

INOVAÇÕES E DESAFIOS NA MEDICINA
Augusto Guerreiro, Diretor Clínico e CEO da Clínica LHR



















Mulheres que inspiram
Nesta edição: Entrevista exclusiva Fátima CunhaDiretora comercial do segmento empresarial da bigONE.
Descubra a estratégia por de trás do crescimento no sector e a afirmação da bigONE como uma empresa líder na transição energética.



ÍNDICE
Edição Fevereiro/Março
4. Índice
Nota de boas vindas...
8. Clínica LHR
Inovações e desafios na Medicina Capilar e Dermoestética
14. Claudete Teixeira
Advogados A Advocacia com Paixão e Propósito
19. Dia Internacional da Mulher
20. Luísa Machado
“O autoconhecimento é uma competência essencial para uma boa liderança”
24. Anabela Fonseca
Um legado de transformação social
27. Segmento Urbano
Do desafio à excelência: Visão de Maria João Correia
53. Saúde & Ciências da Vida
54. Alergia
Daniel Machado Oliveira
Os desafios atuais e futuros da Imuno-Alergologia
60. FCS – UBI
O papel estratégico da FCS no ensino superior de saúde
78. Região Oeste e Norte de Lisboa
79. Agro-Sucesso
O desafio de cultivar o sucesso na Agricultura
83. CM Torres Vedras
Uma liderança transformadora em Torres Vedras
90. Stoptrans
A ascensão da Stoptrans no setor dos transportes
110. Inovação & Tecnologia
120. RAR
Rebranding da RAR Açúcar honra o passado e abraça o futuro
127. Produto do Ano 2025
132. Lindt
Lindt EXCELLENCE Croquant eleito Produto do Ano 2025
139. ConsumerChoice
144. ok!seguros
Excelência reconhecida
156. SIL
160. Prosegur Alarms
A inovação é a chave para a segurança do futuro
166. Região de Leiria
167. Brisas Simétricas
Da compra e venda de imóveis ao serviço de pequenas reparações
176. Viver, Visitar e Investir
179. CM Mértola Entre sons e sabores: A Alma Islâmica de Mértola em celebração
Nota de boas-vindas...

Num mundo em constante transformação, não são apenas as ideias brilhantes ou as tecnologias de vanguarda que fazem avançar o ponteiro do progresso — são as pessoas. Mais concretamente, os empresários e empresárias que arregaçam as mangas, enfrentam a incerteza com coragem e traçam caminhos onde antes só havia espaços por preencher.
Nesta edição, celebramos o espírito empreendedor não como uma tendência passageira, mas como uma força essencial da economia, da inovação e da mudança social. Partilhamos histórias de quem empreende com propósito, transforma desafios em oportunidades e entende que liderar não é apenas estar à frente — é também saber escutar, aprender e decidir com visão.
Vivemos tempos em que a resiliência deixou de ser um trunfo para se tornar uma exigência. Em que a ética nos negócios regressa ao centro do palco, não por imposição, mas por consciência. E em que a inteligência emocional pesa tanto quanto a estratégica. Este espaço é dedicado a quem constrói empresas como extensão de uma visão, mas com os pés bem assentes na realidade. A quem acredita que lucro e impacto social não são opostos, mas parceiros possíveis. E a quem compreende que a capacidade de se reinventar é, hoje, a única forma de permanecer relevante. Esperamos que estas páginas inspirem, desafiem e, acima de tudo, o ajudem a continuar a fazer aquilo que os verdadeiros empresários fazem melhor: transformar ideias em ação.
Fernando R. da Silva





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Simplificamos a contabilidade com excelência Valongo rececao@onfile.pt

DEMOCRACIA NÃO PODE SIGNIFICAR INGOVERNABILIDADE
Quando em 2008 Manuela Ferreira Leite, com a sua especial ironia, questionou se não seria bom haver seis meses sem democracia para pôr o país “na ordem”, não lhe faltaram acusações

regimes menos livres, mas aparentemente mais eficazes. Como sabemos, é isso que já se vai notando em múltiplas democracias que julgávamos consolidadas no mundo.
Em Portugal vamos para as quartas eleições legislativas em cinco anos e meio. Algo inédito depois da loucura do PREC, apesar de tudo num contexto revolucionário após tantas décadas de ditadaura. 51 anos depois do 25 de abril, “eleições atrás de eleições” não é propriamente um sinal de saúde democrática, mas sim de irresponsabilidade e distanciamento entre a classe política e quem a elege. Nem vale a pena perdermos mais tempo a discutir as razões de cada um dos casos que motivou a interrupção das legislaturas. Mas, especialmente em países economicamente mais frágeis e com um setor privado menos forte, a instabilidade política tem um preço elevado, gerando insegurança jurídica, imprevisibilidade, paralisação de várias decisões de investimento e perda de valor.
Temos uma administração pública cada vez mais ingovernável, ultra burocratizada e que a cada crise política se torna ainda mais inoperante. Chega a ser desesperante...
Portanto, se a política portuguesa não consegue deixar de ser a política dos “casos e casinhos”, exige-se um pouco mais de responsabilidade, pelo menos, ao denominado Bloco Central que ainda representa uma larga maioria dos eleitores. Não, não precisamos de um Bloco Central como o que tivemos nos anos 80 do século passado, mas a economia espera e desespera por um “bloquinho central” de diálogo e entendimento em prol do país. Claro que é desejável esse entendimento em setores estruturais como a Saúde, a Educação ou a Justiça. Mas, atendendo a tantos complexos ideológicos que ainda subsistem e que minam visões pragmáticas para aqueles setores, já nem me atrevo a pedir isso. Assim, precisamos de um compromisso mais estável com as empresas que são a base de qualquer sociedade livre e desenvolvida. Nesse sentido, aqui ficam duas pequenas sugestões que ajudariam a economia a conviver melhor com a instabilidade política: uma agenda para a desburocartização, simplificação e gestão da administração pública; uma reforma fiscal para vários anos que, pelo menos, simplifique e estabilize o nosso sistema (já que é tão difícil discutir redução de impostos).
Custa assim tanto entenderem-se quanto a isto?
Francisco Proença de Carvalho, Sócio da Proença de Carvalho Advogados

INOVAÇÕES E DESAFIOS NA MEDICINA CAPILAR E DERMOESTÉTICA
Augusto Guerreiro, Diretor Clínico e CEO da Clínica LHR, partilha a sua paixão pela Medicina Capilar e Dermoestética, desmistificando mitos sobre transplantes capilares e defendendo a importância de planos terapêuticos personalizados e uma abordagem artística para resultados naturais e harmoniosos.
O que o motivou a especializar-se nas áreas de Medicina Capilar e Dermoestética, e quais foram os principais desafios que enfrentou?
Desde cedo, sempre tive um interesse especial pela interseção entre ciência, estética e bem-estar. A Medicina Capilar, em particular, chamou a minha atenção porque mexe diretamente com a autoestima das pessoas. A perda de cabelo pode parecer, à primeira vista, apenas uma questão estética, mas na realidade afeta a forma como cada um se vê e, consequentemente, a confiança no dia a dia. Ver o impacto que um tratamento bem-sucedido pode ter na vida de um paciente foi o que me motivou a especializar-me nesta área.
Claro que o caminho não foi fácil. A Medicina Capilar evoluiu muito, nos últimos anos e, ao longo do meu percurso, tive de acompanhar essa evolução, estudando novas técnicas e garantindo que a Clínica LHR se mantinha na vanguarda. Outro desafio tem sido desmistificar conceitos errados sobre transplante capilar. As pessoas, muitas vezes, chegam com receios ou expetativas irreais, e é fundamental esclarecer o que é possível fazer e garantir que cada paciente toma uma decisão informada.
Aliás, uma questão que me fazem, frequentemente, é porque não faço um transplante capilar, sendo eu próprio especialista na área. A verdade é que não sou um bom candidato! Tenho uma alopecia de Grau VII, o que significa que, mesmo que fizesse um transplante, o resultado seria muito limitado. Além disso, sinto-me bem com a minha imagem. E isso é algo que reforço muitas vezes aos meus pacientes: o transplante capilar é indicado para quem não está realmente satisfeito com a sua aparência e quer mudar. Se alguém está confortável com a própria imagem, então não há necessidade de alterar.
Como garantem que cada paciente recebe um plano terapêutico verdadeiramente adaptado às suas necessidades?
Cada pessoa tem um padrão de perda capilar diferente, um tipo de cabelo específico e expectativas próprias. Não acreditamos em soluções padronizadas. O primeiro passo é sempre uma avaliação
minuciosa, onde analisamos não só o estado atual do cabelo do paciente, mas também o seu histórico clínico e o que espera alcançar. Com base nessa análise, desenhamos um plano personalizado. Pode ser um transplante capilar, um tratamento complementar como o PRP, ou até uma combinação de terapias para potenciar os resultados. Além disso, explicamos tudo com total transparência, desde as limitações do procedimento até o que esperar a curto e longo prazo. Esse cuidado faz toda a diferença, porque um paciente bem informado toma melhores decisões e fica mais satisfeito com o resultado.
A cirurgia capilar não é apenas uma questão estética; é uma escolha que tem de fazer sentido para a pessoa e que deve trazer um impacto positivo na sua vida


De que forma a combinação do conhecimento científico com uma abordagem artística na Medicina Capilar e Dermoestética influencia a sua prática diária e os procedimentos que realiza?
A Medicina Capilar não se resume a técnica e conhecimento científico. Há uma componente artística que é essencial para que o resultado seja natural e harmonioso. No transplante capilar, por exemplo, não basta apenas colocar os folículos no couro cabeludo. É preciso respeitar a direção natural do cabelo, a densidade adequada e a distribuição certa para que o transplante fique impercetível. Cada detalhe importa. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença na aparência do paciente, e esse olhar atento é o que garante um resultado que não só parece natural, mas que respeita a individualidade de cada pessoa.

Sendo a Clínica LHR uma referência internacional, como encara esta responsabilidade e que estratégias adota para manter os mais elevados padrões de qualidade?
É uma grande responsabilidade saber que pacientes de várias partes do mundo escolhem a Clínica LHR para realizar o seu transplante capilar. Isso significa que construímos uma reputação baseada na qualidade e na confiança, e manter esse padrão exige um compromisso constante com a excelência.
O nosso foco está sempre na formação contínua da equipa, na utilização de tecnologia de ponta e, acima de tudo, na experiência do paciente. Queremos que cada pessoa que passa pela clínica sinta que está a receber o melhor acompanhamento possível, desde o primeiro
contacto até ao pós-operatório. Para quem vem de fora, oferecemos um serviço completo que inclui apoio logístico, acompanhamento personalizado e um ambiente confortável. Tudo isso faz parte da experiência e contribui para os resultados que entregamos.
Como equilibra a ética médica com as expetativas dos pacientes quando estas não são realistas ou quando um procedimento pode não ser a melhor solução para o seu caso?
A transparência é fundamental. Nem todos os pacientes são bons candidatos para um transplante capilar, e nem sempre o que a pessoa deseja fazer é a melhor opção para o seu caso. O meu compromisso é sempre explicar a realidade de forma honesta e fundamentada.
Muitas vezes, as pessoas chegam com expectativas muito altas ou com imagens de celebridades como referência. O nosso papel é mostrar o que é possível e o que não é, garantindo que a decisão do paciente seja baseada em informação realista.
O mais importante é que cada paciente se sinta confortável e seguro com a sua decisão. A cirurgia capilar não é apenas uma questão estética; é uma escolha que tem de fazer sentido para a pessoa e que deve trazer um impacto positivo na sua vida.
Como a personalização do tratamento, com base na genética do paciente, pode influenciar a eficácia dos tratamentos capilares disponíveis na Clínica?
A queda de cabelo pode ser influenciada por fatores hormonais, ambientais e, até mesmo, pelo estilo de vida, mas a genética desem-
Augusto Guerreiro, Diretor Clínico e CEO
penha um papel central. O teste genético capilar é uma ferramenta avançada que permite analisar as variações genéticas de cada paciente e identificar quais os fatores que mais contribuem para a sua queda capilar. Ao termos essa informação, conseguimos criar um plano de tratamento muito mais direcionado e eficaz. Por exemplo, há pacientes que respondem melhor a determinados fármacos, enquanto outros podem beneficiar mais de terapias como PRP (Plasma Rico em Plaquetas) ou suplementação específica. Sem esta personalização, os tratamentos são muitas vezes feitos com base na tentativa e erro. O teste elimina essa incerteza e permite-nos recomendar a abordagem mais indicada para cada caso, aumentando significativamente a taxa de sucesso.
certas condições médicas, como doenças autoimunes ou alterações hormonais descontroladas, podem comprometer os resultados. Somos honestos na avaliação e só avançamos com o transplante se soubermos que podemos garantir um resultado de qualidade.
Quais são as tendências que acredita que vão marcar o futuro desta área e como se prepara para integrar essas inovações na Clínica LHR?
O segredo de qualquer procedimento estético bem-sucedido está no equilíbrio e na naturalidade
Quais são os critérios médicos essenciais para determinar a elegibilidade de um paciente para um transplante capilar? Quais são os principais fatores que podem comprometer os resultados do procedimento?
O principal critério para determinar a elegibilidade é a presença de uma zona dadora com densidade suficiente. O transplante capilar consiste em redistribuir os folículos capilares saudáveis da zona dadora (geralmente a parte de trás e os lados da cabeça) para as áreas afetadas pela calvície. Se essa zona não tiver cabelo suficiente, o resultado pode ser insatisfatório. Além disso, fatores como a idade, o padrão da queda capilar e a causa subjacente da alopecia também são determinantes. Pacientes muito jovens, por exemplo, podem ter uma progressão imprevisível da calvície e podem beneficiar mais de um plano de estabilização antes de considerar o transplante. Da mesma forma,
A evolução nesta área tem sido impressionante e acredito que os próximos anos vão trazer ainda mais avanços. Estamos a assistir a um grande desenvolvimento nas terapias regenerativas, como o uso de fatores de crescimento e tratamentos celulares que estimulam o crescimento capilar, e que podem vir a ser grandes aliados do transplante capilar. Além disso, a inteligência artificial está a começar a ter um papel importante na análise capilar e na personalização dos tratamentos. Na Clínica LHR, temos a preocupação de acompanhar estas inovações de perto e de integrar as melhores soluções nos nossos protocolos. O nosso objetivo é continuar na vanguarda da Medicina Capilar, garantindo que os nossos pacientes têm acesso ao que há de mais moderno e eficaz. Acima de tudo, o nosso compromisso mantém-se inalterado: oferecer resultados naturais, seguros e personalizados, sempre com um padrão de excelência que faz da Clínica LHR uma referência nesta área. Seja com transplante capilar, terapias complementares ou novas tecnologias que venham a surgir, a nossa prioridade será sempre proporcionar aos nossos pacientes a melhor experiência possível e a confiança de que estão a fazer a escolha certa.
No âmbito da Medicina Estética, como a combinação de técnicas de anatomia facial e envelhecimento cutâneo pode melhorar o equilíbrio estético do rosto, sem comprometer a naturalidade dos resultados?
O segredo de qualquer procedimento estético bem-sucedido está no equilíbrio e na naturalidade. A anatomia facial muda com o tempo, e a perda de volume, a flacidez e as alterações na textura da pele fazem parte desse processo. Ao combinarmos diferentes técnicas – como preenchimentos dérmicos, bioestimulação de colagénio e harmonização facial – conseguimos restaurar esse equilíbrio sem alterar a essência da expressão do paciente. A abordagem que seguimos na Clínica LHR não é de transformação, mas sim de realce.

Pequenos ajustes estratégicos podem suavizar os sinais do tempo, reequilibrar proporções e proporcionar um aspeto mais descansado e rejuvenescido, sem aquele efeito artificial que muitas pessoas temem. Para isso, é essencial um planeamento cuidadoso e uma execução precisa e que respeite as características individuais de cada rosto.
Como funciona a Laserterapia ResurFX no tratamento de manchas, cicatrizes e estrias? E que cuidados pré e pós-procedimento são necessários para otimizar os resultados e minimizar riscos para o paciente?
O ResurFX é um laser fracionado de última geração que atua na pele de forma minimamente invasiva, que estimula a produção de colagénio e promove a renovação celular. O que o torna especial é que consegue tratar a pele de forma eficaz sem causar uma agressão excessiva, o que significa menos tempo de recuperação para o paciente. O mecanismo de ação baseia-se na criação de microzonas de coagulação térmica na pele. Essas microlesões desencadeiam um processo natural de regeneração, o que acaba por melhorar a textura da pele, reduzir cicatrizes e suavizar manchas. Para otimizar os resultados, há cuidados essenciais antes e depois do procedimento. No pré-tratamento, é importante evitar exposição solar direta e suspender o uso de ácidos ou outros ativos que possam sensibilizar a pele. No pós-tratamento, é fundamental usar protetor solar rigorosamente, evitar calor excessivo e seguir as recomendações médicas para hidratação e regeneração da pele. Cada caso é acompanhado de perto para garantir um processo seguro e com resultados satisfatórios.
Como funciona a tecnologia do Ultraformer e quais são os tipos de pacientes que mais se beneficiam deste tratamento não invasivo para o rejuvenescimento e firmeza da pele?
O Ultraformer é um dos tratamentos mais inovadores para combater a flacidez e redefinir os contornos faciais e corporais sem necessidade de cirurgia. Ele utiliza a tecnologia de ultrassom micro e macrofocado para atingir diferentes camadas da pele e estimular a produção natural de colagénio. A grande vantagem deste procedimento é que conseguimos tratar desde a camada superficial até à camada muscular, o que proporciona um efeito lifting progressivo e natural. Este tratamento é ideal para pessoas que começam a notar sinais de flacidez e perda de firmeza na pele, mas que ainda não necessitam de um procedimento invasivo, como um lifting cirúrgico. Também é muito eficaz na melhoria da textura da pele e na redefinição do contorno facial e corporal, pelo que pode ser aplicado em áreas como o rosto, pescoço, papada, abdómen, braços e coxas. A grande vantagem do Ultraformer é que o paciente pode retomar as suas atividades imediatamente após o procedimento, pois não há tempo de recuperação necessário. Os resultados começam a ser visíveis após algumas semanas, à medida que o novo colagénio é produzido, e continuam a melhorar ao longo dos meses seguintes. Na Clínica LHR, utilizamos o Ultraformer como parte de uma abordagem integrada de rejuvenescimento, associando-o a outras terapias para potenciar os resultados e garantir um efeito natural e duradouro.
De que forma a análise dos telómeros pode orientar a personalização dos tratamentos anti-envelhecimento? Quais são os principais fatores que influenciam a preservação da saúde celular ao longo do tempo?
Os telómeros são estruturas essenciais para a longevidade celular. Funcionam como pequenas “capas” que protegem o nosso DNA e, à medida que envelhecemos, vão-se encurtando. Quando atingem um limite crítico, as células perdem a capacidade de se regenerar e começam a entrar num estado de senescência, o que contribui para o envelhecimento do organismo. A análise dos telómeros permite-nos avaliar a idade biológica do paciente e perceber como está a sua capacidade de regeneração celular. Com essa informação, conseguimos personalizar estratégias para retardar o envelhecimento e melhorar a saúde a longo prazo. Fatores como a alimentação, o stress, a qualidade do sono e a prática de exercício físico influenciam diretamente a preservação dos telómeros. Além disso, terapias específicas, como suplementação antioxidante, otimização hormonal e até protocolos de estimulação celular, podem ajudar a prolongar a vitalidade das células e melhorar a longevidade com qualidade de vida.
Como é que a integração de testes genéticos, terapias hormonais e estratégias nutricionais pode melhorar a gestão de peso e contribuir para a longevidade, reduzindo o risco de doenças relacionadas com o envelhecimento no âmbito da medicina preventiva?
O peso corporal não é apenas uma questão estética; é um reflexo do funcionamento do organismo e um dos fatores mais críticos para a saúde a longo prazo. A abordagem que seguimos na Clínica LHR não se limita à perda de peso, mas sim à otimização da composição corporal – ou seja, reduzir a gordura acumulada de forma saudável, preservando a massa muscular e garantindo um metabolismo equilibrado. O teste genético específico para a nutrição permite-nos perceber como o corpo de cada paciente responde a diferentes tipos de alimentos e quais os nutrientes mais adequados para o seu perfil genético. Essa informação é essencial para definir um plano alimentar verdadeiramente eficaz, evitando dietas genéricas que não funcionam a longo prazo. Além da nutrição personalizada, avaliamos o impacto das hormonas no metabolismo. Desequilíbrios hormonais podem dificultar a perda de peso e aumentar o risco de doenças como diabetes e síndrome metabólica. Quando necessário, recorremos a terapias hormonais para corrigir essas alterações e otimizar os resultados. Ao integrar todas estas estratégias – genética, hormonas, nutrição e acompanhamento médico – conseguimos um controlo de peso sustentável e, mais importante, uma melhoria significativa da saúde e da longevidade. Afinal, o objetivo não é só viver mais anos, mas sim viver com mais qualidade de vida.

INOVAÇÃO E IGUALDADE NA ENERGIA DO FUTURO
Fátima Araújo, em entrevista, salienta que à frente da bigONE e da Energia Coletiva, procura inovar e redefinir a energia como um investimento estratégico, impulsionando eficiência e competitividade.
Ao longo da sua carreira, tem sido uma figura pioneira e visionária no setor da energia renovável. Como a sua trajetória pessoal e profissional a conduziram para a liderança da bigONE e da Energia Coletiva?
Desde o início da minha trajetória profissional, sempre fui movida pelo desejo de impactar positivamente o mundo e criar soluções sustentáveis que trouxessem benefícios reais para as empresas e para a sociedade. O setor da energia renovável chamou a minha atenção por ser um dos pilares fundamentais para um futuro mais eficiente e responsável. Ao longo dos anos, adquiri uma visão estratégica sobre como a transição energética pode ser uma opor tunidade de crescimento e rentabilidade para as empresas. Foi com essa mentalidade que fundamos a bigONE e a Energia Coletiva, duas empresas comprometidas em oferecer soluções inovadoras em energia solar fotovoltaica, permitindo que os nossos clientes reduzam custos e aumentem a sua competitividade. A minha liderança nesse setor foi molda da pela busca constante por inovação, excelência e um compromisso genuíno em transformar a forma como as empresas encaram a energia –não apenas como um custo, mas como um investimento inteligente e sustentável.
Como é que lida com as barreiras impostas pela falta de representatividade femi nina no setor e, mais importante, como a sua liderança tem inspirado outras mulheres?
O setor da energia renovável e da inovação tecnológica ainda é predominantemente masculino, mas acredito que essa realidade está a mudar – e o nosso papel é acelerar essa transformação.

Ao longo da minha jornada, enfrentei desafios e percebi que, muitas vezes, as mulheres precisam provar a sua competência mais vezes do que os homens para conquistarem o mesmo nível de reconhecimento. Em vez de encarar isso como uma barreira intransponível, sempre vi como uma oportunidade de me destacar pelo meu trabalho, pelos resultados concretos e pela visão estratégica que trago para o setor. Na bigONE e na Energia Coletiva, faço questão de promover um ambiente inclusivo e de incentivar a diversidade, não apenas de género, mas também de pensamento e de talento. Sei que a minha presença e liderança podem servir como referência para outras mulheres que desejam entrar neste mercado, e procuro sempre apoiar, inspirar e abrir portas para que mais mulheres ocupem posições de destaque. Acredito que o futuro da energia e da inovação tecnológica será construído por mentes brilhantes, independentemente do género. Quanto mais diversidade trouxermos para este setor, mais criativas e eficazes serão as soluções que poderemos oferecer à sociedade.
Quais são as principais inovações que a bigOne e Energia Coletiva está a implementar para acelerar a transição energética em Portugal?
A sustentabilidade está no centro da nossa missão na bigONE e Energia Coletiva. Acreditamos que a transição energética não é apenas uma necessidade ambiental, mas também uma oportunidade de crescimento e rentabilidade para as empresas. Para acelerar esse processo em Portugal, estamos a investir fortemente em inovação e novas soluções tecnológicas. Entre as principais iniciativas, destacam-se:
Fátima Araújo, Diretora Comercial do Segmento Empresarial da bigONE
• Autoconsumo coletivo e comunidades de energia renovável – Estamos a desenvolver projetos que permitem que várias empresas e consumidores partilhem a mesma infraestrutura de energia solar, reduzindo custos e maximizando a eficiência energética.
• Sistemas de armazenamento de energia – A integração de baterias inteligentes permite que os nossos clientes armazenem o excesso de energia produzida durante o dia para utilizar nos momentos de maior necessidade, aumentando a independência energética.
• Gestão inteligente de energia – Implementamos tecnologia avançada de monitorização e otimização do consumo, garantindo que as empresas utilizem a energia de forma mais eficiente e sustentável.
• Modelos de financiamento acessíveis – Criámos soluções que eliminam barreiras financeiras, permitindo que mais empresas adotem energia renovável sem necessidade de investimento inicial.
Os nossos clientes podem esperar cada vez mais soluções adaptadas às suas necessidades específicas, garantindo não apenas sustentabilidade ambiental, mas também uma forte vantagem competitiva no mercado. O nosso compromisso é continuar a inovar e a liderar a transição energética em Portugal, ajudando as empresas a reduzir custos e a tornarem-se protagonistas de um futuro mais sustentável.
Como é que a bigONE e Energia Coletiva tem procurado inovar, garantindo a poupança financeira e o impacto positivo no meio ambiente?
A inovação no setor energético vai muito além da tecnologia –passa também pela forma como nos relacionamos com os clientes e como criamos valor para eles. Na bigONE e na Energia Coletiva, acreditamos que a transição energética deve ser simples, acessível e vantajosa para todos.
Para isso, inovamos em três grandes áreas:
• Soluções personalizadas e orientadas para resultados – Cada empresa tem necessidades energéticas únicas. Utilizamos análise de dados para oferecer projetos sob medida, maximizando a poupança financeira e a eficiência energética.
• Modelo de proximidade e transparência – Acreditamos que uma relação de confiança é essencial. Acompanhamos os nossos clientes em todas as etapas, desde a análise de viabilidade até à operação e monitorização do sistema, garantindo total transparência nos benefícios e resultados.
• Empoderamento e educação do cliente – Mais do que fornecer soluções energéticas, queremos capacitar as empresas a tomarem decisões informadas.
O nosso compromisso é garantir que cada projeto tenha um impacto real, tanto no bolso dos nossos clientes quanto no meio ambiente. Não vendemos apenas energia solar – oferecemos um caminho sustentável para o futuro dos negócios.
Em termos de impacto social e ambiental, quais considera os maiores resultados que a bigONE e Energia Coletiva tem alcançado?
Na bigONE e na Energia Coletiva, temos um compromisso claro: tornar a transição energética uma realidade acessível e vantajosa
para empresas e comunidades. Os resultados que alcançamos até agora demonstram que este é um caminho não só necessário, mas também altamente impactante.
Em termos de impacto ambiental, os nossos projetos já permitiram uma significativa redução de emissões de CO₂, ajudando empresas a diminuírem a sua pegada ecológica e a contribuírem ativamente para a descarbonização da economia. Além disso, promovemos a independência energética, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e incentivando um modelo mais sustentável de consumo. No impacto social, destacamos a democratização do acesso à energia limpa. Através dos projetos de autoconsumo coletivo e comunidades de energia, conseguimos envolver várias empresas e consumidores, garantindo que mais pessoas possam beneficiar de energia renovável sem a necessidade de grandes investimentos individuais.
No futuro, o nosso objetivo é ampliar ainda mais esse impacto, incentivando políticas públicas que facilitem o acesso à energia renovável e promovendo parcerias estratégicas para acelerar esta transformação. Acreditamos que a transição energética só será verdadeiramente eficaz quando envolver toda a sociedade – e, por isso, queremos continuar a ser um agente de mudança nesse processo.
Quais são os próximos passos para a Energia Coletiva e para a bigONE no contexto da sustentabilidade e inovação? E como vê o futuro das energias renováveis em Portugal?
Os próximos passos da Energia Coletiva e da bigONE estão focados em acelerar ainda mais a transição energética em Portugal, investindo em inovação, digitalização e novos modelos de negócio que tornem a energia renovável ainda mais acessível e rentável.
Estamos a expandir os nossos projetos de autoconsumo coletivo e comunidades de energia, permitindo que empresas e consumidores partilhem a mesma infraestrutura de produção solar, reduzindo custos e aumentando a eficiência energética. Também estamos a investir em sistemas de armazenamento e inteligência energética, para garantir que a energia renovável seja utilizada de forma ainda mais estratégica e eficiente.
Além disso, queremos tornar o processo de adesão à energia solar ainda mais simples e flexível, com novos modelos de financiamento e parcerias, para que empresas possam adotar energia renovável sem necessidade de grandes investimentos iniciais.
Quanto ao futuro das energias renováveis em Portugal, estamos num momento decisivo. O país tem um enorme potencial para ser uma referência global na transição energética, e estamos a ver um crescimento acelerado da energia solar, eólica e de novas tecnologias. No entanto, para que esta mudança aconteça de forma ainda mais rápida, é essencial que haja um alinhamento entre empresas, consumidores e políticas públicas, criando incentivos para uma adoção ainda mais ampla das energias renováveis.
Acredito que, nos próximos anos, veremos um setor energético mais descentralizado, digitalizado e sustentável – e a bigONE e a Energia Coletiva estarão na linha da frente dessa transformação.

Claudete Teixeira, Advogada
CLAUDETE TEIXEIRA A ADVOCACIA COM PAIXÃO E PROPÓSITO
Com uma trajetória marcada pela especialização e pela ousadia de aceitar novos desafios, Claudete Teixeira consolidou o seu nome na advocacia, sobretudo no Direito da Família e do Trabalho. Acredita que a excelência profissional nasce do conhecimento atualizado, da experiência partilhada e da sensibilidade para lidar com casos humanos complexos.
Desde a fundação da Claudete Teixeira Advogados, quais foram as decisões ou abordagens mais determinantes para o seu crescimento e consolidação no mercado?
Existiram duas decisões que considero determinantes, a primeira foi a aposta na especialização, dos meus conhecimentos, com a frequência de pós-graduações na área do Direito da Família e das Sucessões e, mais recentemente, em Direito do Trabalho. Esta formação especializada foi importante para o meu crescimento enquanto advogada e do meu escritório. A outra foi precisamente o ter aceitado novos desafios.
Depois de ter passado vários anos a especializar-me no ramo do Direito da Família, mais recentemente, aprofundei também a minha jornada no Direito do Trabalho e isso permitiu igualmente o crescimento do meu escritório. A aliar a isto o facto de ter a trabalhar comigo colegas muito competentes nas áreas em que trabalham.
Que desafios inesperados surgiram ao longo do caminho e que lições esta trajetória lhe proporcionou?
O maior desafio, embora não fosse inesperado, foi conciliar a maternidade com o trabalho. Especialmente os tempos após o nascimento, são tempos muito duros porque praticamente não deixei de trabalhar e não é fácil não dormir e continuar a trabalhar. Fora o resto. Mas só isso já é suficiente para ser muito difícil. Contudo, depois de conseguirmos isto, conseguimos tudo.
O que despertou o seu interesse pelo Direito da Família e como essa área a desafiou e transformou ao longo da sua trajetória profissional?
Juridicamente é um ramo do direito que eu gosto de estudar. O Direito Sucessório, por exemplo é complexo e tem imensas questões jurídicas interessantes. Mas em particular o tema dos direitos das crianças é um tema ao qual sou sensível e no qual gosto de estar envolvida. Os temas do Direito da Família, em geral, despertam-me emoções e eu gosto de trabalhar apaixonada pelo meu trabalho. Eu gosto de proteger pessoas e, neste ramo do
direito, todas as pessoas com quem eu me cruzo estão a precisar dessa proteção.
Diante da complexidade e sensibilidade dos casos familiares, que habilidades considera essenciais para um advogado atuar com equilíbrio, empatia e eficácia?
Antes de mais seria muito importante que todos os advogados que trabalham nesta área tivessem um conhecimento atualizado e especializado da mesma e percebessem que trabalhar em tribunais de família e menores não é o mesmo que litigar em processos-crime. Um advogado que não perceba isto não é um problema para a parte contrária, é um problema para o seu próprio cliente.
Que conselhos daria às mulheres que desejam empreender na área jurídica, conciliando liderança, excelência profissional e bem-estar pessoal?
Penso que, qualquer pessoa que tenha de conciliar responsabilidades profissionais com responsabilidades familiares, filhos e com um mínimo de tempo para si, a dada altura sente que não está a conseguir fazê-lo da melhor forma. Mas, nessa altura, é preciso respirar fundo e manter a calma. Nós conseguimos. E se precisarmos, temos de pedir ajuda. O erro poderá estar em achar que conseguimos fazer tudo sozinhos. Eu não conseguiria se não tivesse ajuda.
No contexto do Dia do Advogado, celebrado a 19 de maio, que conselhos daria a um jovem advogado que procura trilhar um caminho de excelência e reconhecimento na profissão?
Um jovem advogado tem pelo menos uma vantagem que é o facto de ter os conhecimentos jurídicos atualizados e, portanto, numa fase em que têm a desvantagem de não ter experiência, é fundamental que continuem a estudar muito, para reduzir ao mínimo o risco do erro. E observem bastante aqueles que já têm essa experiência e ouçam-nos, aprendam com eles. Não há nada pior para um profissional do que a falta de noção das suas fragilidades. Só podemos melhorar o que sabemos que está insuficiente.

ESTRATÉGIA, VISÃO E LIDERANÇA
No dinâmico universo da consultoria empresarial, a VISOU Consulting tem-se destacado como referência em estratégia, inovação e transformação de negócios. Sob a liderança visionária de Sónia Viana de Sousa, a empresa tem moldado o futuro de organizações, combinando inteligência de mercado com soluções personalizadas.
Quais foram os principais fatores que motivaram a fundação da VISOU Consulting em 2018 e como define o posicionamento da empresa no mercado? Que balanço faz destes sete anos de percurso?
A VISOU Consulting nasceu da paixão pela segurança e saúde ocupacionais e da vontade de fazer a diferença na vida das pessoas e das empresas. Surgiu após a grande crise de 2008-2014, quando o setor da construção “reativou” no País.
Após uns meses no desemprego, recomecei a ter muitas solicitações para trabalhar, e como sozinha não estava a conseguir dar resposta,
criei a empresa, muito naturalmente, e comecei a contratar técnicos que auxiliassem a dar resposta aos vários pedidos. Como acredito que a segurança vai muito além do cumprimento legal, já que é um pilar essencial para a sustentabilidade e crescimento dos negócios, com a constituição da empresa quis trazer uma abordagem mais humana, prática e orientada para as pessoas.
Estes sete anos têm sido desafiantes, mas também com muitas conquistas! Ainda estamos a consolidar a nossa presença no mercado, mas cada cliente que confia em nós e cada ambiente de trabalho que ajudamos a tornar mais seguro, reforça o nosso propósito e motiva-nos a continuar. O nosso trabalho continua a ser referenciado, e chegam-nos clientes que já não conseguimos identificar de onde surgiu a referência, o que é excelente!
Quais foram os principais desafios que a VISOU Consulting enfrentou ao entrar no mercado da segurança e saúde ocupacionais, especialmente no setor da construção civil e obras públicas, e como a sua experiência contribuiu para superá-los?
A segurança e saúde ocupacionais ainda são vistas por muitos como um custo e não como um investimento. Um dos maiores desafios foi, e continua a ser, sensibilizar empresas para a importância de uma cultura de segurança eficaz e integrada no dia a dia das operações. Desde sempre, apostámos na proximidade com os trabalhadores, ouvindo as suas necessidades e mostrando-lhes, na prática, como a segurança pode ser um catalisador de eficiência e produtividade. A nossa experiência permite-nos mostrar que a segurança tem que ser um valor e não apenas uma obrigação. No setor da construção civil e obras públicas, e em particular em empresas
Sónia Viana de Sousa, CEO
de pequena dimensão, enfrentámos muita resistência à mudança e dificuldade em envolver todas as partes interessadas na adoção de boas práticas. A nossa estratégia passa por um acompanhamento próximo e de sensibilização aos trabalhadores. Afinal, somos todos uma equipa, e cada um tem as suas funções!
O que significa para a VISOU Consulting ser distinguida como uma das Top 5% Melhores PME, e de que forma esse reconhecimento reflete a qualidade dos serviços prestados e a estratégia de crescimento da empresa?
Ser reconhecida como uma das Top 5% Melhores PME de Portugal é um marco importante para nós. É a validação do nosso trabalho, do compromisso que temos com os clientes e da paixão com que enfrentamos os desafios do setor. Este reconhecimento motiva-nos a continuar a inovar, a crescer de forma sustentável e a reforçar a nossa missão de tornar os locais de trabalho mais humanos e seguros. Mais do que um selo de qualidade, esta distinção é um reflexo da confiança que os nossos clientes depositam em nós e da dedicação da nossa equipa.
O nosso grande objetivo é que cada vez mais empresas vejam a segurança não como um custo, mas como um investimento essencial para o seu crescimento
Quais os principais benefícios que as empresas do setor da construção civil e indústria podem obter ao investir em consultoria especializada em segurança e saúde ocupacionais?
O investimento em segurança e saúde ocupacionais não se traduz apenas em conformidade legal, mas sim em benefícios concretos e mensuráveis. Empresas que apostam numa estratégia eficaz de segurança reduzem acidentes, evitam custos com absentismo e aumentam a produtividade das equipas. Além disso, melhoram a sua reputação e tornam-se mais competitivas num mercado cada vez mais exigente. Na VISOU Consulting, trabalhamos para que cada cliente perceba que investir na segurança dos trabalhadores é investir no sucesso do negócio.
Como a legislação e regulamentação em segurança e saúde ocupacionais têm evoluído, e de que forma a VISOU Consulting auxilia os seus clientes na adaptação a essas mudanças?
A legislação, no setor da segurança na construção, tem evoluído muito lentamente. O Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil, foi publicado em 1958, e continua em vigor. A regulamentação das condições de segurança e de saúde no trabalho em estaleiros temporários ou móveis, foi publicada em 2003.
Há muito a rever na legislação nacional neste campo, mas o que nos mostra a nossa experiência, é que ainda há muitas empresas e donos de obra, que as desconhecem e falamos de um diploma com quase 70 anos, e outro com mais de 20 anos. A ciência e a técnica evoluem, mas a legislação não tem acompanhado essa evolução.
A segurança que se preconizava há quase 70 anos é a segurança que muitos desconhecem e que ainda se aplica nos dias de hoje. No meu entendimento, a legislação atual tem que ser melhor adaptada e evoluir para acompanhar as necessidades dos trabalhadores e as exigências dos setores. Na VISOU Consulting, o nosso objetivo é ir além do mínimo exigido. O nosso papel é simplificar este processo e ajudar a transformar requisitos legais em oportunidades de melhoria.
De que forma o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho pode atuar como um impulsionador para a implementação de políticas mais eficazes de prevenção de riscos laborais, e como a VISOU Consulting contribui para transformar essa consciencialização em ações concretas e sustentáveis no setor da construção civil e indústria?
O nosso compromisso é ajudar as empresas a construir ambientes de trabalho mais seguros todos os dias! O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é um momento importante de reflexão e sensibilização, mas o verdadeiro impacto está no que acontece nos restantes dias do ano. Esse dia é uma oportunidade para reforçar a importância da prevenção de riscos laborais e envolver todas as partes interessadas na construção de um ambiente de trabalho mais seguro. Todos os anos costumamos promover ações de sensibilização e campanhas educativas para reforçar a cultura de segurança. Acreditamos que a consciencialização deve ser acompanhada de ação. Por isso, trabalhamos para que as “boas intenções” sejam efetivamente implementadas diariamente, e para que realmente protejam os trabalhadores.
Quais os planos futuros da VISOU Consulting para continuar a crescer e inovar no setor da segurança e saúde ocupacionais?
O nosso foco manter-se-á na melhoria contínua, sempre com as pessoas no centro das nossas estratégias. Olhamos para o futuro com ambição e compromisso. Mudamos este ano de escritório, para um espaço maior, que nos permitirá aumentar a equipa. Pretendemos expandir a nossa atuação para novos mercados e investir em tecnologia para oferecer soluções ainda mais eficazes. O nosso grande objetivo é que cada vez mais empresas vejam a segurança não como um custo, mas como um investimento essencial para o seu crescimento. Vamos continuar a trabalhar com paixão, proximidade e dedicação para tornar a segurança e saúde ocupacionais, no pilar fundamental das empresas portuguesas!


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PAIXÃO E AUTENTICIDADE

Situada na região do Ribatejo, a Casa Cadaval combina séculos de legado com inovação, oferecendo vinhos de distinta qualidade e promovendo a harmonia entre a tradição e a modernidade.
Sendo a Casa Cadaval gerida por mulheres há cinco gerações, qual é o impacto deste legado na vossa identidade?
Desde 1648 que a Casa Cadaval e as várias gerações que administraram a Casa, seguem uma gestão de preservação de património, olhando de uma forma eficiente, para os recursos que dispõem, de forma a conseguir associar esta empresa familiar, a um negócio que permita sustentabilidade, dinâmica e rentabilidade. De facto, temos as últimas cinco gerações da Casa Cadaval, a serem geridas por mulheres, onde todas, tiveram um papel importante no legado e na identidade, que temos hoje e tal como diz Teresa Alvares Pereira de Schönborn Wiesentheid: “As quatro gerações atrás de mim, facilitaram muito o meu caminho, na gestão atual desta Casa”, quanto ao futuro, poderá ser liderado por uma mulher ou por um homem, desde que dê continuidade à preservação da identidade e património, de uma forma bem sucedida.
Como é que equilibram a tradição e a inovação na produção dos vossos vinhos?
A Região Vitivinícola do Tejo constitui um ambiente geográfico extraordinário para a produção vitivinícola, caracterizada por vários terroirs e sub-regiões. A Casa Cadaval, situada na margem esquerda do Rio Tejo, está inserida na zona de Charneca, dominada por areias (solos
arenosos), com baixa produtividade, amplitudes térmicas elevadas, permitindo a produção de vinhos com grande frescura, elegância e personalidade. O que verdadeiramente diferencia a Casa Cadaval é a sua capacidade de preservar a autenticidade, enquanto abraça a inovação. Em cada etapa, desde a vinha, seleção das uvas, até ao envelhecimento dos vinhos, é realizado um meticuloso trabalho. Os vinhos da Casa Cadaval não representam simplesmente um produto, mas uma narrativa líquida, que conta histórias das várias gerações.
A Coudelaria da Casa Cadaval é uma referência internacional pela criação de cavalos lusitanos. Como é que conciliam a preservação genética com os avanços científicos e objetivos desportivos?
A Coudelaria da Casa Cadaval consegue equilibrar a preservação genética dos cavalos lusitanos com os avanços científicos e os objetivos desportivos através de uma abordagem integrada. A seleção criteriosa dos animais, garante a manutenção das características tradicionais da raça, assegurando a continuidade, das suas qualidades morfológicas e funcionais. Para preservar e expandir a genética, recorremos a técnicas reprodutivas avançadas, como a transferência de embriões e a utilização de sémen congelado. Estas tecnologias, permitem realizar cruzamentos com cavalos, que se encontram fora da coudelaria, garantindo a diversidade genética, sem comprometer a pureza da linhagem. Além disso, a transferência de embriões, possibilita aumentar o número de descendentes de éguas, de elevado valor genético, multiplicando e fortalecendo as qualidades desejadas na criação. A criação é também orientada para o desempenho desportivo, preparando os cavalos para competições exigentes, sempre com especial atenção ao seu bem-estar e saúde. Ao unir tradição e inovação, a Casa Cadaval mantém a excelência dos seus cavalos lusitanos, promovendo o seu sucesso no panorama internacional.
De que modo o turismo na Casa Cadaval promove a vossa história e cultura?
Dentro dos 5000 hectares que compõem a propriedade da Casa Cadaval, conseguimos ter vários setores que criam sinergias entre si, permitindo-nos desenvolver o Turismo da Casa Cadaval, de uma forma dinâmica e diferenciadora. De salientar que a proximidade de Lisboa e a facilidade de acessos têm permitido um crescimento sustentado de visitantes à Casa Cadaval, quer nacionais, quer internacionais. Dos vários programas e instalações com catering, para eventos, que dispomos, que poderão ser encontrados no site www.casacadaval.pt, conseguimos promover os nossos quatro séculos de história, agregando a identidade da Casa Cadaval, que englobam, degustação de vinhos, visitas às vinhas e caves, demonstrações equestres e apresentação de cavalos Puro Sangue Lusitano, o Montado de sobro e produção de cortiça, aliando sempre a gastronomia regional e a cultura portuguesa.

Condessa Teresa Schönborn

DIA INTERNACIONAL DA MULHER
O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, é uma oportunidade para refletir sobre os avanços alcançados, reconhecer as conquistas das mulheres e reforçar o compromisso com a igualdade de género. No mundo empresarial, esta data assume especial relevância, destacando a importância de promover ambientes de trabalho inclusivos e equitativos.
A diversidade de género não é apenas uma questão de justiça social, mas também um motor de inovação e crescimento económico. Apesar dos progressos, o caminho para a paridade ainda enfrenta desafios. É essencial implementar políticas que promovam a igualdade salarial, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal e o acesso igualitário a oportunidades de desenvolvimento.
Neste Dia Internacional da Mulher, as empresas são chamadas a liderar pelo exemplo, criando uma cultura organizacional que valorize o talento feminino e contribua para uma sociedade mais justa. Que este dia inspire ações concretas e duradouras em prol da igualdade.
“O AUTOCONHECIMENTO É UMA COMPETÊNCIA
ESSENCIAL PARA UMA BOA LIDERANÇA”
Num mundo cada vez mais acelerado, o cuidado com a saúde mental tornou-se essencial. Para entender melhor os desafios emocionais da vida moderna e as estratégias para promover o bem-estar, conversámos com Luísa Machado, Psicóloga Clínica com uma vasta experiência na área. Nesta entrevista, a empreendedora e responsável clínica, partilha insights sobre o autoconhecimento e a importância da terapia no desenvolvimento pessoal.

