus feitos não apenas inspiram as gerações futuras, mas também contribuem para a construção de um mundo empresarial mais inclusivo, inovador e sustentável.

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | CARLA SÁ FERNANDES

“SOU UMA PESSOA FELIZ COM O MEU PERCURSO” A alegria com que desenvolve o seu trabalho, o colocar-se no papel do outro, a sua capacidade de adaptação, o profissionalismo e confiança são os principais fatores que distinguem Carla Sá Fernandes enquanto consultora imobiliária. Recentemente, seguindo o seu propósito de vida de ajudar mulheres a sobressaírem o que de melhor têm em si, lançou um projeto de consultoria de moda, uma vez que o imobiliário e a moda têm em comum o facto de se lidar com pessoas e emoções! A Carla desempenha um papel crucial na indústria imobiliária. Como foi o início da sua carreira na JLL? Quais foram os principais desafios e como os superou? Sempre quis seguir esta área ou houve um momento específico que despertou a sua paixão pelo setor imobiliário? A JLL é uma empresa muito familiar, com um ambiente exigente e “leve” ao mesmo tempo, apesar de ser uma multinacional com mais de 400 pessoas, onde sinto que é fácil o relacionamento com os vários interlocutores e departamentos dentro da empresa. Em virtude de grande parte da minha experiência profissional – 16 anos numa multinacional farmacêutica – ter sido num ambiente corporativo, onde máxima liberdade é sinónimo de máxima responsabilidade, para mim, a integração foi absolutamente normal. Obviamente que para isso acontecer, foram fundamentais as minhas chefias e os meus colegas que me acolheram de braços abertos. A carreira de consultor imobiliário é um desafio constante; o que é hoje não é amanhã, o que ainda não aconteceu irá certamente acontecer. Os meus principais desafios foram, e continuam a ser, encontrar soluções para as adversidades e aqui é extremamente importante a confiança entre os intervenientes no processo de venda – vendedores e compradores – e pedir opinião a quem está “de fora” e nos pode ajudar. Reforço que as chefias têm aqui um papel fundamental. Lembro-me de um processo bastante complexo com várias dívidas às Finanças e Segurança Social, em que os compradores se disponibilizaram para ir a casa dos vendedores ajudar a resolver o assunto; a confiança e o objetivo no fecho do negócio foi tal que os vendedores chegaram as disponibilizar os códigos secretos. O imobiliário surgiu inicialmente em forma de desafio. Pouco tempo depois de ter saído da indústria farmacêutica surgiu-me este desafio em forma de convite. Pensei para mim, porque não? Aliava o contacto com pessoas às vendas, que é o meio onde sempre me movimentei. Rapidamente me apaixonei por este mundo em que nos desafiamos a nós próprios todos os dias e, em que ao mesmo tempo, temos uma interação única com as pessoas. Tive muitos altos e baixos, tive de aprender a lidar com as minhas emoções e as dos outros, mas sinto que cresci bastante. Ao longo dos mais de três anos na JLL, como avalia o seu crescimento profissional? Que experiências específicas contribuíram significativamente para o desenvolvimento da sua carreira na empresa? Sou uma pessoa feliz com o meu percurso e com o que tenho conseguido. Tenho o privilégio de ter uma liderança forte, colegas e

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clientes que me têm feito crescer e com quem tenho aprendido bastante. A JLL permitiu-me ter contacto com uma realidade que ainda não tinha experienciado no imobiliário – a venda em planta. Esta valência fez com que eu começasse a lidar mais com clientes compradores do que apenas com proprietários que era onde eu mais me movimentava. Também a forma como as equipas da JLL recebem e trabalham as leads, fez toda a diferença.

Carla Sá Fernandes, Consultora imobiliária


CARLA SÁ FERNANDES | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

A visão da JLL destaca-se por moldar o futuro do imobiliário para um mundo melhor. Qual a perceção do alinhamento entre a sua visão profissional e os objetivos e valores da JLL? De que forma estes princípios fundamentais são incorporados no dia a dia da empresa? A sustentabilidade é um dos principais pilarespara a JLL, já que esta facilita a nossa capacidade de trazer valor a longo prazo para os acionistas, orientar ações que tornem o imobiliário mais sustentável, tentando incorporar, claro, as normativas de ESG, que são cada vez mais incontornáveis, criar espaços de bem-estar e seguros para todos. Sobre os valores e objetivos, a JLL tem uma preocupação bastante grande com os colaboradores e onde se inserem algumas ações como: 1. A diversidade e inclusão, que é um dos nossos grandes pilares; 2. A sustentabilidade, que não só trabalhamos enquanto negócio, mas também diariamente junto de todos colaboradores; 3. A responsabilidade social corporativa, onde em todas as ações envolvemos as nossas equipas (desde ações para apoio social com várias instituições, a doações de sangue regulares, a projetos para pormos a mão na massa). Para mim, o factor mais importante e que sinto em perfeito alinhamento com a JLL, é a flexibilidade. Diria que é uma das palavras que mais nos define. A JLL apoia o crescimento profissional, sob uma política de liberdade e responsabilidade. Além disso, acredita no crescimento não só vertical, mas também horizontal – temos vários exemplos de mobilidade, de pessoas que transitam entre departamentos – dá-se oportunidade às pessoas para escolherem outros caminhos. E claro, como já referi – a liderança: a chefia tem verdadeiramente um papel crucial no desenvolvimento das equipas, enquanto negócio e enquanto pessoas. Numa indústria dinâmica como a imobiliária, como mantém o foco e a determinação para alcançar o sucesso nas suas atividades diárias como Real Estate Consultant? Como se diferencia no mercado imobiliário? Acima de tudo, é preciso gostar muito do que fazemos e querer fazer bem, desde o início – em todo o processo. É fácil, por vezes, desviarmo-nos e não seguirmos a nossa “agenda”. Como é uma atividade com variações, diria que a disciplina é muito importante. Sou focada em soluções e tenho o privilégio de ao longo da minha atividade profissional ter construído uma rede de contactos que me permite ir ao encontro de quase “todas as necessidades dos meus clientes”. Para mim não há impossíveis. Digo muitas vezes que sou uma privilegiada pelas pessoas que conheço. A alegria com que desenvolvo o meu trabalho, o colocar-me no papel do outro, a minha capacidade de adaptação, o profissionalismo e confiança são o que me distingue. Prefiro não ganhar hoje, se achar que não é um bom negócio para o meu cliente. Na sua posição como c na JLL, como avalia o papel das mulheres e o seu progresso na liderança dentro da indústria imobiliária? Quais os desafios e oportunidades que as mulheres enfrentam ao alcançar cargos de liderança nesta área? As mulheres estão cada vez mais presentes nas diversas profis-

sões que atuam no mercado imobiliário, que antes era ainda dominado predominantemente por homens. Nos dias de hoje já não é tendencialmente um setor masculino. Existe, efetivamente uma organização, a WIRE (Women in Real Estate), que se foca precisamente em ajudar a dar oportunidades a mulheres no setor imobiliário. A nível salarial, um consultor vive de resultados – diretos das suas vendas e esforço – e, neste momento, existem já muitas mulheres com panoramas financeiros iguais ou mais elevados que os homens. Penso que esse estigma está a desaparecer cada vez mais. Estamos numa geração onde a maior parte das mulheres trabalham, e ocupam cada vez mais cargos de liderança. Se voltarmos algumas décadas atrás, tal não acontecia no tempo das nossas avós, que o seu trabalho era em casa. Mas os tempos mudam, exemplos como eu e tantas colegas, são reflexo disso. Profissionalmente, neste ramo nunca senti dificuldades por ser mulher. Mas acredito que isto tem também a ver com a nossa postura, atitude e confiança. Ao ser um trabalho sem horários pré-definidos, é um mito pensar que podemos fazer o que quisermos e temos muito tempo livre. Pelo contrário, para sermos bem-sucedidos temos de estar constantemente hands-on. Com isto, não quer dizer que não organizemos a nossa agenda, mas logicamente não existe o conceito de férias com telemóveis desligados, até ao fecho efetivo do negócio. Hoje fechamos um negócio, no dia seguinte já temos de acordar com olhos postos no próximo. Este é um tipo de trabalho onde estamos alerta 24 sob 24 horas – e aqui, não há distinção entre ser homem ou mulher. A Carla recentemente desenvolveu outro projeto de consultadoria de Moda. Pode falar-nos um pouco disso? Tendo formação em Consultadoria de Imagem e Stylist e Costura, no dia 9 de outubro deste ano, dei início a um projeto que já há muito tempo me é querido. “Os trapos” são a minha PAIXÃO de sempre! Não me lembro sequer de os meus pais me comprarem algo sem que eu escolhesse. Sempre fiz os meus próprios conjuntos e, desde muito cedo, comecei a escolher a roupa para a minha mãe e amigas. Adoro imaginar as conjugações de roupas e acessórios e ir às compras sozinha ou acompanhada. Sou apaixonada por acessórios, sou versátil, misturo estilos e não me imagino a vestir algo “só porque sim”, dou sempre o meu cunho pessoal à indumentária. Mesmo que seja para ficar em casa. Gosto de imaginar e concretizar. Só me desfaço de peças quando já não estão mesmo em condições, caso contrário ou as reinvento ou guardo para a ocasião apropriada. Isto é extensível não só a roupa, como sapatos e acessórios. Tenho coisas minhas desde os 15 anos, adoro e tenho roupa da minha avó e da minha mãe. Lancei este este projeto, porque sinto que o meu propósito de vida é ajudar mulheres a sobressaírem o que de melhor têm em si e brilharem ainda mais! Imobiliário e moda – têm em comum o facto de estarmos a lidar com pessoas e emoções!

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | GESTITRI

“A DOENÇA NÃO PODE VENCER A DETERMINAÇÃO E A VONTADE DE VIVER!” Força, Liderança e Determinação: A história inspiradora de Sílvia Moço Loureiro, líder da Gestitri revela não apenas a trajetória empresarial marcante da empresa, mas também a notável resiliência da Sílvia diante da adversidade.

A Gestitri tem-se destacado por criar soluções e proporcionar valor acrescentado aos clientes ao longo das últimas mais de duas décadas. Quais foram os principais marcos no desenvolvimento da empresa? Como a Gestitri tem contribuído para o sucesso dos empreendedores que confiam nos seus serviços? A Gestitri nasceu na década de 90, um projeto de gestão aliada a contabilidade e assim se tem mantido e expandido no mercado ao longo dos anos. Desde sempre que nos pautamos pelo acompanhamento direto e proativo às necessidades específicas de cada cliente, por forma a criarmos mais-valia com o nosso trabalho, sentimo-nos parte integrante de cada um dos representados. Evoluímos, ao longo dos anos, sempre assente na melhoria continua e rigor autocrítico do nosso trabalho, tivemos sempre o cuidado de procurar a formação e informação continua, quer internamente quer passando esse conhecimento como ferramenta de gestão ao cliente no sentido do crescimento sustentável e responsabilidade social aliado ao crescimento económico, esta tem sido a nossa maior missão ao longo desta caminhada que considero de sucesso de toda a nossa equipa.

“Somos uma família que respira esta profissão tão nobre e, por vezes, tão esquecida, mas que, nos últimos anos, se tem afirmado e marcado posição na saúde da economia do país”

Destaca-se que os quadros da Gestitri incluem Contabilistas Certificados e colaboradores com elevada experiência e formação permanente. Como esta combinação de conhecimento e experiência é crucial para responder eficazmente às necessidades dos clientes e tem sido benéfica para a empresa e para quem a procura? É um facto que tenho o maior orgulho em todos os que colaboram e colaboraram com a Gestitri ao longo dos anos. Devo referir que a Gestitri foi fundada por uma visionária que ainda hoje colabora connosco apesar de já não estar no ativo, mas é e será sempre parte integrante da nossa equipa, uma contabilista certificada da primeira geração, seguida por mim, sua discípula e, hoje, a líder deste projeto que tão orgulhosamente represento, a segunda geração de contabilista certificada, mas não ficando por aqui temos a mais nova geração de contabilistas certificados também a trabalhar e já a começar a trilhar a liderança partilhada, a minha filha que já há seis anos integra os nossos quadros. Somos uma família que respira esta profissão tão nobre e, por vezes, tão esquecida, mas que, nos últimos anos, se tem afirmado e marcado posição na saúde da economia do país. Contamos ainda com colaboradoras de excelência nas mais variadas

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Sílvia Moço Loureiro, CEO


GESTITRI | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

áreas, que estão solidamente neste projecto, vestindo todos os dias a camisola, porque a soma de todas nós é o sucesso de cada uma. Costumo usar a expressão que todas somos uma e uma somos o Todo! Considero que é neste compromisso que assenta a nossa diferenciação para o cliente que nos procura. Dentro do contexto empresarial, temos visto um crescente reconhecimento da importância da liderança no feminino. Como administradora da Gestitri, qual a sua visão sobre o papel das mulheres no mundo empresarial, bem como as iniciativas implementadas na empresa para promover a diversidade e a liderança feminina? Com o evoluir dos tempos, cada vez vemos mais mulheres em cargos de liderança, não deixando de ser relevante que quando tal acontece normalmente são muito bem-sucedidas. Como mulher e como líder, sinto um orgulho enorme nesta afirmação no feminino, sendo que para mim Homens e Mulheres são igualmente capazes, responsáveis e visionários. Mas é de salutar a afirmação de tantas e tantas mulheres que não descuram a sua carreira, não limitando os seus horizontes. Querer é poder e a mulher tem capacidades intrínsecas que, ao longo dos anos, foram subvalorizadas no mundo dos negócios, hoje cada vez menos isso acontece e a principal empresa que lidero, a Gestitri, é um exemplo disso mesmo, atualmente somos uma equipa unicamente no feminino, crucial no sucesso de inúmeros projetos encabeçados por grandes empresários quer sejam homens ou mulheres. O género não é mais um fator diferenciador no trilho empreendedor e de liderança no contexto atual. É assim que vejo o mundo, é assim que o futuro deverá ser cada dia mais inclusivo, porque valemos pelo que somos e não pela diferenciação de sexo. Tenho orgulho em viver rodeada de muitas mulheres de sucesso, em todos os setores de atividade e na própria conduta de vida, tal como acontece com o sexo masculino. O mundo é para os audazes sejam homens ou mulheres e em tempos difíceis como os que vivemos é na união de forças e vontades que reside a nossa capacidade de superação sem olhar a géneros. Desde dezembro do ano de 2022, a Sílvia enfrenta uma batalha pessoal contra uma doença oncológica. Como tem sido conciliar o desafio pessoal com as responsabilidades profissionais e que mensagem de resiliência gostaria de transmitir a outras pessoas que possam estar a passar por situações semelhantes? De que forma esta batalha influenciou a sua perspetiva sobre liderança e superação no contexto empresarial? Sim, é verdade, esta é uma parte da minha vida não muito conhecida, mas que pode servir de exemplo a tantas outras pessoas que são abalroadas por esta e outras doenças que quase nos derrubam só pelo impacto que têm nas nossas vidas. De facto, foi-me diagnosticado cancro de mama no final de 2022, já tendo sido submetida a seis intervenções cirúrgicas desde então, no entanto devo dizer que este contratempo me trouxe uma força e determinação acrescida desde o primeiro minuto. Consegui sempre com o apoio inequívoco da minha equipa honrar todos os meus compromissos profissionais, sendo que em 2023 entreguei todas as obrigações fiscais de todos os clientes com pelo menos dois meses de antecedência e nunca deixei que o cliente sentisse por algum momento que a qualidade dos nossos serviços tivesse uma

beliscadura sequer… A doença não pode vencer a determinação e a vontade de viver! Nunca deixei, nem vou, que a doença vencesse a Mulher e devo dizer que o trabalho só me ajudou e trouxe ainda mais foco e vontade de lutar, sempre me caracterizei por ver a solução e não o problema e tem sido esse o meu Norte. Que saibamos sempre ir buscar as nossas maiores forças nos momentos mais difíceis das nossas vidas! Acredito SEMPRE!

