Revista Business Portugal - Maio 2024

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YVES ROCHER LÍDERES E EMPRESÁRIAS ESCOLHA DO CONSUMIDOR E PRODUTO DO ANO 2024 SAÚDE E CIÊNCIAS DA VIDA SETÚBAL EMPREENDEDOR
Claudete Teixeira, Advogada
SER MULHER NO MUNDO DO DIREITO

ÍNDICE

3. Índice

Nota de boas vindas...

4. Claudete Teixeira

Ser mulher no mundo do direito

6. Ordem dos Advogados

Advocacia - o parceiro imprescindível

14. Líderes e Empresárias de Sucesso

15. Yves Rocher

Yves Rocher reforça aposta em Portugal e lança modelo de afiliação para conquistar ainda mais clientes

19. Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade

20. LG

Nova gama LG gram chega a Portugal

25. Samsung “Uma ligação direta da Samsung ao Futuro”

28. CHEP

CHEP: Tecnologia e Inovação direcionam o futuro

32. Escolha do Consumidor e Produto do Ano 2024

35. Continente Online Melhor experiência de compra, mais personalização e maior oferta

40. Heinz Heinz arrecada distinção dos consumidores portugueses

42. Ensino Superior

43. Nova SBE Uma escola aberta para o mundo

47. Saúde e Ciências da Vida

48. URSAPHARM 50 Anos Ursapharm

66. Setúbal Empreendedor

67. BFood BFood aposta na promoção de um estilo de vida saudável

82. Brands Power

86. Atelier Big Arquitetos A ligação simbiótica entre Arquiteto, Cliente e Lugar

97. Neutralidade Climática

98. CM Guimarães Guimarães: rumo à neutralidade climática

100. Empresas com História

101. Avibom “Os 50 anos da história da Avibom, são 50 anos de sucesso”

Nota de boas-vindas...

No cenário da economia global, as empresas são os motores que impulsionam o progresso, e os empresários são os engenheiros que os operam com maestria. Por trás de cada empresa de sucesso está a história de um visionário audacioso, um indivíduo com coragem para sonhar e determinação para transformar esses sonhos em realidade. Os empresários são os pioneiros da inovação, desbravando novos territórios e desafiando as fronteiras do desconhecido. Com criatividade e resiliência, transformam ideias em empresas e empresas em legados duradouros.

No centro de cada empresa de sucesso está uma cultura de excelência, alimentada pela paixão e pelo compromisso dos seus líderes, uma vez que entendem que o verdadeiro poder de uma empresa reside na sua capacidade de unir pessoas em torno de uma visão compartilhada.

Nesta edição, mergulhamos no universo empresarial para descobrir as histórias inspiradoras por trás das organizações que estão a impulsionar o futuro com inovação e resiliência. De startups até empresas consolidadas, cada organização tem uma narrativa única a compartilhar, refletindo os desafios enfrentados, as conquistas alcançadas e os sonhos que as impulsionam para frente, e todas elas oferecem insights valiosos sobre a resiliência empresarial e a capacidade de adaptação num mundo em constante mudança.

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Sede: Av. República 2208, 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@ revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/ estatuto-editorial Periodicidade: Mensal - Maio 2024 Tiragem Média: 20.000 exemplares

Maio 2024

Quem é Claudete Teixeira? Porque valores se norteia?

A tentação é começar por dizer que sou advogada e, realmente, eu passo grande parte da minha vida a ser advogada, mas acho sinceramente que a nossa profissão não é o que nos define enquanto pessoas, ou pelo menos não é só isso. A nossa profissão é o nosso trabalho. O que nós somos é outra coisa. Eu sou uma imensidão de coisas, sou mulher, sou mãe, já fui mãe solteira, sou casada, já fui divorciada, sou trabalhadora (desde os 16 anos de idade), tento ser desportista, sou pessoa, identifico-me como uma boa pessoa, e identifico-me com os valores cristãos, que são os que tento passar aos meus filhos.

SER MULHER NO MUNDO DO DIREITO

Autêntica, determinada e detentora de uma forte inteligência emocional, assim é Claudete Teixeira. Uma mulher motivada pela paixão à profissão, à família e aos seus sonhos. Um exemplo inspirador de empreendedorismo e de liderança no feminino. Em entrevista à Revista Business Portugal, Claudete Teixeira, dá a conhecer o seu mundo e a sua essência, partilhando insights valiosos sobre o equilíbrio entre a esfera pessoal, social e profissional, os desafios vividos pelas advogadas portuguesas, e a importância do foco, rigor e competência no desenvolvimento do trabalho jurídico.

Mulher, advogada, empresária e empreendedora, é também mãe de três filhos. Como consegue criar um equilíbrio entre a esfera pessoal e profissional?

O equilíbrio não é fácil, porque quando se atinge um determinado patamar de responsabilidade profissional, o peso dessa responsabilidade e a necessidade de manter o rigor e a eficiência no trabalho que produzimos é de tal modo avassalador, que nos consome uma fatia muito considerável de tempo. Mas tem de se ir equilibrando o tempo, de modo a pender mais para um lado ou para o outro em função das necessidades. Faço questão de estar presente em todos os momentos importantes da vida dos meus filhos, e quando estou com

ADVOCACIA | CLAUDETE TEIXEIRA ADVOGADOS
Claudete Teixeira, Advogada

eles faço por estar mesmo presente. Há dias em que chego tarde a casa, mas no tempo que tenho para estar com eles estou-lhes dedicada e tenho de dar a cada um o seu momento. Mas não é fácil ser mãe e ter uma vida profissional exigente. O que acontece, muitas vezes, é que o que fica para trás é o tempo para nós mesmas, que também é muito necessário.

Esse equilíbrio é mais difícil por ser advogada?

Acredito que sim. Isto porque as advogadas portuguesas não têm direitos sociais básicos como a proteção na maternidade, assistência à família, proteção na doença, ou outros.

Os advogados e solicitadores portugueses são obrigados a descontar para uma caixa de previdência privada, a CPAS, que não nos garante os mesmos direitos sociais disponíveis para os trabalhadores independentes. Esta é uma situação que tem vido a ser alvo de denúncia e grande contestação por parte dos advogados, mas o Estado Português tem mostrado indiferença para o facto de não termos direitos sociais nenhuns, o que é incompreensível. Não é admissível que as crianças que são filhos de advogadas não tenham direito a ter uma mãe em dedicação exclusiva, nem mesmo quando acabam de nascer. Não é admissível que as advogadas portuguesas tenham de levar o computador portátil para a maternidade, tenham de cumprir prazos enquanto amamentam recém-nascidos de duas em duas horas, de dia e de noite ou tenham de fazer julgamentos quando têm bebés de um ou dois meses de vida. Isto não são meras hipóteses académicas, aconteceu comigo e acontece com muitas advogadas.

Como define o seu percurso académico e profissional? Sempre quis ser advogada? Para si um bom advogado (a) deve ser…?

Eu sempre quis ser advogada. Tirei o curso na Faculdade de Direito de Lisboa, curso 1995-2000, e, de lá para cá, frequentei várias pós-graduações, para aprofundar os meus conhecimentos, com

especial foco na área do direito civil, direito da família e sucessões e, mais recentemente, no direito do trabalho. Há alguns anos, abri o meu próprio escritório de advogados e trabalho com uma equipa de profissionais de muito mérito. Penso que um bom advogado é feito de um conjunto de elementos, mas o básico é ter bons conhecimentos técnicos, um grande sentido de responsabilidade para com o cliente e para com o processo, e estar presente, dar as respostas quando elas são precisas.

É preciso ter presente que nenhuma carreira se constrói de cima para baixo.

O meu conselho é que mantenham o foco em aprender e sejam rigorosos e competentes no trabalho que desenvolverem, porque acredito que o resto vem por acréscimo

No dia 19 de maio celebra-se o Dia do Advogado, neste contexto, que mensagem gostaria de deixar a um jovem advogado (a) que almeja construir um trilho de sucesso como o seu?

O sucesso é uma questão muito pessoal. Cada um estabelece os seus próprios objetivos e sente-o à sua maneira. O início da profissão é extremamente difícil, especialmente para quem começa como profissional liberal e sem rede, como foi o meu caso. Fiz um estágio não remunerado e findo estágio não havia condições para abrir um escritório nem havia clientes. No início tive de manter outras atividades profissionais em part-time para conseguir realizar o sonho de ser advogada. É preciso ter presente que nenhuma carreira se constrói de cima para baixo. O meu conselho é que mantenham o foco em aprender e sejam rigorosos e competentes no trabalho que desenvolverem, porque acredito que o resto vem por acréscimo. Se queremos ser competentes na nossa profissão, e ser reconhecidos por isso, não podemos sê-lo só às vezes. Quando iniciei a minha carreira, a maior parte do trabalho que tinha vinha dos patrocínios oficiosos e sempre tratei essas pessoas, e esses processos, com a mesma dedicação e profissionalismo que dedicava aos outros clientes.

Há muito boas advogadas e bons advogados pelo país inteiro e a riqueza e importância desta advocacia não pode, nem deve, perder-se.

5 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL CLAUDETE TEIXEIRA ADVOGADOS | ADVOCACIA
www.claudeteteixeira.com

ADVOCACIA –O PARCEIRO IMPRESCINDÍVEL

Nos últimos anos, o panorama empresarial europeu (e por inerência o português) tem sido marcado por um crescente número de exigências legais e regulamentares, e por uma mudança de paradigma que transfere para as empresas a responsabilidade da sua autorregulação em vários aspetos.

As empresas enfrentam um ambiente regulatório complexo e em constante evolução, que vai desde o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) até ao Regime Geral da Prevenção de Corrupção, passando pelas regras de branqueamento de capitais, juntamente com as exigências em termos de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG), sem esquecer a constante alteração da legislação laboral e as regras próprias de cada setor.

Em paralelo, há uma maior exigência de conformidade ética e legal por parte de todos os stakeholders, particularmente o consumidor/ cliente, cada vez mais atento ao modo como as empresas prosseguem a sua actividade, fazendo depender a sua escolha dessa avaliação. A implementação de políticas internas, regulamentos, códigos de conduta, planos de prevenção, canais de denúncia, a regulação do assédio, a elaboração de contratos cada vez mais complexos e a adoção de uma postura de prevenção do conflito, tornaram-se necessidades imperativas para todas as empresas, particularmente as que operam na União Europeia. Contudo, transitar por este labirinto legal requer um conhecimento especializado e uma compreensão profunda das leis e regulamentações aplicáveis, e também das suas implicações práticas. É aqui que entra o papel crucial do/a Advogado/a.

A presença constante de Advogados/as nas empresas tornou-se não apenas importante, mas essencial para garantir a conformidade legal das mesmas, proteger a sua reputação e, de um modo geral, contribuir para o seu sucesso.

A Advocacia é a profissão mais bem preparada para lidar com os desafios legais enfrentados pelas empresas atualmente. A

formação e experiência dos/as Advogados/as permite-lhes não só redigir documentos jurídicos complexos, mas também entender a aplicação prática desses instrumentos no contexto empresarial, conferindo-lhes uma visão holística do sistema jurídico e judicial.

Neste novo panorama, não é admissível nem aconselhável que as empresas continuem a repetir erros de outrora, atribuindo este tipo de tarefas a profissionais de outros ramos ou a colaboradores sem a qualificação necessária, com fundamento em meros critérios económicos, de conforto ou de conveniência. As consequências da inconformidade legal são cada vez mais gravosas a todos os níveis, e o risco supera em larga escala qualquer eventual benefício.

Assim, seja na modalidade in house, seja através de contrato de avença ou outra forma que as partes entendam acordar, a presença permanente ou frequente de Advogados/as nas empresas e o recurso a serviços jurídicos têm de ser encarados como um investimento prioritário e essencial.

Independentemente da sua dimensão, é fundamental que as empresas criem a cultura de ter na Advocacia um parceiro constante e imprescindível, que garante, que aconselha, que dá segurança, e que auxilia na tomada de decisão.

A contratação de Advogados/as não é apenas uma medida de conformidade, mas também uma estratégia de negócios inteligente que ajudará as empresas a prosperar num ambiente empresarial cada vez mais desafiador e complexo.

Fernanda de Almeida Pinheiro Bastonária da Ordem dos Advogados

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 6 ARTIGO DE OPINIÃO | ORDEM DOS ADVOGADOS

“A BEM DA VERTICALIDADE”

As decisões judiciais afetam todos os cidadãos desde que caiam na sua alçada, independentemente da sua profissão e do seu estatuto social.

Durante anos a fio habituámo-nos a constatar que os crimes de colarinho branco eram quase que inatingíveis, devido às pessoas envolvidas e ao tipo de crime ser de difícil prova.

Atualmente, devido aos meios informáticos, ao cruzamento de informação e sendo a informação no mundo atual mais acessível, tudo se alterou, como aliás noutros domínios da vida.

Portugal, por ser membro de pleno direito da Comunidade Europeia, tem a obrigação de combater de uma forma sistemática os crimes de colarinho branco, havendo para tanto até formas de comparar com os outros países.

A Perceção da Corrupção (CPI), que foi criado pela Transparency International, onde Portugal está na posição 34º num total de 180 países no presente ano. Um dos maiores muros ou

impedimentos naturais que se coloca à investigação da corrupção por parte da PJ prende-se com a inexistência de vítimas, ou seja, pessoas que denunciem os factos.

As pessoas que têm conhecimento direto dos factos, geralmente, são aquelas que com ela beneficiam não tendo qualquer benefício em denunciar os factos, aliás o seu desejo será sempre em ocultar e desmentir as provas.

Conhecedores desta enorme dificuldade, a Lei n.º 5/2002, de 11 de janeiro, na sua versão atualizada – 12ª versão (Lei n.º 2/2023, de 16/01), ao catalogar a corrupção, como criminalidade organizada, estabeleceu um regime especial de recolha de prova, podendo a investigação criminal quebrar, entre outros, o segredo profissional e o sigilo bancário.

O combate à corrupção visa sobremaneira preservar a integridade do exercício das altas funções públicas, como sejam os cargos de Presidência da República, de Primeiro-Ministro, os diversos membros do Governo, os Presidentes das Autarquias, entre outros.

A par deste constante controle judicial e de investigação criminal, existe um outro controle efetuado pela Sociedade Civil na Política e nos Políticos.

Quando existe uma suspeita fundamentada de um processo-crime pendente ou a constituição de arguido de um político, a pessoa em causa que exerce as supramencionadas funções, por pressão social e dos congéneres políticos colegas de partido pressionam para apresentar a sua demissão de imediato até que tudo se esclareça.

O processo judicial não o obriga, mas a sociedade civil não tolera políticos corruptos.

Assim, a pressão é de tal forma que regra geral os políticos apresentam a demissão.

A bem da verticalidade.

7 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL ANTÓNIO FALÉ DE CARVALHO ADVOGADOS | ADVOCACIA
www.advogado-criminal.pt falecarvalhoadvogados@gmail.com 939 429 672 (chamada para rede móvel nacional)
António Falé de Carvalho, Advogado Criminal

UM OLHAR SOBRE OS DESAFIOS DOS IMIGRANTES EM PORTUGAL

Em entrevista à Revista Business, a Advogada Vanessa Navarro partilha esclarecimentos valiosos sobre os desafios enfrentados pelos imigrantes que vivem no nosso país, devido à paralisação dos processos de renovação de títulos de residência e outras questões burocráticas.

Como especialista em Direito Imigratório, como é que avalia a situação atual da Agência para Integração Migração e Asilo em Portugal, considerando os desafios enfrentados pelos imigrantes devido à paralisação dos processos de renovação de títulos de residência e outras questões burocráticas?

A AIMA foi criada com a proposta de solucionar diversos problemas deixados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, sendo o principal deles a longa espera dos imigrantes pelo Título de Residência, agravado pela Pandemia da Covid-19. Embora, se tenha notícia de algumas medidas adotadas pelo Governo, através da Agência para Integração Migração e Asilo, para estruturar o sistema de análise dos pedidos de manifestações de interesse, na prática os problemas continuam. No dia 9 de maio, foi veiculada a notícia de que a AIMA vai criar uma plataforma para que os imigrantes com manifestações de interesse possam atualizar os seus documentos antes da entrevista nos balcões de atendimento, uma medida para iniciar os agendamentos em larga escala, com a finalidade de regularizar imigrantes que estão a espera de resposta da manifestação de interesse. Neste sentido, a Agência passou a notificar por email os candidatos ao título de residência com manifestações de interesse mais antigas, aqueles que estão há mais de dois anos à espera da análise do pedido.

A AIMA está a conceder um prazo de dez dias úteis para que os imigrantes paguem a taxa de emissão do cartão (autorização de residência), para só depois de processado o pagamento terem as entrevistas agendadas, isso se os documentos apresentados pelos requerentes estiverem em condições para a concessão do título, ou seja, o imigrante que já está em situação difícil ainda tem que conseguir dinheiro para pagar o cartão, sem ter a certeza de que irá receber o documento. À semelhança deste procedimento, há cerca

de dois meses, a Agência disponibilizou o Reagrupamento Familiar para crianças entre 5 e 15 anos, da mesma forma os imigrantes tiveram que pagar a taxa da emissão da autorização de residência e até hoje continuam sem agendamento. O que se vê é uma total falta de respeito para com os imigrantes, que vivem à espera de uma resposta da AIMA para poderem ter uma vida digna. Para quem não sabe sem o título de residência, o Imigrante não consegue ter vida normal no país, tem problemas para trabalhar, estudar, viajar, para terem acesso aos abonos concedidos pela Segurança Social, ou para ter livre acesso ao SNS. Trata-se de uma situação vergonhosa, que precisa de solução imediata, pois a forma como os imigrantes estão a ser tratados em Portugal é desumana e inaceitável.

Sabemos que milhares de imigrantes estão com os seus documentos de residência vencidos e enfrentam dificuldades para renová-los. Quais são as principais causas por trás dessa paralisação dos processos pela AIMA e como é que isso tem impacto na vida dos imigrantes?

Na minha ótica, o maior problema é a falta de recursos humanos suficiente, capaz de atender a demanda dos pedidos formulados pelos milhares de migrantes que chegam de forma irregular a Portugal. É inegável que o atraso na análise dos pedidos também se deve à Covid-19, quando o serviço do SEF ficou paralisado e os pedidos de manifestação de interesse foram acumulando sem resposta, gerando grave impacto na vida dos imigrantes, que sem título de residência não conseguem ter uma vida digna. É uma forma de escravidão, as pessoas gastam as suas economias para vir viver em Portugal, iludidos com a promessa de terem uma vida melhor, e ao chegar aqui passam por uma situação talvez mais difícil do que a que se encontravam no seu país de origem, sem emprego, sem apoio da família e de amigos. Diante desse caos, quando se espera da AIMA agilidade nos processos, constatamos que a preocupação do Governo está em salvaguardar o pagamento dos cartões, para depois disponibilizar datas para as entrevistas, isso é inadmissível, mas o fato é que neste momento quem puder pagar o cartão vai ter agendamento mais

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 8 ADVOCACIA | VN ADVOCACIA E CONSULTORIA
Vanessa Navarro, Advogada

rápido que outros que não podem pagar. Conforta-nos saber que foram assinados protocolos entre a AIMA e a Ordem dos Advogados e a Ordem dos Solicitadores, para a contratação de pessoal capacitado para trabalhar na Agência, porém não sabemos quando isso será colocado em prática. Neste contexto, o Tribunal Administrativo tem recebido diversas ações para cumprimento pela AIMA dos prazos da análise das manifestações de interesse e só através de decisão judicial estavam a conseguir agendamento. Ou seja, somente quem pode pagar um advogado está a conseguir ter agendamento à entrevista.

Enquanto isso, famílias inteiras vivem angustiadas, sem saber o que fazer. Esse cenário precisa mudar.

Além dos problemas enfrentados com a AIMA, também temos observado uma sobrecarga no Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), que tem assumido algumas responsabilidades relacionadas à imigração. Como é que essa sobrecarga tem afetado a eficiência dos processos de imigração em Portugal?

Com a criação da AIMA, algumas funções que antes eram concentradas no SEF, foram distribuídas entre a PJ, entre o IRN, e outros órgãos, que receberam funcionários públicos do SEF para trabalhar nas suas instalações, a fim de tratar de situações específicas, como por exemplo a Renovação Automática do Título de Residência.

Acredito que a sobrecarga talvez tenha ocorrido porque a plataforma criada para renovação dos títulos de residência não suporta a quantidade de acessos, devido ao número de imigrantes a tentar utilizar a plataforma ao mesmo tempo, imagino que isso possa ter causado um bloqueio, tanto que alguns imigrantes passaram a tentar a renovação pela plataforma do antigo SEF, que ainda existe e que às vezes processa um pedido ou outro.

Quais são as principais dificuldades que os imigrantes enfrentam ao lidar com a burocracia portuguesa para regularizar a sua situação no país? E quais seriam as possíveis soluções para agilizar esses processos e evitar situações de crise como a que estamos presenciar atualmente?

As dificuldades são diversas, mas a principal é conseguir todos documentos exigidos pelo Governo para comprovar que o imigrante tem condições de permanecer no país, entre esses documentos o mais difícil de conseguir é o Atestado de Residência, que é fornecido pela Junta de Freguesia. Para que a Junta forneça o documento, que não é gratuito, é necessário comprovar que o imigrante vive na freguesia, mas como a maioria vive em quartos, porque não conseguem alugar casa, devido a falta de casas a preços acessíveis, e também porque lhes são exigidos documentos que ainda não possuem, as Juntas de Freguesia não concedem o Atestado. A forma de suprir é o imigrante levar duas testemunhas, dois portugueses que vivam na mesma freguesia, para testemunhar que conhecem o cidadão e que ele vive no local indicado, e conseguir essas duas testemunhas para o imigrante é um grande problema. A consequência dessa burocracia é que muitos imigrantes tem sido enganados, pagam a pessoas para lhe concederem falsos Atestados, e assim vão vivendo, tentando vencer a burocracia. Entendo que se a entrada do imigrante passasse a ser

mais criteriosa, poucos viriam nas condições que têm vindo, ou seja, ilegalmente e com poucos recursos financeiros.

Diante do cenário caótico atual, com imigrantes a enfrentar incertezas em relação à manutenção dos seus empregos e à sua capacidade de circular entre Portugal e os seus países de origem, quais são as medidas urgentes que as autoridades portuguesas deveriam adotar para resolver esses problemas?

Em novembro de 2023, o Governo promulgou o Decreto-Lei nº. 109/2023, publicado no Diário da República nº. 228/2023, prorrogando diversos prazos que, alegando que a Pandemia da Covid-19 teve impacto significativo no atendimento público, o que resultou num aumento de pendencias em matéria de concessão e de renovação de autorizações de residência. Por esse motivo, e procurando também acautelar a transição de competências em matéria administrativa, no âmbito da reestruturação do sistema português de controlo de fronteiras, aprovada pela Lei nº. 73/2021, que originou a criação da AIMA, o Governo precisa prorrogar novamente o prazo dos documentos vencidos, inclusive a CPLP, e a segunda medida é punir empresas que demitam funcionários por estarem com os seus títulos vencidos, bem como permitir o acesso dessas pessoas nos Aeroportos, porque não conseguem viajar com os documentos vencidos.

Qual tem sido o papel do VN Advocacia e Consultoria para auxiliar os imigrantes que enfrentam essas dificuldades?

Estamos a orientar as pessoas a imprimir o Decreto-Lei e a andar com ele para mostrar caso sejam questionados em qualquer lugar, porque estão com os títulos vencidos, porque inevitavelmente se deparam com pessoas desinformadas que criam problemas.

Considerando o Dia do Advogado, que mensagem gostaria de transmitir aos imigrantes que estão a enfrentar dificuldades devido à situação atual e quais são as suas perspetivas para uma resolução satisfatória desse impasse?

A minha mensagem é para que não percam a esperança, uma vez que estão no país e que com certeza não foi fácil chegar até aqui, que continuem a acreditar que a situação vai melhorar, ainda que a longo prazo, com a contratação de Advogados e Solicitadores para analisar os processos. A tendência é que, nos próximos anos, os processos de regularização venham a ser mais céleres. Por fim, agradeço o convite da revista para falar de um tema tão atual, importante e relevante para a vida da sociedade portuguesa, especialmente quando estamos a comemorar o Dia do Advogado, é uma honra poder contribuir com esclarecimentos. E em defesa dos imigrantes, que são necessários para o país, contribuem com a sua força de trabalho e com os impostos, e por isso merecem respeito e dignidade para viver.

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“PROXIMIDADE CONSTANTE E TRANSPARÊNCIA COM O CLIENTE”

Proximidade constante com o cliente e transparência são os lemas que Cátia Neves Tavares defende como a chave do seu sucesso: “Tentamos sempre estar o mais próximo possível do nosso cliente e tratamos todos os casos com a máxima transparência”. Sendo líder de um projeto da dimensão do CNT Avocats, a nossa entrevistada refere que “o querer ser exemplo é a minha maior arma, faz-me querer ser melhor todos os dias”. Na sua ótica, para se atingir uma liderança de excelência os principais pontos são “a competência, a humildade e a empatia, de forma a conseguirmos sempre perceber o lado do outro”. Na CNT Avocats são fluentes nos idiomas inglês e francês, mas pelo facto da Cátia Neves Tavares ser de nacionalidade francesa e portuguesa, o escritório tem um profundo conhecimento no mercado francês, trabalham essencialmente na área do Direito Imobiliário, Societário, de Imigração, e Contencioso ligado a estas áreas. Operam maioritariamente, no mercado francófono, seguido do norte-americano (EUA e Canadá), países do médio-oriente e do mercado asiático.

A evolução do sexo feminino na Advocacia

A advocacia foi durante muitos anos vista como uma área maioritariamente de homens “nos dias de hoje já vemos uma grande mudança, por exemplo, antigamente víamos as turmas das áreas de direito com a maioria de alunos do sexo masculino, hoje já acontece o contrário”. A CEO da CNT Avocats refere que apesar das mudanças “infelizmente, nós mulheres, na advocacia, ainda sofremos muito devido à falta de direitos, no ponto de vista da maternidade, e isso é que lamento muito”. Quando esteve grávida, Cátia sentiu na primeira pessoa a falta de proteção, a injustiça no

A CNT Avocats prima pela excelência no aconselhamento jurídico especializado para clientes que desejam residir, trabalhar ou investir em Portugal. Com escritórios em Lisboa, Albufeira e Caldas da Rainha, a CNT Avocats é um gabinete de advogados especialista no mercado francófono. Numa conversa com a Revista Business Portugal, Cátia Tavares, Advogada e CEO, conta todos os desafios e vitórias desta jornada da CNT Avocats.

mundo da justiça, e percebeu que muitas vezes as próprias mulheres têm falta de sensibilidade e empatia umas com as outras. “A Ordem dos Advogados tem uma responsabilidade muito grande e ainda muito a fazer, de forma muito relevante, para proteger as mulheres advogadas. Em termos de baixa, não temos direito a nenhuma proteção. Recordo-me que apenas três semanas após ter dado à luz já estava a trabalhar. Há aqui uma grande desproteção da mulher quando ela trabalha por conta própria, e considero isso uma lacuna grave que espero que seja melhorada”. Na CNT Avocats, a equipa é composta maioritariamente por mulheres, “se olharmos para os associados das sociedades de advogados mais antigos, a grande maioria é composta por homens”. O Direito é, cada vez mais, uma área que atrai mulheres, mas segundo a nossa entrevistada “ainda há um longo caminho a trilhar, principalmente nas áreas em que nos focamos, como o caso do Direito Imobiliário e Empresarial, que ainda são explorados maioritariamente por homens”, revela, esperando que isso mude a breve trecho.

Com os olhos postos no futuro

Os objetivos da CEO para a CNT Avocats centram-se no crescimento “não de forma desmedida, mas num crescimento em que consigamos manter uma proximidade com o cliente”. Outro objetivo passa por constituir a sua própria sociedade de advogados em Portugal e expandir-se ainda mais a nível internacional. A CNT Avocats é uma marca, mas chegou o momento de ser muito mais. A CNT Avocats já se encontra com um plano em marcha para atingir os seus objetivos. Focada e determinada, Cátia Neves Tavares demonstra-se empenhada em fazer o seu gabinete crescer e destacar-se ainda mais no mercado em que está integrada.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 10 ADVOCACIA | CNT AVOCATS
Lisboa • Albufeira • Caldas da Rainha
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Cátia Tavares, Advogada e CEO

NA VANGUARDA DA ADVOCACIA

Rita Montalvão, Managing Partner RSA – Raposo Subtil e Associados, assume o foco da empresa em três áreas principais: inovação, formação de jovens advogados e aprimoramento contínuo da qualidade dos serviços oferecidos.

Desde a sua fundação em 1997, como é que a RSA – Raposo Subtil e Associados evoluiu para se tornar uma referência tanto a nível nacional como internacional em advocacia?

A RSA tem consistentemente aprimorado e expandido a sua atuação, tendo-se tornado uma referência no mercado jurídico tanto nacional quanto internacional. A nossa trajetória é marcada por um crescimento estratégico, adotando uma abordagem que combina rigor técnico com uma compreensão profunda das necessidades do cliente. Tendo por matriz a prestação de um serviço completo e integrado aos nossos clientes, contamos com uma equipa de mais de 60 advogados com atuação e experiência nas áreas do contencioso, arbitragem e consultoria e notória especialização no Direito Civil, Imobiliário, Compliance Bancário, Público, Comercial, Societário, M&A, Recuperação de Empresas e Insolvência. Cultivamos com os clientes relações de confiança e duradouras, pautadas na transparência e na ética em todas as interações. A nossa experiência é amplamente reconhecida, com uma equipa de profissionais altamente qualificados e dedicados a obter soluções criativas e inovadoras. Além disso, a RSA destaca-se pela partilha de conhecimento, não apenas internamente, mas também perante a comunidade jurídica e o público geral. Realizamos seminários, workshops e publicamos artigos, escrevemos livros técnicos e estudos que contribuem para o avanço do conhecimento jurídico, refletindo o nosso compromisso com a educação continuada e a inovação no campo do direito.

Como tem a RSA-LP contribuído para os objetivos da RSA e quais os principais fatores diferenciadores da RSA, no contexto da globalização e da era digital?

A “marca” RSA-LP, Rede de Serviços de Advocacia, criada em 2013, representa um marco inovador no setor jurídico português, ao estabelecer uma rede de colaboração em seis países lusófonos (Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Brasil e Cabo Verde). Foi uma decisão estratégica, deliberada, para aproveitar e aprofundar o nosso conhecimento das particularidades jurídicas, culturais e comerciais desses mercados, onde já vínhamos tendo alguma presença. Esta iniciativa tem sido fundamental para alcançar os objetivos da RSA, de oferecer serviços jurídicos de excelência internacional, permitindo-nos oferecer uma abordagem mais coordenada e integrada nas referidas jurisdições, com as melhores práticas jurídicas adaptadas às especificidades locais, e garantindo assim uma representação mais eficaz e eficiente para os nossos clientes à escala global. Oferecemos um serviço jurídico que combina expertise local com uma compreensão abrangente do contexto global. Isso é particularmente vantajoso num ambiente de negócios onde as fronteiras estão cada vez mais difusas e as operações transnacionais se tornam a norma. Investimos continuamente em ferramentas tecnológicas para melhorar a prestação de nossos serviços, na utilização de plataformas digitais, inteligência artificial e big data o que não apenas aumenta a eficiência dos nossos

processos, mas também aprofunda a nossa capacidade de análise e precisão nas estratégias legais que propomos entre todas as equipas da rede. Por fim, o nosso compromisso rigoroso com a excelência, reflete-se na nossa dedicação em atender e superar as expectativas dos clientes. A nossa responsabilidade perante os clientes e a sociedade em geral é uma pedra angular da nossa prática e é reforçada pelo nosso envolvimento proativo em questões de ética e compliance. Estes elementos não só nos distinguem num mercado cada vez mais competitivo, como também nos posicionam de forma ideal para enfrentar os desafios da globalização e da era digital, proporcionando aos nossos clientes soluções jurídicas que são inovadoras bem como adaptadas às suas necessidades específicas. A especialização geográfica e cultural (RSA-LP), diferencia-nos significativamente no cenário atual e sublinha a nossa liderança como uma sociedade de advogados verdadeiramente internacional e adaptada às necessidades de nossos clientes em países lusófonos.

Como está a RSA a planear posicionar-se para enfrentar os desafios futuros e capitalizar as oportunidades emergentes? Quais os objetivos estratégicos para os próximos anos, especialmente no que diz respeito à inovação, expansão geográfica e ao aprimoramento contínuo da qualidade dos serviços oferecidos?

Temos planeadas uma série de estratégias para posicionar a RSA de forma robusta perante os desafios futuros e capitalizar as oportunidades emergentes. Com o objetivo de continuar na vanguarda da advocacia, a nossa firma está focada em três áreas principais: inovação, formação de jovens advogados e aprimoramento contínuo da qualidade dos serviços oferecidos. No âmbito da inovação, estamos a investir significativamente em diversas ferramentas, que passam pela digitalização dos nossos serviços, adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, que nos permitirão aumentar a eficiência e a precisão no tratamento dos casos. No que se refere à formação dos jovens advogados, reconhecendo que o futuro da advocacia depende da preparação e do desenvolvimento contínuo das novas gerações de profissionais, a RSA está a investir em programas de formação e mentoria, que são desenhados não só para transmitir conhecimentos técnicos de alto nível, mas também para desenvolver habilidades práticas e éticas essenciais à prática jurídica moderna. Um reflexo da nossa visão de que os jovens advogados são o pilar central para a sustentabilidade e para o crescimento contínuo da nossa sociedade, permitindo-nos manter um padrão de excelência e inovação nos serviços que prestamos. Por fim, o aprimoramento contínuo da qualidade dos nossos serviços é um compromisso inabalável. Planeamos reforçar a formação contínua dos nossos colaboradores e melhorar os processos internos para assegurar que cada cliente receba uma assistência de máxima qualidade, eficácia e conformidade ética.

Rita Montalvão, Managing Partner

IMAGEM PROFISSIONAL.

A FERRAMENTA ESSENCIAL PARA FORTALECER E DIFERENCIAR A SUA MARCA PESSOAL

A sua Imagem Profissional é muito mais do que apenas uma questão de aparência, é uma poderosa ferramenta que pode impactar a sua carreira. Neste artigo, partilho como a sua Imagem Profissional pode ser a chave para transformar a sua carreira. As primeiras impressões podem moldar oportunidades e relações, como se apresenta ao mundo desempenha um papel fundamental na gestão da sua Marca Pessoal. Prepare-se para descobrir como investir na sua imagem pode ser o diferencial que impulsiona o seu sucesso.

Imagem Profissional. A sinfonia da Marca Pessoal. Na complexa pauta do mundo corporativo, a Imagem Profissional é uma melodia que toca alto, uma sinfonia envolvente que comunica

confiança, profissionalismo, diferenciação e autenticidade. Como um maestro habilidoso, um profissional consciente da importância da imagem afinará cada nota, cada gesto, para criar uma impressão memorável e impactante.

A Personalidade de Estilo.

A personalidade de estilo é a assinatura visual, uma expressão única da sua Marca Pessoal. Para todos os géneros existem quatro personalidades de estilo: natural, clássico, criativo, romântico e dramático. Provavelmente tem mais do que um estilo, e a beleza será mesmo a mistura sábia que abraça a sua individualidade e expressa a sua personalidade através das roupas que veste. Não há

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 12
PERSONAL BRANDING | RAQUEL SOARES

certo ou errado, há quem se identifique com a elegância clássica, optando por cortes impecáveis e cores sóbrias, enquanto outros preferem a ousadia contemporânea, incorporando padrões vibrantes e acessórios arrojados. Descobrir e abraçar a sua personalidade de estilo é essencial para criar uma imagem autêntica e coesa.

É importante lembrar que a escolha das cores deve ser feita com base na sua própria personalidade, preferências, no seu contexto profissional e no que quer comunicar

A Psicologia da Cor.

As cores que escolhe para vestir não devem ser selecionadas ao acaso, devem ser escolhidas com cuidado para comunicar mensagens específicas e influenciar a perceção dos outros. A cor possui duas dimensões distintas: a física e a emocional. Na dimensão física, consideramos o seu tom de pele, cor dos olhos e cabelo, enquanto na dimensão emocional, cada cor consegue provocar uma emoção tanto em si como naqueles ao seu redor. Além disso, é importante notar que as cores mais claras tendem a aproximar do seu interlocutor, enquanto as cores mais escuras tendem a criar uma sensação de distanciamento e autoridade. Vamos analisar algumas cores:

O azul transmite confiança, calma e serenidade. É uma escolha excelente para situações em que deseja transmitir uma imagem de confiança e estabilidade. Opte por tons de azul-escuro para um visual mais formal e autoritário, enquanto tons mais claros podem ser mais suaves e acolhedores. O azul é uma escolha segura e são vários os estudos que continuam a mostrar que é a cor mais popular.

O preto é a cor da elegância e da sofisticação. É uma escolha clássica para eventos formais e situações profissionais. O preto pode transmitir autoridade e poder, mas tenha cuidado para não parecer muito severo. Adicione acessórios ou detalhes em cores mais vibrantes para suavizar o visual, caso se essa a intenção.

O cinza é uma cor neutra que transmite profissionalismo e maturidade. Tons mais claros de cinza podem parecer mais suaves e acessíveis, enquanto tons mais escuros podem parecer mais formais e sérios.

O branco é a cor da pureza e da simplicidade. É uma escolha clássica, intemporal e versátil que pode ser combinada com quase todas as outras cores, tornando-o uma escolha popular para roupas básicas e acessórios.

O verde é a cor da natureza e da renovação. Transmite uma sensação de frescura, vitalidade e equilíbrio. Se é isto que quer comunicar, use e abuse!

O vermelho é a cor da paixão, energia e poder. É uma escolha ousada que pode chamar a atenção e transmitir confiança. Use

o vermelho com moderação e com cuidado, especialmente em situações profissionais, se for demasiado pode ser agressivo.

É importante lembrar que a escolha das cores deve ser feita com base na sua própria personalidade, preferências, no seu contexto profissional e no que quer comunicar. Experimente diferentes combinações de cores e observe como se sente em cada uma delas, a chave é encontrar um equilíbrio entre expressar a sua individualidade e transmitir uma imagem profissional e confiável.

Armário Profissional.

O seu armário deve ser mais do que uma simples coleção de roupas, e acredite que o menos é mais. É importante adaptar-se à cultura organizacional, eventos ou outros momentos profissionais, garantindo que a sua imagem seja apropriada e acima de tudo que represente quem é.

Um profissional que quer comunicar uma imagem consistente pode criar uma combinação específica e usar em todas as ocasiões profissionais. Isso significa escolher cores, cortes e estilos alinhados com a sua personalidade de estilo e a mensagem que deseja comunicar.

Crie no telemóvel um álbum de estilo para registar os seus looks favoritos e acompanhar a sua evolução ao longo do tempo. Isso pode ajudar a identificar padrões e fazer ajustes se necessário para manter uma imagem profissional consistente e autêntica.