Luísa Machado, Psicóloga Clinica
No seu percurso profissional como Psicóloga Clínica, quais foram os maiores desafios que enfrentou e como os superou? Que conquistas destacaria como as mais significativas no seu trajeto?
No meu percurso profissional, os maiores desafios têm sido a adaptação a contextos diversos e a gestão das expetativas das pessoas em relação ao processo terapêutico. Superar estas dificuldades envolveu uma constante atualização dos meus conhecimentos, procura por supervisão e apoio de colegas, além da confiança na minha prática clínica. Trabalhar com pessoas significa lidar com uma ampla variedade de emoções, histórias de vida e resistências, o que exige uma abordagem flexível. Adicionalmente, um dos maiores desafios é enfrentar a falta de reconhecimento da relevância do trabalho psicológico, tanto no contexto social como em certos círculos institucionais. Para enfrentar essas adversidades, sempre procurei basear a minha prática em evidências científicas e manter um compromisso ético e profissional rigoroso.
Outro desafio significativo é a dificuldade em conciliar a personalização do atendimento com a necessidade de uma gestão eficaz do tempo e dos recursos. Muitas pessoas chegam com expectativas desajustadas sobre a rapidez dos resultados, e parte do trabalho envolve ajudá-las a compreender que a mudança é um processo gradual. As conquistas mais significativas incluem o sucesso de terapias complexas e a criação de um ambiente acolhedor na clínica, onde as pessoas se sentem seguras para explorar as suas questões. Saber que consigo proporcionar um espaço onde as pessoas podem sentir-se compreendidas e encontrar novos caminhos para o seu bem-estar é, sem dúvida, uma das maiores recompensas do meu percurso.
Trabalhar com pessoas significa lidar com uma ampla variedade de emoções, histórias de vida e resistências, o que exige uma abordagem flexível
Gerir uma clínica de psicologia envolve competências que vão além do conhecimento técnico. Como tem sido a sua experiência enquanto empreendedora e gestora de um espaço de saúde mental?
Enquanto empreendedora e responsável clínica, a experiência tem sido desafiadora, mas também enriquecedora. A gestão de um espaço exige flexibilidade entre as competências de liderança, organização e estabilidade psicoemocional para ter o suporte de profissionais confiáveis e equilibrados. Esses elementos são cruciais para garantir uma administração bem-sucedida e lidar com os desafios quotidianos. Além disso, gerir uma clínica não significa apenas garantir a sustentabilidade do negócio, mas também assegurar que os serviços
prestados são de elevada qualidade e acessíveis. A transparência nos processos internos e a coerência de valores com a equipa têm sido fundamentais para alcançar esse equilíbrio e manter um serviço de excelência. Adicionalmente, a exigência de um mercado, cada vez mais, voltado para a produtividade e para métricas quantificáveis apresenta um desafio adicional, pois a psicologia não pode ser reduzida a resultados imediatos ou a uma abordagem padronizada. A humanização do atendimento e a personalização do cuidado são pilares que defendo e que exigem uma constante adaptação na gestão do espaço clínico.
O estigma em torno da saúde mental continua a dificultar a procura de apoio. Quais são as estratégias mais eficazes para desmistificar a saúde mental na sociedade portuguesa e encorajar mais pessoas a procurarem ajuda profissional? Que papel desempenha a comunicação e a educação nesta mudança?
O estigma continua a ser uma barreira considerável para a procura de ajuda. As estratégias mais eficazes para desmistificar este tema envolvem a promoção da educação e da comunicação, abordar a saúde mental de forma simplificada e normalizar a procura de apoio profissional. A sensibilização, tanto na sociedade como em ambientes profissionais e educacionais, tem um papel crucial nesta mudança, sendo essencial instigar as pessoas a entender que cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física.
De que forma os fatores individuais e contextuais influenciam a expressão e a gestão dos problemas de saúde mental? Como a cultura, a educação e as experiências pessoais moldam a forma como cada pessoa lida com o sofrimento psicológico?
A forma como cada pessoa expressa e gere a sua saúde mental resulta da interação entre fatores individuais e contextuais. A nível individual, elementos como a personalidade, a regulação emocional, as crenças e as estratégias de coping influenciam a maneira como se interpretam e enfrentam desafios, sejam eles internos ou externos. No campo contextual, a cultura, a educação e as experiências de vida desempenham um papel determinante na construção da identidade emocional e na predisposição para procurar apoio. A cultura estabelece normas sobre o que é emocionalmente aceitável, o que pode levar à normalização, repressão ou até considerar patológico. Numa sociedade onde a vulnerabilidade emocional é estigmatizada, pode existir uma maior resistência na procura de ajuda, enquanto contextos mais abertos ao debate sobre saúde mental tendem a facilitar o acesso ao acompanhamento psicológico. Na educação, o impacto está especialmente na forma como as competências emocionais são desenvolvidas desde a infância. Pessoas que aprenderam a identificar e a regular as suas emoções tendem a lidar melhor com dificuldades, onde o ambiente escolar e familiar proporcionaram esse estímulo, enquanto aquelas que cresceram em ambientes que desvalorizam o bem-estar psicológico podem enfrentar mais desafios na gestão emocional. Além disso, as experiências pessoais e o meio envolvente, incluindo as relações interpessoais e as condições socioeconómicas, influenciam diretamente a saúde mental. Conseguir ter uma rede
de apoio estruturada e acesso a recursos adequados, pode facilitar a adaptação a momentos de maior vulnerabilidade, enquanto a ausência desses fatores pode agravar o sofrimento psicoemocional. Assim, a compreensão da saúde mental exige uma abordagem integrada, que tenha em conta tanto as características individuais como os fatores externos, evitando simplificações e considerando a complexidade de cada caso.
Enquanto líder e psicóloga, como avalia o impacto do autoconhecimento na gestão de equipas e na tomada de decisões estratégicas? Acredita que é uma competência essencial para empreendedoras e líderes?
O autoconhecimento é uma competência essencial para uma boa liderança, pois permite ao líder compreender as suas próprias limitações, motivações e comportamentos, fornecendo uma base sólida para a tomada de decisões. Ao reconhecer essas dimensões pessoais, o líder consegue adaptar a sua abordagem de forma mais ajustada às necessidades da organização e da equipa, sendo mais eficaz na gestão das suas funções. Na gestão de equipas, o autoconhecimento ajuda a identificar as capacidades individuais e as interações dentro do grupo, permitindo um equilíbrio entre os recursos da organização e o potencial da equipa. Para as pessoas empreendedoras, essa competência é igualmente crucial, pois permite avaliar a viabilidade de uma ideia e ajustá-la conforme as condições reais do mercado e os
recursos disponíveis. Ser empreendedora e/ou líder não se resume a ter uma ideia, mas sim em conseguir implementá-la de forma pragmática, ajustando-a sempre que necessário para garantir a sua sustentabilidade e sucesso.
O stress e o burnout são cada vez mais comuns no ambiente corporativo. Como podem as empresas e líderes empresariais atuar para promover o bem-estar psicológico dos seus colaboradores?
O stress e o burnout não surgem isoladamente, mas sim como resultado de um modelo de trabalho que normaliza padrões exigentes e que associa a produtividade à disponibilidade total do colaborador.
O autoconhecimento é uma competência essencial para uma boa liderança, pois permite ao líder compreender as suas próprias limitações, motivações e comportamentos

A cultura do “bom funcionário” que está sempre acessível e disposto a sacrificar a vida pessoal pela estabilidade financeira tem sido um dos principais fatores de exaustão profissional. Em Portugal, um estudo recente da Ordem dos Psicólogos revelou que mais de 60% dos trabalhadores sentem elevados níveis de stress laboral, e cerca de 30% apresentam sinais de burnout. Esta realidade não se aplica apenas a funções operacionais, mas também a cargos de gestão, onde a pressão por resultados e a necessidade de inovar constantemente geram elevados custos psicológicos. As entidades têm um papel ativo na mitigação deste fenómeno e devem ir além das iniciativas simbólicas, como palestras sobre saúde mental. A implementação de medidas concretas, como horários flexíveis, políticas de descanso realistas e equipas dimensionadas para as exigências da função, são fundamentais. Além disso, a criação de um ambiente em que os trabalhadores se sintam seguros para expressar as suas dificuldades sem receio de represálias pode ser um fator determinante na redução do stress laboral e na promoção do bem-estar.
A acessibilidade aos serviços de saúde mental ainda é uma questão preocupante. Que estratégias a sua clínica adota para garantir que mais pessoas possam beneficiar de acompanhamento psicológico, independentemente da sua condição socioeconómica?
A acessibilidade aos serviços de saúde mental continua a ser um dos maiores desafios na área. O custo das consultas e a escassez de

apoios públicos impedem que uma grande parte da população tenha acesso ao acompanhamento psicológico de que necessita. No entanto, este problema não se resume apenas ao fator financeiro. Muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades na procura de um serviço adequado devido à falta de informação, longas listas de espera no setor público e até à insegurança quanto ao próprio processo terapêutico.
Na nossa clínica, procuramos atenuar estas barreiras através de parcerias institucionais que possibilitam o acesso a serviços de psicologia a preços ajustados à realidade económica dos pacientes.
Além disso, acreditamos que parte do problema passa pela necessidade de um trabalho preventivo, e não apenas remediativo. Por isso, investimos na promoção da literacia em saúde mental, realizando ações que informam a população sobre a importância do acompanhamento psicológico e desmistificam a ideia de que a terapia é apenas para casos de sofrimento extremo.
O objetivo não é apenas tornar o serviço acessível, mas também garantir que mais pessoas compreendem o seu valor e procuram apoio antes de atingirem um estado de exaustão psicológico.
Como a psicologia pode ajudar a repensar o conceito de “sucesso” na sociedade atual, especialmente quando a pressão por resultados imediatos pode afetar a saúde mental das pessoas?
O conceito de “sucesso” na sociedade moderna está profundamente influenciado pela pressão por resultados rápidos, visibilidade imediata e desempenho constante, elementos que podem ser prejudiciais ao bem-estar psicológico. Essa ideia de sucesso é moldada por um sistema que valoriza mais a produção e a criação, deixando de lado a manutenção e a reutilização de recursos e trabalho qualificado, o que gera um ciclo de exaustão nas pessoas.
Este conceito de sucesso não é uniforme, pois varia entre géneros, gerações e comunidades, sendo, muitas vezes, mais associado ao cumprimento de objetivos tangíveis, como riqueza, reconhecimento e produtividade. Contudo, para muitos, esse ideal é inalcançável ou insustentável, dado que não leva em conta as múltiplas dimensões do bem-estar psicológico, que hoje em dia têm mais variáveis do que em tempos passados. A realidade contemporânea exige, de uma forma quase imperativa, que as pessoas acompanhem uma velocidade de vida que nem todos conseguem suportar.
Essa pressão constante pode levar a problemas graves, como o burnout, depressão, e até doenças físicas prematuras, muitas vezes, ligadas ao stress crónico. Embora o desenvolvimento pessoal seja importante, é fundamental perceber que o sucesso não deve ser um conceito único e normativo, mas algo que respeite a individualidade de cada pessoa, permitindo uma abordagem equilibrada entre a realização pessoal e o cuidado com o próprio bem-estar. O problema é que, em muitos casos, a sociedade ainda não reconhece o valor do autocuidado como um veículo para o sucesso sustentável e saudável.
ANABELA FONSECA UM LEGADO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Anabela Fonseca, Diretora Executiva e Porta-Voz da Associação Sara Carreira, une a sua paixão pela compreensão das dinâmicas sociais e o impacto das relações humanas numa missão de transformar vidas. Movida por uma dedicação ímpar e um profundo compromisso social, revela-nos o seu percurso refletido numa busca incessante por impactar positivamente a vida das pessoas.
Anabela Fonseca sempre teve uma forte ligação à sociedade e às interações humanas, o que a levou a seguir a Sociologia – uma decisão que, mais tarde, se revelou essencial no seu trabalho na Associação Sara Carreira. “No meu dia a dia, lido com as famílias e com os bolseiros, e essa bagagem tem-me ajudado a compreendê-los melhor e a prestar o apoio necessário”, explica.
Assumir a liderança da Associação, trouxe desafios significativos, desde o peso do nome da família Carreira ao constante escrutínio mediático. “Esse reconhecimento público implica que tenhamos muito cuidado com todas as ações, eventos e até publicações, pois sabemos que há sempre muitos olhos atentos a tudo o que fazemos”, revela.
Conciliar a intensa rotina profissional com a vida familiar é outro desafio constante. “Equilibrar as diversas responsabilidades não é fácil, sobretudo porque os eventos da Associação ocorrem ao fim de semana”, admite. Ainda assim, destaca a importância de reservar tempo para a família e para si própria, algo que só consegue graças ao apoio incondicional familiar. “Felizmente, conto com a minha família, o que é fundamental para que eu consiga desempenhar bem o meu papel”. O trabalho social é emocionalmente exigente, mas a paixão pela causa e o desejo de manter vivo o legado de Sara Carreira são a sua maior motivação. “Quero continuar a fazê-lo, porque gosto, acredito e defendo as causas da Sara”, destaca.
A missão da Associação Sara Carreira
Desde a sua criação em 2021, a Associação Sara Carreira tem sido um símbolo de solidariedade e compromisso social, honrando os valores e o espírito altruísta da jovem que lhe dá nome. “Costumo dizer que a Associação só é Associação enquanto for Sara”, sublinha Anabela. O desejo de Sara de ajudar os outros – fosse apoiando jovens, idosos, famílias carenciadas ou a causa animal – continua a inspirar as iniciativas da associação. Contudo, é na educação que se concentra uma das missões mais importantes: as Bolsas de Estudo Sara Carreira. Este programa destina-se a jovens talentosos, dos 12

Anabela Fonseca, Diretora Executiva e Porta-Voz da Associação Sara Carreira
aos 21 anos, que enfrentam dificuldades socioeconómicas, oferecendo-lhes a oportunidade de prosseguir os estudos em qualquer área do conhecimento. “As bolsas não são exclusivas para as Artes, como alguns pensam. Abrangem todas as áreas de estudo”, esclarece.
Processo de candidatura das bolsas
O processo de candidatura às Bolsas Sara Carreira decorre, anualmente, iniciando-se no Dia da Mãe e encerrando a 31 de maio. A seleção dos novos bolseiros prolonga-se até setembro, seguindo um rigoroso percurso de quatro fases, garantindo justiça e transparência na escolha dos candidatos.
A primeira fase consiste na submissão da candidatura no site oficial da Associação, onde estão disponíveis o regulamento e os documentos obrigatórios. “É fundamental que os candidatos estejam atentos aos requisitos e apresentem toda a documentação correta para evitar que a candidatura fique pendente ou seja anulada”, alerta a porta-voz.
A nossa missão não termina quando o jovem entra na universidade. Estamos aqui para garantir que ele tem todas as condições para acreditar nos seus sonhos
Segue-se a avaliação socioeconómica, que analisa rendimentos familiares, profissão dos responsáveis legais, percurso académico e talento do candidato. “Para nós, o sonho e a dedicação são tão importantes quanto a situação financeira”, sublinha.
Na terceira fase, os candidatos são entrevistados, presencialmente ou via zoom, por membros da Associação e, no caso das Artes, por profissionais do setor. Por fim, as assistentes sociais realizam visitas domiciliárias para compreender melhor o contexto familiar. “As visitas permitem-nos conhecer melhor o contexto familiar e garantir que o apoio chega a quem realmente precisa”, acrescenta. Após todas as avaliações, a direção e o júri reúnem-se para validar as candidaturas e selecionar os novos bolseiros. Os resultados são comunicados por e-mail e anunciados publicamente no evento “Onboarding’24: O Presente é o Futuro”.
Equilíbrio financeiro e acompanhamento
Ao contrário de outras bolsas de estudo, este programa destaca-se entre o suporte financeiro e o acompanhamento psicossocial. Cada bolseiro tem um acompanhamento regular por parte da equipa da associação, composta por uma pessoa responsável pelos bolseiros –padrinho ou madrinha –, duas assistentes sociais e coordenadores. “Não se trata apenas de pagar propinas ou alojamento, mas de criar
uma rede de apoio. Com este contacto frequente asseguramos que os estudantes continuam motivados e a evoluir positivamente”, sublinha. Para reforçar este sentido de comunidade e partilha, a Associação promove encontros regulares, como o programa “À conversa com…”. Nestes momentos, padrinhos, bolseiros e convidados têm a oportunidade de “fortalecer laços de confiança, trocar experiências e partilhar os desafios superados”. Este tipo de iniciativa cria uma rede de suporte emocional e motivacional essencial para o sucesso dos jovens.
Sustentabilidade e expansão
A sustentabilidade financeira é um dos grandes desafios da instituição, que conta com o apoio de Mecenas Institucionais como a Missão Continente e a Fundação Santander, além de parcerias com o Grupo DS e a Cap Sud. “O envolvimento do setor empresarial tem sido, e continua a ser, essencial para o nosso trabalho”, destaca Anabela. Essas colaborações permitem cobrir despesas como propinas universitárias, alojamento, alimentação, material escolar e cuidados de saúde gratuitos. “A nossa missão não termina quando o jovem entra na universidade. Estamos aqui para garantir que ele tem todas as condições para acreditar nos seus sonhos”, partilha.
Apoios como a Marfresco, que fornece peixe semanalmente a seis famílias vulneráveis, reforçam o impacto direto da associação. “Estamos empenhados em garantir que cada ajuda tenha um impacto real e direto na vida de quem mais precisa”, reforça. Os donativos individuais também desempenham um papel crucial: “Embora os donativos de cidadãos anónimos possam parecer pequenos individualmente, quando somados, fazem uma diferença real”.
A visibilidade da causa tem sido impulsionada pelo apoio da família Carreira e dos fãs, incentivando contribuições através do site. Eventos como o Supercarros no Porto e a Gala da Terra Quente Transmontana ajudam no financiamento da associação, mas é na Gala dos Sonhos que se concentra o maior esforço de mobilização de angariação de apoios. Para o futuro, a associação trabalha para obter o Estatuto de Utilidade Pública, garantindo o acesso a apoios estatais e programas governamentais. Além disso, planeia expandir a sua atuação para novas áreas, como a causa animal e o apoio à população idosa. “Continuamos empenhados em diversificar as nossas fontes de financiamento, garantindo a sustentabilidade e ampliando a capacidade de ajudar”, conclui.
Mensagem para os jovens
Com um olhar atento às necessidades de quem sonha alto, mas enfrenta barreiras no caminho, Anabela Fonseca reforça a importância da perseverança: “Nunca desistam dos vossos sonhos. Sejam ambiciosos, trabalhem com persistência para os alcançar e lembrem-se de que o sucesso exige dedicação.”
Sob a sua liderança e com uma equipa comprometida, a Associação Sara Carreira continua a transformar vidas, dando oportunidades a quem mais precisa e perpetuando o legado de uma jovem, cuja memória se mantém viva através do impacto positivo gerado pela organização.
CAPTAR RECURSOS E ESCALAR: COMO AS STARTUPS PODEM ABRIR
AS PORTAS CERTAS
Impulsionar negócios inovadores dentro de portas e dar os primeiros passos rumo à internacionalização é um caminho, muitas vezes, sinuoso para as startups. As oportunidades de financiamento disponibilizadas, quer nacionais quer internacionais, podem ser a chave para escalar, mas não deixa de ser necessário apanhar a chave certa e abrir a porta certa.
Programas comunitários (incentivos e financiamento oferecidos pela União Europeia) e vouchers (programas de financiamento a startups nacionais) são algumas das opções de financiamento disponíveis para o ecossistema de inovação, mas há mais. Os Business Angels - na sua maioria, executivos bem sucedidos que passam a investir em startups, geralmente de áreas relacionadas com a sua carreira -, constituem-se também como uma fonte estratégica de financiamento, na medida em que apostam nos projetos e nas equipas em que acreditam e oferecem smart money, ou seja, uma combinação de recursos financeiros, conhecimento estratégico e conexões no mercado. E, claro, os fundos de Venture Capital (VC), que trazem uma abordagem mais estruturada de investimento e disponibilizam, muitas vezes, programas de aceleração que equipam os fundadores com as ferramentas necessárias para um crescimento mais rápido e sustentável.
Quando se trata de captar recursos para escalar, as oportunidades estão à disposição de todos, mas a verdade é que as startups portuguesas enfrentam uma série de desafios para conquistá-las. Desde logo, o facto de no nosso país faltar algum apetite para o risco (apetite que podemos observar em mercados como o dos EUA), o que significa que é muito difícil para as startups em early stage (fase inicial, em que geralmente ainda não há um produto criado) atraírem Venture Capital (VC). A forma como os fundos são estruturados entra também nesta lista, sendo que muito do dinheiro existente é atribuído apenas a startups que tenham uma característica específica, como terem o selo de desenvolvimento idóneo, serem de certa área ou estarem baseadas em determinada região. Para além desta questão, existe financiamento que demora demasiado tempo a ser atribuído (às vezes, até dois anos), sendo que, nesse compasso de espera, muitas startups acabam por não sobreviver. A ausência de uma estratégia clara definida é outro desafio comum. Vemos, frequentemente, as startups a “dispararem para todos os lados”, em vez de se focarem em bater à porta dos investidores certos, com o perfil para investir naquele setor e naquela tecnologia. Muitas não sabem sequer quais são os KPIs que os investidores avaliam ou os recursos de que elas próprias necessitam - até porque uma startup que está a angariar uma ronda pre-seed ou seed, por exemplo, fá-lo no sentido de captar recursos para construir o produto, mas a verdade é que ainda não teve oportunidade de testar o mercado. Considerando todos estes desafios, existem, obviamente, estratégias que ajudam qualquer

Fernando Jardim, Presidente da 351 Associação Portuguesa de Startups
startup a atrair investidores e a captar recursos de forma eficaz, devendo esta, desde logo, ter em conta alguma preparação prévia. Entender as métricas e os milestones que precisa de atingir para se tornar irresistível é fundamental para qualquer startup. Quer se encontre em estágio inicial ou numa fase mais avançada, o investidor precisa de perceber se a equipa por detrás do projeto é capaz, se o negócio é viável (no primeiro caso) e se o comportamento do produto no mercado e o crescimento demonstrado são promissores (no segundo caso).
Para além do Pitch Deck, ter um Data Room é também extremamente útil. Nele, devem ser colocados dados atualizados, organizados e acessíveis relacionados com faturação, modelo de negócio, taxa de crescimento, entre outros. Desta forma, os investidores podem analisar todas as métricas que lhes sejam relevantes, sem ter que solicitar esses dados. Caso se trate da primeira ronda de investimento, é essencial ainda mapear os investidores, perceber o padrão dos seus investimentos até à data, entender todos os processos e os termos associados ao investimento e definir o tipo de investimento. Assim, os fundadores não perderão tempo a falar com investidores que não tenham fit com a sua startup. Contar com um bom networking pode fazer a diferença na captação de recursos, mas é também crucial manter um relacionamento de longo prazo com os possíveis investidores, mantendo-os atualizados acerca dos desenvolvimentos recentes da startup e demonstrando de que forma o negócio está a crescer (o Data Room serve precisamente para isto). Existe uma ideia errada de que participar em grandes eventos, como a Web Summit, permite captar investimento imediato. A verdade é que estes eventos são ótimos para iniciar o contacto com investidores de todo o mundo, mas a posterior construção destes relacionamentos deve acontecer ao longo de todo o ano seguinte, sendo que os investimentos acabam por acontecer, em média, no prazo de seis a doze meses após o contacto inicial.
Angariar investimento é, sem dúvida, um dos maiores desafios enfrentados pelos fundadores de startups. É um trabalho a tempo inteiro que exige muito mais do que um pitch bem elaborado; requer uma estratégia bem definida, preparação minuciosa e, acima de tudo, capacidade de demonstrar que o negócio tem potencial para escalar e gerar retorno financeiro.
O sucesso da abordagem não passa apenas por convencer investidores na teoria, mas também provar, com ações e números, que o negócio representa uma oportunidade única de investimento. No final do dia, captar recursos não tem apenas a ver com abrir a porta certa com a chave certa; é também construir as bases para que essas portas se mantenham abertas a longo prazo, rumo ao crescimento sustentável e à internacionalização.

DO DESAFIO À EXCELÊNCIA A VISÃO DE MARIA JOÃO CORREIA
Maria João Correia, Arquiteta e Fundadora do Segmento Urbano
DO DESAFIO À EXCELÊNCIA: A VISÃO DE MARIA JOÃO CORREIA
Inovação, resiliência e visão estratégica definem a trajetória de Maria João Correia, Arquiteta e Fundadora do Segmento Urbano. Com 19 anos de experiência, transformou desafios em oportunidades, consolidando um modelo de conceção-construção que alia criatividade, eficiência e sustentabilidade. Nesta entrevista, reflete sobre a sua jornada, os desafios da liderança feminina no setor e o impacto da metodologia BIM na arquitetura e construção.
Como a sua experiência pessoal e profissional influenciaram a fundação e evolução do Segmento Urbano? Quais lições aprendeu ao longo da sua carreira como arquiteta e empresária?
Sou teimosa, gosto de desafios e de excelência.
O Segmento Urbano nasceu através de um desafio, como quase tudo que tem acontecido na história do Segmento Urbano ao longo destes 19 anos. Foi me lançado um desafio, na altura para revisão de um projeto no sentido de conseguir integrar mais moradias num loteamento. Com a teimosia que me caracteriza agarrei o desafio com todas as forças e algumas noitadas depois, conseguimos uma solução
arquitetonicamente interessante e diferente do “comum” que criava muito valor ao promotor. Assim surgiu o Segmento Urbano, e o seu primeiro projeto, o Condomínio Palmeiras em Luanda.
A minha experiência pessoal e profissional reflecte-se na totalidade nos valores do Segmento Urbano. Sou filha de dois líderes, cada um na sua área, e cada um com as suas características, um mais conservador, o outro mais liberal, mas ambos visionários e de extrema competência e rigor. Apesar de ser o que se considera “aluna de excelência” no secundário e de poder ter tido um percurso académico normal em Portugal, optei por estudar em Inglaterra e na Austrália,

Maria João Correia, Arquiteta e Fundadora
sair completamente da zona de conforto e do comum e isso fez-me crescer muito quer em termos pessoais quer em termos profissionais.
Tive a sorte de “me deixarem voar” e o desejo de querer voar.
Os valores do Segmento Urbano de excelência, de inovação, de valor, de integridade, meritocracia e colaboração, são sem dúvida um reflexo da educação e formação que tive; sou imensamente grata à minha Mãe pelo rigor e ao meu Pai pela liberdade.
Aprendi a transformar a teimosia em determinação. Hoje tento com resiliência e capacidade de adaptação constante superar os desafios de todos os dias, sem perder a essência e os valores sob os quais também educo os meus filhos.
para evitar interpretações equivocadas, algo que raramente é uma preocupação para os homens.
Além disso, há uma diferença marcante nas interações de negócios: enquanto os homens podem fechar contratos em jantares ou viagens corporativas sem grandes questões, para as mulheres isso representa um desafio extra, especialmente quando conciliam a rotina profissional com as responsabilidades familiares – como garantir o jantar dos filhos, ajuda-los nas tarefas da escola ou acompanha-los nas atividades extracurriculares.
É evidente que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir igualdade de oportunidades e condições justas para as mulheres no setor. A mudança deve ser tanto estrutural quanto cultural, permitindo que competência e talento sejam os verdadeiros critérios de valorização profissional
As empresas devem apenas analisar soft skills e hard skills independentemente de serem homens ou mulheres, formar e dar espaço que possam atingir o máximo potencial, que se transformará em valor para a empresa
Como tem sido a sua experiência como líder feminina neste setor predominantemente masculino? Quais foram os maiores desafios que enfrentou e como os superou?
Os desafios para as mulheres ainda são enormes, não apenas na área da arquitetura e construção, mas em diversos setores profissionais.
A necessidade de resiliência é constante, pois ainda lidamos com assédio, desvalorização, preconceito e estereótipos que persistem até aos dias de hoje.
Além disso, as mulheres precisam de se esforçar significativamente mais para provar a sua competência e conquistar o seu espaço. No ambiente de negócios, é fundamental analisar cada situação com cautela, onde muitas vezes se enfrentam barreiras invisíveis.
Poucas empresas oferecem um caminho de crescimento profissional que não exija a difícil escolha entre a maternidade e a carreira. Na prática, muitas ainda são vistas como menos “rentáveis” devido às responsabilidades familiares que, culturalmente, recaem mais sobre elas. No contexto das obras, esse desafio intensifica-se. Muitas vezes, parece necessário esconder a feminilidade ou adotar comportamentos considerados “masculinos” para se afirmar no meio profissional. Diria mais, ter muita mas muita capacidade de encaixe para “sobreviver”. Para as mulheres, toda e qualquer atitude deve ser calculada
Que progressos considera que ainda precisam ser feitos para alcançar a igualdade de género no setor da arquitetura e construção? De que forma a diversidade de género pode beneficiar as empresas e o setor da construção em geral?
O primeiro passo para a mudança é que as mulheres assumam o desafio e arrisquem. Não devemos temer ocupar espaços tradicionalmente masculinos, nem sentir receio de afirmar a nossa identidade feminina. Pelo contrário, ser mulher é uma vantagem, não uma desvantagem.
Com determinação e vontade, acredito que as mulheres podem alcançar posições ainda mais altas, trazendo inovação e equilíbrio ao setor. Para aquelas que são mães, o impacto vai além do profissional: a postura no trabalho educa os filhos a verem e respeitarem as mulheres como líderes em qualquer setor, contribuindo para uma mudança cultural necessária e gradual.
Imagino um futuro em que vejamos mais mulheres em funções operacionais no setor da construção, como ladrilhadoras ou armadoras de cofragem, não apenas na decoração de interiores como é tão característico. Isso traria não apenas diversidade, mas um ambiente mais saudável e produtivo para todos. No entanto, para que essa mudança aconteça, é fundamental que as mulheres também estejam dispostas a sair da sua zona de conforto e explorar novas possibilidades.
A transformação está em curso, e cada passo dado por uma mulher neste setor abre caminho para muitas outras no futuro.
Como vê o papel das empresas na promoção da igualdade de género e no empoderamento feminino? Que conselhos daria a outras mulheres que aspiram a posições de liderança na área?
As empresas têm de deixar cair o estereótipo de que os homens são mais rentáveis e mais disponíveis, porque é de facto um mito. Há mulheres no Segmento Urbano que põem muitos homens num bolso, portanto, na minha opinião as empresas devem apenas analisar soft skills e hard skills independentemente de serem homens ou mulheres, formar e dar espaço que possam atingir o máximo potencial, que se transformará em valor para a empresa. O meu conselho é que as mulheres têm de querer, ter noção das dificuldades que estão presentes à partida e acreditar que cada uma de nós pode ser veículo

de mudança. Vontade, resiliência e tolerância (consigo própria) são na minha opinião fatores chave para que qualquer mulher consiga chegar a posições de topo. Nem todos os dias conseguimos ser excelentes profissionais, e nem todos os dias conseguimos ser excelentes mães, mas tenho a certeza que no dia seguinte temos capacidade de equilibrar qualquer uma das duas vertentes que tenha ficado menos bem “executada” no dia anterior.
O Segmento Urbano distingue-se por um conceito inovador de conceção/construção e pelo uso de BIM. Como essa metodologia tem transformado a forma como trabalham e como gerem os projetos?
No Segmento Urbano, garantimos a inovação, excelência e identidade em cada detalhe dos projetos através da nossa abordagem de concepção-construção. Inicialmente, focávamo-nos apenas na elaboração de projetos, expandimos para a construção, e hoje já só construímos projectos da nossa autoria (Design & Build). A concepção-construção, que só é possível porque trabalhamos em BIM (Building Information Modelling) é, na nossa opinião, a melhor forma de transformar as ideias em realidade e de criar valor, optimizando processos, controlando custos e assegurando a excelência em todas as fases da obra, desde o estudo prévio ao pedido de licença de habitabilidade.
Em 19 anos de carreira, quais foram os projetos mais marcantes? E como estes refletem a filosofia da empresa de equilibrar criatividade, funcionalidade e eficiência?
Todos os projetos ao longo destes 19 anos tiveram a sua importância quer na nossa aprendizagem quer no nosso crescimento. Talvez
sejam de salientar os que marcaram a trajetória do Segmento Urbano, o primeiro, o Condomínio Palmeiras, o C-Spot, que nos colocou pela primeira vez como finalistas no Mundial de Arquitetura, e hoje o Porta do Vale, da Valenegócios em Paços de Ferreira, que é sem dúvida o puro (bom) exemplo da concepção-construção.
A sustentabilidade e responsabilidade social tem sido uma das preocupações do mundo atual. Poderia detalhar algumas das práticas e projetos que implementam para minimizar o impacto ambiental e contribuir para o bem-estar da comunidade?
A sustentabilidade e a responsabilidade social são pilares essenciais no nosso trabalho, sendo aplicadas tanto na execução das obras (uso racional de materiais, técnicas de arquitetura passiva, software BIM) quanto na formação de novos profissionais. A nossa escola de construção civil visará formar mão de obra qualificada, melhorando a qualidade das obras, reduzindo desperdícios e proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro e digno. Acreditamos que a sustentabilidade vai além da questão ambiental, envolvendo também a valorização das pessoas e a criação de oportunidades. Com a formação, não apenas aprimoramos as obras, mas também oferecemos crescimento profissional àqueles com acesso limitado a essa área. O nosso objetivo é continuar a promover inovação e responsabilidade social, tornando o setor da construção mais eficiente, humano e sustentável.
Qual é a sua visão para o futuro da Segmento Urbano e qual o legado que gostaria de deixar no setor da arquitetura e construção?
A minha visão para o futuro do Segmento Urbano é continuar a antecipar desafios e oportunidades na arquitetura e construção, garantindo soluções eficientes e rentáveis para o mercado imobiliário. Ao prever problemas e implementar estratégias inovadoras, conseguimos um setor mais ágil, sustentável e competitivo, alinhado com as exigências do futuro.
O nosso foco é criar um modelo de investimento inteligente, onde a arquitetura e a construção estejam totalmente integradas para maximizar o retorno. Acreditamos que um projeto bem estruturado não é um custo, mas sim um ativo estratégico, capaz de potenciar a valorização imobiliária, otimizar custos e reduzir riscos.
Queremos demonstrar que investir bem começa sempre com um bom projeto, garantindo que cada edifício entregue ao mercado seja diferenciado, sustentável e financeiramente sólido. Essa é a marca que pretendemos deixar no setor: arquitetura como um motor de valorização e crescimento imobiliário.
Fotos Créditos: Francisco Miranda / Yank Creative Media

Porto | Lisboa | Luanda
O CAMINHO DAS MULHERES NA ADVOCACIA
Ana Sauri Gardete, Advogada com 12 anos de experiência, partilha a sua visão sobre a evolução da presença feminina na advocacia, os desafios para a igualdade de género e o impacto da inovação tecnológica na profissão.

Nos últimos anos, o número de mulheres no setor jurídico tem vindo a crescer, algo que Ana Sauri Gardete vê com grande satisfação. “Cada vez que vou ao tribunal ou interajo com outros profissionais, vejo colegas mulheres em papéis de liderança, o que reflete uma evolução positiva”, revela. Um dos maiores marcos desta evolução é a crescente presença feminina em cargos de liderança, como a Bastonária da Ordem dos Advogados, algo que outrora parecia impensável. Contudo, sublinha que a desigualdade de género continua a ser um obstáculo. “As mulheres, especialmente, têm de enfrentar a difícil tarefa de conciliar a vida profissional com a pessoal, o que implica um esforço considerável, principalmente num setor tão exigente como o jurídico”, explica. Este desafio é agravado pelas responsabilidades familiares que recaem, de forma desproporcional, sobre as mulheres. Além disso, ainda persiste a discriminação associada à idade e à possibilidade de uma mulher ser mãe. No entanto a advogada refere que, pessoalmente, não tem vivenciado discriminação direta. “Vejo com grande satisfação a diminuição dessa desigualdade e o caminho que as mulheres estão a trilhar, com determinação, para ocupar cargos de liderança”, conclui.
Combate à discriminação
A luta contra a desigualdade de género no ambiente de trabalho preocupa Ana Sauri Gardete, que acredita ser fundamental reforçar as legislações existentes para combater comportamentos discriminatórios. A advogada defende que a implementação de sanções mais
severas e eficazes para as empresas que perpetuam essas práticas seria um passo crucial. “Não podemos tolerar comportamentos discriminatórios que configuram uma violação dos direitos de igualdade”. Outro ponto importante é a desigualdade salarial: “É inaceitável que, ainda hoje, se verifiquem disparidades salariais para funções, cargos e responsabilidades iguais”, defende.
Justiça social
Para Ana Sauri Gardete, a advocacia tem um papel central na promoção da justiça social, sobretudo no combate às desigualdades no acesso à justiça. A advogada salienta que ainda existe a ideia de que a justiça é diferente para quem tem mais recursos financeiros. “Esta assimetria ainda existe, mas tem vindo a ser combatida ao longo dos anos”, referindo a importância da nomeação de advogados oficiosos, que garantem a defesa de cidadãos com menos recursos financeiros.
Na sua prática, não faz distinção entre os seus clientes particulares e os nomeados no âmbito do Acesso ao Direito, programa de parceria entre a Segurança Social e a Ordem dos Advogados. “Todos são clientes, todos merecem a mesma dedicação e empenho”, assegura.
Tecnologia e inovação
A transformação digital tem impactado a advocacia: “A inteligência artificial é ótima desde que utilizada da forma correta. Nós temos o ChatGPT e outras técnicas que nos podem ajudar na nossa profissão, desde que usados com conta, peso e medida”, explica.
O uso de plataformas digitais tem simplificado processos burocráticos, como é o caso dos processos para obtenção de nacionalidade, e possibilitado reuniões por Zoom ou Teams, o que tem reduzido custos e deslocações desnecessárias. Contudo, alerta para os riscos da dependência excessiva da tecnologia: “A máquina não se pode substituir a um olho humano. Ainda têm muitas falhas e muitas gralhas, que só podem ser detetadas por nós”.
O futuro
Acredita que o futuro da advocacia exige melhorias nas condições de trabalho dos advogados, existindo ainda disparidades dentro da profissão: “Se nós, dentro da nossa classe, criamos desigualdades, como é que pretendemos almejar uma igualdade perante o olhar público?”. Além disso, defende uma advocacia mais próxima das pessoas: “A profissão tem de se tornar cada vez mais próxima dos clientes, porque é isso que as pessoas procuram. Quando vão a um advogado, procuram, no fundo, um amigo do outro lado, que os compreenda e em quem possam confiar”. A profissão está em constante evolução, e o caminho para a igualdade e modernização é longo, mas possível. A voz de advogadas como Ana Sauri Gardete é fundamental para que a justiça seja, de facto, um direito para todos.

ana.gardete-57913L@adv.oa.pt
Ana Sauri Gardete, Advogada
LIDERANÇA COM PROPÓSITO ISABEL TAVARES E A VISÃO DA THE EDITORY COLLECTION HOTELS
Na The Editory Collection Hotels, a liderança vai além da gestão – é um compromisso com a comunidade, a arte, a sustentabilidade e a hospitalidade. Isabel Tavares, Diretora-Geral de Vendas e Marketing, e uma voz influente no setor, partilha a sua visão sobre os desafios da liderança, a importância da igualdade de oportunidades e o caminho para um futuro mais inclusivo e sustentável. Numa conversa autêntica e inspiradora, revela os obstáculos que teve de ultrapassar, os fatores essenciais para o sucesso e os passos que a Editory continua a dar para transformar valores em ação.
Que obstáculos teve de ultrapassar para chegar ao topo da liderança e que fatores foram essenciais para o seu sucesso?
Liderar é enfrentar desafios. No meu caso, tive de derrubar barreiras de igualdade e o eterno equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Mas aprendi rápido que resiliência, adaptação e boas pessoas ao nosso lado fazem toda a diferença. O sucesso não acontece sozinho, e é essencial construir uma rede que nos apoie e desafie.
Ainda existem barreiras significativas para as mulheres em cargos de liderança? Como podemos acelerar a mudança?
Sim. Ainda há poucas mulheres em lugares de topo, no nosso setor apenas 8% a nível mundial. Para mudar isto, as empresas precisam de mais do que boas intenções: têm de implementar políticas reais de igualdade, apostar em mentoria e criar um ambiente onde a diversidade seja mais do que uma palavra bonita.
Não te vejas pelos olhos dos outros. Encontra uma rede de mentores e apoia outras mulheres. Avança!
A Editory Collection Hotels valoriza comunidade, arte, sustentabilidade e hospitalidade. Como estes valores se refletem internamente?
Não basta falar de valores, é preciso vivê-los. Na Editory, recrutamos de forma inclusiva, damos espaço a diferentes perfis

Isabel Tavares, Diretora-Geral de Vendas e Marketing




e incentivamos os colaboradores a envolverem-se em projetos sustentáveis. Queremos que a diversidade não seja apenas uma meta, mas faça parte da nossa base.
Que conselho daria às mulheres que querem empreender ou liderar, mas hesitam?
Acredita em ti! Não te vejas pelos olhos dos outros. Encontra uma rede de mentores e apoia outras mulheres. Avança! Vais falhar? Claro. Mas cada erro traz aprendizagem. O pior que podes fazer é ficar parada.
Como a Editory alinha a sustentabilidade com a promoção da igualdade de oportunidades e do talento feminino?
Sustentabilidade não é só ambiental – é também social. Promovemos talento feminino através de formação, apoio à progressão de carreira e inclusão em todas as áreas da empresa. Se queremos um futuro sustentável, ele tem de ser para todos.
Como líder e mulher, que legado quer deixar? E quais os próximos passos da Editory?
O meu legado? Um mercado mais inclusivo, inovador e sustentável. Quero que as próximas gerações encontrem oportunidades reais, independentemente do género. Quanto à Editory, vamos continuar a crescer de forma sustentável, a reforçar parcerias locais e a garantir que diversidade e inclusão não são apenas conceitos – são a nossa prática diária.
A ALMA DA LIDERANÇA FEMININA NA ARQUITETURA
À medida que a presença feminina na arquitetura ganha força, os desafios para alcançar uma verdadeira equidade continuam a ser uma realidade. Em entrevista, a Arquiteta Carla Carvalho, com uma visão crítica e inspiradora, aborda os caminhos para um futuro mais inclusivo e equilibrado na profissão.
A sua trajetória profissional é marcada pela excelência académica e paixão pela arquitetura. De que forma o ensino e a prática arquitetónica se complementam no seu percurso e como essa dualidade influencia a sua abordagem nos projetos?
O meu percurso profissional foi sempre pautado pela crença de que o ensino e a prática da arquitetura se nutrem mutuamente. Como arquiteta, procurei sempre aplicar na minha prática profissional aquilo que ensino, e como professora, procuro constantemente entender as necessidades do mercado e os desafios da profissão, para transmitir um conteúdo que seja, não apenas teórico, mas aplicável no dia a dia dos meus alunos. Acredito que a prática da arquitetura oferece vivência e compreensão do processo criativo e técnico, elementos que são fundamentais para a formação de um arquiteto completo. No meu trabalho académico, tento transmitir aos meus alunos a importância de se desenvolverem não apenas como profissionais técnicos, mas também como pensadores críticos que saibam como adaptar as soluções arquitetónicas a diferentes contextos e necessidades.


A chave está em saber administrar as expectativas e reconhecer os limites. A determinação, a visão e a capacidade de tomar decisões são essenciais para o sucesso
A arquitetura é uma área tradicionalmente dominada por homens, mas tem vindo a assistir a uma crescente presença feminina. Como avalia a evolução da representação das mulheres no setor e que desafios ainda persistem para alcançar uma verdadeira equidade?
Tenho observado uma mudança significativa na presença das mulheres no campo da arquitetura. Tenho visto, especialmente nos últimos anos, um número crescente de mulheres a assumir papéis de liderança, tanto em escritórios de renome como em instituições académicas. Os desafios para alcançar uma verdadeira equidade são múltiplos. A arquitetura exige um equilíbrio delicado entre a vida profissional e pessoal, e as mulheres, muitas vezes, ainda enfrentam a pressão de conciliar essas duas esferas, especialmente quando há a expectativa de que assumam responsabilidades familiares. Essa sobrecarga de tarefas pode limitar as oportunidades para o desenvolvimento de uma carreira plena. Além disso, há a questão do preconceito estrutural e da subvalorização do trabalho feminino.
Carla Carvalho, Arquiteta
A liderança no feminino é frequentemente associada a características como empatia, flexibilidade e visão estratégica. De que forma essas competências influenciam a dinâmica das equipas e o sucesso dos projetos na sua empresa?
A liderança no feminino, com foco em características como empatia, flexibilidade e visão estratégica, tem um impacto muito positivo na dinâmica das equipas e no sucesso dos projetos. Essas qualidades, que muitas vezes são vistas como características naturais de liderança feminina, são essenciais não apenas para criar um ambiente de trabalho harmonioso, mas também para impulsionar a criatividade e a eficácia no desenvolvimento de projetos de arquitetura. Com essa abordagem mais empática e estratégica, não melhoramos apenas a dinâmica das equipas, mas também contribuímos para o sucesso dos projetos. No meu escritório, essa filosofia tem sido essencial para construir uma cultura forte de inovação, respeito e excelência, sempre a procurar o equilíbrio entre criatividade, eficiência e responsabilidade social.
A versatilidade define o trabalho do seu gabinete, que integra uma marca própria de decoração de interiores. Como surgiu a ideia da «Eclética» e de que forma a sua visão artística e arquitetónica se reflete nesta marca?
A ideia da “Eclética” surgiu de uma necessidade de traduzir a minha visão de arquitetura num universo mais amplo, que fosse além dos projetos de arquitetura em si. A “Eclética” nasceu do desejo, de unir várias influências e estilos que sempre me fascinaram, criando uma marca que fosse capaz de oferecer soluções de interiores que não se limitassem a um único estilo, mas que refletissem a riqueza e a diversidade de possibilidades que a arquitetura e o design têm a oferecer. A palavra “eclética” foi escolhida porque ela traduz exatamente essa busca por um equilíbrio entre diferentes influências, épocas e estilos, sem abrir mão da harmonia e da funcionalidade. Além disso, a marca reflete o meu compromisso com a qualidade e com a sustentabilidade. O equilíbrio entre o tradicional e o moderno, entre a funcionalidade e a estética, é o que caracteriza a “Eclética” e faz dela uma extensão natural da minha prática profissional como arquiteta.
O mercado da arquitetura e design de interiores está em constante transformação. Como a sua empresa se mantém atualizada e inovadora para responder às exigências dos clientes e às mudanças do setor?
Para estarmos sempre atualizados no mercado da arquitetura, adotamos uma abordagem dinâmica e proativa, que valoriza tanto a pesquisa contínua quanto a adaptação às novas tendências e tecnologias. Em primeiro lugar, investimos fortemente na atualização constante do conhecimento e das habilidades. Além disso, procuramos sempre a inovação através da tecnologia. As novas ferramentas BIM, 3D e inteligência artificial têm revolucionado a forma como projetamos. Implementamos essas tecnologias para melhorar a precisão e a eficiência dos projetos, além de oferecer aos nossos clientes uma experiência mais imersiva e personalizada, para criar apresentações mais realistas e interativas, permitindo-lhes

visualizar melhor as ideias e os conceitos antes da execução. Por fim, o feedback constante dos clientes é um fator crucial. Estamos sempre atentos às suas necessidades e reações ao longo dos projetos, o que nos permite ajustar e aprimorar os processos de acordo com o que funciona melhor em cada situação.
Como tem conciliado a vida pessoal e familiar com a exigência de liderar uma empresa e lecionar na universidade? Que conselho daria a outras mulheres que ambicionam cargos de liderança e empreendedorismo na arquitetura e no design?
Acredito que o segredo está em priorizar, delegar quando necessário e, acima de tudo, manter um senso de propósito e paixão no que faço. Estabeleço claramente as minhas prioridades e esforço-me para garantir que, apesar da carga de trabalho, há espaço para minha família e para momentos de descanso. A comunicação com os meus e a minha equipa é essencial para que todos compreendam os meus compromissos e respeitem os momentos em que me dedico exclusivamente a eles. Além disso, tenho procurado “não me sobrecarregar” com a ideia de que preciso de ser perfeita em todas as áreas. A autenticidade e a flexibilidade são vitais. A chave está em saber administrar as expectativas e reconhecer os limites. A determinação, a visão e a capacidade de tomar decisões são essenciais para o sucesso. Como mulheres, não devemos exigir demais de nós próprias, nem acreditar que devemos ser as “supermulheres” que fazem tudo perfeito. Às vezes, o equilíbrio é encontrado no delegar, no confiar nos outros e saber quando é o momento de pedir ajuda. A consciência sobre nós e as nossas capacidades é tão importante quanto a disciplina.