“O mundo é para os audazes sejam homens ou mulheres e em tempos difíceis como os que vivemos é na união de forças e vontades que reside a nossa capacidade de superação sem olhar a géneros”

Rua Olavo Bilac, nº 12 R/C- A - Setúbal 913 739 912

(chamada para rede móvel nacional)

gestitri2009@gmail.com

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | CAVERNOMA PORTUGAL

DA ADVERSIDADE À SOLIDARIEDADE, UMA HISTÓRIA DE RESILIÊNCIA Na cidade de Oeiras, vive Carla Alvim, uma mulher de 52 anos cuja vida tomou um rumo inesperado em novembro de 2019. Carla desfrutava de uma vida familiar, profissional e social considerada normal até ao dia em que foi diagnosticada com quatro cavernomas. Hoje, é a Diretora-Geral do Núcleo Cavernoma Portugal, uma entidade que desempenha um papel crucial na sensibilização e apoio a pessoas que enfrentam desafios semelhantes. Uma mulher multifacetada, Carla desempenhou funções de gestão na área da Ciência e Tecnologia, foi também responsável do Serviço de Relações Públicas e co-responsável do Serviço de Relações Internacionais da Escola Superior Naútica Infante D. Henrique, além de acalentar uma grande paixão por línguas estrangeiras e pela dança. O diagnóstico da doença veio de forma abrupta, quando um dos cavernomas sangrou durante a noite, mudando radicalmente a vida que Carla conhecia. “Em novembro de 2019, acordei a expressar-me com sons impercetíveis, dirigi-me à casa de banho, de repente, caí e bati com a cabeça no chão”, descreve. Este evento levou-a a uma série de descobertas médicas desafiadoras, revelando quatro lesões cerebrais, diagnosticados como cavernomas. Carla explicou a complexidade do diagnóstico desta doença neurológica que afeta o sistema nervoso central. Posto isto, o seu percurso envolveu cerca de dois meses de hospitalização e após uma intervenção cirúrgica confirmou-se o diagnóstico de cavernoma, tendo sido removidos três deles. O processo de recuperação foi longo. Atualmente, vive diariamente com tonturas, dores de cabeça, espasmos e uma série de limitações físicas, emocionais e cognitivas. “Tenho muita força de vontade para encarar as dificuldades diárias”, afirma. Durante todo o período de recuperação, Carla realizou diversos tratamentos e terapias, desde fisioterapia até neuropsicologia, uma verdadeira batalha para se adaptar a uma nova realidade e ao seu novo eu. Contudo, Carla, apesar das adversidades, recusou-se a entregar-se totalmente à doença. Foi reformada com 72% de incapacidade, mas esta reviravolta não a impediu de encontrar uma nova missão de

Rua da Piscina n.º 15 - 1495-151 Algés/Miraflores 967 305 975 | 919 751 767 (chamada para rede móvel nacional)

cavernomaportugal@pigmaleao.pt www.cavernomaportugal.pt

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Carla Alvim, Diretora-Geral

vida. A ideia de criar o Núcleo Cavernoma Portugal surgiu quando a neuropsicóloga de Carla, ao investigar sobre a doença, descobriu uma associação no Reino Unido dedicada a apoiar pessoas com cavernomas. Ao juntar-se ao grupo de suporte online, Carla encontrou conforto na partilha de experiências e conhecimentos com outros pacientes diagnosticados com a mesma patologia. A constatação de que existiam apenas cinco portugueses no grupo impulsionou Carla a fundar o Núcleo Cavernoma Portugal, que atualmente opera sob a alçada da Associação Pigmaleão, sensibilizando os profissionais de saúde e a população em geral para doenças invisíveis como esta, oferecendo ao mesmo tempo suporte a pacientes e familiares. “A associação visa contribuir para o aumento da consciência da sociedade e da comunidade médica, além de sensibilizar as pessoas a participarem em estudos que promovam o conhecimento científico sobre esta condição rara”, explica, sublinhando que o Núcleo Cavernoma pertence à European Cavernoma Alliance, e lembra que no próximo dia 29 de fevereiro, Dia das Doenças Raras, a European Cavernoma Alliance vai lançar o primeiro inquérito, cujos resultados trarão mais luz à investigação. Além da sua história de superação, Carla destaca a importância de ampliar a rede de apoio para os pacientes de cavernomas. O Núcleo Cavernoma Portugal não só oferece informações sobre a doença, mas também procura estabelecer conexões com organismos de saúde e com a indústria farmacêutica. “O objetivo é promover a proteção, reabilitação e integração de pessoas com cavernomas, bem como oferecer apoio direto a familiares, cuidadores e amigos”, salienta. Carla, agora uma voz inspiradora, encoraja outros a enfrentarem as suas próprias batalhas com coragem e força interior. “A ciência faz a sua parte, mas temos de fazer também a nossa. É um trabalho de equipa, e a vida nunca foi fácil para ninguém”, destaca. O seu testemunho é uma fonte de alento para aqueles que vivem com doenças raras e/ou crónicas, uma lembrança de que a atitude positiva pode fazer a diferença. Carla encarou os seus próprios desafios com resiliência e encontrou propósito na criação do Núcleo Cavernoma Portugal, uma iniciativa que ilumina o caminho para outros que vivem com a mesma condição.


LIDERANÇA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA A convergência entre liderança, inovação e tecnologia é fundamental na atual era empresarial, marcada por rápidas mudanças e avanços tecnológicos. Líderes visionários compreendem que a capacidade de adotar e impulsionar a inovação através da tecnologia é crucial para o sucesso a longo prazo das suas organizações. Eles fomentam uma cultura organizacional que valoriza a criatividade, incentiva a experimentação e aceita o risco como parte do processo de inovação. A inovação é, muitas vezes, impulsionada por líderes que adotam uma mentalidade aberta às novas tecnologias. Eles não apenas reconhecem as tendências emergentes, como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e blockchain, mas também entendem como integrá-las de maneira estratégica nas operações e nos modelos de negócios. Essa visão estratégica permite que as organizações se destaquem em ambientes altamente competitivos. O papel da liderança na promoção da inovação tecnológica também inclui a criação de uma cultura que incentive a aprendizagem contínua, isso implica investir no desenvolvimento das habilidades necessárias para adotar e utilizar as tecnologias emergentes. A liderança, inovação e tecnologia formam um tríplice elo crucial para o sucesso empresarial no mundo contemporâneo num cenário empresarial dinâmico e altamente competitivo.

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LIDERANÇA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA | GRUPO GLN

GRUPO GLN: CRIAÇÃO DE VALOR, RELEVÂNCIA E DIMENSÃO No universo competitivo da indústria de moldes e injeção de plásticos, o Grupo GLN destaca-se como um protagonista determinado a moldar não apenas produtos, mas o próprio futuro do setor. Numa entrevista com Rui Ângelo, CEO do Grupo GLN, explorámos os marcos da sua trajetória profissional, os desafios que moldaram a sua abordagem e a visão do Grupo para o futuro.

Em conversa com o CEO do Grupo GLN, Rui Ângelo, fica claro que a experiência é a força motriz por trás da sua carreira de sucesso. Para o executivo, as vivências em diferentes cenários e desafios foram cruciais para a sua evolução constante. “Somos o resultado daquilo que vivemos”, destaca. Com mais de 20 anos na indústria automóvel, Rui Ângelo destaca a importância de ter ocupado posições de liderança em empresas de diversos tamanhos e setores, proporcionando-lhe uma compreensão abrangente do mercado e das necessidades regionais. “Estar fora de Portugal e em contacto com várias culturas, ao mesmo tempo que contribuía com o ADN português, foi crucial”, reforça. Também a identificação do encaixe perfeito com o Grupo GLN foi crucial para a sua decisão de assumir a posição de CEO, pois percebeu a necessidade de o Grupo ter alguém capaz de agregar valor e trazer uma perspetiva única. A sua motivação para liderar como CEO foi impulsionada pela vontade de fazer a diferença, resultando numa parceria que impulsionou o crescimento e a inovação no Grupo. Inicialmente conhecido como GLN Molding the Future, o Grupo passou por uma evolução significativa desde a sua criação. A identidade “Molding the Future” foi concebida numa fase intermediária da jornada, quando o Grupo assumiu um posicionamento e identidade na indústria transformadora, juntando algumas empresas familiares

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com décadas de experiência que foram unidas para formar um grupo. Com isto, Rui Ângelo destaca que a expressão “Molding the Future” reflete a procura contínua por construir o futuro da empresa, ou seja, uma metáfora da criação de moldes técnicos e peças que mais ninguém consegue ter, sendo assim a base de partida para serem distinguidos no mercado. “A expansão foi realizada com base nos moldes técnicos específicos. Nós temos moldes técnicos e peças técnicas que destacam as nossas competências diferenciadoras, sendo este o ponto de partida para nos destacarmos no mercado”, afirma o CEO. No cenário da indústria, as estratégias de crescimento são vitais para a sobrevivência e prosperidade das empresas. A GLN, visando alcançar dimensão e relevância no mercado, optou por duas abordagens cruciais para impulsionar o seu crescimento: uma estratégia orgânica e investimentos através de aquisições estratégicas. Inicialmente, a estratégia era o crescimento orgânico, nomeadamente, concretizando-se com a primeira internacionalização com a criação da GLN México, assim potenciando a penetração do grupo no ramo automóvel e numa geografia em claro potencial crescimento, no entanto, as limitações de infraestrutura nas unidades existentes levaram a uma revisão da mesma. Diante das opções, mais alinhadas com os padrões de competitividade atuais, a escolha estratégica preferencial recaiu


GRUPO GLN | LIDERANÇA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Rui Ângelo, CEO Foto créditos: Fernando Fabião

na aquisição. Em março do ano passado, concretizou-se a aquisição dos ativos da Novares Portugal, uma mudança que teve um impacto significativo na identidade e nos objetivos da empresa, surgindo a GLN – Advanced Solutions. A aquisição não visava apenas aumentar o número de pessoas, mas também a melhoria do serviço ao cliente, ampliando a oferta na cadeia de valor e aproximando-se do acabamento de peças e produtos específicos da indústria automóvel, elevando o patamar nos requisitos e competitividade. “Com isto conseguimos dar um passo para sermos maiores em número de pessoas e, acima de tudo, sermos relevantes naquilo que podemos oferecer ao cliente, tanto a nível de produto como a nível de tecnologia”, destaca o executivo. Rui Ângelo afirma que, dada a natureza técnica dos produtos e processos, a inovação é crucial para adaptar a oferta às necessidades específicas dos clientes. No entanto, enfatiza a importância do desenvolvimento de soluções existentes em diversos contextos, e acima de tudo o envolvimento dos clientes nessa etapa. “A inovação é a chave para adaptar a nossa oferta às necessidades do cliente. Devemos trabalhar em antecipação, desenvolvendo soluções que agreguem valor e diferenciem o nosso produto”, salienta o CEO. Para efetivamente aplicar essas soluções adaptadas, a proximidade com os clientes é essencial. Nesse contexto, o CEO enfatiza que a proximidade com o cliente vai muito além de uma estratégia de negócios, é uma filosofia essencial para o Grupo GLN. “Para conseguirmos responder aos problemas do cliente, temos de entendê-los e só os entendemos se tivermos uma boa relação. Essa proximidade constrói-se, acima de tudo, com confiança e compromisso”, ressalva. Tendo como base a missão do grupo “Criação de Valor sustentável para os seus Stakeholders, satisfazendo as mais exigentes necessidades e expectativas dos clientes, sustentando o seu negócio na busca e no desenvolvimento de soluções inovadoras para produtos e processos, e investindo na formação como veículo principal para a valorização de todos os seus colaboradores”, o CEO destaca o papel das pessoas como pilar na estratégia de desenvolvimento e identidade do grupo, assim como na construção do futuro.

O CEO identifica lemas fundamentais do Grupo GLN que orientam a empresa no seu caminho de inovação e crescimento: “criação de valor”, “relevância na oferta” e “crescimento sustentável no Presente com vista ao Futuro”. Além disso, Rui Ângelo destaca a importância de criar um conceito de ‘uniqueness’ – a procura por características únicas que destacam a empresa no mercado e que os clientes reconhecem como parte do ADN da organização. Os valores fundamentais do Grupo GLN incluem excelência, mérito, ética e responsabilidade. Para o administrador o equilíbrio entre clientes, fornecedores e colaboradores é mantido através da confiança mútua e do compromisso ético. “A confiança e o compromisso são fundamentais, mas a ética não pode ser discutível. Devemos equilibrar as necessidades dos clientes, acionistas e colaboradores para construir uma organização sólida”, realça. Olhando para o futuro, o CEO destaca a importância de consolidar a presença atual nos mercados europeu e sul-americano, com foco no México. A estratégia inclui manter a inovação, procurar soluções em parceria com os clientes, e criar uma identidade forte para desenvolver a posição do Grupo GLN num setor altamente competitivo. “O crescimento sustentável e a competitividade são cruciais para enfrentar os desafios futuros. Devemos consolidar a nossa presença nos mercados atuais antes de dar passos seguintes”, remata.

GLN Molding the Future www.gln.pt GLN Advanced Solutions www.gln-as.com

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LIDERANÇA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA | BOOST IT

Bruno Ribeiro, CEO

BOOST IT CRESCE E CONTINUA A AFIRMAR-SE NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL Com seis anos de existência, a Boost IT é uma das 50 empresas de tecnologia que mais crescem em Portugal! Numa entrevista exclusiva com Bruno Ribeiro, CEO, analisámos o percurso da empresa, os valores que a orientam e as inovações que estão a moldar o futuro. Da expansão internacional ao desenvolvimento in house de tecnologia, explorámos o presente e o futuro desta empresa que se destaca no competitivo mercado tecnológico.

A Boost IT foi fundada em 2018 com uma crença fundamental de que a tecnologia pode ser utilizada para elevar as pessoas e melhorar o mundo. Volvidos quase seis anos, que balanço faz do percurso da empresa e quais os principais valores que orientam as operações da Boost IT? A Boost IT, juntamente com as empresas da Nexus Capital, foi fundada com o propósito de simplificar a vida das pessoas e fornecer soluções inovadoras que melhorem os negócios dos nossos clientes. Isto é, a nossa visão incorpora a crença de que, através de projetos

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verdadeiramente transformadores, atraímos talentos excecionais, que contribuem para a nossa capacidade em gerar valor. Quanto ao balanço, é extremamente positivo. Conseguimos manter mais de 80% da nossa faturação fora de Portugal, o que nos torna um ativo valioso para a economia nacional, especialmente no âmbito da exportação. Paralelamente, temos sido reconhecidos como a melhor empresa para trabalhar em Portugal e, recentemente, fomos nomeados a 15ª empresa de tecnologia de crescimento mais rápido pela Deloitte,


BOOST IT | LIDERANÇA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

“Temos sido reconhecidos como a melhor empresa para trabalhar em Portugal”

numa altura em que já somos considerados uma grande empresa. Além disso, somos uma empresa livre de dívidas e que consegue gerar lucro, pagando assim IRC. Quais são os principais serviços e soluções oferecidos pela Boost IT? Que fatores primordiais caracterizam e diferenciam a empresa num mercado cada vez mais global e competitivo? A Boost IT é uma empresa focada principalmente nos mercados de nearshore, trabalhando sob o modelo Time and Material. Oferecemos uma variedade de serviços, que incluem desde projetos fechados, onde definimos um scope e tratamos da implementação, passando pelas extended teams até às nossas digital e data factories. As nossas factories representam o elemento mais distintivo no nosso portfólio de serviços. Através destes, conseguimos implementar soluções ou produtos que são business critical para os nossos clientes. Contamos com uma camada de profissionais altamente qualificados, que incluem Product Owners e garantem a comunicação e alinhamento com os principais stakeholders, arquitetos, engenheiros de software, profissionais de qualidade (QA), Design, Content Editing, DataOps, entre outros. Esta combinação permite-nos implementar soluções complexas que geram um valor significativo para os nossos clientes. Revelaram, recentemente, que a Boost IT vai começar, pela primeira vez, a desenvolver tecnologia dentro da própria empresa. Este é um passo natural após cinco anos de crescimento orgânico e pelo acumular de maturidade e conhecimento do mercado? Sim, ao nível do nosso grupo de empresas estamos a olhar para a criação de dois produtos específicos, um na área de Data e o outro na área de Inteligência Artificial. Este último requer mesmo desenvolvimento científico, mas não podemos falar mais sobre essas iniciativas. Como descreve a cultura corporativa da Boost IT? Como a Boost IT investe no desenvolvimento de talentos internos? A Boost IT tem uma estrutura de gestão bastante “flat” em que qualquer pessoa tem acesso à camada de decisão, mas também temos segundas linhas que representam muito bem as nossas ideias. Somos uma empresa jovem, tanto em idade no mercado (menos de seis anos) como na média de idade das nossas pessoas, o que se calhar ajuda a explicar um pouco o nosso ambiente algo rebelde, mas focado. A empresa segue todas as principais boas práticas para garantir boa qualidade de vida aos nossos colaboradores e um dos vetores

que sabemos que os nossos colaboradores valorizam, é a sua progressão dentro da empresa e, nesse registo, temos vários exemplos. Podemos não ser a típica empresa com a playstation, mas estamos focados em garantir que os nossos colaboradores ganham enquanto estão connosco. Quais são os planos de crescimento ou expansão da Boost IT, quer em termos nacionais quer internacionais, para os próximos anos? A única forma que temos para crescer é continuar focados na qualidade e na inovação e, para isso, acreditamos nós, o Governo devia olhar para o nosso setor com outros olhos, criando programas específicos, ou descomplicando outros, que facilitem as empresas que querem, ou precisam, de gerar inovação como é o nosso caso. Às vezes custa ver projetos incríveis que podiam e mereciam ter algum tipo de apoio, não o receberem apenas devido a processos extremamente complexos que estão implementados à volta dos apoios que existem. Ou seja, de pouco vale criarmos apoios se os cobrimos de processos e de centenas de regras, tornando muito difícil uma empresa, que já tem de lidar com toda a complexidade do seu negócio, conseguir de facto beneficiar de algum tipo de apoio, que mesmo quando chega, vem tarde. Seja como for, estamos também focados em continuar a nossa expansão internacional, captando cada vez mais clientes. Para terminar, gostaríamos de conhecer a vossa posição quanto ao assunto mais atual no mundo da tecnologia: a Inteligência Artificial, o seu desenvolvimento e utilização global, as suas mais-valias e possíveis perigos/problemas e como consideram ser uma boa utilização da mesma para o desenvolvimento das empresas tecnológicas e não só. A nossa perspetiva sobre a Inteligência Artificial é que estamos perante uma ferramenta revolucionária com potencial imenso. A IA oferece inúmeras vantagens, como a otimização de processos, insights avançados a partir de grandes volumes de dados e melhorias significativas na eficiência operacional. Contudo, é importante estarmos cientes dos possíveis riscos, como questões éticas relacionadas com a privacidade de dados e o potencial de uso indevido. Acreditamos que uma boa utilização da IA para o desenvolvimento de empresas tecnológicas, ou para qualquer setor, envolve uma abordagem equilibrada que promova a inovação enquanto se mantém um forte compromisso com a ética e a responsabilidade social. Esse ponto só é conseguido através de mecanismos de regulamentação globais, o que sabemos ser impossível de atingir, pelo menos com o mundo com o formato que temos hoje, cada vez mais polarizado. A IA é talvez equiparada à eletrificação das fábricas na era industrial, ou seja, nos finais dos anos 1800 início dos anos 1900.