Comunicação não verbal.

É a linguagem silenciosa da confiança, assim como uma melodia bem executada, a comunicação não verbal deve ser harmoniosa e impactante. Uma postura reta, o contacto visual firme e os gestos seguros comunicam poder e confiança, por outro lado, uma linguagem não verbal confusa pode enfraquecer até mesmo a mensagem mais persuasiva. Cada gesto, cada expressão facial, contribui para a narrativa visual que conta sobre si, ampliando a sua presença e influência.

Por exemplo, durante uma apresentação, pode adotar uma postura reta e manter contacto visual com a plateia para transmitir confiança e autoridade. Gestos subtis e expressões faciais confiantes podem reforçar a mensagem verbal e criar uma conexão mais forte com o público. Pratique técnicas de comunicação não verbal, como postura corporal e expressões faciais, em frente a um espelho para aumentar a sua consciência.

A Imagem Profissional é um caminho de autodescoberta e autenticidade, desde a escolha das cores que comunicam a sua essência até como se expressa através da linguagem não verbal, cada detalhe contribui para a narrativa visual que conta ao mundo. Espero que abrace a sua identidade, cultivar a sua confiança e autenticidade, e transmitir uma mensagem visual que inspire e conquiste. Com determinação, estilo e ousadia, pode alcançar os seus objetivos e deixar a sua imagem falar por si.

Inspire-se pela sua Marca Pessoal para transformar a sua carreira.

13 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL RAQUEL SOARES | PERSONAL BRANDING

LIDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

No mundo dos negócios, a liderança feminina desempenha um papel fundamental na promoção da inovação, no avanço da igualdade de género e a impulsionar o desenvolvimento económico.

As líderes não alcançam apenas o sucesso pessoal, mas também inspiram e capacitam outros a fazerem o mesmo. A liderança feminina é marcada pela competência, inteligência e habilidade de liderar com eficácia. Mulheres em posições de liderança trazem consigo uma diversidade de perspetivas, experiências e habilidades, o que enriquece e fortalece as organizações.

As líderes são frequentemente reconhecidas pela sua resiliência e determinação. Elas enfrentam obstáculos com criatividade, coragem e resiliência, abrindo caminho para novas soluções e oportunidades. A resiliência é uma característica fundamental da liderança feminina, impulsionada pela disposição de desafiar o status quo e procurar novos horizontes.

As líderes femininas não só alcançam o sucesso, mas também capacitam outras mulheres a seguirem os seus passos. Ao quebrar barreiras e desafiar estereótipos de género, elas abrem portas para futuras gerações. Inspirando-se umas às outras, as mulheres estão a redefinir o panorama empresarial, a promover a igualdade de género e a criar oportunidades para o sucesso de todas as mulheres. É hora de reconhecer, valorizar e promover a liderança feminina, capacitando as mulheres a alcançarem todo o seu potencial e construírem um futuro mais igualitário e próspero.

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YVES ROCHER REFORÇA APOSTA EM PORTUGAL

E LANÇA MODELO DE AFILIAÇÃO PARA CONQUISTAR AINDA MAIS CLIENTES

A propósito das mais recentes novidades no modelo de negócio da marca Yves Rocher, e da abertura de novos canais de consumo, entrevistámos Rita Reis, country manager da Yves Rocher Portugal.

Como é que descreveria a sua jornada profissional até se tornar country manager na Yves Rocher? Como é que essas experiências anteriores contribuíram para a sua trajetória de liderança no mundo corporativo?

Felizmente, o meu percurso profissional tem sido marcado por experiências no nosso país, mas também internacionais, tanto em empresas multinacionais como em start ups. Essas experiências foram fundamentais para me proporcionarem uma compreensão profunda do mercado e das necessidades dos clientes, além de desenvolverem as minhas skills de gestão e liderança.

Quando me foi apresentada a oportunidade de liderar a Yves Rocher Portugal, no início deste ano, fiquei muito contente e quis agarrá-la com todo o empenho, até porque já tenho uma ligação

à marca de mais de dez anos, conheço a empresa e a equipa, e a liderança tornou-se muito mais fácil e natural.

Num mercado em constante evolução, como é que mantém a sua equipa e organização alinhadas com as tendências e as exigências dos consumidores, enquanto promove uma cultura de inovação e empreendedorismo?

Na Yves Rocher, estamos continuamente a trabalhar para estarmos mais perto dos nossos consumidores e das suas expetativas, tanto ao nível da nossa proposta de produtos, através de um consumo de beleza sustentável, como da acessibilidade à nossa marca. Isso é alcançado através da promoção de uma cultura de aprendizagem contínua e desenvolvimento de novas soluções, onde fomentamos

LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | YVES ROCHER
Rita Reis, Country Manager

um ambiente onde os colaboradores se sintam capacitados para propor ideias e soluções. Consideramos que todos estes aspetos em conjunto fazem com que toda a equipa esteja sempre motivada e pronta para os desafios que, naturalmente, surgem no dia a dia de uma empresa.

Há dois anos, iniciámos um processo de transformação, onde facilitamos o contacto dos consumidores à marca: em primeiro lugar, com a ajuda constante da nossa rede de vendas, autênticos empreendedores; depois, através de ativações de marca em grandes superfícies, que permitem um contacto direto com os nossos produtos e, finalmente, através do e-commerce que lançámos recentemente.

Toda a equipa interna está focada e alinhada para o objetivo comum da Yves Rocher em Portugal: conquistar mais clientes! E só podemos fazê-lo através da transformação e inovação do nosso modelo de negócio.

Continuaremos a investir em pesquisa e desenvolvimento, a expandir e reforçar a nossa gama de produtos e a fortalecer o nosso relacionamento com os consumidores

Na sua opinião, qual é o papel das mulheres na liderança empresarial no século XXI e como é que acredita que essa dinâmica está a evoluir dentro de empresas multinacionais como a Yves Rocher?

Acredito que todos, homens e mulheres com consciência social, estão a trabalhar para que a liderança feminina seja naturalmente assumida e equitativa. Através do exemplo, da boa performance e da entrega de resultados, mulheres em cargos de liderança são portaestandarte desta igualdade para a qual estamos a tentar evoluir. A Yves Rocher, tanto a nível nacional como internacional, é uma empresa que sempre atribuiu cargos de liderança a mulheres capazes e onde a diversidade de género é, e sempre foi, uma realidade. Na Yves Rocher Portugal, 70% dos cargos de liderança são de mulheres e isso acontece há mais de 20 anos. Não se trata, portanto, de uma evolução, mas de algo que está adquirido na nossa empresa.

Na sua visão, quais são os principais desafios que o setor da beleza e cosméticos enfrenta na atualidade? E como é que a Yves Rocher se posiciona e se diferencia neste âmbito?

Em Portugal, os principais desafios do setor da beleza são: em primeiro lugar, um crescimento das marcas próprias em relação ao mercado mundial, que é bastante desafiante para o top 10 das marcas de beleza, onde nós estamos, e, depois, o acompanhamento dos comportamentos de compras dos nossos consumidores, que

estão a transitar dos canais tradicionais para o e-commerce e as demais plataformas digitais - canais em crescimento em Portugal. Para nos diferenciarmos, apresentamos uma proposta de valor relevante tanto ao nível do canal de compra como de produto. A eficácia dos produtos Yves Rocher, o nosso compromisso pioneiro com a natureza há mais de 60 anos, e o facto de sermos especialistas em cuidados da pele significa que conseguimos oferecer produtos e gestos de beleza que se coadunam com as tendências atuais e com aquilo que os nossos clientes procuram.

A Yves Rocher tem uma forte conexão com a natureza e a sustentabilidade. Como é que integra esses valores na sua estratégia de liderança e como eles influenciam as decisões que toma como country manager?

Esses são dois dos valores fundamentais da marca Yves Rocher e que estão impressos no nosso ADN. Estes valores são materializados em todas as nossas ações, tanto para os nossos clientes como para as nossas equipas. Assim, queremos que todos os nossos clientes sejam militantes destes valores através de um consumo de beleza e gestos sustentáveis, materializados nos nossos produtos desde a formulação até ao packaging, passando pelo sourcing das nossas matérias-primas, pelas ações de preservação da natureza e escolhas sustentáveis. Internamente, através de ações em prol do planeta, sensibilização e formações constantes e introdução de um indicador de sustentabilidade em todos os projetos que lançamos.

Sabemos que se encontram a trabalhar na evolução e inovação do vosso modelo de negócio, bem como na abertura de novos canais em Portugal. Pode falar-nos das novidades que se avizinham?

O nosso principal objetivo é conquistarmos continuamente mais clientes de forma a propormos a cada vez mais pessoas uma beleza natural e sustentável. Após termos lançado o e-commerce, em 2023, damos este ano um grande passo para reforçar o posicionamento da marca. Desde o dia 2 de maio estamos presentes no mercado com um novo canal transformador, um modelo de afiliação aberto a todas as pessoas que queiram promover produtos e gestos de beleza mais naturais e sustentáveis, acessíveis a todos!

Olhando para 2024 e para o futuro, qual a estratégia delineada para que a Yves Rocher mantenha o seu posicionamento de liderança e crescimento no mercado português? Por onde passa o futuro da Yves Rocher?

Estamos a desenvolver uma estratégia focada na satisfação dos clientes e na qualidade dos produtos, com preços competitivos. Continuaremos a investir em pesquisa e desenvolvimento, a expandir e reforçar a nossa gama de produtos e a fortalecer o nosso relacionamento com os consumidores. O futuro da Yves Rocher passa, sempre, pelo compromisso com a excelência e a sustentabilidade. Queremos reforçar o nosso posicionamento enquanto especialistas em cuidados da pele e assumir em Portugal o posicionamento que temos em França como marca número 1 de cosmética.

17 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL YVES ROCHER | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

A ARTE SINGULAR POR TRÁS DE CRISTINA RODRIGUEZ NUÑO

No mundo vibrante da joalharia contemporânea, existe uma artista cujo trabalho se destaca não apenas pela beleza, mas também pela narrativa rica e pela inovação sem limites. Cristina Nuño, criadora da marca “Cristina R Nuño – Handmade Jewellery”, cativa o mundo com as suas criações únicas que combinam tradição e modernidade de uma forma verdadeiramente expressiva.

Cristina Nuño, formada em Pintura pela Sociedade Nacional de Belas Artes, traz dai uma riqueza de cores de texturas que valorizam as suas criações em joalharia. “Gosto muito da diversidade das cores, muita textura e muita cor, tudo isso desperta a minha criatividade”, partilhou. Ao combinar elementos tradicionais portugueses com um toque moderno, a criadora traz à vida joias que são verdadeiras obras de arte, impulsionadas pela sua paixão por viagens e culturas diversas: “adoro misturar cores diferentes e fazer um contraste. E penso que é estimulante criar peças que contrastem elementos tradicionais”.

Em 2017, Cristina Nuño conquistou o Prémio PortoJóia Design com uma joia que transcende o tempo e a moda, mergulhando nas raízes culturais de Portugal. Inspirada por um bastidor de retrosaria, transformou o objeto numa joia que ecoa a tradição das Rendas de Bilro. “Foi curioso, eu acabei o curso de desenho de autor em 2017 e no fim do curso havia o concurso PortoJóia Design com o Tema: ‘As joias contam histórias’”, relembra Cristina. A criação da peça foi meticulosa, desde a escolha dos materiais até à colaboração com artesãos locais.

A riqueza dos azulejos portugueses também serviu de inspiração para uma das coleções mais emblemáticas de Cristina Nuño. A criadora partilhou como a sua admiração pela arte dos azulejos a levou a criar peças de joalharia, que celebram a tradição e a beleza desses artefactos históricos. “Desde que eu comecei a morar cá, há 18 anos, estou super exposta a azulejos por todos os lados. Quando eu cheguei, era uma coisa que me chamava a atenção e de que gosto

por causa das cores, dos padrões e dos desenhos que tem”, recordou. Além da sua dedicação à estética e à tradição, Cristina Nuño também é reconhecida pela sua abordagem inovadora à joalharia. A sua linha de joias práticas em prata combina funcionalidade e estilo, oferecendo aos clientes peças que são tanto belas quanto úteis. “O tema das joias práticas tem mesmo esse sentido. Gosto de criá-las e gostaria de criar ainda mais”, explica Cristina.

Por fim, a coleção de peças atrevidas de Cristina Nuño destaca-se pela sua ousadia e originalidade. Cristina esforça-se por manter um equilíbrio entre a experiência com novos materiais e designs, enquanto preserva a identidade única da sua marca. “É difícil conseguir, mas fico super contente ao ver que estou a manter a minha marca”, admite Cristina. Essa procura incessante por inovação é evidente em cada peça da sua coleção, onde biomateriais e técnicas de reciclagem se fundem com o tradicional artesanato da joalharia.

Para Cristina, a joalharia portuguesa tem um grande potencial, mas precisa se adaptar e inovar para sobreviver e ter sucesso em um mercado global cada vez mais competitivo. Também a atualização com novos materiais, ferramentas e técnicas é crucial. A impressão 3D, por exemplo, é uma tendência que desafia os métodos tradicionais, mas também abre novas fronteiras de criatividade e produção. Apesar dos desafios, Cristina acredita que a joalheria portuguesa tem um futuro promissor. “Se conseguirmos fazer isso, acredito que podemos ter um futuro brilhante”, conclui. Cristina descreve o seu público-alvo como exigente, mas apaixonado por design e qualidade. Os seus clientes procuram peças únicas que os destaquem na multidão. Turistas e portugueses com interesse especial em arte e cultura compõem a sua base de clientes, que valorizam a exclusividade e o significado por trás de cada peça. “Joalharia de autor não é uma compra impulsiva, então o cliente precisa ter gosto refinado e poder aquisitivo”, destaca Cristina.

www.cristinarnuno.com

cristinarnuno

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 18 LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | CRISTINA R NUÑO-HANDMADE JEWELLERY
Cristina Nuño, CEO

INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

No mundo contemporâneo, a ligação entre inovação, tecnologia e sustentabilidade é essencial para enfrentar os desafios globais e criar um futuro sustentável.

A inovação é a força motriz por trás da criação de novas ideias, processos e soluções que impulsionam o progresso humano. No contexto da sustentabilidade, a inovação desempenha um papel fundamental na busca por práticas e tecnologias que reduzam o impacto ambiental, promovam a eficiência e preservem os recursos naturais para as gerações futuras.

A inovação não se limita apenas ao desenvolvimento de novos produtos, também abrange a reinvenção de processos existentes e a criação de modelos de negócios mais sustentáveis.

A tecnologia é a ferramenta que permite transformar ideias inovadoras em realidade tangível. No contexto da sustentabilidade, a tecnologia desempenha um papel crucial na criação de soluções inteligentes e eficazes para os desafios ambientais que enfrentamos.

A sustentabilidade é a pedra angular para garantir um futuro próspero para as gerações presentes e futuras. Ela envolve a procura pelo equilíbrio entre as necessidades sociais, económicas e ambientais, garantindo que as atividades humanas não comprometam os recursos naturais e os sistemas ecológicos do planeta.

Juntos, esses três pilares estão a pavimentar o caminho para um futuro mais sustentável, onde a prosperidade humana está alinhada com a proteção do planeta. É hora de abraçar o potencial transformador da inovação e da tecnologia, garantindo que a sustentabilidade seja o alicerce sobre o qual construímos o nosso amanhã.

NOVA GAMA

LG GRAM CHEGA A PORTUGAL

A propósito do lançamento da nova linha de portáteis LG gram, a Revista Business Portugal teve a oportunidade de entrevistar Patrícia Castelo, IT Marketing Manager da LG Portugal.

A LG anunciou a expansão da série LG gram em 2024, com uma seleção de várias opções, incluindo o mais recente portátil LG gram Pro. Quais as principais características destes novos produtos e quais as inovações incorporadas nestes novos modelos?

Leve, potente e plena de conectividade, com uma performance poderosa potenciada por IA e um design perfeito e excecionalmente resistente e ultraleve, para uma vida em movimento: assim é a nova série LG gram de 2024. Reconhecida como Produto do Ano pelo 3º ano consecutivo, a nova gama é o expoente máximo da “leveza em movimento” que faz parte do ADN da série gram desde a sua criação. Graças à sua resistência de nível militar e às variadas entradas disponíveis, que permitem um multitasking sem limites, a nova série é dotada de um eficaz sistema de arrefecimento que evita o sobreaquecimento do equipamento.

Equipados com o LG Glance da Mirametrix para otimização da segurança e privacidade, os novos gram incluem ainda funções habilitadas para IA, como a app LG gram Link, que aumenta a compatibilidade e simplifica a partilha de arquivos, transferências de fotos e partilha de ecrã entre o LG gram e dispositivos com dife-

rentes sistemas operativos: Windows, Android e iOS. A bateria de longa duração e os ecrãs IPS Premium de grande dimensão, nos LG gram de 16 e 17 polegadas, fazem com que estes sejam os portáteis adequados tanto para trabalho como para o consumo de multimédia.

Já o LG gram Pro de 16 polegadas, surge equipado, entre outras coisas, com o Intel® AI Boost, a unidade de processamento neural (NPU) da Intel que tem a capacidade de gerir cargas de trabalho de IA mesmo sem uma conexão à rede. Reforçando a sua capacidade de trabalho, apresentam um sistema de arrefecimento duplo que os ajuda a funcionar de forma perfeita, mesmo quando lidam com softwares exigentes, como programas de edição de vídeo e ferramentas de criação de imagens de IA, além da app LG gram Link. Este portátil oferece ainda uma qualidade de imagem impressionante com cores e um contraste excelentes, contando com um ecrã OLED com resolução WQXGA+ (2880 x 1800).

Pelo 3º ano consecutivo, a gama LG gram foi eleita Produto do Ano na categoria “Portáteis”. Qual a importância desta distinção no desenvolvimento da marca?

A inovação e o lema Innovation for a Better Life fazem parte do ADN da LG e surgem incorporados em todos os produtos da marca. Esta combinação, que tem norteado a atividade da empresa desde a sua génese, tem permitido à LG ter um impacto positivo na vida dos consumidores, fazendo a verdadeira diferença no seu dia a dia, através do desenvolvimento de soluções que chegam mesmo a antecipar as suas necessidades.

No caso dos LG gram, a cada nova gama estes portáteis têm vindo a apresentar um conjunto de novidades efetivas, com características únicas, que os destacam da restante oferta do mercado. Quem experimenta pela primeira vez um LG gram dificilmente muda para outro portátil, pelo que acreditamos verdadeiramente que o conjunto de benefícios reais que estes equipamentos oferecem aos consumidores, tais como a leveza e a portabilidade, são realmente fatores de diferenciação, enquanto a resistência os tornam em autênticas estações de trabalho e lazer on-the-go, influenciando diretamente a qualidade de vida e a mobilidade dos utilizadores e impactando diretamente a sua escolha no momento de compra.

Em suma, a eleição dos LG gram enquanto Produto do Ano, pela terceira vez consecutiva, revela que os consumidores nacionais reco-

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 20 INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE | LG
Patrícia Castelo, IT Marketing Manager

nhecem e apreciam a inovação subjacente à LG e a esta gama, o seu design exclusivo, leve e compacto, e o elevado nível de portabilidade deste produto graças à leveza e resistência que estes computadores portáteis têm vindo a apresentar desde a sua génese.

Além dos detalhes inovadores que mencionou, que fazem a diferença no dia a dia dos utilizadores, que outros motivos aponta para que os consumidores continuem a escolher a LG como a sua marca de eleição?

Fazer uma diferença efetiva na vida dos consumidores é a verdadeira essência da LG. É esta visão que a diferencia da concorrência em qualquer área de negócio, se reflete na excelência tecnológica dos produtos, e a torna numa marca de sucesso global que, ano após ano, continua a ser escolhida pelos consumidores como a sua marca de eleição.

Isto só é possível porque a LG pauta toda a sua atividade pela inovação e porque incorpora realmente o lema Innovation for a Better Life em todos os produtos que desenvolve. Reconhecida globalmente como uma marca inovadora e líder, graças à sua aposta constante em tecnologia e produtos exclusivos que são verdadeiramente client-centric e que são desenvolvidos para responder e antecipar os desafios do dia a dia dos consumidores, a LG tem uma capacidade efetiva de fazer a diferença nas suas vidas e contribuir para um estilo de vida com um maior bem-estar.

E os portugueses não são exceção. Consumidores altamente informados e exigentes, valorizando características únicas e claramente diferenciadoras, ao nível do design, da sustentabilidade, das tecnologias exclusivas e premium ou da capacidade de fazer uma diferença efetiva no estilo de vida, encontram-se recetivos a novas tecnologias e novas formas de interação com os equipamentos, pelo que os nossos produtos são efetivamente bem recebidos pelo mercado, potenciando o crescimento da empresa no país.

A LG preocupa-se em lançar produtos inovadores, nos mais diversos segmentos onde atua. Que outros produtos serão lançados este ano e quais as inovações e upgrades que valem a pena conhecer?

Performance e eficiência são os conceitos que norteiam a inovação da LG no que diz respeito às suas várias áreas de negócios. Uma estratégia que será suportada pelos nossos produtos líderes na área de Home Entertainment (TVs) e de Home Appliances (máquinas de lavar e frigoríficos Side-by-Side) e também por um investimento nas novas linhas de produto de IT (portáteis LG gram) e áudio (earbuds TONES Free com estojo de carregamento com raios UV) e também nas soluções B2B, nomeadamente Led Signage Outdoor e Indoor, ecrãs LCD de Alto-Brilho e Interactive Display com capacidade touch. Sendo o segmento premium uma das grandes prioridades da estratégia de 2024, também prevemos que esta seja a layer a registar um crescimento mais elevado, através de produtos mais High-Tech, como é o caso das OLED TV, frigoríficos InstaView e máquinas de lavar e secar a roupa, entre outras.A IoT e a IA são as grandes tendências tecnológicas a pautar a investigação atualmente e serão, num futuro próximo, as pedras basilares de casas totalmente integradas. Neste âmbito, destacamos os produtos com capacidade de atualização que, através de plataformas como a webOS e o LG ThinQ, permitirão que cada consumidor tenha uma experiência personalizada, à medida das suas necessidades e gostos.

Enquanto líderes na indústria de tecnologia, qual é a vossa visão e estratégia para o futuro da LG Portugal em termos de inovação, liderança de mercado e impacto na comunidade?

A LG celebrou 20 anos em Portugal em 2023 e, nessa jornada, tem vindo a afirmar-se como líder de mercado em vários segmentos de negócio, como em Home Entertainment, no segmento de TVs, em Home Appliances, no segmento das máquinas de lavar, frigoríficos Side-by-Side, e também em monitores/displays

Liderança essa alicerçada na capacidade de desenvolver produtos verdadeiramente inovadores, dotados de tecnologia disruptiva e elevada qualidade, que tem sido essencial para alavancar e suportar o crescimento da empresa e da marca em Portugal. Em 2024, o desenvolvimento de produtos e soluções de lifestyle continuará a ser o corpo e a alma de tudo o que a LG faz, tendo sempre em vista o reforço do posicionamento líder nas várias unidades de negócio, com especial foco no segmento premium.

21 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
LG | INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

MIELE CELEBRA 125 ANOS COM GRANDE APOSTA NA INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

A propósito dos 125 anos da marca e da sua distinção enquanto Escolha do Consumidor, estivemos à conversa com Ana Ferreira, Communications & PR Manager na Miele.

A Miele foi eleita Escolha do Consumidor na categoria “Máquinas de Lavar Louça”. Qual a importância desta distinção no desenvolvimento da marca? Este reconhecimento representa mais uma motivação para continuarem a desenvolver eletrodomésticos inovadores que facilitem as tarefas do di a dia dos consumidores?

A distinção como Escolha do Consumidor na categoria “Máquinas de Lavar Louça” é um reconhecimento notável do compromisso da Miele com a excelência e a satisfação dos nossos clientes. Esta conquista não reforça apenas a confiança dos consumidores na nossa marca, mas também nos motiva a continuar a nossa procura por mais inovação, qualidade e sustentabilidade. Estamos constantemente atentos às necessidades dos consumidores e empenhados em desenvolver eletrodomésticos que não só simplifiquem as tarefas do dia a dia, mas também proporcionem resultados superiores com uma preocupação ecológica cada vez maior.

Escolher Miele é escolher a melhor qualidade com resultados perfeitos. É este o segredo para que os vossos produtos sejam uma referência no mercado?

Sim, escolher Miele é escolher qualidade incomparável e resultados acima da média. Este compromisso com a excelência é o cerne da

nossa marca e é o que faz de nós uma referência no mercado. Desde a nossa fundação, há 125 anos, temos mantido os mais elevados padrões de qualidade em todos os nossos equipamentos, combinados com um design intemporal e uma tecnologia de ponta. Este foco em atingir a perfeição a vários níveis permite-nos manter a confiança e lealdade dos nossos clientes a longo prazo.

Os eletrodomésticos Miele destacam-se pela sustentabilidade, através da eficiência e funcionalidades inovadoras. Podemos afirmar que a Miele é uma marca de referência, porque incorpora a tecnologia do amanhã nas necessidades atuais, sempre a pensar na sustentabilidade?

Absolutamente, a sustentabilidade é um pilar fundamental da filosofia da Miele. Reconhecemos a importância de preservar o meio ambiente e estamos empenhados em desenvolver eletrodomésticos que não só sejam eficientes em termos energéticos, mas também incorporem funcionalidades inovadoras que promovam práticas sustentáveis. Em particular, as nossas máquinas de lavar louça reduzem significativamente o consumo de água e energia, tornando-se aliadas na conservação de recursos. Entre várias funcionalidades específicas destacam-se o PowerDisk - que permite a dosagem automática do detergente, garantindo a utilização da quantidade de produto necessária, sem desperdícios – e o EcoPower – economiza água e energia através de um fluxo de água inovador para uma lavagem mais eficiente.

Para além disso, a durabilidade excecional dos materiais utilizados no fabrico dos nossos eletrodomésticos, contribui para a diminuição do desperdício, promovendo uma abordagem mais consciente em relação ao ciclo de vida dos produtos. Acreditamos firmemente que a integração destas tecnologias é essencial para promover um estilo de vida mais sustentável para as gerações futuras.

A Miele procura sempre trazer para o mercado inovações que realmente acrescentem algo à vida dos seus consumidores. Que estratégia está desenhada para a marca continuar a inovar e a surpreender os seus utilizadores?

2024 é o ano de celebração dos 125 anos da Miele e a inovação e sustentabilidade serão as palavras-chave. Continuamos a investir significativamente em pesquisa e desenvolvimento para trazer ao mercado diversas novidades que correspondam às necessidades em constante evolução dos nossos consumidores. Os clientes podem esperar mais de 80 modelos de aniversário em todas as categorias de produtos, em duas linhas promocionais diferentes - 125 Edition e 125 Gala Edition – que compreendem modelos com características atrativas, seja com um desconto especial e/ou com acessórios gratuitos.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 22 INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE | MIELE
Ana Ferreira, Communications & PR Manager

30 ANOS DE INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE

Paulo Ribeiro, CEO da PRinformática, em entrevista, dá a conhecer o universo da empresa que este ano comemora o seu 30º aniversário.

Ao longo dos últimos 30 anos, a PRinformática consolidou uma trajetória notável no mercado da tecnologia e inovação. Como é que descreve a evolução?

Ao longo destes 30 anos, passamos por várias fases de evolução e diversos desafios. Inicialmente, tivemos de lidar com as rápidas mudanças tecnológicas e com a concorrência emergente. À medida que o mercado evoluía, tivemos de expandir as nossas ofertas de serviços, desenvolvendo novas soluções e criando parcerias sólidas para atender às necessidades das empresas. Desafios como a prevalência e relevância no mercado nacional assim como a sustentação da rentabilidade estiveram presentes ao longo da nossa história. No entanto, o facto da nossa empresa se ter mantido forte e relevante num mercado tão competitivo por tantos anos, é um excelente testemunho da nossa capacidade de adaptação e inovação.

Como enfrentam as mudanças tecnológicas e de mercado, e quais os fatores diferenciadores que a tornam líder nesse segmento?

Enfrentar as mudanças tecnológicas e de mercado requer uma aboradem ágil e adaptativa. A PRinformática investe sobretudo na investigação e desenvolvimento contínuos, estamos atentos às tendências do mercado e mantemos uma cultura de inovação. Os fatores diferenciadores que nos tornam numa empresa de soluções eficazes incluem: expertise técnica sólida, capacidade de personalização para atender às necessidades específicas dos clientes, integração perfeita com os sistemas existentes, foco na usabilidade e experiência do utilizador, e um compromisso com a qualidade e o suporte ao cliente.

Qual a importância da pareceria com a CEGID/Primavera e como esta colaboração impulsiona os objetivos futuros da empresa?

A nossa parceria com a CEGID sempre teve uma grande importância para nós, e vice-versa. Esta colaboração permite ter acesso a recursos adicionais, como tecnologia de ponta, conhecimento especializado no setor e uma base de clientes ampliada.

Ao unirmos forças, oferecemos soluções ainda mais abrangentes e integradas aos nossos clientes, atendendo melhor às suas necessidades, contribuindo para a sua satisfação e fidelidade. Além disso, esta parceria abriu portas para novas oportunidades de negócio, expandido considerávelmente a nossa presença no mercado e aumentado assim a nossa competitividade.

Como é que a PRinformática planeia evoluir e alargar os seus serviços para corresponder às mudanças constantes das necessidades dos clientes num ambiente competitivo?

Para evoluir e alargar serviços é essencial adotar-mos uma abordagem abordagem proativa e centrada no cliente. Estas são algumas das nossas estratégias: Mantemo-nos atualizados sobre as tendências e necessidades de mercado através de pesquisas, feedback dos clientes e análise da concorrência; ampliar o nosso portfólio de serviços. Isto inclui a oferta de soluções adicionais de tecnologia, consultoria em áreas de negócios ou serviços de suporte personalizados; dedicar recursos para desenvolver novas soluções que agreguem valor aos clientes e que os ajudem a enfrentar os desafios do mercado de forma mais eficaz; dar prioridade à experiência do cliente em todos os pontos de contato, oferecendo um atendimento personalizado, uma comunicação transparente e soluções à medida para as necessidades individuais de cada cliente; desenvolver programas de fidelização para compensar e incentivar a lealdade dos clientes. Isso pode incluir descontos exclusivos, acesso prioritário a novos serviços ou eventos especiais para clientes fiéis; e por fim solicitar regularmente feedback dos clientes e utilizar estas informações para aprimorar os nossos serviços. Valorizamos a opinião dos clientes, o que contribui para uma melhoria contínua.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 24
INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE | PRINFORMÁTICA
Equipa da PRinformática
25 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

“UMA LIGAÇÃO DIRETA DA SAMSUNG AO FUTURO”

Os novos Galaxy S24 foram o mote para a conversa com Nuno Almeida, Mobile B2B Head, que destacou estes lançamentos como uma ligação direta da Samsung ao futuro.

A Samsung apresentou mais um Galaxy Unpacked no mês de janeiro, onde foram anunciados o Galaxy S24 Ultra, o Galaxy S24+ e o Galaxy S24, que contam com a revolucionária Galaxy AI. Fale-nos um pouco mais sobre estes lançamentos e as suas funcionalidades.

Os novos Galaxy S24 são, sem dúvida, um ponto de viragem na inovação dos smartphones Samsung, quer em termos tecnológicos quer na experiência do utilizador. Naquele que será, certamente, o ano da consagração da Inteligência Artificial, estamos entusiasmados por ser pioneiros no desenvolvimento desta série que, além dos desenvolvimentos em termos da experiência de uso pessoal, introduz melhorias significativas na utilização profissional, através da Galaxy AI – que, além de permitir uma comunicação sem barreiras através, por exemplo, da tradução em tempo real de chamadas ou mensagens, potencia o contacto com stakeholders de diferentes nacionalidades.

Também o assistente de escrita ajuda a compor mensagens de texto num tom profissional adequado, e o assistente de transcrição que permite resumir e formatar o resultado de uma reunião de forma simples e organizada. Foi durante este ano que também se definiu um novo padrão de pesquisa através de imagem com a ferramenta

Circle to Search. Somam-se, a estas características, um ecrã mais imersivo e com a capacidade de redução de reflexos que pode ser usado mesmo em situações de trabalho externo, mesmo sob luz solar direta. A tecnologia Knox acrescenta à série Galaxy AI a confiança necessária para utilização dos seus dados com um nível de segurança de dados ao mais alto nível: a encriptação de ponta a ponta e a gestão remota do dispositivo são apenas algumas das funcionalidades que permitem um maior nível de segurança e, por exemplo, em caso de perda ou roubo, assegura que os dados presentes no dispositivo não serão roubados. Desde março que a tecnologia AI está, também, presente em modelos anteriores da Samsung, como a linha Galaxy S23 ou o Tab S9, numa ótica de democratização e extensão da AI nos nossos smartphones, contribuindo para uma melhor experiência de utilização e de aumento da longevidade dos nossos equipamentos.

O S24 foi concebido tendo a IA como elemento central. O objetivo destes modelos é que sejam o reflexo de uma abordagem inovadora e estratégica alinhada com os avanços tecnológicos contemporâneos?

A inovação e a capacidade de apresentar equipamentos cada vez mais disruptivos, num mercado bastante concorrencial, está no ADN da Samsung. A melhor forma de provar que temos conseguido aliar a inovação à qualidade é o reforço da liderança, numa ótica de reconhecimento contínuo da qualidade dos nossos produtos A categorias dos smartphones dobráveis foram um exemplo de pioneirismo, tendo em conta que fomos a primeira marca a apostar neste segmento. Atualmente, já vamos na 5ª geração destes modelos foldable e, se nas primeiras gerações havia alguma resistência na sua adoção, hoje é transversal a aceitação neste segmento, e a confiança na resistência e usabilidade destes novos formatos. O Galaxy Fold é, hoje, um equipamento de referência ao nível do uso profissional, onde as suas capacidades avançadas e a maior dimensão do seu ecrã, permitem uma experiência facilitada, através, por exemplo, da utilização do email em metade do ecrã e do browser de pesquisa na outra metade, ou de uma conference call num dos lados e da página de notas na outra, facilitando a criação de um resumo de uma reu-

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 26 INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE | SAMSUNG
Nuno Almeida, Mobile B2B Head

nião, por exemplo. À área de mobile, a Samsung soma a aplicação de inteligência artificial a muitos outros produtos do seu portfólio, como equipamentos domésticos ou televisores.

Estes smartphones incorporam Inteligência Artificial para melhorar uma série de funcionalidades, desde a comunicação facilitada à criatividade maximizada e à pesquisa intuitiva. Transformar completa e fundamentalmente a experiência do utilizador continua a ser um dos grandes desígnios da marca?

Este lançamento representa, para nós, uma ligação direta da Samsung ao Futuro, mudando de forma drástica o modo como comunicamos. O Galaxy S24 foi o ponto de partida para a próxima década de inovação móvel, só sendo possível através da profunda compreensão dos utilizadores e da forma como estes utilizam os seus telemóveis, seja numa ótica profissional ou pessoal. Isto permite-nos, igualmente, trabalhar soluções à medida, que nos permitem impactar e desenvolver áreas como a Educação e a Saúde, o Retalho e os Transportes, a Hotelaria e a Restauração, o Setor Público e o Setor Financeiro. Somos líderes globais em mobilidade empresarial e tecnologias de informação, fornecemos produtos e serviços que ajudam cada negócio a concretizar a promessa do desenvolvimento digital.

Quais os pilares da estratégia da Samsung para continuar a desafiar o presente com a tecnologia do amanhã e para se manter como marca preferida dos portugueses?

A estratégia da Samsung materializa-se na nossa visão “One Samsung”, isto é - olhamos para a nossa tecnologia de uma forma completamente integrada e conectada, no sentido de proporcionar uma melhoria significativa na vida das pessoas e organizações.

O nosso foco está centrado no desenvolvimento de um ecos-

sistema robusto, aberto e sustentável. Por um lado, de uma forma transversal às diversas linhas de produto, proporcionamos aos nossos clientes uma experiência simples, intuitiva e imersiva, através da disponibilização de um portfólio completo de produtos e soluções conectadas Samsung. Por outro lado, tirando partido de uma plataforma aberta (SmartThings), integramos produtos e soluções de parceiros, proporcionando o controlo e gestão de todos estes dispositivos, numa plataforma única e integrada. Por último, mas não menos relevante, tirando partido das vantagens da Inteligência Artificial, a SmartThings proporciona a pessoas e organizações uma gestão mais eficaz de recursos, como a água ou a energia, e o reforço da produtividade e segurança. O IoT não é mais uma tendência, é uma realidade e a Samsung está na vanguarda do desenvolvimento de soluções que privilegiam a experiência do utilizador e materializam um mundo mais conectado e sustentável.

Assistir ao impacto que os equipamentos Samsung têm na vida das pessoas, das empresas e do planeta é mais uma motivação para continuar a desenvolver tecnologia inovadora e disruptiva e a surpreender as expectativas dos consumidores/utilizadores?

A missão da Samsung é alcançar o próximo nível da tecnologia, através da expansão do nosso portfólio, seja na área de B2B, através de soluções empresariais ou diretamente ao consumidor final, seja através de mobile, eletrodomésticos ou TV. Obviamente que já estamos num patamar em que temos que nos superar, ano após ano, de modo a acompanhar as expectativas dos portugueses e assegurar a confiança que depositam na Samsung e nos produtos que colocamos no mercado. Há mais de 40 anos no mercado português, não nos podemos limitar a disponibilizar produtos altamente disruptivos e inovadores, mas temos também de nos focar na evolução, maturação e inovação digital do país, através da parceria com inúmeras empresas (incluindo as do setor público). Educação, saúde, cibersegurança ou economia social são apenas algumas das áreas onde temos vindo a acrescentar valor, fornecendo conhecimento e experiência importantes. A título de exemplo podemos referir o projeto Manuais Digitais, que temos em curso com os Governos Regionais da Madeira e Açores, e a iniciativa Cuidado Digital 360+, um projeto piloto que arrancou em duas instituições de Solidariedade Social, em que, por um lado, é monitorizado o estado de saúde dos utentes através da utilização dos nossos Galaxy Watches, e por outro, é-lhes facilitado o contacto com as suas famílias através dos nossos tablets que lhes permitem realizar videochamadas, de uma forma simples e intuitiva, combatendo o isolamento e promovendo a inclusão social. Diria que tudo se resume ao conceito de tecnologia com propósito. A Tecnologia apenas porque é trendy ou porque fica bem ser referida num qualquer Power Point não tem relevância. Para nós, acima de tudo, conta o impacto que conseguimos obter na sociedade. Vemos estes processos de transformação digital de forma holística e não isolada. Acreditamos em parcerias de valor acrescentado e queremos efetivamente implementar soluções que melhorem a vida das pessoas e incrementem a produtividade das organizações. Esse é o nosso propósito.