Carla Andreia de Carvalho carlacarvalho.arquitectos@gmail.com
eclética geral@ecletica.pt • www.ecletica.pt


APOSTA NO CUIDADO DA SAÚDE ORAL
Sob a liderança de Susana Perdigoto, a Klínica Perioimplantológica tem superado desafios e consolidado a sua posição como referência em Medicina Dentária. A aposta na inovação, na formação contínua e numa gestão focada na empatia e excelência têm sido pilares do seu sucesso.
A Klínica Perioimplantológica tem sido uma referência na inovação em Medicina Dentária. Quais os principais desafios que enfrentou ao longo dos anos e como conseguiu superá-los?
Um dos maiores desafios foi acompanhar a evolução tecnológica na área da Medicina Dentária, que exige investimentos constantes em equipamentos de ponta e a atualização contínua das competências da nossa equipa. Superámos este obstáculo através de um compromisso firme com a formação contínua e a inovação, investindo em cursos e certificações para os nossos profissionais e adquirindo tecnologia de última geração.
Outro desafio significativo foi a fidelização dos pacientes num mercado competitivo. Apostámos na construção de relações de confiança com os nossos pacientes, através de um atendimento personalizado. Além disso, a implementação de estratégias de marketing digital permitiu-nos expandir a nossa presença online e atrair novos pacientes. A gestão de uma equipa interdisciplinar é em si um desafio, no que diz respeito à coordenação e comunicação entre os diferentes profissionais. Superamos isso através da promoção de uma cultura organizacional baseada na colaboração, transparência e partilha de conhecimento.
A liderança feminina é associada a qualidades como resiliência, empatia e capacidade de multitasking. Como estas competências influenciam a sua gestão na clínica e o seu papel enquanto empreendedora na área?
A resiliência permitiu-me manter o foco na melhoria contínua e na inovação. A empatia, tem sido fundamental para compreender as necessidades dos nossos pacientes e proporcionar-lhes um atendimento personalizado, o que se reflete na fidelização e satisfação dos mesmos.
A capacidade de multitasking tem sido essencial na gestão eficiente da clínica, da vida académica e simultaneamente assegurar cuidados de saúde aos pacientes. Enquanto empreendedora na área da saúde, acredito que estas competências têm sido cruciais para liderar com eficácia, com uma visão de crescimento sustentável e de excelência no cuidado ao paciente.
A KPI tem investido na educação e sensibilização sobre saúde oral. Como vê a evolução da perceção dos portugueses em relação à importância da saúde oral e quais os obstáculos que ainda existem?
Graças aos esforços de sensibilização e educação, há uma maior compreensão sobre o papel crucial da saúde oral na qualidade de vida geral. Este avanço deve-se, em grande parte, às campanhas de informação e à inclusão da saúde oral nos currículos escolares.
O maior acesso a tratamentos dentários e a evolução das técnicas e tecnologias têm contribuído para que mais pessoas procurem cuidados preventivos e não apenas curativos. Ainda enfrentamos obstáculos significativos. A barreira financeira continua a ser um dos maiores desafios, com muitos portugueses a considerarem os tratamentos dentários caros, adiando ou negligenciando cuidados essenciais.
A par com a educação das populações, parcerias com o SNS e planos de saúde oral justos podem ser uma solução para este problema.
Quais os próximos passos para a KPI? Que mensagem gostaria de deixar para outras mulheres que aspiram a ocupar cargos de liderança?
Continuamos a investir em formação contínua para os nossos profissionais, garantindo que estão atualizados com as mais recentes técnicas e procedimentos. Para outras mulheres que aspiram a cargos de direção e liderança, a minha mensagem é clara: acreditem em vocês mesmas e nas vossas capacidades. O caminho pode ser desafiante, mas a determinação, a resiliência e a paixão pelo que fazem são fundamentais para o sucesso. Não tenham medo de inovar e de trazer novas perspetivas para a mesa. A liderança feminina tem o poder de transformar organizações e setores inteiros, trazendo uma abordagem mais inclusiva e empática. www.klinicaperioimplantologica.pt

Susana Perdigoto, Diretora Clínica
Equipa da Klínica Perioimplantológica
A ESSÊNCIA DE ANA RITA MACHADO
Numa entrevista exclusiva, mergulhamos no percurso e na visão de Ana Rita Machado, uma solicitadora dedicada a simplificar processos jurídicos e a garantir soluções eficazes para os seus clientes.
A Ana Rita Machado iniciou a sua carreira enquanto Solicitadora no Direito Imobiliário e Notariado, mas a vida levou-a, em 2023, a focar-se na imigração e nacionalidade portuguesa, culminando na criação da marca CNF Legalização de Imigrantes e recentemente a marca LPN – Legalização e Processos de Nacionalidade. Pode partilhar mais sobre essa experiência e o que a motivou a dar o passo para criar a sua própria empresa?
Os meus primeiros quatro anos de profissão foram mais focados na área do Direito Imobiliário e Registos e Notariado, serviços esses prestados a uma terceira pessoa maioritariamente, mas em 2023, também motivado pelo local, ambiente e outras conjunturas menos favoráveis onde prestava os meus serviços jurídicos, fez-me parar e equacionar numa reviravolta na minha carreira profissional e lançar-me na abertura de um escritório físico, onde os principais processos são na área do Direito de Imigração e Processos de Nacionalidade. As marcas surgem inicialmente claro a CNF e, agora, recentemente, a LPN no sentido de dar mais visibilidade e credibilidade ao escritório, bem como os clientes conseguirem associar o escritório a uma marca focada somente na área da imigração.
Como tem adaptado os seus serviços para atender às novas necessidades e expectativas dos clientes, que cada vez mais procuram soluções rápidas e eficazes? Acredita que a presença feminina no setor jurídico traz um diferencial na forma de atendimento e resolução de conflitos?
Os meus serviços são adequados a cada cliente, pois cada cliente requer um trabalho específico e único, sendo que o meu maior objetivo é satisfazer o cliente e atender às suas expectativas, que segundo o feedback dos mesmos tem sido alcançado, o que para mim é bastante satisfatório. Sim, na minha perspetiva, as mulheres tendem a adotar uma abordagem mais empática e colaborativa, o que pode ser um fator positivo na mediação de disputas e no relacionamento com clientes.
Como consegue conciliar vida pessoal, social e profissional sem comprometer a eficácia na liderança? Quais os pontos fortes das líderes e empresárias de sucesso?
Conciliar a vida pessoal, social e profissional sem comprometer a eficácia na liderança é um constante desafio, exige muito de mim e, por vezes, não é fácil conciliar tudo da melhor forma, no entanto, é importante ter como base a organização e delegação. Os alicerces para uma boa liderança baseiam-se na gestão do tempo, ou seja, para mim é crucial priorizar tarefas e saber dizer “não” a situações que

não são fundamentais; a delegação, pois permite-me delegar tarefas à minha equipa, confiar nela e permite-me focar noutras situações; o autocuidado e equilíbrio, que este sinceramente para mim, ainda estou a adaptar-me e custa-me mais cumprir, nomeadamente manter uma rotina saudável, com tempo para descanso e lazer e, por último, acho que a rede de apoio também é fundamental para que a liderança seja positiva.
Que conselhos daria a jovens mulheres que aspiram seguir a carreira de Solicitadora? Para si, qual é a relevância do Dia Internacional da Mulher e de que forma acredita que este pode impulsionar mudanças reais na sociedade e no mercado de trabalho?
Os melhores conselhos que posso deixar é apostar no conhecimento e especialização numa área dentro da área jurídica, ou seja, quanto mais eficientes e atualizados estivermos sobre o nosso trabalho, melhor será o nosso desempenho; confiança e assertividade; persistência, pois o caminho não é fácil, mas a dedicação e perseverança são fatores-chave para o sucesso. Uso muito este lema: “Insiste, persiste e não desiste, o mundo é teu e tu consegues alcançar tudo a que realmente te propões!”.
Quanto ao Dia Internacional da Mulher, é um momento de reflexão sobre conquistas e desafios ainda existentes. Na minha opinião, ainda há muito para ser alcançado pelo género feminino, principalmente, na área laboral e é importante assinalar esta data para que todos possamos fazer uma análise à atualidade e à discriminação ainda existente entre géneros.



anaritamachado08273@osae.pt
Ana Rita Machado, Solicitadora
A LÍDER QUE TRANSFORMA
O SETOR DA
SAÚDE
Em entrevista com Sandra Martins, Fundadora e Gestora da Policlínica Villas de Palmela, explorámos a trajetória inspiradora de uma mulher que construiu ao longo dos anos uma das instituições de saúde mais respeitadas da região de Setúbal.

Sandra Martins descreve-se como uma mulher resiliente, organizada e disciplinada. Essas qualidades, que moldam tanto a sua vida pessoal como profissional, têm sido fundamentais para a sua jornada como líder no setor da saúde. Licenciada em Enfermagem, iniciou a sua carreira na área hospitalar, tendo sido chefe de equipa numa Unidade de Cuidados Intensivos, uma experiência que lhe proporcionou uma base sólida para a criação da Policlínica Villas de Palmela. “Fui moldada pela experiência de estar na linha da frente do cuidado aos pacientes, e isso ajudou-me a compreender, na prática, a importância de um atendimento humanizado”, reflete. No entanto, a sua jornada não se limitou ao conhecimento técnico. Investiu fortemente em formação em áreas como Finanças, Gestão e Liderança, que foram essenciais para a implementação do modelo inovador da sua clínica. “A saúde é um pilar fundamental para o bem-estar das pessoas e da comunidade. A minha motivação vem do desejo de fazer a diferença na vida das pessoas”, refere. Sandra é uma mulher que, como tantas outras, tem de equilibrar a vida profissional com a vida pessoal. Mãe de dois rapazes, é uma defensora das políticas de igualdade de género, não só dentro da sua organização, mas também para outras mulheres, especialmente mães, que procuram conciliar a maternidade com a carreira. “Ser mãe e profissional ao mesmo tempo é um desafio diário, mas é também uma fonte de motivação. Quero que os meus filhos vejam no meu trabalho e nas minhas conquistas o poder de perseguir os seus próprios sonhos”, revela.
A Policlínica Villas de Palmela
Em 2005, fundou a Policlínica Villas de Palmela, uma clínica que se destaca pela abordagem inovadora e pelo compromisso com
o atendimento humanizado. A clínica é amplamente reconhecida pela sua capacidade de integrar tecnologias de ponta com a necessidade de cuidados de saúde acessíveis e de qualidade. “O verdadeiro desafio é encontrar o equilíbrio entre tecnologia e a empatia. A inovação deve complementar o cuidado humano, não substituí-lo”, referindo-se à necessidade de integrar novas ferramentas tecnológicas, sem comprometer o atendimento próximo e personalizado.
Ser mãe e profissional é um equilíbrio difícil, mas é possível. As empresas devem incentivar a flexibilidade para que as mulheres possam prosperar em ambas as áreas
A Policlínica Villas de Palmela é um exemplo claro de como é possível combinar excelência técnica com um atendimento centrado no paciente. A equipa da clínica é constantemente treinada, o que contribui para o desenvolvimento contínuo da qualidade no atendimento. A sua gestão segue uma filosofia que vai além da simples prestação de serviços de saúde: preocupando-se com a criação de um ambiente onde os pacientes se sintam acolhidos, ouvidos e, acima de tudo, respeitados. “A humanização do atendimento é essencial. Quando os pacientes se sentem cuidados de forma integral, a experiência deles é significativamente mais positiva”, explica.
Sandra Martins, Fundadora e Gestora
Com a recente conquista do Prémio Cinco Estrelas Regiões em 2024 e do Quality Award em 2025, a Policlínica consolidou ainda mais a sua posição como uma das referências de qualidade na região. Esses prémios são apenas o reconhecimento de uma excelente prestação de serviços e a prova do impacto positivo que a Policlínica tem na vida das pessoas. “Essas distinções são uma validação do trabalho árduo da nossa equipa. Elas motivam-nos a continuar a investir na qualidade e inovação, sempre mantendo o foco no cliente”, admite.
A chave para o sucesso
Como líder de uma equipa multidisciplinar, Sandra Martins reconhece que a gestão eficaz de diferentes profissionais é um dos maiores desafios de sua carreira. O sucesso de uma clínica depende da capacidade de alinhar todos os membros da equipa em torno de um propósito comum.
“O que nos distingue enquanto equipa é o compromisso com a nossa missão de cuidar das pessoas. Quando a nossa equipa acredita na nossa visão e se sente parte do processo, o sucesso torna-se um resultado natural”, destacando a importância de promover uma comunicação aberta e uma colaboração constante entre todos os membros da organização. A gestora reconhece também a importância da diversidade nas equipas e que a presença das mulheres, especialmente em cargos de liderança, é um fator fundamental para a inovação no setor da saúde. “As mulheres têm competências interpessoais muito fortes, como a empatia e a comunicação, que são vitais para a criação de um ambiente de cuidados de saúde centrado no paciente”, argumenta. Para si, a diversidade não é apenas um conceito de justiça social, mas uma estratégia eficaz para a inovação e a melhoria dos serviços prestados.
Igualdade de oportunidades
Sandra é uma fervorosa defensora da igualdade de oportunidades e acredita que a implementação de políticas de igualdade de género é fundamental para o desenvolvimento do setor. Defende a criação de programas de mentoria e a flexibilidade nos horários de trabalho como ferramentas essenciais para ajudar as mulheres a conciliar as exigências familiares com as profissionais. “Ser mãe e profissional é um equilíbrio difícil, mas é possível. As empresas


devem incentivar a flexibilidade para que as mulheres possam prosperar em ambas as áreas”, salienta.
Além disso, reforça a importância de ter modelos de referência femininos para inspirar as novas gerações. Quando as mulheres veem outras a ocupar cargos de liderança, isso quebra barreiras e estereótipos de género, incentivando mais mulheres a seguir os seus sonhos e a assumir o seu espaço no mercado de trabalho. “A educação é o ponto de partida para mudar a forma como vemos o papel da mulher na sociedade. É preciso começar a desconstruir preconceitos de género desde a infância”, defendendo que a mudança cultural é um processo que deve envolver toda a sociedade.
Um futuro no cuidado à saúde


Olhando para o futuro, está determinada a manter a Policlínica Villas de Palmela no caminho da inovação e excelência. Para isso, pretende expandir os serviços da clínica, integrar novas tecnologias e continuar a promover um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. “O nosso objetivo é acompanhar os nossos clientes ao longo de todas as fases da vida, oferecendo cuidados personalizados e especializados. A saúde é uma jornada contínua, e queremos estar ao lado dos nossos clientes em cada passo do caminho”, relata. Com a visão de consolidar a Policlínica como uma referência no setor, continua a trabalhar para manter a clínica no topo, sendo um exemplo de boas práticas no cuidado das pessoas. Para si, a saúde não é apenas um serviço, mas uma missão. “Quero que a Policlínica continue a ser um espaço de excelência, humanização e responsabilidade social. Um local onde as pessoas se sintam bem tratadas e que seja um modelo para outras organizações de saúde”, conclui.

geral@policlinicavp.pt
www.policlinicavillasdepalmela.pt
Equipa
TRANSFORMAR DESAFIOS EM SUCESSO EMPRESARIAL
A 4 ALL SOLUTIONS é, hoje, reconhecida como uma das melhores PME de Portugal e premiada pela sua excelência, refletindo o compromisso da sua Fundadora, Maria Campinas, em transformar desafios em oportunidades. Com uma liderança baseada na proximidade, transparência e motivação, a 4 ALL SOLUTIONS não só impulsiona o sucesso dos seus clientes, como também inspira uma nova geração de mulheres empreendedoras a conquistarem o seu espaço no mundo dos negócios.

A 4 ALL SOLUTIONS tem-se destacado na gestão de recursos humanos, oferecendo serviços personalizados que visam aumentar a produtividade e o rendimento dos clientes. Quais foram os principais desafios que enfrentou ao implementar esta abordagem personalizada e como os superou?
Criar uma empresa de raiz é sempre um desafio, mas fazê-lo aos 53 anos, após um período de desemprego e sem qualquer apoio ou base financeira, foi começar do zero – ou melhor, do negativo. Apenas a vontade de vencer e a recusa em voltar a estar numa situação semelhante ajudaram a superar todos os obstáculos. Desde o início, a minha visão sempre foi oferecer um serviço personalizado, que
realmente fizesse a diferença na vida dos nossos clientes e parceiros. O maior desafio foi, sem dúvida, conquistar a confiança do mercado e demonstrar o valor da nossa abordagem diferenciada. Superámos isso com um foco absoluto na qualidade dos serviços prestados, na construção de relações próximas e transparentes e, acima de tudo, na escuta ativa das necessidades dos nossos clientes. Com o tempo, fomos afinando as nossas estratégias, investindo na digitalização e formação contínua, garantindo que estamos sempre à frente no setor.
A empresa foi reconhecida como uma das TOP 5% das melhores PME de Portugal pelo terceiro ano consecutivo, e recebeu os prémios PME Líder 2023 e PME Excelência 2022 pelo IAPMEI. Que estratégias inovadoras a 4 ALL SOLUTIONS adotou para alcançar e manter este nível de excelência?
Os reconhecimentos que recebemos são fruto de um trabalho incansável da nossa equipa e da nossa aposta na inovação e personalização dos serviços. No entanto, um dos prémios mais marcantes foi o Prémio Gazela, um verdadeiro símbolo de que o impossível só existe na nossa cabeça. Este é um prémio difícil de atingir e representa a nossa resiliência, a capacidade de crescimento acelerado e sustentado e, acima de tudo, a dedicação de toda a equipa. Apenas uma pequena percentagem das empresas nacionais consegue atingir este patamar, tornando este prémio ainda mais especial para nós. Ele reflete a nossa força, determinação e compromisso em continuar a crescer e a criar oportunidades. Desde o início, percebemos que a gestão de recursos humanos não pode ser tratada como uma fórmula única para todos. Cada cliente tem necessidades específicas e, por isso, criámos soluções adaptadas à sua realidade. A nossa estratégia baseia-se em três pilares fundamentais: tecnologia, proximidade e eficiência. Implementámos ferramentas digitais que permitem uma gestão mais ágil e transparente, mantemos um contacto próximo com cada cliente e colaborador e, acima de tudo, garantimos que a nossa equipa está motivada e bem preparada. O ambiente de trabalho descontraído e colaborativo que promovemos internamente reflete-se na forma como entregamos valor aos nossos clientes.
Maria Campinas, Fundadora
Que características acredita serem essenciais para uma liderança eficaz no cenário empresarial atual? Como equilibra a tomada de decisões estratégicas de longo prazo com as exigências operacionais do dia a dia?
Uma liderança eficaz exige visão, empatia e capacidade de adaptação. O mundo empresarial está em constante evolução e, para se destacar, é essencial estar atento às mudanças do mercado, manter-se flexível e tomar decisões estratégicas com base em dados e experiências. O equilíbrio entre decisões de longo prazo e a operação diária é sempre um desafio, mas acredito que o segredo está em rodear-se de uma equipa competente e alinhada com a missão da empresa. Delegar responsabilidades e confiar na equipa é essencial para que eu possa focar-me nas decisões estratégicas sem descurar as necessidades diárias do negócio.
Rodeiem-se de pessoas que apoiam os vossos sonhos, procurem aprender continuamente e não tenham medo de errar
Como descreveria o seu estilo de liderança e como ele impacta a cultura da empresa? Que hábitos diários ou práticas de mindset foram fundamentais para o seu sucesso como líder?
O meu estilo de liderança é baseado na proximidade e na transparência. Acredito que um bom líder deve ser acessível e inspirador, não apenas um tomador de decisões. No nosso ambiente de trabalho, promovemos um espírito colaborativo e descontraído, onde todos se sentem valorizados e motivados. Acredito que um ambiente positivo gera melhores resultados e, por isso, faço questão de estar sempre disponível para ouvir e apoiar a minha equipa. No dia a dia, pratico a gratidão e a resiliência. Começo cada dia com um objetivo claro e foco-me nas soluções em vez dos problemas. Além disso, manter uma mentalidade de crescimento e estar sempre disposta a aprender foram fatores determinantes para o meu percurso.
Como vê a evolução da representatividade feminina no mercado empresarial? Como mulheres líderes podem apoiar e fortalecer umas às outras no mundo dos negócios?
A representatividade feminina tem vindo a crescer, mas ainda há um longo caminho a percorrer. As mulheres têm provado, repetidamente, que são líderes competentes, inovadoras e resilientes. No entanto, ainda enfrentamos desafios como desigualdade de oportunidades e a necessidade de equilibrar múltiplos papéis. Acredito que, como mulheres líderes, temos a responsabilidade de apoiar e elevar outras mulheres. Isto pode ser feito através do networking, da partilha de conhecimento e da criação de ambientes empresariais mais inclusivos. Sempre que posso, procuro ser mentora e incentivar mulheres a acreditarem no seu potencial e a lutarem pelos seus objetivos.

Como líder à frente de uma empresa de sucesso, que conselhos daria a outras mulheres que aspiram a posições de liderança no mundo empresarial?
O primeiro conselho que daria é: acreditem em vocês mesmas! O caminho do empreendedorismo é desafiante, mas é também extremamente gratificante. Rodeiem-se de pessoas que apoiam os vossos sonhos, procurem aprender continuamente e não tenham medo de errar. Os erros fazem parte do crescimento e, muitas vezes, são as melhores lições que podemos ter. Além disso, é essencial encontrar um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Ser líder não significa abdicar de quem somos, mas sim encontrar formas inteligentes de gerir o tempo e as prioridades. E, por fim, nunca esqueçam que sucesso não se mede apenas em números, mas também no impacto positivo que criamos na vida das pessoas à nossa volta.
Conclusão
A 4 ALL SOLUTIONS é mais do que uma empresa, é um exemplo de resiliência, inovação e compromisso. Continuaremos a crescer, a adaptar-nos às novas realidades e, sobretudo, a inspirar outras mulheres a acreditarem nos seus sonhos e a conquistarem o seu espaço no mundo dos negócios.
office@4allsolutions.pt www.4allsolutions.pt
LIDERANÇA E EMPREENDEDORISMO NA MEDICINA DENTÁRIA
Ao longo dos anos, a Clínica Médico-Dentária Dra. Ana Bragança tem vindo a consolidar-se pela sua dedicação à inovação e ao cuidado personalizado de cada paciente. A Gerente e Fundadora, Ana Bragança, tem sido o motor de todo esse sucesso, demonstrando uma competência técnica de excelência, uma visão clara de futuro e um forte compromisso com o atendimento humano.

A Clínica Médico-Dentária Dra. Ana Bragança tem registado uma evolução notável nos últimos anos. Embora a medicina dentária tenha sempre tido bons resultados, as outras especialidades foram progressivamente sendo deixadas de lado, dada a dificuldade em abranger todas as vertentes. Com 16 anos de experiência na medicina dentária, a especialização em harmonização orofacial trouxe a Ana Bragança uma renovação e permitiu-lhe focar-se exclusivamente nesta área. “Estamos a tornar-nos cada vez mais conhecidos na harmonização orofacial, fruto de muito trabalho e dedicação. Além disso, trouxe-me uma verdadeira lufada de ar fresco”.
A gerente revelou o empenho da clínica em criar um ambiente acolhedor para os pacientes, com a implementação de um espaço na receção, criando uma experiência diferenciada. “Quis criar um ambiente mais acolhedor na clínica, com um pequeno upgrade que nos diferencia”. Além disso, a clínica expandiu recentemente as suas instalações, com a abertura de uma nova sala, e pretende continuar a investir. “O próximo passo é expandir a área da harmonização orofacial”, visando destacar-se sempre das outras clínicas.
Liderança feminina
Para Ana Bragança, as mulheres trazem uma abordagem única no empreendedorismo, caracterizada pela objetividade
e sensibilidade diferenciada. “Acho que somos mais concisas, perspicazes e objetivas”. No que toca à liderança na área da saúde, a entrevistada sublinha que a verdade e a integridade são fundamentais, pois, o seu sucesso pessoal está intrinsecamente ligado a uma postura ética e transparente. “Acredito que, antes de mais, temos que ser verdadeiros. Na área da saúde, a verdade deve estar sempre em primeiro lugar. Ao contrário de muitas outras áreas, nós não podemos simplesmente vender serviços. O nosso trabalho é cuidar da saúde das pessoas”.
Para a líder, a diferença entre vender produtos e tratar pessoas é crucial num mundo onde a informação nem sempre é fiável, e essa postura ética é o que, no fim, torna a sua abordagem única.
Gestão de responsabilidades
Ana reconhece que o sucesso profissional exige renúncias pessoais. Apesar disso, para ter mais tempo com os filhos, organizou o seu horário, optando por tirar algumas sextas-feiras, o que melhorou a qualidade de vida familiar. Mesmo enfrentando a dificuldade de conciliar as várias funções, a empresária enfatiza que, com organização e esforço, é possível gerir as responsabilidades. “Eu tento fazer uma gestão rigorosa para conseguir dar conta de tudo. É difícil, mas não é impossível”.
O Dia Internacional da Mulher
Para incentivar mais mulheres a assumirem cargos de liderança, Ana Bragança defende a importância de reconhecer e trabalhar os próprios talentos naturais. “Temos de trabalhar e de nos esforçar. A diferença está em pegar nas oportunidades, lutar por elas e nunca desistir até alcançar o que queremos”.
Em reflexão sobre o papel feminino no mundo dos negócios e na liderança, conclui com uma mensagem inspiradora: “É fundamental acreditarmos em nós mesmas. Se tivermos um sonho, não podemos deixá-lo de lado. Devemos seguir em frente, contra tudo e contra todos”.

933 686 744 (chamada para rede móvel nacional) 222 443 983 (chamada para rede fixa nacional) draanabragancaribeiro@gmail.com
Ana Bragança, Gerente e Fundadora
GRÁFICA LOUSANENSE
140 ANOS DE INOVAÇÃO, RESILIÊNCIA E TRADIÇÃO
A Gráfica Lousanense comemora 140 anos, afirmando-se como referência no setor das Artes Gráficas em Portugal. Ana Torres, Diretora Comercial e Marketing, guiou-nos pela história da empresa, marcada pela inovação constante, superação de desafios e uma transição geracional exemplar, assim como as suas perspetivas para o futuro. GRÁFICA LOUSANENSE
A Gráfica Lousanense celebra este ano um marco histórico: 140 anos de existência. Fundada em 1885, sob o nome «Tipografia Lousanense», a empresa tem atravessado gerações, adaptando-se aos desafios de cada época e mantendo a sua relevância no mercado. “A nossa história tem momentos curiosos. A empresa foi fundada debaixo de um palácio monárquico para imprimir jornais a favor da República”, partilha Ana Torres.
Desde a sua origem, a gráfica destacou-se pela capacidade de inovar e pela visão progressista dos seus líderes. O trisavô de Ana Torres, um intelectual fora do sistema, teve um papel determinante na fundação da tipografia, utilizando-a como um meio para promover
ideias republicanas numa altura em que o país vivia sob o regime monárquico. Mais tarde, o bisavô ao trabalhar na Universidade de Coimbra, trouxe para a gráfica a produção de livros, transformando esta área na principal especialização da empresa. A evolução da gráfica não se limitou à adaptação tecnológica e ao crescimento empresarial. Também a liderança feminina é uma característica que marca a história da organização. “A minha bisavó, avó, a minha mãe e a minha irmã, Filipa Ribeiro Torres (atual gerente), assumiram papéis fundamentais na gestão do negócio”, destaca. Este legado de liderança feminina reflete-se na forma como a empresa encara os desafios do presente, com uma gestão inclusiva e orientada para o futuro.

Ana Torres, Diretora Comercial e Marketing
No próximo dia 1 de maio, a Gráfica Lousanense dará início às comemorações dos seus 140 anos com a apresentação oficial do seu rebranding. O ano será ainda marcada pelo lançamento de um livro que retrata a história da empresa, um testemunho essencial para preservar a memória e os valores que têm guiado o negócio ao longo dos anos, bem como momentos de partilha entre coloboradores.
Desafios e superação
Ana Torres descreve o percurso da Gráfica Lousanense como uma travessia marcada pela evolução tecnológica. “Começámos com a tipografia manual, onde as letras eram esculpidas em madeira, passando depois para a tipografia mecânica com o uso do chumbo, e mais tarde para o offset. Fomos sempre acompanhando todas as mudanças tecnológicas e hoje a impressão digital sem nunca saltar etapas”.
Não foram poucos os obstáculos enfrentados ao longo do caminho. Um dos momentos mais críticos aconteceu quando um grupo empresarial adquiriu sete dos principais clientes da gráfica e impôs uma redução drástica de preços. “Recusámos essa condição, pois significaria trabalhar sem rentabilidade. A reestruturação foi dolorosa, mas necessária. Graças à coragem da minha mãe e da minha irmã, conseguimos superar essa fase”, relembra.
A própria trajetória de Ana é um reflexo da busca pela excelência. Licenciada em Gestão de Marketing, trabalhou em agências de publicidade e multinacionais como a Bosch, em Madrid. “Sempre soube que, para ser uma boa gestora, precisava de experiência fora da empresa da família”, explica. Mas em 2011, um telefonema da irmã trouxe-a de volta. “Disse-me que precisavam de mim. Então soube que era o momento de voltar, essa foi uma decisão consciente dos desafios e muito acertada”.
A inovação foi outro pilar essencial na transformação da gráfica. Em 2014, a gestora viajou sozinha para Düsseldorf, onde visitou a maior Feira de Artes Gráficas do mundo. “A minha mãe incentivou-
-me a ir sozinha, para descobrir o futuro. Voltei com a convicção de que precisávamos de uma máquina de impressão digital, mesmo quando a ideia parecia absurda”. Atualmente, a impressão digital é uma peça-chave no portefólio da empresa, permitindo pequenas tiragens e personalização.
Estratégias para a longevidade
Para Ana Torres, o segredo do sucesso intergeracional está na forma como o testemunho é passado. “Eu acredito que o grande sucesso está muito ligado à capacidade de quem está a sair de passar o testemunho de forma tranquila, sem receios excessivos de que algo possa correr mal”, destaca. Este equilíbrio entre confiança e orientação tem permitido que a empresa se adapte às mudanças do mercado, especialmente num setor onde as transformações digitais são “profundas e constantes”.
A visão estratégica da Gráfica Lousanense vai além da adaptação tecnológica. Ana destacou a importância da ligação entre a Academia e a Indústria como um dos pilares do desenvolvimento sustentável da empresa. “Sempre acreditei na importância da ligação entre a Academia e a Indústria. Por isso, estamos a desenvolver projetos com o Instituto Politécnico de Tomar”, revela. Esta colaboração tem resultado em iniciativas que não só modernizam os processos de produção, mas também promovem a formação de novos talentos.
Outro projeto ambicioso que reflete a preservação da história do setor é a criação de um museu dedicado às Artes Gráficas. “Um dos nossos sonhos é restaurar máquinas antigas e criar um museu/pavilhão onde se possa reviver a história das Artes Gráficas, proporcionando uma experiência única interativa e de aprendizagem”, afirma a empresária. Este espaço promete ser um tributo à evolução das Artes Gráficas e uma plataforma educativa para as novas gerações.

Ana Torres, Ana Ribeiro e Filipa Torres
Novas iniciativas
Ana Torres revelou as novas iniciativas que pretendem transformar a identidade da empresa. Entre os projetos mais promissores está o lançamento de uma plataforma dedicada à edição de autor, um nicho de mercado com elevado potencial. “Algumas pequenas empresas já trabalham este segmento, mas atuam sobretudo como intermediárias entre autores e gráficas. O que estamos a criar é diferente: uma plataforma de impressão de livros de autor e uma linha própria de papelaria”, releva.
O primeiro passo desta iniciativa será dado a 1 de maio, com o lançamento oficial do projeto «Papel de Tinta». Este conceito, segundo a Diretora Comercial, nasceu da ideia de personalizar produtos e garantir que sejam 100% portugueses. “Um dos aspetos mais desafiantes deste projeto é o reaproveitamento de sobras da produção, transformando-as em blocos, cadernos e outros artigos sustentáveis. Em vez de deitarmos fora material que poderia ser reciclado, estamos a dar-lhe uma nova vida, criando produtos únicos”, explica.
Paralelamente, a gráfica tem vindo a consolidar a sua presença no segmento industrial, colaborando com empresas multinacionais e farmacêuticas na produção de manuais de instruções, catálogos, rótulos e outros materiais gráficos. A capacidade de organização interna e o cumprimento rigoroso dos prazos têm sido determinantes para o sucesso neste setor: “Nestas indústrias, um atraso na entrega pode comprometer a produção, e nós assumimos essa responsabilidade com seriedade”, acrescenta.
Com o objetivo de aperfeiçoar ainda mais os processos internos, a empresa está a implementar um sistema inovador de gestão e orçamentação de produção. “Este sistema permitirá acompanhar os processos em tempo real, otimizando a tomada de decisões e a produtividade”, destaca.
Futuro promissor
Com uma abordagem inovadora e um olhar atento às tendências tecnológicas, Ana Torres acredita que o setor está a atravessar uma transformação profunda, impulsionada pela personalização e pela eficiência produtiva. “A grande tendência para o futuro será a personalização e a capacidade de fazer com rentabilidade pequenas tiragens”. O objetivo é permitir produções pequenas a um custo acessível, sem comprometer a qualidade”. Assim, a evolução tecnológica desempenha aqui um papel crucial: “A tecnologia já permite imprimir um livro de forma quase instantânea, mas a qualidade ainda não é suficiente. Acredito que, com a evolução das máquinas, será possível oferecer um produto altamente personalizado e acessível”, prevê. Um exemplo desta visão é a plataforma de livros de autor da gráfica, que já adota este modelo de personalização.
O percurso até aqui foi desafiante, mas recompensador. “Lembro-me de quando disse à minha irmã que um dia faríamos dez livros por dia. Ela achou que era uma loucura, mas hoje essa é a nossa realidade”, recorda. Ana diz que é esse um dos fatores de sucesso, aliar a sua vontade de ir mais além, com o profissionalismo e conhecimento técnico da sua irmã Filipa Torres. Contudo, destaca ainda o espírito colaborativo da empresa: “Quanto mais trabalharmos em

conjunto com os nossos colegas do setor, melhor será para todos. Para mim, a concorrência não é um problema, mas uma oportunidade”. Acrescentando ainda que a colaboração será um dos pilares fundamentais para o setor: “Acredito que o futuro das Artes Gráficas está na colaboração, na inovação e na globalização”.
Apesar da aposta na inovação e na expansão global, sublinha que certos valores permanecem inalteráveis. “A nossa proximidade e o nosso compromisso com a qualidade nunca irão mudar. Este é o caminho que escolhemos, e seguimos com orgulho e determinação”.
Mensagem de inspiração
Ana Torres espera inspirar outros a superarem os seus desafios e construírem as suas próprias histórias de sucesso. “Acredito que a vida é feita de desafios, conquistas e aprendizagens, mas não desistam à primeira dificuldade. Mesmo quando as coisas parecem difíceis, não podemos desanimar”, sublinha.
A empresária destaca ainda a relevância de pedir apoio e aprender com os outros. “Eu, pessoalmente, nunca tenho vergonha de pedir ajuda, e com determinação e fé, a sorte também aparece”, reconhecendo que o apoio recebido ao longo da sua trajetória foi essencial para o seu crescimento.
Assim, a Gráfica Lousanense é um exemplo notável de como a tradição e a inovação podem coexistir de forma harmoniosa. Com uma forte liderança e uma visão clara do seu propósito, esta empresa familiar tem-se adaptado às mudanças do mercado, mantendo-se fiel aos seus valores e à qualidade que a caracteriza desde a sua fundação.

EXCELÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO
Com um portfólio diversificado e foco na excelência, a BDR | Bandeiras e Mastros tem-se destacado na produção de bandeiras e mastros, oferecendo soluções inovadoras para clientes de diferentes segmentos, como conta Bárbara Magalhães, Diretora Comercial.

A BDR celebra 18 anos este ano com uma forte identidade de marca humana e focada em relações. Como a sua liderança comercial tem contribuído para manter essa essência?
A liderança comercial da BDR tem sido fundamental para manter e reforçar a identidade de marca humana e focada em relações, num mercado cada vez mais competitivo, onde a inovação e a sustentabilidade são essenciais. A empresa tem conseguido destacar-se ao construir parcerias sólidas com os seus clientes e parceiros. Ao longo de 18 anos, a BDR tem investido em soluções criativas, muitas vezes, visíveis em eventos importantes, utilizando bandeiras e galhardetes para promover as suas iniciativas de maneira inovadora e sustentável.
A integração de suportes publicitários em locais estratégicos e o uso de mastros com bandeiras personalizadas durante essas ocasiões reforçam a conexão da marca com os seus valores e a sua essência. Essa abordagem tem permitido à empresa não apenas inovar, mas também manter-se fiel à sua missão de fortalecer os laços humanos no mundo corporativo.
A empresa destaca a importância de “dar movimento à marca” dos clientes. Qual foi o projeto mais desafiador em que a BDR conseguiu materializar esse propósito?
Um dos projetos mais desafiadores da BDR foi a implementação de uma campanha de branding num evento de grande porte, onde
a marca precisava destacar-se de maneira única e dinâmica. A BDR usou bandeiras e galhardetes para criar uma presença visual marcante, com mastros elevados que destacaram as mensagens da marca em áreas de alto movimento. Além disso, os suportes publicitários foram distribuídos estrategicamente para maximizar a visibilidade.
O maior desafio foi integrar todos esses elementos de forma fluída, criando um movimento visual contínuo que atraísse a atenção do público e, ao mesmo tempo, transmitisse a mensagem de forma clara e impactante. A principal lição aprendida foi a importância de alavancar parcerias estratégicas para garantir a execução perfeita e a entrega de soluções personalizadas que falem diretamente ao público-alvo.
A BDR orgulha-se de ser uma empresa 100% portuguesa e de apoiar diversas iniciativas sociais. De que forma a sua visão de liderança comercial integra estes valores, e como isso se reflete nas decisões estratégicas e no relacionamento com clientes e parceiros?
A visão de liderança comercial da BDR está profundamente alinhada com os seus valores de ser uma empresa 100% portuguesa e de apoiar iniciativas sociais, e isso reflete-se em todas as suas ações estratégicas. A empresa entende que a identidade de marca deve ir além do produto ou serviço, incorporando princípios que estejam ligados à responsabilidade social e à promoção de um impacto positivo na comunidade. Ao trabalhar com eventos, por exemplo, a BDR não promove apenas a marca dos seus clientes, mas também se compromete a utilizar materiais sustentáveis e a apoiar causas sociais, alinhando a sua imagem à de empresas que compartilham esses mesmos valores.
As decisões estratégicas da BDR consideram o fortalecimento das parcerias com fornecedores e parceiros locais, sempre priorizando aqueles que compartilham a mesma visão de sustentabilidade e responsabilidade social. Ao colaborar com entidades que promovem a inclusão e o bem-estar social, a BDR consegue transmitir essa essência tanto aos seus clientes quanto aos seus parceiros, criando relações de confiança e alinhamento de valores.
Quais são os principais desafios e oportunidades que a empresa enfrenta no mercado?
Os principais desafios que a BDR enfrenta estão relacionados à constante necessidade de inovação e adaptação às mudanças, além da crescente procura por soluções sustentáveis e personalizadas. Com o mercado cada vez mais competitivo, a empresa precisa destacar-se e oferecer experiências únicas aos seus clientes.
A liderança comercial da BDR tem-se concentrado em preparar a equipa para enfrentar esses desafios ao promover aprendizagens constantes sobre novas tecnologias, tendências de mercado e práticas sustentáveis. Além disso, incentiva o trabalho colaborativo, estimulando a criação de parcerias sólidas e duradouras com clientes e fornecedores, e fortalecendo a capacidade da equipa de identificar e aproveitar oportunidades no mercado.
Bárbara Magalhães, Diretora Comercial

O PODER DOS ESPAÇOS QUE CURAM
Lina Messias personifica a fusão entre terapias holísticas e o mundo dos negócios. Nesta entrevista, a CEO do Espaços que Curam revela como o Feng Shui e a Neuroarquitetura podem transformar tanto os ambientes como o caminho para uma liderança mais autêntica.

No mundo dos negócios, poucas histórias são tão inspiradoras quanto a de Lina Messias. Após vinte anos como gestora de negócios na indústria automóvel, enfrentou um burnout que a obrigou a questionar se estava realmente no caminho certo. “Durante 20 anos fui feliz, tinha um bom salário, mas houve momentos que me fizeram questionar o meu caminho”, revela.
O ponto de viragem surgiu com a ideia de criar um centro de terapias holísticas no Algarve, inicialmente pensado como um projeto de gestão de negócios. O sucesso foi imediato, mas o verdadeiro desafio surgiu com a perda do marido, Francisco, vítima de cancro. “Perdi aquela ‘muleta’ e fui obrigada a assumir a liderança do negócio, sem ter qualquer experiência de gestão”, admite.
Contudo, a adversidade tornou-se numa oportunidade de crescimento, ajudando-a a descobrir o seu potencial de liderança. Atualmente, a sua missão é ajudar pessoas, principalmente empresários, na superação de desafios, promovendo o equilíbrio e a harmonia dos espaços como ferramenta para encontrarem soluções criativas.
A energia feminina
Para Lina, um dos maiores desafios das mulheres no mundo empresarial é a tentativa de se equipararem aos homens em termos de energia e postura. “O problema é que as mulheres querem ser iguais aos homens e nunca vamos ser iguais. O que devemos querer é equidade e igualdade de oportunidades”. Além disso, alerta para o risco de se perder a essência feminina ao tentar adotar uma postura predominantemente racional e competitiva. “Se as mulheres começarem a ir para a energia masculina, perdemos tudo o que o feminino tem de bonito: a delicadeza, a harmonia e a intuição”.
Com base na sua experiência pessoal, desenvolveu uma liderança baseada na justiça e harmonia, valores que considera essenciais. “O sentido de justiça é muito importante quando lideramos equipas, mas não devemos perder a sensibilidade feminina”, destaca.
A influência do espaço
A sabedoria milenar do Feng Shui aliada ao estudo da Neuroarquitetura guia o trabalho de Lina na transformação de ambientes. “Os espaços que habitamos são as nossas raízes. Se eles não estiverem
saudáveis, é impossível que o nosso crescimento seja sustentável”, explica. Um erro comum que encontra é a falta de conexão entre as pessoas e os seus próprios espaços, sejam lares ou escritórios. “As casas devem ser o reflexo de quem somos. Se não nos sentimos bem em casa, não estaremos bem em lado nenhum”, revela. No contexto empresarial, a especialista defende a importância de ativar elementos para estimular diferentes capacidades. “Se for um ambiente mais cooperativo, devemos ativar a energia do metal, que potencia a disciplina, a clareza e a concentração. Em espaços criativos, precisamos de mais madeira, fogo e água”, exemplifica. Além disso, alerta para a influência negativa da desordem no bem-estar: “Ninguém é feliz no meio da tralha. Ela atrai energia estagnada e impede que a energia flua”.
Mensagem para as mulheres
Lina Messias reforça a necessidade de coragem e autoconhecimento às mulheres que aspiram a cargos de liderança ou que desejam empreender: “Nunca é tarde para sermos quem temos de ser, mas a resistência à mudança é o nosso maior inimigo. Existe muitos ‘empresários de garagem’ com ideias fantásticas, mas falta-lhes planeamento e capacidade de ação”. Por sua vez, um dos aspetos que mais a preocupa é o julgamento entre mulheres. “Há um estigma contra mulheres que querem ser CEO’s e as que querem ser donas de casa. A questão é que cada mulher deve ser o que quiser ser, sem pressão externa ou interna. Iluminar a vela do outro não apaga a minha”.
Com uma trajetória marcada pela coragem e pela busca de equilíbrio, Lina Messias é um exemplo de que é possível reinventar-se, transformar espaços e vidas, e construir um legado de inspiração para outras mulheres e a sua missão através da marca “Espaços que Curam” que nasceu em 2017, é mudar o Mundo, um espaço de cada vez.

info@espacosquecuram.com www.espacosquecuram.com
Lina Messias, CEO
DA VISÃO À EXCELÊNCIA: SAÚDE COM QUALIDADE E VALOR
Isabel Barros tem impulsionado um modelo inovador na prestação de cuidados de saúde na Clínica Privada de Guimarães, apostando na personalização, integração multidisciplinar e otimização da experiência do utente. Em entrevista, a Co-Fundadora e Diretora Executiva, explica os fatores diferenciadores que têm consolidado o crescimento da clínica, os princípios de liderança que considera essenciais e a sua visão para o futuro da saúde privada em Portugal.