www.boost-it.pt

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LIDERANÇA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA | WTVISION

Ricardo Faustino, CEO

“VALORIZAMOS E CULTIVAMOS O TALENTO” Ao longo dos anos, a wTVision tem ajustado o seu leme às diversas necessidades de clientes e setores, mantendo a inovação como alicerce dos seus serviços. Conversamos com Ricardo Faustino, CEO da wTVision, para desvendar como a empresa procura tornar-se uma referência mundial na indústria de media e entretenimento. Descubra as estratégias adotadas, a importância da equipa neste percurso, e como os valores de inovação, talento e visão impulsionam a cultura da empresa.

A visão da wTVision é ser uma referência mundial na prestação de serviços e soluções inovadoras para a indústria de media e entretenimento. Como vê a empresa a atingir esta visão num mercado tão dinâmico? E qual é o papel da equipa na realização desta visão? A wTVision adota uma estratégia multifacetada para alcançar a sua visão global, desde logo por ter escritórios espalhados pelo mundo com vários colaboradores. Além disso, a empresa mantém uma postura proativa em relação às tendências do mercado e às inovações tecnológicas. Ao investir continuamente em investigação e desenvolvimento, garantimos que as nossas soluções estão sempre alinhadas com o que a indústria pede. A agilidade é fundamental; a empresa responde rapidamente às mudanças nas necessidades dos clientes e do mercado, ajustando as suas ofertas. A equipa desempenha um papel central neste processo. Na cultura da wTVision, prevalece uma mentalidade inovadora e voltada para o cliente. Todos são incentivados a contribuir com ideias criativas, fomentando um ambiente propício à inovação. Adicionalmente, a equipa assume um papel crucial ao identificar proativamente oportunidades de mercado, personalizar soluções para atender às necessidades específicas dos clientes e manter padrões elevados de qualidade.

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WTVISION | LIDERANÇA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Os valores da wTVision incluem inovação, talento e visão. De que forma estes valores se refletem na cultura da empresa e são aplicados no trabalho diário da equipa? A inovação é um pilar fundamental na cultura da wTVision. A empresa promove a inovação através de programas de formação contínua, workshops e eventos do setor, incentivando os colaboradores a manterem-se atualizados com as últimas tendências e tecnologias. A equipa é estimulada a contribuir com ideias inovadoras, fomentando um ambiente dinâmico e criativo. Valorizamos e cultivamos o talento. A wTVision reconhece o potencial único de cada membro da equipa, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado. O reconhecimento de um bom desempenho é uma prática comum, incentivando a dedicação e a paixão pela excelência. Desde o início, promovemos uma visão orientada para o futuro, encorajando as equipas a pensar para além da sua realidade profissional atual, criando assim uma cultura de trabalho inovadora e global. A wTVision trabalha com uma variedade de clientes, desde meios de comunicação até empresas dos mais variados setores. Como a empresa se adapta para atender às necessidades específicas de diferentes setores e clientes? Como planeiam continuar a crescer ao lado dos seus parceiros? A wTVision sempre se destacou pela sua capacidade de se adaptar às necessidades específicas de cada cliente e setor desde a sua fundação em 2001. Esta flexibilidade é resultado de um profundo entendimento das nuances da indústria de broadcasting e da adaptabilidade das soluções oferecidas. Um exemplo notável foi a nossa capacidade de adaptação durante a pandemia, onde rapidamente identificámos formas de manter a oferta de soluções inovadoras, adaptando-as à nova realidade para garantir um resultado de excelência ao espectador. A empresa investe em estabelecer uma comunicação aberta e colaborativa com os clientes para entender as suas necessidades específicas. Um bom exemplo desta adaptação é o nosso trabalho com a Liga Portugal, que já tem vários anos. Ao longo do tempo, temos vindo a adaptar a nossa oferta a todas as necessidades da Liga nas mais variadas vertentes, desde o design até ao grafismo final. A evolução só se faz com parcerias que nos permitam alavancar o investimento e desenvolvimento, enquanto o foco na inovação e personalização das soluções reforça as relações a longo prazo. A expansão contínua dos nossos serviços será sempre uma prioridade, com o intuito de responder às crescentes exigências do mercado. Além disso, procuramos constantemente identificar novas oportunidades de mercado e fortalecer parcerias estratégicas que promovam o crescimento mútuo.

A wTVision oferece uma ampla gama de soluções para transmissões televisivas, desde programas de estúdio até produções virtuais. Como a empresa mantém a inovação no seu núcleo e serviços? Quais as tendências futuras na indústria de broadcast? Comprometemo-nos não apenas a seguir as tendências, mas a liderar ativamente o futuro da indústria de broadcast. Mantendo a inovação no cerne da nossa abordagem, procuramos não só manter um foco constante no desenvolvimento, mas também tornar-nos o próprio driver do setor nos próximos anos. Na wTVision, a inovação é parte integrante da nossa missão, refletida no nosso compromisso contínuo com o avanço tecnológico. Ao mantermos uma vigilância constante sobre as tendências futuras na indústria de broadcast, asseguramos que as nossas soluções estejam sempre alinhadas com a tecnologia mais recente. A incorporação de tecnologias emergentes, como realidade aumentada e produções remotas, nas nossas ofertas é uma prática regular que pretendemos intensificar. Este compromisso não apenas fortalece a nossa posição na vanguarda, mas também reflete a nossa visão global do mercado, impulsionada pela sinergia entre as nossas equipas distribuídas pelo mundo. Além disso, consideramos fundamental investir no talento dos nossos profissionais e cultivar parcerias estratégicas com líderes da indústria, incluindo a UEFA, a LALIGA, a Liga Portugal, a Sport TV, entre outros. Ao fazermos isso, não só procuramos estar na vanguarda da indústria de broadcast, mas também moldar ativamente o seu futuro com soluções pioneiras. Na indústria de broadcast, observam-se tendências que estão a redesenhar o seu panorama. O streaming de vídeo e os serviços over-the-top (OTT) continuam em ascensão, à medida que os consumidores adotam cada vez mais plataformas de vídeo sob demanda. Simultaneamente, a procura por experiências visuais de alta qualidade impulsiona a adoção de tecnologias como High Dynamic Range (HDR) e resoluções mais elevadas, como 4K e 8K. A Inteligência Artificial desempenha um papel central, sendo aplicada em diversas áreas, desde melhorias na produção até à personalização de conteúdo para os utilizadores. A automação também ganha destaque, otimizando processos como metadados e análise de conteúdo. A pandemia acelerou a tendência de produções remotas e colaborativas, permitindo a criação de conteúdo de forma descentralizada, mas também com uma redução de custos e infraestruturas, o que permite também uma consciencialização quanto à sustentabilidade e eficiência energética. Paralelamente, o avanço do 5G e da conectividade promete revolucionar a transmissão ao vivo e a distribuição de conteúdo, proporcionando uma experiência mais imediata, interativa e personalizada. Estas mudanças estão a moldar não apenas a produção e distribuição de conteúdo, mas também a forma como os espectadores interagem e personalizam a sua experiência.

www.wtvision.com/pt

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ARTIGO DE OPINIÃO

QUEREMOS UM PAÍS EXIGENTE E A CRESCER Vivemos novamente um tempo politicamente conturbado. As eleições legislativas são a 10 de março — uma eternidade. Depois disso, ainda vamos ter de esperar pela tomada de posse e aguardar que todos os ministros se instalem. Se houver mudanças na orgânica do Governo, isto é, novos ministérios e secretarias de Estado, tudo isso terá de ser aprovado e concretizado. Seja qual for o partido que ganhe as eleições, o Orçamento do Estado também provavelmente será revisto e alterado. Ou seja, haverá quase de certeza um Orçamento Retificativo porque haverá um novo Primeiro-ministro. Habitualmente, Portugal anda devagar, demasiado devagar — mesmo quando existe estabilidade política. Esta marcha lenta que enfrentamos agora tem consequências práticas para a economia: os processos ficam semi-parados e o investimento não sai do papel. O que é absolutamente terrível face às circunstâncias que atravessamos. Perde-se muitas vezes aquilo que os gestores chamem «time to market» — o momento ideal, do ponto de vista do mercado, para avançar e colher mais frutos. Ora bem, tudo isto é ainda pior quando a dúvida política se instala, quando não há qualquer espécie de certeza sobre a próxima composição do quadro parlamentar — e qual a força e sustentação do Governo que se segue. A situação torna-se logicamente ainda mais complexa. Se estava tudo muito parado, mais parado está agora. As consequências são terríveis para a economia. Subitamente, entrámos numa espécie de longo túnel cuja saída não sabemos bem onde nos conduzirá. Mas tem mesmo de ser assim? Vamos pôr de lado o resultado das próximas eleições. Logo veremos o que nos espera e qual o sentido de votos dos portugueses. Concentremo-nos, primeiro, neste período até 10 de março, dia das legislativas. O que pode um governo de gestão fazer durante este período? A resposta que ouvimos vai quase sempre no mesmo sentido: um governo nestas circunstâncias pode fazer muito pouco. Está amarrado e limitado a um par de ações. E, no entanto, há tanto a fazer: investimentos públicos, PRR, Portugal 2030 estão na linha da frente. Mas não podemos esquecer os milhares de processos em trânsito pela administração pública. Todos sabemos que estes períodos tornam a administração pública ainda mais cautelosa. Eu até arrisco dizer: excessivamente cautelosa. A CIP está naturalmente muito preocupada com esta paragem. Ora bem, eu penso que seja importante que os portugueses se juntem a esta preocupação. Reparem que, há apenas cinco meses, o Ministro da Economia e do Mar dizia que esperava que chegássemos ao fim deste ano com um crescimento económico próximo dos 3%. Dias depois, o Banco de Portugal, um pouco mais cauteloso, reviu em alta as suas projeções: crescimento de 2,7% em 2023 e de 2,4%

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em 2024. As previsões eram, então, de que a atividade continuasse a expandir-se, com variações em cadeia razoáveis ao longo do resto do ano. Em outubro, o cenário traçado pelo mesmo Banco de Portugal passou a ser muito diferente. »A atividade económica, diz o BdP, terá estagnado no segundo e terceiro trimestres e deverá manter um crescimento fraco até ao final do ano». E mais: «A economia portuguesa deverá crescer a um ritmo inferior ao potencial, com taxas de variação do PIB de 2,1% em 2023 e de 1,5% em 2024». Num curtíssimo período de tempo, sem que tenhamos assistido a nenhuma alteração estrutural digna de nota, nem a qualquer acontecimento imprevisível e marcante — faço notar que o ataque terrorista contra Israel foi posterior — as previsões económicas para os próximos meses e para o próximo ano mudaram. O principal fator na base desta mudança foi o desempenho surpreendente das exportações no início do ano de 2023. Esta tendência foi encarada como sólida e persistente, quando, afinal, revelou-se um fenómeno pontual. As exportações de bens estão em queda, consecutivamente, nos últimos cinco meses. Ora bem, algo que poderia contrariar as perspetivas medíocres de um crescimento tão fraco 2024 seria uma mudança estrutural na política económica, refletida na proposta de Orçamento do Estado para 2024. Como sabemos, essa mudança estrutural foi proposta e defendida pela CIP no Pacto Social. O Pacto Social foi uma tentativa de romper com o determinismo das previsões que prolongam o caminho de fraco crescimento e fracos aumentos de produtividade ao longo das duas últimas décadas. Este caminho tem levado a um empobrecimento relativo de Portugal no seio da União Europeia. Países que, há 20 anos, tinham níveis de PIB per capita de cerca de um terço do nosso convergiram e ultrapassaram-nos. Portugal divergiu. Não podemos aceitar esta situação. A CIP vai continuar a bater-se para que Portugal deixe de se contentar com tão pouco — em vez de ambicionar chegar rapidamente aos lugares cimeiros da Europa. Quando? Já em 2030.

Armindo Monteiro Presidente da CIP


Especial Saúde

Anuário

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Foto créditos: ©Esfera de Ideias

J. Salgado-Borges. MD, PhD, FEBO Diretor Clínico da Clinsborges, Embaixador em Portugal do TFOS (Tear Film & Ocular Surface Society) e Membro da EUDES (European Dry Eye Society) www.clinsborges.pt / www.salgadoborges.com

OFTALMOLOGIA EM 2024 PERSPETIVA SOBRE AVANÇOS E OBSTÁCULOS PARA A SAÚDE OCULAR A oftalmologia tem evoluído de forma notável, impulsionada tanto por inovações tecnológicas quanto pela consciência ambiental. Esta evolução vai além dos avanços em técnicas e equipamentos, refletindo-se também na abordagem mais abrangente dos oftalmologistas face à saúde ocular, onde as considerações de sustentabilidade ganham relevo. Estas mudanças climáticas, como o aumento da poluição do ar e da exposição à radiação UV, influenciam diretamente várias condições oculares. Simultaneamente, a inteligência artificial (IA) surge como um fator revolucionário na oftalmologia, transformando o diagnóstico e tratamento de doenças oculares. A fusão da sustentabilidade com a IA na oftalmologia não só promete elevar a qualidade dos cuidados prestados, mas também garante o bem-estar ambiental e das gerações futuras. Este artigo explora estes avanços e desafios, com enfoque particular na miopia, uma condição crescente na sociedade atual.

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Sustentabilidade na Prática Oftalmológica As alterações climáticas têm um impacto profundo na saúde ocular. O aumento da poluição do ar, por exemplo, está associado a um risco acrescido de doenças oculares como a síndrome do olho seco, cataratas e até degeneração macular relacionada com a idade. Além disso, o aumento da radiação ultravioleta (UV) devido à diminuição da camada de ozono pode conduzir a um maior risco de cataratas e de lesões na retina. Estas mudanças ambientais exigem uma resposta adaptativa da oftalmologia, tanto em termos de tratamento como de prevenção. Para mitigar o impacto ambiental da oftalmologia, torna-se imperativo adotar estratégias sustentáveis. Uma delas é a redução do uso de materiais descartáveis. Isto pode ser alcançado através da substituição de instrumentos descartáveis por opções reutilizáveis e esterilizadas, sempre que possível. Além disso, a adoção de tecnologias mais eficientes, que consomem menos energia e recursos, é essencial.