27 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL SAMSUNG | INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

CHEP: TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DIRECIONAM O FUTURO

Inovação, Tecnologia e Sustenbilidade foram o mote para a entrevista exclusiva com Ana Paula Sardinha, country manager da CHEP Portugal, que sublinhou a importância crescente das soluções digitais na melhoria de eficiência das cadeias de abastecimento e, simultaneamente, no reforço das práticas de sustentabilidade nas operações.

Como é que a CHEP utiliza a inovação e a tecnologia para promover a sustentabilidade nas suas soluções de cadeia de abastecimento?

A CHEP entende que uma empresa que opera no setor da logística deve ter uma enorme responsabilidade para com o planeta, tornando-se imperativo procurar fórmulas inovadoras para reduzir o impacto das operações e criar modelos verdadeiramente sustentáveis. Neste sentido, a digitalização desempenha um papel fundamental no reforço desta premissa, de modo a que existam sinergias que contribuam para tornar os nossos clientes muito mais eficientes, inovadores e sustentáveis.

A título de exemplo, as soluções tecnológicas tornaram-se um forte aliado na proteção dos ativos da CHEP. A necessidade de rastreabilidade e a implementação de soluções tecnológicas, como sensores de localização e dispositivos GPS, ajudam a melhorar a visibilidade e o controlo das paletes em trânsito, reduzindo assim a perda de paletes, o que acaba por reduzir também o impacto ambiental.

Ao longo dos últimos anos, a automatização e a mecanização das operações da CHEP traduziram-se, por exemplo, na transformação dos processos de inspeção e reparação, com ganhos notáveis não só em termos de eficiência, mas também em termos de segurança.

Paralelamente, a adoção de tecnologias como a robótica ou a utilização de algoritmos inteligentes para gerir o big data recolhido diariamente pela CHEP, ajudam a melhorar a eficiência operacional e proporcionam uma maior redução de custos e uma melhor experiência do cliente.

Em suma, a combinação de tecnologia de ponta nos Centros de Serviço da CHEP e nas nossas operações e formas de trabalhar, aliada a uma vasta experiência e conhecimento da marca, permite-nos oferecer serviços abrangentes de cadeia de abastecimento, sempre com foco na qualidade das paletes colocadas no mercado e na circularidade dos nossos ativos.

Como é que o modelo de negócios da CHEP, baseado em “Partilha e Reutilização”, contribui para a eficiência ecológica das cadeias de abastecimento?

Começaria por dizer que o modelo de “partilha e reutilização” da CHEP é intrinsecamente sustentável. Estamos a contribuir para a eficiência ecológica das cadeias de abastecimento desde a nossa criação, há mais de 70 anos, quando o conceito de “economia circular” ainda nem sequer existia.

Ao partilhar, reparar e reutilizar constantemente as nossas paletes e contentores, estamos a contribuir para a redução dos resíduos, da madeira e das emissões de CO2 nas cadeias de abastecimento dos nossos clientes. E, no entanto, estamos sempre a esforçar-nos por encontrar novas formas de colaboração, indo além das nossas paletes e oferecendo serviços como as Soluções de Transporte Colaborativo para eliminar quilómetros vazios, reduzir custos e complexidade e acelerar cada parte da componente logística, tornando-a de facto mais eficiente, tanto operacional como ecologicamente.

Como pioneira da economia circular, a CHEP criou uma das empresas de logística mais sustentáveis do mundo, com uma oferta baseada em soluções logísticas reutilizáveis, mais eficientes e sustentáveis, em alternativa às soluções de utilização única.

Quais são os principais desafios tecnológicos enfrentados pela CHEP na implementação e manutenção de uma rede eficiente de partilha de paletes e contentores?

A gestão de dados, gerados por mais de 350 milhões de paletes em todo o mundo, pode ser um grande desafio. Mas é possível fazê-lo se trabalharmos com as competências e ferramentas corretas.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 28 INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE | CHEP
Ana Paula Sardinha, Country Manager

Para além dos dados, a necessidade de colaboração entre diferentes parceiros, incluindo concorrentes, é outro desafio, no sentido em que é necessário garantir sinergias entre todos. Sendo um parceiro neutro entre estes intermediários, a CHEP tem a posição e os meios para facilitar estas colaborações.

Como é que a CHEP utiliza a tecnologia para otimizar a gestão de inventário e logística dos seus clientes? Existem exemplos específicos de soluções tecnológicas que a empresa oferece nesse sentido?

Com a chegada da era digital na última década, a CHEP conseguiu dar forma ao big data, graças a diferentes soluções concebidas pela BXB Digital, uma empresa também pertencente à nossa empresamãe, a Brambles, especializada em tecnologias digitais aplicadas à nossa atividade.

Estas novas tecnologias permitem, por exemplo, melhorar a visibilidade dos ativos na cadeia de abastecimento, reduzindo as ineficiências que, em última análise, se traduzem em poupanças de tempo, dinheiro e recursos para as grandes empresas de bens de consumo.

Ao combinar paletes e contentores com tecnologia, a CHEP pode acompanhar a cadeia de abastecimento através de dados quase em tempo real, ajudando os principais fabricantes e retalhistas a identificar “estrangulamentos”, melhorar a segurança e a rastreabilidade dos produtos, fazer previsões e tomar decisões mais inteligentes e sustentáveis.

Podemos considerar que a CHEP está na vanguarda da inovação em termos de design e manufatura de paletes e contentores reutilizáveis. Como é que a empresa procura continuamente melhorar os seus produtos em termos de sustentabilidade e eficiência?

Procuramos inovar no mercado através da oferta de produtos que permitam uma eficiência cada vez mais personalizada em cada caso, garantindo sempre a qualidade e robustez destes bens. Sendo uma empresa com a sustentabilidade no seu ADN, a análise das matérias-primas destes produtos é crucial e materializa-se na apresentação de novas soluções com uma percentagem considerável de recursos reutilizados, como é o caso do quarto de exposição Q+, que é circular por design, corporizando os princípios fundamentais de partilha e reutilização que definem o modelo de negócio da CHEP, uma vez que é inteiramente fabricado com resíduos pós-consumo. Para além das suas credenciais de sustentabilidade, o Q+ distingue-se por características como o Blue Click®, um sistema patenteado de ligação de cartão que reduz o tempo de co-embalagem, proporciona estabilidade e minimiza os danos nos produtos que podem ocorrer durante o transporte de expositores de cartão pré-preenchidos para a loja. Um outro exemplo é o novo contentor dobrável ZirConic®, uma inovação muito aguardada no segmento de equipamentos de “partilha e reutilização” para produtos secos, feito a partir de 97% de resíduos plásticos pós-consumo. Para além do fator ecológico, o design do contentor ZirConic® dá prioridade a melhorias em termos de ergonomia e segurança para os clientes, incorporando

várias características inovadoras de design para facilitar os processos e operações manuais e automatizados.

Quais são os principais critérios utilizados pela CHEP para avaliar a qualidade e durabilidade das suas paletes e contentores reutilizáveis?

Através de uma operação totalmente automatizada, as paletes CHEP são constantemente inspecionadas quanto a defeitos, danos ou contaminação, satisfazendo sempre a procura constante. Quando uma palete chega ao fim da sua vida útil e já não pode ser reparada, é 100% reciclada.

Como é que a CHEP utiliza a análise de dados e a inteligência artificial para otimizar as suas operações e proporcionar um melhor serviço aos clientes? Existem exemplos concretos de como é que essas tecnologias são aplicadas na prática?

Enquanto empresa líder no setor da logística, as soluções digitais têm uma importância crescente na melhoria de eficiência das cadeias de abastecimento e, simultaneamente, no reforço das práticas de sustentabilidade nas operações. Por exemplo, através das nossas Soluções de Transportes Colaborativos, utilizamos análises avançadas de dados para identificar sinergias de transporte com os clientes e entre eles, otimizando o espaço de carga e reduzindo as emissões de carbono ou incentivando a colaboração entre as partes interessadas da cadeia de abastecimento.

Para além das sinergias, a CHEP lançou o “projeto Predict” há um ano para iniciar uma abordagem orientada por dados à recuperação de activos. Utilizando tecnologia de Machine Learning combinada com dados recebidos de fabricantes, transportadoras e clientes retalhistas, é possível desenvolver uma série de algoritmos que criam tarefas semanais para os agentes nos centros de serviço.

A CHEP também disponibiliza um sistema Track & Trace para rastrear dispositivos e evitar a sua perda ao longo das cadeias de abastecimento. Estes dispositivos permitem aceder a informações como a localização e o estado das paletes e contentores à medida que se deslocam na cadeia de abastecimento.

Como é que a CHEP está preparada para lidar com os desafios futuros no campo da inovação e tecnologia, especialmente considerando as exigências crescentes por soluções mais sustentáveis e inteligentes nas cadeias de abastecimento?

A CHEP está atenta a todos os desenvolvimentos que ocorram no campo da inovação e tecnologia que nos permitam melhorar as nossas operações ou ganhos de eficiência competitiva no mercado, como tem sido evidente na nossa trajetória até agora. Estamos constantemente à procura de novos talentos e de competências que possibilitem materializar a nossa estratégia.

www.chep.com

29 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL CHEP | INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

QUICK MARGIN: UMA EMPRESA QUE PROCURA A REVITALIZAÇÃO TECNOLÓGICA

Este ano, a Quick Margin vai celebrar dois anos de existência e, ao longo deste tempo, tem mostrado o seu pioneirismo no cenário da inovação tecnológica. É uma empresa singular que procura ser conhecida como uma empresa que “fala o bom português e não o português técnico”.

Destaque no cenário inovação tecnologia

No cenário da inovação tecnológica, a empresa Quick Margin, destaca-se essencialmente pelo tipo de serviços que oferece. Conta com parcerias com vários fornecedores de equipamentos, dos quais, Dell, HP, Cisco Systems e muitos mais. Além disso, possui uma ampla gama de serviços no mercado e aposta sobretudo na área do housing, com o principal objetivo de dar a conhecer o futuro da cloud. Este destaque deve-se sobretudo à sólida e dinâmica equipa que tem vindo a construir.

A importância da liderança e abordagem da equipa para o sucesso da empresa

Rúben Silva entrou na empresa Quick Margin no mês de abril de 2023. Iniciou o seu trabalho como diretor técnico, assumindo muito recentemente os órgãos de gerência. Enquanto líder procura organizar as equipas pelo seu maior foco, desde a equipa comercial até à equipa técnica. Trabalha com objetivos que são encarados como um “campeonato”. Acredita que o futuro da empresa será muito promissor e declara estar satisfeito com a evolução da empresa ao longo deste ano, procurando vir a ter um impacto singular no setor dos negócios.

Desafios e Oportunidades

Rúben Silva, CEO da Quick Margin, afirma “ver uma melhoria e uma escassez enorme de equipamentos no mercado”. Esta escassez levou a empresa a ter de se readaptar e a investir na compra dos equipamentos em grande escala para conseguir responder às necessidades

dos clientes com a maior brevidade possível. Um dos serviços que a Quick Margin pretende disponibilizar aos seus clientes é o de uma Central Telefónica Virtual, que se adequa a todas as empresas, desde os négócios mais pequenos até multinacionais, e permite que a Quick Margin concorra no mercado das telecomunicações. Além disso, uma das novidades da empresa será a criação de uma área de negócio relacionada com o Marketing Digital, capaz de oferecer serviços de gestão de redes sociais, gestão de marketing e postings. Atualmente, a Quick Margin, está sediada em Lisboa e no Porto, contudo, procura expandir-se, a nível nacional, para o Algarve e para a zona de Leiria. A internacionalização é um passo ousado para muitas PME e deve ser encarado como um desafio e uma oportunidade para conquistar novos mercados e aumentar a competitividade. A Quick Margin está agora a dar os primeiros passos rumo à internacionalização, nomeadamente, no mercado espanhol, e para Rúben Silva, a partir de agora o céu é o limite.

O percurso enriquecedor de Rúben Silva na arbitragem

A par das suas funções enquanto CEO, Rúben Silva desempenha, em simultâneo, a profissão de árbitro. O empresário chega mesmo a afirmar que com esta profissão conseguiu adquirir competências imprescindíveis ao seu trabalho como CEO na Quick Margin. Declara que tem vindo a “crescer enquanto pessoa desde que está na arbitragem” e reforça que adquiriu valores como, o sentido de responsabilidade, que o ajudou a gerir melhor as suas expectativas. Como um bom líder que é, defende que para alcançar o sucesso e o profissionalismo, devemos estar atentos ao negócio e guardar segredos, afinal, “o segredo é a alma do negócio”.

geral@quickmargin.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 30 INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE | QUICK MARGIN

ESCOLHA DO CONSUMIDOR E PRODUTO DO ANO 2024

O prémio “Escolha do Consumidor” é uma distinção que reconhece e celebra as marcas que se destacam por oferecer produtos e serviços de alta qualidade, que atendem às necessidades e expectativas dos consumidores. Esta distinção é uma validação direta da preferência do público, uma vez que é concedida com base nas opiniões e avaliações dos próprios consumidores.

Para as marcas, a “Escolha do Consumidor” representa um testemunho tangível do compromisso da empresa em proporcionar uma experiência excecional aos seus clientes, demonstrando excelência em termos de qualidade, valor, conveniência e serviço ao cliente. Além disso, confere uma vantagem competitiva significativa às marcas premiadas. A distinção serve como um selo de aprovação reconhecido pelos consumidores, aumentando a confiança e a credibilidade da marca no mercado. Isso pode resultar em maior fidelidade do cliente, aumento das vendas e uma posição mais forte no mercado.

O “Produto do Ano” é um reconhecimento altamente cobiçado que celebra a inovação e a excelência de produtos e serviços em diversas categorias de mercado. A cada ano, os consumidores têm a oportunidade de votar e eleger os produtos que consideram os mais inovadores e que oferecem o melhor valor nas suas respetivas categorias. Para as marcas, receber a distinção “Produto do Ano” é uma prova incontestável do reconhecimento do público e um selo de aprovação que demonstra a qualidade e a relevância dos seus produtos no mercado. A distinção valida não apenas o esforço contínuo das empresas em oferecer produtos excecionais, mas, também, aumenta a visibilidade da marca e a confiança dos consumidores. Ao optar por produtos premiados, os consumidores têm a garantia de que estão a escolher produtos que foram cuidadosamente avaliados e aprovados pelos seus pares. Nas próximas páginas, damos a conhecer algumas das empresas distinguidas, mostrando o que as torna especiais aos olhos dos consumidores portugueses.

OS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO SÃO PARTE DE UMA SOCIEDADE DE CONSUMO

Vivemos numa era de rápidas mudanças e evoluções constantes no mercado de consumo. As tendências atuais refletem não apenas as preferências dos consumidores, mas também os valores e as preocupações da sociedade em geral.

Nesta dinâmica de consumo, os sistemas de avaliação, vulgo prémios, desempenham um papel crucial tanto para as marcas quanto para os consumidores.

Uma das principais tendências de consumo, que se tem destacado nos últimos anos é a crescente procura por produtos e serviços sustentáveis, socialmente responsáveis, inovadores e que proporcionem uma experiência de compra única. Neste capítulo, os consumidores estão cada vez mais atentos às práticas das marcas e os prémios, que reconhecem e premeiam as empresas que se destacam nessas áreas, desempenham um papel fundamental, incentivando a adoção de práticas ainda melhores nestas valências.

Os prémios que reconhecem e valorizam marcas, agregam valor aos consumidores e facilitam-lhes o processo de compra, ao ajudar a tomar decisões mais informadas, orientando as suas escolhas e permitindo que eles se identifiquem com marcas que compartilham os seus valores e preocupações. Funcionam como um selo de qualidade e confiança. Ao optar por marcas premiadas, os consumidores têm a garantia de estar a escolher produtos

ou serviços que atendem aos mais altos padrões de excelência, inovação e satisfação.

Para as marcas, receber um prémio significa mais do que apenas um reconhecimento público. Os prémios conferem credibilidade e prestígio, ajudando a construir a reputação da marca e a fortalecer o relacionamento com os consumidores. Além disso, os prémios podem servir como um diferencial competitivo, destacando a marca num mercado cada vez mais saturado.

Quando há cerca de 40 anos, Christian Le Bret, o fundador do Produit de l’Année (Produto do Ano), começou, em França, esse sistema de avaliação de produtos inovadores, estaria longe de pensar que seria o impulsionador de tantos outros sistemas de avaliação a nível mundial.

À data, fê-lo com um duplo sentido: porque não criar algo que premeie o esforço de inovação das empresas e porque não ser o consumidor a premiar as mesmas. Nascia o Produto do Ano, um fenómeno que hoje tem presença em 46 países e inspirou muitos outros, a nível global e local, a criar outros sistemas. Uma marca que, hoje, é o símbolo dos melhores novos produtos em cada mercado.

Depois deste, e sobretudo percebendo o seu potencial de expansão, vimos outros tantos nascer.

Quase três décadas depois, nascia aquele que é o maior fenómeno dos sistemas de avaliação, a Escolha do Consumidor. Quase três décadas depois, é criado um sistema disruptivo, em que cabe ao consumidor expressar-se ao longo de todo um processo de avaliação que reflete os seus desejos, necessidades e opiniões na relação com as marcas.

Durante muito tempo, olhou-se para estes sistemas de avaliação, vulgo prémios, com desdém, com desconfiança, muitos o criticaram, em particular associações de defesa dos consumidores, mas a tendência crescente da sua necessidade no mercado, da importância que possuem para o consumidor, levou a que até esses que o criticaram, tenham adequado os seus modelos de negócio para criar sistemas de avaliação.

Os sistemas de avaliação provocam um desequilíbrio no mercado, estão a favorecer uma marca e a proporcionar-lhe uma vantagem competitiva e, por isso, têm que atuar em plena consciência das operações que isso implica. Os sistemas de avaliação, existem para ajudar consumidores no processo de decisão, existem para ajudar marcas a melhorar procedimentos, produtos e serviços e até a sua relação com os seus públicos. Por isso, serão o futuro. A tendência de evolução, adaptação e criação de novos sistemas de avaliação será aquela que os consumidores desejarem, aquela que o mercado considerar pertinente. Nós já identificámos algumas há anos e que agora lançámos no mercado: Escolha Sustentável; Happy Awards; Quality Awards... e temos mais umas quantas já preparadas para o futuro, porque o nosso foco são as Pessoas e as Marcas.

33 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL ARTIGO DE OPINIÃO
the Year
e Product of
Portugal

UMA PROCURA CONSTANTE DE INOVAÇÃO NADEPROMOÇÃO SAÚDE

Numa entrevista exclusiva, Francisca Menezes, diretora-geral da Farmodiética, evidencia que o reconhecimento como Escolha do Consumidor pelo 6º ano consecutivo é motivo de orgulho e mais uma motivação para todos os dias fazer melhor e superar as expectativas dos clientes e parceiros.

A Dieta Easyslim foi eleita, pela sexta vez consecutiva, Escolha do Consumidor, na categoria “Dietas de Emagrecimento”, com 80% de nota global. Qual a importância desta distinção? Esta é mais uma motivação para continuar a desenvolver soluções de saúde eficazes e inovadoras que agreguem valor significativo ao mercado?

A Dieta Easyslim ser eleita, mais um ano, (o 6º consecutivo) Escolha do Consumidor é um resultado que nos motiva e orgulha. Saber que o trabalho da nossa equipa e dos nossos parceiros (Farmácias) se reflete numa conquista tão relevante aos olhos dos consumidores, é saber que estamos no caminho certo. A Dieta Easyslim existe há 15 anos, e está presente em mais de 750 Farmácias em Portugal. É esta relação de confiança, qualidade e permanência, que mantemos com os nossos parceiros e clientes, que nos dá motivação para todos os dias fazermos melhor e superarmos as suas expectativas.

Ser slim é easy para os consumidores da Dieta Easyslim. Qual o segredo e método utilizado pela Dieta Easyslim? Como avalia a relação emocional dos consumidores com a marca?

Com base em evidência científica, e com vários anos de estudo contínuo, criámos e otimizámos o Método 3 Fases – Emagrecimento Acelerado; Emagrecimento Continuado; Manutenção e Gestão do Peso.

Como sabemos, emagrecer é aparentemente fácil, pois teoricamente é apenas equilibrar o consumo e gasto calórico, mas é na realidade um processo complicado, que necessita de muito conhecimento

e motivação. O acompanhamento próximo e contínuo (daí ser semanal) com nutricionistas, o facto de existir um plano alimentar adequado às suas necessidades e ainda a possibilidade de usufruir de estratégias de coaching permite que os nossos clientes criem uma relação próxima connosco. Uma relação de confiança que os leva a uma única meta: a criação de hábitos saudáveis que nos permitem emagrecer e garantir a manutenção do peso ideal. Não é por acaso que 65% das pessoas, depois de um ano de conclusão do Método 3 Fases, mantém o peso ideal. No nosso website podem ser consultados este e outros estudos desenvolvidos neste âmbito cujo foco é, e sempre será, a saúde dos nossos clientes.

A Farmodiética posiciona-se como líder na categoria de suplementos alimentares em farmácia, destacando-se pela variedade do seu portfólio e a acessibilidade dos seus produtos pelas farmácias por todo o país. Quais os produtos mais procurados pelos consumidores? Existe algum novo produto em desenvolvimento ou lançamento previsto?

A Farmodiética tem 38 anos de experiência em suplementos alimentares, e criamos as nossas marcas às quais dedicamos plena atenção. Sempre nos pautámos por tentar trazer inovação e dinâmica ao mercado. Temos algumas gamas líderes em várias categorias, como emagrecimento, tónicos cerebrais, vitaminas infantis. As marcas Easyslim, Absorvit Smart e Absorvit Infantil são bons exemplos destes produtos, e dos mais procurados pelos consumidores. Temos também uma novidade no anti-aging Advancis Agellai. O anti-aging é uma tendência no mundo inteiro, pois cada vez vivemos mais e queremos viver em plena saúde e bem-estar, pelo que achamos que virá a ter bom sucesso no nosso mercado, uma vez que temos uma população bastante envelhecida. Uma das nossas características é a procura constante de novas ideias e novos produtos, por isso para este ano temos ainda previstos vários lançamentos em áreas como saúde feminina, saúde gastro intestinal e stress e ansiedade.

Qual o segredo para que os vossos produtos sejam uma referência no mercado? Que estratégia está desenhada para continuar a criar produtos que atendam às necessidades dos vossos clientes e que elevem os padrões de saúde e bem-estar da população?

Penso que o nosso segredo está na vontade que temos em melhorar a qualidade de vida da população, o que nos leva a uma procura constante de inovação na promoção de saúde. Aliada a esta vontade o facto de termos uma equipa bem preparada, multidisciplinar e altamente motivada é essencial. Viajamos muito por todo o mundo indo a feiras e congressos que nos ajudem a conhecer as tendências. Apostamos na seleção de ingredientes inovadores, na máxima qualidade de produção, e também em packaging e marketing que tornem os produtos apelativos ao consumidor. O facto de exportarmos para vários países, permite-nos também um bom benchmarking nos mercados, o que nos ajuda a evoluir.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 34 www.farmodietica.com
ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2024 | DIETA EASYSLIM
Francisca Menezes, Diretora-Geral

MELHOR EXPERIÊNCIA DE COMPRA, MAIS PERSONALIZAÇÃO E MAIOR OFERTA

A distinção do Continente como Escolha do Consumidor, na categoria “Supermercado Online”, foi o mote para uma entrevista exclusiva com Pedro Santos, Head of Ecommerce da MC.

O Continente foi eleito Escolha do Consumidor, na categoria “Supermercado Online”, com 80,4% de nota global. Qual a importância desta distinção para a marca? Esta é uma motivação para reforçar, cada vez mais, o compromisso com a qualidade, preços competitivos e iniciativas sustentáveis? Esta distinção é muito importante para a marca Continente porque reconhece o trabalho que temos feito, ao longo dos últimos anos, para oferecer a melhor experiência de compra de supermercado online em Portugal, naturalmente integrada com a nossa proposta de compra em loja. Temo-lo feito atuando no reforço da nossa oferta e valor, na evolução da experiência de compra online e na melhoria dos níveis de serviço de entrega.

Sermos líderes de mercado e reconhecidos com esta “nota” tão elevada traz-nos, porém, o desafio de continuar a inovar na nossa proposta de valor, num mercado que sabemos ter ainda muito potencial de crescimento e num contexto em que os hábitos de consumo estão permanentemente a mudar, com clientes e concorrentes mais exigentes.

Como caracteriza a plataforma de e-commerce da marca Continente? Podemos dizer que existe uma relação emocional dos consumidores com a marca?

O Continente Online é uma extensão das restantes plataformas de compra - físicas e/ou digitais, da marca Continente, que olha para o cliente como um todo e procura oferecer-lhe, de forma integrada e consistente, diferentes formas de comprar e interagir com a marca. Nesse sentido, procuramos, diariamente, construir uma relação entre a marca Continente e os seus consumidores que vá para além de quando, como e onde estes compram.

Proporcionar experiências que criem mais valor para os clientes e os ajudem no seu dia a dia, através de uma prestação de serviços de excelência, transversal aos canais físicos e digitais, assume-se como o principal desiderato para a marca?

Este ano, o Continente apresentou a sua nova plataforma de comunicação, sob o conceito “O Continente é de toda a gente”, com o objetivo de reafirmar o posicionamento de inclusão da marca, entregando uma experiência adaptada e personalizada às necessidades de cada cliente. Com este propósito, os diferentes canais físicos e digitais da marca cumprem missões e necessidades de consumo complementares que acrescentem mais valor

Pedro Santos, Head of Ecommerce

ao cliente – por exemplo, fazendo uma encomenda online e levantando-a, ao final do dia, num ponto Click&Go em loja.

Desde 2001, momento do lançamento do Continente Online, que o negócio online é uma aposta da MC. Qual a estratégia desenhada para reforçar o desenvolvimento e modernização da vossa proposta de valor digital, continuar a inovar e surpreender os consumidores?

A estratégia da MC passa, acima de tudo, por entregar uma experiência omnicanal ao cliente e, para tal, o canal online tem um papel central no reforço da conveniência de compra. Depois de 20 anos de crescimento e aprendizagem, lançámos, em 2021, o novo website do Continente Online, com melhor experiência de compra, mais personalização e uma maior oferta. Desde então, temos introduzido novas funcionalidades integradas com os diferentes ativos digitais do Continente, tais como os pagamentos com Continente Pay ou um serviço de registo e login únicos entre aplicações. Para além disso, em 2022, inovámos ao lançar o serviço de entregas rápidas de supermercado com a app Quico Continente.

www.continente.pt

35 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL CONTINENTE ONLINE | ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2024

UM RECONHECIMENTO

QUE FORTALECE A REPUTAÇÃO DA MARCA AGRILOJA

Para Andreia Grave, Diretora de Marketing e Comunicação Grupo Agris, detentor da insígnia Agriloja,o prémio Escolha do Consumidor representa a validação do compromisso da marca em oferecer produtos e serviços de qualidade que atendam às necessidades dos seus clientes.

Pelo 2º ano consecutivo, a Agriloja foi eleita marca nº1 pela Escolha do Consumidor 2024 na categoria de “Lojas de Agricultura e Animais”. O que representa este reconhecimento?

O reconhecimento pelo 2º ano consecutivo por parte dos consumidores, como marca n.º 1 na categoria de loja de agricultura e animais é um enorme orgulho para a Agriloja. Este prémio representa a validação do nosso compromisso em oferecer produtos e serviços de qualidade que atendam às necessidades dos nossos clientes. Este reconhecimento vem fortalecer a reputação da marca Agriloja, atrair novos clientes e reforçar a fidelidade dos já existentes, impulsionando assim o seu desenvolvimento e crescimento no mercado.

A marca disponibiliza uma vasta e diversificada gama de produtos, sendo a maior rede nacional de lojas para animais e plantas, com soluções destinadas ao Pet Lover, Garden Lover e Farmer. Esta é uma forma de reforçar expansão nos centros urbanos e acompanhar o novo perfil de clientes?

Estamos focados em trabalhar e dar resposta às necessidades dos nossos clientes, acompanhando as tendência de mercado, tendo uma oferta de produtos ajustada à procura dos nossos clientes em todas as tipologias de loja que Agriloja representa. A Agriloja desenvolveu o conceito Pets&Garden para as suas lojas de proximidade, lojas com menor dimensão que o conceito inicial da marca, contando já com duas lojas a nível nacional. Estas vão integrar a estratégia de expansão da marca, com foco nos centros urbanos para estar mais perto dos consumidores e oferecer uma experiência de visitação mais moderna e diferenciada, adequando o sortido de oferta para os amantes de animais de companhia e Jardim.

Que pontos fundamentais sustentam o projeto de expansão da marca? A aposta no crescimento do canal online é um desiderato assumido?

Os objetivos da Agriloja para expansão da marca passam por:

Se destacar como marca de referência em Portugal nas categorias que comercializa; abertura de novas lojas, aumentando a sua presença geográfica; renovar e modernizar lojas existentes; foco na

melhoria contínua da experiência do cliente; fortalecer e crescer no online, reforçando a conveniência para uma experiência omnicanal; sustentabilidade, integrar práticas sustentáveis em todas as operações, desde a cadeia de fornecimento até a gestão de resíduos, demonstrando um compromisso com a responsabilidade ambiental.

Acreditamos que estes objetivos e pontos fundamentais podem sustentar e impulsionar o projeto de expansão da marca Agriloja, garantindo o seu crescimento sustentável e sucesso a longo prazo.

A Agriloja é uma marca do Grupo Agris e está presente no continente e ilhas. A mais recente abertura foi no Fundão, reforçando a sua presença no centro do país. Qual a estratégia definida para continuar a destacar-se como marca de referência em Portugal e a melhorar a experiência de cliente?

A Agriloja está a responder ao desafio do consumidor cada vez mais exigente através de uma estratégia omnicanal que integra tanto o ambiente em lojas físicas quanto loja online e canais digitais, para proporcionar conforto e qualidade de experiência durante todo o processo de compra. Em lojas físicas, a Agriloja tem investido na modernização das suas lojas, criando espaços acolhedores e bem organizados que facilitam a visita e seleção de produtos. Além disso, estamos a trabalhar para melhorar constantemente o atendimento ao cliente, capacitando os colaboradores para oferecer um serviço personalizado e eficiente, capaz de atender às necessidades individuais de cada cliente. No ambiente digital, a Agriloja está a expandir a sua presença online através de uma plataforma de comércio eletrónico integrada e intuitiva, permitindo aos clientes fazerem compras de forma conveniente a partir de qualquer dispositivo, a qualquer hora do dia.

A estratégia omnicanal da Agriloja permite uma integração perfeita entre os diferentes canais de venda, proporcionando aos clientes uma experiência consistente e personalizada, independentemente de estarem a comprar online ou numa loja física. Isso não só aumenta a conveniência para os clientes, mas também permite à Agriloja oferecer um serviço mais eficiente e satisfatório, consolidando assim a sua posição como marca de referência em Portugal. geral.online@agriloja.pt • www.agriloja.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 36
ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2024 | AGRILOJA
Andreia Grave, Diretora de Marketing e Comunicação

O QUE MARCA A DIFERENÇA É A QUALIDADE

Liliana Pinto, marketing manager da Native Foods, em entrevista, evidencia a estratégia da marca assente na inovação da unidade industrial, para serem produtivos e, cada vez mais sustentáveis, na qualidade da matéria-prima e, consequentemente, no desenvolvimento de novos produtos.

A Native Açaí foi eleita Escolha do Consumidor, na categoria “Frutas Congeladas & Sorbets”. Qual a importância desta distinção no desenvolvimento da marca?

A Escolha do Consumidor é um selo de qualidade atribuído pelo melhor avaliador do mercado, o consumidor. Para esta distinção ser atribuída, as marcas passam pelo escrutínio do consumidor, sendo testadas e comparadas. Esta distinção dá-nos reconhecimento no mercado e é um prémio de performance para todos os que estão por detrás da marca.

Quais as características dos produtos Native Açaí? Quais os mais procurados pelos consumidores? Existe algum novo produto em desenvolvimento ou lançamento previsto?

Os Native são um alimento muito versátil! Podem ser simplesmente um sorbet, que rapidamente se torna numa bowl com fruta e granola, mas pode ser um smoothie e até uma sobremesa, se juntarmos uma bola de Native Açaí a um crepe! São uma alternativa para quem não pode consumir lactose, glúten e para quem prefere alimentos vegan

Os Native Açaí têm uma elevada incorporação de açaí, um superalimento rico em antioxidantes e ácidos gordos ómega 6 e 9.

São um superalimento, que de facto proporciona um momento de degustação e satisfação, mas que também proporciona benefícios! E tem opções! Pode escolher entre o Original (açaí com açúcar), o Açaí Zero Açúcares adicionados, adoçado com Stevia e o Açaí com Banana. Há para todos os gostos!

Qual o segredo para que os vossos produtos sejam uma referência no mercado? Como avalia a relação emocional dos consumidores com a marca?

O segredo é não haver segredo! É ser claro, principalmente, porque os nossos produtos são feitos de açaí que é um fruto da Amazónia, e pouco conhecido fora do Brasil. Mas o que marca a diferença é a qualidade. São um conjunto de requisitos que vão desde as instalações industriais, ao processo de fabrico, o controlo de qualidade, a escolha da fruta, a receita, a conceção da embalagem, o armazenamento, a comunicação da marca.

Somos a primeira indústria em Portugal a produzir sorbet de açaí. É uma marca portuguesa e há o apelo para consumirmos o que é nosso. A nossa embalagem foi inovadora, com certificação FSC, garantindo que o cartão provém de florestas bem geridas que proporcionam benefícios ambientais, sociais e económicos. O rótulo, com informação de acordo com a legislação europeia e a receita que vai ao encontro das indicações da OMS, para a redução de ingestão de açúcares.

Com uma presença de 25 anos no mercado, como é que a The Native Foods Company consegue continuar a inovar e a surpreender os seus consumidores? Que estratégia está desenhada para continuar a manter toda a qualidade e desenvolver novos produtos alinhados com as tendências de mercado?

A estratégia está assente na inovação da unidade industrial, para sermos produtivos e, cada vez mais sustentáveis, na qualidade da matéria-prima e, consequentemente, no desenvolvimento de novos produtos. Temos como oferta frutos nativos de vários pontos do mundo, para experiências de consumo diferentes e enriquecedoras. Em 2024, para se juntar ao Native Açaí, com açaí biológico, lançámos o Native Pitaya 0% Açúcares adicionados! A pitaya é um fruto nativo da América Central e Sul, que também transformamos em sorbet, com o mesmo conceito de consumo do Native Açaí, de cor rosa vibrante, sabor refrescante e também com valor nutricional!

Os Native Açaí são produtos para o consumidor que procura alimentos saudáveis e conveniência, mas sem esquecer a sustentabilidade.

info@nativefoods.pt

37 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
www.nativefoods.pt
NATIVE AÇAÍ | ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2024
Liliana Pinto, Marketing Manager

UM PARCEIRO DE NEGÓCIOS COM ADN NACIONAL

Em entrevista à Business Portugal, Andreia Agostinho, Diretora Comercial & Marketing da Frutorra, considera a distinção como Escolha do Consumidor uma validação dos esforços da marca para manter o foco contínuo na excelência do produto e na satisfação do cliente.

A Frutorra foi eleita Escolha do Consumidor, pelo terceiro ano consecutivo, na categoria de frutos secos. Qual a importância desta distinção no desenvolvimento da marca?

É uma conquista significativa para a Frutorra, como prova de consistência da nossa qualidade e um reflexo da satisfação dos nossos consumidores. Sentimos que esta distinção nos imprime maior credibilidade na confiança dos consumidores, sendo também um fator de diferenciação no mercado. Marcas que se destacam pela sua qualidade, tendem a gerar um maior sentimento de lealdade, num contexto em que a competitividade é crucial. Temos igualmente presente, que a visibilidade da distinção poderá também atrair novos consumidores. No mercado altamente competitivo de FMCG, este reconhecimento valida os esforços da marca e reforça a importância de manter um foco contínuo na excelência do produto e na satisfação do cliente, colocando-o no centro das decisões.

A Frutorra é uma das marcas líderes em Portugal de frutos secos. Quais os produtos mais procurados pelos consumidores? Existe algum novo produto em desenvolvimento ou lançamento previsto?

Como líderes de mercado branded em Portugal, sentimos a responsabilidade de manter-nos relevantes. Isso acontece quando, a par com a manutenção do negócio atual, conseguimos gerar interesse para a marca e dinamizamos a categoria, mostrando também os segmentos e novos nichos que serão relevantes apostar, com base nos insights que retiramos dos consumidores e do mercado.

Não só temos best sellers, aos quais os consumidores são fiéis e que representam a maior fatia do negócio, como temos um plano de inovação. Ainda recentemente, lançámos novos artigos: Os mixes América e África, que combinam frutos secos e snacks crocantes, com aromas intensos - para um segmento mais indulgente; assim como a mais recente novidade, castanhas cozidas sem pele, sem conservantes e

prontas a consumir - como um snack que se quer mais saudável, sem comprometer o sabor dos verdadeiros apreciadores de castanhas.

Uma marca não se pretende estática, muito mais quando procuramos novas formas de ser mais competitivos, inovadores e eficientes, para continuar a surpreender os consumidores.

Qual o segredo para que os vossos produtos sejam uma referência no mercado? Podemos dizer que existe uma relação emocional dos consumidores com a marca? Que outros fatores têm sustentado o vosso sucesso?

Gostaria de assumir que os consumidores têm uma relação emocional com a nossa marca, no entanto, esse é um caminho que humildemente estamos ainda a construir.

É verdade que a Frutorra tem procurado desenvolver uma conexão emocional por meio de valores compartilhados e experiências positivas de consumo. No entanto, outros fatores têm sustentado o sucesso, e que incluem o desenvolvimento de uma estratégia eficaz, uma distribuição ampla e acessível, colaborações estratégicas e um compromisso contínuo com a excelência em todos os aspetos do negócio, e que envolvem não apenas o consumidor final, mas todos os outros stakeholders. Não somos apenas uma marca que se afirma através da sua qualidade, somos parceiros de negócios, com ADN nacional e uma ambição de contínua melhoria.

Com uma presença de mais de 35 anos no mercado, como é que a Frutorra consegue continuar a inovar? Que estratégia está desenhada para continuar a manter toda a qualidade e desenvolver novos produtos?

Estamos atentos aos hábitos de consumo, preferências dos consumidores, avanços tecnológicos e tendências de mercado para identificarmos oportunidades, investindo em estudos de mercado, focus groups ou dados quantitativos de mercado. A par do conhecimento, fomentamos uma cultura interna que valoriza a inovação e a criatividade como elemento essencial para encorajar o nosso público interno a contribuir com ideias e soluções. Existe uma combinação de pesquisa contínua, colaboração, escuta ativa dos clientes e uma cultura organizacional que valoriza a inovação e a excelência. Adicionalmente, iremos apostar na construção de uma nova unidade de produção, especialmente vocacionada para dar resposta aos exigentes standards de segurança alimentar e potenciar uma maior eficiência nos processos, pretendendo escalar o negócio atual.

geral@frutorra.pt www.frutorra.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 38
ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2024 | FRUTORRA

HEINZ ARRECADA DISTINÇÃO

DOS CONSUMIDORES PORTUGUESES

Guilherme Secamilli, Managing Director Iberia na The Kraft Heinz Company, confirmou a importância do prémio ‘Produto do Ano 2024’ e adiantou as novidades da marca para Portugal.