A Clínica Privada de Guimarães tem vindo a consolidar-se como uma referência na prestação de cuidados de saúde. Quais considera serem os fatores diferenciadores que têm impulsionado este crescimento?
O posicionamento diferenciado da Clínica Privada de Guimarães fundamenta-se em três pilares estratégicos que respondem às tendências do mercado da saúde: personalização baseada em valor, integração multidisciplinar e otimização da experiência do utente.
Primeiramente, implementamos um modelo assistencial cujas intervenções seguem os princípios de value-based healthcare, onde o sucesso é medido não pelo volume de procedimentos, mas pelos resultados clínicos e pela perceção de valor do utente – metodologia cuja evidência científica tem demonstrado superior relação custo-efetividade e melhor desempenho a longo prazo.
O segundo diferencial reside na verdadeira integração multidisciplinar. Contrariamente à justaposição de especialidades comummente observada, desenvolvemos sinergias clínicas, maximizando a eficiência terapêutica e económica. Esta abordagem responde diretamente à crescente complexidade epidemiológica e expectativa dos pacientes em soluções integradas e holísticas.
Finalmente, priorizamos a experiência do utente como ativo estratégico, reconhecendo a sua correlação direta com resultados clínicos e fidelização. Investimos num atendimento personalizado, para garantir um acompanhamento de qualidade e priorizando o utente como o elemento central da atividade. A Clínica Privada de Guimarães tem consolidado um crescimento sustentável, com indicadores de desempenho que superam as médias setoriais em rentabi-
lidade e satisfação, demonstrando que excelência clínica e eficiência económica não são objetivos antagónicos, mas complementares.
Como fundadora e Diretora Executiva da Clínica Privada de Guimarães, quais são os princípios de liderança que considera essenciais para construir e gerir uma instituição de saúde de excelência?
Acredito que, para consolidar uma cultura de excelência em saúde, existem quatro princípios: gestão direcionada para a maximização do valor, com sustentabilidade (utentes, profissionais, colaboradores), dualidade estratégica (excelência clínica e eficiência de processos), gestão ambidestra (equilíbrio entre aperfeiçoamento e inovação) e liderança com participação ativa dos colaboradores, escutando e motivando a equipa, garantindo o equilíbrio entre hierarquia e cooperação. Com estes pressupostos reunidos é possível atingir uma elevada qualidade dos serviços, de forma harmoniosa, qualidade essa que é sentida pelo utente.
Qual a sua visão para o futuro da saúde privada em Portugal?
O setor privado em Portugal evoluirá para um modelo value-based healthcare, onde a remuneração estará vinculada a resultados clínicos mensuráveis, transcendendo o atual modelo transacional fragmentado. Esta transição responde à crescente sofisticação e exigência dos consumidores e pressões macroeconómicas sobre a despesa e financiamento em saúde, resultando no aumento dos out-of-pocket payments, que segundo a OCDE já representam 30,5% da despesa em saúde, em Portugal. A sustentabilidade do setor dependerá da capacidade de demonstrar valor percebido (impacto na redução da morbilidade) e custo-efetividade, sendo também importante a perceção do utente em relação ao setor que lhe traz maior retorno do seu investimento em saúde. Acresce a importância do setor privado, devido às dificuldades na acessibilidade ao setor público (SNS) e 3º setor e das suas respostas pouco equitativas, pelo que estou certa de que o setor de saúde privado vai continuar a crescer, em Portugal.
www.clinicaprivadadeguimaraes.com
Isabel Barros, Co-Fundadora e Diretora Executiva

O PODER DA LIDERANÇA FEMININA
NA PSICOLOGIA
Autêntica, resiliente e apaixonada pela saúde mental, Ana Alturas é uma referência no universo da Psicologia e Psicoterapia, destacando-se não só pela sua competência técnica, mas também pelo seu exemplo de liderança e visão empreendedora. Em entrevista à Revista Business Portugal, partilha a sua perspetiva sobre os desafios e as particularidades da liderança feminina no setor da Psicologia, bem como a importância da persistência e do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
Quando questionada sobre o que as mulheres trazem de específico para a área da psicologia e da saúde mental, Ana Alturas destaca o rigor e a determinação. “As mulheres tendem a ser mais persistentes na liderança, devido à dificuldade histórica de aceder a determinados cargos, o que as levou a tornarem-se mais rigorosas e perfecionistas”, explica. Além disso, acredita que a perceção social das mulheres como figuras maternais pode influenciar a relação com os pacientes. “Há uma procura maior por mulheres nas consultas. Isso pode ser uma vantagem no nosso meio”.
Ana reconhece que ser mulher e ocupar um cargo de liderança traz desafios específicos. O modo como as mulheres são vistas em comparação com os homens acaba por exigir um esforço maior para
alcançar o mesmo respeito e reconhecimento. “Os homens, quando chegam à liderança, não são questionados. Já as mulheres precisam de mais resiliência para ultrapassar estereótipos e preconceitos”, explica. Essa necessidade constante de provar competências pode ser desgastante. “A mulher, ao entrar nesse espaço, começa em desvantagem. Ela entra em esforço, e isso torna-a uma heroína, com uma imensa capacidade de resiliência. No entanto, acaba mais cansada, sendo também mais exigente consigo própria”.
Equilíbrio na gestão da equipa
A conciliação entre liderança, prática clínica e vida pessoal é um desafio constante, mas Ana Alturas vê nisso uma motivação. “Faço tudo isto por gosto. Estou na área certa, adoro trabalhar com pessoas e o que faço é desafiador, mas também é uma das profissões mais bonitas. Estamos sempre à procura de apoio e cura”.
Para ela, liderar uma equipa é como gerir um sistema social, no qual cada membro tem um papel fundamental. “A equipa é essencial, e não há hierarquias rígidas. Cada um tem uma contribuição única. Potenciar a equipa ao máximo é essencial para manter o equilíbrio”.
Liderança com autenticidade e persistência
Acerca dos desafios em altos cargos de liderança, Ana Alturas destaca a importância da autenticidade e do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Para ela, as mulheres que alcançam estes cargos já possuem uma capacidade nata para liderar e, por isso, o essencial é manterem-se fiéis a si próprias. “O verdadeiro desafio é integrar a liderança na vida pessoal sem grande esforço, estando mais em self”, afirma. Além disso, defende que ser líder não significa abdicar de outros papéis: “Tal como um homem não deixa de ser pai, uma mulher também pode conciliar a liderança com ser mãe, amiga e tudo o que quiser ser”.
Para Ana Alturas, a igualdade é um caminho que deve ser percorrido com rigor e persistência. “As mulheres são boas profissionais e têm demonstrado, ao longo do tempo, que são muito capazes. No entanto, ainda existem injustiças gritantes. Trabalhamos tanto quanto os homens, mas ainda há uma grande discrepância salarial”, destaca.
Apesar disso, acredita que a solução passa pelo mérito e não pelo extremismo: “Devemos continuar a batalhar pela igualdade através do rigor, do bom trabalho, atingindo patamares de excelência. O caminho é esse: continuar, sem desistir”.
A história de Ana Alturas é um exemplo de superação e liderança, um reflexo do poder transformador das mulheres na psicologia e nas diversas áreas em que atuam, constantemente desafiando os estereótipos e provando que o sucesso não tem género.

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Ana Alturas, Diretora Clínica
COLABORAÇÃO, DIVERSIDADE E INOVAÇÃO NA SUPPLY CHAIN
Ana Leandro, Diretora de Supply Chain, tem vindo a quebrar barreiras e a redefinir o papel da liderança no setor. Com uma abordagem focada na colaboração, transparência e empoderamento, aposta na valorização do talento e na criação de um ambiente onde a diversidade de pensamento impulsiona melhores decisões e resultados.
Sendo a Supply Chain uma área historicamente dominada por homens, que desafios encontrou ao longo do seu percurso e que estratégias utilizou para afirmar a sua liderança e promover um ambiente mais inclusivo e equitativo?
A Supply Chain tem sido um setor predominantemente masculino, talvez pelo perfil operacional da Logística. No entanto, a diversidade não é apenas uma questão de equidade – é um motor essencial para a inovação. Ao longo da minha carreira, apostei num conhecimento técnico sólido, na antecipação e numa liderança focada no desenvolvimento de equipas de alto desempenho. A minha prioridade é garantir que talento e mérito são os verdadeiros critérios de valorização. Ambientes diversos geram inovação, equipas motivadas e melhores resultados – e é esse impacto positivo que me move diariamente.
Que princípios orientam a sua forma de liderar e como acredita que a diversidade de género pode impactar as equipas e a performance da Supply Chain?
Liderar, para mim, significa criar um ambiente onde cada profissional tem espaço para crescer e contribuir. A confiança, a colaboração e a aprendizagem contínua são pilares fundamentais. A diversidade de género e de pensamento melhora a tomada de decisão e torna-nos mais ágeis na resolução de problemas. Equipas diversas desafiam o pensamento convencional, impulsionam a inovação e criam organizações mais fortes. O verdadeiro impacto da diversidade não está apenas nos números – está na cultura, na forma como questionamos, inovamos e nos desafiamos a ser melhores.


Acredita que as características tradicionalmente associadas à liderança feminina – como empatia, colaboração e escuta ativa – estão a transformar a forma como se lidera na Supply Chain? Como equilibra estas qualidades com a necessidade de tomar decisões rápidas e assertivas?
A liderança está a evoluir e competências como empatia e colaboração são essenciais para qualquer líder. Na Supply Chain, onde decisões rápidas são críticas, estas características fazem a diferença. Uma equipa que se sente ouvida e valorizada responde com mais compromisso e eficácia em momentos de pressão. A chave está no equilíbrio: criar um ambiente de confiança e proximidade, mas também ter a clareza e a determinação para tomar decisões estratégicas e assertivas. Ser empático não significa evitar decisões difíceis, mas sim garantir que elas são tomadas com visão e responsabilidade.
Como define o seu estilo de liderança e que práticas adota para fomentar uma cultura de alto desempenho e colaboração?
O meu estilo de liderança assenta na proximidade, transparência e empowerment. Equipas bem informadas e autónomas tomam melhores decisões e reagem com mais agilidade às exigências do setor. Promovo uma cultura de comunicação aberta, onde cada decisão é fundamentada na inteligência coletiva e na confiança mútua. A Supply Chain não se constrói isoladamente – incentivo a colaboração dentro e fora da organização. O meu compromisso como líder é potenciar o melhor de cada um e criar condições para que todos possam crescer. A inovação e a melhoria contínua não são projetos – são uma cultura. E é essa cultura que impulsiona a Supply Chain para o futuro.

Ana Leandro, Diretora de Supply Chain
O PAPEL TRANSFORMADOR DAS MULHERES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

No dia 13 de março de 2025, o Taguspark acolheu a conferência “Mulheres no Centro do Progresso: Desenvolvimento, Economia e Sustentabilidade”, reunindo algumas das figuras mais proeminentes e influentes da sociedade e da economia portuguesa. Este evento, organizado por um grupo de 16 mulheres lideradas por Linda Pereira, uma das Global 100 Leaders, teve como objetivo destacar a importância do papel feminino na construção de um futuro mais justo, inclusivo e sustentável.
A sessão de abertura contou com a presença de Linda Pereira, Ana Jacinto e Eduardo Correia, anfitriões da conferência. Durante a sua intervenção, Linda Pereira sublinhou a necessidade de uma transformação contínua nas políticas públicas, reforçando o papel fundamental das mulheres em todas as esferas da sociedade.
Mulheres como Agentes de Transformação Económica
Moderado por Alexandre Fonseca, este painel contou com a participação de Filipa Garcia, Ana Teresa Maia, Maria Vilar e Vanda de Jesus. As intervenientes partilharam experiências e perspetivas sobre o impacto feminino na economia, desafiando preconceitos e barreiras históricas. Evidenciaram que o talento não tem género e que as mulheres estão a redefinir os panoramas empresarial, científico e económico, atuando como líderes e agentes de mudança.
Educação e Capacitação: Fundamentos para a Igualdade
Sob a moderação de Pedro Matias, este painel teve as contribuições de Sílvia Machado, Susana Viseu, Carina Meireles e Marisa Pais.
As oradoras enfatizaram a importância de assegurar uma educação inclusiva para meninas e mulheres, estabelecendo uma base sólida para o alcance do seu pleno potencial. Destacaram que a igualdade de oportunidades no acesso ao conhecimento e à formação é crucial para quebrar ciclos de desigualdade e capacitar as futuras gerações.
Liderança para a Sustentabilidade: Um Caminho para o Futuro Moderado por António Saraiva, este painel contou com Isabel Moço, Alexandra de Almeida, Joana Garoupa e Maria Manuel Farinha. As intervenientes discutiram a importância das mulheres na abordagem de questões ambientais e na promoção de políticas empresariais responsáveis. Sublinharam que a liderança feminina é vital na construção de um futuro sustentável, implementando soluções inovadoras que priorizam o bem-estar coletivo e a preservação ambiental.
Políticas Públicas e Alianças Globais para a Igualdade
Com moderação de Filipe Pereira, este painel teve as participações de Carla Mouro, Maria Manuel Marques, Eliana Medeiros e Ana Alves. As discussões centraram-se na importância de políticas públicas que promovam a igualdade de género em áreas como trabalho, saúde, segurança e educação. Foi também abordada a necessidade de alianças globais para assegurar a proteção e promoção dos direitos das mulheres a nível internacional.
Sessão de Encerramento
Na sessão de encerramento, António Saraiva, Isabel Neves e Linda Pereira lançaram um apelo à ação para que 2025 seja o ano de transição das palavras para ações concretas. Destacaram que, embora as mulheres estejam preparadas para liderar a transformação social, económica e política de Portugal, é essencial implementar políticas públicas eficazes, ações empresariais e mudanças culturais para que essa transformação se concretize.

Linda Pereira

Daniel Machado Oliveira, Presidente da Direção do Colégio de Imuno-Alergologia da Ordem dos Médicos, Assistente Graduado de Imuno-Alergologia na Unidade Local de Saúde do Alto Minho
OS DESAFIOS ATUAIS E FUTUROS DA IMUNO-ALERGOLOGIA
Em entrevista exclusiva, Daniel Machado Oliveira, Presidente da Direção do Colégio de Imuno-Alergologia da Ordem dos Médicos e Assistente Graduado de Imuno-Alergologia na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, analisa os desafios crescentes da especialidade, o impacto das alterações climáticas na prevalência das alergias e o papel da inovação, desde a inteligência artificial até às terapias biológicas. A importância da medicina personalizada e a necessidade de maior acessibilidade à imunoterapia também estão em destaque, numa conversa que antecipa o futuro da abordagem às doenças alérgicas crónicas.

Dr. Daniel Machado Oliveira, Presidente da Direção do Colégio de Imuno-Alergologia da Ordem dos Médicos, Assistente Graduado de Imuno-Alergologia na Unidade Local de Saúde do Alto Minho
Quais são, na sua opinião, os principais desafios que a Imuno-Alergologia enfrenta atualmente?
A Imuno-Alergologia (IA) é uma especialidade médica integradora da patologia alérgica. O não reconhecimento da doença alérgica como um todo, ou seja, como doença sistémica e não de órgão, pode conduzir, erradamente, a uma setorização da doença por várias especialidades médicas. Esta abordagem abrangente e integrada da doença alérgica permite otimizar o uso dos recursos públicos, melhorando os resultados clínicos para o doente alérgico. O especialista em IA está capacitado para uma boa gestão dos recursos disponíveis para a saúde, no melhor interesse dos doentes. De realçar que, como noutras especialidades médicas, a di-
minuição de especialistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), associado a um aumento da prevalência da doença alérgica, condicionam dificuldades na adequada orientação do doente alérgico, com impactos significativos nos resultados em saúde.
Através de que sinais e sintomas se pode aperceber que se está na presença de uma patologia alérgica e que tipo de cuidados clínicos são habitualmente prestados aos doentes alérgicos?
A doença alérgica pode ter um atingimento sistémico, pelo que é possível encontrarmos sinais e sintomas em vários órgãos ou sistemas. Na doença alérgica respiratória são frequentes os espirros,
rinorreia, obstrução nasal, prurido e congestão ocular, presentes na rinite e conjuntivite, ou a dispneia, sibilância audível (“pieira” / “chiadeira”) e a falta de ar, presentes na asma. Na doença cutânea a urticária, o angioedema e eczema. Em várias doenças alérgicas, nomeadamente, a alergia alimentar, a veneno de himenópteros e medicamentosa pode existir uma combinação de qualquer um sinal ou sintoma acima referido ou outros que possam envolver todos os sistemas. Algumas situações são de extrema gravidade, podendo ser até ameaçadoras à vida, como a anafilaxia.
A IA tem o papel de excluir ou confirmar o diagnóstico através da história clínica, à qual se associam alguns meios auxiliares de diagnóstico. O tratamento pode passar por medidas de evicção até tratamentos que podem modificar o curso natural da patologia alérgica, tal como a imunoterapia específica (vulgo “vacinas anti-alérgicas”).
Mais recentemente, têm surgido novas terapias, como os biológicos, com indicação para formas graves de patologias abordadas pela especialidade, como a asma, rinossinusite com polipose nasal, urticária, dermatite atópica, entre outras.

A IA é uma especialidade médica por excelência, cuja pedra basilar é a história clínica, a informação que o doente nos dá. Não temos muitos meios auxiliares de diagnóstico que nos indiquem um diagnóstico preciso
De que forma as alterações climáticas e o aumento da poluição estão a influenciar a incidência e gravidade das doenças alérgicas e imunológicas?
As alterações climáticas estão a interferir na síntese de várias proteínas estruturais das plantas, de forma a que estas possam estar mais preparadas a resistirem a condições adversas e até a novas pragas. Estas alterações estruturais podem conduzir ao aparecimento de novos alergénios respiratórios ou mesmo alimentares. Por outro lado, as alterações climáticas vieram alterar o padrão de polinização de muitas plantas, pois antigamente havia épocas polínicas mais definidas do que hoje em dia. Por último, as partículas de poluição, podem agregar vários alergénios, como pólens, e torná-los mais alergénicos. A poluição indoor também é muito relevante, nomeadamente compostos orgânicos voláteis, agentes químicos irritativos que podem influenciar o aparecimento e gravidade da doença alérgica.
De que maneira a inteligência artificial e o uso de big data podem contribuir para um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais personalizado em Imuno-Alergologia?
A IA é uma especialidade médica por excelência, cuja pedra basilar é a história clínica, a informação que o doente nos dá. Não temos muitos meios auxiliares de diagnóstico que nos indiquem um diagnóstico preciso. Muitos dos nossos diagnósticos são baseados em testes in vivo, como provas de provocação diagnósticas (com o agente suspeito), e aí a inteligência artificial pode ficar um pouco aquém na avaliação real do risco versus benefício das atitudes que possamos ter com os nossos doentes.
Quais são as inovações mais promissoras na imunoterapia e que desafios ainda precisam de ser superados para a sua implementação generalizada?
A estandardização dos extratos alergénicos é o maior desafio. É importante o médico Imuno-Alergologista saber com precisão quais os alergénios e a sua concentração presentes na imunoterapia com aeroalergénios e na imunoterapia com veneno de himenópteros.
O outro desafio é o regresso da comparticipação universal da imunoterapia. A comparticipação universal a 50% em Portugal datava de 19/03/1981, mas foi revogada em 09/08/2011. Ao contrário de outros países da União Europeia, ao não haver uma comparticipação generalizada, está-se a limitar o acesso desta terapêutica potencialmente modificadora da doença alérgica.
É importante, ainda, ser implementado o fornecimento gratuito da imunoterapia com veneno de himenópteros em todos os
Hospitais do SNS, situação que ainda não ocorre para todos os doentes com anafilaxia (alergia grave) ao veneno de himenópteros.
Como é que a medicina personalizada pode transformar a abordagem às doenças alérgicas crónicas, como a asma e a dermatite atópica?
Não existe um tipo de asma, mas vários tipos de asma, tal como na dermatite atópica. Temos vários endótipos destas doenças que têm de ser identificados corretamente, de forma a oferecer um tratamento mais personalizado e adequado a cada subtipo de doença, sempre com uma correta avaliação do custo-benefício.
As terapias biológicas estão a revolucionar o tratamento das doenças alérgicas mais graves. Acredita que, no futuro, substituirão completamente os tratamentos convencionais?
Não. As terapêuticas biológicas serão sempre um acrescentar no tratamento de formas mais graves. Tal como numa casa não podemos iniciar a construção pelo telhado, na doença alérgica temos de iniciar o tratamento anti-inflamatório na sua base, que serão sempre os inaladores (tal como na asma e rinite), os emolientes e anti-inflamatórios tópicos (tal como na dermatite). Por outro lado, a sua introdução generalizada no tratamento da doença alérgica grave não controlada é recente, pelo que temos de ser cuidadosos com eventuais efeitos laterais que possam ocorrer a longo prazo. De realçar que estas terapêuticas podem condicionar um impacto significativo nos sistemas de saúde,

público e privado, pelo que a IA tem um papel fundamental na gestão destes doentes e destas terapêuticas.
Com o aumento da prevalência das doenças alérgicas, considera que a formação médica está a adaptar-se para preparar melhor os especialistas do futuro? Qual o papel da Telemedicina no acompanhamento e gestão de doentes com patologias alérgicas crónicas?
Sim, tem ocorrido uma modificação do plano de formação do Internato, de forma a que os internos tenham uma formação o mais abrangente possível. De igual modo, há uma dotação de conhecimentos que permite a sua integração em serviços de maiores ou menores dimensões ao longo do país, possibilitando que a IA tenha chegado a Hospitais longe dos grandes centros urbanos.
A Telemedicina será sempre um complemento ao acompanhamento destes doentes, que deve ser preferencialmente presencial.
Em vésperas do Dia Mundial da Saúde e em plena primavera, altura do ano em que se assiste a uma maior prevalência das doenças alérgicas, que conselho final gostaria de deixar aos nossos leitores?
A doença alérgica é uma doença crónica que pode envolver vários sistemas/órgãos, mas é possível atingir o controlo total dos sintomas e existem terapêuticas, como a Imunoterapia específica, passíveis de modificar o curso natural da doença, especialmente se instituídos em idade pediátrica.
Dia Mundial da Saúde
O Dia Mundial da Saúde é celebrado anualmente a 7 de abril.
A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948, aquando da organização da primeira assembleia da OMS. Desde 1950 que o Dia Mundial da Saúde se assinala a 7 de abril.
O Dia Mundial da Saúde é uma oportunidade única de alertar a sociedade civil para temas-chave na área da saúde que afetam a humanidade, além de desenvolver atividades com vista à promoção do bem-estar das populações, tal como a promoção de hábitos de vida saudáveis.
Nas escolas portuguesas realizam-se várias atividades escolares para incutir aos alunos a importância da manutenção de um estilo de vida saudável.
Os programas apresentados no Dia Mundial da Saúde prolongam-se ao longo do ano.






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SERÁ QUE TENHO UMA ALERGIA?
Os sintomas respiratórios são os mais dominantes, afetando até 30% da população geral. Segundo a Organização Mundial da Saúde, centenas de milhões de pessoas no mundo têm rinite e estima-se que cerca de 300 milhões tenham asma.

Dr.ª Isabel Rezende (OM54096), Imunoalergologista no Trofa Saúde Gaia e Maia
nomeadamente a conjuntivite (prurido ocular e lacrimejo); cutâneas, como o eczema, a urticária e o angioedema; e a alergia a alimentos, a fármacos e a insetos.
A alergia afeta a qualidade de vida?
Doentes com alergia apresentam sintomas quando expostos ao alergénio agressor. No entanto, muitos desconhecem quais os alergénios implicados na sua doença. Viver com sintomas tem um efeito prejudicial na qualidade de vida, limitando na maioria das vezes a qualidade do sono, do trabalho/escola, e das atividades sociais.
Como se diagnostica?
A prevalência da doença alérgica e da asma é mais elevada nos países desenvolvidos. Estima-se que a prevalência da asma terá tido um aumento de duas a três vezes na última parte do século XX, provavelmente em consequência de fatores ambientais, que aumentam o risco em indivíduos geneticamente suscetíveis. Os sintomas respiratórios são os mais dominantes, afetando até 30% da população geral. Segundo a Organização Mundial da Saúde, centenas de milhões de pessoas no mundo têm rinite e estima-se que 300 milhões tenham asma. O diagnóstico de alergia alimentar e a fármacos tem vindo também a aumentar, espelho de uma maior consciência em relação à doença e da evolução de exames de diagnóstico na área da Imunoalergologia.
Quais são os sintomas de alergia?
Os indícios da doença alérgica incluem: manifestações respiratórias, tais como rinite (espirros, pingo, prurido e obstrução nasal) e asma (falta de ar, tosse e pieira); oculares,
Os testes cutâneos são a ferramenta mais prontamente disponível para diagnosticar a alergia. São simples, rápidos de executar, de baixo custo e altamente sensíveis, o que explica a sua posição fundamental no diagnóstico. Apesar de ajudarem o Imunoalergologista a confirmar ou refutar a alergia, pode haver necessidade de completar o estudo com realização de análises sanguíneas (doseamentos de IgE´s específicas) e de provas de provocação com alimentos ou medicamentos, dependendo do caso. A realização de um
estudo completo e orientado tem implicações prognósticas e terapêuticas importantes e permite orientar o tratamento e o prognóstico direcionado a cada doente alérgico.
Como se trata?
O doente alérgico deve ser ensinado a evitar o contacto com o alergénio implicado. Um doente com rinite alérgica a ácaros, por exemplo, deve conhecer medidas que permitam minimizar o contacto com os mesmos.
Um grupo significativo de doentes alérgicos terá necessidade de realizar tratamento com fármacos, como anti-histamínicos e corticoides, que visam evitar o surgimento de sintomas. As vacinas antialérgicas são, atualmente, o único tratamento que permite modificar a evolução da doença alérgica, diminuindo sintomas e o número de fármacos necessários para estabilizar a doença, bem como reduzem o risco de desenvolvimento de asma em doentes com rinite alérgica. Trata-se de um tratamento que se dirige especificamente ao alergénio implicado, e apresenta grande eficácia. A escolha do tratamento deve ser personalizada, atendendo ao perfil alérgico de cada doente, e sob orientação de um Imunoalergologista.


O PAPEL ESTRATÉGICO DA FCS NO ENSINO SUPERIOR DE SAÚDE
A Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior (UBI) tem sido um motor de transformação no panorama académico e científico do interior do país. Aliando ensino de excelência, investigação de vanguarda e uma forte ligação à comunidade, a FCS contribui para a formação de profissionais altamente qualificados e para o avanço da ciência médica e biomédica. Em entrevista, o Professor Miguel Castelo-Branco, Presidente da FCS, destaca o impacto da instituição na dinamização da região, o papel da inovação e do empreendedorismo na área da saúde e os desafios que se colocam ao futuro dos cuidados médicos, numa era de transformação digital e inteligência artificial.
Como caracteriza o papel da Universidade da Beira Interior e da Faculdade de Ciências da Saúde na dinamização e desenvolvimento da região?
A Universidade da Beira Interior (UBI) desempenha um papel essencial no desenvolvimento socioeconómico da região, proporcionando um ensino superior de qualidade e fomentando a inovação científica e tecnológica. A Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) contribui significativamente para esta missão, através da formação de profissionais de excelência nas áreas da Medicina, Ciências Biomédicas, Farmácia, Optometria e Ciências da Visão. Além disso, a FCS estabelece parcerias com outras instituições de saúde de áreas afins e de outras áreas, promovendo a investigação e a prestação de cuidados de saúde mais avançados, impulsionando assim a qualidade de vida da população. Tem, ainda, múltiplos projetos com as autarquias locais. No âmbito do empreendedorismo, o UBIMedical desempenha um papel crucial como elo de ligação entre a investigação em saúde e as necessidades da sociedade, operando com dois pilares fundamentais: a incubação de base tecnológica e a componente laboratorial. Ao oferecer serviços de scouting, pré-incubação e aceleração a projetos empreendedores, tem impulsionado o surgimento e crescimento de 41 startups, muitas delas oriundas da investigação ubiana. Essas empresas não só fortalecem um cluster biomédico e biotecnológico na região, mas também atraem outras de fora, além de participarem ativamente em projetos de I&D. Com uma variedade de laboratórios especializados, contribui para a prestação de serviços altamente especializados, realização de projetos em consórcio, fixando pessoas e apoiando as empresas incubadas.
Fale-nos um pouco sobre o Centro de Investigação em Ciências da Saúde e das linhas de investigação que gostaria de destacar.
O Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS-UBI) é um dos pilares na produção de conhecimento e inovação na área da saúde da Universidade da Beira Interior, sendo agora parte integrante do RISE-Health - Rede de Investigação em Saúde. Esta rede reúne e consolida vários centros de investigação de universidades,

promovendo uma abordagem multidisciplinar e colaborativa para responder aos desafios da ciência e da saúde.
Neste âmbito, destacam-se várias linhas de investigação com impacto direto na sociedade, como as neurociências, a farmacologia, a biotecnologia aplicada à saúde, as doenças crónicas e infeciosas, e a inteligência artificial na medicina. A fusão destes centros dentro do RISE não só amplia o alcance das investigações, como também fortalece as parcerias com unidades hospitalares e empresas da área da saúde, impulsionando a inovação e a aplicação prática dos avanços científicos.
A transformação digital dos cuidados de saúde e a IA estão na ordem do dia. Que importância têm, por um lado, os sistemas digitais de saúde na gestão da informação e no apoio à decisão clínica, e, por outro, o desenvolvimento de competências da IA em saúde?
A digitalização dos cuidados de saúde tem um enorme potencial, apesar de estar a ser implementada de forma lenta. Esta evolução
Prof. Doutor Miguel Castelo-Branco, Presidente da FCS
permitirá uma utilização mais ampla e eficaz dos dados, tornando os processos mais eficientes e contribuindo para uma maior precisão no diagnóstico e tratamento. Sistemas como os Registos de Saúde Eletrónicos (RSE) permitem uma maior integração e partilha segura da informação clínica, beneficiando profissionais e utentes.
A inteligência artificial (IA) tem um papel crescente na saúde, desde algoritmos preditivos para diagnóstico precoce até à automação de processos administrativos, otimizando os recursos humanos e materiais. O desenvolvimento de competências em IA aplicada à saúde é essencial para formar profissionais preparados para este novo paradigma tecnológico.

Quais são, do seu ponto de vista, as melhores metodologias de ensino e as formas mais úteis de transferir conhecimento e competências para as pessoas, tendo em conta a qualidade dos serviços, passando pela área da investigação e da simulação médica, até às parcerias estratégicas?
A Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da UBI destaca-se pela sua metodologia inovadora de ensino, que alia rigor científico a abordagens pedagógicas ativas e diferenciadas. A aprendizagem baseada em problemas (PBL – Problem-Based Learning), a aprendizagem baseada em casos (CBL - Case Based Learning) e o ensino usando simulação médica, através do Laboratório de Competências (LAC) são exemplos destas metodologias, permitindo que os estudantes desenvolvam competências clínicas, técnicas e de tomada de decisão num ambiente controlado antes de interagirem diretamente com os pacientes. Tem também um papel crescente no desenvolvimento profissional pós-graduado incluindo em áreas de especialização, quer na área médica, quer na cirúrgica (CUBI) incluindo o treino avançado com recurso a novas tecnologias como a cirurgia robótica.
A investigação aplicada tem igualmente um papel central na formação dos alunos, incentivando-os a questionar, inovar e contribuir para o avanço da ciência e da prática clínica. Estas metodologias são, também, orientadas para uma medicina personalizada e centrada no utente, preparando profissionais de saúde não apenas para atuar com excelência técnica, mas também com empatia e uma visão focada no paciente. Aliás uma das preocupações centrais prende-se com o humanismo e o papel das relações humanas e da comunicação na sociedade. Além disso, a FCS promove parcerias estratégicas com hospitais, centros de investigação e empresas da área da saúde,
garantindo que o conhecimento gerado na academia se traduza em avanços concretos na prestação de cuidados de saúde. A integração de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e a análise de dados em saúde, a robótica, reforça ainda mais a capacidade dos futuros profissionais para lidar com um setor em constante transformação, permitindo-lhes oferecer diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes e individualizados.
No próximo dia 7 de abril assinala-se o Dia Mundial da Saúde, data que tem como objetivo alertar a sociedade civil para temas-chave na área da saúde que afetam a humanidade. Quais as áreas da saúde e as patologias mais preocupantes e dominantes que considera mais relevantes?
A saúde global enfrenta desafios significativos, começando pelo envelhecimento que importa que seja o mais saudável possível. No capítulo das doenças, as cardiovasculares, respiratórias, metabólicas, o cancro, as doenças neurodegenerativas e as infeções emergentes são algumas das principais preocupações. O envelhecimento da população e o aumento das doenças crónicas exigem respostas eficazes, tanto ao nível da prevenção como do tratamento. A saúde mental também merece especial atenção.
Perante estes desafios, a prevenção e a promoção da saúde assumem um papel crucial na redução de doenças e na melhoria da qualidade de vida da população. A adoção de estilos de vida saudáveis, incluindo uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercício físico, a cessação tabágica e o termalismo são algumas medidas fundamentais para prevenir doenças como a diabetes, a hipertensão e a obesidade. Paralelamente, o investimento em campanhas de sensibilização e rastreios precoces é essencial para o diagnóstico atempado e a intervenção eficaz nas diversas patologias. Em todos estes tópicos o Centro Académico Clínico das Beiras (CACB) e a Faculdade têm tido um papel importante e em crescimento.
Além disso, é fundamental garantir um acesso equitativo aos cuidados de saúde e promover políticas públicas que incentivem um modelo de medicina preventiva, reduzindo não só os impactos das doenças na vida das pessoas, mas também os custos associados ao seu tratamento. A promoção da literacia em saúde ao capacitar a sociedade para tomar decisões informadas sobre a sua própria saúde é determinante para enfrentar os desafios do futuro e construir um sistema de saúde mais eficiente. No capítulo da equidade a Faculdade de Ciências da Saúde e o Ecossistema no qual se integra tem tido um papel de grande relevo contribuindo para a coesão territorial nacional e para a valorização da região do interior.

fcsaude@fcsaude.ubi.pt • www.fcsaude.ubi.pt
DA INVESTIGAÇÃO À INOVAÇÃO NO TRATAMENTO DAS CEFALEIAS
Em 28 anos de história, a SPC cresceu e modernizou-se, mas nunca esqueceu o seu verdadeiro propósito – adquirir, divulgar e promover o conhecimento científico relacionado com as cefaleias, a ponto de contribuir verdadeiramente para a melhoria dos cuidados de saúde prestados às pessoas que delas padecem. O passado e o presente têm sido muito generosos com a SPC, fruto do muito trabalho e empenho que os sócios têm nela impresso. Não há qualquer motivo para pensar que o futuro não o possa ser também.

Assumiu a presidência da SPC em 2024. Neste mandato trienal, que se prolonga até 2027, quais são as prioridades da sua equipa diretiva?
Na SPC, estamos comprometidos com a investigação científica, com a promoção da inovação terapêutica e com a manutenção de um espírito de grupo sólido e colaborativo, que vise gerar, a todos os níveis, uma prática clínica pautada pelos mais altos padrões de qualidade e reprodutível nas várias instituições prestadoras de cuidados de saúde, tanto no território nacional, como além-fronteiras.
O nosso foco é fomentar a investigação e, numa lógica verdadeiramente translacional, permitir que o conhecimento possa fluir eficientemente da bancada do laboratório para a prática clínica diária, procurando inovar e trazer soluções efetivas para a vida das pessoas que sofrem com queixas de cefaleias, pugnando para que todas possam ter acesso à melhor intervenção terapêutica
possível, no momento certo, à luz da evidência científica mais recente e atualizada.
Este propósito só pode ser alcançado promovendo-se e valorizando-se profundamente o espírito de grupo. Incentivamos a troca de experiências entre profissionais de saúde, investigadores e pessoas com queixas de cefaleia, criando uma rede de apoio que fortalece e enriquece a nossa comunidade. É deste modo que pretendemos alavancar a proposta de soluções para os constantes desafios que as cefaleias colocam à sociedade civil e às diferentes instituições implicadas na sua abordagem.
O que são cefaleias, que tipo de cefaleias há e quais são as principais?
“Cefaleia” é o termo técnico que designa, genericamente, uma dor de cabeça. A Classificação Internacional de Cefaleias, o documento seminal onde constam os critérios de diagnóstico que usamos na prática clínica (e que se encontra traduzido para português europeu pela SPC), considera a existência de mais de 200 tipos diferentes de cefaleias, que se organizam em três grandes capítulos: 1) cefaleias primárias (cefaleias que são, elas próprias, a entidade clínica); 2) cefaleias secundárias (cefaleias que são sintoma de uma outra doença); e 3) neuropatias cranianas dolorosas e outras dores faciais, que são situações clínicas com particularidades semiológicas e de diagnóstico menos frequente. De entre as cefaleias primárias, a enxaqueca é seguramente a que mais se destaca, por ser a mais conhecida. Mas são também cefaleias primárias as tipo tensão (até muito mais frequentes, na nossa população) e as trigémino-autonómicas, apenas para citar os exemplos mais paradigmáticos das entidades contidas neste grupo. As cefaleias secundárias podem surgir em relação com traumatismos cranianos ou cervicais, doenças vasculares cerebrais ou cervicais, consumo ou privação de determinadas substâncias (como a cafeína, por exemplo), infeções, doenças sistémicas ou envolvendo partes do crânio, pescoço, olhos, ouvidos, nariz, seios perinasais, dentes, boca ou qualquer outra estrutura facial ou cervical, assim como no contexto de patologia psiquiátrica. Já a
Dr. Filipe Palavra, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias (SPC)

mais conhecida das neuropatias cranianas dolorosas é a nevralgia do trigémeo, o nervo responsável pela inervação sensitiva da face.
A enxaqueca é talvez a mais conhecida das cefaleias. É uma doença neurológica debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No âmbito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala no próximo dia 7 – data que tem como objetivo alertar a sociedade civil para temas-chave na área da saúde que afetam a humanidade –, descreva-nos, resumidamente, os seus sintomas, o que se poderá fazer ao nível da prevenção e que terapêuticas mais eficazes existem atualmente.
A enxaqueca é uma cefaleia primária, como vimos. Caracteriza-se pela ocorrência de crises de dor de cabeça intensa, pulsátil, que afeta preferencialmente metade do crânio (por isso se diz hemicraniana) e que se acompanha de náuseas, vómitos, fotofobia (incómodo causado pela luz), fonofobia (desconforto causado pelo som), podendo ainda ser agravada pela atividade física de rotina. As crises duram entre 4 e 72 horas e podem ser precedidas por sintomas transitórios visuais, sensitivos ou de outra natureza, que designamos por auras.
Estas crises de dor podem (e devem) ser tratadas com recurso a medicamentos analgésicos, podendo ainda usar-se fármacos especificamente desenhados para aliviar crises de enxaqueca, como os triptanos, introduzidos no nosso mercado na década de 90 do século passado. Se as crises forem muito frequentes ou intensas, pode considerar-se a utilização de medicação preventiva. Existem várias opções a este nível, mas realça-se a disponibilidade recente de tratamentos inovadores nesta área, como anticorpos monoclonais anti-CGRP (peptídeo relacionado com o gene da calcitonina) ou anti-recetor do CGRP, de administração injetável, assim como de pequenas moléculas chamadas gepants, passíveis de ser usadas por via oral e que atuam no mesmo sistema biológico. Continua a haver investigação nesta área e é expectável a chegada de novos fármacos ao nosso mercado, nos próximos anos, que estão atualmente em estudo, no âmbito de ensaios clínicos
Na SPC, estamos comprometidos com a investigação científica, com a promoção da inovação terapêutica e com a manutenção de um espírito de grupo sólido e colaborativo
multicêntricos. Esta é uma área de investigação terapêutica dinâmica, que tem permitido a disponibilização de novas ferramentas farmacológicas e que continua a mobilizar um grande esforço por parte das equipas de investigação, por haver ainda múltiplas necessidades clinicamente não satisfeitas.
Alguns dos valores da SPC passam pela constante e rigorosa procura da verdade científica, mas também pela solidariedade com as pessoas que vivem com cefaleias. O que se pode esperar nos próximos anos, em Portugal e no mundo, ao nível da investigação científica e da inovação terapêutica?
A disponibilização dos novos fármacos às pessoas que sofrem com enxaqueca tem sido um desafio grande, pois existem várias barreiras à sua utilização efetiva, na prática, em muito relacionadas com dificuldades de acesso (tanto aos cuidados de saúde, como aos próprios medicamentos). Por isso, a investigação terá também que passar pela criação de mecanismos efetivos de otimização da acessibilidade às estratégias terapêuticas, pois de pouco vale a disponibilização de novos métodos de tratamento se as pessoas com enxaqueca a eles não puderem aceder.
Ao longo dos últimos anos, têm sido identificados mais alguns alvos terapêuticos que estão a motivar uma profícua investigação científica que, a seu tempo, há-de continuar a alimentar o grupo de estratégias de tratamento disponíveis para esta condição clínica. Creio que ainda estamos longe de uma cura definitiva, mas será possível já ter um controlo bastante assertivo da enxaqueca e das suas manifestações clínicas.

www.cefaleias-spc.com
Direção da SPC (da esquerda para a direita): Carolina Lemos, Henrique Delgado, Filipe Palavra e Catarina Fernandes


O OLHO SECO E O SEU TRATAMENTO

Dr. Paulo Guerra, Médico Oftalmologista no Hospital da Luz Lisboa e no Instituto de Microcirurgia Ocular (IMO)
O que é o olho seco?
O olho seco é uma doença multifactorial da superfície ocular caracterizada por uma alteração da quantidade e/ou qualidade da lágrima e acompanhado por sintomas oculares como por exemplo sensação de ardor, secura, areia e/ou corpo estranho, fotofobia que geralmente vão agravando ao longo do dia.
A forma mais frequente de olho seco é o evaporativo, responsável por cerca de 60% de todos os casos e está relacionado com a evaporação mais rápida da lágrima apesar da sua produção estar normal. Resulta de uma alteração da camada lipídica (gordura) existente na superfície da lágrima e está muitas vezes associado a uma disfunção das glândulas de Meibomio (DGM), produtoras de gordura e localizadas na margem da pálpebra. A outra forma da doença é o olho seco por insuficiência lacrimal, menos frequente e resulta de uma diminuição da produção aquosa da lágrima no contexto de várias doenças que podem afetar as glândulas lacrimais e a córnea/conjuntiva.
Clinicamente o olho seco tem um espectro de gravidade muito alargado que pode ir desde a presença de lesões epiteliais mínimas na superfície do olho (córnea e conjuntiva) até a casos mais graves com lesões extensas, inflamação marcada e que em casos poucos frequentes pode cursar com úlceras de córnea associadas a perda de visão e dor intensa.

Que tratamentos estão atualmente disponíveis?
Tipicamente e numa fase inicial a doença do olho seco (DOS) é tratada com substitutos da lágrima, seja na forma de colírio, géis ou pomadas. A maioria destes lubrificantes são à base de água e contém polímeros viscosos como por exemplo: hialuronato de sódio, metilcelulose ou polividona. Estes permitem a substituição da camada muco-aquosa da lágrima. A utilização de um lubrificante, sem conservantes, à base de hialuronato de sódio e de uma forma intensiva (cerca de 6xdia) é muito comum e eficaz para formas ligeiras de olho seco.
Estes lubrificantes muitas vezes contêm outras moléculas na sua constituição, destinadas a promover um efeito anti-inflamatório, proteção celular osmótica ou cicatrizante da superfície ocular, optimizando ainda mais o seu efeito coletivo. Dentro desta gama de produtos temos por exemplo o Hylo Care® ou o Hylo Dual Intense®.
No olho seco evaporativo, a substituição da camada mais externa, de gordura, da lágrima, deverá ser realizada com colírios que possuam componentes lipídicos dirigidos (Ex: Evotears Omega®). Em relação às blefarites (inflamação da margem palpebral) e à DGM, sendo doenças crónicas é necessário enfatizar junto do doente o potencial controlo sintomático, mas não a cura. A medida mais importante no tratamento das blefarites de uma forma geral é a higiene palpebral a qual passa pelo aquecimento (Ex: Posiforlid® máscara oftálmica), massagem e limpeza da margem palpebral com compressas adequadas para o efeito, sem conservantes (ex: Posiforlid® toalhitas). A utilização de luz intensa pulsada é também uma opção terapêutica com eficácia e segurança demonstradas. Os derivados das tetraciclinas orais (ex: doxiciclina) e tópicos são também uma arma importante no tratamento.
Para casos de maior gravidade, tipicamente associados a inflamação da superfície ocular, é frequente o recurso a terapêutica anti-inflamatória. Esta pode ser realizada recorrendo a ciclos curtos de corticosteróides tópicos ou ao tratamento prolongado com ciclosporina tópica ou outros imunossupressores. É também comum a utilização de produtos derivados e purificados do sangue (soro autólogo ou PRGF - Endoret) para promover a cicatrização de lesões da superfície do olho. A oclusão dos pontos lacrimais e mesmo o recurso a lentes de contato esclerais são também opções terapêuticas para estes casos mais complexos.
De uma forma geral, todos estes tratamentos são eficazes no olho seco, no entanto a terapêutica tem de ser individualizada pelo Médico Oftalmologista a cada doente de acordo com o tipo de olho seco, sua gravidade e patologias associadas.
A combinação única de ácido hialurónico e ectoína natural.
Hidratação, proteção do olho seco e alívio dos sintomas inflamat órios.

MODO DE AÇÃO DUPLO

SECURA OCULAR MODERADA OU GRAVE
SEM CONSERVANTES E SEM FOSFATOS
Hidratação moderada do olho seco
Alívio das reações inflamatórias e alérgicas

Hidratação intensiva e duradoura do olho muito seco
Alívio sustentado dos sintomas inflamatórios
Dual® e Hylo Dual Intense® (Dispositivos médicos). Soluções estéreis sem conservantes para uso ocular. Não conserve o frasco mais de 6 meses após a primeira abertura. Manter fora da vista e do alcance das crianças. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização. Para mais informações contacte a Ursapharm: Av. Dom João II, 20 - 1º, 1990-091, Lisboa, info@ursapharm.pt / www.ursapharm.pt
Hylo
A VISÃO DAS CRIANÇAS
EM IDADE ESCOLAR
Uma boa visão é essencial para que as crianças possam ter um desenvolvimento intelectual correto com uma boa aprendizagem.

Dr. Vítor Soares (OM16580), Oftalmologista no Trofa Saúde Braga Centro
Não detetados e não tratados, os problemas de visão nas crianças podem desencadear alguns dos mesmos sinais e sintomas comuns ao Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que pode levar a erro de diagnóstico.
Tendo a criança em idade escolar já efetuado o Rastreio de Saúde Visual Infantil, com consulta entre os 0 e os 2 anos e outra entre os 2 e os 5 anos, importa agora estar atento para os sinais que podem conduzir ao Diagnóstico Precoce de alteração da visão.
ou usar um dedo para guiar os olhos durante a leitura;
• Apertar os olhos ou inclinar a cabeça para ver melhor;
• Tapar um olho ou esfregar os olhos frequentemente;
• Ter sensibilidade à luz ou lacrimejo excessivo;
• “Piscar” os olhos ou ter os olhos com algum rubor;
• Evitar tarefas que exijam visão de perto, como a leitura ou o trabalho de casa;
Quando certas capacidades visuais não foram desenvolvidas, ou estão mal desenvolvidas, a aprendizagem é difícil e sob “stress”. As crianças normalmente tentarão fazer o trabalho, mas com um baixo nível de compreensão ou eficiência. A criança pode pensar que a maneira como vê é o modo como todos os outros veem.
Muitas crianças com idade entre os 6 e os 12 anos não reconhecem que estão a ver mal e é provável que continuem com dificuldades, sem alertar os pais. É, por isso, necessário estar atento aos sinais de alerta. Nesta tarefa têm especial responsabilidade os Pais e os Professores.
Alguns sinais de alerta aos quais estar atento:
• Estar muito perto da TV ou ler um livro muito perto;
• “Perder-se” na leitura, saltar de linha

• Falta de interesse em particular nas atividades que exijam visão de longe, como as desportivas, ou não conseguir ler as matrículas dos automóveis que vão à frente;
• Queixas de dores de cabeça ou dores oculares;
• Fraco aproveitamento escolar ou diminuição do seu rendimento com o ensino à distância.
A maior parte das crianças que apresentam algum défice de visão possuem erros refrativos como Miopia, Hipermetropia ou Astigmatismo, que simplesmente necessitam do uso de óculos adequados para corrigir o problema.
Contudo, existem outras patologias que devem ser descartadas em Consulta de Oftalmologia. Qualquer limitação à visão tem impacto significativo no rendimento escolar da criança.
Como a visão pode mudar com frequência durante os anos escolares, o seu filho(a) deve fazer um exame oftalmológico anual, ou com maior frequência se existir algum problema específico.

SOLUÇÕES CIRÚRGICAS PARA PRESBIOPIA
A Presbiopia, popularmente conhecida como “vista cansada”, afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente após os 40 anos. Este problema visual é causado pela perda gradual da capacidade de focar objetos próximos devido ao envelhecimento natural do cristalino e do músculo que controla a sua acomodação. A Presbiopia impacta significativamente a qualidade de vida e a produtividade de muitos profissionais em idade ativa. Os avanços na oftalmologia oferecem soluções inovadoras, como a cirurgia de cristalino e implante de lentes intraoculares (LIOs) de profundidade de foco extendido (EDOF, Extended Depth of Focus) e multifocais, além do uso do laser de femtosegundo, que estão a revolucionar o tratamento da Presbiopia.