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SAÚDE DA VISÃO

O Papel da Inteligência Artificial na Oftalmologia A inteligência artificial (IA) está a revolucionar o diagnóstico de doenças oculares. Com a sua capacidade de processar grandes volumes de dados de imagens oculares, a IA pode identificar padrões que podem passar despercebidos ao olho humano. Isto é particularmente valioso no diagnóstico precoce de condições como o glaucoma e a retinopatia diabética, onde a deteção atempada é crucial para a prevenção da perda de visão. A IA também está a facilitar a personalização do tratamento, permitindo uma abordagem mais adaptada às necessidades individuais dos pacientes. Num mundo onde o acesso a cuidados oftalmológicos especializados é desigual, a IA oferece uma solução para democratizar este acesso. Em áreas com recursos limitados, sistemas baseados em IA podem ser utilizados para realizar triagens e diagnósticos iniciais, identificando pacientes que necessitam de cuidados urgentes. Esta tecnologia pode ajudar a superar barreiras geográficas e económicas, permitindo que mais pessoas tenham acesso a um diagnóstico preciso e atempado, essencial para a prevenção da cegueira e outras deficiências visuais graves.

Combate à Miopia em 2024 A miopia é uma das condições oculares que mais tem crescido em prevalência, especialmente entre os jovens. Em 2024, a utilização da IA no diagnóstico e gestão da miopia representa um avanço significativo. Sistemas baseados em IA são capazes de analisar padrões em imagens retinianas para identificar sinais precoces de miopia, permitindo intervenções mais cedo. Esta deteção precoce é fundamental para controlar a progressão da miopia, especialmente em crianças e adolescentes, onde a progressão rápida pode levar a complicações mais graves no futuro. As inovações em lentes de controle de miopia representam um marco importante no combate a esta condição. Estas lentes de contacto ou oftálmicas são projetadas para modificar a forma como a luz é focada na retina, o que permite ajudar a retardar a progressão da miopia no olho em crescimento. Podendo ainda ser personalizadas com base nas necessidades específicas de cada paciente, graças à tecnologia avançada de medição e mapeamento ocular. Este avanço não só melhora a qualidade de vida dos pacientes jovens, mas também reduz o risco de complicações associadas à alta miopia, como o descolamento de retina e a degeneração macular. Desafios e Perspetivas Futuras A integração da inteligência artificial (IA) com práticas sustentáveis na oftalmologia apresenta desafios únicos. Um dos principais desafios é assegurar que o desenvolvimento e implementação de soluções baseadas em IA sejam realizados de forma ambientalmente responsável. Isso inclui considerar o consumo de energia e os materiais utilizados na produção de dispositivos de IA, bem como o impacto ambiental do descartar desses equipamentos. Outro aspeto importante é garantir que a IA seja empregue de maneira a promover a eficiência, reduzindo o desperdício de recursos e minimizando a necessidade de procedimentos repetitivos. A conscientização sobre estas questões e o desenvolvimento de normas para a utilização sustentável da IA são essenciais para harmonizar estas duas vertentes. 28 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


SAÚDE DA VISÃO

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No futuro, espera-se que a combinação da IA com práticas sustentáveis transforme profundamente a oftalmologia. A IA pode contribuir para uma prática mais eficiente e menos invasiva, com menor impacto ambiental. Espera-se que a personalização dos cuidados através da IA resulte em menos visitas ao consultório e procedimentos desnecessários, reduzindo assim a pegada de carbono. Além disso, a promoção da sustentabilidade na oftalmologia, através da utilização de tecnologias de IA, pode ajudar na gestão de recursos e na implementação de práticas mais verdes no ambiente clínico. Este alinhamento entre a IA e a sustentabilidade promete não só melhorar a qualidade dos cuidados oftalmológicos, mas também contribuir para um sistema de saúde mais consciente e adaptado às necessidades de um mundo em mudança. Conclusão Os avanços na Oftalmologia, especialmente no que concerne à IA e à sustentabilidade, têm o potencial de melhorar substancialmente a qualidade dos cuidados praticados, ao mesmo tempo que minimizam o impacto ambiental. Estes desenvolvimentos representam um caminho promissor para uma oftalmologia mais consciente e adaptada às necessidades emergentes de um mundo em rápida transformação.

As lentes Essilor® Stellest® abrandam a progressão da miopia em média 67%** em comparação com lentes unifocais standard, quando utilizadas 12 horas por dia. *Estudo quantitativo conduzido através de uma amostra representativa de 958 ECP’s independentes, CSA, Fevereiro 2019 - França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha, USA, Canadá, Brasil, China e Índia. **Comparativamente a lentes unifocais standard, quando usadas 12 horas por dia, todos os dias. Bao, J., Huang, Y., Li, X., Yang, A., Zhou, F., Wu, J., Wang, C., Li, Y., Lim, E.W., Spiegel,D.P., Drobe, B., Chen, H., 2022. Lentes Oftálmicas com micro lentes asféricas para o Controlo da Miopia vs Lentes Oftálmicas Unifocais: Estudo clínico randomizado. JAMA Ophthalmol. 140(5), 472–478. https://doi.org/10.1001/jamaophthalmol. 2022.0401. As lentes Essilor® são qualificadas como dispositivos médicos nos termos previstos no Regulamento UE 2017/745. Essilor® e Stellest® são marcas registadas pela Essilor International.

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PME EXCELÊNCIA 2022 As Pequenas e Médias Empresas (PME) desempenham um papel vital na economia global, impulsionando o crescimento, a inovação e a criação de empregos. No seio dessas empresas notáveis, algumas recebem reconhecimento especial ao serem distinguidas com o galardão de "PME Excelência". Essa designação não apenas destaca o sucesso comercial, mas também ressalta a excelência em diversas áreas que contribuem para o desenvolvimento sustentável. As PME Excelência são organizações que se destacam em vários aspectos, incluindo gestão, desempenho financeiro, inovação e responsabilidade social. Estas empresas não alcançam apenas resultados sólidos no mercado, mas também demonstram uma capacidade notável de adaptação às mudanças, antecipando tendências e incorporando inovações nas suas práticas. Ser designada como PME Excelência não é apenas um selo de prestígio, mas também uma responsabilidade. Estas empresas tornam-se referências nos seus setores, inspirando outras PME a incorporarem a excelência nas suas operações. O reconhecimento não apenas impulsiona a visibilidade da empresa, mas também fortalece a sua reputação como uma organização comprometida com a qualidade, inovação e responsabilidade social e promove uma cultura de excelência em todo o ecossistema empresarial.

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PME EXCELÊNCIA | FÁBRICA DOS ÓCULOS

UMA VISÃO CLARA PARA O FUTURO DA ÓTICA NACIONAL Em dezembro de 2018, a Fábrica dos Óculos despontou no cenário ótico nacional, conquistando o seu espaço como um dos principais líderes do setor em apenas três anos. Paulo Miguel Cenicante, médico dentista de formação e líder do grupo, compartilha os bastidores desta jornada de sucesso, destacando como a sua perspetiva única influencia a forma como a Fábrica dos Óculos vê o mercado e atende às necessidades dos clientes.

Paulo Miguel Cenicante e Paulo Cenicante, CEO´s

No panorama da ótica a nível nacional, o grupo Fábrica dos Óculos emergiu em dezembro de 2018, e em apenas três anos, solidificou-se como um dos principais protagonistas do setor. Especializada na comercialização de produtos óticos, desde armações a lentes oftálmicas e de contato, e oferecendo serviços de optometria, optometria pediátrica e contactologia, a empresa destaca-se pela conduta inovadora e filosofia centrada no cliente. Paulo M. Cenicante, figura central por trás deste notável percurso, admite que a formação original como médico dentista trouxe um enfoque singular para a indústria. Inicialmente, envolvido no projeto da Óptica Milénio, Paulo ingressou na Fábrica dos Óculos num momento crucial: “Sempre tivemos a ambição clara de criar um projeto nacional. Quando surgiu a oportunidade com a Fábrica dos Óculos, encontrámos a recetividade que procurávamos”, explica. Hoje, a empresa orgulha-se de ter 16 lojas espalhadas pelo país, de Barcelos ao Algarve, com planos de expansão em breve para

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Évora, Guarda e Viana do Castelo. Paulo destaca que a sua experiência fora da ótica trouxe uma abordagem centrada no cliente. “Ao contrário do processo tradicional, a Fábrica dos Óculos simplificou a experiência de compra, organizando as lojas por faixas de preço e permitindo que os clientes participem ativamente na escolha do produto”, salienta. “Organizamos as nossas lojas por Price Point, desde os óculos de 39€ até 159€. Queremos que o cliente compreenda intuitivamente o que está a comprar e participe no processo de escolha do produto”, acrescenta. Este atendimento simplificado, aliada a preços competitivos, resultou numa receção positiva por parte dos consumidores. Além da oferta diversificada de produtos, a empresa destaca-se pelos serviços prestados, desde consultas de optometria até reparação de óculos e assistência técnica. Assim, a visão da Fábrica dos Óculos transcende a mera comercialização, abraçando uma abordagem holística para atender às necessidades óticas dos clientes.


FÁBRICA DOS ÓCULOS | PME EXCELÊNCIA

Essilor, garantindo a qualidade e a confiabilidade dos seus produtos. O crescimento significativo nos últimos anos posiciona a empresa entre as cinco maiores do setor. Paulo destaca o papel crucial desempenhado pelos parceiros e deixa um agradecimento àqueles que acreditaram na visão da empresa desde o início. Além destes princípios fundamentais, a Fábrica dos Óculos diferencia-se pelo compromisso com a responsabilidade social. “É gratificante observar que as parcerias estabelecidas com instituições de solidariedade locais têm contribuído positivamente para o êxito das campanhas solidárias. Estas iniciativas fortalecem os laços com a comunidade, estabelecendo uma conexão mais próxima entre as pessoas e as causas apoiadas”, explana.

Aliando Simplicidade, Proximidade e Competitividade A Fábrica dos Óculos, além de ser um destaque no setor ótico, abraça uma missão fundamentada em três pilares: Simplicidade, Proximidade e Competitividade. A procura pela simplicidade é evidente no esforço da empresa para descomplicar o processo de compra. O médico oftalmológico enfatiza a importância de facilitar a compreensão das diferenças nos produtos oferecidos. Como supramencionado, a organização das lojas por faixas de preço, conhecidas como Price Point, proporciona uma experiência intuitiva aos clientes, permitindo-lhes participar ativamente na escolha do produto. A essência da proximidade está enraizada na estrutura familiar e nos valores que impulsionaram a empresa desde o início. Segundo Paulo, é importante manter uma ligação regional, mesmo ao expandir para nível nacional. O envolvimento com comunidades locais, campanhas de solidariedade e parcerias com influenciadores locais são estratégias adotadas para preservar esta proximidade. “Começámos com uma Ótica nas Caldas da Rainha com uma comunicação regional, e à medida que nos tornamos nacionais, procuramos não perder essa ligação regional nos vários sítios onde entrámos”, reforça. A Fábrica dos Óculos redefine a competitividade através de parcerias estratégicas e investimentos no reconhecimento de mercado. Posto isto, a estratégia de preços competitivos é respaldada pela escolha criteriosa dos fornecedores. A Fábrica dos Óculos trabalha exclusivamente com dois dos maiores fornecedores mundiais de lentes oftálmicas, Hoya e

Desafios e Inovação no Espaço Ótico A estratégia da Fábrica dos Óculos vai além da oferta de produtos e serviços. Lojas modernas e espaçosas, com uma média de 400 m², destacam-se no cenário ótico. “A preferência por espaços mais amplos visa proporcionar uma variedade de escolha aos clientes e, ao mesmo tempo, oferecer um ambiente mais privado, eliminando barreiras tradicionais associadas às lojas de menor dimensão”, explica. Manter uma cultura empresarial baseada na excelência profissional e nos princípios familiares é um desafio constante para a Fábrica dos Óculos. Ao dar seguimento uma empresa com valores sólidos e bem gerida pelo pai, também considerado mentor e melhor amigo, a transição do médico para a liderança foi facilitada. Manter uma cultura familiar durante o crescimento exponencial tornou-se uma prioridade na gestão da empresa. Para manter a proximidade e envolvimento, a Fábrica dos Óculos implementou iniciativas internas, como a “iniciativa check-in”, onde os colaboradores têm reuniões individuais para expressar as suas experiências e sugestões. “É importante trazer as pessoas para a estratégia e gestão da empresa, garantindo que todos se sintam parte integrante, independentemente da expansão geográfica”, sublinha. A gestão moderna de Paulo também desempenha um papel vital no sucesso da empresa. Rodear-se das pessoas certas e que confiaram nas suas capacidades é apontado como um fator diferencial, reforçando o seu objetivo de construir algo sustentável a longo prazo. Uma Trajetória de Crescimento Sustentável A Fábrica dos Óculos enfrenta uma fase de crescimento exponencial, com planos ambiciosos de abrir seis novas lojas nos primeiros seis meses do ano. A visão de ser líder no setor permanece firme, impulsionada por um crescimento notável desde 2018, quando a empresa tinha apenas óticas nas Caldas da Rainha. A expansão para seis novas lojas não é apenas uma questão de aumentar a presença física, mas também de contratar mais pessoas capazes e comprometidas. A Fábrica dos Óculos adota uma metodologia ímpar no recrutamento, confiando nas recomendações para garantir que as pessoas certas se unam à equipa. A aposta na qualidade é uma constante, desde os materiais até às parcerias estratégicas com fornecedores de prestígio na indústria oftálmica. Exibindo o selo de PME Excelência 2022, atribuído pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, a visão da Fábrica dos Óculos é clara: construir um legado sólido baseado na qualidade, transparência e, acima de tudo, nas pessoas certas. Ao focar no caráter, experiência e envolvimento com a comunidade, a Fábrica dos Óculos continua a escrever a sua história de sucesso, com os olhos firmemente fixados num futuro de sucesso e sustentável.

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PME EXCELÊNCIA | HIDRAULICENTRO

UM PERCURSO EMPRESARIAL PAUTADO PELA RESILIÊNCIA E QUALIDADE Há mais de três décadas, a Hidraulicentro iniciou a sua jornada, guiada por um propósito claro: oferecer soluções hidráulicas de qualidade eminente para os diversos setores da indústria. Fundada por quatro visionários, a empresa tornou-se uma referência nacional no fabrico e reparação de cilindros hidráulicos telescópicos. Em entrevista, Paulo Carmo e Luis Santos, atuais Sócios-Gerentes, compartilham insights sobre a evolução da empresa, os seus valores fundamentais e planos futuros ambiciosos.