O Heinz Tomate Frito foi distinguido com o selo Produto do Ano 2024, na categoria “Molhos”. Que importância esta distinção assume para a marca? Este reconhecimento vem reforçar o vosso posicionamento de qualidade e inovação em Portugal?

Na Heinz, o consumidor está sempre no centro e trabalhamos para proporcionar o melhor sabor em todos os nossos produtos. Uma inovação, como o Heinz Tomato Frito, não é apenas mais um molho de tomate, é uma ajuda para os nossos consumidores no seu dia a dia, permitindo-lhes ter acesso ao melhor sabor, mas diminuindo o tempo na cozinha, com um tomate já refogado. Receber a distinção de Produto do Ano 2024 é uma alegria enorme para a Heinz, o reconhecimento por parte dos consumidores deste trabalho e o reforço do posicionamento da marca: a sua iconicidade e os seus sabores únicos fazem da Heinz uma marca com um reconhecimento global de qualidade e confiança.

De que forma pode descrever o produto eleito? Que características fazem com que o Heinz Tomate Frito seja um produto merecedor da confiança dos consumidores?

Em Portugal, as famílias estão habituadas a cozinhar com polpa de tomate, à qual têm de adicionar cebola e alho para refogar. Heinz Tomato Frito é conveniente porque nós adiantamos o refogado, oferecendo uma base conveniente, natural e deliciosa para qualquer receita.

Heinz Tomato Frito é um molho de tomate preparado da maneira tradicional: refogamos os alhos e as cebolas frescos em óleo vegetal por 2,5 horas e misturamos com os nossos deliciosos tomates 100%

amadurecidos ao sol do Mediterrâneo, sal e açúcar. Sem glúten, sem conservantes e sem adição de aromas. O sabor delicado, rico e irresistível, e a textura macia tornam-no na base perfeita para guisados, massas, pizzas ou pratos de arroz. Sendo um molho já cozinhado, pode adicionar-se na fase final das receitas ou diretamente com qualquer acompanhamento, quente ou frio.

A extensão da gama de Tomate Frito e o lançamento da Polpa de Tomate (100% Tomate) compõem o primeiro projeto exclusivo dedicado a Portugal na história da marca. A Heinz já lidera a subcategoria de Tomate Frito em Portugal, quais os objetivos a longo prazo? Que novidades podem os consumidores esperar neste ano de 2024?

Os molhos de tomate estão na base da cozinha Portuguesa, por isso, estas categorias são o foco da marca neste mercado. A Polpa de Tomate está presente na grande maioria dos lares portugueses e por isso a Heinz lançou uma polpa deliciosa, com textura aveludada e de baixa acidez, composta por tomates 100% naturais amadurecidos ao sol do mediterrâneo (1 embalagem equivale a 14 tomates). No caso do Tomate Frito, é um subsegmento relativamente recente para o consumidor português, mas muito conveniente: a base de tomate já foi refogada e por isso oferece rapidez e um sabor superior às receitas. Neste subsegmento, a Heinz é lider de mercado. A longo prazo, continuaremos a inovar em receitas e formatos, para servir o consumidor português com as melhores base culinárias.

A Heinz anunciou uma parceria com a Ferbar para distribuir os seus produtos de tomate em Portugal (excluindo os ketchups). Qual o objetivo inerente a esta parceria? A estratégia de desenvolvimento da Heinz na Europa tem a categoria de tomate como grande pilar para o crescimento da marca?

A Heinz é a marca especialista em tomate, por excelência. São mais de 150 anos de experiência e inovação em molhos, da cozinha até à mesa. Neste sentido, as categorias de tomate culinário, com molhos e bases para cozinhar, ganham relevância, principalmente num momento em que os consumidores procuram mais inspiração para cozinhar receitas rápidas e saborosas e onde a conveniência e a qualidade são um requisito. A estratégia de desenvolvimento da marca passa, também, pelo crescimento desta categoria, oferecendo produtos de elevado valor tanto para os consumidores como para o mercado (clientes e stakeholders). Isto só pode ser feito através dos melhores distribuidores que temos em Portugal.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 40
PRODUTO DO ANO 2024 | HEINZ
Guilherme Secamilli, Managing Director

Heinz Tomate Frito

Tomate já refogado com cebola e alhos frescos, cozinhados lentamente por mais de 2 horas. Com tomates 100% amadurecidos ao sol do mediterrâneo.

ENSINO SUPERIOR

O Ensino Superior desempenha um papel fundamental na formação de indivíduos, impulsionando o desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional. Ao longo das últimas décadas, o Ensino Superior tem evoluído para responder às demandas de uma sociedade em constante mudança, enfrentando desafios e oportunidades únicas num mundo cada vez mais globalizado e tecnológico.

O Ensino Superior desempenha um papel vital na produção e disseminação do conhecimento, impulsionando a inovação e o progresso em diversas áreas. A investigação realizada nas instituições de ensino superior expande não apenas os limites do conhecimento humano, mas também contribui para o desenvolvimento de soluções para os desafios globais, desde questões de saúde e sustentabilidade até avanços tecnológicos e sociais.

Outro aspeto crucial do Ensino Superior é a sua capacidade de preparar os estudantes para o mercado de trabalho, fornecendo habilidades e competências essenciais para o sucesso profissional. Através de programas académicos e experiências práticas, as instituições de ensino superior ajudam os alunos a desenvolver habilidades de pensamento crítico, resolução de problemas, comunicação eficaz e colaboração, capacitando-os a enfrentar os desafios do mundo real.

UMA ESCOLA ABERTA PARA O MUNDO

Professor Pedro Oliveira, Dean da Nova SBE, em entrevista, dá a conhecer o universo da instituição de ensino superior, evidenciando o foco na integração de tecnologias avançadas para promover uma educação de alta qualidade, bem como a missão de ser uma comunidade dedicada ao desenvolvimento de talento e conhecimento com impacto no mundo.

Como é que a Nova SBE – Nova School of Business & Economics se tem adaptado aos desafios em constante evolução do mundo nas últimas décadas, mantendo-se fiel aos seus valores fundamentais? Como é que esses valores se refletem nas políticas e práticas institucionais?

Na Nova SBE temos enfrentado os desafios complexos e dinâmicos do mundo, com base nos nossos valores de rigor, impacto, vanguardismo, abertura ao mundo e conectividade. Estes valores inspiram as nossas escolhas e iniciativas, tanto na qualidade académica e inovação pedagógica dos programas que oferecemos, como na investigação que desenvolvemos. As políticas e práticas institucionais pautam-se por estes mesmos valores, suportados pela relevância e ética que assumimos, pela diversidade e cooperação que incentivamos, pela sustentabilidade e responsabilidade que demonstramos e pela transformação positiva que procuramos para a sociedade.

Outra dimensão que nos ajuda a dar resposta às constantes mudanças da sociedade é a internacionalização dos nossos alunos e professores e a diversidade que daí advém, uma vez que trabalham e estudam na Nova SBE professores e alunos de mais de 92 países de todo o mundo.

Considerando a missão da Nova SBE de desenvolver talento e conhecimento com impacto no mundo, como é que a instituição integra essa missão nos seus programas académicos e atividades de investigação? Que iniciativas específicas destacariam como exemplos dessa integração?

A missão da Nova SBE de desenvolver talento e conhecimento com impacto no mundo é transversal a todos os seus programas académicos e atividades de investigação. A instituição procura oferecer uma educação de excelência que prepare os alunos para os desafios globais, estimule o seu pensamento crítico e criativo, e

promova o seu compromisso com a sociedade. Alguns exemplos de iniciativas que ilustram essa missão são:

- Os Project-based Learning (PBL), que são espaços interativos e multidisciplinares onde os alunos podem aplicar os seus conhecimentos teóricos a problemas reais, propostos por empresas, instituições ou organizações da sociedade civil, e

- Os Knowledge Centers (Centros de Conhecimento) que são unidades especializadas em áreas estratégicas, como Economia e Política Social, Educação, Finanças, Dados, ou Liderança, que produzem conhecimento relevante e de alto impacto, em colaboração com parceiros nacionais e internacionais.

Como é que a Nova SBE fomenta uma cultura de colaboração e inovação entre alunos, professores, pesquisadores e parceiros externos? Quais são os principais mecanismos ou programas que promovem essa colaboração e como é que eles têm contribuído para o sucesso da instituição?

A Nova SBE incentiva uma cultura de colaboração e inovação entre todos os membros da sua comunidade, bem como com os seus parceiros externos, apostando essencialmente na diversidade e na inclusão, tanto na composição do nosso corpo docente, como no nosso cohort de alunos. Valorizamos, em toda a nossa atividade, a partilha de ideias e experiências e a co-criação, através de diferentes plataformas e eventos, nomeadamente com os mais de 35 Clubes de Alunos que temos, os nossos Institutos e os nove Centros de Conhecimentos, além dos Institutos, que reúnem professores com foco na investigação de topo, projetos

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 44 ENSINO SUPERIOR | NOVA SBE
Professor Pedro Oliveira, Dean

com empresas e com uma vertente mais aplicada e alunos que integram projetos no decorrer dos seus próprios programas. Para além destes mecanismos, importa salientar a nossa rede de Antigos Alunos, um exemplo máximo de colaboração a vários níveis: apoio na internacionalização da Nova SBE, no desenvolvimento profissionais e de carreira, por exemplo com programas de mentoria e com inúmeras oportunidades de recrutamento.

A internacionalização é uma prioridade para a Nova SBE. Quais são os principais desafios e oportunidades enfrentados ao expandir a presença da instituição globalmente? Como é que a Nova SBE pretende superar esses desafios e maximizar as oportunidades de crescimento internacional?

A internacionalização é, sem dúvida, uma prioridade para a Nova SBE. Ser uma escola aberta para o mundo faz parte dos seus valores atuais, mas já os seus fundadores e antigos diretores tinham essa premissa quando pensaram lançar o primeiro programa de MBA, ou mesmo a primeira licenciatura em inglês. No entanto, é claro que uma estratégia de internacionalização apresenta vários desafios. Entre os principais estão a adaptação a diferentes culturas e os seus sistemas educacionais, a necessidade de estabelecer parcerias estratégicas com instituições internacionais, e a garantia de que a qualidade do ensino e da investigação da Nova SBE não é comprometida. Além disso, a competição que se faz sentir entre instituições de ensino superior em todo o mundo é outro desafio significativo.

No entanto, a Nova SBE vê estes desafios como oportunidades para crescimento e inovação. Pretendemos superar estes desafios através da construção de uma forte rede de parcerias internacionais, como são já exemplos a parceria com o D^3 Digital Data Design Institute da Universidade de Harvard, ou a mais recente parceria com a Carnegie-Mellon University investindo em programas de intercâmbio para alunos e docentes, e adaptando os nossos programas para corresponder às necessidades de um mercado global.

Além disso, a Nova SBE continua a desenvolver oportunidades de crescimento internacional através da promoção da sua marca e reputação no exterior, atraindo alunos e docentes de alta qualidade de todo o mundo.

Como é que promovem a integração de tecnologias avançadas nos seus programas académicos e atividades de investigação? Em que medida essas tecnologias têm contribuído para melhorar a experiência de aprendizagem dos alunos e impulsionar a inovação na instituição?

A Nova SBE tem feito um esforço significativo para integrar tecnologias avançadas nos seus programas académicos e atividades de investigação. Com a pandemia, o processo de digitalização transversal na escola acelerou e rapidamente quer a lecionação dos programas, quer o trabalho das equipas passou a ser feito num modelo híbrido com o uso de ferramentas digitais e plataformas de aprendizagem online, permitindo aos alunos

e colaboradores aceder a materiais e colaborar em projetos de forma eficiente.

Além disso, a Nova SBE também promove a investigação em áreas tecnológicas emergentes como: análise de dados, desde logo com a criação do seu Data Science Knowledge Center, um Mestrado em Business Analytics desde 2021, ou mesmo o curso inovador de Elementos de IA, em parceria com a Universidade de Helsínquia; e inteligência artificial sendo pioneira na organização de talks e conferências sobre o tema e o seu impacto na Educação, ou mesmo através da parceria já referida com o D^# Digital Data Design Institute at Harvard.

Para além disto, estamos a preparar os nossos alunos para o mercado de trabalho digital com a integração de tecnologias digitais nos currículos dos nossos programas, ensinando-lhes competências técnicas essenciais como programação e análise de dados. Desde cedo, assim que começámos a assistir à democratização do Chat GPT e outras ferramentas de Open AI, incentivámos alunos e professores à exploração destas ferramentas.

Diante do atual cenário global, quais são os principais planos e prioridades da Nova SBE para o futuro próximo? Como é que a instituição pretende continuar a destacar-se como líder em educação superior e investigação, enquanto mantém o compromisso com a sua missão e valores fundamentais?

Como Diretor da Nova SBE, os nossos principais planos e prioridades para o futuro próximo estão alinhados com a nossa missão de ser uma instituição líder em ensino superior e investigação, mantendo o compromisso com os nossos valores fundamentais de rigor, impacto e abertura ao mundo Estamos focados na integração de tecnologias avançadas para promover uma educação de alta qualidade e conduzir sempre de forma pioneira a inovação. O estabelecimento de parcerias internacionais com universidades e organizações não-académicas que estão entre as melhores do mundo, é importante para a consolidação da reputação académica no contexto global. Sendo uma importante iniciativa para internacionalização, continua a ser uma aposta forte, com uma estratégia de recrutamento de longo prazo para atrair e reter um corpo docente de excelência, captar financiamento e consolidar a relação de proximidade e parceria com as empresas.

O crescimento da área de investigação, orientada ao impacto, é um dos nossos objetivos principais, alicerçado no desenvolvimento de novos institutos em áreas cruciais que já tenho vindo a partilhar como Sustentabilidade, Políticas Públicas e Governo, e Longevidade, em parceira com a Faculdade de Ciências Médicas da NOVA (Nova Medical School).

A Nova SBE tem vivido uma transformação significativa nos últimos anos, desde a mudança para o novo campus de Carcavelos, até ao reforço do reconhecimento internacional, especialmente nos nossos programas de mestrado. Estes esforços refletem a nossa convicção de que é necessário crescer com uma forte orientação internacional, mantendo sempre em vista a excelência e a inovação.

45 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
NOVA SBE | ENSINO SUPERIOR

“A INOVAÇÃO ESTÁ ENRAIZADA NO NOSSO ENSINO”

A Diretora Jenny Lao Phillips, em entrevista, dá a conhecer o universo da Faculty of Business and Law, a abordagem internacional do ensino e os programas académicos.

Considerando o foco da Faculty of Business and Law na formação de líderes empreendedores e socialmente responsáveis, como é que vê o papel da inovação no desenvolvimento desses líderes, especialmente num mundo em constante mudança e desafios sociais complexos?

A inovação está enraizada no nosso ensino e nos nossos projetos. Incorporamos visitas de estudo a organizações em Macau e na área da Grande Baía (Guangdong-Hong Kong-Macau - GBA), expomos os alunos a eventos regionais e convidamos especialistas da indústria para partilharem a sua experiência, por forma a manter os nossos alunos atualizados sobre o que está a acontecer na sociedade em que vivemos. Ao contrário de outros programas de BBA, o nosso objetivo é facilitar o desenvolvimento da rede de contactos dos nossos alunos, durante os quatro anos de estudo. Ao nível do mestrado, organizamos eventos de networking para os nossos alunos com especialistas dos vários setores. A nossa faculdade também criou uma incubadora que auxilia os nossos alunos no desenvolvimento das suas ideias de negócios e faz a ponte entre os alunos e outras faculdades com o objetivo de comercializar os resultados das suas pesquisas. Este papel é apoiado pela rede de contactos na GBA que a FBL tem vindo a desenvolver criando parcerias nas diversas cidades da Grande Baía, que oferecem plataformas para o desenvolvimento dos nossos alunos. A inovação é altamente valorizada na nossa faculdade e enraizada na nossa Universidade, com laboratórios de pesquisa pioneiros em neuro

marketing, ciências ambientais e estúdios de design com instalações de última geração. O objetivo da nossa universidade é apoiar nossos alunos a pensar criativamente.

A abordagem internacional do ensino combinando métodos de resolução de problemas, estudos de caso e aprendizagem baseada em projetos, é fascinante. Como é que essa abordagem tem impactado não apenas a formação dos estudantes, mas também a cultura académica e a colaboração entre os membros do corpo docente de diferentes nacionalidades?

Os métodos de ensino da nossa Faculdade são concebidos para melhorar o pensamento crítico e criatividade dos nossos alunos e para incentivar o trabalho em equipa. Isso também incentiva os nossos professores a utilizar métodos de ensino criativos. A nossa equipa de dez professores com diferentes nacionalidades, expõem os nossos alunos a diferentes culturas e proporciona um intercâmbio cultural entre os membros do nosso corpo docente. Com diferentes competências ao nível da formação, e um ambiente cultural diversificado, a Faculdade trabalha em equipa nos vários programas lecionados, na investigação e desenvolve ainda vários projetos com instituições parceiras em Portugal, Brasil, China Continental e outros países europeus e asiáticos.

O programa académico oferecido pela Faculty of Business and Law abrange uma ampla gama de áreas, desde Administração de Negócios até Estudos Governamentais e Desenvolvimento Comunitário. Como é que vê a interseção dessas áreas de estudo na formação de profissionais capazes de enfrentar desafios complexos e promover mudanças significativas na sociedade?

Nos programas de mestrado temos alguns módulos comuns aos vários programas. Alunos de diferentes cursos compartilham ideias e experiências. Por exemplo, os nossos alunos de Business e os de Desenvolvimento Comunitário trabalham juntos no módulo de Empreendedorismo para identificar problemas sociais e desenvolver ideias de negócios para que os possam vir a solucionar. Estes módulos partilhados permitem que estudantes de diferentes disciplinas analisem questões de diferentes setores sociais e ponderem sobre soluções intersectoriais, combinando organizações governamentais, empresas e organizações sem fins lucrativos. Em todos os nossos programas, promovemos que cada organização seja uma entidade social. Incentivamos os alunos a pensar em ideias de negócios que resolvam problemas sociais ou que façam os nossos alunos de Estudos Governamentais e Desenvolvimento Comunitário aplicar conhecimentos de gestão empresarial para desenvolver setores públicos e sem fins lucrativos.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 46 ENSINO SUPERIOR | UNIVERSITY OF SAINT JOSEPH (MACAO)
Jenny Lao Phillips, Diretora
OLHO SECO • DOENÇAS RARAS • METABOLISMO SAÚDE FEMININA • DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO • TABAGISMO • SAÚDE PERIODONTAL
E INOVAÇÃO NA OFTALMOLOGIA
QUALIDADE

50 ANOS URSAPHARM

É com grande orgulho que partilhamos a comemoração do 50.º aniversário da URSAPHARM

Fundada na Alemanha em 1974, a URSAPHARM é uma das empresas líderes no campo da oftalmologia, com uma vasta gama de medicamentos e dispositivos médicos, esta data é um marco significativo da nossa história. Enfrentamos todos os desafios olhando para o futuro, esforçando-nos por um crescimento qualitativo contínuo e um reforço do posicionamento da URSAPHARM, como o parceiro por excelência no campo da oftalmologia.

O nosso agradecimento a todos que fizeram, fazem e farão parte deste percurso de sucesso, que não pára aqui!!!

Desenvolvimento da empresa

A ideia é o pilar do desenvolvimento. As ideias começam pequenas.

A fundação da URSAPHARM

Tudo começa com uma ideia simples. Na década de 70, as doenças oculares da população do Sarre são tratadas maioritariamente com os produtos provenientes de farmácias nas proximidades, na vizinha França. Uma lacuna no mercado, segundo a opinião de quatro farmacêuticos de Saarland, Albrecht Holzer, Dieter Trox, Werner Buxmann e Werner Bernhard, que acabariam por fundar a URSAPHARM Arzneimittel GmbH em 1974.

Através da distribuição inicial de medicamentos oftalmológicos provenientes da vizinha França e em apenas alguns anos após a sua fundação, a produção própria de medicamentos oftalmológicos de alta qualidade “Made in Germany” já era uma referência. O resultado fala por si: em apenas dez anos, a URSAPHARM produziu uma vasta gama de produtos farmacêuticos no campo da oftalmologia.

A primeira grande patente

Dez anos depois, em 1993, a URSAPHARM desenvolveu um sistema inovador: A introdução no mercado do sistema COMOD®, desenvolvido pela própria empresa e imediatamente patenteado. Com o recipiente do produto inteligentemente integrado e associado a uma bomba doseadora, o novo produto é uma revolução no campo da oftalmologia: pois até à data era considerado impossível manter preparações líquidas esterilizadas e duráveis, como por exemplo, gotas oftalmológicas, por um longo período de tempo, sem a adição de conservantes que danificam a superfície ocular. O sistema patenteado de COMOD® (do inglês “COntinuous MOnoDose”, que significa dose única contínua) impede de forma confiável que a solução contida no interior do sistema de aplicação entre em contacto com o ar ambiente. A consequência: Todos os germes são mantidos afastados da solução, assegurando uma aplicação esterilizada, mesmo depois da abertura do frasco.

As gotas oftalmológicas HYLO GEL ® tornaram-se reembolsáveis

Em 2008, a URSAPHARM alcançou outro marco importante na história da empresa. Pela primeira vez é oficialmente confirmada a necessidade de uma terapia com uma solução de ácido hialurónico de alta qualidade. O Comité Federal Alemão (GBA) verificou que no mercado alemão não havia alternativa para as gotas oftalmológicas HYLO GEL® produzidas pela URSAPHARM. Assim, o HYLO GEL® é o primeiro dispositivo médico destinado à hidratação dos olhos secos na história alemã, a ser classificado como produto de prescrição. A consequência: desde então e pela primeira vez, as seguradoras passaram a assumir os custos do tratamento com as gotas oftalmológicas HYLO GEL® em determinados casos médicos (tais como perturbações nas glândulas lacrimais, diversas doenças auto-imunes, incapacidade de fechar completamente as pálpebras (lagoftalmia) e paralisias dos nervos faciais (paralisia facial).

Os nossos colaboradores e a mais moderna das tecnologias: o pilar da empresa

O sucesso da empresa URSAPHARM é determinado primeiro pelas pessoas. O poder criativo dos colaboradores, a dedicação e a sua

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 48
URSAPHARM
Pedro Pires Antunes, Managing Director

motivação são a base para uma posição predominante no mercado e o forte motor para o desenvolvimento de produtos inovadores. Mais de 600 colaboradores altamente qualificados na nossa sede principal da Alemanha e nos países de comercialização garantem o sucesso da empresa, através do seu empenho.

O sucesso da URSAPHARM não é uma coincidência. Desde o início, a empresa aposta especialmente na satisfação dos seus colaboradores. O sucesso, segundo as diretivas desta empresa farmacêutica, é determinado primeiro pelas pessoas. Portanto é lógico que na URSAPHARM exista desde o início uma hierarquia horizontal. Distâncias curtas, decisões rápidas – nos espaços comuns do pessoal surge a criatividade e a inovação. É dedicado muito tempo e atenção ao ensino e à formação contínua, bem como à transferência de conhecimentos na URSAPHARM. Quer seja no setor técnico, medicinal e farmacológico ou no setor comercial: a alta taxa de aquisição de talentos fala por si. Assim, não é de estranhar que muitos dos colaboradores da URSAPHARM passem toda a sua carreira profissional na empresa.

Para além da força de criação e mão de obra humana, um fabricante de produtos farmacêuticos necessita sempre e acima de tudo de equipamentos técnicos de última geração para implementar as suas inovações. Há décadas que a URSAPHARM tem vindo a investir regularmente nas suas instalações de produção. Hoje, em instalações de produção altamente modernizadas, surgem produtos farmacêuticos e medicinais de alta qualidade e com uma elevada eficiência. Nas

chamadas “salas limpas” (ambientes de produção controlados), são produzidas formas de dosagem esterilizadas líquidas e semi-sólidas, como colírios, pomadas oftalmológicas e gotas oftalmológicas. Os elevados padrões da URSAPHARM estão comprovados por inúmeras auditorias realizadas por autoridades nacionais e internacionais, sempre concluídas com êxito. Para nós a “Sustentabilidade” é uma questão chave na empresa: métodos e sistemas de produção favoráveis ao meio ambiente são uma prática estabelecida há muitos anos. Sendo uma empresa progressista e inovadora, enfrentamos todos os desafios olhando para o futuro, esforçando-nos por um crescimento qualitativo contínuo e um reforço do posicionamento da URSAPHARM, como o parceiro por excelência no campo da oftalmologia.

A combinação única de ácido hialurónico e ectoína natural. Hidratação, proteção do olho seco e alívio dos sintomas inflamat órios.

MODO DE AÇÃO DUPLO

SECURA OCULAR MODERADA OU GRAVE SEM CONSERVANTES E SEM FOSFATOS

Hidratação moderada do olho seco

Alívio das reações inflamatórias e alérgicas

Hidratação intensiva e duradoura do olho muito seco

Alívio sustentado dos sintomas inflamatórios

Hylo Dual® e Hylo Dual Intense® (Dispositivos médicos). Soluções estéreis sem conservantes para uso ocular. Não conserve o frasco mais de 6 meses após a primeira abertura. Manter fora da vista e do alcance das crianças. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização. Para mais informações contacte a Ursapharm: Av. Dom João II, 20 - 1º, 1990-091, Lisboa, info@ursapharm.pt / www.ursapharm.pt

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Farmacovigilância: (+351) 21 8863595 farmacovigilância@ursapharm.pt
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URSAPHARM

INOVAÇÃO TERAPÊUTICA EM DOENÇAS RARAS

João Roxo, Head of Rare Diseases PIAM Iberia, em entrevista à Revista Business Portugal, traça um balanço da trajetória da empresa no mercado nacional, partilha insights valiosos sobre o atual panorama das doenças raras em Portugal e na Europa, bem como da investigação e inovação de novos produtos, que se assume uma grande aposta da PIAM.

A PIAM Iberia oficializou a sua entrada no mercado português no último trimestre de 2022. Que balanço faz deste percurso?

A expansão da PIAM em 2022, para Portugal e Espanha, foi o resultado do compromisso criado entre o laboratório e a sociedade, nomeadamente para com os doentes raros. Com nossa premissa de que cada doente tem direito ao melhor tratamento possível. Assim sendo, tentámos que o contributo dessa expansão, junto da

comunidade médica, fosse sustentável e positivo, beneficiando deste modo a qualidade de vida dos doentes.

Creio que o balanço tem sido extremamente positivo. Com foco essencial nas necessidades de saúde e no bem-estar da população, a PIAM Iberia tem priorizado a inovação terapêutica em doenças raras, nomeadamente nas doenças hereditárias do metabolismo, com a integração de um pipeline inovador e a criação de novas linhas de negócio, especializadas para este tipo de doenças. Exemplo disso, é a criação de uma linha nutricional específica de suplementos alimentares de uso médico (MEDIFOOD), destinados ao tratamento dietético de doentes raros, que estão impossibilitados de utilizar alimentos comuns para satisfazer as suas necessidades nutricionais. Com a MEDIFOOD, e através dos seus suplementos, a PIAM consegue chegar de forma original e personalizada aos doentes com doenças metabólicas, suplementando-os consoante a sua necessidade individual e as fases da sua vida.

Adicionalmente, temos vindo a integrar e a cooperar em áreas terapêuticas emergentes, procurando lançar medicamentos caracterizados por serem soluções inovadoras, designadamente em doenças altamente complexas e com necessidades médicas não atendidas.

Como analisa o atual panorama das Doenças Raras em Portugal e na Europa?

É importante referir que sensivelmente 6% da população em Portugal é afetada por estas patologias, não podendo, de igual forma, deixar de se considerar todo o agregado familiar e terceiros envolvidos. Nesta perspetiva, considero que, dadas as limitações e condicionantes pessoais e sociais dos doentes raros, bem como o peso social e emocional que representam para a sociedade, devem ser encarados como urgentes e prioritários os investimentos na inovação e evolução deste tipo de doenças, quer pelo sector publico, quer eventualmente pelo sector privado.

Quando abordamos o tema DR, falamos na maioria dos casos, de um quadro clínico extremamente complexo, com distintas comorbilidades, as quais obrigam a uma intervenção e suporte médico-farmacêutico integrada tendo em consideração uma visão holística de cada caso. Contextualizando, e na minha opinião, é

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DOENÇAS RARAS | PIAM IBERIA
Dr. João Roxo, Head of Rare Diseases

necessário ter presente que existe uma série de fatores desfavoráveis ao investimento neste tipo de doenças, designadamente a sua gravidade, raridade e diversidade. Estes fatores tornam as DR particularmente pouco atrativas às intervenções do sector da saúde.

Nos últimos anos tem-se verificado uma série de iniciativas do SNS, particularmente na melhoria do acesso aos cuidados de saúde e a criação do cartão da pessoa com doença rara.

Este conjunto de iniciativas, procura assegurar o acesso do doente raro em situações de urgência e/ou emergência clínica, tal como melhorar a continuidade de cuidados, assegurando que a informação clínica relevante da pessoa com DR está na sua posse. Adicionalmente, tem-se tentado facilitar o encaminhamento apropriado e rápido para a unidade de saúde, com vista a assegurar efetivamente os cuidados de saúde adequados ao doente. Quando falamos sobre o panorama das DR, importa salientar a criação e definição dos centros de referência, ferramenta crucial no diagnóstico precoce e acompanhamento dos doentes. Os centros têm uma participação ativa e um papel fundamental, possibilitando que o utente tenha um seguimento adaptado ao seu estado de saúde, através do acompanhamento de equipas multidisciplinares com elevadas competência clínicas, científicas e tecnológicas. Estas medidas, tornam mais efetivo os cuidados prestados em centros que se creem altamente especializados.

A constatação de que outras situações carecem de uma maior atenção por parte do Estado, sustenta e reforça a necessidade de intervir nas DR de forma integrada, considerando não só a realidade existente nos serviços de saúde, como também os recursos e as necessidades e expectativas dos doentes e das suas famílias.

Se fizer um pequeno exercício, e entender que os doentes raros fazem medicações concomitantes que podem, por sua vez, desencadear diferentes interações medicamentosas, consegue facilmente percecionar que alguns dos investimentos a ponderar seriam em termos farmacológicos. Elevar o papel do farmacêutico hospitalar nestes casos mais complexos e criar uma consulta farmacêutica hospitalar, sobretudo em casos que carecem de uma maior preocupação e acompanhamento, poderá ser um investimento interessante e necessário. É uma iniciativa que permitirá maior integração do doente raro na sociedade, como também otimizar a sua qualidade de vida.

Assim, parece-me que os serviços farmacêuticos hospitalares, em paralelo com as equipas médicas, permitem, em larga escala, minimizar e prever o impacto dos efeitos adversos associados às terapias para este tipo de patologias.

Considero, ainda, que é crucial continuar a trabalhar e incentivar, a criação de grupos de estudo e discussão, multidisciplinares, entre os diferentes países da europa, uma vez que as práticas de guidelines nutricionais e médicas não são iguais entre países, tal como o nível de formação.

No âmbito da Nutrição Clínica, que importância têm os suplementos alimentares de uso médico destinados ao tratamento dietético de doentes raros?

Como referi anteriormente, a PIAM Iberia, ao entender a real importância da nutrição e a necessidade de novas abordagens tera-

pêuticas e de suplementação nas DR, desenvolveu a MEDIFOOD. A maioria dos doentes raros, nomeadamente os doentes com DHM (Doença Hereditária do Metabolismo), estão impossibilitados de utilizar alimentos comuns e de ter uma alimentação “normal” para satisfazer as suas necessidades nutricionais.

Em consonância com esta necessidade, surge a existência de haver disponível maior arsenal terapêutico, não só em formulações inovadoras, como em sabores e posologias distintas. A monotonia da alimentação bem como a necessidade destes doentes em terem mais soluções, é um dos gatilhos que levam a PIAM em investir e priorizar a nutrição clínica a curto-médio prazo.

Neste âmbito, a ambição da PIAM é a de continuar auxiliar este tipo de doentes com diferentes fórmulas, planeadas on time para a necessidade e gosto do doente durante toda a sua vida, desde a idade pediátrica à adulta. Desta forma, e através da linha MEDIFOOD, conseguimos aumentar o grau de satisfação pessoal do doente, a sua motivação para cumprir compliance terapêutica, incrementar a inovação e, como consequência, aumentar qualidade de vida dos doentes.

A investigação e inovação de novos produtos é uma grande aposta da PIAM. Há alguma novidade para breve?

A aposta na Investigação & Desenvolvimento (I&D) em novos produtos tem sido e vai continuar a ser uma das grandes prioridades da PIAM. Este investimento acompanha a tendência crescente que, “obrigatoriamente”, a Companhia terá de acompanhar ao longo dos próximos anos para que continue a estar presente no mercado e próxima dos doentes. A importância de introdução de novos fármacos é uma das grandes ambições da PIAM.

Com o objetivo de aumentar a qualidade de vida do doente, esperamos ter algumas novidades a curto prazo. O aumento de forma sustentada e gradual do pipeline, através de lançamento de novas unidades de negócio, de medicamentos órfãos, mas também de suplementos inovadores para doenças raras, é um objetivo não só presente, mas contínuo. A aposta estratégica em programas de investigação, bem como em parcerias com centros de expertise, constitui um compromisso criado entre a Companhia e a sociedade, sendo tal uma premissa fundamental para o desenvolvimento de novos tratamentos. A nível ibérico, a importância e presença da PIAM, em Portugal e Espanha, tem permitido desenvolver novos tratamentos e abordagens, aumentar pipeline com produtos inovadores e de excelência, apoiar famílias afetadas e desenvolver novas terapias, gerando e partilhando, deste modo, conhecimento em toda a comunidade médica.

info@piamfarmaceutici.com www.piamfarmaceutici.com

51 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL PIAM IBERIA | DOENÇAS RARAS

O Dia Internacional da Saúde Feminina é celebrado a 28 de maio.

Este dia, criado em 1987, visa alertar a população para a desigualdade entre mulheres e homens no acesso aos cuidados de saúde e promover ações de sensibilização para a importância da saúde feminina e do devido acompanhamento médico a todas as mulheres. Algumas patologias são exclusivas da mulher, chamando este dia também a atenção para sintomas e doenças do sexo feminino e para a necessidade de uma higiene diária cuidada. Nos países em vias de desenvolvimento, muitas jovens e mulheres são vítimas de discriminação no acesso aos cuidados de saúde, com base em fatores socioculturais. Esta situação é relembrada uma vez por ano, a 28 de maio, mas exige o esforço diário de todos para ser contornada. Neste dia de ação, governos, agências internacionais, organizações civis e outros tipos de entidades unem-se na promoção da saúde feminina.

Higiene íntima

A higiene íntima consiste na utilização de um produto que não agrida os genitais externos, com características diferentes da restante superfície corporal, contribuindo para o bem-estar, conforto, segurança e saúde da mulher.

Menopausa

A menopausa afeta as mulheres, em média, a partir dos 50 anos.

Os principais efeitos da menopausa na saúde da mulher são a ausência de menstruação e impossibilidade de engravidar.

Osteoporose

A osteoporose é uma doença metabólica em que os ossos se vão tornando cada vez mais frágeis, conduzindo a um risco acrescido de fratura, em particular na anca, coluna vertebral e membros superiores.

A osteoporose afeta 800 mil portugueses, tendo maior incidência nas mulheres após a menopausa, numa relação de um homem para cada três ou quatro mulheres afetadas, realidade comum em todo o mundo.

Secura vaginal

A secura vaginal é a falta ou ausência de humidificação natural da vagina. Graças ao corrimento de um muco transparente que visa proteger as paredes vaginais, a vagina mantém a sua elasticidade e mantém uma textura macia. Além da dor, a secura vaginal pode afetar a harmonia do casal e levar a problemas psicológicos nas mulheres. Stress, medo, culpa e baixa líbido são obstáculos para a realização pessoal das mulheres.

Incontinência Urinária Feminina

A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina, sendo mais frequente na população feminina. Apesar das perdas involuntárias de urina interferirem significativamente na qualidade de vida, a incontinência urinária feminina continua a ser subdiagnosticada. Trata-se de uma situação muitas vezes ocultada, por vergonha ou por ser associada ao processo normal de envelhecimento.

Vírus do Papiloma Humano (HPV)

O vírus do papiloma humano, também conhecido por HPV, é responsável por um elevado número de infeções que, na maioria das vezes, não apresentam sintomas e são de regressão espontânea. Esta é uma das infeções de transmissão sexual mais comuns a nível mundial.

Síndrome do Ovário Poliquístico

A Síndrome do Ovário Poliquístico (SOP) é uma doença que afeta 10 a 15% das mulheres. É uma das causas mais comuns de infertilidade, podendo provocar alterações do ciclo menstrual, quistos nos ovários e dificuldade em engravidar.

Cancro da Mama

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama, e 1.800 mulheres morrem com esta doença.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 54 DIA INTERNACIONAL DA SAÚDE FEMININA

HPV: UM VÍRUS

QUE PRECISA DE SER TRAVADO

A Procare Health é uma empresa biotecnológica que se dedica a investigar, desenvolver e comercializar soluções terapêuticas, exclusivamente dedica à Saúde da Mulher.

Por este motivo, assinalar este dia não, é para quem connosco trabalha, um momento único ao longo do ano, mas um dia que se diferencia por sentirmos de modo mais intenso a necessidade de pedir a todos e todas ajuda para travarmos este vírus.

O vírus do papiloma humano (HPV) é uma das infeções sexualmente transmissíveis mais prevalentes e o agente etiológico mais importante para o desenvolvimento de cancro do colo do útero. A maioria das infeções é assintomática, com um grau de probabilidade

de eliminação espontânea do vírus. Existe, contudo, um número de casos em que a infeção progride, levando ao aparecimento de lesões no colo do útero, com diversos graus de gravidade, podendo conduzir ao desenvolvimento de células pré-cancerígenas.

Ainda que sejamos confrontados com um número significativo de cancros do colo do útero por HPV, alguns deles mortais, costumo dizer que somente se morre por cancro do colo do útero quem não for atempadamente diagnosticado.

As mulheres portadoras de HPV apresentam muitas vezes sintomas de ansiedade e respostas emocionais negativas enquanto portadoras do vírus, pese embora o risco de progressão para cancro seja reduzido. Por este motivo, até desenvolvermos uma opção terapêutica disruptiva que hoje está disponível em mais de 60 países nos diversos continentes, apenas eram tratadas as mulheres com lesões mais exuberantes, recorrendo a tratamentos invasivos.

Dados recentes revelam uma correlação entre o sistema imunitário e a persistência do vírus. Uma microbiota equilibrada tem um papel importante na modulação do sistema imune no trato genital feminino. Dados recentes estabelecem uma relação entre a persistência do HPV e o microbioma alterado.