A Evolução da Tecnologia Ótica
Lentes EDOF
As LIOs EDOF oferecem uma visão mais definida nas distâncias de longe e intermédio, minimizando os efeitos colaterais como halos e glare. Ao contrário das lentes multifocais tradicionais, que dividem a luz em múltiplos focos, as EDOF criam uma transição suave entre as diferentes distâncias focais.
Esta tecnologia é especialmente indicada para pacientes que desejam reduzir a dependência de óculos, mantendo uma boa qualidade visual em situações do dia a dia, como o trabalho no computador e a condução noturna.
Lentes Multifocais
As lentes multifocais continuam a ser uma escolha eficaz no tratamento da presbiopia. Estas lentes possuem zonas óticas específicas que permitem o foco em diferentes distâncias: longe, intermédio e perto, oferecendo ao paciente uma solução abrangente para atividades diversas.
É importante realizar uma avaliação cuidadosa antes da indicação de lentes multifocais. O doente precisa de reunir condições óticas e neuroadaptativas necessárias já que algumas pessoas podem apresentar dificuldades devido aos fenómenos óticos associados, como halos em torno de luzes à noite. Apesar disso, avanços recentes nas tecnologias de design ótico têm melhorado significativamente a experiência dos pacientes, diminuindo as disfotópsias.
Laser de Femtosegundo: Precisão no Procedimento Cirúrgico
O laser de femtosegundo é utilizado em procedimentos como a cirurgia de catarata e cirurgia refrativa, incluindo casos de presbiopia, aumentando a sua segurança e precisão.
Na cirurgia de catarata ou cristalino transparente, o laser de femtosegundo permite criar incisões mais precisas e controladas bem como aberturas na cápsula do cristalino, reduzindo o risco de complicações.

O Futuro do Tratamento da Presbiopia
A combinação de tecnologias avançadas como lentes EDOF, multifocais e o laser de femtosegundo está a transformar a forma como a Presbiopia é tratada. Essas soluções permitem abordagens personalizadas, adaptadas às necessidades visuais e ao estilo de vida individual. A contínua inovação no campo da Oftalmologia promete ampliar ainda mais as opções terapêuticas, com o desenvolvimento de lentes mais sofisticadas, lasers de maior precisão e técnicas menos invasivas. Investir nessas tecnologias, na CPO, é essencial para se manter na vanguarda da inovação e oferecer o melhor atendimento possível aos pacientes.
Em suma, as soluções cirúrgicas para Presbiopia representam um avanço significativo na medicina, devolvendo qualidade de vida e independência a milhões de pessoas. Ao adotar essas inovações, o setor da saúde em Portugal reforça o seu compromisso com a excelência e o progresso tecnológico.

Dr. Pedro Arede, Oftalmologista Cirurgião na CPO

MOVSAÚDE LANÇA NOVA CAMPANHA NACIONAL DE RASTREIO DO CANCRO
COLORRETAL
A MovSaúde – Associação pela Prevenção da Doença Oncológica celebrou o seu 1º aniversário no passado dia 21 de março. Criada com a missão de atuação na prevenção e diagnóstico precoce do cancro digestivo, dois meses após o término da Campanha Nacional de Rastreio do Cancro Colorretal de 2024, lançou no dia 1 de março nova Campanha, que decorrerá até 30 de junho.
Num curto espaço de tempo, duas Campanhas Nacionais de Rastreio do Cancro Colorretal
Março foi o mês escolhido para o lançamento e arrancámos logo no dia 1. É mundialmente conhecido como “Março Azul”, associado à sensibilização para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro do intestino. Mês em que a comunicação é difundida por diversas entidades, proporcionando condições para captar maior atenção da população para um tema que é reconhecidamente desafiante em Portugal: a necessidade de realizar o rastreio e a fraca adesão ao mesmo, tanto por desconhecimento como por resistência.
A informação parece estar a um passo da ação, mas a distância é considerável.
O apelo para a realização do rastreio deve ser frequente.
Não só é importante apostarmos na literacia em saúde como também disponibilizar o acesso, neste caso, ao rastreio do cancro colorretal. Estamos diante do tipo de cancro que ocupa o 1º lugar em número de novos diagnósticos e o 2º lugar em número de mortes.
Apesar de ser um dos cancros mais fatais, o cancro colorretal é também um dos mais tratáveis se for detetado precocemente. Daí a importância da realização do rastreio e da sua regularidade. É a conjugação da evolução silenciosa da doença com a reduzida adesão ao rastreio que culmina numa elevada percentagem de diagnósticos em fase avançada.
Há que destacar também a responsabilização individual na adesão ao rastreio. Se a informação chega até nós, se existem opções de realização deste rastreio que é tão simples, não deixemos para amanhã.
A quem se destina o rastreio gratuito do cancro colorretal promovido pela MovSaúde
Destina-se à população com idades compreendidas entre os 45 e os 74 anos, que não apresentem quaisquer sinais ou sintomas associados à doença e que aceitem fazer o teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Residentes em Portugal Continental e nas Ilhas.
Toda a informação está disponível em www.movsaude.pt
De forma continuada, trabalhamos para o alargamento da rede de unidades aderentes para a realização da análise, que é financiada pela MovSaúde, já com resultados positivos no início deste ano.
Este incremento é aplicável tanto em Campanhas Nacionais como noutras iniciativas regionais através das quais, investindo em proximidade, chegamos a grupos mais vulneráveis.
Temos uma missão muito clara: acrescentar valor na prevenção e diagnóstico precoce do cancro digestivo, com destaque do cancro colorretal.
Procuraremos sempre a implementação de necessários ajustes e de melhorias, de forma célere, ágil e realista.

Patrícia Ramalho, Presidente da Direção










O SEGURO DE SAÚDE PARA A SUA EMPRESA



















O beneficiário tem apenas a seu cargo o valor de copagamento associado ao ato médico realizado;

• Baseado no acesso a uma rede (Rede Médica Future Healthcare) de prestadores de cuidados de saúde, com condições vantajosas para todos os beneficiários do subsistema de saúde.









Permite ao beneficiário aceder a cuidados de saúde praticados por prestadores que não pertencem à Rede Médica convencionada (Rede Médica Future Healthcare).
• O beneficiário pode exercer o seu direito de liberdade de escolha dos prestadores de cuidados de saúde, suportando inicialmente a totalidade dos encargos, e solicitando posteriormente o respetivo reembolso.












































HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA UM NOVO PARADIGMA NOS CUIDADOS DE SAÚDE
A hospitalização domiciliária tem vindo a transformar a prestação de cuidados de saúde em Portugal, promovendo um modelo mais humanizado, eficiente e sustentável. Na Unidade Local de Saúde Entre Douro e Vouga (ULSEDV), esta abordagem tem registado um crescimento notável. Para compreender melhor a evolução deste modelo, os desafios enfrentados e os benefícios concretos para doentes e profissionais de saúde, conversamos com três especialistas que desempenham um papel fundamental na Hospitalização Domiciliária da ULSEDV: Luís Andrade, Diretor do Serviço de Medicina Interna, Joana Rodrigues, responsável pela Unidade de Hospitalização Domiciliária, e João Duarte, Enfermeiro responsável da unidade.

Como avalia a evolução da hospitalização domiciliária nos últimos 10 anos em Portugal e, especificamente, na ULS Entre Douro e Vouga?
Luís Andrade (LA) - O aparecimento das Unidades de Hospitalização Domiciliárias (UHD) permitiu cuidados diferenciados e humanizados para doentes agudos no seu domicílio.
A Unidade de Hospitalização Domiciliária da ULS Entre o Douro e Vouga tem vindo a apresentar um aumento progressivo e sustentado da sua atividade, o que permitiu aumentar o número de vagas disponíveis, ao longo dos últimos quatro anos.
Esta modificação permitiu triplicar o nº de doentes seguidos por esta unidade, de modo que em 2024 tenham sido orientados 447 doentes, com previsão para que no ano de 2025 ascenda aos 550 doentes.
Quais foram os principais desafios enfrentados na implementação e expansão deste modelo de cuidados?
LA - Com o aumento progressivo da lotação das UHD urge a necessidade de reforçar os recursos humanos, a nível médico e de enfermagem, e os recursos materiais e técnicos para o tratamento e vigilância dos doentes no domicílio. É premente o incremento do nº de viaturas para a deslocação dos profissionais de saúde entre o hospital e a habitação de utentes, a existência de equipas (médico e enfermeiro) para a admissão e programação de altas, e a necessidade de uma visão holística, global e descentralizada dos serviços para que os doentes dos diferentes serviços médicos e cirúrgicos possam ter acesso a esta modalidade e assim manter as taxas de ocupação acima dos 90%.
De que forma este modelo contribui para a eficiência do SNS e para a otimização dos recursos hospitalares?
LA - A UHD é, sem dúvida, uma unidade de elevado valor que proporciona o aumento da eficiência e a redução dos gastos em saúde. Ao conceder um aumento da qualidade de vida do doente e da sua família, intensifica a humanização em saúde. Melhora a formação e a literacia em saúde através da formação veiculada no domicílio, no que concerne a aspetos essencias para o tratamento do paciente. Aperfeiçoa-se a reconciliação terapêutica com consequente diminuição do nº de fármacos crónicos utilizados pelos doentes, com concomitante redução dos custos e dos possíveis efeitos laterais destes. Por último, permite um maior acesso dos doentes e da família aos cuidados de saúde hospitalar.
Dr. Luís Andrade, Diretor do Serviço de Medicina Interna
Que benefícios concretos foram observados nos utentes que foram tratados via hospitalização domiciliária em comparação com a hospitalização convencional?
Joana Rodrigues (JR) - A Hospitalização Domiciliária tem benefícios concretos e comprovados de ganhos em saúde e eficiência económica. Entre eles salientam-se:
• redução de complicações hospitalares (menor risco de infeções associadas aos cuidados hospitalares, úlceras de pressão ou síndromes confusionais);
• recuperação mais rápida (o ambiente domiciliário fomenta um maior conforto psicológico e promove uma maior autonomia dos doentes);
• maior satisfação do doente e família/cuidadores;
• maior adesão a cuidados de saúde e tratamentos;
• menor taxa de reinternamento;
• melhor gestão de recursos hospitalares (permite libertar camas em ambiente hospitalar para doente com índices de gravidade superiores);
• redução de custos económicos (em Portugal estima-se que o custo de tratamento de doentes em hospitalização domiciliária seja em média metade do valor de tratamento em meio hospitalar convencional).

Dra.Joana Rodrigues, responsável pela UHD e Enf.ª João Duarte, enfermeiro responsável da unidade
Como tem sido abordada a formação contínua das equipas envolvidas na hospitalização domiciliária? Existem programas específicos para garantir a atualização constante dos profissionais?
JR - Existe, hoje em dia, uma vasta oferta de formação contínua em Hospitalização Domiciliária, tanto nacional como internacionalmente. Em Portugal, existem cursos e pós-graduação dedicadas à área de Hospitalização Domiciliária, disponível a qualquer profissional de saúde que se pretenda dedicar a esta área.
Além disso, existem anualmente eventos científicos, como Encontros, Reuniões Clínicas e Congresso Nacional de Hospitalização Domiciliária, locais de partilha de conhecimento e experiências.
Ainda em Portugal, assume de grande importância a existência do Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, fomentadora da formação contínua nesta área.
Acresce a isto, a organização interna de cada unidade, com regulamento e protocolos próprios, que permitem uma maior consolidação de cuidados, associado a formações internas, que permitem a atualização constante dos profissionais que integram estes cuidados.
De que forma a hospitalização domiciliária transformou o papel tradicional da enfermagem hospitalar?
João Duarte - A enfermagem desde sempre prestou cuidados de proximidade, muitas vezes em contexto domiciliário. Porém, esta é uma nova realidade uma vez que estamos a levar cuidados de saúde diferenciados, de complexidade hospitalar, para o domicílio do doente. Neste contexto, fatores como as condições habitacionais e as relações/dinâmicas familiares passam a ser parte integrante do processo de tratamento. A tecnologia também se tornou essencial, com a telemonitorização, que permite um acompanhamento mais seguro do doente.
Quais são os desafios enfrentados pelos enfermeiros na prestação de cuidados ao domicílio? Qual o impacto da relação enfermeiro-doente no sucesso da hospitalização domiciliária?
JD - O internamento em regime de hospitalização domiciliária, para o doente, tem um caráter voluntário. O desafio passa por garantirmos uma prestação de cuidados com elevado grau de confiança e satisfação do doente. Os nossos doentes estão distribuídos por uma área geográfica de aproximadamente 530 km2. Esta distância é colmatada por uma, cada vez maior, capacidade de antecipar e prevenir complicações e assim assegurarmos a segurança do doente.
A relação enfermeiro-doente tem um impacto crucial no sucesso da hospitalização domiciliária. Uma comunicação eficaz e empática promove confiança e adesão ao tratamento. Há uma grande proximidade entre os profissionais de saúde, doentes e familiares. Sentem-se parte integrante do processo de tratamento, o esclarecimento de dúvidas é facilitado pelo ambiente domiciliário e verifica-se uma preparação para a “alta” mais personalizada.

256 379 700 (chamada para rede fixa nacional) geral@ulsedv.min-saude.pt
A SEGURANÇA DO DOENTE
E O REPROCESSAMENTO DE DISPOSITIVOS MÉDICOS REUTILIZÁVEIS

Cada instituição tem atualmente uma Comissão de Qualidade e Segurança do Doente e um Gabinete de Gestão do Risco, sendo estas estruturas as responsáveis por verificar os corretos procedimentos de segurança e as primeiras a ser notificadas internamente pelos diversos profissionais quando há dúvidas ou não conformidades nos procedimentos. Após a notificação segue-se naturalmente a investigação, elaboração de relatório e entrega de sugestões de melhoria aos Conselhos de Administração.
As reportagens emitidas nos últimos meses, pela comunicação social, de que são exemplo a do canal NOW, no programa “Repórter Sábado”, do dia 21 de setembro de 2024, e a reportagem de 8 de março da CNN, da autoria do jornalista Carlos Enes, intitulado “A taxa de infeções cresceu brutalmente no Hospital da Prelada”, que acusa o Conselho de Administração de ignorar os avisos da médica do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e das Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA), não podem deixar ninguém indiferente.
Nestas reportagens não foi abordado se os procedimentos internos foram ou não cumpridos no que respeita à notificação às Comissões (...) e aos Gabinetes (...) de Gestão do Risco, porque claramente não era esse o foco. O foco centrou-se na denúncia das irregularidades por médicos e nas consequências
do adiamento das cirurgias por incumprimento no processo de reprocessamento de material cirúrgico que foi efetuado por empresas externas. Ninguém explorou se as cirurgias deveriam ter sido adiadas se não houvesse material suplementar para fazer face às inconformidades detetadas! Falou-se sim na pressão que os serviços centrais de esterilização sofrem para aprontar o material mas não foi referido quem faz essa pressão diariamente. Temos, portanto, aqui uma série de problemas que esperamos que estas reportagens tenham permitido levantar o véu sobre um aspeto central, raramente referido, que é o coração de qualquer serviço de saúde - os serviços centrais de esterilização, em que a tendência para externalizar é crescente dado os problemas diários que se levantam nas instituições e o elevado investimento necessário para manter níveis de qualidade e segurança em todo o processo. Vivemos uma época em que o prioritário é aumentar a produção cirúrgica mas sem investimento paralelo na adequação dos meios técnicos e humanos para o êxito deste propósito. Quanto maior a rotatividade do material e equipamento, maior é a probabilidade de deterioração num curto espaço de tempo. Ninguém assume este facto!

Enfª Aldina Líbano, Tesoureira da Direção da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros
Investir tem custos imediatos é verdade, mas também ninguém evidencia os custos do não investimento. O silêncio é o status a que nos habituamos. Denunciar, notificar, é difícil sobretudo na área da saúde pelos riscos de coação porque a tendência é procurar culpados e não a de perceber que há um problema que é necessário resolver, sobretudo quando o custo é elevado.
Nas referidas reportagens, ninguém falou na falta de regulamentação e inspeção nesta área.
Ninguém falou que o aumento do número de cirurgias implica logicamente aumentar o número do instrumental cirúrgico disponível e fardamento. Implica mais carga de trabalho para os operadores dos serviços de reprocessamento de dispositivos médicos reutilizáveis.
Todo o material e equipamento clínico têm um ciclo de vida próprio, ultrapassá-lo é correr riscos! Os materiais ao passarem pela fase de inspeção do reprocessamento deveriam ser retidos sempre que se apresentassem deteriorados. Este deveria ser um princípio norteador a praticar. Mas não, o importante é continuar a aumentar a produção mesmo aumentando os riscos e colocando em causa a segurança dos doentes.
Em Portugal, as orientações sobre esta matéria são de 2001, publicadas no “Manual de normas e procedimentos para um serviço central de esterilização” da DGS. Um guia orientador para as instituições de saúde, mas que dada a evolução do conhecimento deveria já ter sido revisto e paralelamente ser emitidas normas para as instituições de saúde.
Grandes desafios se têm colocado nesta área como por exemplo a separação dos serviços centrais de esterilização dos blocos operatórios, com enfermeiros gestores diferentes, e com a criação da Unidades Locais de Saúde, outros desafios se levantam!
Como estamos e para onde vamos? Aqui, o Ministério da Saúde deveria fazer um diagnóstico da situação, auditar estes serviços, do público e do privado, para se conhecer a realidade das instituições e implementar as melhorias indispensáveis.

Todo o material e equipamento clínico têm um ciclo de vida próprio, ultrapassá-lo é correr riscos! Os materiais ao passarem pela fase de inspeção do reprocessamento deveriam ser retidos sempre que se apresentassem deteriorados

A tendência em Portugal para a externalização dos serviços de esterilização é convidativa face aos constrangimentos orçamentais e uma forma de desresponsabilização sobre o cumprimento das normas e guidelines nesta área, nomeadamente na rastreabilidade do material.
As Unidades de Reprocessamento de Dispositivos Médicos de Uso Múltiplo são de uma enorme complexidade técnica e todas deveriam ter implementado o sistema de gestão de qualidade ISO 13485. Na defesa dos melhores interesses dos doentes e da sua segurança era importante averiguar quais são as entidades que a cumprem. Também precisamos preparar melhor os cidadãos para saberem questionar os serviços e poderem identificar em quem devem ou não confiar. E nem será preciso inventar novamente a roda, basta seguir bons exemplos de outros países europeus, como a Suíça ou França, apostando em processos de monitorização exigentes e em profissionais formados nessa área, o que em Portugal ainda não se verifica. Para os Enfermeiros já existe a possibilidade de frequentarem uma pós-graduação em reprocessamento de dispositivos e em prevenção e controlo de infeção e resistência aos antimicrobianos, mas qual é a instituição que investe a este nível na formação dos seus profissionais?
Porém, a manipulação e processamento destes dispositivos é realizada por assistentes operacionais, agora mais recentemente por técnicos auxiliares de saúde, muitas vezes sem supervisão de enfermeiros, e para esses profissionais não existe sequer formação adequada, o que na prática significa que estamos a trabalhar com fé no bom senso e sentido ético de quem na maioria das vezes não sabe o que significa ética, rigor nos procedimentos e qual a técnica adequada para cada dispositivo.
Enquanto levarmos com ligeireza os procedimentos de segurança, vamos continuar a aumentar a produção, mas também as taxas de morbilidade e de mortalidade por complicações e infeções evitáveis!

geral@aspe.pt www.aspe.pt

REGIÃO OESTE E NORTE DE LISBOA
A Região Oeste e o Norte de Lisboa têm consolidado a sua posição como áreas estratégicas no panorama empresarial português. Estas regiões destacam-se pela localização privilegiada, próxima da capital, e pela excelente rede de acessibilidades, que facilita a ligação a outros pontos do país e ao mercado internacional.
A diversidade de setores económicos presentes, como a indústria, a agricultura, a tecnologia e os serviços, evidencia o dinamismo empresarial da região. Este crescimento é sustentado por investimentos contínuos em infraestruturas modernas e sustentáveis, que reforçam a atratividade para empresas e talentos. Adicionalmente, autarquias e entidades locais têm desempenhado um papel crucial ao promoverem iniciativas de apoio ao empreendedorismo e à inovação.
Combinando tradição e modernidade, a Região Oeste e o Norte de Lisboa são um exemplo de desenvolvimento económico equilibrado. Estas áreas não só criam oportunidades para empresários como também impulsionam o crescimento sustentável do país, posicionando-se como motores de progresso no contexto nacional.

O DESAFIO DE CULTIVAR O SUCESSO NA AGRICULTURA
João Lourenço, Administrador da Agro-Sucesso
O DESAFIO DE CULTIVAR O SUCESSO NA AGRICULTURA
Na região Oeste, a Agro-Sucesso destaca-se como um exemplo de resiliência e inovação no setor agrícola. Sob a liderança de João Lourenço, a empresa tem vindo a afirmar-se como uma referência na produção hortícola, combinando tradição e tecnologia para impulsionar a qualidade e a sustentabilidade. Em entrevista, partilha a história da empresa, os desafios enfrentados num setor em constante evolução e a sua visão para o futuro da agricultura em Portugal.
Desde cedo, João Lourenço percebeu que o seu futuro seria ligado ao trabalho prático. “Não quis seguir um percurso académico, queria começar a trabalhar, e como os meus pais já tinham um negócio, acabei por segui-lo”, revela. O envolvimento com o negócio familiar – Luís Lourenço – centrada na comercialização, despertou o seu interesse pela produção agrícola. Em 2018, o agricultor decidiu expandir o negócio, criando a Agro-Sucesso, uma nova empresa focada exclusivamente na produção.
A liderança de João Lourenço trouxe uma maior especialização ao negócio, priorizando a eficiência e a clareza estratégica. “Como gosto muito do que faço, a missão passou também a ser crescer e desenvolver esta área. Quanto mais crescemos, mais necessidade temos de continuar a crescer”, explica. Contudo, sublinha que o crescimento empresarial vai muito além da produção. “Ser empresário agrícola não se trata apenas da produção, mas também da gestão. Muitas vezes, as pessoas desvalorizam esta parte, mas acredito que o mais importante de uma empresa não sou eu – é o escritório”.
Para o CEO, a boa gestão financeira e administrativa é crucial para o sucesso e a sustentabilidade do negócio. “Se o escritório não souber fazer contas corretamente, posso pensar que estou a fazer um grande

negócio quando, na verdade, estou a perder dinheiro diariamente”, alerta. O crescimento da Agro-Sucesso tem sido sustentado pela colaboração com uma equipa dedicada e parceiros sólidos. “Temos bons parceiros, bons colaboradores e uma equipa que considero essencial”, conclui João Lourenço, cuja abordagem tem consolidado a empresa como uma referência no setor agrícola.
A mentalidade competitiva e a falta de mão de obra qualificada
O setor agrícola tem vindo a transformar-se, mas a escassez de profissionais qualificados continua a ser um entrave ao crescimento sustentável das empresas. “Nos períodos de maior trabalho, a falta de mão de obra qualificada recai sobre os patrões, que ficam subcarregados e sem horário de saída. É uma rotina cansativa, mas é a realidade”, enfatiza. A operação de máquinas agrícolas exige conhecimento técnico e de responsabilidade, mas nem sempre é fácil encontrar profissionais dispostos a assumir essas funções. Além disso, a mentalidade dominante no mercado de trabalho ainda não acompanha as necessidades das empresas. “Vejo que há uma mentalidade difícil de mudar. Muitas pessoas estão mais preocupadas com o que os outros ganham do que com o que podem fazer para



ajudar a empresa a crescer”, analisa. Para João Lourenço, a dedicação ao trabalho deve ser valorizada e recompensada, mas o sucesso só é possível quando há um esforço conjunto e compromisso de toda a equipa. “Não basta um bom desempenho individual, é fundamental o esforço conjunto”, destaca.

A média de idades dos trabalhadores agrícolas reflete a dificuldade em atrair novas gerações para o setor. Na Agro-Sucesso, a equipa inclui jovens entre os 25 e os 40 anos, mas há uma lacuna de experiência que dificulta a transmissão de conhecimentos. “As gerações mais velhas têm uma ética de trabalho mais rigorosa, enquanto as mais novas nem sempre lidam bem com a pressão e exigência. Trabalhar na terra não é mal remunerado, nem considero um trabalho especialmente pesado, mas há quem prefira não se esforçar”, observa.
Para mitigar as dificuldades, aposta na formação e na promoção de uma cultura do trabalho sólida. “A educação e o compromisso são essenciais. Tento passar essa mensagem diariamente, porque o dinheiro e prestígio vêm com o trabalho árduo de toda a equipa e a consistência”, defende.
A regulação dos preços
Um dos maiores desafios enfrentados pelos agricultores é a falta de regulamentação no mercado interno. João Lourenço defende a implementação de medidas que garantam maior equilíbrio e
transparência no mercado: “Em janeiro, a diferença no preço da couve-lombarda chegou a ser de 600% entre o valor pago ao produtor e o valor final na prateleira. Se o agricultor tivesse um preço mínimo fixo de venda, teria a garantia de que nunca venderia abaixo desse valor”. Esta medida permitiria uma distribuição mais justa dos ganhos ao longo da cadeia de valor, beneficiando tanto produtores como consumidores.
A falta de regulação permite que intermediários, especialmente as grandes superfícies, obtenham margens de lucro elevadas, enquanto os produtores continuam a enfrentar dificuldades financeiras. “Se houvesse uma distribuição mais justa dos lucros, o setor agrícola seria muito mais sustentável. Se os grandes distribuidores tivessem uma margem de 100% e os agricultores também recebessem uma parte justa, isso equilibraria o mercado”.
Também a sustentabilidade das empresas agrícolas está diretamente ligada à capacidade de investimento e gestão financeira. “Com uma caneta na mão, sou um herói – consigo negociar crédito e avançar com projetos. Mas qualquer empresa que queira crescer precisa do apoio da banca”, refere o proprietário. No entanto, destaca que o sucesso não depende apenas do investimento, mas da capacidade de adaptação ao mercado. “A minha prioridade não é ter o melhor carro ou o melhor trator, mas sim garantir que a minha empresa gera lucro e que os meus parceiros e colaboradores também ganhem dinheiro”.
João Lourenço, Administrador

Não há melhor zona no país para a produção hortícola do que os concelhos da Lourinhã e de Peniche. Aqui, as temperaturas não são extremas, nem demasiado quentes nem demasiado frias, o que é fundamental para manter a qualidade dos produtos
As alterações climáticas
O impacto das mudanças climáticas no setor agrícola é inegável, afetando desde os períodos de colheita até à competitividade no mercado internacional. “Antes, os países da União Europeia que não tinham condições climáticas para produzir alguns produtos dependiam das nossas exportações. Atualmente, esses países começaram a conseguir produzir internamente”, afirma.
Além disso, a concorrência de mercados como o Egito e a África do Sul tem alterado o panorama das exportações. “Em Portugal, há produtos proibidos há mais de 20 anos, mas nesses países vale tudo. Como é possível que eu, enquanto produtor, não possa utilizar certos produtos, mas depois seja permitido importar mercadorias de países onde não há restrições semelhantes?”, critica.
A região oeste, onde opera a Agro-Sucesso, apresenta condições climáticas que influenciam a produção agrícola. “A nossa zona é marcada pela presença frequente de nuvens e neblinas matinais, o que pode durar o dia todo. Isso afeta diretamente a produtividade de algumas culturas”, refere. Apesar desses desafios, considera que as condições climáticas da região são favoráveis para determinados tipos de cultivo. “Não há melhor zona no país para a produção hortícola
do que os concelhos da Lourinhã e de Peniche. Aqui, as temperaturas não são extremas, nem demasiado quentes nem demasiado frias, o que é fundamental para manter a qualidade dos produtos”.
O investimento em gestão de recursos hídricos tem sido uma prioridade para conseguir lidar com os desafios impostos pelo ambiente: “Já temos tudo planeado para garantir que não teremos problemas de abastecimento de água nos próximos dez anos”. Contudo, se a produção aumentar, será necessário um novo planeamento para garantir a sustentabilidade a longo prazo.
O problema estrutural do setor
João Lourenço é crítico em relação às políticas públicas para o setor agrícola em Portugal, apontando para a burocracia associada aos incentivos agrícolas como um dos principais entraves ao desenvolvimento sustentável do setor: “As regras que temos deviam ser mais eficientes. Os incentivos existem, mas os processos são lentos e burocráticos”.
Outro problema identificado é a falta de acompanhamento adequado aos jovens agricultores. “Houve um boom de jovens agricultores no tempo de Sócrates, mas muitos faliram porque não tinham bases para se manter no setor”, recorda. Para o agricultor, é essencial que os apoios sejam direcionados para quem tem conhecimento e estrutura no setor.
O futuro
Entre os desafios mais complexos enfrentados por João Lourenço está o equilíbrio entre a vida profissional e familiar. “Desde o início, o meu maior desafio não foi o trabalho em si, mas sim gerir a minha vida pessoal com o trabalho”, confessa. O empresário admite que ainda não encontrou uma solução ideal para este dilema: “Tenho duas opções: ou reduzo a carga de trabalho e os investimentos começam a tornar-se mais pesados, ou mantenho este ritmo por mais um ou dois anos e tento equilibrar as coisas”.
Apesar das dificuldades, acredita que o futuro da agricultura portuguesa depende de mudanças estruturais profundas. Desde uma regulamentação mais justa até ao incentivo à inovação tecnológica e à formação qualificada dos trabalhadores, há muito por fazer para garantir a sustentabilidade do setor. “O que falta é conhecimento e humildade”, explica. Para isso, é essencial que haja um compromisso de todas as partes envolvidas – produtores, distribuidores e decisores políticos – na construção de um modelo mais sustentável e justo para o setor. “O verdadeiro sucesso vem do trabalho constante e da paixão pelo que se faz”, remata.
A história de João Lourenço é um testemunho inspirador da resiliência necessária para prosperar num setor tão exigente como a agricultura. A Agro-Sucesso é mais do que uma empresa, é um exemplo de como visão estratégica, dedicação e inovação podem transformar desafios em oportunidades.
AGRO-SUCESSO
João Lourenço • 911 574 422 (chamada para rede móvel nacional)

UMA LIDERANÇA TRANSFORMADORA EM TORRES VEDRAS
Laura Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, é uma líder que encarna a determinação e o compromisso com a sua comunidade. Ao longo de uma trajetória pautada por desafios e conquistas, tem liderado o município com uma visão clara e dinâmica, conduzindo-o por um processo de transformação. Em entrevista, a autarca partilha as suas experiências e reflexões, bem como os projetos que têm moldado a identidade de Torres Vedras.
A história de Laura Rodrigues é inseparável da sua vivência familiar e do impacto do 25 de abril na sua juventude. Crescendo num ambiente politicamente ativo, desenvolveu desde cedo uma consciência social profunda. “O 25 de abril foi um momento transformador na minha vida. Tinha 14 anos, mas percebi o impacto da opressão e da luta pela liberdade”, recorda.
Apesar da forte influência política, o caminho para o serviço público não foi imediato. Hesitou entre diferentes áreas, como Engenharia, Arquitetura e Psicologia, até encontrar na Agronomia a sua vocação. Licenciou-se na área e especializou-se com um Mestrado em Economia e Sociologia Agrária, acumulando experiências como professora e em projetos agrícolas. “Olho para trás e percebo que
todas as minhas escolhas tiveram um propósito. Mesmo que tivesse seguido outro caminho, acredito que acabaria a fazer algo semelhante ao que faço hoje”, reflete.
Com uma trajetória diversificada, construiu uma visão abrangente e um compromisso inabalável com a cidadania e a justiça social –valores que atualmente orientam a sua liderança.
Educação: alicerce para o futuro
Laura Rodrigues destacou-se na política pelo compromisso com a Educação, alicerçado na sua experiência como professora. Desde 2009, à frente do Pelouro da Educação e da Atividade Física, adotou

Laura Rodrigues, Presidente
uma abordagem focada nas reais necessidades das escolas. “Conhecer a comunidade escolar permitiu-me compreender as suas reais necessidades”, afirma.
Com esta visão, a requalificação dos espaços exteriores escolares tem sido uma das suas prioridades, promovendo ambientes seguros e estimulantes que potenciam a criatividade e o desenvolvimento integral dos alunos. “A aprendizagem não acontece apenas dentro da sala de aula. É essencial que as crianças tenham liberdade para brincar, explorar e criar as suas próprias regras”, defende. A pandemia reforçou ainda mais esta visão, evidenciando a importância de metodologias flexíveis e do aproveitamento dos espaços ao ar livre para uma aprendizagem mais livre e interativa. Assim, o impacto das suas medidas tem sido evidente, atraindo mais famílias para o concelho e consolidando Torres Vedras como um território de qualidade de vida aliada ao ensino de excelência. “A educação é a base de tudo. É através dela que formamos cidadãos conscientes e preparados para contribuir para uma sociedade mais justa”, sublinha.
Modernização e desafios da saúde
A escassez de profissionais e a sobrecarga de trabalho têm agravado as desigualdades salariais entre médicos contratados e de carreira, tornando urgente a valorização das carreiras médicas. “É crucial garantir que os profissionais se sintam motivados a permanecer e a exercer nas unidades de saúde”, garante Laura Rodrigues.


Para enfrentar estes desafios, a autarquia aposta na requalificação dos Centros de Saúde, como o do Ramalhal, que está a ser renovado para integrar uma Unidade de Saúde Familiar (USF). Já na Freguesia da Ventosa, a nova unidade está em funcionamento, ainda que a falta de médicos persista. Também São Pedro da Cadeira beneficia desta modernização.“Trabalhamos para que os Centros de Saúde ofereçam instalações modernas e adequadas para um atendimento de qualidade”, reforça.
Paralelamente, a formação de novos profissionais é outra estratégia-chave, materializada na criação de uma Escola Superior de Saúde, em parceria com o Politécnico de Leiria, para captar e reter talento na região.
A inovação também desempenha um papel essencial, com a implementação de espaços de investigação e novas tecnologias. Um exemplo são as consultas online, especialmente úteis para idosos e pessoas com dificuldades de mobilidade, que já demonstraram bons resultados nos testes-piloto realizados em parceria com a Cruz Vermelha. “Queremos que as pessoas se sintam confiantes e informadas sobre estas novas modalidades de atendimento, tornando-as acessíveis e eficazes, sempre com um serviço próximo e humanizado”, acrescenta.
Apesar dos desafios, o compromisso com a melhoria dos serviços de saúde mantém-se firme: “A saúde é um direito fundamental e não podemos permitir que seja comprometido”.
Infraestruturas, mobilidade e sustentabilidade: motores da economia local
A nova ligação viária entre a A8 e a zona empresarial das Palhagueiras, que se estenderá até Santa Cruz, promete transformar a mobilidade no concelho. Além de aliviar o congestionamento nas vias existentes, esta infraestrutura será uma peça-chave na descarbonização da região. Contudo, Laura Rodrigues alerta para a necessidade de gerir o crescimento turístico com a preservação da autenticidade de Santa Cruz. “É essencial equilibrar o desenvolvimento das infraestruturas com a preservação da qualidade de vida dos moradores, assegurando praias limpas e restaurantes de qualidade, sem comprometer a tranquilidade que nos caracteriza”. Além do impacto ambiental e social, as novas infraestruturas terão uma componente económica forte. “Temos empresários visionários na nossa região, e a nossa missão é assegurar que encontram aqui as condições ideais para crescerem e prosperarem”, aponta a autarca. Com isso, Torres Vedras está a afirmar-se como um município inovador, focado na sustentabilidade, com a mobilidade sustentável no centro da sua estratégia.
Iniciativas como o transporte público gratuito através do PASSE-M e a redução do custo do passe para Lisboa são exemplos de como “estas medidas tornam as deslocações mais acessíveis e amigas do ambiente”.
A visão da autarquia vai mais longe, com um investimento na qualificação do setor agrícola e na promoção da economia circular, visando um futuro mais sustentável. “Queremos reduzir a dependência do automóvel, melhorar a eficiência dos transportes públicos e criar espaços urbanos mais centrados nas pessoas”, acrescenta a presidente. Por fim, a educação ambiental ocupa um papel de destaque nas escolas


Ser a primeira mulher presidente do município é um marco importante. Espero inspirar as gerações mais jovens
desde cedo, uma vez que “formar cidadãos conscientes do impacto das suas ações é essencial para garantir um futuro mais sustentável”.
Cultura e comunidade: a alma de Torres Vedras
Nos últimos anos, Torres Vedras assistiu a uma verdadeira revolução cultural. Com mais eventos e uma oferta diversificada, a cultura chegou a todas as freguesias, mesmo às mais remotas. Para Laura Rodrigues, este crescimento só foi possível graças aos apoios da autarquia e ao trabalho em rede desenvolvido com as associações locais. “O acesso à cultura democratizou-se. Atualmente, temos salas esgotadas para o teatro e concertos de orquestra, algo impensável há dez anos”, destaca. Este investimento não só enriquece a oferta cultural, como fortalece a coesão social. “Sem este apoio contínuo, não garantiríamos que todas as freguesias tivessem acesso à cultura. Além disso, são as associações que criam laços comunitários e incentivam a participação ativa na vida cultural e desportiva do município”, reforça.
Renovação urbana
Desde o início da sua vida autárquica, Laura Rodrigues tem acompanhado e liderado uma transformação profunda no espaço público de Torres Vedras. Projetos como a reabilitação urbana da Encosta de São Vicente deram uma nova vida a áreas subaproveita-
das, tornando-as locais vibrantes para a comunidade. “Hoje, estes espaços são motivo de orgulho para os nossos munícipes. Embora o impacto nem sempre seja imediato, com o tempo torna-se evidente na qualidade de vida da população”, afirma.
Contudo, a mudança não fica por aqui. Estão já em curso planos para a requalificação da Zona de Arenes, uma antiga área industrial na cidade, sempre com uma visão clara: criar uma cidade mais sustentável e centrada nas pessoas. “Queremos continuar a abrir espaços para as pessoas, privilegiando ciclovias, passeios mais amplos e mais áreas verdes, reduzindo o tráfego automóvel e promovendo o convívio comunitário”, explica a presidente.
Desafios futuros
Apesar dos avanços alcançados, a presidente reconhece que ainda há obstáculos a superar para construir um concelho mais próspero e inovador. Um dos grandes desafios é o fortalecimento das empresas locais, muitas delas verdadeiros polos de inovação, cuja consolidação é essencial para um crescimento económico sustentável e para atrair novos investimentos. “Temos empresários visionários que não ficam à espera de subsídios para crescer. Então, o nosso compromisso é criar um ambiente propício para que continuem a inovar e expandir as suas atividades aqui”, sublinha.
Outro entrave significativo são os processos burocráticos e os atrasos administrativos, que dificultam a concretização de projetos estruturantes. “É frustrante quando organismos intermédios impedem que o progresso aconteça ao ritmo necessário. No entanto, o que nos move é a visão de transformação. Acredito que estamos a construir algo verdadeiramente significativo para as gerações futuras”, destaca.
Liderança e legado inspiradores
Laura Rodrigues fez história ao tornar-se a primeira mulher a presidir a Câmara Municipal de Torres Vedras. Consciente do simbolismo da sua posição, acredita no poder do exemplo: “Ser a primeira mulher presidente do município é um marco importante. Espero inspirar as gerações mais jovens, mostrando que as mulheres devem acreditar nas suas capacidades e desafiar barreiras”.
Para a autarca, liderar é mais do que uma função política, é uma missão de transformação. O seu compromisso assenta na sustentabilidade, justiça social e bem-estar da comunidade. “O meu objetivo é construir as bases para um futuro melhor para todos. Cada passo dado é um contributo para uma sociedade mais justa e equitativa”.
Com uma visão progressista e determinada, Laura Rodrigues está a consolidar um concelho mais inclusivo, sustentável e humano. O seu legado não se esgota nas fronteiras de Torres Vedras, servindo de inspiração para toda a região Oeste e o resto do país.

RefElite: UM CASO DE SUCESSO NA CONSULTORIA E SUPERVISÃO INDUSTRIAL
Fundada em 2014, a RefElite nasceu da resiliência e visão empreendedora de Rui Henriques, que soube transformar adversidades económicas em oportunidades. Em entrevista, o CEO partilha a jornada da empresa, os desafios enfrentados e os fatores que a tornam uma referência no setor da consultoria industrial.
A história da RefElite está, intrinsecamente, ligada à experiência internacional de Rui Henriques. Durante 16 anos, o empresário desempenhou um papel crucial na Saint-Gobain Glass, uma multinacional onde adquiriu um vasto conhecimento técnico e construiu uma rede de contactos valiosa. Contudo, o panorama económico global alterou-se, drasticamente, com a crise de 2008, resultando na perda do seu emprego. “A necessidade de criar algo novo foi um fator determinante para o surgimento da RefElite. Comecei a juntar o conhecimento que tinha, e aos poucos, fui construindo a empresa”, relembra.
A transição para o empreendedorismo não foi imediata. Entre 2013 e 2014, dedicou-se a expandir a sua rede de contactos e a estabelecer parcerias estratégicas. “No mundo dos negócios tudo é interligado, e um mundo pequeno onde todos se conhecem”, afirma. Com esforço e dedicação, conquistou os primeiros projetos, inicialmente em colaboração com a sua antiga empresa e, com o passar do tempo as oportunidades começaram a surgir em maior
escala. “Acredito que é nas crises que surgem as oportunidades, e eu agarrei essa chance”, destaca.
Diferenciação e confiança no mercado
Num setor altamente competitivo, a RefElite destaca-se pelo conhecimento da indústria e pela relação de confiança que estabelece com os seus clientes. Entidades como a AGC Glass Europe SA, a Fives Stein, Saverglass e a International Cowere-Pyrex, estão entre os clientes que reconhecem a capacidade da empresa de supervisionar projetos com transparência e eficiência, garantindo que os investimentos sejam bem aplicados e que os processos decorram sem sobressaltos. “Estes clientes já experimentaram a nossa capacidade e a forma como nos dedicamos a proteger os seus interesses”, sublinha.
Num mercado onde muitos empreendedores não possuem um conhecimento técnico aprofundado da área em que atuam, a RefElite assume o papel de parceiro estratégico, garantindo segurança, credibilidade e um acompanhamento especializado.

Gosto de trabalhar e de estar envolvido nas minhas atividades. Sinto um grande orgulho em tudo o que estamos a construir juntos na RefElite
Rui Henriques, CEO


“Quando estes profissionais decidem adjudicar um projeto a uma empresa externa, é fundamental que sintam confiança na escolha que fizeram. É aqui que entramos nós: os nossos clientes contactam-nos para que possamos defender os seus interesses no terreno e oferecer o nosso apoio”, explica. Esta abordagem diferenciada permite que os clientes se concentrem noutras áreas cruciais do seu negócio, como a gestão financeira, enquanto a RefElite assegura uma execução rigorosa, transparente e segura dos projetos.
Projetos de impacto global
A RefElite oferece serviços de consultoria, supervisão e montagem de refratários e estruturas metálicas, sendo estas as áreas mais procuradas. “Recentemente, tive a oportunidade de apoiar um projeto na Índia, onde trabalhámos tanto no Norte como no Sul do país”, partilha o CEO.
Além disso, a empresa tem vindo a expandir-se para o México, onde colabora com indústrias do setor vidreiro para implementar novas linhas de produção. Os investimentos associados a esses projetos podem atingir valores impressionantes, como os 168 milhões de dólares americanos envolvidos numa das iniciativas na Índia. Para Rui Henriques, cada projeto traz desafios únicos e exige uma capacidade constante de adaptação e inovação. “A reinvenção é uma constante no nosso trabalho. Nada é igual, existem sempre fatores externos que nos obrigam a adaptar e a reinventar”, afirma. Um dos exemplos mais notáveis deste dinamismo surgiu na China e na Coreia, onde o desafio da mão de obra representou um obstáculo significativo. A evolução do mercado global também trouxe mudanças, com a China a desenvolver a sua própria indústria de materiais de alta performance, muitas vezes a preços mais competitivos do que os praticados no Ocidente. “O que aconteceu foi que, à medida que as fábricas na Europa fechavam devido ao aumento dos custos de mão de obra, a China começou a desenvolver-se. Eles aprenderam a competir com preços muito competitivos, o que tornou o mercado ainda mais dinâmico”, recorda.
A importância dos recursos humanos
O sucesso de um projeto depende da qualificação da equipa envolvida. “Se adjudicarmos um projeto, podemos alocar entre 12

a 15 supervisores”, revela Rui Henriques. A necessidade de trabalhadores qualificados é constante, e a RefElite tem desempenhado um papel importante na formação e supervisão de equipas em diferentes regiões do mundo. “No México, um cliente pediu-nos supervisores e consultores para garantir que tudo estivesse preparado no dia do arranque da construção”, exemplifica.
No entanto, o contexto global coloca desafios constantes, desde a flutuação dos preços das matérias-primas às consequências de conflitos geopolíticos. “Durante a pandemia, mantivemos sempre trabalho, embora tivéssemos um mês ou pouco mais de interrupção”, relembra. A resiliência da RefElite permitiu-lhe continuar a operar, garantindo a continuidade das linhas de produção industrial, um setor onde as paragens podem representar enormes prejuízos.
Perspetivas para o futuro
Olhando para o futuro, Rui Henriques mantém-se otimista: “Espero que o setor continue a evoluir e a prosperar”, declara. Para o empresário, cada experiência vivida representa uma oportunidade de aprendizagem, impulsionando a empresa a crescer e a adaptar-se às exigências do mercado. “Cada um de nós é o resultado das experiências acumuladas ao longo da vida”, reflete.
A paixão pelo trabalho e o compromisso com a qualidade são valores que norteiam a sua visão para a empresa. “Gosto de trabalhar e de estar envolvido nas minhas atividades. Sinto um grande orgulho em tudo o que estamos a construir juntos na RefElite”, conclui. Com um percurso marcado pela inovação, pela adaptação e pela qualidade, a RefElite continua a afirmar-se como uma referência na consultoria e supervisão industrial, provando que mesmo nos momentos mais desafiadores surgem oportunidades para crescer e evoluir.

info@refelite.com • www.refelite.com
ROADY MALVEIRA
CONFIANÇA E INOVAÇÃO AO SERVIÇO DOS CLIENTES
A Roady Malveira nasceu do sonho partilhado entre Rui Ferreira e Anabela Seixo, consolidando-se como um centro-auto de referência desde a sua inauguração em 2016. Sempre um passo à frente, a empresa mantém-se atenta às transformações do setor, antecipando tendências e promovendo o desenvolvimento contínuo da sua equipa. O compromisso com a inovação e a qualidade consolidam a Roady Malveira como uma escolha de confiança para os clientes.
Como surgiu a Roady Malveira e quais foram os principais desafios no seu início? De que forma a empresa se posicionou no mercado para se diferenciar e conquistar a confiança dos clientes?
A Roady Malveira nasceu de um projeto a dois, que esteve sempre presente na mente dos seus proprietários, um deles já com ligação ao Grupo Mosqueteiros.
A oportunidade surgiu, as condições reuniram-se. A decisão em avançar foi unânime e consensual entre os sócios.
O Grupo Mosqueteiros acolheu-os em 2015. Mais do que um projeto, abraçámos uma missão. Fazer parte deste Grupo foi e é um desafio que nos faz evoluir e crescer juntos.
No dia 10 de Novembro de 2016, a Roady Malveira, abriu as suas portas pela primeira vez ao público. Foi com entusiamo e natural ansiedade de quem se lança num projeto empreendedor pela primeira vez, após uma vasta experiência na grande distribuição e no ramo automóvel, que o Sr. Rui Ferreira, proprietário e a sua equipa abriram, pela primeira vez, ao público as portas deste Centro-Auto Roady na Malveira.
Num mercado à data (2016), embora próximo das zonas urbanas, tradicionalmente e orgulhosamente “saloio” (algo que também nós já nos consideramos), ou seja, fiel aos seus e às suas tradições, o maior desafio foi conquistar a sua confiança.
Fizemo-lo pela diferenciação no serviço e simpatia, na qualidade da execução de serviços técnicos mais complexos ou rápidos, no atendimento ao cliente, nos horários alargados e no preço, variável primordial para quem entra no mercado.
Num mercado já bastante concorrencial e onde a desconfiança do conceito centro-auto era latente, os portões da oficina abertos e a possibilidade dos clientes poderem observar as intervenções promoveu a confiança. Passo a passo o caminho foi-se construindo.
Em 2025, a Roady Malveira já conquistou o seu lugar no mercado, sendo já a primeira opção para muitos, quer em venda de artigos de loja, quer no que diz respeito à manutenção e reparação de viaturas. Para isso, contribuiu a confiança conquistada através da variedades dos serviços prestados, a mutação e aumento da população residente, que, neste momento, tem características de consumo mais urbanas.
Quais os principais desafios na gestão de uma equipa numa oficina Roady? De que forma inspira e motiva os colaboradores a superarem-se continuamente e a proporcionarem um serviço de excelência ao cliente?
A nossa equipa, a par dos nossos clientes, é sempre o nosso tesouro. O primeiro desafio é, sem dúvida, encontrar e reter talentos especializados de qualidade. Neste momento, existem poucos trabalhadores especializados para a procura existente do mercado.
Manter a motivação da equipa em ritmos de trabalho mais controlados, no que diz respeito a tempos de execução, comparativamente a oficinas tradicionais, é um dos maiores desafios. Os incentivos e objetivos são sempre uma boa ajuda, mas acima de tudo, um técnico quer crescer, evoluir na sua profissão e adquirir o máximo de conhecimento. Ter equipamentos que, tecnologicamente, permitam a execução de tarefas de forma eficiente e eficaz é outros dos pontos cruciais, além da formação técnica da equipa que é fundamental, quer seja de oficina, receção ou loja.
A liderança aqui é feita pela positiva e de forma colaborativa! Todos têm uma palavra a dizer sobre a experiência no terreno que é analisada com assertividade e positividade. Todos sentem que têm


relevância e contribuem para o desenvolvimento e crescimento da empresa e, que acima de tudo, são parte integrante de soluções para atingir o nosso objetivo.
Latente na cultura da empresa e nos seus valores, está claro que o único que tem o poder de nos dispensar a todos é o cliente! É ele que nos permite atingir objetivos e existir! No entanto, os elogios, a proximidade e cumplicidade com os nossos clientes são o que de mais motivador podemos ter.
Como é que a Roady tem evoluído para responder ao aumento da procura por serviços para veículos elétricos e híbridos? Que medidas sustentáveis a empresa implementa para reduzir a sua pegada ambiental?
Embora se fale mais à data deste tema, estas viaturas já visitam as nossas instalações, para manutenções e reparações há longa data, particularmente os híbridos. As primeiras formações nessas áreas já foram realizadas antes da pandemia. A partir daí, e em função do disponível no mercado, fomos mantendo a equipa atualizada. O investimento no equipamento de segurança para o efeito também acompanhou este desenvolvimento técnico, indispensável para a segurança e, ao mesmo tempo, uma imagem positiva para o cliente.