Fundada em 1988, a Hidraulicentro traçou uma jornada notável, ao longo de três décadas, emergindo como uma potência no fabrico e reparação de cilindros hidráulicos telescópicos. A visão audaciosa de quatro pioneiros, impulsionou a criação da empresa, marcando o início de uma saga de compromisso com a excelência e resiliência. Ao decorrer da sua trajetória, a Hidraulicentro experimentou transformações no âmbito societário, culminando na consolidação equitativa das quotas pelos sócios Mário Pereira Gomes e José Vicente do Carmo. Em junho de 2022, a composição societária passou por uma nova configuração com a entrada de dois novos sócios: Paulo Carmo e Luís Santos, colaborador da empresa desde o seu início de operações. Produtos e Serviços: Além dos Limites Convencionais Sendo especializados no fabrico de cilindros hidráulicos telescópicos, um produto único no mercado nacional, a sua concorrência vem principalmente de países como Espanha, Itália, Turquia e Ásia. “A nossa concorrência é forte e internacional, mas o sucesso da empresa reside no empenho, resiliência e qualidade dos produtos, com destaque para a resistência, durabilidade e fiabilidade”, esclarecem, reforçando que o conhecimento acumulado ao longo dos anos foi fundamental para a competitividade da empresa. No entanto, a Hidraulicentro não se contenta apenas com o fabrico de cilindros padrão. Paulo destaca: “Muitos concorrentes oferecem cilindros padronizados. O nosso relacionamento próximo com os clientes coloca-nos numa posição única para oferecer soluções personalizadas”. Segundo o Sócio-Gerente, a empresa diferencia-se pela capacidade de personalizar soluções. “Temos uma equipa experiente e altamente qualificada, pronta para auxiliar os clientes na definição e desenho do cilindro mais adequado às suas necessidades. Esta abordagem combinada com uma equipa experiente tem sido crucial para conquistar a confiança e lealdade dos clientes”, explica. Assim, a Hidraulicentro atribui grande importância à construção de relações sólidas com os seus clientes, procurando compreender as suas exigências e proporcionar um atendimento customizado. A empresa coloca em alta estima os princípios de transparência, integridade e comprometimento em todas as operações, procurando construir parcerias duradouras e mutuamente vantajosas. Além do fabrico de cilindros telescópicos para equipar carroçarias basculantes, cilindros simples e duplo efeito, a empresa oferece serviços de assistência técnica e reparação de cilindros hidráulicos multimarca

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Paulo Carmo e Luís Santos, Sócios-Gerentes


HIDRAULICENTRO | PME EXCELÊNCIA

“Estamos a trabalhar com empresas para fornecer soluções específicas, direcionadas às necessidades dos clientes”

e multi-indústria. Desde diagnósticos e orçamentos prévios até à manutenção preventiva, substituição de vedantes e reparação de peças danificadas, a Hidraulicentro destaca-se pelo know-how adquirido, que lhe permite oferecer todas estas valências para uma ampla gama de cilindros (p. e. Cilindros Telescópicos Frontais). Dedicação Firme à Qualidade e Durabilidade A qualidade é um pilar fundamental para a Hidraulicentro, que tem o seu Sistema de Gestão da Qualidade certificado desde 7 de fevereiro de 2001 (ISO9001). Desde a seleção cuidadosa da matéria-prima core diretamente da Alemanha até ao tratamento térmico dos cilindros, a empresa garante que cada etapa seja executada com rigor e perfeição. Cada cilindro é minuciosamente montado e submetido a testes de controlo de qualidade (pressão e inspeção visual) antes de ser comercializado. Esta abordagem garante a segurança do produto, resultando numa taxa de reclamações praticamente zero. “Todos os cilindros passam por tratamento térmico, o que lhes confere maior resistência ao desgaste e durabilidade prolongada. Adicionalmente, os cilindros Hidraulicentro incorporam raspadores adicionais, elementos especializados que oferecem proteção adicional, impedindo a entrada de poeira e outros elementos prejudiciais à durabilidade”, destaca Paulo. Outro diferencial está na inovação, incluindo um sistema de fim de curso mecânico integrado no Cardan dos cilindros, proporcionando um desempenho seguro e preciso. “Implementámos este sistema de segurança que, ao atingir a inclinação previamente estabelecida como o fim de curso, aciona automaticamente uma válvula de retorno. Essa válvula impede a injeção adicional de óleo no cilindro, direcionando-o para o depósito”, reforça. Além disso, o compromisso da empresa com práticas ambientais sustentáveis destaca-se no cumprimento rigoroso das normas de segurança e na implementação de boas práticas ambientais em todas as etapas dos processos. “Desde a produção até ao pós-venda, procuramos garantir que os nossos cilindros atendam não apenas às expectativas

dos clientes, em termos de durabilidade, mas também contribuam para um ambiente mais sustentável”, destaca. A Hidraulicentro é um testemunho de inovação constante, sustentabilidade e compromisso com a qualidade. O seu sucesso é medido pelos produtos que oferece, assim como pela jornada de evolução contínua que empreende desde 1988. Além da visão dos Sócios-Gerentes, a experiência dos colaboradores também desempenha um papel crucial na história da Hidraulicentro. Em conversa, destaca-se o ambiente colaborativo e o orgulho de contribuir para uma empresa que não apenas entrega excelência nos produtos, mas também promove um ambiente de trabalho estimulante. Expandir Fronteiras e Inovar em Soluções Como Sócios-Gerentes há pouco mais de um ano, Paulo e Luís já conseguiram conquistar novos clientes e expandir a gama de produtos para atender às necessidades do mercado. “Temos um compromisso contínuo com a inovação e, por isso, lançámos uma nova gama de cilindros direcionada a novos tipos de carroçarias e para a componente de reboques agrícolas”, diz Paulo, acrescentando a ambição de alargar ainda mais o leque de clientes e os tipos de soluções. “Estamos a trabalhar com empresas para fornecer soluções específicas, direcionadas às necessidades dos clientes”, revela. Enquanto celebra três décadas de conquistas, a Hidraulicentro planeia expandir a sua presença, conquistando novos mercados e continuando a ser uma força motriz na indústria de cilindros hidráulicos telescópicos. Recentemente, a empresa foi distinguida como PME Excelência, consolidando o seu compromisso com a excelência e qualidade. Este reconhecimento também destaca a confiança depositada pelos clientes. A Hidraulicentro é uma narrativa de perseverança, visão e dedicação. Desde as suas origens até à sua posição atual como líder de mercado, a empresa continua a inspirar tanto pela qualidade dos produtos, como também pela mentalidade incansável de melhoria contínua. Com um olhar para o futuro e uma equipa dedicada, a Hidraulicentro é uma verdadeira força a ser reconhecida, continuando a impulsionar a inovação e a excelência na indústria.

Zona Industrial, Lote 309, 2040-357 Rio Maior 243 993 752

(chamada para rede fixa nacional)

967 895 026

(chamada para rede móvel nacional)

geral@hidraulicentro.pt www.hidraulicentro.pt

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Equipa da Resulta na entrega de prémios PME Excelência 2022

AQUI, CADA IDEIA É UM OUTDOOR QUE RESULTA Ao longo de 16 anos, a Resulta tem moldado a paisagem publicitária em Portugal, destacando-se como uma empresa versátil no mercado de publicidade exterior. Desde a sua fundação em 2007, a empresa tem crescido de forma sustentável, tornando-se uma presença marcante em todo o país. Jorge Paiva, gerente da empresa, revela, em entrevista, a evolução da Resulta, ao longo dos anos, e os elementos distintivos que a tornaram uma opção única no setor. A Resulta é uma referência nacional na comercialização de espaços publicitários exteriores, nomeadamente outdoors, monopostes, empenas de edifícios e sinaléticas. Em conversa, o gerente, Jorge Paiva explica a sua criação: “A Resulta nasceu de uma brincadeira familiar. Decidimos colocar alguns outdoors num terreno que pertencia ao meu pai. Surpreendentemente, foram alugados rapidamente, marcando o início da nossa trajetória na área da publicidade exterior”. Desde a sua fundação, a Resulta expandiu-se gradualmente, concentrando-se inicialmente no distrito de Santarém e, posteriormente, conquistando presença distritos como Lisboa, Setúbal, Beja, Portalegre e Faro. “A partir de 2014, começámos a marcar presença no norte. Neste momento, estamos praticamente em todo o país”, salienta. A abordagem estratégica de identificar boas localizações e garantir o licenciamento adequado tem sido crucial para o seu sucesso. Contudo, a exclusividade em concursos representa um desafio, especialmente nas grandes cidades, o que pode limitar o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado. Com cerca de 500 outdoors estrategicamente distribuídos por todo o país, a Resulta destaca-se tanto pela visibilidade que oferece aos clientes, como pelo compromisso com a manutenção desses espaços. “Com uma equipa dedicada, não nos limitamos a instalar os outdoors, também zelamos pela pintura, limpeza, verificação estrutural e manutenção da publicidade, diferenciando-nos assim dos concorrentes”, enfatiza o gerente. Assim, a empresa assegura que os outdoors estejam sempre em perfeitas condições, distinguindo-se pela rapidez na resolução de problemas e na manutenção da imagem do cliente. Além da comercialização de espaços publicitários, a Resulta destaca-se por oferecer serviços internos de design, produção e montagem, garantindo

www.resulta.pt

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uma abordagem abrangente e ágil. A empresa reforça a sua filosofia de proximidade, visando manter uma relação direta com os clientes, não apenas nos momentos de fecho e renovação de contratos, mas ao longo de toda a parceria e, por isso, planeia investir num sistema de CRM para aprimorar a comunicação e manter uma relação próxima ao longo do tempo. A certificação “PME Excelência” é vista pela Resulta como um reconhecimento adicional, mas Jorge enfatiza que o foco principal é o serviço de qualidade e a relação próxima com os clientes. “O nosso foco não está em perseguir certificações; dedicamo-nos ao trabalho pela Resulta, e os resultados consistentes que alcançamos são reconhecidos. A certificação ISO 9001, nesse contexto, surge como uma validação adicional do nosso empenho e eficiência”, esclarece. Com um olhar para o futuro, a Resulta explora a possibilidade de incorporar estruturas digitais na sua oferta. “O digital é o futuro”, afirma o gerente, mencionando a importância de testes e parcerias para garantir a durabilidade e eficácia destes novos formatos. À medida que avança para 2024, a empresa planeia embarcar na revolução digital sem perder a autenticidade que a proximidade proporciona. “A nossa meta é profissionalizar os processos sem perder a essência e a conexão genuína com os clientes”, remata. Com uma abordagem centrada na criação de uma “empresa-família”, a Resulta pretende continuar a crescer de forma consistente e sustentada, mantendo-se fiel à sua missão de inovação e proximidade no mundo da publicidade.


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O PULSAR TURÍSTICO QUE UNE A VITALIDADE DOS BARES À ELEGÂNCIA HOTELEIRA António Xufre, com uma sólida experiência de mais de 30 anos na indústria do Turismo, traçou um percurso notável desde os seus primeiros dias na hotelaria até se estabelecer como um visionário no serviço de bar. O Bar Fastnet foi o marco inicial desta jornada de sucesso, dando início a uma série de empreendimentos que caracterizam a diversidade e a essência turística de Albufeira. “Desde sempre, fiz questão de impregnar os meus espaços com a minha identidade. Contudo, simultaneamente, empenhei-me em garantir que cada um deles se destacasse, adotando características distintivas para atrair públicos variados”, explica. O primeiro estabelecimento foi o ponto de partida para empreendimentos subsequentes, como o inovador bar Atrium, o primeiro em Portugal a oferecer karaoke, o bar Vegas, uma homenagem a Las Vegas com música ao vivo e excelentes cocktails, e, por último, o clássico pub inglês Sir Harry’s, com 58 anos de tradição em drinks, petiscos e espetáculos ao vivo. “O Sir Harry’s Bar é praticamente o estabelecimento mais antigo de Albufeira, presente desde 1966”, refere. Direcionando a atenção para a internacionalização dos bares, António evidencia a importância imprescindível de ajustar os espaços para atender aos turistas estrangeiros: “Temos de adaptar o carisma do bar consoante as preferências do cliente. Trabalhamos principalmente com o inglês do Reino Unido, irlandês, francês, holandês e também português. Somos versáteis e bem adaptados aos diversos ambientes”. Ao explorar a diversidade dos seus estabelecimentos, o empresário frisa as diferenças entre eles, dando ênfase ao Sir Harry’s Bar, que adota o estilo de um British Pub, onde a cerveja é a bebida principal, e a clientela é predominantemente do Reino Unido. Esta abordagem, para além de atrair turistas, cultiva clientes recorrentes, tanto locais quanto estrangeiros. A base fundamental para a fidelização dos clientes está intimamente relacionada à qualidade do atendimento oferecido. A venda de produtos

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Na cidade costeira de Albufeira, António Xufre não apenas construiu um império de bares que refletem a riqueza cultural local, mas persiste em desafiar-se, deixando uma marca indelével na vitalidade turística da região. No auge do seu espírito empreendedor, o Musical Hostel desponta como a mais recente expressão deste compromisso, uma oferta completa que se torna um convite para explorar a autenticidade algarvia.

António Xufre, CEO


desejados pelos clientes e a constante simpatia de uma equipa profissional e dedicada são elementos cruciais. “Reconhecemos o ‘boca a boca’ como uma forma eficaz de publicidade. Aqui, as experiências positivas dos clientes transformam-se em recomendações bastante valiosas”, salienta. A interação entre funcionários e clientes é de extrema importância. Adicionalmente, as bandas de música ao vivo, presentes diariamente, têm vindo a estabelecer uma conexão duradoura com o público ao longo dos anos. “Tanto as bandas quanto os funcionários conhecem os clientes e compreendem as suas preferências, demonstrando um esforço conjunto para satisfazê-los. Em última análise, a nossa prioridade é agradar o cliente”, acrescenta. Musical Hostel: “um toque de requinte” Considerando Albufeira como a “Capital do Turismo”, António reconhece a necessidade de se ajustar às mudanças e ao crescente fluxo de turistas, tanto nacionais quanto estrangeiros. Por essa razão, complementou o negócio de restauração e bar com a vertente de alojamento. O empreendedor revela os detalhes do projeto inovador que deu vida ao Musical Hostel, situado acima do icónico Sir Harry’s Bar: “Há dois anos, iniciou-se um projeto que envolveu a aquisição de um edifício devoluto adjacente ao Sir Harry’s Bar. Optou-se pela reabilitação do prédio e, aproveitando o primeiro piso do Sir Harry’s, decidimos unir as duas frações”. O resultado deste esforço é o Musical Hostel, um conceito moderno que integra o dinamismo dos bares com a atmosfera descontraída e interativa dos hostels. “O alojamento é destinado a um público mais contemporâneo, as pessoas frequentam-no com o propósito de se conhecerem mutuamente, partilhar camaratas e desfrutar de uma cozinha coletiva, o que proporciona um ambiente bastante cativante”, conta o empresário. “Construído de raiz, com uma adaptação do espaço para corresponder às exigências de um novo mercado, o edifício apresenta uma estética muito agradável, reúne todas as condições necessárias e revela um toque de requinte”, descreve. Localizado a três minutos a pé da Praia do Peneco, o Musical Hostel distingue-se pela simbiose entre modernidade e uma localização estratégica. Oferecendo quartos climatizados, receção 24 horas e um jacuzzi,

o alojamento surge como um refúgio descontraído no centro de Albufeira, encontrando-se nas imediações de várias atrações como a Praia dos Pescadores, a Marina de Albufeira e os Vestígios da Antiga Muralha do Castelo. O Musical Hostel revela-se um espaço que harmoniza o dinamismo da vida noturna com o encanto caloroso do litoral algarvio. Algarve: um destino empresarial de excelência António, algarvio de origem, enaltece as características singulares que fazem do Algarve a localização ideal para os seus empreendimentos, destacando a inigualável combinação de sol e praia que caracteriza a região. “Ao contrário de destinos como Lisboa ou Porto, onde o turismo se concentra em torno de monumentos históricos, o Algarve diferencia-se por oferecer uma experiência turística focada no sol e nas praias. O clima é mais privilegiado”, sublinha o empresário, realçando a singularidade e a competitividade ímpar da oferta turística algarvia. Em relação à perceção de que o Algarve é uma região exclusivamente de verão, o empreendedor contrapõe, explicando que, embora a época alta seja entre abril e outubro, o inverno também é uma fase produtiva. O Sir Harry’s Bar, por exemplo, mantém-se aberto o ano todo, diferenciando-se dos outros dois estabelecimentos que fecham devido à menor procura na estação mais fria. “Gerir as diferentes estações do ano é um desafio, mas essencial para a sustentabilidade do negócio. A base é uma equipa sólida e bem conhecedora”, aponta o empresário. A distinção como PME Excelência é acolhida com satisfação por António. Segundo o mesmo, o dinamismo gerado pela certificação impulsiona e amplia efeitos positivos na empresa. “A premiação possibilita a flexibilidade para realizar investimentos, como a expansão, aprimoramento da qualidade, satisfação dos clientes, estabelecimento de parcerias com fornecedores e desenvolvimento dos colaboradores”, explica. Quanto ao que o futuro reserva, António antevê uma trajetória repleta de vitalidade. Afirmando-se revigorado e cheio de determinação, declara: “O futuro é uma extensão do presente, e eu estou aqui para continuar a trilhar este caminho”. A visão que se delineia para os próximos tempos é otimista e o empresário revela um compromisso inabalável com um crescimento constante e equilibrado.