Com base nestes achados clínicos, o desenvolvimento de um tratamento não cirúrgico seguro, de base natural, que contribui para reparar estas lesões (de baixo grau) e ajudem a eliminar o HPV foi o resultado de anos de investigação que conduziram a este importante marco no percurso da infeção de transmissão sexual mais frequente.

O vasto programa de investigação clínica a que este produto tem sido sujeito já confirmou o benefício clínico no tratamento de lesões cervicais associadas ao HPV e na sua eliminação.

Também em Portugal diversos Serviços hospitalares tomaram a iniciativa de estudar a eficácia e segurança desta opção terapêutica, que constitui uma alternativa ao período de vigilância atenta da evolução da doença, enquanto prática clínica.

Mas a Procare Health procura estar presente com soluções nas diversas fases da vida da mulher. Hoje, dispomos de um importante arsenal terapêutico que visa melhorar a qualidade de vida da mulher desde a idade jovem, passando pela fase de procriação e assegurando uma menopausa tranquila, livre dos exuberantes sintomas associados a esta nova e tão bonita fase da vida da mulher, para ser vivida com qualidade e intensidade.

O melhor projecto da Procare Health? Será sem dúvida o próximo.

55 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
HPV | DIA INTERNACIONAL DA SAÚDE FEMININA
Miguel Coelho, Country Manager

#OUR NURSES OUR FUTURE. THE ECONOMIC POWER OF CARE

Todos os anos se comemora a 12 de maio o Dia Internacional do Enfermeiro, data do aniversário de nascimento de Florence Nightingale, a pioneira da enfermagem moderna, que se destacou por introduzir práticas sanitárias que reduziram significativamente as taxas de mortalidade entre os soldados feridos na Guerra da Crimeia (1853-1856).

Este ano o ICN – Internacional Coucil of Nurses adotou o lema “Our Nurses Our Future. The economic power of care”, promovendo em todos os cantos do mundo uma reflexão sobre o poder económico dos cuidados de saúde, alertando para o facto dos enfermeiros serem os profissionais que estarão cada vez mais presentes no nosso futuro.

Em Portugal, com a elevada taxa de envelhecimento da população, o aumento da esperança de vida com doença crónica e o aumento das pessoas com dependências que terão necessidades de assistência permanente, a questão é mesmo emergente! A presença dos enfermeiros nas atividades de vida diária dos portugueses será uma inevitabilidade, razão que nos deve levar a salvaguardar condições de trabalho e de vida aos nossos enfermeiros para garantir que teremos os cuidados que necessitarmos no futuro.

Na última década assistimos a um crescimento progressivo da despesa com saúde, quer por parte do Estado, através do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos serviços convencionados, quer das famílias que procuram respostas mais rápidas ou satisfatórias nos serviços privados e sociais.

Dispomos de um SNS, universal e tendencialmente gratuito, dos melhores do mundo!

Porém, mantemos dificuldades de acesso a consultas e a cirurgias e, apesar de continuarmos a injetar milhões de euros nos orçamentos, mantemos os enfermeiros com más condições de trabalho, baixos salários e cada vez mais desinteressados, mas sobretudo os doentes e suas famílias sem respostas.

Insistimos na produção, mais consultas, mais cirurgias e mais exames, mas desconhecemos os resultados efetivos em ganhos em saúde para os doentes desses atos, muitas vezes pagos a “peso de ouro”!

O enviesamento das perceções é ainda maior quando o financiamento está suportado na realização de atos médicos, sem que se evidenciem os contributos de outros profissionais para o resultado. Importa lembrar que os doentes ficam internados em ENFERMARIAS e não em “MEDICARIAS” e isso porque precisam de cuidados de enfermagem e não médicos!

Segundo um estudo realizado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e outros parceiros, em

Mantemos dificuldades de acesso a consultas e a cirurgias e, apesar de continuarmos a injetar milhões de euros nos orçamentos, mantemos os enfermeiros com más condições de trabalho, baixos salários e cada vez mais desinteressados

março de 2023 havia 1.675 pessoas internadas com alta clínica, entenda-se médica, o que se traduz num aumento de 60% face ao mesmo mês de 2022. Nesse estudo, e nas notícias que foram publicadas sobre o assunto, assume-se que “não existe um motivo de saúde para justificar a hospitalização”, ora nada mais falso!

O que não existem são motivos que justifiquem assistência médica, porque todos os doentes internados nestas condições necessitam sim de cuidados de enfermagem e suporte às suas condições de dependência.

Outra falácia, é assumir que estas camas estão ocupadas por pessoas internadas apenas por razões sociais! Quando muito

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 56
DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO | ASPE

podemos dizer que é por falta de resposta na Rede de Cuidados Continuados Integrados ou por falta de respostas na comunidade que salvaguardem a estas pessoas a resposta às suas necessidades em cuidados de enfermagem e de apoio às atividades de vida diária. Ou seja, a presença ativa dos Enfermeiros em diversos contextos de saúde, desde os hospitais até aos cuidados de saúde primários, é essencial para garantir a continuidade dos cuidados e a eficiência dos sistemas de saúde.

Continuamos reféns de uma visão tradicionalista, ultrapassada e de custo elevado que considera o médico como o pilar da oferta de serviços de saúde e a organização dos serviços dependente da visão médica!

A presença ativa dos Enfermeiros em diversos contextos de saúde, desde os hospitais até aos cuidados de saúde primários, é essencial para garantir a continuidade dos cuidados e a eficiência dos sistemas de saúde

Se continuarmos neste caminho o SNS vai falir!

Estas são algumas das razões que levam o ICN a alertar para a importância de se remodelarem as perceções, mostrando que o investimento estratégico em enfermeiros pode trazer benefícios económicos e sociais consideráveis.

Os enfermeiros desempenham um papel fundamental e multidimensional na área da saúde. Porém, em Portugal, as políticas de saúde continuam a subaproveitar as competências profissionais dos enfermeiros, a limitar as suas áreas de exercício autónomas, privando a população de aceder a cuidados de saúde essenciais.

Depois temos políticos com “ideias peregrinas”, que defendem na Assembleia da República, que os enfermeiros precisam de se qualificar para a “prática avançada” para assumir funções de maior responsabilidade.

Que tal reconhecer a capacidade instalada, acabar com os bloqueios organizacionais e pagar salários justos aos enfermeiros para que eles assegurem a prestação direta de cuidados aos doentes, assumam responsabilidades cruciais na coordenação dos serviços de saúde, na promoção e na prevenção da doença e na educação para a saúde?

Os enfermeiros são em qualquer parte do mundo a “linha da frente” na assistência em saúde! A sua participação global abrange desde a implementação de tratamentos prescritos por outros profissionais, ao diagnóstico dos problemas reais e potenciais, desempenhando um papel integrador entre as diferentes as áreas clínicas e facilitando a comunicação entre as pessoas e os diversos profissionais da equipa interdisciplinar.

Para além disso, os Enfermeiros são agentes fundamentais na promoção da saúde pública, desenvolvendo e implementando programas de educação para a saúde, campanhas de vacinação, rastreio de doenças e ações preventivas e de promoção de saúde.

Todos os portugueses, mais tarde ou mais cedo, vão precisar de cuidados de enfermagem!

Esta é uma verdade irrefutável, por isso deverá ser um desígnio de todos assegurar que no futuro teremos enfermeiros para cuidar de cada um de nós e das nossas famílias!

O valor económico dos cuidados de enfermagem tem sido desprezado nas políticas de saúde, mas se não investirmos rapidamente em enfermeiros vamos implodir o SNS e perder os anos de vida com saúde que ele nos ofereceu!

Dia Internacional do Enfermeiro

O Dia Internacional do Enfermeiro celebra-se a 12 de maio. Este dia visa homenagear todos os enfermeiros do mundo e relembrar a importância destes profissionais da enfermagem na prestação de cuidados de saúde à população em geral. É o dia do calendário em que todos os enfermeiros do mundo estão de parabéns, sendo que eles celebram a vida e a enfermagem todos os dias do calendário.

Lúcia Leite, Presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros – ASPE geral@aspe.pt www.aspe.pt

57 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL ASPE | DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO

Um cigarro tem mais de 7 mil compostos e substâncias químicas! Muitas são tóxicas, irritativas e estudos indicam que, no mínimo, 69 destes compostos e substâncias são cancerígenas.

A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma droga psicoativa que causa dependência. Ela age no sistema nervoso central como outras drogas e chega rapidamente ao cérebro, demorando entre 7 a 19 segundos. Por isso, o tabagismo é classificado como doença e está inserido na 11ª Classificação Internacional de Doenças para Estatísticas de Mortalidade e Morbidade. No grupo “transtornos mentais, comportamentais ou do neurodesenvolvimento”, consta: “distúrbios devido ao uso de nicotina”.

O fumo que sai da ponta do cigarro e se difunde no ambiente, contém em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que o fumo que o fumador inala. A exposição involuntária ao fumo do tabaco pode acarretar desde reações alérgicas (rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) em curto período, até enfarte agudo do miocárdio, cancro do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em adultos expostos por longos períodos.

De acordo com dados recentes da OMS, as tendências na prevalência do tabagismo entre 2000 e 2030 mostram que 150 países reduziram com sucesso o consumo de tabaco.

Embora as taxas de tabagismo estejam a diminuir na maioria dos países, a OMS avisou que as mortes relacionadas com o

tabaco deverão permanecer elevadas nos próximos anos.

As estatísticas mostram que fumar mata mais de oito milhões de pessoas todos os anos, incluindo cerca de 1,3 milhões de não fumadores expostos ao fumo passivo.

A OMS informa ainda que o período de tempo entre a aplicação de medidas rigorosas de controlo do tabaco e a redução do número de mortes por tabagismo é de cerca de trinta anos.

Mesmo que o número de fumadores continue a diminuir, a OMS estima que o objetivo de uma redução de 30% no consumo de tabaco entre 2010 e 2025 não deve ser alcançado.

A OMS apela também ao combate à “interferência da indústria do tabaco”, chamando a atenção para os novos produtos denominados sem fumo, e apela à recolha do máximo de dados possíveis sobre o seu sucesso junto dos adolescentes.

Apesar dos esforços de sensibilização, “os jovens reconhecem o uso regular destes produtos, o fácil acesso para os adquirir e pouca preocupação com o risco de dependência”, sublinha a OMS.

Dia Mundial Sem Tabaco

O Dia Mundial Sem Tabaco é celebrado a 31 de maio.

O dia visa alertar a população para os malefícios do tabaco e sensibilizar para a necessidade de proteger as pessoas para

que não fumem por tabagismo passivo.

O consumo de tabaco é uma das principais causas de doença e de mortalidade prematura em todo o mundo. Segundo dados da OMS, morrem todos os anos cerca de 6 milhões de pessoas por doenças relacionadas com o tabaco. Um facto alarmante é que destas vítimas, mais de 600.000 pessoas são fumadores passivos.

O tabaco é responsável pela morte de 1 em cada 10 adultos.

Efeitos do tabaco na saúde

• As zonas ventiladas ou exclusivas para fumadores não protegem os não fumadores, mesmo que haja um bom sistema de ventilação e as portas que dividem as duas zonas estejam fechadas. Apenas as zonas 100% livres de tabaco conferem proteção.

• Cerca de 40% das crianças estão expostas a fumo passivo em casa. 31% das mortes atribuídas ao fumo passivo ocorre em crianças.

• As crianças expostas ao fumo passivo em casa têm duas vezes mais probabilidade de ser fumadores do que as que não são expostas.

Frases

• Não fume, por si e pelos outros.

• Se ama a sua família, deixe de fumar.

• Diga não ao tabaco, diga sim à vida.

• Seja livre, não fume!

TABAGISMO | PORQUE DEVE DEIXAR DE FUMAR

A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE PERIODONTAL DE DENTES E IMPLANTES

O que é a saúde periodontal?

A saúde periodontal está diretamente relacionada com as gengivas e está presente sempre que falamos de dentes e implantes. Uma gengiva saudável tem que ter uma cor rosa e não pode sangrar quando escovamos os dentes.

De seguida, falemos sobre dentes e as suas doenças associadas, quando a saúde periodontal não está presente:

• Gengivite: tudo começa com a falta de higiene oral e presença de bactérias ao redor dos dentes. Se esta placa bacteriana não for removida, a nossa gengiva começa a ficar inflamada e com sangramento cada vez que escovar. Se isto acontecer, é importante agendar uma consulta com o médico dentista, para que a gengivite possa ser tratada o mais urgentemente possível.

• Periodontite: é uma doença inflamatória crónica, acompanhada de perda de osso ao redor dos dentes.

A maioria dos doentes questiona se quem tem gengivite ou doença periodontal pode colocar implantes. A resposta é: pode e deve, dado que a colocação de implantes é a solução mais indicada quando falamos de ausência de dentes. Mas estas e outras patologias têm que estar controladas. Se ao redor de um dente natural é super-importante ter gengiva saudável, ao redor de implantes torna-se ainda mais importante a presença da mesma, para impedir que as bactérias invadam o seu espaço. Existem técnicas de ausência de dentes para repor a falta dela, que na maior parte das vezes, está ausente quando perdemos dentes. Pode ocorrer também esta falta de gengiva em dentes naturais, sendo que as causas podem ser: tabaco, má higiene oral, incorreta escovagem, bruxismo, dentes desalinhados ou mordidas desequilibradas, uso de piercings na língua, lábios ou freios. O tratamento deste tipo de recessões ou retrações passa também

pela realização de enxertos de gengiva em conjunto, por vezes, com tratamentos restauradores. É frequente o doente que possui este tipo de recessões radiculares ter uma sensibilidade aumentada, principalmente à alimentação fria. Uma pequena porção de raiz do dente está exposta e não deveria, o que justifica este aumento de sensibilidade. O tratamento tem como objetivo reestabelecer a normalidade dos tecidos gengivais e eliminar a causa do aparecimento desta recessão, para que não volte a aparecer.

Em resumo, é importantíssima a análise de cada caso e a realização de um diagnóstico sobre o mesmo, para que possa ser planeado o tratamento e explicado ao doente o plano de tratamento ideal.

É, também, importante consultar o médico dentista frequentemente para que estes processos inflamatórios possam ser tratados atempadamente e desta forma não evoluírem para tratamentos mais complexos.

Dia Europeu da Saúde Periodontal

Assinalado pela Federação Europeia de Periodontologia (EFP), celebrou-se no passado dia 12 de maio o Dia Europeu da Saúde Periodontal.

Esta iniciativa tem como principal objetivo sensibilizar a opinião pública para a importância de manter as gengivas saudáveis ao longo da vida.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 60 SAÚDE ORAL | DIA EUROPEU DA SAÚDE PERIODONTAL
Dr.ª Juliana Andreia Jesus Ribeiro (OMD09560), Médica Dentista no Trofa Saúde Hospital Central (Vila do Conde)
61 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

DIA MUNDIAL DA ENERGIA

O Dia Mundial da Energia, celebrado a 29 de maio, é uma ocasião para refletir sobre a importância da energia nas nossas vidas e promover a consciencialização sobre o uso responsável dos recursos energéticos. A energia é o motor que impulsiona o progresso económico, social e tecnológico em todo o mundo. Desde o aquecimento das nossas casas até o funcionamento das indústrias, a energia desempenha um papel fundamental na nossa vida diária. O Dia Mundial da Energia lembra-nos da importância desse recurso e incentiva-nos a refletir sobre como podemos utilizá-lo de forma mais eficiente e sustentável. A transição para fontes de energia mais limpas e renováveis é crucial para combater as mudanças climáticas e proteger o nosso planeta. O Dia Mundial da Energia lembra-nos da necessidade de promover a sustentabilidade energética. Investir em fontes de energia renováveis como solar, eólica, hidroelétrica e geotérmica, é essencial para reduzir as emissões de carbono e preservar os recursos naturais para as gerações futuras.

No Dia Mundial da Energia, é importante reconhecer e celebrar os avanços na tecnologia de energia limpa. Através da investigação e do investimento em novas tecnologias, podemos criar um futuro onde a energia seja acessível, segura e amiga do ambiente. Este dia é também uma oportunidade para renovar o nosso compromisso global com a transição para um sistema energético mais sustentável. Governos, empresas e indivíduos podem trabalhar juntos para promover o uso responsável da energia e impulsionar a inovação em direção a um futuro mais verde e sustentável para todos.

Galp Frota Corporate

O primeiro cartão híbrido do mercado

Duas energias num único cartão

A pensar no futuro, lançámos o primeiro cartão híbrido do mercado. Com o novo Galp Frota Corporate terá acesso à maior rede de postos de combustível da Península Ibérica, assim como aos pontos de carregamento elétrico da rede Mobi.E em Portugal. A isto somam-se as vantagens já conhecidas das empresas, tais como descontos imediatos, a possibilidade de adquirir produtos e serviços Galp e pagar portagens em toda a Península Ibérica. Abastecer e carregar as frotas de veículos a combustível, híbridos e 100% elétricos vai ser ainda mais fácil e cómodo, com o cartão Galp Frota Corporate.

galp.com

O FUTURO DA ENERGIA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Para se alcançar o objectivo estabelecido no Acordo de Paris, os desafios são grandes. Uma economia de baixo carbono implica descarbonização, e o sector energético ainda é responsável por 75% das emissões de gases com efeito de estufa. Como referido pela Agência Europeia do Ambiente “A Europa está a avançar para um futuro de energia hipocarbónica. Em 2020 a UE alcançou os seus três primeiros objectivos em matéria de clima e energia, nomeadamente a redução das emissões de gases com efeito de estufa em 20 % em comparação com os níveis de 1990, o aumento da quota de energias renováveis utilizadas para 20 % e a melhoria da eficiência energética em 20 %. Num mundo em constante evolução, com crescente consumo energético, afigura-se crucial procurar abordagens para garantir um fornecimento seguro, acessível e sustentável de energia para todos.

A diversificação das fontes renováveis, com o aumento da quota de energia proveniente de fontes renováveis, é essencial para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, mitigando riscos ambientais e de segurança energética. A transição para um mix energético diversificado e a integração de gases renováveis são passos importantes nesse sentido. Mas esta transição não é isenta de desafios. Por um lado, pela forte dependência de matérias-primas críticas (MPC) para os investimentos em produção renovável, por outro lado a infraestrutura existente, que foi projetada para acomodar fontes tradicionais de energia e que muitas vezes apresenta falta de potencial de ligação.

O recurso à descentralização nomeadamente nas cidades, onde se estima que venham a acomodar 70% da população mundial, poderá mitigar a escassez de capacidade de ligação às infraestruturas que por

sua vez devem ser expandidas com base em planeamento de forma optimizada. A transição para um sistema energético mais sustentável necessita de análise às cadeias de valor das MPC, para optimizar essas cadeias de valor, e de investigação para encontrar MPC alternativas.

A eficiência energética também desempenha um papel fundamental na redução do consumo de energia e nas emissões de carbono. Investir em tecnologias e práticas que promovam a eficiência energética em todos os sectores, desde edifícios e transporte até indústrias e agricultura, pode ajudar na optimização do sistema. Neste ponto a aposta na economia circular pode ter um papel fundamental.

A cooperação internacional e políticas coordenadas são essenciais para enfrentar desafios globais, como a mudança climática. Além disso, o investimento em energias renováveis cria oportunidades económicas e empregos em sectores emergentes.

Para alcançar uma transição energética bem-sucedida, é crucial manter um diálogo aberto e inclusivo sobre questões energéticas e garantir que as decisões são baseadas em evidências científicas. A educação e conscientização pública são fundamentais para promover escolhas e comportamentos informados no apoio a políticas públicas adequadas.

O nosso compromisso colectivo com a sustentabilidade é fundamental. Ao enfrentar desafios e aproveitar oportunidades, podemos moldar um futuro energético mais brilhante e sustentável para as gerações futuras.

Nota: a autora não segue o atual acordo ortográfico.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 64
DIA MUNDIAL DA ENERGIA | LNEG
Teresa Ponce de Leão, Presidente

SETÚBAL EMPREENDEDOR

Localizado na região da costa sul de Portugal, o distrito de Setúbal é uma verdadeira joia que combina o encanto histórico com a beleza natural deslumbrante. Banhado pelo oceano Atlântico e abraçado pela majestosa Serra da Arrábida, este distrito oferece uma experiência única que agrada tanto aos amantes da praia quanto aos entusiastas da natureza.

O distrito de Setúbal, além de ser conhecido pelas suas paisagens e pela sua forte ligação ao mar, também é um paraíso gastronómico, oferecendo uma rica e variada culinária que reflete a sua história, cultura e localização geográfica privilegiada.

A indústria desempenha um papel igualmente significativo no distrito, contribuindo de forma importante para a economia local e nacional. Este distrito, situado na região de Lisboa e na Área

Metropolitana de Lisboa, tem uma infraestrutura industrial diversificada e abriga empresas de diversos setores.

Nas próximas páginas, encontrará alguns exemplos de empresas e empreendedores que, nestes setores e à sua escala, desempenham um papel vital na economia local e contribuem para o desenvolvimento socioeconómico da região.

Com todos eles, tivemos a oportunidade de privar de perto e são precisamente essas histórias que agora queremos partilhar com os leitores da Business Portugal.

BFOOD APOSTA NA PROMOÇÃO DE UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL

A Revista Business Portugal esteve à conversa com Tiago Botelho, Administrador da BFood, que nos contou sobre a história da empresa, as características dos seus produtos, as preocupações com a sustentabilidade e as perspetivas para o futuro.

A BFood, S.A. é uma empresa do sector alimentar sediada em Palmela, estando presente no mercado há mais de 20 anos (embora durante alguns anos sob outra denominação). Num olhar sobre o seu percurso, destacamos em 2010, o início da construção de uma nova unidade produtiva em Palmela, em 2014, foi lançada para o mercado a gama de produtos BFood-ANA (atualmente BFood Bliss) para fins nutricionais específicos, uma gama inegavelmente inovadora de produtos técnico-científicos, alicerçados pela capacidade de investigação e desenvolvimento de novos produtos. Mais tarde, em 2021, com a aquisição da totalidade do capital social da empresa por um único acionista, a mesma entrou num processo de reestruturação interno onde foi delineada uma nova estratégia para o futuro. Assim, nesse período a empresa iniciou um processo de rebranding tendo em vista a alteração da sua identidade corporativa, tendo esse processo sido finalizado em novembro de 2021, data na

qual a empresa se passou a chamar BFood, S.A. Ainda no seguimento do novo posicionamento da empresa, no decorrer do ano de 2021, iniciou-se todo o rebranding de gamas e linhas de produtos, embalagens, etc. que foram lançadas até final do ano de 2022. Ainda nesse período, foram sendo proporcionadas todas as condições para a BFood se candidatar a uma certificação internacional muito centrada na qualidade e segurança alimentar, fatores fundamentais para a empresa. Deste modo, já em 2022 a empresa é então certificada pela IFS Food, sendo desta forma mais um garante de qualidade eficiente e transparente no processamento dos alimentos. Entretanto, a empresa já foi auditada e certificada novamente em 2023 e 2024. Com uma ampla experiência no desenvolvimento de produtos que economizam tempo de preparação e confeção, a BFood mantém um constante foco na inovação por forma a satisfazer continuamente as necessidades dos seus clientes e consumidores, apostando fortemente

67 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL BFOOD S.A | SETÚBAL EMPREENDEDOR
Tiago Botelho, Administrador

na qualidade e proporcionando a possibilidade de fornecer produtos personalizados, ou seja, criação de soluções de acordo com os desejos/ necessidades dos clientes.

As pessoas são, sem dúvida, um dos ativos mais importantes de uma organização, uma vez que são elas que permitem que tudo aconteça e são elas que contribuem e representam a identidade da empresa, pelo que a qualidade destas será uma importante vantagem competitiva. Assim, a equipa BFood é neste momento composta por 31 colaboradores divididos pelos seguintes departamentos: qualidade, HSA e IDI, compras, comercial e marketing, financeiro e o departamento de produção que acaba por ser o coração da empresa. Todos estes departamentos estão sob a alçada do Conselho de Administração e de uma direção operacional que procuram dirigir e coordenar toda a dinâmica entre eles. “Desde a minha chegada à empresa, o foco foi sempre melhorar os processos internos por forma a permitir uma maior eficiência em todo o processo produtivo e procurar que a interligação entre departamentos fluísse de forma natural e eficaz. Para esse objetivo, procurámos reforçar a equipa com profissionais já com experiência, com passagens por empresas de referência, que pudessem trazer novas ideias e métodos no sentido de melhorarmos e nos desenvolvermos cada vez mais internamente. Precisamos estar sempre no nosso melhor, pretendemos manter os mais altos padrões por que nos regemos, mantendo o rigor e cumprindo com todas as normas regulamentares e estatutárias exigidas, somos uma empresa que está sujeita a apertado controlo e à possibilidade de inspeções que podem acontecer a qualquer momento e sem aviso prévio por diferentes entidades. Temos que estar sempre no auge”, evidencia o empresário. Em suma, o crescimento e o desenvolvimento da BFood foi sendo sustentado por fatores de competitividade, dos quais se destacam desde logo a qualificação dos seus recursos humanos, a qualidade dos seus produtos, a propensão para uma constante inovação e capacidade de adaptação às tendências e necessidades do mercado tudo isto com elevados padrões de qualidade e segurança alimentar.

Gamas disponíveis na BFood

Dentro da sua estratégia, a BFood divide a sua oferta em duas grandes gamas: a BFood e a Bliss.

No que concerne à BFood esta encontra-se dividida fundamentalmente em três grandes linhas de produtos, “as sobremesas, como é o caso das gelatinas (origem animal, vegetal e light),os pudins, as mousses e os preparados para bolos; uma segunda linha onde poderemos incluir os preparados para pão; e uma terceira onde incluímos os produtos à base de batata como são os casos dos purés de batata, dos flocos de batata e da base para sopas. A nossa segunda grande gama é dedicada a uma alimentação adaptada e destina-se essencialmente a pessoas com dificuldades de deglutição e doenças neurológicas.

As características comuns a todos os nossos produtos são que, em todos eles, estamos a falar de produtos desidratados e liofilizados em pó, que deverão ser mantidos à temperatura ambiente e que o modo de preparação seja apenas por via da mistura de água, ou seja, produtos de muito fácil preparação e sem grandes necessidades específicas para armazenamento. Estas características, na nossa opinião, vão ao encontro e pretendem corresponder às necessidades do estilo de vida atual, muito acelerado e com horários cada vez mais apertados”, sublinha o nosso entrevistado.

Como em todos os negócios existe sempre a dita ‘joia da coroa’, na BFood as sobremesas são, a delícia dos clientes, mas existe sempre uma mais procurada: “A gelatina de morango é, sem dúvida, o produto mais procurado. Honestamente, apesar de ser suspeito, considero que a nossa gelatina é um produto de qualidade com características muito próprias onde se destacam o sabor, a consistência e o facto de ter uma solidificação rápida”, revela, evidenciando que são formatos que estão essencialmente destinados ao canal de Food Service (catering)

Alimentação saudável e adaptada

Através das suas gamas de produtos (BFood e Bliss), a empresa procura promover uma alimentação saudável e equilibrada, apostando num futuro sustentável.

Para o Administrador, o foco na alimentação saudável é um dos grandes pilares da empresa: “Desenvolvemos uma gama diversificada de produtos alimentares, especialmente adaptados às necessidades e gostos dos nossos consumidores, procurando uma constante inovação e desenvolvimento destes com o melhor sabor e qualidade possíveis mantendo sempre o pressuposto da facilidade de preparação. As nossas

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 68 SETÚBAL EMPREENDEDOR | BFOOD S.A

gamas primam assim pela diferenciação com valores nutricionais que permitam promover a saúde e bem-estar. Foram as características únicas deste projeto e o potencial enorme que revejo no mesmo, que me fizeram aceitar este desafio de vir reestruturar a empresa e o seu negócio, por forma a permitir à mesma dar o salto que teimava em não acontecer”, confidencia. A BFood foca-se em vender produtos desidratados e liofilizados, mas o que são estes produtos? “Os termos desidratação e liofilização referem-se ao modo como é retirada a água das matérias-primas ou do produto, permitindo a sua conservação e que, deste modo, tenham validades mais prolongadas. A desidratação é feita por secagem (com passagem da água no estado líquido ao estado gasoso) e a liofilização é por sublimação (os alimentos são congelados e depois a água passa do estado sólido ao estado gasoso). O processo de liofilização é substancialmente mais caro, contudo preserva as características organoléticas e nutricionais dos alimentos originais. No nosso processo, todas as matérias-primas que usamos, sofrem um destes tratamentos e depois são transformadas em pó”, esclarece Tiago Botelho, salientando que estas técnicas têm especial enfoque nos produtos mais sensíveis como, por exemplo, as frutas, que são alimentos mais suscetíveis a alterações provocadas por exemplo pelo calor. Todas estas e outras questões são controladas de muito perto pelo nosso departamento de qualidade que garante que todas as matérias-primas que entram no nosso armazém se encontram conformes e em condições de serem inseridas no nosso processo produtivo. Dentro deste departamento, temos também a vertente de investigação e desenvolvimento que como referi anteriormente, é uma vertente à qual damos extrema importância. Para além dos produtos que temos atualmente no mercado temos uma panóplia de outros produtos criados internamente em portefólio que podemos lançar a qualquer momento. Tudo isto apenas é possível pela capacidade e qualidade das pessoas que fazem parte do departamento”, destaca.

Aposta na sustentabilidade

Nunca se falou tanto em sustentabilidade como agora. As empresas têm vindo a dar o primeiro passo e a BFood não é exceção. “Neste ou em qualquer negócio deverá existir cada vez mais o equilíbrio entre o sucesso económico e a responsabilidade social e ambiental.

Internamente, temos vindo a dar cada vez mais importância a fatores relacionados como sejam: o bem-estar dos colaboradores e a redução dos impactos negativos para o meio ambiente. No que concerne ao meio ambiente, a BFood tem vindo a procurar uma utilização correta dos recursos naturais a que recorre por forma a utilizá-los de forma eficiente e responsável. Por outro lado, viemos ao longo do tempo a apostar em embalagens cada vez mais sustentáveis e temos colocado muito enfoque na redução dos resíduos gerados e na diminuição do desperdício.

No seguimento do referido anteriormente, a BFood investiu em uma unidade de autoconsumo com a colocação de painéis fotovoltaicos no topo da estrutura das instalações permitindo assim a utilização de um recurso natural para alimentar parte das suas necessidades energéticas”, esclarece o empresário.

Liderança e perspetivas de futuro

Para alcançar os objetivos é necessário termos os colaboradores motivados e alinhados com a estratégia da empresa, Tiago garante que na sua ótica essa é uma das ferramentas para o sucesso de qualquer negócio: “Se os colaboradores se identificarem com a estratégia da empresa e se sentirem que fazem parte integrante dessa mesma estratégia, considero que será crucial para se sentirem motivados na persecução dos objetivos propostos. Tenho sempre a porta do meu gabinete aberta para os ouvir, procuro sempre uma relação de proximidade com as pessoas. Quero que as pessoas sintam que podem contar comigo procurando proporcionar sempre um bom ambiente laboral. É importante que entendam que sou mais um deles, que estou aqui para os ajudar e para tentar definir o melhor caminho para a empresa e juntos alcançarmos o sucesso desejado. Todos são importantes. Portanto, faço mesmo questão de ter uma relação de proximidade com as pessoas. A empresa é só uma e todos temos que fazer por ela”. O Administrador defende, ainda, que para isso é necessário proporcionar as melhores condições de trabalho possíveis, demonstrando assim a consciência da importância que as pessoas têm para a empresa.

Com os olhos postos no futuro, a BFood no pós reestruturação, pretende crescer, deste modo o objetivo passará por se consolidar cada vez mais no mercado nacional: “Queremos, acima de tudo, manter a confiança dos nossos clientes, e conquistar a de novos”, salienta Tiago Botelho. Estando estabilizados no mercado nacional, o objetivo passará por voltar a atacar o mercado internacional. A empresa já demonstrou vocação e capacidade exportadora no passado, características essas que terá que voltar a recuperar.

geral@bfoodlifestyle.com • www.bfoodlifestyle.com

69 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL BFOOD S.A | SETÚBAL EMPREENDEDOR

UMA EXPERIÊNCIA DE CONFORTO E ELEGÂNCIA

Pedro Santos, Diretor-Geral, dá a conhecer a essência do Sea View Business & Leisure Hotel, uma experiência de alojamento genuíno, que promete proporcionar uma estadia memorável.

Como descreve o conceito do Sea View Business & Leisure Hotel e a sua ligação à cidade?

O Sea View Business é um hotel que pretende proporcionar as melhores condições para quem vem para ou à região em negócio, em trabalho. Clientes nacionais e internacionais que viajam com frequência e que procuram conforto, qualidade, serviço, flexibilidade, design e modernidade. Situa-se numa região única que é o Alentejo onde a diversidade, a proximidade e a tradição caminham juntas. O turista nacional e internacional vem para a região com as diversas motivações que passam pela Natureza, Sol e Mar, Património, Cultura, Tradições e Gastronomia. O Sines Sea View apoia as principais instituições da cidade e da região que trabalham para garantir as melhores condições de acesso à saúde, ao desporto e aos cuidados necessários. As preocupações com a sustentabilidade estão bem presentes tanto ao nível da construção do hotel como no nosso dia a dia.

Quais os principais serviços e comodidades que disponibilizam aos clientes?

O hotel tem 120 quartos, singles, twins, duplos e suites na sua maioria vista mar. O conforto, a qualidade dos materiais, as amenidades, o serviço, os routers dedicados e o chromecast são muito valorizados pelos nossos hóspedes O restaurante Volta do Mar está aberto também à comunidade para pequeno-almoço, almoço e jantar, apresenta um menu do Chef David Proença, que procura “servir” o Mar e o Montado. Na Carta de Vinhos, o Alentejo está naturalmente muito bem representado. O room service, o Lobby Bar e o Rooftop Bar à Vista completam a oferta de comida e bebida do Sines Sea View. Podemos destacar os cocktails clássicos e de assinatura, espumantes e rosés, as sandes típicas e os snacks O Auditório Vasco da Gama com 220 m2 e luz natural, as salas S. Gabriel e S. Rafael e um bar complementam a oferta para eventos, congressos e reuniões.

O Spa Seelyte disponibiliza um menu de tratamentos e massagens, piscina interior, sauna, banho turco, jacuzzi e ginásio. Estes serviços estão disponíveis para os hóspedes e para a comunidade. A garagem interior é gratuita, tem a capacidade para cerca de 70 viaturas e serviço de carregamento elétrico.

O hotel tem implementado diversas iniciativas, entre elas, o “As Voltas do Vasco da Gama”. De que se trata esta iniciativa em particular?

As Voltas do Vasco têm como mote, PERCORRA O CAMINHO E DESCUBRA OS LUGARES. Procura enaltecer a centralidade da cidade de Sines nesta “vasta” região que é o Alentejo. Apesar da localização costeira, a partir de Sines facilmente se chega à Vidigueira, a Castro Verde, a Tróia e Alcácer do Sal ou à Zambujeira do Mar.

Para além do rooftop, destaca-se o restaurante “Volta do Mar”. Que tipo de gastronomia oferece? Há uma aposta em produtos locais?

O restaurante Volta do Mar apresenta o Mar e o Montado, técnicas e empratamentos que procuram aliar o tradicional e o contemporâneo. Um dos pratos que melhor representam o que defendemos ao nível gastronómico é a sapateira, filhós de forma, chutney de maça e maionese de alho, ou seja, o Mar, as filhós da avó, alguma contemporaneidade no chutney e a maçã e o alho, tão comuns nas nossas cozinhas. Outras combinações de sucesso nas entradas, a salada quente de bacalhau, grão frito e demiglace, espargos e cogumelos com torricado e ovo estrelado. Nos pratos principais, o robalo corado e açorda de alho e coentros, a garoupa, batata-doce assada e berbigão com molho de caldeirada, a bochecha de porco com puré de aipo e pickle de nabo ou a empada de javali, pickle de chalota, espargos e cogumelos. Sobremesas, a sericaia com tomate “de Elvas” ou o parfait de abóbora, lima e crocante de areias de Sines. Grande parte dos produtos são locais, destacamos naturalmente o peixe fresco da lota de Sines, os legumes e ervas aromáticas, a carne, o pão de massa mãe e os brioches de uma padaria artesanal da região. O restaurante está aberto todos os dias ao almoço e ao jantar, a todos os que nos queiram visitar. Os clientes da região e da cidade escolhem o restaurante Volta do Mar com alguma frequência para almoços executivos de 2ª a 6ª feira, jantares de trabalho, familiares ou entre amigos. Recebemos ainda com muita frequência a festas de aniversário, batizados, casamentos, comunhões entre outras comemorações que se realizam à mesa.

info@sinesseaview.com www.sinesseaview.com

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 70
SETÚBAL EMPREENDEDOR | HOTEL SEA VIEW

45 ANOS DE MEMÓRIAS

Ferro Velho, o restaurante com 45 anos, situado em Amora, que cresceu graças ao sonho de dois imigrantes portugueses que rumaram até França. Em entrevista à Revista Business Portugal, Pedro Tempera, gerente do “Ferro Velho - Restaurante” dá a conhecer a história e essência deste espaço gastronómico e vínico, e abre o álbum das memórias que fazem parte da essência deste espaço.

Do sofisticado ao básico, o “Ferro Velho - Restaurante”, um espaço com cerca de 45 anos, tal como o conhecemos hoje nasceu de um sonho. Os pais de Pedro viveram dez anos em França, após o 25 de Abril regressaram a Portugal para concretizar planos que estavam bem traçados: “comprar o Ferro Velho”. O restaurante existia há cerca de dois anos quando foi comprado pelo casal Tempera. Uma das características do restaurante é o nome, que está associado a um dos dois antigos proprietários “um deles era sucateiro, trazia peças de sucata e ferro velho que serviam de decoração para o espaço, então devido a isso acabaram por dar o nome ao espaço de Ferro Velho - Restaurante”. 45 anos depois o nome mantém-se. Em relação ao ADN do restaurante, o casal deu o seu cunho pessoal, ou seja, a história que está subjacente é muito ligada ao regresso ao nosso país: “No caso do meu pai, regressou para trabalhar na sua área de formação-hotelaria, pela qual sempre foi apaixonado, já a minha mãe era costureira de formação, mas como digo em tom de brincadeira rapidamente se habituou ao vapor do tacho”. Uma das novidades que o casal trouxe ao “Ferro Velho - Restaurante”, na altura, foram os pratos diferenciadores “trouxeram a carvoada, os

fondues, a adaptação de pratos que existiam em França, partilharam a experiência de estar fora, inovaram aquilo que era o Ferro Velho da época, trouxeram essa gastronomia francesa e deram muito cunho pessoal ao restaurante”. Foram ideias inovadoras que transformaram de forma positiva o rústico restaurante na década de 80.