A sustentabilidade e a redução da pegada ecológica são uma preocupação permanente, porque de facto não há planeta B, esta é uma convicção que faz parte do nosso ADN. Internamente, estão já implementadas soluções, como por exemplo as etiquetas electrónicas que reduzem significativamente o consumo de papel e tonner e a iluminação de menor consumo energético já presente no espaço também. Em fase de implementação está um projeto de instalação de postos de carregamento elétrico rápido, a par da instalação de painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica no caminho da autosustentabilidade.
Por outro lado, o encaminhamento dos resíduos criados pela atividade é criterioso e rigoroso. Para lá das imposições legais, a formação e sensibilização dos colaboradores para esta temática é

uma preocupação constante, embora se perceba que os próprios, principalmente se se tratar de camadas mais jovens, têm mais propensão e sensibilidade para estas questões.
Como a Roady Malveira antecipa as transformações no setor automóvel e qual o papel que pretende desempenhar nesse futuro?
De que maneira a empresa não só se adapta às novas exigências do mercado, mas também impacta positivamente a experiência dos clientes e o desenvolvimento dos seus colaboradores?
A presença em colóquios, palestras e formações, promovidas pelas várias entidades do setor, parceiros e pelos departamentos do grupo para estas temáticas permitem-nos antecipar as tendências e estar preparados, definindo enquanto grupo, uma estratégia e um caminho comum para o efeito, tendo sempre em consideração algumas particularidades regionais. É aí que queremos estar, ou seja, um passo à frente, na vanguarda da tecnologia e informação, flexíveis, ajustados ao nosso mercado e ao nosso cliente.
O conhecimento e a informação permitem-nos antecipar a estratégia e a sua preparação em tempo útil, reajustando o que for necessário. Pudemos observar na prática essa situação no caso das manutenções das reparações de viaturas elétricas e híbridas.
A envolvência dos colaboradores na aquisição deste conhecimento e informação é fundamental para o seu crescimento, enquanto profissionais. Por outro lado, a motivação enquanto recurso, é essencial para o nosso negócio e posterior sucesso da nossa estratégia.




A ASCENSÃO DA STOPTRANS
NO SETOR DOS TRANSPORTES
Com uma liderança pautada pela humildade, bom senso e dedicação, Luís Silva tem conduzido a Stoptrans ao sucesso internacional. Em entrevista à Revista Business Portugal, o fundador revela como uma gestão eficaz e o foco nas pessoas têm sido fundamentais para o crescimento da empresa, que continua a expandir-se com excelência e responsabilidade.
A história da Stoptrans é um exemplo incrível de empreendedorismo, visão e trabalho árduo. Fundada em 1991, a empresa começou como um pequeno negócio familiar, movido pela determinação de Luís Silva. “Fui motorista durante quatro anos, a trabalhar por conta de outrém Com o apoio da minha família, consegui juntar dinheiro e comprei o meu primeiro camião”, recorda.
À medida que a frota crescia, surgiu a necessidade de contratar o primeiro motorista, marcando o início da expansão do negócio. “Nunca foi algo planeado ao detalhe, nunca tive o objetivo de chegar a um número específico de camiões. Tudo aconteceu de forma simples e natural, fruto do trabalho e das oportunidades que foram surgindo”, explica.
A empresa consolidou-se no mercado de transportes e logística, contando com quatro escritórios em Portugal e Espanha. Atualmente, emprega 170 pessoas e opera uma frota de 120 camiões e 150 reboques, oferecendo serviços em nove países: Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Irlanda, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo e Alemanha.
Abordagem à liderança
A liderança de Luís Silva é sustentada por três pilares fundamentais: humildade, bom senso e dedicação. Estes valores são a base da sua visão e conduzem o rumo da Stoptrans, sempre com um foco claro na superação de desafios. “Com trabalho, bom senso e princípios sólidos, os resultados acabam por surgir”, refere.
Ao longo dos anos, aprendeu que o sucesso da sua trajetória deve-se, em grande parte, ao facto de ter vivido todas as etapas do processo, algo que lhe conferiu uma visão única sobre os desafios da profissão. “Ter conhecimento da operação, dos camiões, dos pneus, dos motores permite-me compreender melhor os desafios que os motoristas enfrentam. Isso faz toda a diferença na forma como lidero”, explica.
Além do conhecimento técnico, reconhece que liderar uma grande equipa e diversificada exige uma gestão sólida e habilidades além do aspeto técnico. Mesmo perante as adversidades, é possível manter a estabilidade e crescer. “Durante as crises, conseguimos crescer ainda mais. Para nós, as crises acabam por ser oportunidades”, destaca.

Expansão internacional
A Stoptrans sempre teve a expansão internacional como um pilar estratégico para o seu sucesso. Desde o início, a empresa procurou ultrapassar as fronteiras de Portugal, com a primeira grande oportunidade a surgir através de uma parceria com uma empresa belga. Este vínculo permitiu melhorar a rentabilidade e a eficiência operacional: “Enquanto trabalhava para empresas portuguesas, conseguia fazer duas viagens, mas com os belgas fazia quatro, devido à disponibilidade de reboques vazios e à gestão eficiente da frota”, explica. A partir desse momento, a Stoptrans iniciou a sua expansão, firmando parcerias estratégicas e explorando novos mercados.
A entrada no mercado britânico consolidou ainda mais a presença internacional da empresa, mas também trouxe desafios, como as questões fiscais e alfandegárias impostas pelo Brexit. Estas alterações aumentaram a burocracia, reduziram a produtividade e elevaram os custos operacionais. No entanto, a Stoptrans soube adaptar-se e continuar a crescer. “Para nós, as crises acabam por ser oportunidades. Nunca tivemos problemas com bancos, nunca atrasámos pagamentos”, reflete.
Gestão e motivação da equipa
A Stoptrans tem como premissa o desenvolvimento contínuo e o bem-estar dos seus colaboradores: “As pessoas são o coração da empresa. O trabalho de equipa e a constante sinergia são fundamentais para maximizar o potencial de cada indivíduo”. A empresa investe constantemente na formação dos seus colaboradores, com especial foco na condução económica e ecológica. “A formação não só preserva o ambiente, como também permite um controlo mais eficaz do consumo de combustível”, confessa.
A remuneração dos colaboradores é outro ponto de destaque, que coloca a empresa entre as que oferecem os melhores salários na região. “Acreditamos que é essencial garantir uma vida digna e confortável para quem trabalha connosco”, sublinha.
Segurança
e sustentabilidade
A Stoptrans tem demonstrado um compromisso sólido com a segurança e a sustentabilidade, apostando na modernização da sua frota e na adoção de tecnologias que visam reduzir o impacto ambiental. Todos os camiões da empresa cumprem a norma Euro 6, garantindo baixos níveis de emissões poluentes. Além disso, tem investido em terrenos com cobertura vegetal existente, com o objetivo de preservar o ambiente. “O objetivo não é plantar novas árvores, mas sim preservar as já existentes, evitando o corte e ajudando a compensar o impacto da minha atividade”, explica.
No que diz respeito à segurança, a empresa tem investido em tecnologias que proporcionam maior conforto e proteção aos motoristas. Os camiões estão equipados com câmaras e sistemas de alerta, garantindo não só a prevenção de acidentes, mas também a clarificação de responsabilidades em caso de sinistros. “A segurança é um pilar muito importante para nós”, reforça.
Ter conhecimento da operação, dos camiões, dos pneus, dos motores permite-me compreender melhor os desafios que os motoristas enfrentam. Isso faz toda a diferença na forma como lidero

O futuro
A visão de futuro de Luís Silva é de um crescimento contínuo e sustentável, sempre mantendo os valores da empresa como prioridade. “Os obstáculos existem para serem superados, e acredito que, com resiliência, continuaremos a resolver qualquer problema, independentemente da sua dimensão”, defende.
A empresa está a planear um crescimento gradual, com a construção de novas instalações no Norte de Portugal, incluindo armazéns, oficinas e uma área de assistência. “O meu grande objetivo não é ser o maior, mas sim estar entre os melhores. Acredito que a grandeza vem da excelência”. Além disso, acredita que o país precisa de mudar a sua mentalidade para permitir que os empresários possam prosperar. “Com uma mentalidade diferente, o país poderia evoluir muito. Precisamos de deixar a inveja do sucesso alheio para trás e focar no nosso próprio crescimento”, reflete.
Desde os primeiros passos humildes até ao reconhecimento internacional, a Stoptrans é um exemplo do que é possível alcançar com trabalho árduo, dedicação e, sobretudo, um compromisso com a qualidade e a honestidade.
A CONQUISTA DO MERCADO INTERNACIONAL COM TALENTO PORTUGUÊS
Num cenário de desafios constantes e escassez de mão de obra qualificada, a CB PROD superou obstáculos e afirmou-se como referência de excelência. Com uma estratégia bem definida e um compromisso inabalável com a qualidade, a empresa conquistou um dos mercados mais exigentes da Europa: o francês. O CEO, Pedro Gonçalves, desvenda os ingredientes deste sucesso, abordando as dificuldades impostas pela burocracia portuguesa e revelando as ambições para o futuro.

A CB PROD, fundada em 2019, surgiu da necessidade de uma unidade de produção voltada para os mercados francês, belga e suíço. O projeto teve início no ano anterior, quando Pedro Gonçalves, ainda diretor-técnico do grupo Francês, identificou o potencial de uma fábrica de produção em Portugal. Embora a estrutura estivesse desatualizada, poderia ser revitalizada para responder à crescente procura do mercado externo. Nos primeiros anos de operação, a empresa enfrentou grandes desafios: “A principal dificuldade foi encontrar mão de obra qualificada, contudo, para ultrapassar este obstáculo, a CB PROD investiu na criação de um ambiente de trabalho com boas condições, que vão desde melhorar os espaços de produção com segurança a melhorar balneários e cantina, entre outros, que ajudou a atrair novos colaboradores. Outro grande desafio foi a modernização das instalações: “Foi necessário renovar
completamente a estrutura, adquirir novas máquinas de controle numérico e desenvolver sistemas ERP de gestão de produção, stocks online para os clientes e códigos de barras, entre outros ”, explica. A transformação exigiu investimentos elevados e muito tempo, os resultados começaram rapidamente a ser visíveis na organização ganhando tempo em todas as etapas.
Reconhecimento e retenção de talentos
Passados quase seis anos desde a sua inauguração, a CB PROD obteve vários prémios importantes: PME Líder 2023, 2024 e o Prémio Excelência 2024, um marco significativo para a empresa. “ É um reconhecimento moral muito importante”, refere, sublinhando que este reconhecimento reflete o trabalho árduo e o empenho constante de toda a sua equipa.
Quanto à retenção de talentos, a empresa tem conseguido manter os seus colaboradores devido às condições diferenciadas que oferece. “Atualmente, é muito difícil encontrar mão de obra qualificada e a concorrência por bons profissionais é enorme. Tentamos que todos os nossos colaboradores recebam salários acima da média, e é assim que conseguimos mantê-los”, salienta. Além disso, o ambiente de trabalho positivo calmo e construtivo é um fator essencial para garantir essa permanência da equipa, criando um espaço onde os colaboradores se sentem valorizados e motivados.


Pedro Gonçalves, CEO
Desafios da burocracia em Portugal
Embora a CB PROD seja uma entidade empregadora na região, com uma equipa de 25 colaboradores, a empresa enfrenta dificuldades relacionadas com a burocracia. “Descobri um país muito bom a nível organizacional de autoridade tributária, segurança social e assistência social. Mas viver dentro do sistema é muito diferente. O processo burocrático é moroso e dificulta a obtenção de licenças e a resolução de questões administrativas”, critica o CEO, considerando que a complexidade burocrática tem impactado negativamente o desenvolvimento das empresas, tornando o processo de aprovação e resolução de questões um verdadeiro obstáculo. Para Pedro Gonçalves, é evidente a necessidade de melhorias no sistema, de forma a tornar os processos mais rápidos e eficientes, o que facilitaria o crescimento e a sustentabilidade das empresas.
Foco no mercado internacional
Desde a sua fundação, a CB PROD tem-se focado no mercado externo, com particular destaque para o francês, que já representa um volume de vendas significativo. “Não sentimos no imediato a necessidade de apostar no mercado nacional, pois o volume de vendas no exterior sempre foi suficientemente grande e, por outro lado, o mercado francês continua a ser vantajoso em termos de faturação” explica o empresário.
No entanto, com o crescimento do setor da construção em Portugal, a empresa está a considerar a possibilidade de expandir para o mercado interno. “Podemos considerar a possibilidade de apostar no mercado nacional. Neste momento, o mercado francês está um pouco em baixo, por isso, pode ser uma boa oportunidade”, sublinha, apontado que o atual cenário pode abrir novas oportunidades para a CB PROD no mercado português.
Diferença cultural e valorização dos funcionários
Pedro Gonçalves destaca uma diferença importante na postura dos trabalhadores portugueses, quando comparados com os franceses. “Os trabalhadores portugueses são mais fiéis à empresa e têm um maior senso de responsabilidade. Há uma diferença na forma como se comprometem com o trabalho”, comenta.
Para o CEO, esta lealdade é um reflexo de um traço cultural próprio dos portugueses, o que contribui, de forma significativa, para a estabilidade e eficiência das equipas. “É muito mais fácil trabalhar com uma equipa portuguesa, e isso reflete-se na qualidade da produção”.
Investimento e liderança
Para Pedro Gonçalves, o sucesso de uma empresa está diretamente ligado ao investimento contínuo e a uma liderança eficaz. “O gerente precisa de saber comunicar com os funcionários e criar um ambiente de trabalho positivo. Sem um bom ambiente, não há produção de qualidade”, enfatizando que esta abordagem, centrada nas pessoas, é crucial para o bom desempenho e crescimento da organização.
O empresário reforça, ainda, que o êxito da CB PROD depende, sobretudo, da sua equipa: “A empresa é feita pelos colaboradores. Eles são os verdadeiros responsáveis pelo sucesso. Nós apenas seguramos o


volante, indicamos as direções e aceitamos os riscos, eles é que fazem acontecer a parte mágica pela qualidade do trabalho, que mais tarde tem sido reconhecido pelos nossos clientes”.
Sustentabilidade e expansão
O futuro da empresa passa pela expansão das instalações. “Estamos a iniciar um novo projeto de expansão juntamente com a Câmara Municipal de Mafra, com um aumento de 700 metros quadrados, o que nos permitirá aumentar a capacidade de produção e melhorar as condições organizacionais de trabalho”, revela o empresário.
Por outro lado, a CB PROD tem vindo a adotar diversas medidas para minimizar o impacto ambiental das suas operações. “A água utilizada no corte das pedras é reciclada, e os lodos resultantes do processo são tratados por empresas certificadas. Não geramos resíduos químicos, apenas resíduos de pedra, que são completamente naturais. Também investimos em energias renováveis como painéis de produção de energia solar , em dias de bom sol, geramos 100% da nossa necessidade, quando a produção está parada durante o fim de semana o excedente de energia produzido é injetado na rede elétrica para revenda ”, explica.
Assim sendo, a trajetória da CB PROD é um exemplo de como o investimento, a inovação e uma gestão focada no bem-estar dos colaboradores podem transformar desafios em oportunidades. Com uma visão clara para o futuro e um compromisso com a qualidade, a empresa continua a consolidar-se como uma referência no setor, pronta para crescer e enfrentar os desafios que o mercado impõe.

219 672 216 (chamada para rede fixa nacional) www.cbproducao.pt
COLDSERVICE
REVOLUÇÃO NO MERCADO DA REFRIGERAÇÃO DE TRANSPORTES
De uma pequena empresa de refrigeração a um grupo empresarial inovador: a ColdService trilhou um caminho de sucesso alicerçado numa visão estratégica, na aposta em tecnologia e, acima de tudo, na valorização das pessoas. Conheça a história de Henrique e Vera Ramos, os Fundadores da empresa que revolucionou o setor.
Henrique Ramos, fundador da ColdService, sempre teve uma visão clara para a empresa: ir além dos serviços técnicos e criar um ecossistema de soluções integradas para o setor. “A ColdService começou em 2018. Desde essa altura, fomos criando novas empresas para complementar a nossa atividade e dar resposta às necessidades do mercado, sempre com o foco em oferecer soluções inovadoras e de qualidade aos nossos clientes”, explica.
A expansão geográfica foi um dos pilares dessa estratégia. Em 2021, a ColdService Madeira foi inaugurada, marcando a entrada da empresa na Ilha da Madeira. “A refrigeração de transportes é um mercado em constante evolução, e sabia que era preciso estar preparado para as mudanças rápidas”, destaca. No ano seguinte, a abertura da MVService no Carregado
consolidou a presença da empresa numa localização estratégica para logística em Portugal, com foco na otimização de serviços.
Além disso, a ColdService diversificou as suas operações com a criação da ArcticService, após a visita a IAA na Alemanha, que atua como importador oficial de peças e equipamentos da marca brasileira Thermostar. Mais tarde, a StarService foi criada para preencher uma lacuna no mercado: a montagem de sistemas de refrigeração, bem como sistemas “ADDVOLT” em viaturas.
Em 2023, a empresa deu mais um passo, com o lançamento do Group Service, que reuniu todas as empresas e contratos de manutenção para viaturas com mais de três anos – uma solução pioneira no setor. “Cada nova empresa que criamos é estratégica e pensada de forma a manter a organização e evoluir de forma sustentável”, sublinha.

Vera Ramos e Henrique Ramos, Fundadores
Gestão das pessoas
A gestão de um grupo diversificado é, para Henrique Ramos, um desafio complexo, mas que encara com simplicidade e pragmatismo. Segundo o CEO, a verdadeira complexidade reside em “encontrar as pessoas certas para os lugares certos”. Neste contexto, a confiança e a autonomia assumem um papel essencial na gestão da equipa: “Prefiro que as pessoas tomem uma má decisão a não tomarem nenhuma decisão. Se algo não correr bem, refletimos sobre o que aconteceu e procuramos melhorar”. Vera Ramos, por sua vez, partilha a visão de Henrique, destacando que a equipa é o maior ativo da empresa. “Somos todos de igual forma. Existem dias mais difíceis, como em qualquer outro trabalho. Mas é precisamente através das dificuldades e dos desafios que vamos crescendo e aprendendo”, salientando a importância do trabalho em equipa para o desenvolvimento coletivo e individual.
O papel da liderança feminina
A liderança de Vera Ramos no departamento financeiro é um exemplo claro de como a diversidade pode enriquecer uma organização. Embora tenha enfrentado desafios iniciais num setor tradicionalmente dominado por homens, conseguiu conquistar o respeito tanto da sua equipa como dos clientes. “No início, era difícil educar os clientes e lidar com preconceitos. Mas com o passar dos anos, conseguimos mudar essa perceção”, recorda. Henrique também reconhece a importância da sua liderança. “A Vera tem algo que eu não tenho: é mais racional. Ajuda-me a entender que caminho seguir e corrige o que não está certo. Sem isso, não seria possível alcançar o que conseguimos”, destacando a complementaridade das suas competências e o impacto positivo que a liderança de Vera tem na equipa.
Tecnologia e sustentabilidade
A aposta em tecnologia tem sido um fator distintivo e de grande relevância para o grupo.
A empresa tem investido, de forma constante, em soluções tecnológicas inovadoras, como sistemas de faturação digital e monitorização remota de equipamentos “TXR”, com o objetivo de garantir a máxima eficiência e qualidade em todas as suas operações. “Em 2023, investimos cerca de 60 mil euros num programa de faturação avançado que integra todas as nossas operações”, bem como a certificação “ISO9001”, refere o empresário, sublinhando que este investimento, não só melhora a organização financeira, como também permite uma resposta mais rápida e precisa aos clientes.
A sustentabilidade, por sua vez, tem sido um eixo estratégico para o negócio, com iniciativas concretas na área ambiental, nomeadamente, a instalação de painéis fotovoltaicos nas suas instalações, um exemplo claro do compromisso com a energia limpa e renovável. Além disso, a empresa estabeleceu a meta de tornar 30% da sua frota elétrica até maio deste ano. “A tecnologia é mais do que uma ferramenta, é uma forma de garantir um serviço de excelência cada vez mais eficiente e sustentável”, reforça.

Os desafios do mercado
A Coldservice tem vivido um crescimento notável, mas enfrenta desafios significativos, como a escassez de profissionais qualificados no setor. Henrique acredita que a solução para este problema está na formação interna e na valorização da equipa. “100% do nosso conhecimento é transmitido internamente. Todas as empresas do grupo têm sócios que começaram dentro da Coldservice, nunca procurámos alguém de fora para funções de liderança”, admite. Para o CEO, a gestão eficiente dos recursos humanos e materiais continua a ser uma prioridade. “Estamos sempre a pensar no futuro, o que nos coloca um passo à frente”, acrescenta.
Vera, por sua vez, salienta a importância de criar um ambiente de trabalho positivo e motivador, revelando que estão a desenvolver um “verdadeiro departamento da felicidade”, com atividades e espaços destinados a promover o bem-estar da equipa.
Projetos futuros
O futuro da ColdService e das suas marcas associadas é promissor e dinâmico. Henrique garante que o grupo está preparado para agir rapidamente quando surgirem oportunidades.
“O nosso modelo é muito prático: pensamos, projetamos e executamos”. Vera complementa, destacando a visão da empresa: “O ADN da nossa empresa sempre foi interpretar o mercado e perceber as suas dinâmicas. Mesmo sem projetos concretos, neste momento, sabemos que as ideias do Henrique raramente ficam muito tempo no papel”.
Para os jovens empreendedores, Henrique deixa uma mensagem clara: “A chave está em focarmo-nos na solução e não no problema. Podemos ter milhões, mas sem as pessoas certas, nunca conseguimos alavancar uma empresa”, evidencia.
A história da ColdService é um exemplo de como visão estratégica, inovação tecnológica e valorização das pessoas podem transformar uma empresa numa referência no mercado.


CNS – CAMPUS NEUROLÓGICO UM MODELO PARA O TRATAMENTO DE DOENÇAS NEUROLÓGICAS
Nas últimas décadas, no mundo ocidental, assistimos a um aumento significativo da longevidade, o que tem contribuído para uma maior prevalência de doenças associadas à idade, como a Doença de Parkinson, a Doença de Alzheimer e outras formas de demência. Este aumento continuará nas próximas décadas, com a previsão de duplicação do número de pessoas com demência nos próximos 30 anos. Este cenário coloca as doenças neurológicas entre os maiores desafios do século XXI, impactando não só a saúde global das populações, mas também os sistemas de saúde em todo o mundo.
Apesar dos avanços notáveis da medicina, o desenvolvimento de medicamentos eficazes para as doenças cerebrais continua a ser uma tarefa difícil. Com exceção da esclerose múltipla, poucas inovações farmacológicas trouxeram benefícios significativos, especialmente no que diz respeito à progressão de doenças neurodegenerativas como a Doença de Parkinson e a Doença de Alzheimer.
Simultaneamente, tem havido um crescente corpo de evidência científica que suporta os benefícios de abordagens terapêuticas não farmacológicas, como a fisioterapia, terapia da fala, nutrição, entre outras. No entanto, ainda é um importante desafio definir o melhor modelo de combinação destas várias intervenções e avaliar a sua eficácia.
O CNS – Campus Neurológico é uma instituição pioneira em Portugal na abordagem interdisciplinar destas doenças. O modelo do CNS caracteriza-se pela integração de cuidados, em regime de internamento e ambulatório, centrado no trabalho
de equipas multidisciplinares. Este modelo está particularmente evidente nos programas terapêuticos para a Doença de Parkinson, a Doença de Alzheimer e sequelas de AVCs, em que os doentes beneficiam de uma abordagem integrada que inclui neurologistas, internistas, psiquiatras, fisioterapeutas, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, entre outros. Além disso, o CNS tem participado em projetos de investigação (https://icare-pd.ca) que têm por objetivo ajudar a definir o melhor formato de intervenções multidisciplinares e o papel dos vários profissionais de saúde.
Na nossa opinião, o conceito “tradicional” de tratamento centrado na consulta médica e nos tratamentos farmacológicos está a ser substituído por um modelo que valoriza a integração de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos. Esta mudança obrigatória representará um novo desafio para as autoridades e instituições de saúde, que devem garantir que todos os doentes tenham acesso aos melhores cuidados.
Ao combinar cuidados de saúde de qualidade, investigação clínica e formação de profissionais, o CNS constitui-se como uma instituição de referência na abordagem das doenças neurológicas. De igual forma, manifestamos a nossa total disponibilidade para contribuirmos, com a nossa experiência, para a melhor definição do modelos de cuidados de saúde a serem prestados às pessoas com doenças neurológicas ou em risco.

Joaquim Ferreira, Ana Castro Caldas, Margarida Rodrigues

N ico P neus A RODAR PARA O SUCESSO
A história de Justiniano Varela, proprietário da NicoPneus, é um exemplo inspirador de resiliência e visão estratégica. Com 40 anos de experiência no setor, transformou uma pequena aposta num grande negócio, destacando-se pela capacidade de adaptação e pela confiança que construiu ao longo dos anos.
A história de Justiniano Varela no setor dos pneus é marcada pela determinação, resiliência e espírito empreendedor. Tudo começou há 40 anos, quando começou a trabalhar na empresa do sogro, onde permaneceu cerca de 26 anos. No entanto, com espírito empreendedor e vontade de construir algo próprio, decidiu dar um novo rumo à sua trajetória profissional. “Senti a necessidade de criar algo meu, mas dar esse passo não foi fácil”, recorda.
Sem capital inicial e um plano estratégico definido, enfrentou os desafios com coragem, contando com o apoio da esposa e dos filhos, de amigos e fornecedores que acreditaram no seu potencial.
“Tive a sorte de contar com amigos distribuidores que confiaram em mim. Um dos apoios mais importantes veio de um contacto que fiz numa viagem ao México, através de um vendedor amigo”, explica. Com muito esforço e dedicação instalou-se num pequeno armazém, ao lado do filho Fábio, e deu início ao percurso da NicoPneus. Quatro anos mais tarde, o filho Rafael também se juntou ao projeto, consolidando o caráter familiar da empresa. O que começou como uma pequena aposta tornou-se, ao longo dos anos, numa referência no setor dos pneus.
Crescimento e consolidação
Nos primeiros anos de atividade, a NicoPneus enfrentou desafios e incertezas. “Houve meses difíceis, em que chegávamos ao fim do mês sem dinheiro para o ordenado, mas com tempo e esforço, reencontrei o meu rumo”, recorda.
Apesar das dificuldades, a empresa conseguiu consolidar-se no mercado, oferecendo uma vasta gama de pneus para diversos tipos de veículos – desde ligeiros e pesados, até agrícolas, florestais, industriais, motociclos e empilhadores. Além da venda de pneus, também disponibiliza serviços especializados, como alinhamento de direção, montagem de pneus e serviços rápidos.
A diversificação do negócio foi um dos principais fatores que impulsionaram o crescimento da empresa. Um dos segmentos que mais impulsionou essa evolução foi o mercado das motos. “O setor das motos foi impulsionado pelo meu filho, que sempre teve paixão por motocross”. Inicialmente, este mercado parecia sazonal, mas com o tempo, tornou-se mais dinâmico e estável ao longo do ano, em



Rafael Varela, Justiniano Varela, (Gerente) e Fábio Varela
grande parte devido ao aumento das motos de estrada e dos veículos todo-o-terreno, como os RZRs e os ATVs.
Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo do caminho, Justiniano Varela mantém uma atitude positiva e otimista quanto à sua trajetória. “A recompensa está na estabilidade e no reconhecimento que alcançámos ao longo dos anos”, conclui.
Qualidade e atendimento ao cliente
Na NicoPneus, o sucesso não se mede apenas pelas vendas, mas sobretudo pela relação de confiança construída com cada cliente ao longo do tempo. “Sempre trabalhei com gosto porque gosto do que faço. O nosso objetivo não é vender apenas um produto para um dia, mas criar uma relação duradoura e de confiança”, sublinha. Com uma abordagem centrada na segurança e na qualidade, a empresa distingue-se pela dedicação em garantir que cada condutor faz a melhor escolha para o seu veículo. “A única peça que mantém o carro em contacto com o piso é o pneu. De que vale ter um bom carro se depois o equipa com pneus de baixa qualidade?”.
Num mercado automóvel em constante evolução, a NicoPneus acompanha as mudanças com agilidade e conhecimento, assegurando que os seus clientes dispõem sempre das melhores soluções. Seja através da aposta em produtos de alta qualidade, seja pelo aconselhamento especializado, a empresa mantém-se fiel ao seu compromisso: garantir segurança, confiança e um serviço de excelência.
Os recursos humanos
No setor automóvel, um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas é a escassez de mão de obra qualificada. Justiniano Varela reflete sobre esta realidade e sobre as mudanças que têm moldado o mercado de trabalho nos últimos anos. “Antigamente, as pessoas arranjavam um emprego e passavam anos na mesma empresa. Hoje, isso já não acontece”, lamenta.
Para o proprietário, esta mudança reflete, em parte, um fator geracional. Muitos jovens chegam ao mercado de trabalho sem a resiliência necessária para enfrentar as dificuldades da profissão. “Foram criados numa bolha de proteção. A vida não é só facilidades”, sublinha.
Diante este cenário, a imigração também desempenha um papel importante. O setor tem acolhido muitos trabalhadores estrangeiros, que frequentemente demonstram grande dedicação e vontade de aprender. No entanto, a adaptação nem sempre é simples. “Os imigrantes são trabalhadores, mas a barreira linguística pode ser um obstáculo. O atendimento ao cliente exige comunicação eficaz e empatia”, justifica.
A evolução tecnológica
A indústria automóvel tem evoluído rapidamente, impulsionada por avanços tecnológicos e pelas novas exigências de mercado.
Um exemplo claro dessa evolução, são os pneus concebidos especificamente para veículos elétricos. Estes diferenciam-se não só pelo desempenho, mas também pelo custo mais elevado, resultado das suas dimensões específicas e do desenvolvimento técnico necessário. “São

principalmente as marcas premium que desenvolvem estes pneus”, explica Justiniano, acrescentando que marcas como Mercedes, BMW, Alfa Romeo e Porsche já dispõem de homologações específicas para os seus modelos elétricos.
Além da transformação tecnológica, a relação com os clientes tornou-se complexa. Com a facilidade de acesso à informação, os consumidores chegam às oficinas e concessionários mais informados do que nunca. “Atualmente, os clientes chegam com bastante informação”, observa. Embora o acesso à informação seja positivo, também apresenta desafios. “Nem sempre a informação que eles têm está completa ou bem interpretada. É bom que procurem saber mais, mas é preciso perceber que a experiência prática e o saber do terreno, é insubstituível”, alerta.
O futuro
Para Justiniano Varela, a evolução do setor é inevitável: “Os veículos elétricos já são uma realidade, e a tendência é crescer. Embora a transição seja um passo importante, ainda há desafios, como o custo elevado dos pneus e a falta de infraestruturas de carregamento adequadas”.
Além disso, acredita na importância de se adaptar à evolução sem perder a essência do negócio. “Temos de estar atentos às mudanças e adaptar-nos, mas sem perder o foco na qualidade e na satisfação do cliente”, reflete.
A história de Justiniano Varela e da NicoPneus é um exemplo de resiliência e empreendedorismo. De um início incerto a um negócio consolidado, a empresa é a prova que o trabalho, dedicação e capacidade de adaptação são a chave do sucesso.

geral@nicopneus.pt • www.nicopneus.pt
“NA CARFAST, OFERECEMOS ÀS EMPRESAS UMA MOBILIDADE MAIS
FLEXÍVEL, SUSTENTÁVEL E EFICIENTE”

Há mais de dez anos no mercado, a CARFAST tem vindo a destacar-se no setor do rent-a-car com soluções inovadoras e um compromisso assumido com a sustentabilidade.
A CARFAST é hoje uma referência nacional no aluguer automóvel. Como começou esta história?
A CARFAST foi fundada em 2014 com um objetivo claro: simplificar o aluguer de viaturas, através de um serviço premium mais próximo, transparente e flexível. Começámos com uma pequena frota e uma equipa altamente motivada. O nosso foco, desde o início, foi a experiência do cliente, algo que se mantém até hoje como um dos nossos maiores valores.
O crescimento foi orgânico, mas sustentado numa visão estratégica: estar onde o cliente precisa e antecipar tendências de mobilidade. Hoje, com presença em vários pontos do país, especialmente no Norte de Portugal, continuamos fiéis à nossa missão, mas com uma operação mais robusta e tecnologicamente evoluída.
O aluguer para empresas é uma das apostas da CARFAST. O que vos diferencia neste segmento?
O mercado empresarial representa uma parte significativa da nossa operação. Cada vez mais organizações procuram soluções de
mobilidade flexíveis, sem compromissos a longo prazo, e com a vantagem de reduzirem custos fixos e responsabilidades administrativas.
O que nos diferencia é a capacidade de resposta rápida e personalizada. Adaptamos as soluções à medida de cada cliente, com contratos de curta, média ou longa duração, sem complicações.
Além disso, temos uma frota diversificada, que inclui desde veículos comerciais a ligeiros de passageiros, de forma a dar resposta às diferentes necessidades das empresas.
A sustentabilidade tornou-se um tema central na mobilidade. Como tem a CARFAST respondido a este desafio?
O compromisso com a mobilidade sustentável não é só uma tendência para nós; é uma prioridade estratégica. Estamos a investir fortemente na renovação da frota, com a ambição de ter mais de 50% dos nossos veículos elétricos ou híbridos até 2030.
Acreditamos que, ao facilitar esta mudança, estamos também a contribuir para a redução das emissões de CO₂ e a ajudar as empresas a cumprirem as suas metas de responsabilidade ambiental.
Quais são os próximos passos para a CARFAST?
Estamos a trabalhar num plano de expansão da nossa presença a nível nacional, com especial foco no serviço premium que nos caracteriza.
Outro grande objetivo é a digitalização total do processo de aluguer, com plataformas que permitem uma experiência 100% online, desde a reserva até à gestão do contrato.
No que respeita às soluções empresariais, continuaremos a reforçar a nossa aposta na mobilidade elétrica, para ajudar as empresas portuguesas a alcançarem uma mobilidade mais sustentável.
Se tivesse de descrever a CARFAST numa frase para as empresas que ainda não conhecem os vossos serviços, qual seria?
Diria que a CARFAST é o parceiro de mobilidade ideal para empresas que procuram flexibilidade, eficiência e sustentabilidade, sem abdicar de um serviço próximo e personalizado.

reservas@carfast.pt • www.carfast.pt
André Coroa, CEO da CARFAST – Premium Rent-a-Car

INOVAÇÃO E QUALIDADE NO SETOR DE PISCINAS
O setor das piscinas tem registado uma evolução significativa nos últimos anos, impulsionada por avanços tecnológicos e por uma crescente preocupação com a sustentabilidade. Neste contexto, a Pool Century, fundada por Saul Rodrigues, tem-se destacado como uma referência na construção e manutenção de piscinas, combinando inovação, eficiência e personalização.
A história da Pool Century é intimamente ligada à trajetória do seu fundador, Saul Rodrigues, que desde cedo se apaixonou pelo setor da construção de piscinas. “Comecei muito cedo, perto dos 16 anos, a trabalhar na área. Durante as férias escolares e os fins de semana, já estava imerso no setor, a aprender e a ganhar experiência”, recorda. Em 2020, no início da pandemia, decidiu criar a Pool Century. Contudo, o caminho para o sucesso não foi isento de dificuldades. “Um dos maiores desafios que enfrentei foi o medo. O medo de não conseguir, de não dar certo. Mas esse medo também foi um bom conselheiro. Ele fez-me refletir e tomar decisões mais ponderadas”, confessa. Começou a sua jornada sozinho, sem recursos financeiros ou apoio externo, mas com um objetivo claro: oferecer qualidade e apostar no conhecimento técnico.
O processo de construção
Para quem deseja realizar um projeto com a Pool Century, o processo começa com um contacto inicial. “Tento sempre incentivar o contacto telefónico ou uma visita ao local. Muitas vezes, responder

apenas a mensagens não permite perceber as condições reais do espaço”, explica.
Além disso, a empresa aposta em colaborações estratégicas com construtores que partilham da mesma visão de qualidade e excelência. “Há construtores que fazem apenas a estrutura e entregam o trabalho, enquanto outros acompanham todo o processo até ao fim”, esclarece. A diferença está nos materiais e técnicas utilizadas: “Uma estrutura robusta exige ferro e materiais de qualidade. Muitas vezes, orçamentos mais baixos comprometem a durabilidade da obra”, alerta.
Saul Rodrigues, CEO
As tendências do mercado
As soluções mais procuradas são as piscinas de construção em alvenaria revestidas com tela, uma alternativa moderna e durável em relação às tradicionais piscinas de azulejo. “A tela é uma membrana vulcanizada que garante maior resistência e facilita a manutenção em caso de fugas”, explica. No entanto, o entrevistado alerta para os riscos de recorrer a construtores gerais sem experiência específica em piscinas: “O barato sai caro. É fundamental optar por empresas certificadas que garantam qualidade e segurança desde o início”.
Na sua região de atuação, tem-se registado um aumento na procura por piscinas interiores, especialmente em casas particulares. Embora exigentes em termos de manutenção, devido à condensação e ao cheiro, soluções como coberturas de estore e bombas de calor têm contribuído para aumentar a eficiência e reduzir os custos de manutenção. Além disso, as piscinas de água salgada têm vindo a ganhar popularidade nos últimos anos. “O investimento inicial ronda os 1500 euros, mas compensa pela redução nos custos de manutenção”, revela. Apesar da diferença mínima na concentração de sal em relação à água do mar, este tipo de piscina oferece uma experiência igualmente limpa e transparente.
Sustentabilidade e eficiência energética
Consciente do impacto ambiental da construção de piscinas, Saul tem procurado adotar soluções mais ecológicas e sustentáveis. “Utilizamos bombas de velocidade variável que reduzem o consumo de energia em mais de 50% e optamos por filtros de cartucho em vez dos tradicionais filtros de areia, que desperdiçam muita água”, partilha. Outro medida adotada pela Pool Century é a utilização de coberturas de estore, que diminuem a evaporação da água e aumentam a segurança. “Estamos constantemente a melhorar os nossos projetos para torná-los mais sustentáveis”, garante.
A automação é uma das principais tendências no setor das piscinas. “Coberturas automatizadas, bombas de calor e sistemas de tratamento automático são cada vez mais procurados pelos clientes”, destaca. Embora o custo inicial seja elevado, essas soluções oferecem poupanças significativas a longo prazo. Além disso, há um interesse crescente por saunas a lenha como alternativa às saunas elétricas. “Embora ainda sejam uma novidade em Portugal, as saunas a lenha são mais económicas e sustentáveis. Na construção das saunas utilizamos materiais como cortiça e lã para melhorar o isolamento térmico”, explica.
Visão para o futuro
Para o futuro da Pool Century, Saul Rodrigues tem uma visão clara e determinada. “Quero crescer de forma estável e manter o nível de qualidade que já alcançámos”, sublinhando a importância de um crescimento sustentado, sem comprometer os valores que definem a empresa. A aposta em novos mercados e serviços faz parte da estratégia de evolução, sempre com um forte compromisso com a sustentabilidade. “Estamos a explorar áreas como piscinas sustentáveis e projetos personalizados que integrem inovação tecnológica”, revela. O objetivo é continuar a desenvolver soluções que aliem


funcionalidade, estética e respeito pelo meio ambiente, respondendo às exigências de um mercado cada vez mais consciente e exigente.
A história da Pool Century é um exemplo inspirador de como dedicação, inovação e compromisso com a qualidade podem transformar desafios em oportunidades. Com uma abordagem centrada no cliente e na sustentabilidade, Saul Rodrigues continua a traçar um caminho promissor para o futuro da Pool Century, consolidando a empresa como uma referência no setor.
Global Club
LIDERANÇA, DESAFIOS E RESILIÊNCIA: O SUCESSO À FRENTE DA GOLD
Com uma visão sólida e uma liderança forte, Susana Gabriel tem levado a Gold – Padaria e Pastelaria a novos patamares, tornando-a uma referência no setor. Em entrevista, a empresária revela os segredos que têm sido essenciais para o sucesso contínuo da sua marca.

Susana Gabriel, que lidera uma equipa de quase 30 pessoas, é responsável por gerir uma operação que implica garantir empregos, pagar salários e cumprir com todas as obrigações fiscais e laborais. Embora o volume de faturação seja razoável, a empresária não deixa de sublinhar que o caminho nunca é fácil: “Faturamos bem, mas sabemos que no negócio não nos podemos acomodar. Temos de estar sempre atentos”.
A pandemia foi, sem dúvida, um marco de dificuldades acrescidas. No entanto, a proprietária assume-se como uma líder justa e compreensiva, prezando pelo bem-estar da sua equipa. “Eu sou justa. Pago horas extra, compreendo quando alguém precisa de
faltar por causa dos filhos, tento ser o mais humana possível. Mas às vezes, o que custa é sentir que há quem queira apenas receber, sem dar nada em troca”, lamenta.
O equilíbrio entre ser uma líder compreensiva e manter a exigência de resultados é um desafio constante. No entanto, a sua dedicação ao trabalho e à sua equipa, aliada à sua incansável vontade de manter o negócio a funcionar, é um exemplo claro de resiliência e liderança no mundo do empreendedorismo.
Escassez da mão de obra qualificada
Para além da carga financeira associada à manutenção do
Susana Gabriel, Gerente

negócio, Susana lida com o desafio de contratar profissionais qualificados. “Miúdos que vêm com 40 ou 50 horas de formação não sabem nada. Eles não têm vontade de aprender. Se alguém tivesse empenho, estaria ali a observar e a aprender, mas muitos só querem o diploma, não o esforço que vem com ele”, revela.
Também a falta de compromisso é um tema recorrente: “Muita gente está em casa a receber o fundo de desemprego e pede altos salários, mas não aparecem para trabalhar. Vêm um dia, no outro não, e dizem que não fazem porque as horas não agradam. Estão a ganhar de ambos os lados”. Esse comportamento tem dificultado ainda mais a gestão da empresa: “Queremos profissionais, mas não há. A padaria e pastelaria têm sido o pior”, lamenta.
Valorização da equipa
A história de sucesso da Gold não se resume apenas à qualidade dos seus produtos. Para Susana Gabriel, o verdadeiro motor do negócio está na equipa que conseguiu formar ao longo dos anos. “Apesar de todas as dificuldades, estou extremamente orgulhosa da equipa que consegui construir”, enfatiza.
A proprietária destaca ainda que a alteração no ambiente de trabalho foi um ponto crucial, que permitiu restabelecer a harmonia entre a equipa, criando uma atmosfera mais produtiva e
Cada gesto, cada ação, faz toda a diferença.
O compromisso de todos é o que constrói a credibilidade que temos com os nossos clientes



coesa. “Desde a saída de um ex-funcionário problemático, tudo ficou mais tranquilo e nunca mais houve faltas”, admite.
Além disso, acredita que a proximidade e o reconhecimento do valor dos seus funcionários contribui para o sucesso do negócio. “Os meus colaboradores são os parceiros essenciais no processo de crescimento e desenvolvimento do meu negócio. Sem eles não teria chegado até aqui”, reflete. Uma equipa bem tratada e valorizada é, sem dúvida, a chave para manter um ambiente de trabalho saudável e um negócio de sucesso.
Valor da ética no trabalho
Susana Gabriel sublinha a importância da ética no trabalho como um pilar fundamental para o sucesso de qualquer negócio. Para a empresária, a dedicação e o compromisso são essenciais não apenas para o bom funcionamento da equipa, mas também para garantir a qualidade do produto e a satisfação dos clientes. “Quem não assume as suas responsabilidades acaba por afetar negativamente o trabalho em equipa, o que compromete, inevitavelmente, a operação do negócio”.
Com uma visão clara sobre o valor da ética no ambiente profissional, valoriza a consciência de que cada ação reflete não só a imagem da empresa, mas também a confiança que os clientes
depositam nela. “Cada gesto, cada ação, faz toda a diferença. O compromisso de todos é o que constrói a credibilidade que temos com os nossos clientes”, ressalta. Assim, demonstra que a ética no trabalho é um reflexo da paixão e da dedicação que cada membro da equipa investe na busca pela excelência.
O espírito de liderança
Quando olhamos para a trajetória de Susana Grabiel, é impossível não perceber a força e a determinação que marcaram cada etapa do seu caminho. Desde a infância, revelou uma grande capacidade de liderança, traço que, ao longo dos anos, se foi moldando e tornando fundamental no sucesso da sua carreira. “Sempre fui muito mandona, mas fui educada e mantenho os meus valores bem presentes”, recorda.
A humildade e a gratidão transparecem nas suas palavras, mas é impossível ignorar o esforço incansável e a coragem que a tornaram uma verdadeira referência de perseverança. “Sou


uma pessoa de fé. Às vezes, questiono-me: como é que tudo isto aconteceu? Quando o meu contabilista me mostra os números da faturação, fico genuinamente surpreendida”, evidenciando a sua humildade diante do sucesso conquistado.
É fundamental manter o foco na qualidade, na gestão responsável e na resiliência. Só assim conseguimos criar um negócio sólido e sustentável
Em tempos de mudanças económicas e sociais que afetam todos os setores, mantém-se firme na sua trajetória. “Eu nunca desisto. Mesmo que venha um tremor de terra, penso sempre que o seguro cobre”, demonstra. Para a empresária, a padaria e pastelaria que fundou não é apenas um negócio, “é um espaço que construí com muito esforço, que alimenta famílias e que cria laços com os clientes”. A Gold tornou-se assim, um reflexo da dedicação e da paixão que coloca em tudo o que faz.
Conselho para empreendedores
Com uma visão clara e realista sobre o futuro, Susana Gabriel partilha um conselho para aqueles que sonham em iniciar o seu próprio empreendimento. “Se tiverem uma estrutura e amam o que fazem, continuem. Mas se for só um negócio por ter, não vale a pena. Vão passar por tempos difíceis”, alerta.
No mundo dos negócios, as dificuldades são inevitáveis e fazem parte do processo. No entanto, Susana acredita que é a paixão pelo trabalho que faz toda a diferença. “Dá muito trabalho, mas se houver amor, vale a pena”, realça.
Além da paixão, frisa a importância de qualidades essenciais para o sucesso a longo prazo: perseverança. “É fundamental manter o foco na qualidade, na gestão responsável e na resiliência. Só assim conseguimos criar um negócio sólido e sustentável”, sublinha. A história da Gold – Padaria e Pastelaria mostra como uma liderança focada no trabalho duro, no respeito pela equipa e na adaptação constante pode superar os desafios do mercado. Manter o foco na qualidade, na gestão responsável e na resiliência é essencial para criar um negócio sólido e sustentável.
261 413 909 (chamada para rede fixa nacional) pastelariasgold@gmail.com
Equipa da Gold - Pastelaria e Padaria
MARISQUEIRA BRISA O SABOR DO MAR EM CADA DETALHE

A Ericeira, vila piscatória de tradição, mantém viva a sua ligação ao mar, refletida no aroma da maresia que percorre as suas ruas e na autenticidade da sua gastronomia. Entre os muitos espaços que homenageiam essa identidade, destaca-se a Marisqueira Brisa, um restaurante que, ao longo de quase onze anos, se tornou sinónimo de qualidade, frescura e dedicação ao marisco. Liderada por Miguel Braz, esta casa é o espelho da sua paixão pela restauração e do compromisso inabalável com a excelência.
Com um percurso de mais de 30 anos na área da restauração, Miguel Braz decidiu, em 2014, lançar-se num novo desafio e criar o seu próprio negócio. “O que me fez avançar para este negócio foi o saber que também ia conseguir. Contudo, foi preciso ter coragem e confiança naquilo que fazia”, relembra, consciente do risco, mas seguro da sua experiência e visão.
Desde a sua fundação, a Marisqueira Brisa tem vindo a crescer de forma sustentada, conquistando uma clientela fiel e consolidando a sua posição no setor. “Ao longo destes quase 11 anos, sinto que a Marisqueira evoluiu de forma consistente, ganhando a confiança dos clientes”, explica.
Apesar do crescimento e do reconhecimento alcançado, o conceito inicial do restaurante manteve-se fiel à sua essência. “Desde o início, tínhamos uma ideia muito bem definida daquilo que queríamos oferecer. Naturalmente, fizemos alguns ajustes para melhorar a experiência dos nossos clientes, mas a essência manteve-se inalterada. Afinal, este sempre foi e continua a ser o nosso conceito: somos uma marisqueira”, destaca, com a certeza de que a tradição e a qualidade são os pilares do sucesso da Marisqueira Brisa.
O marisco como estrela da casa
Como o próprio nome sugere, a Marisqueira Brisa tem o marisco como o grande protagonista. O menu conta com uma ampla diversidade de opções que fazem as delícias dos visitantes. “Os pratos mais procurados são, sem dúvida, o arroz e a açorda de marisco”, revela o proprietário.