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Rui Donas e Henrique Almeida, Managers

UM SERVIÇO DE EXCELÊNCIA QUE ACRESCENTA VALOR AOS CLIENTES Rui Donas, Manager da SunsetAlgarve, em entrevista à Revista Business Portugal, dá a conhecer o universo desta empresa, que prima pelo seu serviço de excelência, mostrando o seu orgulho e satisfação com a distinção com o prémio PME Excelência. Fundada em 2007, a SunsetAlgarve é uma empresa exclusiva que oferece aluguer para férias e gestão completa de propriedades no triângulo dourado (Vale do Lobo, Quinta do Lago, Dunas Douradas) do Algarve. A empresa nasceu pelas mãos de Rui Donas e Henrique Almeida que, juntamente com um staff qualificado e dedicado, têm feito a empresa crescer de ano para ano. Volvidos 17 anos de percurso e experiência, o balanço traçado é extremamente positivo, refere Rui Donas, lembrando que começaram com dois clientes e, hoje, a empresa tem um universo de 90 clientes, fruto do serviço de qualidade e excelência e da confiança que os clientes têm depositado na SunsetAlgarve, ao longo dos anos. O serviço base da empresa é a administração de propriedades, um serviço extremamente completo que engloba desde a manutenção e limpeza predial, para garantir que o investimento de cada proprietário receba o melhor cuidado possível, até à administração geral. O segredo do sucesso, eficiência e eficácia reside inteiramente no staff da empresa, que se encontra dividido em vários departamentos, Rua do Comércio Ed. Astral Loja A 8135-022 Almancil 917 880 400

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nomeadamente limpezas, tratamento e manutenção de piscinas e construção e remodelação das casas. “Para sermos eficazes, equilibrar todos estes serviços e manter o nível de excelência e qualidade, tem que ser através do nosso staff, de outra forma não conseguiríamos”, adianta Rui, sublinhando que um dos grandes desafios que a empresa se tem deparado de ano para ano é a falta de mão de obra qualificada e que queira trabalhar para fazer face à procura. “Tentamos não subcontratar, é uma forma mais eficaz de servir os clientes, assumindo a total responsabilidade perante o cliente, até porque os proprietários não vivem cá, a maior parte são estrangeiros, e depositam a confiança na nossa empresa para tratar da sua casa”, realça o Manager. A divulgação da empresa tem sido muito na base do passa palavra, clientes sugerem a SunsetAlgarve a outros, o que representa uma grande responsabilidade, no sentido de ir ao encontro das expectativas dos clientes, mas a empresa assume sempre a qualidade e excelência como abordagem de referência. E na realidade foi esta postura no mercado e performance que levou a SunsetAlgarve a conquistar o prémio PME Excelência 2022, distinção que certifica a reputação da empresa e, consequentemente, torna a equipa mais motivada, reforçando também a confiança dos clientes. “Não trabalhamos para recebermos prémios, mas obviamente é sempre bom sermos reconhecidos”, sustenta o empresário. Com os olhos no futuro, Rui sublinha: “Neste momento, estamos estáveis e estamos onde queríamos estar. Trabalhamos para manter os clientes e para garantir continuadamente o nível e excelência do nosso serviço. O projeto para o futuro é o presente”.


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PERSPETIVAS PARA 2024 Atravessamos uma época de incerteza e imprevisibilidade. Qualquer exercício de previsão é difícil, mesmo num horizonte temporal de curto prazo. Esta incerteza e imprevisibilidade são sentidas em todos os quadrantes da sociedade, influenciando as suas expectativas e comportamentos e condicionando a evolução da atividade económica. No setor empresarial, o planeamento que faz a médio e longo prazos continuará a ser duplamente condicionado pelo enquadramento nacional e internacional. E são muitas as condicionantes que as organizações internacionais têm vindo a apontar. As tensões geopolíticas, face à elevada exposição mundial ao petróleo da Rússia e de países do Médio Oriente, e as restrições da política monetária, que se deverão manter nos próximos dois anos, não só na área euro como nos Estados Unidos e países emergentes. A Comissão Europeia, no relatório das previsões de outono, incluiu novos riscos para 2024, com destaque para a quebra na demografia empresarial, em que as empresas altamente endividadas poderão entrar em falência, e para a resistência na desaceleração da inflação, fruto de choques energéticos e de aumentos dos rendimentos nominais. Projeta-se uma desaceleração do crescimento económico mundial, com impacto na diminuição da procura externa dirigida à economia portuguesa, à qual não é alheia a evolução desfavorável nos nossos principais parceiros comerciais. A nível interno, o Banco de Portugal, no relatório de estabilidade financeira, divulgado em novembro, alertou para uma pressão acrescida nas contas das administrações públicas, em resultado do abrandamento da atividade económica, conjugado com a inversão do ciclo de redução das despesas com juros, num contexto de ainda elevado endividamento, e para a dificuldade das empresas,

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em particular as mais vulneráveis, em assegurar o serviço de dívida, condicionadas pela persistência de taxas de juro elevadas e baixas expetativas de crescimento económico. No terceiro trimestre de 2023, a economia portuguesa contraiu em cadeia (-0,2%). A queda do PIB em cadeia ocorreu em 13 países da União Europeia, sendo que em sete se registou mesmo uma recessão técnica, o que constituem sinais extremamente preocupantes. Em Portugal, a deterioração da atividade económica, face ao trimestre anterior, é explicada integralmente pela evolução negativa da procura externa líquida, isto é, das exportações líquidas de importações, em resultado da redução das exportações de bens, mas também nos serviços. Entre janeiro e setembro de 2023, o valor da intensidade exportadora atingiu cerca de 48%, aquém dos 50% observados em 2022. A redução da carteira de encomendas, sobretudo com origem no mercado externo, poderá também ajudar a explicar o inquietante aumento do número de trabalhadores em lay-off nos últimos meses, que cresceu 260% em outubro de 2023, face a outubro de 2022 (+109% na redução do horário de trabalho +935% na suspensão temporária de trabalho). Mediante uma conjuntura externa que não depende de nós, precisamos rapidamente de atuar nas matérias que estão ao nosso alcance, designadamente através da implementação de políticas públicas bem ajustadas, por forma a induzir uma melhoria da produtividade e competitividade da economia portuguesa e, com isso, assegurar níveis de criação de riqueza mais robustos e sustentados. Luís Miguel Ribeiro Presidente do Conselho de Administração da AEP


Anuário

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BRANDS POWER | BIGAMES

SIMULADORES DE GESTÃO COSTUMIZADOS A Bigadvantage - Consultores de Gestão disponibiliza ferramentas pedagógicas de simulação para Executivos, orientadas para o desenvolvimento de competências de gestão e liderança.

cionou uma entrega intensa dos participantes. As equipas «vestiram a camisola» e deram o seu melhor neste jogo de simulação estratégica de operações (…), em que tudo foi muito bem pensado e nada foi deixado ao acaso.” (Lisboa, dez.2023) – exemplo de testemunho recente, representativo da opinião geral. A participação num simulador BIGAMES© permite, em linhas gerais:

O conceito BIGAMES foi originalmente desenvolvido em 2015 e, desde então, implementado na formação de quadros de diversas empresas e instituições públicas de referência, como explicou Nuno Biga de Almeida, Fundador e CEO da Bigadvantage. Os resultados obtidos nas várias iniciativas BIGAMES© realizadas, que até hoje já envolveram de mais de 600 participantes provenientes de muitas dezenas de organizações, evidenciam uma correlação forte entre as competências de liderança e os resultados da gestão - conclusão com que as equipas são confrontadas. Segundo Nuno Biga, “trata-se de um simulador de gestão aplicável em qualquer setor de atividade, sem exceções, destinado a promover o desenvolvimento de competências de gestão e liderança dos participantes. Muito mais do que numa iniciativa de team building, a participação num simulador BIGAMES© muda o modo como cada participante vê a sua própria organização e avalia o contributo individual dos colaboradores para a prossecução de objetivos comuns, aguçando o seu sentido crítico e aperfeiçoando a arte de bem gerir em prol da eficiência do trabalho de equipa.” ©

A Business teve acesso a inúmeros testemunhos de participantes nos simuladores BIGAMES© e pôde comprovar a opinião generalizada sobre a sua mais-valia pedagógica desta ferramenta. “A forma brilhante como foi idealizado, concebido e orientado propor-

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Compreender a missão e responsabilidade de cada stakeholder; Potenciar a interação eficaz entre os vários stakeholders; Definir estratégias para satisfação das expetativas dos clientes, colaboradores e demais stakeholders; 4. Potenciar pontos fortes e identificar oportunidades de melhoria; 5. Identificar e superar ameaças ao desempenho da organização; 6. Otimizar recursos para incrementar a eficiência da organização; 7. Avaliar a relação custo/eficácia de diferentes alternativas para melhor fundamentar cada decisão; 8. Elaborar, implementar e monitorizar planos de ação eficazes; 9. Comprovar que o espírito colaborativo do trabalho em equipa determina o desempenho organizacional; 10. Compreender melhor a correlação entre competências de liderança e desempenho das equipas. Os simuladores BIGAMES© foram recentemente distinguidos com o prémio Global Award “Innovation in Managerial Education Solutions of the year 2023/24” atribuído por entidade internacional independente (ver página 46). www.bigadvantage.pt | geral@bigadvantage.pt


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BRANDS POWER | BIGAMES

INOVAÇÃO NO ENSINO DA GESTÃO SIMULADORES BIGAMES© Os simuladores BIGAMES© são uma ferramenta de formação de gestão que pretende revolucionar a forma como as organizações podem proporcionar formação aos seus executivos. A conceção destes simuladores assenta no princípio de que qualquer realidade organizacional pode ser modelada e representada através de um serious game costumizado, sendo recriada em ambiente de simulação onde é possível avaliar o impacto no negócio resultante da conjugação de um conjunto de variáveis-chave. Com mais de três décadas de experiência na realização de investigação nas áreas de engenharia e gestão, Nuno Biga de Almeida iniciou em 2015 a implementação de jogos de gestão em empresas e, desde então, tem desenvolvido simuladores de modelos de negócio aplicáveis em diversos setores de atividade económica. A participação nestes simuladores permite aos participantes desenvolver e aperfeiçoar competências de gestão e liderança através da partilha de experiências num contexto desafiante.

O painel do júri Global Awards 2023/24 ficou impressionado com as aplicações dos simuladores de gestão BIGAMES© já desenvolvidos. A sua utilização em contextos diversos, como Urgência Hospitalar, permite que os participantes assumam riscos controlados, desenvolvam pensamento crítico e implementem abordagens inovadoras, o que poderia ser considerado imprudente no mundo real. O simulador BIGAMES© tem sido utilizado desde 2017 em várias edições de um programa exclusivo de Alta Direção de Instituições de Saúde onde a Bigadvantage, em parceria com a AESE (primeira Escola de Negócios portuguesa), implementa esta solução pedagógica com excelentes resultados. Os simuladores de gestão BIGAMES© são implementados em vários setores de atividade económica, designadamente restauração, serviços, indústria e comércio a retalho, com resultados sempre muito positivos. Numa avaliação global do nível de satisfação, mais de 95% dos quadros executivos classificaram com 100% a sua experiência de participação nestes simuladores (valores acumulados desde 2015).

“A oportunidade de testar o impacto das decisões de gestão (…) em ambiente controlado, faz destes simuladores uma ferramenta muito eficaz na formação de executivos”

Os simuladores BIGAMES© foram distinguidos em diversos eventos internacionais, designadamente em conferências científicas: em 2019, 2020, 2021 e 2022 foram premiados em Abu Dhabi, Lisboa, Toronto e Roma. “Using Serious Games Within Simulation Living Labs for Capacity Building and Value Creation in Modern Organisations” foi publicado pela NOVA science publishers (Nova Iorque, 2020) - ISBN 978-1-53618-602-4.

Cada BIGAME é um simulador de gestão concebido numa perspetiva empresarial que promove o desenvolvimento de competências comportamentais e operacionais, proporcionando a cada participante ensinamentos muito úteis para melhorar a eficiência da sua própria organização. A oportunidade de testar o impacto das decisões de gestão e tirar conclusões sobre os resultados obtidos, em ambiente controlado, faz destes simuladores uma ferramenta muito eficaz na formação de executivos. Em cada serious game participam duas ou mais equipas, representando organizações fictícias que competem no mesmo mercado virtual como concorrentes. As equipas são confrontadas com vários desafios que devem conseguir ultrapassar, através da mobilização de sinergias e da tomada de decisões eficazes. Para resolução de problemas complexos, os participantes são estimulados a adotar uma abordagem sistémica multidisciplinar orientada para a eficiência dos processos e otimização de recursos.

Innovation in Managerial Education Solutions

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* Artigo traduzido do original publicado pela revista GLOBAL AWARDS 2023/2024 by CorporateLiveWire (a tradução é da inteira responsabilidade da Revista Business Portugal, com autorização do autor)

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A ADAPTABILIDADE COMO RESPOSTA PARA A INCERTEZA 2024 começa sob o signo da incerteza. Económica, política e geopoliticamente ninguém consegue com segurança perspetivar o que nos espera para os próximos doze meses. A inesperada queda do Governo apoiado por uma maioria absoluta parlamentar, precipitou o país num período eleitoral sem que sejam claros os cenários políticos a surgir após o dia 10 de Março, sendo no entanto duvidoso que volte a ser assegurada uma maioria absoluta por qualquer uma das forças partidárias. Este cenário de maior instabilidade política coloca em causa a possibilidade de serem tomadas várias medidas importantes, e realizadas as reformas desejáveis com impacto na economia nacional. Torna assim mais indispensável, tal como tem defendido a CCP, a adoção de um verdadeiro contrato social que abranja questões fundamentais para o crescimento da economia e não se restrinja apenas à lógica temporal e redutora dos ciclos eleitorais. Partindo de um consenso alargado em sede de concertação social, esse contrato deverá ter em conta não apenas as indispensáveis alterações no modelo fiscal para o aumento do rendimento dos cidadãos e a capitalização das empresas, mas também e prioritariamente como impulsionar fortemente o investimento privado e definir as prioridades do investimento público. Temos de centrar-nos numa economia que incorpore, em todos os setores, cada mais serviços criadores de valor, isto é, mais “servitizada”, e que se integre cada vez mais acima nas cadeias de valor internacionais, necessidades estratégicas essas apontadas recentemente pelo Prof. Augusto Mateus num estudo promovido pela CCP. À incerteza na política nacional, somam-se ainda os efeitos do prolongamento da guerra na Ucrânia, da escalada de confrontos no Médio Oriente e, também, das eleições nos EUA e do que elas poderão impactar na cadeia logística e comercial mundial. Apesar da inflação estar a baixar, permanece um risco elevado de aumento do preço do petróleo, enquanto é sentida a diminuição das

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exportações, em consequência da retração na Europa. Regressando ao cenário nacional, uma descida demasiado lenta das taxas de juro continuará a criar dificuldades quer para as famílias, quer para as empresas. Sendo que o crescimento da economia portuguesa continuará abaixo dos nossos concorrentes diretos na Europa, o que não é de todo positivo. Com o objetivo de contribuir para as respostas a estas situações, a CCP prosseguirá em 2024 as suas Jornadas dedicadas à competitividade, reunindo associações, empresas e instituições públicas em torno dos principais grandes temas da nossa Economia e numa lógica não de curto prazo, mas de definição das linhas mestras para as políticas públicas e a atividade dos principais setores empresariais. Depois da inovação, criação de valor e produtividade debatidas em Lisboa e da qualificação em torno das competências numa economia baseada nos serviços que juntaram várias centenas de participantes em Leiria, iremos em Braga dialogar com os principais intervenientes e especialistas na área da gestão do território, com foco na resolução das questões relacionadas com as assimetrias regionais a nível nacional. Se a incerteza é aquilo com que teremos de contar neste ano de 2024, a única forma de a contrariarmos será a de nos preocuparmos, acima de tudo, com a adaptabilidade a todos os níveis, desde os nossos modelos de negócio aos nossos processos produtivos, passando pela nossa cadeia de fornecedores e clientes. Se “resiliência” foi a palavra de ordem no período pandémico, “adaptabilidade” é agora a sua substituta perante a imponderabilidade dos cenários. Seja como for o ano que agora começa, teremos que o atravessar sempre atentos à necessidade de mudar o que for necessário para nos mantermos no rumo que pretendemos, para nós, as nossas empresas e o nosso país.

João Vieira Lopes Presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal


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DOOLIBAR:

UMA VIAGEM PELO MUNDO DOS AZEITES Desde as suas raízes em 2019, a Doolibar tem trilhado uma trajetória notável no mundo dos azeites e óleos, ancorada na tradição familiar e alimentada por valores que transcenderam gerações. Na entrevista com Luís Mila, figura central neste caminho, conhecemos de perto a evolução da empresa ao longo dos anos.

Crescimento exponencial e inovação constante Luís Mila, proprietário da Doolibar, destaca o crescimento anual da empresa, evidenciando um aumento de quase três vezes nos vínculos. O sucesso, segundo o empresário, é o resultado do constante processo de inovação. Com um crescimento de 80 a 100% ao ano, a Doolibar tem-se destacado no mercado de azeites e óleos. “Estamos constantemente a evoluir, dobrando em colaboradores e faturação a cada ano. Este sucesso é alimentado pela inovação constante”, partilha Luís. Azeite Flor: uma explosão de sabores únicos A marca Azeite Flor é a joia da coroa da Doolibar, oferecendo uma gama diversificada de azeites com características distintas. Luís Mila destaca a inovação por trás da marca Flor, onde diferentes marcas como o Flor do Alqueva, Flor do Azibo e Flor de Monchique oferecem uma experiência única aos consumidores. Desde a intensidade dos azeites de Trás-os-Montes até à suavidade ideal para pratos alentejanos, a Doolibar procura inovar, criando misturas que atendem a diversos paladares. “Queremos

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criar uma identidade única para cada marca, inovando não apenas nas regiões geográficas, mas também nos tipos específicos de comida associados a cada azeite”, enfatiza o empresário. Olvila: compromisso com a qualidade e inovação Na produção de óleos alimentares, a Olvila destaca-se pela sua ampla gama de produtos, desde óleo de girassol até ao famoso Tempero Português. Luís Mila ressalta o compromisso da marca com a qualidade, evidenciado pelo laboratório próprio. O foco atual é o desenvolvimento de um óleo especialmente concebido para fritos, com o objetivo de atender às exigências do mercado de restauração e pastelaria. “Estamos comprometidos em oferecer um óleo de qualidade superior a um preço acessível, atendendo às necessidades dos profissionais da restauração e dos amantes da pastelaria”, afirma. Destaca-se ainda a adição de óleo de coco promete elevar a qualidade e resistência do produto, mantendo a satisfação tanto dos profissionais quanto dos amantes da pastelaria. “A adição de óleo de coco aumenta a resistência e o rendimento, posicionando a nossa marca como referência no mercado”, explica.