Atualmente, o “Ferro Velho” é muito mais do que um restaurante, destaca-se pelas recordações dos seus clientes, “em 45 anos, as histórias são infinitas, por isso as memórias dão muito prestígio ao restaurante”. Para Pedro é um orgulho imenso ouvir as pessoas a contarem episódios da sua vida, referenciando o “Ferro Velho”, ou seja “sentir que fazemos parte dos momentos importantes da vida das pessoas, acho que isso é o melhor que enquanto restaurateur eu poderia pedir, é o melhor reconhecimento e a coroação da vida”. O mais importante para Pedro Tempera é, sem dúvida, preservar a identidade do “Ferro Velho”, porque “são 45 anos de uma identidade única, é uma enorme responsabilidade preservá-la”. É indiscutível o poder que as boas memórias têm nas pessoas sublinha, dizendo: “Todos os dias, chegam-nos histórias de recordações incríveis, pessoas que tiveram o primeiro jantar em casal aqui ainda namorados, e hoje

71 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL RESTAURANTE FERRO VELHO | SETÚBAL EMPREENDEDOR

O Ferro Velho é muito mais do que um restaurante, é um lugar de gerações e recordações, e não há nada que nos deixe mais felizes que isso

são avós nessa mesma relação! Casamentos, batizados, aniversários, há de tudo. O “Ferro Velho” é muito mais do que um restaurante, é um lugar de gerações e recordações, e não há nada que nos deixe mais felizes que isso”.

Pedro assumiu a liderança há sete anos. Formado na área financeira, os pais sempre lhe disseram (referindo-se à restauração) “isto não é para ti”, por isso o gerente optou por estes estudos. “Sempre estive ligado ao setor financeiro, mas o “Ferro Velho” é a minha casa”, revela Pedro não escondendo a ligação e memórias que tem

com o restaurante. “Com cinco anos brincava na cozinha, fingia que cozinhava, como os meus filhos fazem atualmente”.

Pedro tenciona manter-se fiel à tradição e às origens do restaurante, “sinto este desafio como um legado, foram os meus pais que deram a identidade ao “Ferro Velho”, trata-se de uma história que se repete, e tenciono que daqui a 40 anos esteja aqui alguém a contar a mesma história. Queremos continuar a herança gastronómica, mantemo-nos fiéis à identidade que nos torna únicos”.

Nestes sete anos, o “Ferro Velho” cresceu e teve também um maior reconhecimento do público, não esquecendo da pandemia que se instalou pelo meio, o gerente caracteriza esse período como difícil: “Antecipámos o fecho na altura da pandemia e foi o momento mais difícil a nível profissional. Ninguém sabia o que ia acontecer e eu decidi reunir e manter a equipa. Passaram-se quatro anos, estamos cá para contar a história, mas o setor ainda está a recuperar”. Pedro sente, que apesar de tudo, a pandemia veio acelerar alguns processos importantes “mudaram-se hábitos de consumo, por exemplo no takeaway, hoje em dia existe uma maior facilidade e acessibilidade a esse tipo de compra, que não acontecia anteriormente, o confinamento veio acelerar este processo, e tornar o consumidor mais exigente e com uma maior oferta disponível. Hoje em dia, o cliente vem ao restaurante à procura de uma experiência diferenciadora”.

A excelência e diversidade do menu são um destaque no “Ferro Velho”, uma carta com as melhores ofertas do peixe à carne. Pedro transporta as suas experiências até à ementa do restaurante: “A alcatra regional da ilha Terceira, que confecionamos cá, vem de uma viagem que realizei à ilha Terceira, por exemplo. O facto de ter explorado o gosto pela gastronomia faz-me querer viajar mais e experimentar as diferentes culturas gastronómicas dos países”.

As especialidades do “Ferro Velho” são várias, a destacar as carvoadas e os fondues, as cataplanas, ou o arroz de marisco com lagosta. O nosso entrevistado sente que os clientes merecem os variados pratos e sempre com novidades, porque “as pessoas quando vão comer fora querem que a restauração ofereça aquilo que não comem em casa habitualmente”.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 72
SETÚBAL EMPREENDEDOR | RESTAURANTE FERRO VELHO
Pedro Tempera, Gerente

trending, e impessoal, o tradicional por sua vez faz-nos viajar à mesa até à essência dos alimentos”.

Também a carta de vinhos do “Ferro Velho” é fenomenal, 600 referências, de vinhos portugueses a vinhos exportados, o restaurante conta com uma impressionante lista de possibilidades para agradar a todos.

Já nas sobremesas, Pedro garante que é importante uma boa diversidade e confeção própria, “temos de ter bastantes opções, desde uma sobremesa mais complexa até uma simples mousse de chocolate, mantemos equilíbrio entre o sofisticado e o simples”.

Sinto que o setor da restauração está finalmente a ver as pessoas que nela trabalham como isso mesmo, pessoas. Efetivamente, as coisas só funcionam se tivermos uma boa equipa, para mim a minha equipa é, sem dúvida, imensurável

Todo este sucesso tem um grande trabalho de retaguarda, uma equipa de cerca de 24 trabalhadores, sendo notório o orgulho de Pedro: “Tanto a cozinha como a sala de refeições são locais muito exigentes, mas sei que posso contar com a minha equipa para a resolução de qualquer desafio que possa surgir. Digo muitas vezes que na cozinha não tenho cozinheiros, mas sim ninjas”. O nosso entrevistado tece grandes elogios à sua equipa e mostra-se feliz, pois sente que, hoje em dia, a restauração está a mudar nesse sentido. “Sinto que o setor da restauração está finalmente a ver as pessoas que nela trabalham como isso mesmo, pessoas. Efetivamente, as coisas só funcionam se tivermos uma boa equipa, para mim a minha equipa é, sem dúvida, imensurável”.

Os pratos que se confecionam à mesa também são um destaque no restaurante como esclarece Pedro: “São ótimos para proporcionar momento de partilha e divertimento. Uma carvoada, em que estamos a grelhar a carne à mesa, no nosso tempo, e estarmos a fazê-lo com calma, remete-nos para memórias familiares imensuráveis”.

Segundo o entrevistado, em Portugal, temos produtos excelentes e únicos, “não precisam de grandes técnicas culinárias. Temos peixe incrível nas nossas águas, que na grande maioria das vezes, apenas precisa de sal e umas boas brasas para ser uma refeição inesquecível. Estamos a viver uma época em que a cozinha cada vez é mais

O gerente do “Ferro Velho” demonstra-se empenhado em manter a qualidade dos seus produtos e serviços, de preservar a história e identidade deste fantástico espaço e, acima de tudo, de fazer com que mais pessoas possam criar memórias e recordações: “Queremos que todas as pessoas que nos visitam desfrutem da melhor experiência possível, que vivam aqui momentos únicos, que levem consigo as melhores recordações e a certeza de que podem voltar sempre que assim o desejarem”.

contacto@ferrovelho-restaurante.com www.ferrovelho-restaurante.com

73 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL RESTAURANTE FERRO VELHO | SETÚBAL EMPREENDEDOR

A Discover the Nature é uma empresa de Animação Turística, certificada pelo Turismo de Portugal, dedica-se a duas áreas de atividade, o Turismo Ativo, ou seja cria experiências únicas, tendo como cenário principal o extraordinário Parque Natural da Arrábida, ou também o fantástico Parque Natural Sintra-Cascais. Outras atividades realizadas são os corporate events, desenvolvendo soluções e atividades de team building adaptadas às necessidades e objetivos de cada cliente, sendo em ambiente outdoor, indoor e online

A paixão pela natureza e pelas suas atividades nasceu desde cedo para Marco, que desde a altura da escola se confessa um grande apaixonado pela aventura. Desde 1995 que Marco introduziu as atividades radicais na sua vida, em 1997, entrou num grupo de montanha como hobby, “era jovem, fazia apenas pelo desporto”. Os tempos passaram e, a determinada altura, o sócio-gerente refere que “entrei na vida real, e comecei a trabalhar numa área completamente diferente, a laboratorial. Contudo, sinto que esta área sempre me chamou e, em 2004, comecei numa empresa que se dedicava ao ramo da aventura e, a partir daí, não larguei mais este ramo. Ao sair dessa empresa, em 2015, surgiu de forma natural a Discover the Nature”, relata, clarificando que tudo começou com o foco nas atividades de pequenos grupos, mas atualmente a empresa já organiza team buildings

Experiências inesquecíveis

São vários os serviços e atividades disponíveis na empresa de atividades ao ar livre: “Começamos com aventuras em terra escaladas, visitas a grutas, de tudo um pouco. Todas as nossas atividades

AVENTURAS NA ARRÁBIDA

Escondem-se, no interior da Serra da Arrábida, imensas dádivas naturais, cabe-nos a nós, seres humanos, desfrutar delas da melhor maneira. E é nesse sentido que surge a Discover the Nature. Em entrevista à Revista Business Portugal, Marco Lince, administrador da Discover the Nature, fala-nos dessas dádivas e como faz para que a sua empresa as explore da melhor forma.

seguem as mais exigentes e cuidadas regras de segurança. Pedimos aos clientes para preencherem um formulário com todas as suas informações, depois focamo-nos em preparar as atividades consoante as necessidades de cada cliente”.

Muito se fala que as atividades radicais na natureza não podem ser realizadas por qualquer pessoa, o que não é verdade. “Um dos nossos objetivos passa por desmistificar um pouco aquilo que passa para opinião pública, são atividades para todas as pessoas, desde que não haja problemas de mobilidade”. As atividades individuais são

SETÚBAL EMPREENDEDOR | DISCOVER THE NATURE
Marco Lince, Administrador

diferentes das de grandes grupos, todos os riscos associados a uma atividade são conhecidos e calculados pelos responsáveis, tudo passa por uma grande preparação. “No mercado single (público em geral, como famílias ou grupo de amigos), as atividades mais populares são aquáticas, como o coasteering, “uma atividade que conta com rapel, escaladas, entrada em grutas, com um salto de slide para a água e o ponto alto da atividade é o salto livre para a água”, sublinha Marco.

São imensas as atividades oferecidas pela empresa, em suma, um leque de ofertas e experiências inesquecíveis, entre elas a escalada, a espeleologia, circuitos de rapel, coasteering, soft coasteering, circuito aventura, pedestres, jeep tour, kayak tour e muito mais atividades que podem ser consultadas e reservadas no site oficial.

Team Building

Nada melhor para unir as pessoas do que uni-las à natureza. Cada vez mais se fala no famoso team building, que no fundo são atividades proporcionadas aos funcionários das empresas “muitas vezes o team building é um pouco a recompensa das empresas aos seus funcionários por todo o stress causado: “Já realizámos grandes atividades de team building, e acredito que no futuro nos iremos focar ainda mais neste género de atividade. As pessoas têm a perceção que o team building é uma coisa recente, mas a realidade é que não é apenas de agora, talvez as pessoas pensem isso por estar mais em voga devido às redes sociais, mas efetivamente não é algo tão recente

como se pensa. É bom ver que os colaboradores dessas empresas veem nestas atividades um escape no dia a dia”, comenta o empresário.

No mercado empresarial é tudo um pouco mais complexo, “muitas vezes é preciso preparar salas, e tratar de todas as atividades, de forma a criar as melhores condições para os nossos clientes”.

Na Discover the Nature são proporcionadas as melhores atividades aos seus clientes “esforçamo-nos para que as pessoas passem connosco os melhores momentos e tenham a vontade de voltar em família, como felizmente tem vindo a acontecer”.

Perspetivas para o futuro

Marco mostra-se satisfeito com o percurso que a empresa tem tomado, espera que cada vez mais as pessoas se aventurem pela bela da Serra da Arrábida e espera, acima de tudo, conseguir desmistificar os receios das pessoas nestes tipos de atividades. “São inegavelmente atividades que acarretam os seus riscos, mas eu e a minha equipa tentamos acima de tudo conquistar a confiança dos nossos clientes. Temos noção de todos os perigos, usamos os melhores materiais, seguimos todas as medidas de segurança que nos são impostas mais aquelas que achamos que devem ser aprimoradas. Temos atividades para todos os gostos e, acima de tudo, responsabilidade e segurança naquilo que fazemos”, avança o nosso entrevistado.

Para comprovar e ter um dia especial com a Discover the Nature nada melhor do que efetuar a sua reserva online.

info@discoverthenature.com www.discoverthenature.com

75 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL DISCOVER THE NATURE | SETÚBAL EMPREENDEDOR

TECHWATT: INOVAÇÃO E ENERGIA EM MOVIMENTO

No coração do empreendedorismo há sempre uma história de inspiração, desafios e determinação. É o caso da TechWatt, uma empresa que nasceu da visão e experiência de Nuno Capote e Rafael Silva, dois administradores que, após enfrentarem desafios profissionais, decidiram trilhar um novo caminho rumo à inovação e excelência no setor elétrico.

Nuno Capote, com um histórico sólido na área da eletricidade, mergulhou em projetos de grande envergadura por todo o país. No entanto, em 2017, uma reviravolta levou-o a Sines, onde uma oportunidade de trabalho acabou por se transformar num novo capítulo. “Foi uma conjuntura de acontecimentos. O fecho da EDP, responsável pelo fornecimento de carvão à fábrica em Sines, levou ao encerramento dessa unidade. Foi então que decidimos abrir a nossa própria empresa”, relembra.

Ao lado dele, Rafael Silva trazia consigo uma bagagem na construção civil, mas sempre nutriu interesse pela eletricidade. A convergência de habilidades entre ambos tornou-se evidente em projetos conjuntos, e a semente da parceria começou a germinar. “Começámos com várias valências, desde automação até instalações elétricas. Mas percebemos que o grande potencial estava nos quadros elétricos, uma lacuna na zona que poderíamos preencher com excelência”, revela Rafael Silva. Com uma equipa dedicada e uma abordagem orientada para a

inovação, a TechWatt rapidamente se destacou no panorama local. A atenção aos detalhes conquistou a confiança de clientes e parceiros, tornando-os uma referência na área. “O nosso objetivo é ir sempre mais além, encontrar soluções criativas e eficientes para os desafios dos nossos clientes. É isso que nos motiva a continuar a crescer e a inovar”, destaca Nuno Capote.

Para os não iniciados, os quadros elétricos podem soar como linguagem técnica. Mas, para Capote e Silva, esses dispositivos são o coração pulsante de muitas instalações industriais e residenciais. “Todos têm um quadro elétrico em casa, mas também os construímos para a indústria. Eles controlam a distribuição de energia, desde a ativação de motores até à iluminação em diferentes ambientes”, explica Rafael Silva. Enquanto os quadros de distribuição são familiares em residências e espaços comerciais, os quadros de comando são essenciais em ambientes industriais, exigindo uma compreensão especializada e certificações adequadas. “Isso envolve programação e

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 76
SETÚBAL EMPREENDEDOR | TECHWATT
Rafael Silva e Nuno Capote, Administradores

um conhecimento profundo de eletricidade. É por isso que investimos em certificações para garantir que estamos qualificados para lidar com essa responsabilidade”, acrescentam.

A obtenção dessas certificações não é apenas uma formalidade, mas sim um requisito vital para garantir a conformidade regulatória e a segurança dos projetos. “Para inscrever a empresa na Direção-Geral de Geologia, precisamos dessas qualificações. Isso habilita-nos legalmente a operar, mas também garante aos nossos clientes que estamos comprometidos com os mais altos padrões de excelência e segurança”, destaca Nuno Capote.

O lançamento da TechWatt não foi isento de desafios. “Abrimos a empresa em plena pandemia, o que tornou os primeiros meses especialmente difíceis. Foi necessário muito esforço de networking, apresentações e, claro, trabalho árduo para construir a nossa base de clientes”, recorda Rafael Silva.

a sua presença no mercado, a TechWatt adota uma abordagem multifacetada. “Além do boca a boca, exploramos ativamente as redes sociais, temos um site informativo e enviamos e-mails para potenciais clientes. Além disso, estamos a considerar uma abordagem mais proativa, indo diretamente a obras e apresentando os nossos serviços aos instaladores locais”, revela Nuno Capote.

Os administradores destacam ainda a importância da diversificação e da adaptação às exigências do mercado. “Embora os quadros elétricos sejam a nossa especialidade, estamos abertos a explorar novas áreas conforme as oportunidades surgem. No entanto, reconhecemos que o mercado nacional é altamente competitivo, especialmente em áreas mais desenvolvidas, e estamos cientes dos desafios que isso pode apresentar”.

No entanto, a perseverança valeu a pena. “Começámos a receber solicitações de pequenos trabalhos e instalações, e as pessoas começaram a confiar em nós. A nossa transparência e compromisso com prazos realistas ajudaram a estabelecer confiança e a mudar a perceção sobre os serviços elétricos na região”, afirma Capote. Enquanto alguns podem optar por uma abordagem mais abrangente no campo das instalações elétricas convencionais, Nuno Capote e Rafael Silva têm um foco claro nos quadros elétricos especializados para indústrias pesadas. “É a parte dos quadros elétricos que nos atrai mais, porque é a mais rentável e requer um conhecimento especializado. Além disso, oferece maior controle sobre os custos e a qualidade, pois é uma atividade que podemos realizar na nossa oficina”, explica Nuno Capote.

Rafael Silva acrescenta que embora qualquer eletricista possa construir um quadro elétrico, a procura por grandes quantidades pode sobrecarregar as equipas de instalação. “Se uma equipa recebe uma encomenda de muitos quadros, pode ser difícil conciliar os trabalhos em andamento com o fabrico dos quadros. É aí que entramos nós, oferecendo os nossos serviços especializados para aliviar essa carga”, explica. Quando se trata de expandir

Num mercado onde o preço muitas vezes domina, a TechWatt destaca-se pela sua dedicação à qualidade e ao profissionalismo. “Não queremos ser conhecidos como os mais baratos nem os mais caros, mas como competentes e comprometidos com a qualidade. Acreditamos que a qualidade é essencial para construir parcerias sólidas e duradouras”, enfatizam.

Olhando para o futuro, os administradores têm uma visão clara do caminho que desejam percorrer. “Queremos expandir as nossas operações e adquirir um espaço próprio, possibilitando um crescimento sustentado. Além disso, planeamos reforçar a nossa equipa e continuar a investir em inovação e formação”, partilha Rafael Silva.

Para aqueles que procuram os serviços da TechWatt, encontrarão mais do que simplesmente uma empresa de eletricidade. “Oferecemos profissionalismo, competência e soluções adaptadas às necessidades de cada cliente. Somos mais do que apenas um fornecedor, somos parceiros dedicados ao sucesso dos nossos clientes”, finalizam.

geral@techwatt.pt www.techwatt.pt

77 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL TECHWATT | SETÚBAL EMPREENDEDOR

“O NOSSO OBJETIVO É FORNECER O MELHOR GELO LAMINADO DE SETÚBAL”

Foi em 2002, com apenas uma máquina de gelo, que nasceu a fábrica de gelo, atualmente é notório o crescimento alcançado pela marca, isto porque “produzimos até 10 toneladas de gelo por dia”.

Nuno Nunes assumiu a gerência da SetGelo após o afastamento do pai, juntamente com Cristiano Alves. Foi numa altura delicada, pois teve que lidar com a situação pandémica que o país enfrentou (a Covid-19), ou seja, tiveram de fechar por completo e parar todas as máquinas. Nuno assume que “foi uma altura dura, tivemos de parar a 100% e não foi fácil. Quando chegou a altura de voltar, decidimos que tínhamos de virar a página e enfrentar os desafios, começar mais fortes. Felizmente, correu tudo bem e voltámos mais fortes que nunca”. O empresário refere que a abertura após a pandemia foi bastante positiva, uma vez que havia muita força de vontade, e salienta que “os pescadores e a restauração estavam com muita ânsia de voltar, e nós tínhamos de estar ali para os apoiar”.

O produto rei da SetGelo é, sem dúvida, o gelo laminado, um produto com bastantes valências. Nas palavras de Nuno “é um produto muito requisitado, para os pescadores e peixeiros, para assim preservar da melhor forma o pescado. Por outro lado, também é bastante usado por empresas de catering para refrescar as bebidas e até para usos domésticos”. O gelo laminado é vendido em sacos de 25kg, 20kg e 15kg ou a granel, o gelo em cubo de 40gr em sacos de 2/3kg.

Contudo, a SetGelo tenta oferecer ao seu cliente um pouco mais do que o gelo: “Os nossos clientes são, maioritariamente, os restaurantes, e do que é que os restaurantes precisam? Sal, então por isso vendemos baldes de sal marinho grosso cristal, ideal para salgar peixe ou carne na grelha”, destaca.

Estando situada numa lota, a SetGelo conta com alguma concorrência, mas destaca-se por alcançar também o cliente da manhã “estamos sempre abertos a todo o tipo de cliente, não servimos só

A SetGelo é uma empresa de produção e venda de gelo, situada no Porto de Setúbal, que assume a responsabilidade de abastecer barcos e mercados com gelo, para proporcionar uma melhor conservação do pescado. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Nuno Nunes, sócio-gerente, que nos contou um pouco sobre a história da SetGelo, os seus desafios e os ideais para o futuro.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 78
SETÚBAL EMPREENDEDOR | SETGELO
Nuno Nunes e Cristiano Alves, Sócios-Gerentes

Estamos sempre atentos ao nosso produto, seguimos as regras mais apertadas e prezamos pela melhor qualidade de produto e atendimento que chega ao cliente

grandes empresas, servimos desde grandes barcos de pesca a restaurantes, e fazemos também venda de gelo à porta para qualquer cliente”. Uma prova da diversidade de utilidades para o gelo é o seu uso nos rides de cavalos, como refere o nosso entrevistado: “Durante o verão também temos clientes responsáveis por rides de cavalos, os clientes compram o gelo para refrescar os cavalos após o ride, o gelo vai para bidons, e após os rides os cavalos são refrescados. E estamos a falar de grandes quantidades, o ano passado foram cerca de 10 toneladas em sacos”.

Nuno Nunes conta com a ajuda de Cristiano Alves, o seu sócio na SetGelo, por isso realça: “Tenho a sorte de ter comigo o meu sócio, o Cristiano, já estava cá com o meu pai e, obviamente, não poderia abdicar dele, é uma espécie de mestre da embarcação e trata de todos os processos operacionais”. A fábrica conta com quatro máquinas de produção de gelo laminado e uma de

produção de gelo em diamante. O gelo laminado é feito “através de um cilindro que vai congelar as paredes através de água que escorre pelas mesmas, depois existe um parafuso com lâminas que vai fatiando o gelo nas paredes, e cria então as lascas”. A SetGelo trata também da entrega de grandes volumes de gelo, dando assim maior conforto ao seu cliente.

O principal objetivo da SetGelo passa por fornecer o melhor gelo laminado de Setúbal, e é nisso que a empresa está empenhada e focada, para isso tem vindo a reunir os esforços necessários. São obrigados a cumprir regras de higiene e qualidade e, apesar de não serem obrigados a medidas tão apertadas como as que usam na confeção do gelo laminado, a SetGelo adota as medidas de higiene e segurança mais rigorosas para dar o melhor e mais seguro produto ao seu cliente. Com foco na qualidade, segurança dos produtos e satisfação do cliente, Nuno garante: “Estamos sempre atentos ao nosso produto, seguimos as regras mais apertadas e prezamos pela melhor qualidade de produto e atendimento que chega ao cliente”.

Nuno está empenhado na expansão do seu negócio, até porque “o nosso principal objetivo é fornecer o melhor gelo laminado de Setúbal, mas não queremos ficar por aí, queremos expandir o nosso negócio”. Para isso, os sócios apostam na melhoria da sua comunicação e da sua presença no digital, “queremos ser uma marca mais ativa e presente no mundo digital, queremos ser notados”.

Cientes da importância da comunicação para o destaque do negócio, Nuno e Cristiano contam com um plano bem delineado para se destacarem, irem além dos seus estimados clientes e chegarem também a outro público.

Para o futuro, os sócios da SetGelo ambicionam crescer, continuar a produzir o melhor gelo laminado (e não só) de Setúbal e, acima de tudo, prestar o melhor serviço ao seu cliente.

geral@setgelo.pt www.setgelo.pt

79 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL SETGELO | SETÚBAL EMPREENDEDOR

UM TESOURO DA NATUREZA

A Herdade do Zambujal, em Palmela, esconde em si uma beleza natural única e diversas atividades de negócio, numa área de cerca de 1750 hectares. A Revista Business Portugal teve o gosto de estar à conversa com Luís Vinhas sobre o universo da espantosa Herdade do Zambujal.

São cerca de 1750 hectares de terreno em parte banhado pelo rio Sado e que se desenvolve em terrenos arenosos, com algumas elevações e uma enorme riqueza silvícola. A Herdade do Zambujal é uma propriedade de agricultura extensiva, que conta com muita floresta e com uma incrível capacidade de acesso à água (um fator bastante relevante nos dias de hoje), “temos uns largos hectares de regadio”. A herdade preza muito pela sustentabilidade, para além do uso de água própria (devido aos poços de captação e ao rio que passa pela propriedade) conta também com painéis solares, “assim conseguimos baixar os gastos da eletricidade para

cerca de metade”. A Herdade do Zambujal é, sem dúvida, um incrível local para a exploração de diversas áreas, devido à sua preservação e à sua grande amplitude.

A exploração da área florestal

A exploração da floresta é uma das áreas mais rentáveis da herdade, e também a menos trabalhosa “há pouco a fazer, apesar de contarmos com 200 hectares de eucaliptos. Basicamente é só ver o eucalipto a crescer e a cortiça a ter tiragem. A cortiça só pode ser retirada de nove em nove anos, acabando por também não dar grande trabalho”, salienta.

A Herdade tem também uma área destinada à rizicultura (cultivo de arroz) mas é uma área que se encontra arrendada, anteriormente a exploração das vinhas era feita por terceiros. Luís Vinhas arrendava esse espaço, mas este ano vai proceder de forma diferente, pela primeira vez a exploração dos 40 hectares de vinha será feita pela própria Herdade. Contudo, por não terem uma adega própria Luís Vinhas refere que “vamos proceder à apanha da uva e, posteriormente, vendê-la”.

A paixão pelos cavalos

Luís Vinhas admite que o negócio dos cavalos está longe de ser rentável, “faço-o por paixão, considero-me um apaixonado pelo Cavalo Puro-sangue Lusitano, acho-o altamente generoso, com uma ótima cabeça, gosta de aprender, é bonito e elegante, e extremamente fiel ao seu cavaleiro, contudo não é um bom negócio”. O gerente da Herdade do Zambujal defende que uma educação respeitosa é o essencial para um cavalo bem-educado e de sucesso: “É um animal extremamente sensível, não pode ser educado de forma bruta, caso isso aconteça não se consegue mais domar o cavalo”. De todas as áreas de exploração Luís Vinhas admite nutrir um maior carinho pelos cavalos, na Herdade do Zambujal todos os cuidados são tomados para garantir uma boa qualidade de vida a todos os cavalos.

265 912 098

(chamada para rede fixa nacional)

2965 - 691, Águas de Moura

81 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
HERDADE DO ZAMBUJAL | SETÚBAL EMPREENDEDOR
Luís Vinhas, Gerente

BRANDS POWER

No mundo dos negócios, o poder das marcas é inegável. Marcas bem-sucedidas vendem não apenas produtos ou serviços, mas também constroem identidades, criam conexões emocionais e influenciam decisões de compra. Um logótipo icónico, uma paleta de cores distintiva e uma mensagem clara ajudam a estabelecer a identidade da marca e a diferenciá-la da concorrência.

As marcas têm o poder de criar conexões emocionais com os consumidores. Quando uma marca ressoa com os valores, aspirações ou estilo de vida de um indivíduo, ela torna-se muito mais do que um simples produto - ela torna-se parte da vida dele. Marcas como a Nike, Apple e Coca-Cola alcançaram um status icónico porque conseguiram estabelecer conexões emocionais profundas com os seus clientes.

O poder das marcas também é evidente na fidelidade do consumidor. Os consumidores muitas vezes optam por marcas familiares e confiáveis, mesmo que outras opções estejam disponíveis. Isto ocorre porque têm confiança na qualidade, no serviço e na experiência oferecida por essas marcas. A lealdade do consumidor é construída ao longo do tempo, através de interações positivas e consistentes com a marca.

O poder das marcas é uma força motriz no mundo dos negócios. Marcas fortes constroem identidades, criam conexões emocionais, promovem a fidelidade do consumidor e influenciam a cultura. No cenário empresarial atual, o sucesso de uma marca não é apenas medido pelas suas vendas, mas também pelo impacto que ela tem na vida das pessoas e na sociedade como um todo.

HUGO TEIXEIRA

UM APAIXONADO PELAS MOTOS

Desde cedo apaixonado pelas motas, Hugo Teixeira tem vindo a traçar o seu próprio caminho no Campeonato Nacional de Enduro e Super Enduro. A Revista Business Portugal teve o gosto de estar à conversa com Hugo que nos contou todos os desafios que tem enfrentado ao longo da sua carreira e, ainda, nos apresentou os patrocínios que tornam todo o seu percurso possível.

Hugo é piloto no Campeonato de Enduro e Super Enduro, campeonatos estes que sempre sonhou estar presente e ser um dos pilotos de referência em Portugal. O Enduro é a modalidade de Motociclismo, praticada em pistas maioritariamente de todo o terreno. A maior parte dos eventos, são provas de regularidade, ou seja, cada piloto deve cumprir o trajeto da prova num tempo previamente designado e com três especiais cronometradas ao longo de cada volta ao percurso. A prova de Super Enduro é um evento que se desenrola num recinto fechado, utilizando motos de enduro num percurso com obstáculos, elementos naturais e artificiais como pedras, troncos, água, lenha, terra, areia, similares aos que se encontram numa prova de Enduro, mas estrategicamente colocados, de forma a dificultar o percurso. Desde sempre, Hugo revelou-se um apaixonado por motas: “Sempre gostei de motas, carros, sempre estive ligado ao ramo automóvel. Desde os três anos de idade que pedia uma mota ao meu pai”. O simples barulho de uma mota a passar na estrada despertava a total atenção de Hugo, “quando estava em casa e ouvia uma mota

na estrada, ia a correr para a janela para a ver”, conta entusiasmado.

Aos dez anos de idade, o pai de Hugo deu-lhe a sua primeira mota, mas decidiu impor uma condição: “O meu pai dizia-me que se tirasse boas notas que me dava uma mota e, sem dúvida, que isso foi um incentivo, pois era algo que eu queria mesmo muito. Aos dez anos deu-me a minha primeira mota, uma moto 4, que por minha vontade andava nela todos os dias”, lembra.

Contudo, foi aos 16 anos que Hugo experimentou, pela primeira vez, uma mota de duas rodas: “Foi a primeira vez que subi a uma mota de duas rodas, percebi logo que afinal o meu caminho passava por aqui e não era o que tinha”. Apesar da paixão, os treinos, no início, eram um desafio, “sentia dificuldade em arranjar com quem andar, era uma responsabilidade grande ir com uma criança andar de mota para o monte, tinha de ter companhia, não podia ir sozinho. No entanto, fui conhecendo pessoas e progredindo de ano a ano. Em 2019 senti que já estava a começar a ter um nível de pilotagem melhor e percebi que seria a altura certa para ir atrás

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 84
BRANDS POWER | HUGO TEIXEIRA

Espero que isto continue mesmo para sempre, não me imagino a deixar, foi algo que sempre ambicionei, e agora que o consegui, não me vejo a não fazer corridas. Quando tenho uma prova passo os dias a contá-los até chegar o grande dia

do sonho de participar no campeonato nacional de enduro. Era algo que os meus pais não queriam, no entanto fui em busca de patrocínios e nesse mesmo ano fiz o meu primeiro ano de corridas na classe Hobby”. Hugo fez sozinho um portfólio desportivo: “Comecei sem saber bem o que fazer, fiz um portfólio e comecei a enviar para as empresas. E foi a partir daí que consegui o primeiro apoio”. As corridas entraram para a vida do piloto em 2019 “os meus pais tinham medo, principalmente a minha mãe, mas mesmo assim arrisquei e parti à procura de apoios”.

Hugo demonstra-se muito grato a todos os patrocínios que o apoiam, apesar de ter recebido muitos ‘nãos’, não esquece a primeira porta que lhe foi aberta. Foi a Pincelaria Universal a primeira a acreditar no processo de Hugo. Num desporto como o Motociclismo, os patrocinadores são cruciais “o meu esforço é muito por eles, acreditam em mim, devo-lhes o meu empenho e determinação”, refere o piloto, fazendo questão de enumerar todos os seus patrocinadores. “Sou muito grato à Pincelaria Universal, ao Carvadino Construções, ao Reizinho & Silva, à Modiflex, ao Snopão, ao Nf Design, ao ST Papelarias, Rui e Sousa Peças, à Auto Eugénio Teixeira, Santa Cera, Glass_media, à JGP Consulting, ao Restaurante Panela Velha, Móveis D’Arte, XTRB, BB Racing e JJ Pinto (JJP). Este sonho só é possível devido a todos eles, graças aos apoios obtidos, já consegui uma melhoria significativa de condições”, ressalva o nosso entrevistado.

Ser piloto não é o único sonho de Hugo, ambicionava ser engenheiro mecânico, sonho realizado ao concluir a Licenciatura e Mestrado no ano curricular de 2022/2023. Mas a questão é, como é possível conciliar os estudos com a prática deste desporto? “Um dos meus grandes desafios passou por aí, ter de gerir o tempo entre as aulas e os treinos, foi um bocadinho complicado, mas consegui. Este ano ingressei no mercado de trabalho, pensava que tudo se ia tornar mais fácil, mas infelizmente não tem sido assim. O ano passado atingi os meus melhores resultados, terminei o campeonato em 3º na classe Verdes 2 e 4º à geral de verdes. Ao contrário do esperado, este ano não estou a conseguir atingir os objetivos. Comecei o ano super motivado, mas devido a um problema mecânico na primeira prova do campeonato que me impossibilitou chegar ao fim e uma intervenção cirúrgica não estou a atingir o esperado, mas o facto de ter os meus patrocinadores que continuam a acreditar em mim, faz-me ter força para avançar e continuar, principalmente a Pincelaria Universal, que sempre acreditou em mim, então sinto que merecem o melhor de mim”, sublinha.

Para o futuro, Hugo ambiciona continuar envolvido no mundo das motas “até não poder mais, até ser mesmo velhinho, ou não aguentar fisicamente. Espero que isto continue mesmo para sempre, não me imagino a deixar, foi algo que sempre ambicionei, e agora que o consegui, não me vejo a não fazer corridas. Quando tenho uma prova passo os dias a contá-los até chegar o grande dia”.

O nosso entrevistado tem como maior ambição ganhar as provas que estão por vir e não esconde a sua paixão: “O meu objetivo é honrar os meus patrocinadores, o compromisso comigo próprio, superar-me prova após prova e ganhar”.

85 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
HUGO TEIXEIRA | BRANDS POWER
Hugo Teixeira

A LIGAÇÃO SIMBIÓTICA ENTRE ARQUITETO, CLIENTE E LUGAR

Nuno Nunes, Arquiteto e CEO, em entrevista à Revista Business Portugal, partilha insights sobre a abordagem arquitetónica da BIG Arquitetos, localizada na cidade do Porto, destacando a combinação do Arquiteto, Cliente e Lugar como fundamental para garantir uma proposta diferenciada e personalizada a cada cliente.

Considerando a filosofia da BIG Arquitetos de criar obras que melhorem a experiência de vida das pessoas, como é que integram essa missão nos vossos projetos?

De uma forma sintética, podemos dizer que cada projeto na BIG Arquitetos resulta da combinação entre três pontos fundamentais: a nossa visão enquanto Arquitetos, com uma ideia ou conceito subjectivos para o projeto a desenvolver; o desejo do Cliente - entendido como a parte mais importante - que dita o programa e condicionantes que encaminharão para um resultado final exclusivo e personalizado; e, o Lugar, que para além de nos conceder um contexto urbanístico, também tem as suas particularidades morfológicas e de orientação solar, que particularizam igualmente a proposta e a tornam única. A combinação destas três entidades - Arquiteto, Cliente e Lugar – no nosso entendimento, para além de garantir uma proposta diferenciada e personalizada a cada cliente e a cada terreno, faz com que a nossa preocupação em desenvolver uma arquitetura moderna com

foco no bem-estar e adaptado ao modo de habitar de cada cliente atinja o seu objectivo, resultando quase como que uma extensão da própria personalidade do cliente no seu edifício, o que eleva também a arquitetura de um estado corpóreo a um certo estado espiritual. Pode parecer absurdo ou até básico comparar mas, da mesma forma que uma pessoa se veste de determinada forma ou tem preferência pela escolha de determinado carro ou ornamentos, e isso a define e proporciona bem-estar, o facto de um edifício resultar dos gostos pessoais dos clientes e do seu modo de habitar melhoram a sua experiência de vida. Uma pessoa habituada a vestir-se da forma A se de repente é obrigada a vestir-se da forma B, a qual repudia, facilmente se depreende que a pessoa não se vai sentir bem ou não se sente “ela própria”. Consideramos da mesma forma impensável fazer uma arquitetura que não atenda às características particulares de cada cliente, ainda para mais tratando-se de edifícios, onde passamos a maior parte das nossas vidas.

A relação de proximidade é um pilar fundamental do vosso atelier, como é que essa proximidade se traduz no processo criativo? Como é que equilibram a vossa visão enquanto profissionais com as necessidades e desejos individuais dos vossos clientes? Pensamos que a resposta à questão anterior já reflicta a visão do nosso escritório. De facto a relação de proximidade entre arquiteto

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 86 BRANDS POWER | ATELIER BIG ARQUITETOS
Nuno Nunes, Arquiteto e CEO

e cliente é considerada, por nós, essencial. Realizamos o número de reuniões ou conversas necessárias com o cliente até chegar à proposta desejada. O desígnio do cliente é, em termos efetivos, claramente necessário para estabelecer o programa e condicionantes que interferem no nosso trabalho enquanto arquitetos, mas é, sobretudo, crucial, no relato das suas preferências e modo de habitar, que permitem que a proposta se adapte às suas vivências e ganhe personalidade. Nem sempre a visão enquanto arquiteto coincide com a do cliente mas quando isso acontece, cabe-nos a nós, profissionais, conversar e demonstrar com exemplos que determinada ideia não resulta tão bem, de modo a que o cliente reconheça e confie na nossa experiência profissional. O diálogo é importante e a relação de proximidade torna-se, à medida que o projeto nasce e avança, uma relação de confiança.

A ousadia em assumir riscos e explorar conceitos fora da norma é uma característica distintiva da BIG Arquitetos. Como é que encontram o equilíbrio entre a inovação e a funcionalidade nos vossos projetos?

A Arquitetura conjuga forma com função, pelo menos assim consideramos. A forma ou a ousadia dos nossos traços não é feita de forma gratuita. Resulta primeiramente da relação Arquiteto-Cliente-Lugar que já abordámos anteriormente e, de seguida, prende-se com a nossa vontade, enquanto arquitetos, de explorar novas formas e de nos desafiar criativamente. A própria procura por uma arquitetura adaptada a cada cliente, e que reflita a sua personalidade, leva a que cada edifício se diferencie e explore novos conceitos, ou priorize certos elementos em detrimento de outros. A inovação e conceitos fora da norma surge desse mesmo desafio, imposto em nós, de nos querer suplantar e criar um edifício moderno que, para além de responder às condicionantes programáticas, se distinga e adquira sua própria personalidade. Da mesma forma que cada pessoa é diferente e cada

cliente é único, entendemos essa mesma exclusividade no que se transpõe aos edifícios desenvolvidos.