No entanto, os mariscos também têm um papel central na ementa. “Entre os mais requisitados estão os percebes, as bruxas, as santolas e os lavagantes. Além disso, as amêijoas, os camarões, os ouriços e as canilhas fazem igualmente parte da nossa oferta, produtos que são essenciais em qualquer marisqueira”.
Para acompanhar estas iguarias do mar, a cerveja é, sem dúvida, a escolha predileta dos clientes. “Seja pelo seu sabor refrescante ou pela forma como complementa o marisco, a cerveja mantém-se sempre como a opção mais popular”, explica.
O compromisso com a qualidade
Gerir um restaurante especializado em marisco requer uma dedicação constante com a qualidade e com a frescura dos produtos, já que este é um segmento onde a exigência é elevada e o cuidado com os ingredientes é essencial. “É fácil fazer a gestão do marisco porque compramos tudo vivo”, explica Miguel Braz. Este detalhe, aparentemente simples, reflete o compromisso com a excelência, uma vez

que os mariscos, compram diretamente em Peniche, chegam sempre frescos e prontos para serem preparados da melhor forma possível.
A empresa realiza compras de marisco duas a três vezes por semana, estabelecendo uma relação próxima com os fornecedores. Este contacto regular e a confiança mútua são fundamentais para garantir que os produtos sejam selecionados com um critério rigoroso e de qualidade. “Escolhemos da melhor forma possível e garantimos que a qualidade está em primeiro lugar”, destaca.
O trabalho árduo de garantir que o marisco esteja sempre no seu melhor é recompensado pelo reconhecimento dos clientes, que sabem que podem contar com uma refeição memorável, feita com os melhores produtos que o mar tem para oferecer.
Ericeira e o turismo em evolução
A Ericeira, com a sua forte ligação ao mar e à gastronomia, tem vindo a assistir, nos últimos anos, a uma crescente massificação turística, o que tem gerado desafios para os negócios locais. “A vila tornou-se um destino bastante massificado, o que afetou a qualidade do turismo que aqui chega. Com essa mudança, sinto que a exigência diminuiu, e isso teve um impacto direto no meu trabalho”, reflete o proprietário.

Apesar destas alterações no perfil dos visitantes, a Marisqueira Brisa tem conseguido manter-se fiel aos seus princípios e à base de clientes. A clientela portuguesa, que preza pela qualidade e autenticidade, continua a ser um pilar fundamental para o negócio. “Ao longo dos anos, consegui fidelizar uma clientela maioritariamente portuguesa, que sabe que aqui encontra o melhor que o mar tem para oferecer”, sublinha.
Este equilíbrio entre as mudanças no turismo e a fidelização de um público exigente tem permitido à Marisqueira Brisa manter-se relevante, mesmo em tempos de transformação.

Uma casa acolhedora
Para Miguel Braz, a relação com os clientes é um dos aspetos mais importantes do seu trabalho. “Este é um negócio feito de pessoas, em todas os sentidos, e só queremos que as pessoas desfrutem cada refeição enquanto cá estão”, partilha. A verdadeira alma da Marisqueira Brisa está na atenção e carinho com que cada cliente é recebido, criando uma ligação que vai além de uma simples refeição.
A proximidade com os clientes é uma dos elementos distintivos que torna a Marisqueira Brisa um local especial. “Cada pessoa é ímpar. Todos nós somos diferentes, mas únicos. É isso que torna esta experiência tão fantástica”, enfatiza. Este foco no detalhe e no bem-estar de cada cliente é o que tem garantido uma fidelização crescente. “Comecei devagar, fui construindo a casa e hoje tenho clientes regulares. É ótimo saber que as pessoas vêm comer e se sentem em casa”, confessa.
A Marisqueira Brisa, localizada na Ericeira, é um verdadeiro templo do marisco. Com um compromisso inabalável com a qualidade e um serviço de excelência, este espaço tornou-se uma referência na região. Se procura uma experiência gastronómica autêntica, onde o sabor do mar se mistura com a tradição e a hospitalidade, a Marisqueira Brisa é o lugar certo.


INOVAÇÃO & TECNOLOGIA
No mundo empresarial atual, a inovação e a tecnologia são os pilares fundamentais para a competitividade e sustentabilidade. Em Portugal, assistimos a uma transformação digital acelerada, impulsionada pela necessidade de adaptação a mercados globais cada vez mais exigentes.
As empresas portuguesas têm vindo a adotar soluções tecnológicas avançadas, como inteligência artificial, automação e análise de dados, para otimizar processos, reduzir custos e melhorar a experiência do cliente. Exemplos notáveis incluem o crescimento das startups tecnológicas e a integração de ferramentas digitais em setores mais tradicionais, como a agricultura e a indústria. Portugal tem uma oportunidade única de se posicionar como um hub tecnológico na Europa. Para tal, é essencial continuar a investir em educação, infraestruturas digitais e políticas que incentivem a investigação e o empreendedorismo. O futuro pertence às empresas que abraçam a mudança com visão e coragem.

O FUTURO DA DIGITALIZAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL
A Boosting Inspiration tem desempenhado um papel fundamental na revolução digital das empresas portuguesas, impulsionando a inovação e a competitividade. Em entrevista com Vítor Silva, CEO da empresa, exploramos as soluções tecnológicas inovadoras que oferece e as perspetivas sobre os desafios e oportunidades que a transformação digital traz para o futuro dos negócios em Portugal.
Nos últimos anos, o país tem assistido a uma crescente adesão à digitalização empresarial, um processo que vai muito além da simples modernização dos sistemas informáticos. “Quando falamos em digitalização, referimo-nos a um passo essencial para o futuro das empresas: a informação. Não se trata apenas de recolher dados, mas de garantir que esses dados sejam relevantes e úteis para a tomada de decisões assertivas”, explica Vítor Silva.
Curiosamente, são as regiões mais remotas do país que têm demonstrado maior recetividade à digitalização. “As empresas dessas regiões mostram-se dispostas e até ansiosas para implementar estas tecnologias”, revela. No entanto, a resistência ainda existe, especialmente entre lideranças mais conservadoras. “Esta resistência não resulta tanto da mentalidade das pessoas, mas muitas vezes de um modelo de formação mais tradicional”, justifica. Ainda assim, a aceitação das novas ferramentas tecnológicas tem vindo a crescer, “principalmente em equipas mais jovens e diversificadas”.
Os desafios da adoção tecnológica
A digitalização representa tanto um desafio como uma oportunidade para as empresas em Portugal, especialmente para as pequenas e médias empresas. “A maior dificuldade está na mentalidade do empresário, sobretudo no que toca à organização”, destaca Vítor Silva.
A gestão de recursos humanos é uma das áreas mais impactadas, uma vez que a digitalização permite um maior controlo de custos e uma avaliação mais precisa do desempenho. No entanto, o CEO alerta: “O bom colaborador pode desmotivar-se ou até sair se sentir que o seu esforço não é reconhecido.” Para evitar esse risco, é essencial que as ferramentas digitais sejam acompanhadas por uma gestão eficaz, garantindo que os melhores colaboradores são valorizados sem recorrer a recompensas indiscriminadas. Nos últimos anos, tem-se observado uma maior valorização dos recursos humanos, com salários mais justos e benefícios competitivos. Para superar a resistência à digitalização, a Boosting Inspiration aposta numa abordagem que alia tecnologia e gestão estratégica. “Não fornecemos apenas soluções tecnológicas; oferecemos também uma visão estratégica que inclui ideias de negócio e políticas de gestão”, explica Vítor Silva.

Vitor Silva, CEO
DOT24: Precisão e eficiência na gestão de recursos humanos
Num mercado competitivo, onde a gestão de recursos humanos é determinante para o sucesso das empresas, o DOT24 destaca-se como uma solução inovadora e diferenciadora. “Temos uma proximidade com as empresas que nos permite criar soluções ajustadas às suas necessidades”, sublinha Vítor Silva.
A abordagem da Boosting Inspiration vai além das soluções padronizadas, oferecidas por multinacionais, privilegiando a personalização e a atenção ao detalhe. A empresa desenvolveu metodologias específicas para diferentes setores, como a indústria da madeira, garantindo que a tecnologia se adapta à realidade operacional de cada negócio. Mais do que um simples software de gestão, o DOT24 reflete a convicção de que a inovação tecnológica não deve substituir o talento humano, mas sim potenciá-lo. “Acreditamos que a tecnologia deve servir as necessidades concretas das empresas, e não o contrário. A valorização do fator humano é essencial. Se uma empresa quiser crescer ignorando os seus trabalhadores, recusamos esse modelo de negócio”, reforça.
GESCOM: Inovação na gestão de condomínios
O setor da gestão de condomínios em Portugal movimenta cerca de 750 milhões de euros. No entanto, apesar do volume financeiro significativo, ainda enfrenta grandes desafios estruturais e tecnológicos. Para modernizar e otimizar este mercado, a Boosting Inspiration desenvolveu uma plataforma inovadora, concebida para facilitar a administração de condomínios. A solução integra serviços essenciais como manutenção, segurança e gestão de pagamentos, proporcionando maior eficiência e transparência.
Inicialmente, a empresa planejava comercializar a tecnologia apenas através de parceiros. Contudo, a investigação do mercado e a projeção levaram a uma reavaliação estratégica, resultando na criação da GESCOM, uma rede de franchising com potencial para transformar o setor. O seu principal diferencial reside na estrutura inovadora: os franchisados têm acesso à plataforma sem necessidade de grandes investimentos iniciais. “O nosso franchisado precisa apenas de um computador. Disponibilizamos escritórios e suporte a nível nacional. Ao contrário do que é habitual, não passamos toda a responsabilidade para o franchisado, pois a gestão da operação fica connosco”, explica Silva. Além disso, este modelo inovador tem atraído grandes empresas de serviços interessadas em integrar a plataforma. A adesão à GESCOM permite uma redução de custos significativa para os condomínios, podendo atingir até 40%. Com um modelo escalável e altamente eficiente, o objetivo da GESCOM é conquistar 60% do mercado português e expandir-se internacionalmente, alcançando 20% do mercado espanhol. Esta ambição reflete a confiança da Boosting Inspiration na capacidade da plataforma de revolucionar a gestão de condomínios, não só em Portugal, mas também em mercados estratégicos como Espanha.
Oportunidades futuras
A Boosting Inspiration está também a desenvolver um projeto focado no bem-estar dos idosos. “Muitos idosos vivem sozinhos, não
Múltiplas opções de Rastreamento de tempo
Registe entradas de tempo via aplicação móvel, desktop ou dispositivos especializados



BOOSTINGINSPIRATION COM
TECNOLOGIA A TEU
FAVOR
A GESCOM disponibiliza uma plataforma web e uma app que colocam a administração de condomínios na palma da tua mão
Franquia GESCOM




por problemas de saúde, mas por circunstâncias da vida. Queremos criar uma plataforma que agregue todos os serviços essenciais para esta franja da população”, adianta Vítor Silva.
A iniciativa pretende integrar pequenos prestadores de serviços, como assistência domiciliária, segurança e apoio psicológico, colaborando com especialistas da área da saúde e estudando formas de envolver entidades reguladoras para garantir credibilidade e transparência. “Queremos assegurar que os idosos recebem um atendimento digno e que há total transparência nos serviços prestados”, conclui.
A Boosting Inspiration continua a demonstrar que a inovação tecnológica pode e deve estar ao serviço das necessidades reais das pessoas. Com um olhar atento para o futuro e um compromisso inabalável com a qualidade, a empresa está a moldar o panorama digital em Portugal, transformando desafios em oportunidades.
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O EVENTO MAIS INFLUENCIADOR E GRATUITO DE CONHECIMENTO
E NETWORKING REGRESSA A 6 DE JUNHO

Com o tema Altruísmo, a 12ª edição do DDC Samsys regressa a 6 de junho, no Multiusos de Gondomar e espera reunir mais de 4.000 participantes. Falámos sobre o evento com Samuel Soares e Ruben Soares (CEOs da Samsys).
Quais foram os principais desafios enfrentados ao longo deste percurso e de que forma a organização tem vindo a inovar para manter a relevância e o impacto do evento?
Ao longo das suas 12 edições, o DDC Samsys – Dia do Conhecimento consolidou-se como um evento único em Portugal, não só pelo seu impacto no desenvolvimento pessoal e profissional, mas também pelo facto de ser 100% gratuito, acessível a qualquer pessoa que queira crescer e aprender. O principal desafio tem sido garantir o crescimento sustentável, mantendo a qualidade do evento sem qualquer tipo de custos para os participantes, desde o acesso à zona de showroom, contacto com oradores, welcome coffee, água para hidratação ao longo do dia, kits de brindes com bloco para apontamentos, dois coffee-breaks gratuitos, um dia inteiro de networking e palestras com informação útil, relevante e aplicável. Desde a criação, enfrentámos desafios logísticos, adaptação a novas temáticas e evolução constante para acompanhar as tendências do mercado. Contudo, conseguimos superar todas essas barreiras graças à forte rede de apoio da Samsys e dos nossos parceiros, que renovam a sua presença ano após ano, garantindo a estabilidade e continuidade do evento.
De que forma o DDC contribui ativamente para o crescimento das empresas e dos empresários que nele participam?
O DDC Samsys não é apenas um evento; é uma missão de responsabilidade social. O nosso compromisso é proporcionar um ambiente de crescimento acessível a todos, onde o conhecimento e as oportunidades não dependem de um investimento financeiro. É essa visão que tem transformado o DDC num ponto
de encontro para empresários, gestores e profissionais de diversas áreas. Todos os anos, reunimos alguns dos maiores especialistas em liderança, inovação, tecnologia, gestão e crescimento sustentável, criando um palco onde se partilham conhecimentos práticos, aplicáveis e transformadores. Esta partilha direta entre oradores e participantes gera novas perspetivas, potencia o crescimento pessoal e fomenta oportunidades de negócio.
O networking e a criação de oportunidades são pilares fundamentais do DDC Samsys. Como a organização garante que os participantes conseguem tirar o máximo proveito desta vertente?
O DDC Samsys foi desenhado para ligar pessoas e criar oportunidades. Desde empresários e empreendedores a profissionais em busca de novas perspetivas, o evento é um espaço onde a troca de ideias e experiências acontece naturalmente. Para potenciar ainda mais esta dinâmica, estruturámos o evento com zonas dedicadas ao networking, onde os participantes podem interagir com os oradores e estabelecer contactos estratégicos. Uma das grandes iniciativas que reforça esta ligação é o Showroom Empresarial, um espaço onde os nossos parceiros têm a oportunidade de apresentar os seus produtos e serviços, criando sinergias e relações comerciais. Este ano, reforçamos a aposta em novas formas de interação, facilitando a troca de contactos e garantindo que as conexões criadas no evento se prolonguem no tempo. Além disso, promovemos momentos informais, como os coffee-breaks estratégicos, para incentivar o diálogo e a criação de novas oportunidades. A nossa missão é clara: dar a cada participante a oportunidade de crescer, conectar-se e criar impacto.
Quais são as grandes novidades e expetativas para a edição deste ano do DDC Samsys? Há mudanças no formato, novos oradores ou iniciativas que os participantes podem esperar?
A edição de 2025 do DDC Samsys traz um tema inspirador e profundamente relevante: Altruísmo. Queremos destacar como o ato de ajudar os outros pode transformar empresas, comunidades e carreiras, criando impacto positivo em todas as dimensões da sociedade. Entre os oradores já confirmados, estão Paulo Azevedo, Lucas with Stangers, Raul Manarte, Andreia Castro, Rui Bairrada, Filipa Jardim da Silva e outros nomes a anunciar! O DDC Samsys é um evento único em Portugal, que prova que o conhecimento e a partilha podem mudar vidas e negócios. Graças ao apoio dos nossos parceiros, conseguimos manter este evento 100% gratuito, permitindo que perto de 4.000 participantes tenham acesso a um dia repleto de inspiração, crescimento e oportunidades.
www.academia.samsys.pt/ddc-2025/
Samuel Soares e Ruben Soares, CEOs

A REVOLUÇÃO DIGITAL NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
A digitalização tornou-se um pilar essencial para a CHEP na procura por maior visibilidade e segurança na cadeia de abastecimento. Marco Salort, Digital Commercial Lead da CHEP Europe, explica como a empresa tem investido em soluções tecnológicas avançadas para ajudar fabricantes, retalhistas e operadores logísticos a prever desafios, otimizar processos e reduzir desperdícios. Com rastreamento em tempo real e análise inteligente de dados, a CHEP permite decisões mais ágeis e sustentáveis, garantindo maior eficiência e um menor impacto ambiental.

Sabemos que a CHEP aposta fortemente na digitalização para melhorar a visibilidade e a segurança dos produtos ao longo da cadeia de abastecimento. Quais são as principais funcionalidades dos recursos tecnológicos, e como isso contribui para a redução de desperdício?
Durante os últimos anos, a CHEP tem desenvolvido diferentes soluções digitais e tem investido na digitalização dos recursos, nas cadeias de abastecimento e na utilização inteligente de dados, tornando estas soluções digitais num serviço para os clientes. O nosso objetivo é ajudar os intervenientes na cadeia de abastecimento a ver mais longe e a agir mais rapidamente. Graças a estes serviços, os fabricantes, os retalhistas e os prestadores de serviços de logística poderão identificar os estrangulamentos e melhorar a segurança e a rastreabilidade dos produtos, fazer previsões e tomar decisões mais inteligentes e sustentáveis, evitando simultaneamente a perda de paletes. Estes serviços permitem aceder a informações, como a localização e o estado das mercadorias ou dos equipamentos reutilizáveis, à medida que se deslocam ao longo da cadeia de abastecimento.
Na CHEP, trabalhamos diariamente em estreita colaboração

com os nossos clientes para continuar a inovar, satisfazer e antecipar melhor as necessidades do mercado.
A CHEP tem-se destacado no desenvolvimento de soluções digitais inovadoras para as cadeias de abastecimento. Como é que estas inovações contribuem para a eficiência operacional dos seus clientes?
As novas soluções digitais para clientes da CHEP foram concebidas para melhorar a visibilidade, a rastreabilidade e a segurança em toda a cadeia de abastecimento. As principais funcionalidades incluem o rastreio, que utiliza tecnologia avançada para monitorizar a localização e o estado dos produtos, garantindo que são manuseados corretamente e chegam ao seu destino em segurança. Além disso, fornece uma proof of delivery rápida e fiável quando os produtos chegam às instalações do cliente. Ao digitalizar as nossas paletes, podemos tirar partido da análise de dados para identificar ineficiências e otimizar processos, conduzindo a uma redução do desperdício e a uma maior sustentabilidade, uma vez que garantem que os produtos são manuseados, transportados e armazenados em condições ideais,
Marco Salort, Digital Commercial Lead da CHEP Europe
minimizando a deterioração e os danos. Além disso, os conhecimentos obtidos através da análise de dados ajudam a otimizar as operações e a reduzir o consumo desnecessário de recursos.
A cadeia de frio representa um exemplo concreto em que as soluções digitais para clientes da CHEP respondem a desafios complexos referentes à manutenção da frescura e a garantia de entrega atempada. Uma das nossas principais soluções, a End-to-End Fresh, é fundamental para a gestão de produtos sensíveis à temperatura que são propensos à degradação ou perda de qualidade durante o transporte. Esta solução utiliza dispositivos avançados acoplados às paletes, permitindo a identificação de áreas com condições de temperatura ótimas. Esta abordagem proativa permite aos nossos clientes resolver rapidamente os problemas e melhorar a qualidade dos produtos. Fornecer este tipo de informação é extremamente benéfico para todos. Por um lado, os produtores oferecem um produto de melhor qualidade e estabelecem relações mais fortes com os retalhistas. Por outro lado, o próprio retalhista não só garante a qualidade, como também poupa muito tempo no processo de garantia dessa mesma qualidade. Em última análise, o consumidor encontra produtos melhores e mais duradouros. Através da End-to-End Fresh, a CHEP capacita os clientes com um software abrangente que possibilita o acesso a um serviço que fornece insights críticos sobre áreas problemáticas, facilitando resoluções atempadas e a melhoria contínua da qualidade.
Por último, mas não menos importante, temos a terceira solução – Reusable Asset Mgement, que permite o rastreio de qualquer tipo de ativos reutilizáveis e otimiza a usabilidade, a visibilidade e o inventário, rastreando a localização, compreendendo os tempos de ciclo e reduzindo as perdas. Isto trará mais eficiência às cadeias de abastecimento e reduzirá o CAPEX.
No contexto da economia circular e das metas de sustentabilidade da CHEP, como é que as soluções digitais contribuem para a partilha de recursos entre parceiros e reduzem a pegada de carbono do transporte e da logística?
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 14% dos alimentos são desperdiçados entre a colheita e a distribuição a nível mundial, num valor estimado em 400 mil milhões de dólares. Outros 17% são desperdiçados na distribuição e entre os consumidores finais, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA). Enquanto líder global em soluções para a cadeia de abastecimento, a CHEP desempenha um papel fundamental ao ajudar os fabricantes e retalhistas a reduzir o desperdício alimentar e as emissões de carbono através das paletes e contentores reutilizáveis e também através da rede e conhecimentos à escala internacional. A nossa visão única sobre milhões de paletes que se deslocam por todo o mundo permite-nos identificar ineficiências, reduzir quilómetros em vazio, melhorar a logística inversa e impulsionar a sustentabilidade dos clientes. A dimensão, escala e visibilidade da rede constituem um papel fundamental nas soluções dos clientes, posicionando a CHEP como muito mais do que um fornecedor de paletes. Por exemplo, as nossas soluções de transporte

colaborativo utilizam análises de dados avançadas para identificar fluxos de transporte comuns e utilizam a partilha para quase eliminar cargas parciais ineficientes e quilómetros desperdiçados. Funcionam através da deteção das oportunidades mais eficientes e da partilha dos mesmos camiões, reduzindo as distâncias vazias e melhorando a carga útil do equipamento de transporte.
Imaginemos que um camião carregado de produtos lácteos é rejeitado devido a problemas de temperatura: estamos perante um desperdício de alimentos, de mercadorias, de duas viagens e de tempo, além de que pode causar perturbações nas lojas, provocando menos vendas e abrindo a porta a que os consumidores comecem a comprar outras marcas. Aplicando estas novas soluções, teremos uma redução do consumo de combustível, menos camiões nas estradas e, em última análise, menos desperdício de alimentos.
Num setor onde a sustentabilidade é cada vez mais valorizada, a CHEP pretende criar cadeias de abastecimento regenerativas. Como esta visão de regeneração é aplicada na prática, particularmente no que diz respeito à inovação tecnológica? Que papel desempenha a inteligência de dados na promoção da restauração ambiental?
O modelo de negócio circular da CHEP é intrinsecamente sustentável. Ao utilizarem as nossas paletes e contentores reutilizáveis, os nossos clientes já estão a reduzir a sua pegada ambiental. Mas chegámos a um ponto em que a sustentabilidade, por si só, não é suficiente. Por isso, estamos a aplicar uma abordagem regenerativa às nossas operações e aos nossos produtos. Isto significa devolver mais do que retiramos do planeta, levando os nossos esforços de redução do impacto para além do zero, encontrando formas de restaurar, renovar e reabastecer o nosso ambiente, ao mesmo tempo que fortalecemos a sociedade. Ao sobrecarregar a nossa rede com capacidades digitais avançadas, a CHEP oferece novos níveis de conhecimento, fornecendo a escala, a experiência e as soluções que desbloqueiam novos níveis de desempenho empresarial e sustentabilidade.

INOVAÇÃO, EXPANSÃO E LIDERANÇA NA MOBILIDADE ELÉTRICA
A miio destaca-se na mobilidade elétrica ao transformar desafios em soluções simples e inovadoras. Com uma estratégia de expansão focada e um compromisso contínuo com a excelência, a marca consolida-se como referência no setor, reforçada pelo reconhecimento direto dos utilizadores, como explica Daniela Simões, CEO da miio.
Quais são as principais estratégias adotadas para garantir que a empresa se mantenha na vanguarda da mobilidade elétrica e como a tecnologia tem sido utilizada para diferenciar a marca no mercado?
A inovação tem sido um pilar central na miio, mas vai além do desenvolvimento tecnológico. Acreditamos que a verdadeira inovação está em simplificar o mercado e eliminar barreiras para os utilizadores de veículos elétricos. Sendo utilizadores, sentimos os desafios diários da mobilidade elétrica e transformamos essas dificuldades em soluções práticas. A nossa estratégia passa por estar próximos da comunidade. Ouvimos e ajustamos constantemente as nossas soluções com base no feedback real e comportamento dos utilizadores; por exemplo, nos últimos anos temos assistido a um maior interesse por parte dos jovens na mobilidade elétrica, o que resultou numa adaptação da nossa comunicação. A miio não é apenas uma aplicação, mas um ecossistema que facilita o carregamento, otimiza custos e melhora a experiência do utilizador. A interoperabilidade é essencial: integramos diferentes redes para evitar múltiplas contas ou cartões. Além disso, utilizamos inteligência artificial para automatizar diversos processos, automatizando e simplificando a experiência dos nossos utilizadores.
A expansão e a internacionalização da miio representam desafios significativos, especialmente em mercados com regulamentações e infraestruturas distintas. Como a empresa tem adaptado a sua estratégia para garantir uma entrada bem-sucedida em novos países, mantendo a sua identidade e proposta de valor?
A expansão da miio tem sido estratégica e focada na Europa, onde a regulamentação da UE é relativamente transversal, facilitando a adaptação aos novos mercados. No entanto, reconhecemos que cada país tem especificidades próprias em termos de hábitos de utilização e exigências locais. Para garantir uma entrada bem-sucedida sem comprometer a nossa identidade, seguimos três princípios fundamentais. Primeiro, estudamos profundamente cada mercado antes de entrar, analisando o estado da mobilidade elétrica, a legislação e as reais necessidades dos utilizadores. Depois, criamos parcerias estratégicas com operadores locais e outras empresas do setor para garantir uma

integração fluida e eficiente. Por fim, sempre desenvolvemos tecnologia flexível e modular, que permite escalar rapidamente, mantendo sempre a experiência miio simples e transparente.
O prémio de Marca Recomendada reflete a confiança dos consumidores na miio. De que forma este reconhecimento impacta a estratégia da empresa e como reforça o compromisso da marca com a excelência na experiência do utilizador?
O prémio de Marca Recomendada reflete a confiança dos consumidores na miio, sendo um marco importante para a empresa, dado que representa o reconhecimento direto dos nossos utilizadores e reforça a nossa posição como referência na mobilidade elétrica. Este prémio tem um impacto significativo em diferentes áreas da nossa estratégia, a começar pelo reforço da credibilidade e confiança, uma vez que a recomendação dos consumidores é uma das formas mais fortes de validação da nossa proposta de valor, fortalecendo a nossa posição junto da comunidade. É também um impulso à inovação e melhoria contínua, servindo como incentivo para continuarmos a investir na evolução do nosso produto e serviço, garantindo que superamos as expectativas dos utilizadores. Este reconhecimento contribui ainda para a diferenciação no mercado, num setor altamente competitivo, ajudando a destacar a miio como uma marca confiável e inovadora e reforçando a nossa vantagem competitiva. Em última análise, este prémio reflete o nosso compromisso com a excelência e motiva-nos a continuar a oferecer a melhor experiência possível aos nossos utilizadores, mantendo a miio como a escolha de referência para a mobilidade elétrica.
Daniela Simões, CEO


REBRANDING DA RAR AÇÚCAR HONRA O PASSADO E ABRAÇA O FUTURO
Com mais de 60 anos de história, a RAR Açúcar passa por uma transformação visual e estratégica para se conectar ainda mais com o consumidor atual. O rebranding preserva a tradição e o legado da marca, ao mesmo tempo em que adota um design moderno e um posicionamento inovador. Descubra, nesta entrevista exclusiva com Marco Castro, Diretor Comercial e Marketing, como essa evolução reforça a identidade da RAR como especialista do açúcar e torna o seu portefólio ainda mais atrativo e relevante.
A identidade da RAR Açúcar tem raízes na história da refinação de açúcar em Portugal. De que forma o rebranding pretende equilibrar a tradição da marca com uma imagem mais moderna e alinhada às exigências do consumidor atual?
O rebranding da RAR Açúcar celebra nossa rica história e tradição, ao mesmo tempo em que se adapta à modernidade e às exigências do consumidor atual. Mantemos o legado da nossa fundação em 1962, mas atualizamos a nossa imagem para refletir um tom fresco e positivo, adaptado às novas tendências e necessidades dos consumidores. A nossa nova identidade visual é mais contemporânea, mais estilizada, com um logótipo simplificado e uma paleta de cores vibrantes. Este equilíbrio entre tradição e modernidade é essencial para manter a nossa brand equity junto dos nossos consumidores. O equilíbrio entre a tradição e as novas exigências do consumidor foi encontrado com o desenvolvimento de um storytelling que se foca na marca RAR como “especialista
do açúcar” e com a organização de todo o portefólio de produtos de uma forma atrativa, relevante e diferenciadora.
A RAR Açúcar posiciona-se como uma referência no mercado ibérico, apostando na inovação e sustentabilidade. De que maneira a nova identidade visual e estratégica da marca irá reforçar esses pilares, e que mudanças concretas os consumidores podem esperar?
A nova identidade visual e estratégica da RAR Açúcar reforça o nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade. Através de um design moderno e apelativo, destacamos a naturalidade dos nossos produtos que são 100% de cana-de-açúcar. Além disso, estamos a implementar práticas sustentáveis em toda a nossa cadeia de valor, como a redução do consumo de energia, redução de consumo de água e redução do nosso footprint carbónico. Adicionalmente, estamos a aumentar consideravelmente a
Marco Castro, Diretor Comercial e Marketing
utilização de materiais de embalagem reciclados e continuamos a apostar na utilização do papel de cor natural na nossa embalagem mainstream, tudo isto alicerçado num novo sistema que vai de encontro com as novas práticas ESG (Environmental Social Governance).
Além disso, os consumidores podem esperar uma gama de produtos diferenciados, com as mais diversas certificações de qualidade IFS, ISO, Kosher, Halal, BIO e V-Label.
Nos últimos anos, a empresa tem investido na modernização dos seus processos de fabrico e gestão. Como é que o rebranding reflete essa evolução e de que forma pretende comunicar ao mercado essa transformação interna?
O rebranding da RAR Açúcar é uma das ferramentas que estamos a trabalhar, dentro daquilo que reflete o nosso foco na contínua evolução e modernização da organização. Temos investido em modernizar e atualizar a nossa atividade operacional de forma a aumentar a nossa eficiência e capacidade produtiva. Esta transformação organizacional está alinhada com aquilo que é a nossa nova imagem de marca, que transmite uma identidade visual coerente, moderna e apelativa, mas, preservando o património e história da marca.
A marca destaca a naturalidade como um dos seus valores centrais. Em termos de rebranding, que estratégias estão a ser adotadas para enfatizar este compromisso, tanto na comunicação como no desenvolvimento dos produtos?
Em todo o processo do nosso projeto de rebranding, procurámos perceber quais são as perceções do nosso consumidor no que toca ao tema da naturalidade. Sabemos que em Portugal, o consumidor desconhece que existem duas fontes diferentes para a produção do açúcar. Algumas marcas e empresas na Europa utilizam a beterraba, mas a RAR Açúcar é produtora de açúcar 100% de cana-de-açúcar. Tanto na comunicação do packaging como em todos os restantes meios, queremos transmitir essa mensagem e, inclusivamente, informar de uma forma muito simples e transparente qual o nosso processo produtivo. À semelhança de
outras categorias de produtos alimentares, purificamos a nossa matéria-prima, rama de cana-de-açúcar, até termos um único ingrediente: o açúcar.
Com a crescente digitalização e a importância das redes sociais na construção de marcas, como a RAR Açúcar pretende utilizar o rebranding para fortalecer a sua presença digital e a proximidade com os consumidores?
A RAR Açúcar está a utilizar o rebranding para fortalecer a sua presença digital e aproximar-se cada vez mais dos seus consumidores. Aliás, a nossa nova identidade visual é bastante adaptável e coerente, o que facilita a sua integração nos mais diversos formatos digitais, por isso, o kick-off desta comunicação do rebranding, está muito assente numa fase inicial no mundo digital, apostando nas redes sociais como um veículo para criar os conteúdos desta nova identidade da nossa marca. Esta estratégia visa aumentar a nossa digital footprint e promover um maior customer engagement junto da nossa comunidade. Vivemos num mundo em que tudo acontece a um ritmo vertiginoso, onde comunicamos, trabalhamos e vivemos de uma forma muito exigente. Queremos por isso ser uma marca que surpreende e que seja a protagonista do efeito positivo que pode proporcionar no quotidiano de todos.
A RAR Açúcar foi recentemente distinguida com os prémios Escolha do Consumidor e Cinco Estrelas. Como o rebranding pretende consolidar e expandir essa perceção de qualidade e excelência junto dos clientes e parceiros?
A distinção destes prémios, que muito nos orgulha, além de ser uma responsabilidade adicional, pela confiança e lealdade que os nossos consumidores depositam em nós, a RAR Açúcar vai continuar a investir em inovação e qualidade, garantindo que os nossos produtos acolhem e superam as expectativas dos seus consumidores.
A nossa nova identidade visual transmite uma adaptação aos novos tempos, num território de positividade e de confiança dos nossos consumidores, com o objetivo de fortalecermos a nossa brand reputation.

EUROPASTRY A ARTE DA PANIFICAÇÃO MODERNA
A Europastry tem vindo a redefinir a panificação industrial ao unir tradição artesanal e inovação tecnológica, garantindo produtos autênticos. Em entrevista, Filipe Canário, Sales & Marketing Director da Europastry Portugal, revela como a empresa mantém uma vantagem competitiva através de inovação e soluções tailor-made e fully baked, alinhadas com as tendências de mercado.



A Europastry equilibra tradição artesanal e inovação para redefinir a panificação industrial. Como é que a empresa transforma essa fusão em vantagem competitiva e quais são as principais inovações que estão a moldar o futuro do setor?
A Europastry tem sido pioneira a combinar a tradição artesanal da panificação com as mais avançadas inovações tecnológicas, criando um modelo único que nos coloca na vanguarda do setor. Temos apostado fortemente em processos de produção automatizados e eficientes, criando um modelo único que combina excelência e eficiência, mantendo qualidade e autenticidade, e oferecemos produtos com sabor artesanal em escala global. A nossa grande vantagem competitiva reside na agilidade em integrar a inovação, assim como o desenvolvimento de soluções “tailor-made” e fully baked na cadeia produtiva, alinhadas às tendências do mercado, garantindo eficiência operacional e consistência de qualidade, respondendo às necessidades específicas dos nossos clientes e às tendências do mercado.
Sendo a inovação parte essencial do ADN da Europastry, pode partilhar insights sobre as próximas novidades que a empresa pretende lançar? De que forma essas inovações refletem as tendências emergentes no setor da panificação e as novas exigências dos consumidores?
A Europastry continua a colocar a inovação no centro da sua estratégia, respondendo às exigências dos consumidores e acompanhando tendências de mercado. Priorizamos a criação de produtos

mais nutritivos e equilibrados, destacando a importância da utilização de ingredientes naturais e locais. Esse compromisso reflete o crescente interesse dos consumidores por alimentos mais autênticos. Em janeiro lançámos a nossa primeira coleção anual de inovação, com 30 novos produtos que incorporam conceitos inovadores, novos formatos e sabores. Destacamos a coleção de Cheesepies, o Burger Croissant e pães Gran Reserva Fully Baked, feitos com massa mãe e farinhas locais, promovendo a proximidade e a qualidade. No segmento American Bakery lançamos o Muffin de Pistacho e o Muffin Chocolate Lion®, ambos muito bem recebidos pelos nossos clientes.
A gama Le Brió foi reforçada com a linha Beach, composta por um Burger e Hot Dog elaborados com massa brioche rica em ovo, manteiga e massa mãe, que se destacam pelo formato de tabuleiro, pela sua aparência dourada e apelativa e textura incrivelmente fofa. Estamos já a trabalhar nas novidades de abril, com um foco especial no Canal Horeca. Estas novidades alinham-se à procura crescente por alimentação saudável, responsável e às novas tendências em sabores, texturas e formatos. Entre elas, destaca-se a nova coleção de Bolas de Berlim para o verão e uma linha de pães diferenciados destinados á restauração e hotelaria.
A sustentabilidade, para a Europastry, é um compromisso com o futuro do planeta. De que forma a empresa está a implementar práticas sustentáveis na produção e na embalagem, para acompanhar essa demanda global?
A sustentabilidade é um compromisso central da Europastry em que estamos fortemente empenhados. Entre 2020 e 2023, reduzimos 50% das emissões de CO2, economizando 27.776 toneladas de carbono. Utilizamos 91% de energia elétrica proveniente de fontes renováveis nas nossas unidades de produção e promovemos o uso de matérias-primas locais, como trigo cultivado de forma sustentável. Investimos também na otimização do uso de água, em embalagens ecológicas, numa frota sustentável e práticas de economia circular. Este é um caminho que vamos continuar a seguir, de forma a garantir que continuamos a liderar o setor com práticas responsáveis e inovadoras. www.europastry.com/pt
Filipe Canário, Sales & Marketing Director

O GOLFE PROFISSIONAL EM
PORTUGAL: TER A CORAGEM DE APOSTAR NO SUCESSO

Portugal tem uma relação especial com o golfe. Não apenas pela qualidade ímpar dos seus campos, reconhecidos entre os melhores do mundo, nem tão pouco pela sua posição consolidada como um dos destinos de golfe de excelência, mas porque, contra todas as adversidades, tem conseguido formar jogadores e treinadores de enorme talento, capazes de ombrear com os melhores. No entanto, apesar deste enorme potencial, continuamos a enfrentar uma barreira persistente e limitadora: a falta de investimento estratégico e sustentado que permita aos nossos atletas competir ao mais alto nível. É uma contradição gritante! O golfe tem um público-alvo altamente qualificado e com poder económico significativo, tornando-se num veículo de comunicação e ativação de marca com um retorno sem paralelo. No entanto, o preconceito ideológico e a visão limitada sobre a modalidade ainda travam um investimento que poderia transformar o nosso país numa referência mundial do golfe. Se Portugal já se afirmou como destino de golfe, porque não dar o passo seguinte e afirmar-se também como uma potência competitiva?
Nomes como Ricardo Melo Gouveia, Ricardo Santos, Tomás Melo Gouveia e Pedro Figueiredo, jogadores que têm vindo a deixar a sua marca nos principais circuitos europeus, com mais apoio, podem ainda chegar mais longe. Da mesma forma, ao longo dos anos, tivemos provas concretas de que conseguimos formar amadores entre os melhores do mundo: Gonçalo Pinto, Pedro Lencart e Daniel Rodrigues são alguns dos exemplos, destacando-se na sua geração
e figurando entre os melhores do ranking mundial amador. Estes talentos demonstram que o futuro pode ser promissor, mas apenas se lhes dermos o suporte necessário para que possam consolidar as suas carreiras no profissionalismo. No que diz respeito à formação e à orientação técnica, temos também treinadores de enorme qualidade, como David Silva e Nelson Ribeiro, que são já selecionadores de outras nações, o que prova que o nosso conhecimento e competência são altamente valorizados fora de portas.
E, no entanto, em vez de celebrarmos o nosso potencial e investirmos no mesmo, caímos na análise cíclica e superficial que ressurge de quatro em quatro anos, nos Jogos Olímpicos, onde lamentamos o facto de Portugal apenas investir no futebol e de os nossos atletas de outras modalidades conseguirem feitos incríveis “com muito pouco”.
Esta narrativa tem de mudar! O talento e o esforço não podem continuar a ser desperdiçados por falta de visão estratégica e de coragem para apostar em grande na modalidade.
Este ano marca o início de um novo ciclo olímpico, e com ele deve nascer uma nova mentalidade. É tempo de recuperar eventos históricos como o Open da Madeira e o Portugal Masters, que trouxeram visibilidade, turismo e um retorno económico direto ao país. É tempo de o tecido empresarial perceber que o golfe é uma plataforma única para o posicionamento de marca e para a criação de oportunidades de negócio. E, sobretudo, é tempo de darmos aos nossos jogadores as condições que lhes permitam competir de igual para igual no panorama internacional.
Portugal tem tudo para se tornar uma potência do golfe mundial. Falta apenas o compromisso e a coragem de investir no nosso próprio potencial. Coragem por parte dos governantes, que devem olhar para o golfe como um ativo estratégico e não como uma modalidade secundária. Coragem por parte das empresas, que devem abraçar as oportunidades que este meio oferece. E coragem por parte dos próprios atletas e das suas famílias, que, tendo as condições certas, poderão finalmente sonhar mais alto e acreditar que o impossível está ao seu alcance.
O futuro do golfe português escreve-se agora. Com visão, investimento e determinação, podemos ser mais do que um destino de eleição para os praticantes da modalidade.
Podemos escrever o nosso nome no mapa do golfe mundial! Mas, para isso, é preciso agir. É preciso acreditar. É preciso ter coragem.
Rui Morris, Presidente da PGA Portugal

SUPLEMENTO ESPECIAL DEDICADO AO GOLFE EM PORTUGAL
1º SUPLEMENTO | EDIÇÃO MAIO



PRODUTO DO ANO 2025
O Produto do Ano é um prémio de grande prestígio que reconhece a inovação no mercado de bens de consumo. Esta distinção tem como principal objetivo reconhecer produtos inovadores que se destacam pela sua qualidade, funcionalidade e aceitação por parte dos consumidores.
A selecção dos vencedores do Produto do Ano é feita com base na opinião dos próprios consumidores, através de estudos independentes realizados por institutos especializados. Estes estudos avaliam diferentes critérios, como a inovação percebida, a atratividade, a satisfação e a intenção de compra. O selo Produto do Ano confere uma credibilidade acrescida às marcas, ajudando os consumidores a fazer escolhas informadas e confiantes.
Para as empresas, conquistar este prémio representa uma vantagem competitiva significativa, permitindo-lhes diferenciar-se no mercado e reforçar a confiança do público. Além disso, os produtos premiados beneficiam de um impacto positivo nas vendas e na notoriedade da marca.
O Produto do Ano é, assim, um selo de excelência que valoriza a inovação e reforça a ligação entre marcas e consumidores, promovendo a melhoria contínua dos produtos disponíveis no mercado. Nas próximas páginas, fique a conhecer os produtos que conquistaram esta distinção e descubra o que os torna únicos!