DOOLIBAR | BRANDS POWER

Saúde cardiovascular e óleo de girassol Enquanto o azeite cru mantém o seu papel fundamental, Luís Mila aborda a importância do óleo de girassol na saúde cardiovascular e destaca a preferência da Doolibar por óleos que resistem melhor ao calor durante a preparação dos alimentos. A empresa não procura apenas responder às exigências culinárias, mas também promover um estilo de vida mais saudável. “Estamos empenhados em promover um estilo de vida saudável através da escolha criteriosa dos nossos óleos”, salienta. A diversificação de óleos, especialmente o alto oleico, contribui para uma maior variedade de nutrientes, alinhando-se ao compromisso da Doolibar com a saúde dos consumidores. “A escolha de óleos mais adequados, como o girassol alto oleico, tem benefícios notáveis, preservando a qualidade inicial e contribuindo para uma maior diversificação de nutrientes”, afirma. Embalagens: sabor, aroma e compromisso sustentável As embalagens desempenham um papel crucial na preservação do sabor, aroma e textura dos produtos da Doolibar. Luís Mila explica que a empresa opta por embalagens PET, totalmente recicláveis, mas reconhece a necessidade de evoluir para alternativas mais sustentáveis no futuro, afastando-se do polietileno. “Apesar do desafio do polietileno, estamos determinados a avançar em direção a embalagens mais sustentáveis no futuro”.

A empresa procura soluções de embalagem mais ecológicas alinhadas com seus valores e objetivos de sustentabilidade. “Estamos comprometidos em encontrar soluções de embalagem mais amigas do meio ambiente, alinhando-nos melhor com os nossos valores e objetivos de sustentabilidade”, destaca. Biocombustível e consciência ecológica A Doolibar destaca a sua iniciativa de produção de biodiesel a partir de óleo residual, visando reduzir significativamente a pegada de carbono. O empresário enfatiza o compromisso da empresa em desempenhar um papel ativo na preservação do meio ambiente e adotar práticas sustentáveis. “Estamos empenhados em desempenhar um papel ativo na preservação do meio ambiente e em adotar práticas sustentáveis”, afirma. A produção de biodiesel representa um passo significativo na promoção de alternativas mais amigáveis para o ambiente. “A produção de biodiesel é um passo significativo na redução da nossa dependência de combustíveis fósseis, promovendo alternativas mais amigas do ambiente”, expressa. Lagar do Gaiato: uma nova fronteira para a Doolibar Com a adição do Lagar do Gaiato, a Doolibar procura levar a produção de azeite a um novo patamar. Luís Mila destaca o sucesso do primeiro ano, reforçando a parceria com os agricultores e enfatizando o compromisso com preços justos. “Queremos consolidar a nossa marca como referência em Portugal, destacando a autenticidade e qualidade dos azeites produzidos no Monte, no meio das pessoas”, afirma. O plano para os próximos anos inclui a ampliação e melhoria do lagar, a introdução de novos lagares, e a expansão da área para consolidar a Doolibar como referência em Portugal. “Nos próximos cinco anos, pretendemos expandir e melhorar o lagar, mantendo o nosso compromisso com a comunidade local e a qualidade dos nossos produtos”, revela. A Doolibar, sob a liderança visionária de Luís Mila, não é apenas uma empresa de azeites e óleos, é uma narrativa apaixonante que abraça a tradição, inovação e sustentabilidade. À medida que avança para o futuro, a empresa promete continuar a redefinir os padrões da indústria, proporcionando experiências culinárias únicas e contribuindo para um mundo mais sustentável.

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BRANDS POWER | BURINHOSA FUTSAL

Engenheiro Coutinho Duarte, Empresário

O RENASCIMENTO DO BURINHOSA FUTSAL Coutinho Duarte, investidor do Burinhosa Futsal e responsável pela reestruturação da secção do futsal, partilhou com a Revista Business Portugal a sua perspetiva sobre o renascimento da aldeia de Alda através do desporto, destacando a importância da comunidade como a verdadeira essência deste sucesso. No último encontro com Coutinho Duarte, investidor apaixonado do Burinhosa Futsal, pudemos mergulhar nas profundezas do impacto do Troféu Engenheiro Coutinho Duarte, um evento que não apenas homenageou o investidor, mas também celebrou os feitos extraordinários do Burinhosa Futsal. Coutinho Duarte, entusiasticamente, destacou a verdadeira essência por trás desses momentos: não apenas as homenagens, mas a projeção e o desenvolvimento da aldeia da Burinhosa, que há anos enfrentava a ameaça do desaparecimento. “O que me preocupa bastante é a projeção da Burinhosa. A forma como a aldeia está a representar o distrito de Leiria e pretende representar ainda mais”, enfatizou Coutinho Duarte, sublinhando a ascensão notável da aldeia. Burinhosa não só recuperou a sua população, mas tornou-se um centro vibrante para a comunidade, principalmente através do Burinhosa Futsal, que renasceu das cinzas após uma temporada difícil. Questionado sobre o papel do desporto na coesão social, Coutinho Duarte destacou como a aldeia tornou-se um ponto de encontro para pessoas de diferentes partes do distrito. “Atualmente, esta aldeia é uma verdadeira representante do distrito de Leiria nesta modalidade. Os nossos pavilhões tornaram-se pequenos para abranger tanta gente que vem ver os jogos”, revelou o investidor. Ao abordar as camadas mais jovens, Coutinho Duarte enfatizou a importância da participação dos pais na educação desportiva, desde que respeitem certas linhas delineadas pela equipa técnica. “Os pais devem estar envolvidos, mas sem interferirem no trabalho técnico. Temos uma estrutura que os integra e acompanha, não só no aspeto desportivo, mas na formação integral dos jovens, incluindo nutrição e acompanhamento psicológico”, esclareceu, destacando o compromisso com a formação integral dos jovens atletas.

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Quanto ao desempenho do Burinhosa Futsal na temporada 2022/2023, o empresário expressou satisfação com a trajetória da equipa. “Renascer das cinzas, liderar campeonatos e surpreender mostra o trabalho sustentado que estamos a realizar. Precisamos envolver o distrito e contar com o apoio das empresas para continuar a crescer e competir ao mais alto nível”, partilhou orgulhosamente. Ao comparar o Burinhosa Futsal com clubes de maior escala, como o Sporting, Coutinho Duarte enfatizou o papel fundamental do desporto, especialmente de clubes como o Sporting, na elevação e união de comunidades. “O Sporting é um clube extraordinário, com uma importância social imensa. Move multidões e representa uma parte significativa das modalidades praticadas no país”, afirmou. No entanto, ao abordar o respeito no desporto, o investidor sugeriu que, para o bem do desporto português, é crucial haver mais respeito pelos clubes, independentemente do seu tamanho. “Devemos fazer algo por isto, trabalhar seriamente na arbitragem, formar homens verdadeiros e respeitar todos os clubes, desde os grandes até aos pequenos”, concluiu, destacando a necessidade de preservar os valores fundamentais na sociedade através do desporto.

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PLACIDOS - MEDIAÇÃO DE SEGUROS | BRANDS POWER

Carlos Plácido, Mediador de Seguros

EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO NO SETOR DOS SEGUROS Com quase duas décadas de experiência, a Placidos – Mediação de Seguros destaca-se pela diversidade de produtos, gestão eficaz de clientes e uma visão adaptativa, consolidando o seu caminho de sucesso. Em entrevista, Carlos Plácido, Fundador da empresa, partilhou as suas visões e estratégias para este sucesso.

A Placidos – Mediação de Seguros alcançou recentemente o estatuto de uma das Top 5% Melhores PME de Portugal, uma distinção que reflete a excelência e dedicação da empresa no setor. Carlos Plácido, reconhece que o impacto dessa conquista: “É um reconhecimento do trabalho, é a continuação de um bom percurso para o futuro e, também, pode proporcionar aos nossos clientes o melhor serviço dentro do que a lei do contrato de seguro nos permite”. Com uma oferta abrangente que vai desde seguros automóveis até seguros de vida, a Placidos destaca-se no mercado competitivo através de uma estratégia de diversificação cuidadosamente elaborada. “Ao longo dos anos, procuramos diversificar a oferta nos diversos ramos, tais como, automóvel, habitação, saúde e vida”, afirma o empresário. Carlos Plácido enfatiza a importância de manter uma abordagem homogênea nas soluções de seguros oferecidas, mantendo o foco nas necessidades dos clientes e na visão de mercado. “Apesar de, neste momento, as atenções estarem mais direcionadas para setores como o retalho, possuímos clientes estruturantes a nível empresarial”. Com quase duas décadas de experiência no setor, a Placidos destaca-se não apenas pela diversidade de produtos, mas também pela gestão eficaz de clientes e profissionalismo. “Procuramos estar o mais próximo possível do cliente, e, dentro do que o contrato de seguro permite, tratar de forma eficiente em caso de sinistro. Por outro lado, procuramos diversificar a oferta junto do cliente. Tentamos identificar a necessidade de proteção específica de cada cliente”, recorda o Mediador. Com isto, o índice de retenção de clientes anualmente

destaca o sucesso dessa abordagem, indicando altos níveis de satisfação e renovação de contratos. Considerando o cenário em constante evolução do setor de seguros, Carlos Plácido destaca a adaptabilidade como chave para o sucesso contínuo. “Estamos agora a trabalhar na era digital. Estamos direcionados para esse segmento de mercado há algum tempo. Podemos afirmar que uma boa percentagem dos clientes na nossa carteira não é o cliente tradicional que se desloca ao balcão, mas sim aquele que procura contactos e soluções através dos diversos canais disponíveis”. Portanto, a Placidos pretende continuar a inovar e a adaptar-se às necessidades do mercado, mantendo-se atualizada e atenta às mudanças em curso. Quando questionado sobre o futuro do setor de seguros, Carlos Plácido expressa otimismo, ressaltando a longevidade da atividade seguradora e a capacidade de adaptação. “Desde que entrei na atividade, sempre mantive uma perspetiva positiva, pois a empresa tem crescido de forma constante”. Apesar dos desafios, admite que o setor continuará a crescer, especialmente considerando os investimentos em curso no país, bem como, o crescimento da atividade económica no país em alguns setores, nomeadamente o turismo, indústria, construção, tecnologia, entre outros. “Acredito que, se não ocorrerem eventos imprevistos a nível mundial, a atividade seguradora ainda terá espaço para crescer”. No entanto, Carlos Plácido ressalta a importância de estar ciente de eventos imprevistos que podem exigir ajustes na abordagem da indústria de seguros. A Placidos – Mediação de Seguros continua a trilhar um caminho de sucesso, impulsionada pela excelência, diversificação e uma visão adaptativa para o futuro.

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UMA VIAGEM NO TEMPO ENTRE SABORES E HOSPITALIDADE No coração da cidade do Porto, o Hotel One Shot Palácio Cedofeita destaca-se como um oásis que transcende a experiência hoteleira convencional. Conversámos com Pedro Pereira, o Diretor de Food and Beverage, responsável por trazer à vida uma visão única que combina herança histórica, gastronomia diferenciadora e uma abordagem contemporânea. Fale-nos um pouco sobre o seu percurso profissional. Quais os momentos-chave que o levaram até à direção do Hotel? Iniciei o meu percurso académico na área de relações internacionais, no Colégio Internato dos Carvalhos, contudo foi no 10º ano que acabei por definir o meu futuro na área de Hotelaria e Turismo. Face à conjuntura da época, ingressei a minha formação na área de Gestão Hoteleira, passado por diversas formações na área de alojamento, catering e eventos. Com a formação e especialização na área ingressei no mundo profissional passando por cadeias hoteleiras a nível internacional onde se destaca a experiência no grupo Starwood Hotels & Resorts Worldwide e Meliã Hotels. Na experiência nacional, auferi a minha formação profissional no Grupo Solverde e Sonae Capital, este último bastante importante onde se destacam os standarts aplicados pela Leading Hotels of The World. Nestes últimos anos, dediquei-me à gestão da área de restauração e eventos adquirindo um know-how diferenciador no F&B onde se destaca o efeito multiplicador. Este é muito importante para modelar a visão do restaurante de hotel nos dias de hoje. Sabemos que o F&B de um hotel reflete a visão pessoal do seu líder. Quais as principais funções e toque pessoal que assume para garantir o bom funcionamento do hotel? Num projeto em desenvolvimento temos como objetivo incorporar a herança histórica e cultural da cidade do Porto, oferecendo a quem nos visita uma viagem gastronómica de cozinha tradicional e contemporânea, aplicando serviços hoteleiros de outrora. No Hotel Palácio de Cedofeita possuo o cargo de Diretor de F&B, onde concretizo a articulação e logística de todos os departamentos de serviço alimentar e bebidas, tanto a nível de gestão e organização empresarial. Neste sentido, assumo responsabilidades por todo o organigrama do hotel na área gastronómica e serviço ao cliente. Quais as características e os serviços que considera serem os pilares do caráter distintivo do One Shot Palácio Cedofeita? Temos como base de trabalho a concretização de, num oásis, possuir uma oferta gastronómica diferenciadora aliada ao alojamento, passando por diversas cozinhas, palatos e sensações. Proporcionamos aos nossos hóspedes e visitantes vivências únicas dentro do nosso Hotel, transportando-os para outra época. Este oferece diferentes espaços como restaurantes, bares, rooftop e vários espaços ao ar livre para a concretização de eventos. Globalmente inserido na procura e oferta do coração da cidade. 54 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Pedro Pereira, Diretor de F&B

O Restaurante Le Palais é descrito como uma viagem no tempo. Qual a inspiração por trás da abordagem culinária e de que forma cada elemento contribui para esta experiência? O impactante Salão onde está inserido o restaurante Le Palais transporta-nos para uma viagem ao passado onde a cultura, festividades e celebrações estão aliadas à cozinha portuguesa. Esta desenvolvida e confecionada com oferta de produtos locais. A equipa de cozinha trabalha arduamente para apresentar aos nossos clientes o melhor que Portugal tem para oferecer. Além de uma viagem ao passado, proporcionamos uma experiência de sabores pelo mundo aliada a uma carta de vinhos e cocktails elaborada em sintonia com a mesma. Todo o empratamento foi estudado para viajarmos no tempo, com um empratamento contemporâneo e em baixela de pratos de assinatura. Apresentamos um enlace moderno conjugado com o clássico salão. O restaurante Le Palais dá as boas-vindas a todos os que desejam visitar, é um espaço aberto ao público onde o slogan de “restaurante de hotel” é um objetivo a ser quebrado. Um espaço cultural perdido em tempos, no presente, abre as suas portas para mostrar o enriquecedor património histórico que este possui, tendo uma carta e preços acessíveis desde o menu executivo, serviço à la carte, bar, brunch e eventos onde são personalizados à medida da procura. Podemos afirmar que o espaço do restaurante é dos cidadãos do Porto e um ex-libris do Hotel. Poderia partilhar mais detalhes sobre os trabalhos de conservação e restauro realizados no salão do Le Palais,? O palácio onde está inserido o Grupo Hoteleiro e o restaurante Le Palais foi edificado em 1885, outrora residência familiar de Honório de Lima, proprietário da Fábrica de Curtumes do Bessa. Ao longo de décadas em degradação, contou com a ajuda da One Shot Hotels, entidade exploradora do empreendimento turístico, para o restauro e preservação completa do mesmo, transpondo a fénix a brilhar novamente aos dias de hoje. O projeto teve início em 2021 e um dos objetivos principais foi recuperar a sua arquitetura mantendo toda a traça original, apesar dos danos que apresentava. Os trabalhos de conservação e restauro foram realizados por empresas especializadas, que conseguiram recuperar toda a sua identidade original. A pormenorização meticulosa foi estudada para destacar a decoração luxuosa e majestosa do palácio. O restaurante teve uma duração de recuperação de nove meses. Este, nos dias de hoje, abre-se para a cidade como um museu sendo uma honra para a nossa cidade.