Como é que definem a “escala humana” nos vossos projetos e como é que a priorizam, especialmente em projetos de grande escala?

A atenção dada ao cliente, ao que ele deseja e prioriza, de certa forma, já propicia “escala humana” aos projetos e faz com que a arquitetura se torne mais “humana”, menos fria e inerte. Em projetos de grande escala, o pensamento mantém-se, no entanto, pelo próprio desafio de uma escala maior, muitas vezes essas “escala humana” pode ser conseguida através de algum detalhe ou material que diminua “visualmente” essa maior dimensão do edifício, ou ainda através de alguma configuração ou elemento que “humanize” o espaço. Nesse sentido, o desenvolvimento de pátios ou espaços verdes privativos permitem frequentemente que os espaços interiores criados se projectem para o exterior, relação interior-exterior esta que, ao trazer o “verde” para o quotidiano do seu habitante, acaba por compensar a aparente “falta de escala humana inicial” e proporciona bem-estar aos utilizadores do edifício. Existem inúmeras formas para a definição da “escala humana”, a estratégia a adoptar dependerá sempre de projeto para projeto.

Olhando para o futuro, quais são os principais objetivos e estratégias da BIG Arquitetos para continuar a inovar e melhorar o seu trabalho? Há alguma área específica em que estejam especialmente interessados em explorar ou expandir nos próximos anos? O nosso modus operandi tem sempre como foco o bem-estar dos nossos clientes, sem esquecer a óptica de desenvolvimento de uma boa arquitetura. O constante desafio, imposto em nós próprios enquanto arquitetos, quer no que diz respeito à criatividade, quer na resposta dada a cada cliente, mantém-se, pelo que a conjugação dessa preocupação com a atenção dada à actividade do nosso exercício profissional à luz das novas tecnologias e desafios atuais emergentes, encaminhará naturalmente para a nossa expansão nos próximos anos. Para esse efeito, temos acompanhado, de forma ativa, vários eventos e workshops de modo a estarmos a par com todas as novidades de software, materiais de construção e preocupações atuais da Arquitetura em si. A questão da sustentabilidade e as novas tecnologias surgidas são claramente dois temas interessantes e que influenciarão muito a Arquitetura do futuro, pelo que a participação em eventos tem tentado também acompanhar os novos desenvolvimentos, mesmo em termos de materiais. Especificamente, preferimos não revelar antes do tempo, mas a BIG Arquitetos está atenta e encontra-se a preparar novas formas de abordagem no desenvolvimento de edifícios.

bigarq@bigarq.pt www.bigarq.pt

87 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL ATELIER BIG ARQUITETOS | BRANDS POWER

FERNANDO BRANDÃO: 24 ANOS DE EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO NO MERCADO

Com 24 anos de história marcada por um compromisso inabalável com a excelência, Fernando Brandão continua a ser uma referência no mercado. O seu compromisso com a modernização e aprimoramento constante coloca-a numa posição privilegiada para enfrentar os desafios do futuro, mantendo-se como parceira de confiança para os seus clientes e colaboradores, como nos conta em entrevista, o administrador Fernando Brandão.

Desde o início da sua jornada em 2000 até aos dias de hoje, como é que descreve a evolução da FBrandão, não apenas em termos de crescimento quantitativo, mas também em termos de qualidade e inovação dos serviços oferecidos?

Os primeiros passos surgiram pelo convite de uma outra empresa, para produção e instalação de grades, tendo sido fulcral para a tomada de decisão de iniciar atividade e começar o percurso que temos vindo a cimentar, com materiais e acabamentos de qualidade.

A gama de automatismos, vai aos poucos se alargando, conforme as necessidades reais dos nossos clientes, sendo as visitas

a feiras internacionais, a porta principal para a construção de parcerias estratégicas.

Num mercado cada vez mais competitivo, quais são os principais fatores diferenciadores da FBrandão, em termos de produtos, serviços ou abordagem ao cliente?

A nossa principal vertente, sendo as grades de enrolar, com dimensões que chegam até aos 12m de largura por 5m de altura, são só por si já um cartão de visita, tendo acabamentos que obedecem às exigências dos manuais corporativos dos clientes.

A simbiose entre o fabrico e a montagem com um prazo global

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 88 BRANDS POWER | FBRANDÃO
Fernando Brandão. Administrador

Priorizamos sempre o crescimento sustentado, o que nos permitiu alcançar pequenas metas, valorizamos a nossa equipa, tendo vindo a ser reestruturada e reforçada para suprir as necessidades, o que nos possibilita olhar novos desafios com seriedade

de quinagem para aumentar a resistência dos materiais e a lacagem dá o toque final.

A nível residencial já nas portas seccionadas, há um especial cuidado na oferta de cores e novos tipos de painel, complementando com automatismos de qualidade e com um conceito mais moderno.

Considerando a vossa vasta gama de produtos, desde grades de segurança a automatismos, como é que a FBrandão consegue manter-se atualizada em relação às últimas tendências e tecnologias no setor?

Há sempre novidades a aparecer e nem sempre as adotamos, pois a fiabilidade vem de aprimorar o funcional, sendo um processo construtivo a longo prazo. A adequação dos automatismos à real necessidade do cliente é um fator só por si diferenciador.

A nível de acabamentos, as marcas seguem as paletes de cores das tendências, permitindo-nos acompanhar em cores RAL a sua imagem.

A qualidade é um dos pilares fundamentais da vossa empresa. Quais são os processos e padrões que a FBrandão implementou para garantir um elevado nível de qualidade em todos os seus produtos e serviços?

Estruturamos o nosso produto final conjugando a qualidade dos automatismos de fabrico europeu, com as matérias-primas transformadas à medida de cada obra, resultando em soluções que superam o padrão estabelecido.

a rondar os cinco dias úteis, resultam numa presença sólida no mercado, com uma carteira de clientes que ousam desafiar-nos, constantemente, sendo o mote ao desenvolvimento de métodos de fabrico/montagem mais eficazes, garantindo fiabilidade e durabilidade.

O design é uma componente crucial nos produtos que a FBrandão oferece. Como é que o design é integrado na sua abordagem empresarial e como é que este contribui para a eficácia e estética dos vossos produtos?

O design anda de mão dada com a eficácia. Os nossos clientes, sendo 80% lojas em centros comerciais, criam uma pressão para minimizar as dimensões de perfis visíveis, recorremos a processos

À medida que olhamos para o futuro, quais são os principais objetivos e metas que a FBrandão definiu para si mesma? Como é que pretendem expandir ou diversificar os vossos serviços nos próximos anos?

Priorizamos sempre o crescimento sustentado, o que nos permitiu alcançar pequenas metas, valorizamos a nossa equipa, tendo vindo a ser reestruturada e reforçada para suprir as necessidades, o que nos possibilita olhar novos desafios com seriedade, passando pela criação de alianças estratégicas, que nos permitam complementar os serviços já oferecidos e, a nível produtivo, melhorar as condições de produção e assemblagem.

Apostar em formação específica, dotando os nossos profissionais de melhores ferramentas para a incrementação de produtos que estamos a avaliar, tanto a nível industrial como residencial.

89 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL FBRANDÃO | BRANDS POWER

“A NOSSA PAIXÃO SÃO AS VINHAS”

De geração em geração, assim cresceu a fantástica Quinta da Plansel. Uma quinta que conta com mais de 26 anos de experiência no mercado vínico, e onde encontramos o casamento perfeito entre a natureza e a arte. Dorina Lindemann, enóloga de renome, conta-nos um pouco sobre a arte vínica.

Contam com mais de 25 anos de experiência. Qual é o segredo para prevalecerem há tantos anos num mercado tão vasto? E como fazem para se destacar?

Acho que o nosso segredo passa pela seleção, somos uma empresa muito ligada à seleção das castas portuguesas, e já há 40 anos que começámos no norte do Douro a avaliação das castas portuguesas e vimos que são uma casta com uma grande personalidade, uma casta única, que decidimos então trazer para o Alentejo.

Quais são os princípios e valores fundamentais que guiam a produção de vinho na Quinta da Plansel? Quais são os vinhos mais emblemáticos produzidos pela Quinta da Plansel? Quais características os tornam únicos?

O que nos destaca é, sem dúvida, o amor e dedicação que colocamos no nosso trabalho, a nossa paixão são as vinhas. Os nossos produtos estrela são o Plansel Vinhas Novas Touriga Nacional 2020, o Plansel colheita selecionada Touriga Nacional, o vinho de reserva da Quinta da Plansel é também bastante requisitado devido ao seu sabor único e requintado. O que torna estes vinhos únicos são o seu sabor e, sem dúvida, que uma boa vinha faz toda a diferença.

A Quinta da Plansel oferece visitas guiadas ou degustações para os visitantes? Qual é a experiência típica para os visitantes que desejam conhecer a propriedade?

Sim, a Quinta da Plansel oferece visitas guiadas e degustações aos seus clientes, são experiências memoráveis e primamos para oferecer momentos únicos. Contamos também com um pequeno alojamento local, onde os clientes podem usufruir de estadia.

Como é que se gere uma empresa deste ramo? Qual a importância da equipa para o bom funcionamento da Quinta da Plansel?

No início, foi bastante complicado, ainda para mais sendo uma mulher no mundo vínico complicou um pouco a minha posição. Felizmente, com a evolução dos tempos evoluíram as pessoas, apesar de ainda ser um mundo com cerca de 80% de homens, atualmente, já sinto que se trabalha de igual para igual. Em relação à equipa é tudo muito complexo, nada se faz sem uma equipa focada e empenhada, mas hoje em dia temos muita dificuldade em arranjar os funcionários certos, tentamos sempre manter uma relação de proximidade com os nossos colaboradores, mas é um trabalho bastante pesado. Com vista a ultrapassar esse desafio unimo-nos em família e muitas vezes venho eu, as minhas filhas e o meu marido para as vinhas.

Qual é a visão futura da Quinta da Plansel? Existem planos para expandir a produção ou explorar novos mercados?

Não queremos crescer, queremos sim, manter a qualidade e trabalhar com amor cada vinho e estamos focados nisso. Estamos a fazer o primeiro PIWI em Portugal, que é uma casta completamente resistente contra os fungos, ou seja, significa que não precisa de ser pulverizada. O vinho branco da casta PIWI já está em produção, e nos tintos, estamos a estudar a melhor forma para os tornar resistentes, é um trabalho que me deixa orgulhosa, pois somos pioneiros em Portugal, o que demonstra a nossa vontade de nos superarmos na qualidade.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 90 BRANDS POWER | QUINTA DA PLANSEL
Júlia Lindemann, Luísa Lindemann, Dorina Lindemann e Jorge Böhm
www.plansel.com

NUNO BOTELHO NO ALMOÇO-DEBATE DO ICPT

Reforma do Estado, educação, saúde, justiça e crescimento económico, foram as áreas fundamentais destacadas por Nuno Botelho para os próximos “50 anos do 25 de Abril”, a temática que levou o presidente da Associação Comercial do Porto ao International Club of Portugal, no passado dia 10 de abril, como orador convidado para o habitual almoço-debate organizado pela instituição.

O líder da Associação Comercial do Porto, durante o seu discurso, recuperou diversas conquistas obtidas com a transição democrática, nomeadamente ao nível da literacia e do acesso ao ensino superior, de indicadores de saúde, das condições de habitabilidade, sem esquecer aquele que para si é o “bem maior da Revolução”, que consistiu na consolidação do Estado de Direito, salvaguardando as liberdades e garantias dos cidadãos.

Nuno Botelho concentrou-se no futuro e na importância de construir um “país mais coeso, mais justo, com melhores oportunidades para todos, mais ambicioso e produtivo”.

Na sua ótica, para construir esse caminho é necessária uma reforma do Estado, a revisão da intervenção pública em setores como a saúde e a educação.

ALEXANDRE FONSECA NO COMITÉ CONSULTIVO DO ICPT

O CONFRONTO ENTRE A POLÍTICA

E

A JUSTIÇA EM DEBATE

No dia 19 de março, realizou-se mais um Almoço-Debate no Lisbon Marriott Hotel, um evento do International Club of Portugal (ICPT). O tema em debate foi “O confronto entre a Política e a Justiça põe em crise o Estado de Direito? (Reflexões a pretexto de casos recentes da Justiça penal portuguesa)”. O orador convidado deste debate foi o advogado Paulo de Sá e Cunha, presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados. Um tema que esteve em debate devido a todas as polémicas que têm vindo a acontecer foi a possibilidade de uma reforma da Justiça: “Acho que é imperioso fazermos uma reforma da Justiça, mas temos que ter o cuidado de não legislar sobre impulso e a quente, a propósito de acontecimentos que ainda estão muito vivos [Operação Influencer e Operação Zarco]. Aliás, acho que o problema da reforma da Justiça não é essencialmente um problema de legislação, mas sobretudo um problema de alteração de mentalidades e de alteração de práticas ou de procedimentos, que é muito mais difícil do que o legislar, que é relativamente fácil. Já garantir uma boa aplicação das leis é às vezes um bocadinho mais difícil”, referiu o presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados Paulo de Sá e Cunha.

O antigo CEO da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, foi nomeado para o Conselho Consultivo do International Club of Portugal (ICPT). Alexandre Fonseca é um empresário e gestor com mais de 28 anos de experiência profissional nas áreas das Telecomunicações, Sistemas de Informação e Consultoria de Gestão. Manuel Ramalho, presidente do IPTC, agradeceu ao Ministro da Economia, Pedro Reis, a dedicação e o apoio dado ao International Club of Portugal nos últimos anos e deu as

boas-vindas a Alexandre Fonseca, esperando uma colaboração frutuosa com o executivo, no sentido de desenvolver, promover e melhorar o ICPT e os seus programas em todas as suas atividades empresariais, culturais, filantrópicas e de networking

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 92 BUSINESS & EVENTS | INTERNATIONAL CLUB OF PORTUGAL
Manuel Ramalho e Nuno Botelho Manuel Ramalho e Paulo de Sá e Cunha Alexandre Fonseca e Manuel Ramalho

AEP 175 ANOS COM EMPRESAS

A Associação Empresarial de Portugal comemorou no passado dia 3 de maio o seu 175.º ano de existência. De 3 de maio de 1849 até aos dias de hoje, a AEP transformou-se na mais representativa associação empresarial de Portugal, com o estatuto de Câmara de Comércio e Indústria, pugnando pela defesa e promoção dos interesses das empresas e do tecido empresarial, sempre com o objetivo de contribuir para uma próspera atividade económica em Portugal.

Em dia de aniversário, realizou-se uma cerimónia evocativa no local onde está o busto de José Vitorino Damásio, um dos principais fundadores da Associação Industrial Portuense (antecessora da AEP). Na homenagem ao empresário, engenheiro e professor marcaram presença os presidentes do Conselho Geral e do Conselho de Administração da AEP (José Manuel Fernandes e Luís Miguel Ribeiro, respetivamente) e o presidente da Câmara do Porto (Rui Moreira).

Mas não é só a AEP que está de parabéns: é toda uma comunidade empresarial. Pela resiliência, pelo associativismo e pelo contributo para o progresso de Portugal, mesmo em tempos de grande dificuldade, como os atuais.

93 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL AEP | BUSINESS & EVENTS
Fotos crédito: AEP

WCGC

PORTUGAL VOLTOU À ILHA DA MADEIRA

No passado Sábado, dia 13 de Abril, a tradição manteve-se e o World Corporate Golf Challenge Portugal voltou à ilha da Madeira. A quarta etapa do circuito português, do maior torneio de empresas do mundo, contou com a participação de 34 empresas madeirenses e do continente, num total de 80 participantes, entre jogadores, parceiros e convidados.

A Ilha da Madeira é uma anfitriã sublime, pelas suas características naturais é um destino ímpar e aliando os três campos de golfe de excelência torna-se um oásis para qualquer golfista tendo sido premiada, pelos World Golf Awards, com o prémio “Best Emerging Golf Destination”. O traçado escolhido no Clube de Golfe do Santo da Serra para a disputa corporativa foi o Machico – Desertas, o tradicional do Madeira Islands Open do European Tour, que se encontra em condições magníficas e exigiu técnica e precisão aos golfistas participantes. “O campo estava particularmente difícil, apesar de estar mais curto, estava bastante técnico e hoje foi daqueles dias que o jogo encaixou. O meu parceiro é um excelente jogador, aguentou bem e no fim correu bem” afirmou Paulo Sousa da empresa Simetrifloor que conquistou o título de empresa vencedora, com 77 pontos na classificação net. As restantes equipas que subiram ao pódio foram, na classificação net, Ana Bento e Lino Bento com a empresa HVIS e na classificação gross, em primeiro lugar, a empresa Vila Baleira, onde Afonso Bento e Pedro Araújo totalizaram 65 pontos.

O grupo Vila Baleira é estreante no circuito e assegurou o seu lugar na final nacional do WCGC Portugal que se irá realizar no próximo dia 6 de Julho, em Óbidos, no Praia D’El Rey Marriott Golf & Beach Resort. Bruno Martins, diretor-geral do grupo Vila

Baleira, reforça a importância dos eventos corporate associados à marca, “Acho que quando estão empresas envolvidas é sempre uma oportunidade de networking muito forte, de visibilidade dos parceiros envolvidos. E por isso nós, enquanto grupo hoteleiro, também aqui com alguma importância, no Arquipélago, achamos que é importante tudo aquilo que são grandes eventos de golfe que ajudem a promover as ilhas, neste caso, o nosso grupo e o golfe na Madeira.” Nesta etapa, para além de três equipas a competirem, o grupo foi o hotel oficial dos jogadores que viajaram do continente e presenteou todos os participantes com uma massagem após o jogo no SPA corner. Paralelamente, os parceiros do World Corporate Golf Challenge Portugal marcaram presença em vários momentos do torneio. Na recepção aos jogadores, não faltou nada para um jogo de alta qualidade. Com um goody bag original, o shoe bag incluí o polo e cap oficiais da competição, bolas de golfe by Município de Sesimbra, pitchfork e ballmaker by Axis Hotéis e protetores solares URIAGE. A Água Monchique e o café Nicola no check-in, a Coral e a Brisa no bar de campo e cocktail deliciaram os jogadores.

A Per Se recebeu os jogadores após o torneio ao som da Floor Sensation e com os carros AUDI a completar a paisagem paradisíaca do Santo da Serra. O Clube Golf Santo da Serra já levou três equipas à final mundial do World Corporate Golf Challenge, Serlima em 1999, Anadia Shopping em 2000 e Brisa (ECM) em 2012, espelhando assim a ligação entre as duas entidades. A final mundial de 2024 será um privilégio para a empresa que irá representar Portugal, disputada em Outubro, na China, na Ilha de Haikou. Ana Massapina, licensee holder do WCGC Portugal, afirma que “a competição vai estar num nível muito elevado. A organização não vai falhar porque isso é uma marca do WCGC há 30 anos. Seja em que ponto do mundo for, vai ser um sucesso, com toda a certeza.” A última oportunidade de viver esta experiência terá lugar na quinta etapa do WCGC Portugal que se irá realizar no dia 15 de Junho, no norte de Portugal.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 94 BUSINESS & EVENTS | WCGC

MUITO MAIS QUE UM SALÁRIO, O BEM-ESTAR DOS COLABORADORES

Todos os dias surgem novos desafios que as organizações têm de enfrentar, mas também novas oportunidades e, neste sentido, se o trabalho remoto e as ferramentas online abriram portas para que se pudesse trabalhar em qualquer parte do mundo, simultaneamente a retenção de talento tornou-se um quebra-cabeças para os Recursos Humanos.

Neste cenário de constante incerteza, a chave primordial para o sucesso de uma organização reside na valorização das pessoas que dela fazem parte. Como é que as organizações podem demonstrar aos seus colaboradores que os valorizam? O que não faltam são táticas - o que intitulamos de retenção do talento - desde oferecer planos de carreira e crescimento profissional, garantia de um ambiente de trabalho positivo e inclusivo, promoção o work-life balance, reconhecer e premiar, entre outros.

Ao longo da história, as formas de compensar os trabalhadores evoluíram significativamente. Se no passado a remuneração era focada principalmente em prémios financeiros, atualmente as empresas compreendem que a motivação dos trabalhadores não se resume apenas a esse aspeto. Assim, como consequência dessa mudança de paradigma, surge o conceito “salário emocional”, referente às recompensas não monetárias que os colaboradores recebem, sendo atualmente uma ferramenta imprescindível na estratégia de retenção de talento. Na prática, uma das formas mais comuns e bem-sucedidas de dar resposta a este salário emocional é o Plano de Benefícios (PB), que inclui um conjunto de vantagens ou serviços aos quais os colaboradores têm acesso como complemento à sua remuneração, desde planos de saúde, auxílio para creches ou estudantes, sessões de psicologia, mensalidades de ginásio e muito mais.

Mas qual é a receita para construir um Plano de Benefícios frutífero?

1. Conhecer bem os seus colaboradores. Aspetos como a idade ou a composição do agregado familiar podem ser relevantes,

mas é essencial compreender as dificuldades ou necessidades por colmatar no quotidiano dos seus colaboradores.

2. Analisar a concorrência. Escrutinar os planos de benefícios desenvolvidos pelas empresas do mercado, inspirar-se e identificar os pontos de diferenciação.

3. Aferir o orçamento disponível. Definir um orçamento realista, considerando a capacidade financeira da empresa e incluindo as prioridades percecionadas através das sugestões dos colaboradores.

4. Comunicar de forma eficaz. Informar os colaboradores sobre o funcionamento e as vantagens do PB e notificá-los acerca de mudanças ou atualizações.

5. Flexibilidade e ajuste. Permitir que os colaboradores escolham os benefícios que mais se adaptam às suas necessidades, mediante a oferta disponível e ajustar o próprio PB de acordo com o feedback

6. Avaliar e monitorizar. Analisar a efetividade do PB e identificar oportunidades de melhoria, bem como mensurar o impacto do mesmo na satisfação dos colaboradores.

Na Iscte Junior Consulting, o Plano de Benefícios é um dos principais instrumentos de compensação dos colaboradores, jovens estudantes universitários. Numa Júnior Empresa, onde os colaboradores não esperam um salário no fim do mês é preponderante o investimento no PB, instrumento crucial de motivação e recompensa. Neste podemos encontrar descontos em serviços das mais diversas áreas, desde a loja de impressões até mesmo às aulas de inglês - um bom exemplo de um plano de benefícios adaptado à realidade dos jovens colaboradores e às suas necessidades.

95 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
ISCTE JUNIOR CONSULTING | BUSINESS & EVENTS
Camila Rosa e Cristiana Raimundo, Iscte Junior Consulting

COMPETITIVIDADE FISCAL VIRTUOSA

Os sistemas fiscais são um fator de competitividade fundamental na economia globalizada, aberta e hipercompetitiva do século XXI. Adotar políticas fiscais que potenciem a atração de investimento, empresas, talento e inovação é uma condição essencial para o crescimento económico e para a competitividade internacional. Um bom ambiente de negócios pressupõe um sistema fiscal favorável à atividade das empresas, que não penalize o trabalho e desincentive o consumo e que seja justo, simples, transparente e estável. Ora, uma das bandeiras eleitorais do novo Governo é, justamente, a redução dos encargos fiscais das famílias e das empresas. Neste último caso, o Executivo prometeu baixar a taxa geral do imposto sobre os lucros das empresas dos atuais 21% para 15%. A redução de IRC será gradual, com o desagravamento a ser repartido por três anos, ao ritmo de dois pontos percentuais. No primeiro ano, a taxa passa para 19%, depois para 17% e, por último, para 15%. Há ainda a intenção de eliminar, também de forma faseada, a progressividade da derrama estadual (aplicável às grandes empresas) e da derrama municipal em sede de IRC.

Naturalmente que este desagravamento fiscal, a concretizar-se, é uma boa notícia para as empresas e para a economia. Uma descida do IRC de 21% para 15% terá, certamente, efeitos económicos positivos, nomeadamente para o investimento. Contudo, esses efeitos arriscam-se a ser limitados, na medida em que só pouco mais de 50% das empresas paga IRC. Por conseguinte, talvez fosse mais eficaz uma política de benefícios ficais em sede de IRC que premiasse as empresas com boas práticas remuneratórias, socialmente responsáveis

e ambientalmente sustentáveis ou cuja competitividade se baseie na ciência, inovação e tecnologia. Desta forma, o desagravamento fiscal funcionaria como um incentivo à mudança de políticas e comportamentos nas empresas, quer ao nível da responsabilidade social, quer ao nível da transição digital e verde. Acresce que, em Portugal, os chamados “custos de contexto” penalizam fortemente as empresas. Há um vasto conjunto de taxas, regras, procedimentos e ações (e/ou omissões) que dissuade a criação de novas empresas e faz perigar a sustentabilidade das empresas em atividade, em particular as de menor dimensão. Urge, portanto, desonerar este tipo de custos, sob pena de estarmos a desencorajar o empreendedorismo, a dificultar o investimento, a enfraquecer a competitividade e a criar problemas de tesouraria (sobretudo em micro e pequenas empresas). Importa também ressalvar que a competitividade fiscal não deve comprometer o financiamento de serviços públicos essenciais ou a sustentabilidade das contas públicas. Neste sentido, o desagravamento fiscal prometido tem ser compatível com a necessidade que o país hoje sente de melhorar os seus serviços públicos, em particular o SNS e o sistema de ensino, e de prosseguir com a consolidação orçamental. Numa conjuntura marcada pela incerteza geopolítica e pela estagnação económica dos nossos parceiros comerciais, há que garantir alguma folga financeira, de forma a precaver contratempos ou eventuais crises. Todos nos recordamos dos sacrifícios que o país fez para sanear as suas contas públicas e atingir a consolidação orçamental, pelo que não são admissíveis retrocessos nesta matéria. Em suma, o desagravamento fiscal é bem-vindo, mas deve produzir efeitos sobre todo o tecido empresarial (incluindo micro e pequenas empresas), premiar o investimento reprodutivo e não pôr em causa as finanças públicas.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 96
ARTIGO DE OPINIÃO

NEUTRALIDADE CLIMÁTICA

Para alcançar a neutralidade climática, é essencial reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa provenientes de fontes como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e processos industriais. Além disso, é necessário aumentar significativamente a absorção de carbono através de práticas como reflorestamento, conservação de ecossistemas naturais, e desenvolvimento de tecnologias de captura e armazenamento de carbono.

Este objetivo ambicioso requer a cooperação de governos, empresas e indivíduos em todo o mundo. Os governos podem implementar políticas que incentivem a transição para energias renováveis, promovam a eficiência energética e estabeleçam metas claras de redução de emissões. As empresas têm um papel fundamental na redução das suas próprias pegadas de carbono, adotando práticas sustentáveis nas suas operações. Os indivíduos também podem contribuir através de escolhas de consumo conscientes, reduzindo o desperdício, optando por transportes mais sustentáveis e apoiando iniciativas de mitigação climática.

Alcançar a neutralidade climática é crucial para evitar os piores impactos das mudanças climáticas, como ondas de calor extremo, secas prolongadas, aumento do nível do mar e eventos climáticos mais intensos. Além disso, pode criar oportunidades para impulsionar a inovação, criar empregos verdes e promover um desenvolvimento mais sustentável e equitativo.

Nas próximas páginas, fique a par do exemplo do Município de Guimarães e das suas iniciativas.

GUIMARÃES: RUMO À NEUTRALIDADE CLIMÁTICA

A recente distinção do Município de Guimarães pelo caminho que tem realizado para alcançar a neutralidade climática até 2030 foi o mote para a conversa com Sofia Ferreira, vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Guimarães.

O Certificado Mission Label recebido no Fórum European Reseach & Innovation Days, em Bruxelas, é um reconhecimento significativo para Guimarães. Como é que essa conquista se alinha com os objetivos da Missão de Cidades Inteligentes e Climaticamente Neutras da cidade?

No âmbito do Pacto de Autarcas, Guimarães já tinha estabelecido a meta da neutralidade para 2040. Com a entrada na Missão de Cidades Inteligentes e Climaticamente Neutras, esta meta foi antecipada para 2030; os planos e estratégias relacionados com o clima foram revisitados e ajustadas as metas e os objetivos em concordância. O certificado Mission Label é o reconhecimento e a validação, por parte da Comissão Europeia, do Contrato Climático de Guimarães 2030 que incorpora o compromisso para a neutralidade, o plano de ação e respetivo plano de investimentos.

Guimarães tem uma economia diversificada, com destaque para o setor secundário, especialmente a indústria têxtil. Como é que o município pretende promover uma transição para uma economia mais sustentável, considerando a questão da descarbonização e as políticas de desenvolvimento?

A nossa economia é diversificada sendo que, na nossa região, o setor da indústria é o mais relevante em termos de emissões. Os dados que temos demonstram que o envolvimento deste setor na jornada climática é crucial. Reforçar a participação do setor privado, nomeadamente, da indústria, era um dos objetivos do Município. O Pacto Climático Guimarães 2030 permitiu esse reforço e com isso estabelecer um percurso de alinhamento das metas empresariais com as metas estabelecidas para o Município. Em 2023, foi criado a marca “Guimarães 2030: junta-te à transição verde” reforçando a comunicação da cidade com todos os agentes locais e cidadãos. Paralelamente, Guimarães tem procurado, através do Laboratório da Paisagem, estreitar a sua relação com o setor privado, quer através da capacitação, sensibilização, cálculo da pegada carbónica e desenho de planos de sustentabilidade.

As festas tradicionais desempenham um papel importante na identidade cultural de Guimarães. Como é que o município concilia a preservação dessas tradições com os esforços para promover práticas mais sustentáveis, especialmente no contexto da Missão de Cidades Inteligentes e Climaticamente Neutras? Quando se assume a ambição da neutralidade climática, assume-se que devemos liderar pelo exemplo em todas as ações que decorrem da ação municipal. Nesse sentido, temos reforçado a sensibilização junto das entidades organizadoras de eventos, assim como nos próprios eventos municipais, sejam eles culturais ou desportivos. Dessa forma, temos sido proativos no desenho de planos de sustentabilidade pré e pós-evento, no sentido de mitigar os impactes destes mesmos eventos. É, aliás, nesse sentido que está a ser preparado o Plano Cultura Carbono Zero, cujo objetivo é contribuir para o desenho de eventos neutros em carbono. Acreditamos, por isso, que é possível conciliar as tradições, os eventos, com os objetivos inscritos para a Missão de Cidades Inteligentes e Climaticamente Neutras.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 98 NEUTRALIDADE CLIMÁTICA | CM GUIMARÃES

O artesanato é uma parte essencial da herança cultural de Guimarães. Como é que a Câmara Municipal incentiva e apoia os artesãos locais, garantindo ao mesmo tempo práticas que respeitem o ambiente e promovam a sustentabilidade?

Guimarães tem estabelecidos vários compromissos que reforçam esta jornada climática. Desde logo, sendo signatária da declaração das cidades circulares, pretende ser uma cidade eficiente em termos de recursos com baixo teor de emissões de carbono. Este é um desígnio transversal a todas as áreas de atuação do município; envolvendo todos os atores locais. Guimarães é também signatária da declaração de Lille que tem como pressuposto o turismo sustentável e carbono zero através da adoção de boas práticas no setor do Turismo. A certificação do Município como destino sustentável, resultará a curto prazo, na certificação de destino turístico EarthCheck.

A gastronomia de Guimarães é reconhecida pela sua riqueza e sabores tradicionais. Quais são os esforços do município para promover uma gastronomia mais sustentável e local, alinhada com os princípios da Missão de Cidades Inteligentes e Climaticamente Neutras?

Guimarães tem feito esse caminho também através de projetos que procuram incentivar o consumo de proximidade e o encurtamento das cadeias produtivas. É exemplo disso, o projeto 360.come que realizou o mapeamento de mais de meia centena de produtores no concelho, para estimular a aquisição e consumo de produtos locais. O mesmo acontece com o projeto europeu GreenTour do qual Guimarães fez parte e que foi importante para o desenvolvimento de instrumentos de avaliação do impacte ambiental nos estabelecimentos de restauração e alojamento.

O desporto, especialmente o futebol com o Vitória de Guimarães, é uma parte significativa da vida na cidade. Como é que o município pretende integrar o desporto nas suas estratégias de desenvolvimento sustentável e descarbonização?

Guimarães tem olhado para a questão do desenvolvimento sustentável de uma forma holística, procurando integrar todos os setores,

inclusivamente o desporto, que pode ser utilizado não só como um veículo importante de disseminação de informação, atendendo ao facto de ser um setor de massas e à forma apaixonada como é vivido, mas também como exemplo daquilo que se pretende para o território. Desse modo, está a ser desenvolvido o projeto Desporto Carbono Zero que visa o diagnóstico ambiental e criação de planos de sustentabilidade para clubes e associações desportivas, assim como a disponibilização de um software digital de gestão ambiental. Este Plano prioriza as intervenções e ações que devem ser realizadas pelos Clubes, enquanto pode nortear as políticas de investimento do próprio Município de Guimarães na atribuição de subsídios às coletividades.

A inclusão do Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros na Lista de Bens Património Mundial é um marco importante. Quais são os planos para preservar e promover ainda mais esse património cultural, considerando os desafios ambientais e de sustentabilidade?

Ao longo dos anos, tem ficado evidente o esforço que Guimarães tem realização ao nível da reabilitação urbana. Esse reconhecimento tornou-se claro através da classificação do Centro Histórico como Património Mundial da UNESCO, em 2021, e a sua extensão em 2023 com a inclusão da Zona de Couros. É precisamente neste local onde Guimarães está a desenvolver um projeto-piloto “Bairro C –Compromisso Carbono Zero” que visa o desenho e implementação de ações em diversas áreas, resíduos e economia circular, áreas verdes, energia e água, que contribuam para transformar este espaço num bairro climaticamente neutro que, até pela circunstância de incluir uma área classificada, tornará no Bairro C um importante modelo de replicabilidade para outras cidades europeias. www.cm-guimaraes.pt

99 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
CM GUIMARÃES | NEUTRALIDADE CLIMÁTICA

EMPRESAS COM HISTÓRIA

Empresas com história são aquelas que ultrapassam o simples papel de entidades comerciais, tornando-se parte integrante do tecido social, cultural e económico de uma comunidade. Estas empresas transcendem o tempo, deixando um legado duradouro que ressoa além das fronteiras do mercado. A sua jornada é marcada por desafios superados, sucessos alcançados e um compromisso contínuo com os seus valores e missão.

Uma característica fundamental das empresas com história é a sua capacidade de adaptação e evolução ao longo do tempo. Elas enfrentam mudanças no ambiente de negócios, nos avanços tecnológicos e nas preferências do consumidor com resiliência e inovação. Ao mesmo tempo, mantêm uma conexão com as suas raízes e tradições, honrando o legado deixado pelos seus fundadores e pioneiros.

O impacto das empresas com história vai além dos números num balanço financeiro, elas tornamse parte da narrativa de uma sociedade, contribuindo para a identidade cultural e económica de uma região. Os seus produtos, serviços e marcas tornam-se símbolos reconhecidos e respeitados, muitas vezes associados a qualidade, confiança e integridade.

Nas próximas páginas, conheça algumas empresas com história, guardiãs de tradições, impulsionadoras de inovação e agentes de mudança. O seu legado é um testemunho do poder do empreendedorismo e da capacidade humana de criar algo significativo e duradouro.

“OS 50 ANOS DA HISTÓRIA DA AVIBOM, SÃO 50 ANOS DE SUCESSO”

Constituída no dia 25 de abril de 1974, a Avibom está a comemorar 50 anos de história, assumindo-se como uma verdadeira história de sucesso empresarial. Este marco importante destaca um percurso com um exercício assinalável, pela coerência na prossecução dos objetivos, pela consistência da gestão e pela validade da estratégia definida para a empresa, como conta, em entrevista à Revista Business Portugal, José António dos Santos, Presidente do Grupo Valouro.

101 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL AVIBOM | EMPRESAS COM HISTÓRIA
Dinis Santos, José António dos Santos, António José dos Santos, Maria Júlia Santos Ferreira, Alfredo Ferreira e Helena Isidoro, Membros da Administração

Ao longo dos 50 anos de existência, como é que resume a trajetória da Avibom? Quais foram os marcos mais significativos e os desafios mais prementes que a empresa enfrentou durante esse período?

Os 50 anos da história da Avibom, são 50 anos de sucesso, felizmente com marcos positivos, pautados pelo crescimento da empresa e alargamento da unidade industrial.

Os desafios maiores, foram ultrapassar épocas complicadas, motivadas por fatores externos, como a crise dos nitrofuranos, a Covid-19 e a gripe aviária.

Foram momentos desafiantes, mas com a nossa postura habitual de olhar em frente e, de uma forma positiva, fazendo tudo o que estava ao nosso alcance, ultrapassámos e superámos estas crises.

A Avibom é reconhecida pelo seu compromisso inabalável com a qualidade e a sustentabilidade. Como é que esses valores se enraizaram na cultura empresarial ao longo dos anos? Além disso, quais foram as principais conquistas da Avibom nesses domínios?

A qualidade e a sustentabilidade são fundamentais no nosso setor é e são a garantia que os nossos clientes têm de que fornecemos produtos seguros.

Temos uma política interna de comunicação, onde diariamente reforçamos esses princípios, junto de todos os colaboradores.

As principais conquistas são as certificações externas que confirmam o nosso compromisso. A Avibom tem a classificação de high level na certificação da norma IFS, que é a principal norma de segurança alimentar, para além desta norma, somos também certificados pela norma ISO 9001:2015, pela norma de Bem-estar Animal e está aprovada para a realização de abate religioso HALAL.

Dentro do Grupo Valouro, um dos maiores conglomerados agroalimentares da Europa, como é que a Avibom se destaca? Quais são os diferenciais que a empresa apresenta em relação aos seus concorrentes, tanto dentro como fora do grupo?

As empresas do Grupo não competem entre si, completam-se nas suas atividades e, assim, todas conseguem destacar-se nos mercados onde estamos inseridos.

O Grupo Valouro, no próximo ano, faz 150 anos, a Avibom fez 50 anos em abril deste ano. Diria que passados todos estes anos, conseguirmos continuar a ser líderes, significa que temos sabido acompanhar a evolução dos tempos e adaptarmo-nos às novas realidades, nunca nos esquecendo da nossa história, que nos dá experiência e credibilidade. Penso que isto faz toda a diferença em relação à concorrência externa.

Equipada com matadouros de última geração e uma capacidade produtiva notável, como é que essa infraestrutura tecnológica influência a dinâmica do mercado e a competitividade da Avibom?

Investirmos na melhor tecnologia disponível, na nossa área de negócio, permite-nos a posição que temos no mercado, com isso aumentamos a capacidade de produção, aumentamos a rentabilidade das linhas e garantimos um maior controlo de qualidade.

Diante do objetivo de se tornar a marca líder em Portugal e de expandir a sua presença internacional, quais são as estratégias específicas que a Avibom está a implementar?

As estratégias, são as que falei anteriormente, acompanhar o mercado e perceber o que os consumidores pretendem, e dar resposta nas unidades produtivas, capacitando-as com tecnologia

EMPRESAS COM HISTÓRIA | AVIBOM REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 102
José António dos Santos, Presidente

Diria que passados todos estes anos, conseguirmos continuar a ser líderes, significa que temos sabido acompanhar a evolução dos tempos e adaptarmo-nos às novas realidades, nunca nos esquecendo da nossa história, que nos dá experiência e credibilidade

que dê respostas a essas exigências, sem nunca perder o foco na qualidade do produto final.

Quais são as principais estratégias delineadas pela Avibom para os próximos anos? Existe um plano concreto para explorar novos mercados, desenvolver produtos inovadores ou adotar tecnologias emergentes?

É fundamental “ouvir” o mercado, estar atento e de preferência antecipar futuras necessidades. Agora, vivemos uma época de fast food e, como tal, temos que apostar em produtos prontos a comer. Mas há-de voltar o slowfood, temos que estar atentos aos sinais e sabermos responder.

Como é que a Avibom pretende celebrar o seu 50º aniversário? Existem eventos ou iniciativas especiais planeadas para marcar essa ocasião histórica?

As comemorações dos 50 anos iniciaram-se de uma forma simbólica em Vila Facaia, onde juntámos os funcionários desta unidade, os acionistas, os administradores e alguns dos colegas já reformados, mas que estavam connosco em 1974.

Durante o ano, vamos estar junto de todos os colegas que estão, na unidade da Herdade da Daroeira e nos diversos entrepostos comercias que temos de norte a sul do país. Paralelamente, temos atividades planeadas com alguns clientes e as comemorações culminarão com a nossa festa anual que deverá acontecer em janeiro de 2025.

Fizemos também o arranque, no dia 25 de abril, das nossas redes sociais, agora já nos podem acompanhar no Instagram , no Facebook e no Linkedin .

Quais são as expectativas de longo prazo da Avibom para os próximos 50 anos? Quais são as metas que a empresa almeja alcançar nesse período e como é que pretende enfrentar os desafios que possam surgir ao longo desse caminho?

As expectativas são mantermo-nos fortes no mercado, sem nunca defraudar os nossos clientes, mantermos a capacidade de continuarmos atualizados, acompanhando as tendências de mercado, e enfrentar sempre os desafios com empenho e positividade. Temos um legado histórico para honrar.

103 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL AVIBOM | EMPRESAS COM HISTÓRIA

“O IMOBILIÁRIO É UM PORTO SEGURO PARA OS INVESTIMENTOS E POUPANÇAS”

Venâncio Fernandes, CEO da Arcobarca, em entrevista exclusiva à Revista Business Portugal, destaca a importância do foco no cliente, a transparência e o rigor como princípios fundamentais, ao mesmo tempo que se mostrou orgulhoso com a distinção, pela quarta vez consecutiva, como “Top 5% Melhores PME de Portugal”.

A Arcobarca é uma empresa que tem como foco a satisfação do cliente. Quais são os métodos utilizados para alcançar este objetivo?

O nosso princípio é o de que o foco é o cliente. Procuramos começar na qualidade e simpatia do atendimento, na transparência e rigor da informação transmitida e no regular acompanhamento até e após concretização do negócio e, mesmo que este não se concretize, a nossa postura não deve mudar, até porque a cordialidade e simpatia não têm custos.

Para além da empresa construir a sua atividade através da mediação imobiliária, também apresenta serviços de mediação de seguros e é intermediária de créditos autorizados pelo Banco de Portugal. Julga que dar apoio a outras áreas interligadas a este setor é uma mais valia no ramo?

Se o fizermos bem feito, contribui para fortalecer a fidelização, disponibilizamos três serviços em três áreas que se complementam totalmente. Serviços para os quais temos qualificação e experiência que transmitem confiança ao consumidor final. Temos competência e experiência na mediação, vários anos de experiência na intermediação de crédito e mais de 20 anos na área da mediação de seguros.

O mundo digital está a evoluir cada vez mais, e a empresa tem partilhado dicas e informações utéis nas redes sociais da “Arcobarca”. Crê que a presença da empresa na internet impacta positivamente a satisfação do vosso cliente-alvo? E que, de certa forma, acresce a possibilidade de gerar novos clientes?

Hoje, é impensável a não utilização das ferramentas que são colocadas à nossa disposição na área digital, mas nunca perder de vista a importância do toque de um aperto de mão, especialmente em transações que a esmagadora maioria faz poucas vezes na vida. Sim, estamos atentos na atualização dos nossos procedimentos e equipamentos, mas mantemos a nossa originalidade na relação de proximidade.

A Arcobarca foi, em 2023, pela quarta vez consecutiva, premiada com o “Top 5 PME”. O que distingue a sua empresa de todas as outras no campo do Imobiliário?

A resposta está lavrada no relatório da análise efetuada pelo emitente: rigor na gestão e sustentabilidade financeira. Esta distinção consecutiva, acompanhada de outras menções e convites de participação, são a vitamina que nos estimula para continuar, sem oscilações, ou cedências de facilidades. Este resultado é de todos os que, ao longo destes anos, têm dedicado o seu empenho à empresa.

Tendo já experiência na gestão de uma empresa consistente no que toca à consolidação financeira e a um bom desempenho, o que considera ser necessário para atingir este padrão de excelência?

A não acomodação, a consciência da necessidade de crescer como forma de sustentabilidade, mas com rigor e bom senso. Investir na notoriedade da marca, mas sobretudo índices de satisfação dos clientes.

O setor imobiliário em Portugal tem ultrapassado um periodo menos favorável. Que orientações gostaria de transmitir a futuros investidores da área?

A experiência profissional ensinou-me que o risco do investimento sustentável no imobiliário não depende tanto dos períodos bons ou maus, mas sim do produto, da sua localização e da necessidade de quem investe. A diferença está no destino, no tempo ou retorno que cada um define. O imobiliário é um porto seguro para os investimentos e poupanças. Desengane-se quem pensa que é suficiente investir bem e depois deitar-se à sombra da bananeira, é necessário continuar atento como qualquer outro produto. Os ativos necessitam de manutenção e é importante procurar o momento crucial para desinvestir. Como em todas as áreas, também aqui recorrer a profissionais pode fazer a diferença. A ideia de uma casa para o resto da vida, já lá vai: Mesmo quem compra hoje para HP, tem de interiorizar que amanhã pode querer ou ter de vender.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 104 EMPRESAS COM HISTÓRIA | ARCOBARCA
Venâncio Fernandes, CEO

“O MAIOR DESAFIO É CONCRETIZAR O PROJETO DE INTERNACIONALIZAÇÃO”

Cátia Nunes e Rúben Nunes, founders and partners da CRN-Contabilidade, partilham a visão da empresa nos últimos dez anos e destacam a implementação e certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo os requisitos da Norma ISO 9001, bem como o balanço da experiência de redução para 36 horas semanais.

Ao longo dos últimos dez anos, a CRN-Contabilidade consolidou-se como uma referência no mercado nacional. Que estratégias foram adotadas para alcançar esse reconhecimento e posição de destaque?

O alinhamento do nosso operacional está muito focado no cliente, ou seja, direcionado para as suas necessidades, bem como proporcionar informação relevante à atividade dos setores dos empresários que nos requisitam. De algum modo, o processo tem-se desenvolvido de forma natural com a máxima exigência e com estudos lean

Uma das características diferenciadoras da CRN-Contabilidade é o seu compromisso com a ética profissional e a excelência corporativa. Como é que esses valores se refletem no dia a dia da empresa e nas relações com os clientes?

O compromisso que a CRN-Contabilidade incute diariamente é sentido de urgência. Nesse sentido, temos uma linha de apoio dedicada ao empresário e para maior e melhor experiência dos nossos contabilistas. No âmbito desta simbiose de necessidades e conhecimento, destacamos a centralização de processos de comunicação, com rigor e eficiência.

O apoio constante na inovação e formação dos colaboradores é um dos pilares da empresa. Como é que a CRN-Contabilidade promove o desenvolvimento profissional da sua equipa e como é que isso se reflete na qualidade dos serviços prestados?

A inovação e a formação estão alinhadas com a humildade e com os planos de ação definidos para que as integrações ou novas adaptações sejam bem-sucedidas e, nesta matéria, a qualidade dos nossos serviços tem caminhado a passos mensurados para a inovação estratégica, para que o operacional seja cada vez mais eficaz e eficiente para uma maior satisfação do cliente.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 106 EMPRESAS COM HISTÓRIA | CRN-CONTABILIDADE
Rúben Nunes e Cátia Nunes, Founders and Partners

O impacto no mercado foi impactante e positivo para nós, facilitando o processo da informação que recebemos, processamos e entregamos

A empresa está empenhada no cumprimento da legislação aplicável, na implementação e certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade, segundo os requisitos da Norma ISO 9001 e a melhorar continuamente todos os processos da organização. Qual a importância da certificação e qual o seu reflexo para o mercado? Em que vetores assenta a política de qualidade da CRN-Contabilidade?

A qualidade e melhoria contínua têm acompanhado, lado a lado, o percurso da CRN-Contabilidade. O foco na certificação da qualidade (Norma ISO 9001) está sempre existente nos nossos dias, existindo uma grande determinação. O impacto no mercado foi

impactante e positivo para nós, facilitando o processo da informação que recebemos, processamos e entregamos. Os vetores assentam naquilo que os processos vitais proporcionam às partes interessadas.

A CRN-Contabilidade escolheu efetuar o teste de redução para 36 horas semanais. Que balanço faz desta experiência? Quais as mais-valia decorrentes? Este modelo inovador é para manter?

A escolha da CRN-Contabilidade foi positiva. Mais recentemente, tem vindo a ser alternada com um teste de home office, no pico do operacional. A qualidade de vida pessoal e profissional registaram melhores índices motivacionais, mantendo padrões de produtividade e eficácia, sempre alinhados com a satisfação do cliente.

Olhando para o futuro, quais são os principais objetivos e desafios que a CRN-Contabilidade pretende enfrentar nos próximos anos? E como é que pretendem manter-se na vanguarda do setor da contabilidade e consultoria?

A CRN-Contabilidade possui serviços de contabilidade e consultoria consolidados internamente e pretende efetuar um percurso internacional e possuir uma maior consolidação de mercado externo, apoiar o investidor em Portugal e espelhar os benefícios existentes atualmente. O maior desafio é concretizar o projeto de internacionalização e obtenção da distinção de PME Líder no nosso setor de atividade.

BUSINESS ADVICE WITH QUALITY. www.crncontabilidade.pt

Serviços - Contabilidade, Processamento Salarial e Fiscalidade

107 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL CRN-CONTABILIDADE | EMPRESAS COM HISTÓRIA
Lezíria Park Edif. 1, Esc. 7 2625-441, Forte da Casa 215 986 428 crn@crncontabilidade.pt Montijo Rua Frei Luís de Sousa, nº 201 2870-303, Montijo montijo@crncontabilidade.pt Estrada Paço de Arcos 66, 66A Esc.136 2735-308, Agualva-Cacém cacem@crncontabilidade.pt

UMA NARRATIVA DE DEDICAÇÃO E INOVAÇÃO

Como descrevem a jornada da Brief desde a fundação até se tornar uma das Top Melhores PME em Portugal?

A Brief foi fundada em 2014 numa altura em que se vivia uma crise económica, não só em Portugal, mas no mundo. No entanto, o digital estava a ganhar cada vez mais força e a nossa proposta de serviço era muito simples - oferecer soluções descomplicadas para os problemas dos nossos clientes! Desde o início, trabalhámos tanto para o mercado nacional como para o internacional, principalmente para a Europa Central, e isso fez-nos ser muito exigentes com a qualidade do nosso trabalho e extremamente organizados para não defraudar quaisquer expetativas. Sempre quisemos ter uma equipa pequena, mas excepcional, onde conseguíssemos salvaguardar boas condições salariais, de trabalho e, sobretudo, garantir um excelente serviço a todos os clientes. A história da Brief é uma narrativa de dedicação, inovação e resiliência coletiva. Cada desafio que enfrentamos transformou-se numa oportunidade de crescimento e aprendizagem. Hoje, sermos reconhecidos como uma das Top Melhores PME em Portugal é uma honra e o resultado do esforço incansável e do compromisso da nossa equipa em superar as expectativas dos clientes e parceiros. Este reconhecimento é da equipa atual, mas também de todos aqueles que passaram pela Brief.

Como é que a Brief se diferencia no mercado digital em termos de abordagem estratégica, design e desenvolvimento de código inteligente?

e fornecedores os seguintes fatores diferenciais da Brief:

1º Preocupamo-nos com as nossas pessoas. Enquanto ouvimos muitas histórias de empresas que priorizam os resultados em detrimento da manutenção do bem-estar dos seus colaboradores, especialmente em contexto de agência, procuramos sempre fazer para os outros aquilo que gostávamos que fizessem por nós.

Diogo Silva e Robson Gomes, fundadores da Brief, desvendam como uma agência digital com 10 anos no mercado continua a superar as expetativas dos seus clientes. talk@brief.pt • www.brief.pt

2º Organização Esforçamo-nos constantemente para ser muito organizados, desde o planeamento de projetos até a documentação e procedimentos que nos fazem ser mais eficientes. Entendemos que fazer horas extras não é sinónimo de maior entrega, mas de falta de organização e por isso, temos implementados procedimentos de controlo, e promoção de entreajuda entre as equipas para que os projetos sejam entregues sempre com máxima qualidade e rigor enquanto cumprimos os prazos e preservamos o work-life balance.

3º Procuramos gerar impacto positivo Abraçamos os projetos dos clientes como se fossem nossos e isto promove um alto nível de comprometimento da nossa equipa para com os resultados. Além disso, fazemos uma seleção criteriosa dos projetos que nos chegam e preferimos desde o início aceitar aqueles que acrescentem valor à sociedade ou comunidades onde estão inseridos.

Como é que a Brief se adapta e se mantém relevante num ambiente digital em constante evolução?

Desde cedo, percebemos que para ser mais produtivos a chave não era reutilizar soluções entre clientes, mas aprendermos a ser mais ágeis a encontrar soluções personalizadas para problemas comuns. A multiplicidade de projetos e clientes de diferentes nacionalidades obriga-nos a estar em constante evolução e adaptação, seja a mercados com contextos culturais diferentes ou a novas áreas de negócio com os seus desafios específicos. Não nos limitamos a uma única tecnologia, estratégia ou estilo de resposta a estes desafios. Temos porém um método de trabalho muito bem definido e forte. Somos uma equipa bastante transversal com competências variadas que agregam valor positivo aos nossos clientes.

Para o futuro, quais os planos e aspirações da Brief?

O que nos diferencia são os nossos valores intrínsecos que aplicamos todos os dias nas nossas relações pessoais e profissionais. É difícil apontar com exatidão estes procedimentos que nos são naturais, mas ao longo destes dez anos temos ouvido de colaboradores, parceiros

A maioria das agências em Portugal, são, infelizmente, alvo de um preconceito, onde a criatividade e tecnologia são sinónimos de desorganização e falta de compromisso. Um dos nossos planos é precisamente continuar a trabalhar para desmistificar este preconceito e surpreender pela positiva, não só aqueles que nos contratam, mas também todos os que colaboram connosco. Queremos continuar a ser uma empresa onde o talento é nutrido, a inovação é incentivada e cada membro da equipa sente-se valorizado e parte de algo maior. Acreditamos sobretudo que mais importante do que o crescimento empresarial é o desenvolvimento pessoal e profissional da nossa equipa. Com isto, entendemos que os projetos acabam por ser um meio para atingir um fim maior que é sermos cada vez melhores como empresa, como equipa e como pessoas.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 108 EMPRESAS COM HISTÓRIA | BRIEF
Robson Gomes e Diogo Silva, Fundadores

TEBIS: UM PARCEIRO DE CONFIANÇA

Pedro Bernardo, general manager da Tebis Portugal, em entrevista à Revista Business Portugal, lança um olhar sobre os 15 anos de atividade da empresa no mercado nacional e destaca a sua visão para o futuro.

Olhando para os últimos 15 anos desde a constituição da Tebis Portugal, quais foram os principais desafios que a empresa enfrentou e como é que foram superados?

Uns dos maiores desafios sentidos pela Tebis, em 15 anos de atividade em Portugal, foi a crise económica de 2009. Porém, esta foi também uma grande oportunidade que serviu como catalisador para a inovação e crescimento da Tebis Portugal, com foco na redução do tempo de produção para os clientes (até 80%). A confirmação deste facto tem-nos dado a credibilidade para mantermos o nosso crescimento e a confiança dos nossos clientes.

Considerando a visão da Tebis de se tornar uma marca de qualidade internacional de software CAD/CAM e MES, como é que a empresa se adaptou às exigências do mercado português?

A Tebis atua como parceira da indústria de moldes, oferecendo soluções completas e específicas para os desafios do mercado: aumento da produtividade, redução de custos e alta qualidade. É possível integrar no sistema Tebis os processos existentes do cliente para criar um processo robusto e digitalizado. Garantimos que todos os dados necessários para a fabricação de moldes, matrizes, modelos e de engenharia mecânica estão no lugar certo, na hora certa. Além disso, guardamos em Templates o conhecimento especializado dos processos e as melhores práticas (estratégias e sequências de trabalho), reduzindo assim a dependência de indivíduos. Oferecemos também um sistema MES que garante o planeamento, controlo e fabrico de produtos complexos de produção unitária e ainda, em conjugação com o Tebis CAD/CAM, uma solução que automatiza

a programação CAD/CAM, ao integrar sistemas de terceiros. Além dos serviços de implementação e de assistência técnica, temos ainda uma equipa de Consultores de Processos que apoiam na identificação e implementação de soluções eficientes, padronização de processos e otimização da produção.

Com a expansão dos mercados da Tebis no continente europeu, asiático e americano, quais são as estratégias específicas que a Tebis adotou para garantir a sua relevância e crescimento nestas regiões?

Acreditamos que a chave para o sucesso é ouvir atentamente os nossos clientes, entender as suas necessidades específicas e colaborar estreitamente com eles para desenvolver soluções inovadoras e personalizadas. Conseguimos manter esta proximidade através de 13 sucursais, 20 distribuidores e mais de 400 colaboradores. De destacar também o foco na inovação: Indústria 4.0, automatização, digitalização, simulação dos processos de produção, soluções em cloud, entre outros. Também os projetos de Transição Digital do PRR e as metas do Carbono Zero representam oportunidades de crescimento, na medida que o nosso software responde a estes desafios.

Como é que a Tebis pretende posicionar-se como fornecedora de processos e aumentar a sua capacidade de inovação nos próximos anos, especialmente considerando os desafios e oportunidades emergentes no setor tecnológico em Portugal e internacionalmente?

As tendências globais da indústria e da tecnologia estão a mudar constantemente. Com base na perceção das necessidades dos nossos clientes, a Tebis apresenta-se como um parceiro ideal para empresas que procuram soluções integradas de processos, oferecendo um elevado nível de experiência em tecnologia e gestão de operações. A nossa proposta combina ferramentas CAD, CAM, CAQ e MES com a tecnologia IoT e sistemas de terceiros, acompanhando o cliente desde a orçamentação até à entrega final e otimizando todo o ciclo de produção. No futuro, iremos continuar a simplificar a utilização do nosso software através da incorporação de Inteligência artificial, implementando consistentemente o processo de design Lean UX, bem como envolvendo ainda mais os nossos clientes no desenvolvimento de novos produtos.

info@tebis.pt www.tebis.com/pt

109 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
TEBIS | EMPRESAS COM HISTÓRIA
Pedro Bernardo, General Manager

UMA EMPRESA SÓLIDA E COMPETITIVA NO MERCADO

Márcia Silva é o rosto da Bricovelas, uma mulher empreendedora, empenhada e lutadora. Em entrevista à Revista Business Portugal, deu a conhecer a história da empresa, que se destaca pela qualidade dos produtos, atendimento personalizado e experiência da equipa.

Como é que a Bricovelas conseguiu posicionar-se como uma referência no setor da pintura, bricolage e construção, mantendo-se em constante evolução desde a sua fundação em 2010?

Desde que foi fundada, a Bricovelas sempre teve como linha de referência a satisfação das necessidades dos seus clientes e a dinâmica da procura do mercado.

A ideia de criar o meu próprio negócio, aliada à experiência profissional e à oportunidade de representar marcas tais como a Robbialac, Sika e Hempel, foram fatores decisivos para alcançar as metas pretendidas. Em 2012, a empresa candidatou-se ao programa regional “Empreende Jovem”, para a construção de um edifício e aquisição de equipamentos, tendo sido contemplada com um apoio de 70% do valor global, a fundo perdido, o que contribuiu para evoluir na funcionalidade da loja sede e melhorar a gestão do negócio.

Perante os resultados obtidos em dois anos, na Ilha de São Jorge, foi-me proposto, pela Robbialac, expandir o negócio na ilha do Faial, o que aceitei como um novo desafio. O empenho e o trabalho realizados serviram de motivação para criar a terceira loja, quatro

anos depois na vila das Velas, desta vez voltada também para o setor mobiliário, tendo em atenção o cliente do meio urbano.

Ganhar o Top Melhores PME Portugal é um feito notável. Que estratégias é que a empresa implementou para se destacar entre as concorrentes e alcançar esse reconhecimento?

De facto, não é fácil em ilhas com população reduzida e dificuldades no transporte de mercadorias, fazer singrar um negócio quando toca à gestão de stocks e tesouraria.

A estratégia para evitar rutura de stocks passa sobretudo por um bom planeamento e previsão, e pelo profissionalismo e lealdade do grupo de colaboradores que a empresa teve a sorte de selecionar.

O equilíbrio entre a oferta e a procura assenta, sem dúvida, no empenho e disciplina de toda a equipa que dá a cara pela empresa e faz a ponte com o cliente. Uma das apostas para chegar ao público-alvo, tem sido a publicidade e marketing, através das redes sociais, campanhas e folhetos informativos.

A Bricovelas destaca-se pela qualidade dos seus produtos, atendimento personalizado, experiência da equipa e preços imbatíveis. Como é que a empresa consegue equilibrar todos esses elementos para proporcionar uma experiência excecional aos clientes?

A boa gestão de tesouraria da empresa tem sido um fator determinante para garantir a confiança de fornecedores de excelência no mercado que garantem uma boa relação entre qualidade e preço. Esta boa relação permite à Bricovelas ser uma empresa sólida e competitiva no mercado. Por outro lado, pela experiência de campo, sempre coloquei como uma das prioridades a formação contínua de todos os funcionários, o que se reflete no melhor atendimento e aconselhamento aos clientes, com o objetivo de encontrar as soluções mais personalizadas e eficazes.

Olhando para o futuro, quais são os objetivos e a estratégia que a Bricovelas delineou para continuar a crescer e a manter-se como uma referência no mercado, especialmente considerando a constante evolução do setor de construção e bricolage?

A visão futura para a empresa passa por aumentar o volume de negócios, ampliar espaços e abrir a quarta loja noutra ilha do arquipélago. A pensar nesta estratégia a Bricovelas está já a apostar num reforço da equipa com a contratação de mais um elemento. Dando continuidade às ações de responsabilidade social, a empresa que tem apoiado diversas instituições locais, pretende reforçar esta vertente solidária. No plano ambiental, a empresa equaciona candidatar-se a um programa de eficiência energética de modo a cumprir com as metas de sustentabilidade e proteção do planeta.

bricovelas@gmail.com

www.bricovelas.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 110
Márcia Silva, CEO
EMPRESAS COM HISTÓRIA | BRICOVELAS

UMA EMPRESA DE PRESTÍGIO NO MERCADO SEGURADOR

Miguel Duarte, sócio-gerente da DUARTES - Mediadores de Seguros, em entrevista à Revista Business, lança um olhar sobre os 52 anos de atividade seguradora, cujo sucesso se baseia no trabalho, rigor, dedicação e transparência.

Como é que a Duartes - Mediadores de Seguros conseguiu manter uma posição de destaque no mercado ao longo dos últimos 25 anos, especialmente considerando a evolução e competitividade do setor de seguros em Portugal?

Trabalho na atividade seguradora há 52 anos, feitos no dia 1 de abril de 2024. Começámos, como se ousa dizer, do zero. Foi uma aposta com muita firmeza, paixão e convicção. Percorremos um caminho, nem sempre fácil, com alguns obstáculos pelo meio como é natural, mas nunca desistimos, pelo contrário, fazendo as adaptações necessárias que se impunham face as exigências do mercado e da concorrência, melhorando, sempre a oferta e valorizando o cliente que é a razão da nossa existência, com uma preocupação quotidiana de responder às suas necessidades e, assim, conseguir a sua fidelização.

A empresa destaca-se pela sua vasta experiência na área de Seguros de Condomínios. Como é que se tornou referência nesse segmento e que estratégias foram adotadas para garantir a satisfação dos clientes?

Os seguros dos condomínios aparecem na nossa rota comercial porque, um dia, fomos abordados por uma colega da então Europeia, para apresentarmos uma proposta para o seguro do seu condomínio no Parque das Nações, que tinha sido concluído recentemente, mais concretamente em janeiro de 2002. Foi uma experiência muito gratificante, pelo trabalho de pesquisa que tivemos de efetuar e, com base na qual, elaborámos uma proposta adequada ao edifício em questão, a qual apresentada em Assembleia com a presença de cerca de uma centena de condóminos presentes, mereceu a sua aprovação unânime. E hoje mantem-se com a satisfação de todos os seus pro-

prietários. Esta experiência, despertou-nos para este negócio, ainda pouco explorado. Percebemos que poderíamos ter aqui uma área de negócio muito atraente e, assim, veio a suceder com um trabalho de prospeção junto dos diferentes interessados em que tiveram e continuam a ter um papel predominante nas Administrações de Condomínios. A estratégia seguida desde o início, e que hoje se mantem na sua plenitude, é a prestação do serviço de excelência aos diferentes níveis, nomeadamente nos sinistros, para a qual temos uma estrutura montada para prestar todo o apoio no acompanhamento, na resposta tão breve quanto possível, no empenho e na disponibilidade, sendo esta uma forma de estar em contacto regular com o desenvolvimento do sinistro, junto das seguradoras, das empresas de peritagem, envolvendo, simultaneamente as administrações e os condóminos interessados.

Como é que a Duartes - Mediadores de Seguros mantém a sua abordagem personalizada e focada no cliente, especialmente considerando a escala do seu negócio?

A nossa carteira é constituída atualmente por 602 condomínios com um total de capital seguro que ultrapassa os dois mil e oitenta milhões de euros, com predominância na Área Metropolitana de Lisboa mas, também, no Algarve e em Vila Nova de Gaia. A nossa relação com o cliente é sempre uma relação de amizade, depois uma relação de confiança baseada essencialmente no conteúdo do seguro oferecido, que tem na qualidade o foco principal, a que se associa o custo, e são estes dois valores que nos marcam e que fazem da Duartes uma empresa de prestígio no mercado segurador.

Como é que a Duartes - Mediadores de Seguros pretende manter e fortalecer a sua posição como uma das Top Melhores PME em Portugal? Quais são os principais objetivos e estratégias delineadas para o futuro, considerando a constante evolução do mercado de seguros e as expectativas dos clientes?

O caminho que percorremos todos os dias para manter o estatuto da Duartes - Mediadores de Seguros passa por algo que tem sido fundamental no nosso êxito e que se chama trabalho. Nada se consegue sem trabalho, trabalho honesto, com rigor, com transparência, com muita dedicação e empenho, trabalho quotidiano com a porta sempre aberta para responder às expectativas e necessidades dos nossos estimados clientes, não deixando, pelo contrário, de acompanhar, com regularidade, a evolução do mercado segurador, que varia de seguradora para seguradora. E, sobretudo, não haver distração relativamente à evolução tecnológica adotando os meios e recursos, de forma a que a nossa missão junto dos clientes não perca qualidade, pelo contrário ganhe eficiência. Até agora temos conseguido esse desiderato e estamos certos de que continuaremos no caminho do sucesso.

geral@duartesmseguros.pt www.duartesmseguros.com

111 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL DUARTES - MEDIADORES DE SEGUROS | EMPRESAS COM HISTÓRIA
Miguel Duarte, Sócio-Gerente

UM COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA

Em entrevista à Revista Business Portugal, Diogo Heleno, diretor-geral da M21GLOBAL, partilhou insights valiosos sobre a trajetória de crescimento e inovação da empresa, evidenciando ainda a importância da distinção como TOP 5% Melhores PME de Portugal.

Como é que descreve a jornada da M21GLOBAL ao longo dos últimos anos? Como atuam para se destacarem perante o cliente e quais os serviços que oferecem?

A M21GLOBAL tem seguido uma trajetória contínua de crescimento e inovação, consolidando a sua posição como uma referência no setor das traduções técnicas e jurídicas em Portugal. Com um leque alargado de serviços, incluindo traduções técnicas, jurídicas e comerciais, a empresa distingue-se pela utilização de tecnologia de ponta, e por uma equipa experiente de tradutores, tanto em Portugal como nos mercados de destino. O nosso compromisso com a qualidade é inabalável, assegurando que cada projeto supera as expectativas dos nossos clientes. A nossa capacidade de traduzir de e para mais de 60 idiomas demonstra a nossa versatilidade e dedicação em facilitar a comunicação global para empresas de todas as dimensões.

Foram distinguidos com prémio TOP 5% Melhores PME de Portugal. Qual é a importância desta distinção para a empresa? E que motivações este reconhecimento traz para a M21GLOBAL? A distinção como uma das TOP 5% Melhores PME de Portugal é um marco significativo para a M21GLOBAL, refletindo o nosso

rigor operacional e solidez financeira. Este prémio, atribuído com base em critérios estritos de desempenho e sustentabilidade financeira, não só dá garantias acrescidas de confiança e segurança aos nossos parceiros e clientes, como também motiva toda a equipa. É uma validação do nosso compromisso com a excelência e um incentivo para persistirmos na nossa estratégia de oferecer serviços de tradução de alta qualidade que promovem a comunicação eficaz e a expansão global dos nossos clientes.

A inovação marca o ritmo da civilização atual, assim sendo sente que o uso da inteligência artificial (IA) é um desafio ou um aliado no desempenho da vossa atividade?

A integração da inteligência artificial (IA) no setor de traduções é, sem dúvida, um aliado para a M21GLOBAL. A IA permite-nos otimizar processos, aumentar a precisão das traduções e reduzir os tempos de entrega, o que se traduz em benefícios diretos para os nossos clientes. Contudo, um dos desafios da IA é o facto de não ser um humano a traduzir, o que implica uma falta de compreensão contextual; a IA não compreende realmente o conteúdo que está a traduzir, realizando apenas um trabalho estatístico de tradução. É, no entanto, um valioso aliado na gestão de grandes volumes de dados e na manutenção da consistência terminológica. A M21GLOBAL vê a IA como uma ferramenta que complementa as competências dos nossos tradutores, permitindo-lhes concentrar-se nas nuances e complexidades linguísticas que requerem uma abordagem mais humana e personalizada.

Como empresa de tradução certificada e de referência, quais são as ambições da M21GLOBAL? Qual a estratégia desenhada para continuarem a oferecer, cada vez mais soluções linguísticas personalizadas?

A M21GLOBAL está empenhada em reforçar a sua presença internacional, consolidando os mercados estratégicos onde já atua, nomeadamente no Brasil e em Espanha. A nossa visão passa por estabelecer a M21GLOBAL como uma das principais referências na área da tradução nestes países, aproveitando as mais-valias das nossas capacidades técnicas, mas também da nossa compreensão das especificidades culturais locais. Duplicámos a nossa faturação internacional relativamente ao ano anterior, e o objetivo para 2024 será que mais de metade da nossa faturação seja proveniente do mercado internacional. O passo seguinte na nossa estratégia de internacionalização será a expansão para França, previsivelmente em 2025, onde pretendemos tentar alcançar o sucesso obtido nos outros mercados.

cliente@m21global.pt www.m21global.com/pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 112
EMPRESAS COM HISTÓRIA | M21GLOBAL
Diogo Heleno, Diretor-Geral

UMA ABORDAGEM PERSONALIZADA E CENTRADA NO CLIENTE

Criado em 2007, o Atelier Cria + Arquitectos assume a visão de encarar a Arquitetura como uma constante simbiose entre o espaço, os volumes e todo o seu enquadramento, sem esquecer as pessoas. Para conhecer melhor a essência do atelier estivemos à conversa com Luísa Teixeira, CEO & Arquiteta.

Como é que a trajetória da Cria+ Arquitectos reflete a visão inicial de encarar a arquitetura como uma constante simbiose entre o espaço, os volumes e todo o seu enquadramento, sem esquecer as pessoas?

A trajetória da Cria+ Arquitectos tem tido uma evolução ao longo dos anos, mas desde sempre procurou manter-se fiel à visão inicial de abordar a Arquitetura como uma harmonia dinâmica entre o espaço e o contexto humano. Desde o início que nos comprometemos em não criar apenas construções, mas espaços onde as pessoas sintam experiências que se conjugam as necessidades de cada programa que nos desafiam a estar sempre à procura de uma melhoria contínua.

Procuramos, numa primeira fase, interagir com os nossos clientes, que nos trazem diferentes experiências, culturas e objetivos para depois, em equipa, criarmos espaços que correspondam às expectativas dos clientes. As pessoas estão no centro do nosso trabalho, pois todo o nosso trabalho se dirige às mesmas!

Com base na complementaridade dos serviços oferecidos, como é que a empresa consegue proporcionar aos seus clientes um acompanhamento abrangente que vai desde projetos de arquitetura até consultoria de apoio ao investimento?

A nossa empresa tem o compromisso de fornecer aos nossos clientes um acompanhamento abrangente que vai além das expectativas convencionais. Dando como exemplo que nos norteia, nós não temos como concorrência o preço, mas a qualidade do serviço que prestamos e o valor que incutimos a cada projeto. Como forma de alcançar esse objetivo, integramos nos nossos serviços, para além dos projetos

de arquitetura, a consultoria, reconhecendo a complementaridade intrínseca entre ambos. Esta fase é prévia ao início do projeto e permite aos investidores desenvolver o seu plano de investimento, estejamos num projeto de pequena ou grande dimensão, com a consciência que a viabilidade financeira e a rentabilidade são aspetos fundamentais de qualquer investimento.Todos os projetos são únicos e queremos, desde o início, trabalhar em conjunto com o cliente para entender as suas necessidades, visão e objetivos pretendidos, estejamos perante investidores ou clientes finais, em projetos de habitação, turismo, escritórios ou na área da saúde, em que nos especializámos ao longo dos anos. O que oferecemos é uma abordagem personalizada e centrada no cliente – numa busca contínua pela qualidade do nosso trabalho e do valor que incutimos em cada projeto. A nossa equipa é multifacetada e desenvolve projetos inovadores que não atendem apenas os requisitos técnicos e estéticos, mas também incorporam eficiência, sustentabilidade e funcionalidade – cada projeto é uma expressão única da identidade e das aspirações dos nossos clientes.

O trabalho desenvolvido em coautoria com a Arquiteta Anabela Fernandes desde 2016 trouxe novas perspetivas e contribuições para os projetos da Cria + Arquitectos. Como é que essa parceria enriqueceu a abordagem da empresa em relação aos projetos de arquitetura e urbanismo?

A Anabela surge na nossa equipa fruto de uma amizade anterior que se consolidou quase naturalmente numa parceria de trabalho. Trouxe-nos a experiência adquirida de muitos anos em projetos de urbanismo e arquitetura e tem sido uma colaboração extremamente enriquecedora em diversos aspetos. Temos construído uma simbiose em que a unidade surge da diversidade de experiências, que complementam a nossa equipa.

No contexto do 17º aniversário da empresa, quais são os principais objetivos e estratégias desenhadas para o futuro? Como é que a empresa pretende manter e expandir o reconhecimento nacional e internacional alcançado até agora?

Fazemos, desde logo, um balanço muito positivo destes 17 anos e queremos continuar a desenhar o futuro, sempre na procura de novas ideias e implementação de processos como a IA (Inteligência Artificial), que em conjunto com metodologias já implementadas nos permitem novas abrangências na Arquitetura. Como empresa, pretendemos sempre melhorar os nossos padrões de exigência em todos os aspetos do nosso trabalho, com investimento na inovação e criatividade. Queremos continuar a mostrar o nosso trabalho, através de participação de concursos e presença online através das várias plataformas digitais, procurando expandir a nossa rede de contactos e novos clientes. Estamos igualmente a apostar em participação em conferências.

geral@criamais.com www.criamais.com

113 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL ATELIER CRIA+ ARQUITECTOS | EMPRESAS COM HISTÓRIA
Luísa Teixeira, CEO & Arquiteta

Breves

5.ª Edição do Prémio Autarquia do Ano

As câmaras municipais de Alenquer, Almada, Braga, Cascais, Freixo de Espada à Cinta, Leiria, Machico e Vila de Rei foram as grandes vencedoras da 5.ª Edição do Prémio Autarquia do Ano. A Junta Freguesia de Santo António, em Lisboa, foi também distinguida, tendo o grande prémio especial dos jurados sido entregue ao projeto Museu da Seda e do Território, do Município de Freixo de Espada à Cinta. Foram a concurso 23 juntas de freguesia e 25 câmaras municipais, num total de 12 categorias e 49 subcategorias. Foram distinguidas 46 autarquias, assim como foram atribuídas 37 menções honrosas, 21 prémios, 12 grandes prémios e um grande prémio especial jurados.

CSecurity 2024:

Evento sobre cibersegurança na Guarda

Foi na Guarda, mais concretamente no Politécnico da Guarda, que se realizou mais um grande evento sobre cibersegurança. Com um programa diversificado, composto por oradores com elevada experiência, o CSecurity juntou especialistas, profissionais do setor, autoridades, empresas e a comunidade académica. No decorrer do evento, procedeu-se à entrega dos certificados de participação e aprovação dos formandos que frequentaram cursos da C-ACADEMY. Os certificados foram entregues por Isabel Batista do Centro Nacional de Cibersegurança e por Pedro Pinto do Politécnico da Guarda.

Um refúgio cheio de charme e sofisticação, ideal para quem valoriza exclusividade e privacidade.

Entre a cidade de Lisboa, o Parque Natural Sintra-Cascais e as praias atlânticas, a Quinta das Pedras é um espaço único, onde história e modernidade se misturam numa simbiose perfeita.

EN 117 · Belas · Portugal · (+351) 960 367 756 geral@quintadaspedras.pt · quintadaspedras.pt

Avenida da República 2208 - 3º Drt Ctr Frt, 4430-190 - Vila Nova de Gaia

Tlf.223 700 510

Tlm.966 231 358

E-mail geral: geral@revistabusinessportugal.pt

E-mail comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt www.revistabusinessportugal.pt

115 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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