Hotel Palácio Cedofeita - Le Palais 967 616 638 (chamada para rede móvel nacional)

reservas@lepalais.pt • www.lepalais.pt


ARTIGO DE OPINIÃO

A IMPORTÂNCIA DO INTRAEMPREENDEDORISMO ACOMPANHAR AS TENDÊNCIAS DO MERCADO Vivemos na era da energia inesgotável, da procura incessante e da ambição desmedida. Vivemos, enquanto protagonistas dos novos tempos, num estado de profunda curiosidade, inconformidade e criatividade. Desta sinergia apenas pode surgir algo que suprima, eminentemente, as necessidades crescentes do mercado atual: o intraempreendedorismo. Assente no enorme apetite pelo saber e pelo fazer, esta prática tem vindo a ganhar espaço no panorama laboral por permitir, às mais distintas organizações, a possibilidade de inovarem e de se reinventarem, a partir de dentro. É no seio do mercado que surge o desafio e é na quebra de padrões, na criação de valor e na resiliência que as empresas, através deste fenómeno, iniciam um conjunto de transformações vigorosas. No âmbito da digitalização, podemos olhar para o intraempreendedorismo como um auxílio que fomenta a otimização de processos, o alcance de novos mercados e a inovação naqueles que já existem e que já se encontram sedimentados. As tecnologias digitais, enquanto tendência crucial da atualidade, elevam as capacidades internas da organização e são aprimoradas pelo carácter inovador da mesma. Assim, analisamos e verificamos o intraempreendedorismo como uma ferramenta que veio criar oportunidades, cada vez mais diversificadas, de aprendizagem e implementação das novas tecnologias às empresas. Na verdade, de forma indiscutível, o ano de 2023 abriu caminho para a inovação de processos, para a resolução de problemas internos e para a adaptabilidade à mudança, o que criou casos de vantagens competitivas por parte de diferentes organizações. Por outro lado, assistimos a uma tendência de crescimento sustentável e estruturado das empresas, através do reforço de perfis transformadores que estimulam novas estratégias, novos produtos e novos percursos. Encontramos uma valorização crescente do mote da sustentabilidade e entendemos este fenómeno como uma clara adaptação das instituições às necessidades dos novos tempos. O que une a inovação à responsabilidade social é a urgência de ambas as matérias. Foi nesta aliança que algumas organizações encontraram a sua vantagem e foi do intraempreendedorismo que muitas ideias

surgiram. A par desta tendência, observamos a constante elevação dos padrões de consumo, o que suscita a necessidade de ajustamento por parte das empresas. Coincidir com as expectativas dos consumidores levou a um foco emergente nas experiências de cliente personalizadas, o que só é alcançado com a capacidade de adaptabilidade do funcionário, assente no intraempreendedorismo. Sem trabalhadores empreendedores, não existiriam tantos fenómenos atuais que deram espaço a processos e funcionalidades internas otimizadas. Este colaborador diligente encara as dificuldades como momentos de aprendizagem, com um sentido de oportunidade extremamente apurado. Replicando estes valores aos restantes funcionários de uma empresa, aprimoramos o desenvolvimento de talentos, incentivamos a diversificação das experiências de cada equipa de trabalho e renovamos o funcionamento das mesmas. Ser empreendedor, nos dias de hoje, carrega um risco que apenas os audazes estão preparados para correr. Neste sentido, podemos descrever 2023 como arrojado nos desafios colocados e triunfante para quem decidiu arriscar no seio das empresas. Deste modo, o intraempreendedorismo é também visível naquilo que é ser um IJC’iano. É ser destemido, disruptivo e inovador. É gerar impacto e procurar melhorar, todos os dias, o futuro da Consultoria, enquanto acreditamos que mudamos o futuro de todos nós, jovens. A recorrente apresentação de propostas inovadoras, os crescentes desafios colocados aos membros e o desejo de permanente desenvolvimento e crescimento contribui para uma Júnior Empresa que prova que trabalhadores conhecedores são trabalhadores mais capazes. A Iscte Junior Consulting tem como motor cada jovem curioso e destemido que em nela entra, aprende e vive. É uma incubadora de intraempreendedorismo e, mais do que isso, alimenta-se dele para garantir que a ambição será, um dia, proporcional à nossa ação.

Inês Gomes e João Amorim, Iscte Junior Consulting

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BRANDS POWER | AZORES TRAIL RUN

Créditos Foto: Pedro Silva

Créditos Foto: Pedro Silva

VALORIZAÇÃO DA NATUREZA, DO DESPORTO E DA CULTURA AÇORIANA A distinção com o Prémio Nacional de Turismo Inovador em 2023 foi o mote para a conversa com Mário Leal, Coordenador Geral do Ultra Blue Island ® by Azores Trail Run®, que salientou a sua importância como reconhecimento do empenho em organizar um evento que evidencia o desporto e valoriza a ilha do Faial como um destino turístico de excelência. A Azores Trail Run® é uma organização que realiza eventos de Trail Running nas Ilhas dos Açores há dez anos. Que balanço faz deste percurso e que objetivos assume? Ao longo de dez anos, a Azores Trail Run® passou de um grupo de entusiastas para uma marca reconhecida internacionalmente, em grande parte devido à nossa dedicação e esforço em divulgar e promover. Atraímos milhares de participantes globalmente, impactando positivamente o turismo de outdoor e a economia dos Açores. Superamos desafios logísticos e da natureza com o apoio de toda comunidade. Comprometidos com o turismo sustentável e a preservação da natureza, planeamos expandir a nossa presença internacional, mantendo a cultura e beleza natural açorianas. Este sucesso reflete a nossa capacidade de inovação e celebração do espírito dos Açores, atraindo entusiastas do trail running de todo o mundo. O evento Ultra Blue Island® by Azores Trail Run®, realizado todos os anos, no primeiro fim de semana de maio, na ilha açoriana do Faial, conquistou, em 2023, o prémio Turismo Inovador. O que representa esta distinção e qual o impacto que esta tem? Ser distinguido com o Prémio Nacional de Turismo Inovador em 2023 foi uma honra extraordinária para o Azores Trail Run®. Esta distinção simboliza o reconhecimento do nosso empenho em organizar um evento que não só evidencia o desporto, mas também valoriza a ilha do Faial como um destino turístico de excelência. Este galardão reflete o nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade no turismo. Como resultado, poderá potenciar significativamente a visibilidade do nosso evento e da ilha, captando maior atenção para as maravilhas naturais e culturais dos Açores, impulsionando o turismo local e contribuindo para o crescimento económico da região.

Créditos Foto: Pedro Silva

Créditos Foto: Susana Luzir 56 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


AZORES TRAIL RUN | BRANDS POWER

Como caracteriza este evento e em que consiste concretamente? Qual a sua importância para a região e para a economia local e regional? Como avalia a participação no evento? Contam com muitos participantes estrangeiros? O Ultra Blue Island®, realizado anualmente no Faial, é mais do que uma corrida de trail running, é uma valorização da natureza, do desporto e da cultura açoriana. O evento é notável pela sua variedade de percursos, que atraem participantes de todo o mundo, refletindo o seu prestígio. A importância deste evento para a região é muito significativa, pois tem um impacto significativo na economia local e regional. Contribui para o aumento do turismo e melhora a visibilidade internacional do Faial, trazendo benefícios económicos sustentáveis, sendo apoiado pelo Governo dos Açores e pelo Município da Horta. A participação de corredores estrangeiros tem crescido constantemente, evidenciando a crescente atração e reputação do Ultra Blue Island® no seio do trail running mundial. Esta procura pelos participantes internacionais não só enriquece a experiência de quem participa no evento, mas também fortalece as relações culturais e económicas entre os Açores e o resto do mundo. Com percursos para todos os níveis, o evento oferece uma experiência única em paisagens deslumbrantes. Esta é também uma forma de incentivar a relação do Homem com a paisagem e com a Natureza? O Ultra Blue Island®, é constituído por caminhos antigos, outrora utilizados pelas gentes do Faial e ainda presentes na memória dos mais velhos. Assim, promove-se a cultura, conservação da natureza, bio e geo diversidade. Estes são acessíveis a todos os corredores, independentemente da sua experiência. Este design inclusivo não é apenas uma forma de desfrutar do desporto, mas também uma poderosa

ferramenta para estimular a conexão entre as pessoas e a natureza. Estamos comprometidos em promover a consciência ambiental, incentivando os participantes a interagir com o ambiente de maneira responsável. Ao participar do nosso evento, os corredores vivenciam uma relação única com o meio ambiente, destacando a beleza natural dos Açores e reforçando a importância da conservação e do turismo responsável. Esta experiência não só celebra o esplendor do arquipélago, mas também constrói uma ligação profunda e duradoura entre as pessoas e a magnífica natureza da região. Que outros eventos são desenvolvidos e organizados pela Azores Trail Run®? Quais as suas principais características, conceitos e público-alvo? Na Azores Trail Run®, além do emblemático Ultra Blue Island®, temos o orgulho de organizar uma variedade de outros eventos (já organizámos eventos em oito ilhas), cada um com sua própria identidade e charme. Entre eles, destaca-se o Triangle Adventure Trail, uma corrida desafiadora de vários dias que percorre as ilhas do Pico, São Jorge e Faial. Este evento particularmente imersivo mistura a exigência física do trail running com a oportunidade de explorar e apreciar a cultura e natureza únicas destas ilhas, atraindo um público diversificado que vai desde corredores experientes até famílias em busca de aventura. Todos os nossos eventos compartilham um objetivo comum: celebrar a beleza natural dos Açores e promover o trail running como um desporto acessível e envolvente. Com isso, conseguimos não só proporcionar experiências memoráveis aos participantes, mas também impulsionar a economia local e valorizar o património natural e cultural do arquipélago. Os diversos eventos organizados pelo Azores Trail Run® podem contribuir para estimular a cultura, o património, as tradições e a gastronomia locais e contribuir para minimizar da sazonalidade turística? Que mensagem gostaria de deixar para incentivar as pessoas a conhecer e, eventualmente, participar neste tipo de eventos? A Azores Trail Run® desempenha um papel crucial na valorização da cultura, património, tradições e gastronomia açorianas. Por meio dos nossos variados eventos, como o destacado Triangle Adventure Trail, proporcionamos uma plataforma única para explorar e celebrar a riqueza cultural e natural das ilhas do Pico, São Jorge e Faial. Estes eventos não só oferecem desafios físicos e experiências imersivas na cultura e na natureza local, mas também contribuem significativamente para minimizar a sazonalidade turística, atraindo visitantes durante todo o ano. O nosso objetivo é promover um equilíbrio sustentável no turismo, destacando as maravilhas dos Açores de uma forma autêntica e envolvente. Convidamos a todos, seja como participantes ativos ou como espectadores, a explorar a beleza única dos Açores, vivenciando as nossas tradições, saboreando a nossa gastronomia e participando nos nossos emocionantes eventos de trail running. É uma oportunidade imperdível de se conectar com a essência dos Açores e criar memórias inesquecíveis.

info@azorestrailrun.com www.azorestrailrun.com

Mário Leal, Coordenador Geral Créditos foto: Gonçalo Santos

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O PARCEIRO IDEAL PARA TODAS AS HORAS O extenso know-how somado à capacidade de inovação constante, destacam a JLimão no mercado, como nos conta, o CEO, João Limão, em entrevista, sublinhando a ambição de ser uma referência nacional e europeia, com foco nos fatores ESG (Enviromental, Social and Governance). Como surgiu a JLimão? Como se estabeleceu e se posiciona no mercado de gestão de paletes? A JLimão nasce de uma pequena aventura em que João Limão aos seus 19 anos teve de decidir entre seguir os seus estudos, e ir para a faculdade ou iniciar o projeto da JLimão vindo com uma pequena herança do seu pai que iniciou o negócio das paletes como hobby, havendo em 2010 um volume de 2000 paletes/mês e apenas um funcionário. Com muitos altos e baixos, próprios das conjunturas económicas, e alguma falta de experiência deste jovem empreendedor, a empresa conseguiu assumir-se no mercado da compra e venda de paletes, como um dos principais players nacionais. Neste momento, a JLimão conta com um volume de 2000 paletes por dia e cerca de 35 funcionários. Com este crescimento, queremos solidificar a nossa posição no mercado, enquanto empresa inovadora e de referência no mercado nacional de gestão de paletes, estamos já a desenvolver ações específicas para a nossa internacionalização, que por questões logísticas, iremos alavancar inicialmente na Europa Ocidental. A empresa destaca-se no mercado devido ao know-how e à capacidade de inovação constante. Quais as inovações recentes ou estratégias que distinguem a JLimão? Além de desenvolvermos soluções ajustadas a cada cliente e conforme as especificidades da cadeia de abastecimento, onde os nossos clientes e parceiros se posicionam, temos um leque de soluções mais estandardizadas, tais como recuperação, aluguer, logística inversa fugindo um pouco da tradicional compra e venda que o nosso setor oferece. Estamos também a apostar em fabricação de paletes e outras embalagens customizadas com madeira provenientes de outras embalagens. Temos muito foco no nosso dia a dia em soluções sustentáveis para o meio ambiente, numa perspetiva de economia circular, e ainda conseguimos oferecer um produto mais económico, mas com a mesma funcionalidade. Trabalhamos também com elevados stocks de forma a fazermos entregas just in time. Compra, venda, aluguer, reparação, logística inversa e transporte próprio são alguns dos serviços oferecidos. De que forma a J Limão aborda a gestão logística completa, desde a compra até à reciclagem e entrega, e como isso beneficia os clientes? Tentamos ser o parceiro ideal para todas as horas, necessidades e realidade operacional de cada cliente. Não impomos o nosso modelo. Através de escuta ativa e partilha de informação entre os nossos clientes e os nosso departamento comercial e operacional, ajustamo-nos a qualquer realidade de cada cliente. Quer seja a venda de paletes para a sua operação quer seja compra das paletes danificadas que resultam da sua operação. Recuperamos as paletes do pool próprio dos nossos clientes para que não necessitem de comprar novas paletes. Noutras

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João Limão, CEO

situações, implementamos soluções de aluguer sazonal ou regular, para mitigar os investimentos ou a capacidade de investimento dos nossos clientes, em termos monetários nas suas operações ou crescimento. Ao não terem que alocar grandes montantes à aquisição de stocks de paletes, damos a possibilidade aos nossos clientes de investirem noutras áreas. Enquanto especialistas em logística inversa de diversas embalagens, desde a recolha em distribuidores à reparação, higienização, ou outras ações para viabilizar a reutilização da embalagem, cobrimos com grande amplitude as necessidades dos nossos clientes. Investimos em frota própria para podermos fazer as entregas e recolhas o mais rápido possível sem dependermos de terceiros. Olhando para o futuro da gestão de paletes e embalagens, qual a perspetiva e objetivos da JLimão? Numa perspetiva de futuro, a nível de instalações prevemos alargar a zona de armazenamento de 50.000 paletes para 75.000 e tencionamos automatizar diversos processos, de forma a termos custos mais baixos para benefício dos nossos clientes e alavancar o nosso crescimento. Queremos também em termos estratégicos, priorizar o crescimento e desenvolvimento da nossa rede europeia de parceiros para conseguirmos ser abrangentes em toda a Europa Ocidental. Acreditamos que com reduções de custos nas embalagens que os nossos clientes têm vindo a beneficiar, estamos a impactar o crescimento dessas empresas. E devido ao facto de queremos ser uma referência nacional, e porque não europeia, focarmo-nos muito nos fatores ESG (Enviromental, Social and Governance). Não basta sermos uma empresa que apresenta bons resultados ano após ano. Temos que ser uma referência ao nível ambiental, com as melhores práticas e responsabilidades na área, daí o foco em economia circular, redução da pegada ecológica através da otimização dos fluxos logísticos. A nível social, temos atualmente cerca 35 trabalhadores e famílias que dependem da atividade desta empresa. Isto é uma enorme responsabilidade para nós, mas também queremos apostar no desenvolvimento pessoal e profissional de cada trabalhador. Ao nível do Governance, queremos liderar pelo exemplo, sermos uma empresa de boas práticas, desde a gestão de topo, porque acreditamos que é através do exemplo que podemos liderar.

Estrada Malhada dos Carrascos Nº 101, 2135-061 Samora Correia 263 103 027

(chamada para rede fixa nacional)

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 59 Fotografia de @filipefilm


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