José Borralho, CEO
PRODUTO DO ANO CONTINUA A DAR VOZ AOS CONSUMIDORES
No seguimento da importância e relevância que a distinção Produto do Ano assume em Portugal, entrevistámos José Borralho, CEO do único sistema de avaliação que distingue os produtos que se destacam pela inovação e com avaliação direta dos consumidores.
Quais foram os principais desafios, ao longo destes 21 anos, para manter a credibilidade e relevância do Produto do Ano? Como a internacionalização do Produto do Ano influenciou a sua evolução em Portugal?
Manter a credibilidade e relevância do Produto do Ano durante 21 anos exigiu resiliência, inovação e um compromisso inabalável com a transparência. O mercado evoluiu, os consumidores tornaram-se mais exigentes e as marcas enfrentaram novos desafios. Como nos
mantemos durante 21 anos? Reinventámo-nos constantemente, ouvindo o consumidor e as marcas, garantindo que o selo Produto do Ano reflete, de facto, as escolhas reais dos consumidores. A forte internacionalização do projeto fortaleceu também a marca, permitindo-nos trazer insights globais, validar tendências e reforçar o valor da certificação em Portugal. Expandimos horizontes, mas mantivemos a essência: premiar a inovação que impacta o dia a dia dos consumidores.
Como é que o Produto do Ano se tem adaptado às mudanças no comportamento do consumidor ao longo das décadas? Existe algum setor que se tenha destacado pela adoção do selo como fator de diferenciação?
A adaptação às mudanças do consumidor tem sido uma missão contínua. Nos primeiros anos, o Produto do Ano era um diferencial de confiança e negócio na área do grande consumo; hoje, é uma ferramenta estratégica para marcas de qualquer setor que queiram destacar-se num mercado hipercompetitivo. Apostámos na digitalização, na interatividade e na ampliação dos setores avaliados para refletir as novas prioridades do consumidor. Setores como a cosmética, a alimentação, serviços e os produtos sustentáveis destacaram-se na adoção do selo, pois nele encontraram um fator de diferenciação que influencia diretamente a decisão de compra.
Em 2024, disse-nos que o futuro do Produto do Ano passaria, essencialmente, pela sua capacidade de abranger novos setores. Pode dar mais detalhes sobre os novos setores que o Produto do Ano pretende alcançar?
O Produto do Ano está preparado para crescer além dos setores tradicionais. Em 2025, queremos fortalecer a presença em áreas como tecnologia, serviços digitais, mobilidade sustentável e até soluções financeiras inovadoras. O consumo mudou e a inovação vai muito além dos produtos físicos. O selo tem de acompanhar essa transformação e premiar marcas que redefinem a forma como vivemos e consumimos.
Como vê o futuro dos prémios e distinções como o Produto do Ano, num mercado cada vez mais digital e orientado por dados, onde a influência das redes sociais e das avaliações dos consumidores em tempo real ganha cada vez mais peso nas decisões de compra?
O futuro dos prémios como o Produto do Ano passa pela sua evolução como referência de confiança num mundo saturado de informação. Num mercado cada vez mais digital, a validação real dos consumidores será ainda mais valiosa. Redes sociais e avaliações em tempo real são influentes, mas o Produto do Ano continua a oferecer um selo imparcial, baseado em metodologia rigorosa e estudos aprofundados. Cabe-nos, obviamente, adaptar as nossas metodologias, como o temos vindo a fazer já, a esta urgência temporal, facultando informação em espaço de tempo cada vez mais curto. A combinação entre credibilidade e adaptação digital será a chave para continuar a ser o selo de referência para consumidores e marcas.


INOVAÇÃO RECONHECIDA COM O PRÉMIO
PRODUTO
DO ANO 2025
Sob a administração de Rui Lopo, a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) tem impulsionado a mobilidade urbana através de iniciativas inovadoras. A App navegante® foi distinguida como Produto do Ano 2025, refletindo o compromisso da TML em melhorar a experiência dos utilizadores. Além disso, o lançamento da App navegante® Empresas visa otimizar a gestão da mobilidade corporativa, promovendo práticas sustentáveis e alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Dado que a App navegante® recebeu o prémio Produto do Ano, com base em critérios como atratividade, inovação e satisfação, quais são os próximos passos planeados pela Transportes Metropolitanos de Lisboa para manter e reforçar estes índices, garantindo que a aplicação continua a corresponder ou até superar as expectativas dos consumidores?
A atribuição do prémio Produto do Ano à App navegante® é um sinal claro do reconhecimento dos utilizadores quanto à capacidade que a App tem em responder às suas necessidades e em ir mais além do que era esperado. Tudo o que é feito pela Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) é feito com o foco nas pessoas e nas suas necessidades de mobilidade, isto implica um esforço e uma dedicação que são contínuos e diários e por essa razão a TML já tem definidos vários passos estratégicos para assegurar que a aplicação continuará a evoluir com incorporação de novas valências, o que permitirá não só manter, como também reforçar a confiança dos utilizadores. Entre as principais iniciativas planeadas, destaca-se a implementação contínua de melhorias de usabilidade para potenciar a melhor experiência do utilizador, através de atualizações regulares implementadas a partir do feedback dos utilizadores. Está também prevista a introdução de novas funcionalidades, como o acesso a uma área privada e a possibilidade de virtualização do cartão navegante®, passando a App a funcionar como um cartão, visando promover uma experiência mais integrada e mais ágil. O objetivo é claro: assegurar
que a aplicação continue a ser uma referência em mobilidade urbana e um exemplo de inovação no setor.
De que forma o reconhecimento como Produto do Ano 2025 reforça o compromisso da App Navegante® com a inovação na mobilidade urbana, e quais são os próximos passos para manter a sua relevância num cenário tecnológico em constante evolução?
Esta distinção reconhece o empenho e a dedicação da nossa equipa ao longo dos últimos dois anos e ao mesmo tempo reforça o compromisso da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) em criar soluções que contribuam de forma concreta para melhorar a

Rui Lopo, Administrador
vida das pessoas. Como já referido anteriormente, na TML, a nossa missão é simples e objetiva: tudo o que desenvolvemos tem como foco as pessoas e a melhoria da sua mobilidade. Este prémio vem reforçar a nossa posição como referência na inovação da mobilidade urbana e motiva-nos a continuar a apostar em soluções que tornem o transporte público mais acessível, eficiente e sustentável.
O reconhecimento como Produto do Ano também reforça a confiança dos utilizadores na App navegante®, consolidando o seu papel como peça fundamental na transformação digital do setor dos transportes na Área Metropolitana de Lisboa.
A Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) deu mais um passo significativo na transformação da mobilidade corporativa, com o lançamento da App navegante® Empresas. De que forma a App navegante® Empresas pretende otimizar a gestão da mobilidade corporativa e quais funcionalidades específicas foram desenvolvidas para facilitar a adesão e o acompanhamento das métricas ESG pelas empresas?
A App navegante® Empresas é uma App distinta da App navegante®. Possui menos valências pois funciona apenas como App de carregamento e é exclusiva para a utilização por empresas navegante®. Uma App que promove a utilização do transporte público em contexto laboral, no percurso casa-trabalho-casa e que apoia as empresas na implementação de políticas de responsabilidade social e ambiental em linha com os objetivos de desenvolvimento sustentável.
A App navegante® Empresas introduz uma inovação significativa ao transformar a gestão da mobilidade corporativa através da digitalização e simplificação de processos. Através da App o carregamento do passe é totalmente desmaterializado, bastando uma aproximação ao telefone que identifica uma autorização associada a um cartão para carregamento, permitindo que as empresas carreguem os títulos de forma centralizada e sem custos, eliminando a necessidade de intervenção administrativa. Ao facilitar a adesão das empresas e dos seus trabalhadores, promove uma mudança cultural na forma como nos deslocamos, contribuindo para cidades mais limpas e eficientes. Com a crescente adesão à iniciativa, a sua escalabilidade é evidente, e novas funcionalidades serão introduzidas ainda este ano. Entre elas, a possibilidade de medir poupanças de emissões e avaliar o desempenho sustentável das empresas, incentivando escolhas mais responsáveis e alinhadas com os desafios ambientais. Mais do que uma ferramenta digital, a App navegante® Empresas é um compromisso coletivo com a transformação da mobilidade e a construção de um futuro mais sustentável. Esta solução não só aumenta a eficiência e acessibilidade, como reforça o compromisso com a sustentabilidade.
Com a App navegante® Empresas, a mobilidade corporativa em Lisboa entra numa nova era, onde sustentabilidade, eficiência e inovação caminham lado a lado, em prol de um futuro mais verde e próspero?
Sim, embora não somente em Lisboa, mas em toda a sua área metropolitana, ou seja, nos seus 18 municípios. A App navegante® Empresas tem desempenhado um papel fundamental
na promoção da mobilidade sustentável ao facilitar a adesão das empresas e dos seus colaboradores ao transporte público. Ao simplificar o processo de atribuição e carregamento do passe navegante®, e ao potenciar os benefícios fiscais associados — nomeadamente a majoração de 150% no lucro tributável do valor suportado pelas empresas — cria-se um forte incentivo para que cada vez mais organizações façam parte desta mudança.
Gostariamos que, ainda este ano, o número de empresas aderentes ultrapasse as 1000 entidades, consolidando esta tendência positiva. A médio e longo prazo, o impacto refletir-se-á na redução da dependência do automóvel particular, na diminuição das emissões de CO₂ e no avanço do processo de descarbonização, posicionando a Área Metropolitana de Lisboa como um exemplo de mobilidade responsável e sustentável.

Como é que a TML vê a evolução da mobilidade urbana nos próximos anos e qual será o papel da empresa na transformação do ecossistema de transportes de Lisboa?
Desde a sua criação, a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) tem sido um motor de transformação da mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa, promovendo uma evolução significativa e alinhando a região com as melhores práticas das grandes cidades europeias. A TML atua em diversas frentes, desde a gestão do passe navegante® e de todo o ecossistema de transportes, até à implementação da Carris Metropolitana. Entre as melhorias introduzidas destacam-se a redução de preços, a expansão dos serviços disponíveis, a aposta na transformação digital e o reforço da acessibilidade, com maior integração entre modos de transporte e um alargamento geográfico que beneficia cada vez mais pessoas. Com a entrada em operação da Carris Metropolitana, foi possível uniformizar e simplificar a oferta rodoviária, proporcionando um serviço mais eficiente e abrangente: mais autocarros, mais linhas, mais percursos, melhores horários e mais informação para os passageiros.
Ao digitalizar processos, eliminar barreiras e integrar soluções e produtos inovadores, a TML tem vindo a transformar a experiência de quem utiliza o transporte público, incentivando a sua adesão e contribuindo para uma Área Metropolitana de Lisboa mais sustentável, conectada e acessível a todos.

Sérgio Magalhães, General Manager
LINDT EXCELLENCE CROQUANT ELEITO PRODUTO DO ANO 2025
Sérgio Magalhães, General Manager da Lindt Portugal, revela como o Lindt EXCELLENCE Croquant, vencedor do selo Produto do Ano 2025, reflete a procura constante pela perfeição sensorial e inovações que cativam os amantes de chocolate, e salienta que, em 2025, a marca vai continuar a surpreender com novas experiências irresistíveis.
O que torna o Lindt EXCELLENCE Croquant um produto merecedor do selo Produto do Ano 2025? Quais características mais se destacaram na avaliação do público?
Lindt EXCELLENCE Croquant é o resultado da nossa paixão pela excelência do chocolate. A combinação única de chocolate negro fino e pedaços crocantes conquistou os amantes do chocolate graças à textura inigualável e ao equilíbrio perfeito entre intensidade e delicadeza. A apreciação do público evidenciou precisamente essa harmonia entre crocante e cremoso, bem como a qualidade dos ingredientes selecionados pelos nossos Mestres Chocolateiros Lindt. Para além disso, a sofisticação e o prazer multissensorial que oferece convertem num produto verdadeiramente irresistível e digno de reconhecimento como Produto do Ano 2025.
Como esta distinção reforça a posição da Lindt no mercado de chocolates premium? De que forma esse reconhecimento influencia a percepção do consumidor sobre a marca?
Este prémio reforça a liderança da Lindt no segmento de chocolates premium e sublinha a nossa capacidade de inovar sem comprometer a qualidade e tradição que nos define. Ser reconhecido como Produto do Ano 2025 em Portugal é uma prova da confiança que os consumidores depositam em nós e na nossa procura contínua de novas experiências para o paladar. Para além disso, este reconhecimento reforça a perceção da Lindt como uma marca que combina na perfeição o chocolate artesanal com a criatividade, oferecendo produtos que surpreendem e encantam os nossos consumidores.
Como foi o processo de criação do Lindt EXCELLENCE Croquant e que desafios a marca enfrentou para trazer algo verdadeiramente diferenciado ao mercado?
O desenvolvimento da gama Lindt EXCELLENCE Croquant foi um desafio emocionante para os nossos Mestres Chocolateiros Lindt. O nosso objetivo era criar uma nova experiência sensorial
dentro da gama Lindt EXCELLENCE, combinando chocolate negro intenso com um elemento crocante que proporciose um contraste sofisticado e equilibrado. Um dos maiores desafios era conseguir a textura ideal: manter a frescura crocante dos pedaços de wafer sem perder a suavidade do chocolate.
Graças à nossa experiência e dedicação, conseguimos uma receita inovadora que foi um sucesso entre os consumidores, reafirmando o nosso compromisso com a qualidade e a inovação no mundo do chocolate premium
O que este prémio revela sobre as tendências de consumo no setor de chocolates? Acredita que há uma crescente procura por experiências sensoriais mais sofisticadas e texturas diferenciadas?
O reconhecimento do Lindt EXCELLENCE Croquant reflete uma tendência clara no consumo de chocolate: os amantes de chocolate não procuram apenas o sabor, mas também uma experiência mais rica e surpreendente. A combinação de texturas e contrastes está a ganhar destaque, uma vez que os consumidores valorizam cada vez mais os produtos que despertam os seus sentidos. Estudos recentes mostram que a indulgência evoluiu, tornando-se um momento especial que vai para além do simples prazer. Em resposta, a indústria aposta em receitas inovadoras que misturam ingredientes inesperados e jogam com o crocante, o cremoso e o intenso, elevando o chocolate premium a outro patamar.
Pode revelar um pouco das novidades da marca para este novo ano de 2025?
Em 2025, Lindt & Sprüngli continua a reinventar-se, apostando em novos formatos de chocolates para oferecer, bombons e figuras. As marcas LINDOR e EXCELLENCE têm sido as mais populares a nível mundial. Entre as novidades, estamos entusiasmados com o regresso da tablete Lindt Dubai Style Chocolate a Espanha e Portugal em março, e com o lançamento de novos formatos em abril.

YVES ROCHER CONQUISTA “PRODUTO DO ANO 2025”
Numa entrevista exclusiva, Paula Cunha, Brand Communication & Training Manager da Yves Rocher, explica como a distinção “Produto do Ano 2025” fortalece a ligação emocional dos consumidores com a marca e revela as estratégias para consolidar a presença no mercado português em 2025.

Que impacto a distinção de “Produto do Ano 2025” tem na percepção dos consumidores sobre a inovação e a confiabilidade da Yves Rocher, e de que forma esse reconhecimento fortalece a conexão emocional dos clientes com a marca e os seus valores?
O Prémio “Produto do Ano 2025” é uma distinção importante para a Yves Rocher, Marca Nº 1 de Beleza em França, e atualmente posicionada no Top 10 nacional, por vários motivos: somos uma marca de skin care e foi nessa categoria que fomos reconhecidos com o nosso Sérum Antirrugas Lifting da linha Lift Pro-Collagène, produto inovador com uma promessa de redução de 32% das rugas profundas em quatro semanas; o prémio é identificado, reconhecido e valorizado pelos consumidores em Portugal e finalmente, é incontestável a ligação que o prémio proporciona à Marca e ao produto graças à avaliação direta dos consumidores que percebem o produto como inovador, eficaz e sustentável, valores intrínsecos à nossa Marca.
Como é que a distinção “Produto do Ano 2025” reflete a inovação científica e a eficácia do Sérum Antirrugas Lifting no combate aos sinais de envelhecimento? Houve avanços significativos em ingredientes ou tecnologia que redefinem os padrões da categoria?
Na Yves Rocher somos especialistas na arte de revelar a eficácia das plantas para cuidar da pele, mas somos também comprome-


tidos com uma beleza cada vez mais sustentável e responsável. A isto designamos, The Power of Botanical Beauty, uma Beleza eficaz que tem como base a BIO-Inspiração para a formulação de produtos à base de plantas, com eficácia e resultados comprovados e com impacto positivo para as pessoas e para o Planeta. No caso do Sérum premiado, os investigadores Yves Rocher selecionaram um ativo específico, a Erva-do-Orvalho, um autêntico reservatório de juventude capaz de conservar toda a sua frescura, vitalidade e juventude. Após 12 anos de investigação e três patentes registadas em França, comprovamos que o extrato que utilizamos é capaz de estimular a produção natural de ácido hialurónico em +93% e de colagénio em +55%.
Como a sinergia entre o ácido hialurónico de origem natural, o colagénio vegetal e o extrato concentrado de Erva-do-Orvalho influenciam a síntese de colágeno endógeno e a retenção de hidratação na pele, proporcionando um efeito lifting visível e duradouro?
Para responder adequadamente ao processo de envelhecimento cutâneo, os investigadores Yves Rocher trabalharam no sentido de combinar o nosso ativo botânico exclusivo, ultra poderoso e com eficácia prolongada – a Erva-do-Orvalho – ao colagénio vegetal patenteado e ao ácido hialurónico de origem natural para uma eficácia comprovada. É graças a este complexo botânico exclusivo que a Yves Rocher consegue garantir, com a linha Lift Pro-Collagène, resultados antirrugas extraordinários.
Quais são as estratégias previstas pela Yves Rocher para 2025, no sentido de consolidar a sua presença no mercado português e que novidades em termos de produtos podemos esperar para este ano?
O nosso objetivo é e vai continuar a ser a conquista de novos clientes. Por essa razão, lançámos em 2023 o e-commerce e em 2024 o modelo de afiliação, permitindo-nos angariar mais e novos clientes. Adicionalmente, é essencial reforçamos o nosso posicionamento no mercado enquanto especialistas de cuidados de rosto e mantermo-nos no Top 10 das Marcas de cosmética a nível nacional. Para tudo isto, teremos ações contínuas de visibilidade da Marca e um plano dinâmico de lançamentos nas categorias de care
Paula Cunha, Brand Communication & Training Manager

The power of Botanical Beauty

32 % +55 % DE RUGAS PROFUNDAS (2)
3 PATENTES(3) 12 ANOS DE INVESTIGAÇÃO NOVO
COLAGÉNIO (1)
ERVA-DO-ORVALHO BIO ATIVO BOTÂNICO + Ácido hialurónico + Colagénio vegetal
INGREDIENTES DE ORIGEM NATURAL 98 %
O poder antirrugas da Erva-do-orvalho.
(1) Teste in vitro realizado sobre a Erva-do-Orvalho (2) Após 4 semanas. Teste de autoavaliação em 15 casos, com aplicação bidiária (3) Patente registada em França (4) Fonte: Kantal Worldpanel. Marca Yves Rocher. Todas as consumidoras. Total em 2023 (data a partir de 24/12/2023) nº 1 em valor WWW.YVES-ROCHER.PT

YVES ROCHER MARCA Nº1 EM CUIDADOS DE ROSTO EM FRANÇA (4)
AMOOS NATURALLY SOFT É PRODUTO DO ANO
A linha Naturally Soft da Amoos reafirma o compromisso da marca com inovação e sustentabilidade, conquistando o prémio Produto do Ano 2025. O Papel Higiénico Naturally Soft 3 folhas e os Guardanapos Naturally Soft 2 folhas 40x40 destacaram-se pela tecnologia exclusiva Natural Soft Fibre™, que alia suavidade, resistência e um processo produtivo mais eficiente e ecológico.


desenvolvimento de uma linha de produtos que é um exemplo claro de como a inovação e a sustentabilidade podem coexistir harmoniosamente, como na gama Naturally Soft. Para a marca Amoos, este reconhecimento reforça o compromisso de oferecer ao mercado e aos consumidores soluções inovadoras e sustentáveis, garantindo sempre uma qualidade superior.
Como é que a tecnologia Natural Soft Fibre™ contribui especificamente para a sustentabilidade dos produtos Amoos, tanto em termos de matéria-prima quanto no processo de fabrico?

Quais os principais fatores que diferenciaram o Papel Higiénico Naturally Soft 3 folhas e os Guardanapos Naturally Soft 2 folhas 40x40, da Amoos, para serem reconhecidos como Produto do Ano 2025? O que significa para a Amoos este reconhecimento?
A gama Naturally Soft destaca-se por refletir dois grandes pilares da marca Amoos: a inovação e a sustentabilidade. Através da tecnologia exclusiva e patenteada Natural Soft Fibre™, criámos uma linha de produtos que conjuga suavidade, durabilidade e respeito pelo meio ambiente. A ausência de branqueamentos químicos, associada a uma produção mais eficiente em recursos, torna esta gama única no mercado. A distinção obtida com o Produto do Ano 2025 materializa o plano da empresa para continuar a oferecer aos consumidores soluções de valor superior.
Este prémio simboliza não só a inovação e qualidade do produto, mas também a dedicação da marca à sustentabilidade e à criação de uma experiência superior para o consumidor?
Este prémio reflete o esforço conjunto das nossas equipas no
Toda a gama é fabricada com as melhores fibras virgens naturais e renováveis, provenientes de florestas 100% certificadas e geridas de forma responsável, e destaca-se pela ausência de branqueamentos químicos, preservando a cor natural da fibra (castanho). Este método não só otimiza o consumo de água e energia, tornando o processo mais eficiente, como também assegura uma qualidade superior, oferecendo uma suavidade elevada, maior espessura e flexibilidade, que garantem conforto e eficácia.
Quais são as principais ambições da Amoos para o futuro e como a marca pretende evoluir para se manter referência em qualidade, inovação e sustentabilidade no setor?
As principais ambições da marca Amoos para o futuro são estabelecer-se como uma referência no setor, destacando-se em inovação, qualidade e sustentabilidade, garantindo o desenvolvimento de produtos que atendam às crescentes expectativas dos consumidores, incorporando tecnologias cada vez mais avançadas e práticas de produção responsáveis.



SHAMIR É NOVAMENTE DISTINGUIDA
Luís Feijó, Diretor-Geral da Shamir Portugal, falou-nos sobre o trabalho que tem sido desenvolvido pela marca que acaba de ser, uma vez mais, reconhecida com o prémio Produto do Ano!

Como é que a Shamir interpreta os resultados obtidos no prémio “Produto do Ano 2025” e quais os principais fatores que contribuíram para a elevada perceção de inovação e intenção de compra das lentes Shamir Optimee™?
É sempre com enorme prazer que recebemos um prémio e as lentes Shamir Optimee™ têm um sabor especial, pois destinam-se às crianças e refletem a confiança que os consumidores depositam nas nossas soluções para a saúde visual infantil. Este projeto começou há mais de 10 anos e a Shamir não quis ser apenas mais um player no mercado, tinha que marcar a diferença. Foi no final de 2023, com a publicação do estudo sobre as lentes na revista científica American Journal of Ophtalmology, que as consideramos prontas para disponibilizar no mercado. Este é mais um reconhecimento significativo do nosso compromisso contínuo com a inovação e a excelência no setor ótico. Sentimo-nos honrados com este reconhecimento e comprometidos em continuar a desenvolver soluções inovadoras que melhorem a qualidade de vida das crianças e apoiem os profissionais de saúde visual na gestão eficaz da miopia infantil.
De que forma a abordagem holística das lentes Shamir Optimee™ equilibra simultaneamente a gestão eficaz da miopia, o conforto visual e a postura das crianças, e quais os benefícios desta sinergia a longo prazo no desenvolvimento ocular infantil?
cuidadosamente desenvolvida para oferecer uma solução inovadora na gestão da miopia infantil, equilibrando três pilares essenciais: controlo eficaz da progressão da miopia, conforto visual e manutenção da postura natural das crianças. “Calçámos os sapatos da criança” e olhámos através das lentes como elas. Com uma nova tecnologia “Focusflow™ ”, as lentes Shamir Optimee™, têm um canal vertical livre de distorções, que permite à criança olhar de baixo para cima mantendo uma visão nítida e limpa. Um dos grandes desafios das lentes tradicionais é a necessidade de inclinação excessiva da cabeça para focar corretamente. As lentes Shamir Optimee™ foram desenvolvidas para minimizar esse esforço, ajudando a preservar uma postura ergonómica adequada, essencial para o bem-estar das crianças e para a sua saúde musculoesquelética a longo prazo.
A resistência até 18 vezes superior das lentes Shamir Optimee™, graças à tecnologia Metaform™, representa um avanço significativo em segurança. Como é que esta inovação pode influenciar a confiança dos pais na escolha das lentes para os seus filhos?
Efetivamente a tecnologia Shamir Metaform™ representa um avanço significativo na segurança ocular infantil. Esta inovação não só reforça a durabilidade das lentes, mas também desempenha um papel essencial na confiança dos pais ao escolherem a melhor solução visual para os seus filhos. Numa vertente mais técnica, a Shamir Metaform™, é uma inovadora tecnologia de produção, que integra um processo de aplicação de uma película ótica na superfície interna da lente e aumenta em 18 vezes o requisito definido pela FDA para lentes oftálmicas, de resistência ao impacto. Esta película é utilizada, com o mesmo intuito, nas indústrias automóvel e aeronáutica. Trata-se de um processo em plena harmonia com o ambiente, um processo produtivo 80% mais eficiente a nível energético e com um consumo de água 95% inferior.
De que forma esta e outras distinções impulsionam a estratégia futura da Shamir e quais são os próximos avanços previstos em investigação e desenvolvimento para continuar a inovar no mercado das lentes oftálmicas, mantendo o foco na saúde visual e no bem-estar dos clientes?
O reconhecimento das lentes Shamir Optimee™ como “Produto do Ano 2025”, e outras distinções que temos recebido, reforçam o nosso compromisso contínuo com a inovação e a excelência no setor ótico. Estes prémios, validam a nossa abordagem baseada em investigação científica, tecnologia de ponta e uma visão centrada no bem-estar, incentivando-nos a continuar a desenvolver soluções disruptivas para a saúde visual. No futuro, continuaremos a explorar tecnologias que possam atuar de forma ainda mais eficaz na progressão da miopia infantil, um dos maiores desafios da saúde ocular global.
Como já mencionado acima, a Shamir quis desenvolver algo diferente. A abordagem holística das lentes Shamir Optimee™ foi



Luís Feijó, Diretor-Geral


CONSUMER CHOICE
A ConsumerChoice é uma entidade dedicada à avaliação da satisfação dos consumidores em Portugal, reconhecendo, anualmente, as marcas que mais se destacam em diversas categorias através de distinções como a "Escolha do Consumidor", "Escolha Sustentável" e "Quality Award".
Desde 2012, a Escolha do Consumidor avalia e premeia as marcas que melhor satisfazem os consumidores portugueses. Em 2025, na sua 13ª edição, foram distinguidas 215 marcas em diversas categorias. Introduzida em 2024, a Escolha Sustentável é uma iniciativa que visa reconhecer produtos e serviços que contribuem ativamente para a sustentabilidade a nível social, ambiental e económico. Na sua segunda edição, em 2025, 16 marcas foram distinguidas.
O Quality Award é uma distinção atribuída pela ConsumerChoice que reconhece as marcas que se destacam pela excelência na qualidade dos seus produtos e serviços, atendendo às expectativas e necessidades dos consumidores. Este prémio reforça o compromisso das empresas em oferecer padrões elevados de qualidade, contribuindo para a satisfação e confiança dos clientes.
Estas distinções da ConsumerChoice servem como um guia para os consumidores, auxiliando-os a tomar decisões de compra mais informadas e conscientes, ao mesmo tempo que incentivam as empresas a manterem elevados padrões de qualidade e sustentabilidade.
Descubra, nas próximas páginas, as marcas premiadas e conheça as que mais conquistaram os consumidores!



“A NOSSA MISSÃO É CLARA: DAR VOZ AO CONSUMIDOR E AJUDAR AS MARCAS A ESCUTAR
ATIVAMENTE”

Vivemos num contexto de transformação acelerada, onde os hábitos de consumo evoluem ao ritmo das mudanças tecnológicas, sociais e ambientais. O consumidor atual já não é apenas exigente, ele é informado, criterioso e procura marcas que estejam alinhadas com os seus valores e expectativas. Mais do que comprar um produto ou serviço, o consumidor procura uma experiência significativa e autêntica. O preço e a qualidade já não são os únicos fatores decisivos para a compra. O consumidor procura marcas em que confia e que refletem os seus valores, tornando a conexão emocional, tão relevante quanto o próprio produto.
O nosso compromisso na ConsumerChoice é simples, mas essencial: ser o elo de ligação entre as marcas e os consumidores, garantindo que as empresas recebem um feedback direto e relevante, e que os consumidores têm acesso a informação credível para apoiar as suas decisões de compra. Quantas marcas realmente acompanham de perto o comportamento dos consumidores nos pontos de venda? Quantas simulam a jornada do cliente? Compreender os hábitos de consumo é essencial para antecipar tendências, ajustar estratégias e responder de forma eficaz às necessidades do mercado.
Nos estudos de mercado que realizamos anualmente em diversas categorias de consumo, observamos que uma parte significativa dos consumidores sente que as suas necessidades e expectativas nem sempre são plenamente atendidas ou representadas pelas marcas que escolhem. Esta realidade evidencia uma exigência crescente por uma comunicação mais transparente e um atendimento verdadeiramente personalizado. Atualmente, o grande diferencial de uma marca está na experiência que oferece ao seu consumidor. E nesta nova era, onde a tecnologia dita novas regras de interação e consumo, é essencial que as marcas compreendam os novos comportamentos e as expectativas emergentes. A procura por conveniência, personalização e transparência são elementos centrais na decisão de compra. A era digital transformou a forma como o consumidor interage com as marcas. Hoje, o consumidor quer rapidez, clareza e compromisso. No entanto, muitas marcas ainda não se prepararam para esta evolução ao ritmo necessário. Acreditamos que as marcas que ignoram
Nassrin Majid, Diretora-Geral da ConsumerChoice
esta transformação correm o risco de perder relevância no mercado, sendo ultrapassadas por aquelas que realmente ouvem e se adaptam às necessidades dos consumidores. Sabemos que a evolução destes sistemas de avaliação será ditada pelo próprio consumidor. O reconhecimento atribuído pelos nossos prémios não se limita a um selo de distinção. Ele impulsiona mudanças, orienta estratégias e desafia as marcas a evoluírem constantemente. É inegável que os consumidores exigem mais transparência e compromisso das marcas, e cabe-nos assegurar que essa mudança acontece. No futuro, continuaremos a acompanhar as tendências, a inovar, trazendo insights valiosos e a proporcionar ferramentas que permitam às marcas compreender melhor os consumidores e evoluir em conjunto com eles.
É neste contexto que a ConsumerChoice desenvolve projetos estratégicos para responder às exigências dos consumidores e à sua constante busca por informação fidedigna, mantendo, naturalmente, a inovação como um compromisso. Trouxemos ao mercado a Escolha Sustentável, que distingue marcas que adotam práticas responsáveis e sustentáveis, promovendo o compromisso ambiental e social das empresas. O Quality Award, que reconhece a qualidade percebida pelos consumidores, destacando marcas que se diferenciam pela excelência dos seus produtos e serviços, garantindo uma experiência de consumo satisfatória e alinhada com as expectativas do público. Também o Best Work Experience, o nosso projeto que responde a um dos grandes desafios do mercado atual: atrair e reter talentos por meio de um ambiente que valoriza o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
O nosso papel vai além de reconhecer marcas, contribuímos para impulsionar um mercado mais transparente, alinhado com as verdadeiras expectativas do público. Afinal, dar voz ao consumidor é o primeiro passo para construir marcas mais fortes e relevantes. Reafirmamos o compromisso com a qualidade, a inovação e a transparência, garantindo que as marcas evoluem continuamente e que os consumidores têm acesso a informação transparente e de valor.
A nossa missão é clara: dar voz ao consumidor e ajudar as marcas a escutar ativamente.

REDE EXPRESSOS REFORÇA LIDERANÇA COM DISTINÇÕES EM SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO
A tecnologia passou a fazer parte do nosso quotidiano, sendo um dos temas de atualidade em discussão, especialmente agora que tanto se fala da inteligência artificial e do seu desenvolvimento e aplicação no dia a dia. Quisemos saber quais os desenvolvimentos tecnológicos que a Rede Expressos está a utilizar de forma a melhorar a sua operação junto dos clientes. Nelson Silva é o Diretor de Sistemas de Informação da Rede Expressos e adiantou o que está a ser feito, em termos tecnológicos, de forma a dotar a empresa para as oportunidades do futuro e, simultaneamente, acentuar a interação com os clientes, seja para a aquisição, revalidação e reembolso de bilhetes, consulta de horários e trajetos, bem como a georreferenciação dos autocarros.
A Rede Expressos acaba de ser eleita Escolha do Consumidor, Escolha Sustentável e, ainda, distinguida com o selo Produto do Ano! Quais os principais investimentos em tecnologia, levados a cabo pela Rede Expressos, que levaram a estes reconhecimentos?
Nos últimos cinco anos, a Rede Expressos tem vindo a reforçar a sua autonomia tecnológica, investindo no fortalecimento da equipa interna e na modernização dos seus sistemas para responder de forma eficaz aos desafios do mercado rodoviário e às crescentes exigências dos clientes.
Neste sentido, temos investido continuamente em diversas áreas estratégicas, incluindo infraestrutura cloud, cibersegurança, implementação de pricing dinâmico, desenvolvimento e otimização


da aplicação móvel e do website, venda a bordo, integrações com gateways de pagamento, melhorias nos sistemas wi-fi das viaturas e avanços nos sistemas de informação nos terminais rodoviários.
Que avanços estão a ser feitos na digitalização dos serviços, melhoria da experiência do cliente e inovação na gestão operacional e de frota?
Estamos constantemente a otimizar os nossos sistemas de gestão operacional, promovendo uma maior flexibilidade para as equipas e maximizando a eficiência na resposta ao serviço. Além disso, estamos a avaliar a implementação de inteligência artificial para prever atrasos e identificar a necessidade de reforços, uma inovação que planeamos introduzir em 2026.


Temos vindo a melhorar, significativamente, a rapidez e eficiência no atendimento aos nossos clientes
A tecnologia é uma ferramenta para aproximar a Rede Expressos dos seus clientes. Como estão a concretizar isso? Com que meios?
Temos vindo a melhorar, significativamente, a rapidez e eficiência no atendimento aos nossos clientes, impulsionados pela evolução contínua dos nossos canais digitais – web, app e sistemas de CRM.
O nosso objetivo é proporcionar a máxima autonomia, permitindo aos clientes comprar, revalidar e solicitar o reembolso dos seus bilhetes de forma simples e intuitiva.
Além disso, estamos cada vez mais atentos ao feedback dos nossos clientes, monitorizando ativamente comentários e reclamações nas redes sociais, avaliações nas app stores, o Portal da Queixa, o Livro de Reclamações e outras plataformas relevantes.
Paralelamente, estamos a desenvolver novos sistemas de chatbot com inteligência artificial, garantindo um atendimento mais rápido, eficiente e disponível 24 horas por dia.
A aplicação móvel “Rede Expressos” permite a compra de bilhetes e acesso a informações em tempo real. Existem funcionalidades adicionais previstas para esta plataforma ou outras iniciativas digitais em desenvolvimento?
Sim, iremos disponibilizar a funcionalidade de acompanhamento em tempo real das viaturas, introduzir novos métodos de pagamento e integrar a revalidação e o reembolso de bilhetes de forma simplificada. Além disso, estamos a trabalhar na integração com a Google
Wallet e a Apple Wallet, proporcionando uma experiência ainda mais conveniente para os nossos clientes.
Os quiosques digitais foram uma aposta da Rede Expressos para facilitar a aquisição de bilhetes. O processo está concluído?
Não, este é apenas o começo. Temos um plano de expansão a nível nacional para a implementação destes equipamentos em mais terminais rodoviários, pontos de venda estratégicos, universidades e junto de parceiros do setor turístico.
Paralelamente, estamos a desenvolver novas funcionalidades para os quiosques, incluindo a possibilidade de revalidação e reembolso de bilhetes, bem como o acompanhamento em tempo real das viaturas.
Como agir com clientes com menor literacia tecnológica?
A Rede Expressos tem vindo a fortalecer estrategicamente a sua colaboração com parceiros, garantindo que os nossos serviços chegam a todo o território nacional. Além da possibilidade de aquisição de bilhetes a bordo, em linhas com menor adesão à venda online, disponibilizamos também a compra através da rede Payshop, Pagaqui, postos de venda oficiais e da nossa linha telefónica, proporcionando maior conveniência e acessibilidade aos nossos clientes.
A georreferenciação já está acessível em todos os autocarros da Rede Expressos?
Atualmente, mais de 95% da nossa frota está equipada com tecnologia de georreferenciação. Em breve, iremos disponibilizar nos nossos canais digitais a funcionalidade de acompanhamento em tempo real da viagem, permitindo aos clientes monitorizar o trajeto e outras informações relevantes.
Como é que a IA pode ajudar a operação da Rede Expressos?
Já utilizamos modelos preditivos e inteligência artificial para a definição de preços dinâmicos nos nossos bilhetes. Atualmente, as nossas equipas de Desenvolvimento e Pricing estão a preparar a base dos sistemas informáticos para a implementação de IA em diversas áreas estratégicas, incluindo:
- Gestão da frota para análise preditiva de atrasos e necessidade de reforço de viaturas;
- Gestão da oferta para otimização e reestruturação de rotas e horários com base na procura, ajustando tempos de espera e melhorando as conexões com base em dados históricos de tráfego. A utilização de IA vai permitir identificar trechos subutilizados e redistribuir recursos de forma eficiente, otimizando o consumo de combustível, reduzindo emissões e garantindo um melhor aproveitamento da frota. Estas melhorias vão resultar num serviço mais ágil, sustentável e alinhado com as necessidades dos passageiros e dos nossos operadores;
- Atendimento ao cliente para melhoria da experiência através da implementação de chatbots inteligentes.
Com estas iniciativas, reforçamos a nossa aposta na inovação, melhorando a eficiência operacional e a qualidade do serviço prestado aos nossos clientes.
Nelson Silva, Diretor de Sistemas de Informação

ok! seguros: EXCELÊNCIA RECONHECIDA
Numa entrevista exclusiva, Marta Vicente, Head of Marketing & Digital Experience da ok! seguros, explica como a marca se mantém na liderança através da inovação, digitalização e personalização, antecipando as necessidades de um consumidor cada vez mais exigente.
Quais são os principais fatores que levaram a ok! seguros a ser distinguida, pelo sétimo ano consecutivo, como Escolha do Consumidor, e de que forma essa distinção reflete o compromisso da marca com a excelência? De que forma a ok! seguros interpreta este reconhecimento e que medidas pretende adotar para continuar a superar as expectativas dos clientes?
A ok! seguros foi distinguida com uma pontuação de 85%, destacando-se entre as 25 marcas mais bem avaliadas pelos consumidores em 2025. Este reconhecimento resulta de fatores-chave como a simplicidade na contratação, a rapidez na resposta, a transparência na comunicação e um serviço eficiente 24/7. É um importante incentivo para continuar a superar as expectativas dos consumidores, investindo na digitalização dos nossos serviços, na introdução de uma maior flexibilidade de proteção na nossa oferta e na melhoria contínua da experiência de utilizador. Continuaremos ainda a explorar plataformas inovadoras de interação, sem perder a proximidade que nos caracteriza desde sempre.
Como é que a marca inova continuamente para manter a sua posição de liderança num setor tão competitivo? De que forma a ok! seguros utiliza o feedback dos clientes para aprimorar a experiência do utilizador?
A ok! seguros reforça o seu compromisso com a inovação. Em 2024, por exemplo, tornou-se na primeira seguradora portuguesa a entrar no metaverso com a criação da “cidade ok!”. Nesta cidade, com múltiplos quarteirões que representam diferentes seguros, proporcionamos experiências interativas e sensoriais, que destacam a importância dos seguros no quotidiano.
O feedback de clientes é integrado de forma estrutural em todas as decisões de negócio, guiando o desenvolvimento das soluções inovadoras que colocamos no mercado. É esta “escuta ativa” que assegura a nossa diferenciação sustentada no mercado das diretas em Portugal.
Como é que a ok! seguros estrutura a sua oferta em Mobilidade, Casa e Família para atender de forma eficaz às necessidades dos clientes, garantindo soluções inovadoras e personalizadas em cada um desses pilares?
Procurando responder às principais necessidades dos nossos clientes, na Mobilidade, disponibilizamos os produtos ok! auto, ok! moto e ok! biker, com coberturas adaptadas às especificidades de cada um. O ok! casa, seguro Multirriscos Habitação, caracteriza-se por ser mais simples dentro do mercado, e o seu formato modular permite aos clientes contratar apenas a proteção que precisam. Para a Família, oferecemos produtos como o ok! saúde, ok! viagem e ok! acidentes pessoais, protegendo necessidades abrangentes do dia a dia.
Distinguimo-nos por uma oferta que assenta na possibilidade de personalização de seguros à medida de cada um e na acessibilidade e simplificação que as nossas plataformas digitais conferem aos processos de contratação e gestão de seguros.
Como a ok! seguros perspetiva a evolução do setor dos seguros no futuro e que estratégias pretende adotar para continuar a inovar e antecipar as necessidades dos clientes?
O consumidor do futuro será mais exigente e digital, com expectativas elevadas de personalização, transparência e conveniência nos seguros. Para responder a estas expectativas, a ok! seguros continuará a apostar em ofertas simples e modulares, ajustáveis ao estilo de vida de cada cliente. A automação e a inteligência artificial, irão facilitar esta personalização e uma experiência mais ágil.
Este consumidor será também mais consciente do impacto ambiental e social das suas escolhas, procurando seguradoras que adotem práticas sustentáveis e ofereçam produtos que incentivem comportamentos responsáveis, como seguros para veículos elétricos.
A experiência do cliente será cada vez mais integrada, interagindo de forma contínua através de múltiplos canais. A obtenção de apoio imediato e soluções rápidas em qualquer contexto, tornará essencial o investimento em novas formas de interação. Uma prioridade para a ok! seguros.
Marta Vicente, Head of Marketing & Digital Experience


CINEMAS NOS ONDE A INOVAÇÃO ENCONTRA A EMOÇÃO
Os Cinemas NOS continuam a liderar a preferência dos espectadores, consolidando-se como referência na inovação e qualidade da experiência cinematográfica. A distinção com o Prémio Escolha do Consumidor reforça o compromisso da marca com salas de alta tecnologia, formatos imersivos (IMAX, 4DX, ScreenX, XVision) e um serviço ao cliente diferenciado, como nos conta, em entrevista, Nuno Aguiar, Diretor dos Cinemas NOS.
A NOS Cinemas foi distinguida, mais uma vez, com o Prémio Escolha do Consumidor, na categoria de “Salas de Cinema”. Quais foram os principais fatores diferenciadores que levaram a marca a conquistar esta distinção? Como é que este prémio tem impacto na estratégia futura da empresa?
Aquilo que nos diferencia, além da nossa dimensão no mercado e cobertura nacional, é a qualidade das nossas salas, com destaque para os formatos especiais (IMAX, 4DX, ScreenX, XVision), e o nosso serviço aos clientes, quer no atendimento, quer na dinâmica de promoções que melhor os sirvam. Este prémio mostra-nos que estamos a traçar um caminho que é valorizado pelos espectadores. Dá-nos estímulo e energia para melhorarmos ainda mais.
Que iniciativas os Cinemas NOS têm implementado para melhorar continuamente a experiência dos espectadores e garantir a sua satisfação? Que feedback os consumidores mais valorizam nos Cinemas NOS e como a empresa utiliza essa informação para evoluir?
Iniciámos um processo contínuo para conhecermos melhor os nossos clientes, de forma a tornar a nossa comunicação individualizada, de acordo com os gostos e preferências de cada um (filmes, formatos, bar …) e que nos ajuda a ser relevantes naquilo que os clientes mais valorizam.
Quanto ao feedback, destacaria a forma positiva como o nosso projeto de reutilização de copos está a ser recebido e “participado”
pelos clientes (que têm de devolver o copo no final da sessão). Nesta fase experimental, em cada 18 copos que gastávamos anteriormente, agora apenas gastamos 1, com benefícios enormes para o ambiente.
Qual tem sido o papel das novas tecnologias, como IMAX, 4DX e ScreenX, na preferência dos consumidores pelos Cinemas NOS? Há planos para expandir a oferta de formatos imersivos para mais complexos no país?
Estas tecnologias proporcionam uma experiência cinematográfica muito mais imersiva e diferenciada, pela imagem, som e conforto. Planeamos continuar a investir (por vezes em parceria com os centros comerciais) em novos formatos inovadores para oferecermos uma experiência de excelência ainda mais distintiva.
Como é que a NOS pretende inovar ainda mais a experiência cinematográfica nos próximos anos, considerando a crescente concorrência do streaming e a evolução das tecnologias de exibição? Como os Cinemas NOS planeiam manter-se na vanguarda tecnológica para continuar a ser a escolha dos consumidores?
Vamos continuar a inovar para tornar cada ida ao cinema ainda mais especial, tanto nas salas, como no bar, bem como na forma como comunicamos com os nossos clientes. Também ao nível dos nossos parceiros dos Centros Comerciais, dos filmes e outras ofertas de espetáculos para cinemas, esperam-se novas abordagens para tornar a experiência em sala cada vez mais diferenciadora.
Nuno Aguiar, Diretor

Breves Escolha do Consumidor
Lidl arrasa nos Prémios de Consumidor 2025
O Lidl alcançou um marco notável em 2025, arrecadando um total de 32 distinções nos prestigiados prémios ‘Escolha do Consumidor’ e ‘Sabor do Ano’, consolidando a sua posição como o retalhista líder em categorias premiadas. Os consumidores elegeram o Lidl em nove categorias na ‘Escolha do Consumidor’, incluindo a de hiper e supermercados pelo segundo ano consecutivo, enquanto nos prémios ‘Sabor do Ano’, a insígnia conquistou 23 prémios, após uma avaliação rigorosa por um painel de consumidores portugueses que elegeram os produtos do Lidl como os seus favoritos em diversas categorias.
Grupo Impresa arrecada seis prémios
Escolha do Consumidor
O Grupo Impresa foi distinguido com seis prémios Escolha do Consumidor, com os espetadores a elegerem a SIC Notícias pela informação rigorosa e de confiança. A SIC também foi premiada na categoria de entretenimento e a novela “Senhora do Mar” venceu na ficção nacional. O podcast “Isto é Gozar com Quem Trabalha” de Ricardo Araújo Pereira também foi reconhecido, assim como a rubrica “Contas Poupança” e o jornal Expresso.
PEUGEOT eleita “Marca Automóvel Nº 1 – Escolha do Consumidor” pelo 12º ano consecutivo
A PEUGEOT foi eleita “Marca Automóvel Nº 1 – Escolha do Consumidor” pelo 12º ano consecutivo em 2025, no estudo da ConsumerChoice, o principal sistema de avaliação de consumidores em Portugal, superando dez outras marcas generalistas com uma pontuação média de 8,0 e liderando na “Recomendação” com 8,2, demonstrando o sucesso contínuo da marca, a qualidade dos seus modelos e a sua crescente experiência global, impulsionada por uma forte estratégia de eletrificação, liderando as vendas nos segmentos de veículos de passageiros e comerciais ligeiros, com destaque para a sua gama de veículos elétricos.
Escolha do Consumidor 2025 distingue influenciadores digitais
Os Prémios Escolha do Consumidor 2025, promovidos pela ConsumerChoice, reconheceram os influenciadores digitais favoritos dos portugueses. Entre os 13 vencedores, destacam-se figuras como Ana Garcia Martins (“A Pipoca Mais Doce”), Ricardo Araújo Pereira e Mafalda Castro, premiados em diversas categorias que vão desde Entretenimento, Podcast, Mundo Melhor, Culinária, e muito mais, com base numa avaliação rigorosa dos consumidores.
RTP distinguida como Escolha do Consumidor na Informação e Programas
A RTP foi distinguida como Escolha do Consumidor na categoria de informação entre os canais generalistas, um reconhecimento do trabalho da estação pública na produção de conteúdos informativos de qualidade. Adicionalmente, os programas “Joker”, “A Nossa Tarde” e “Chefs da Nossa Terra”, transmitidos na RTP1, também foram galardoados.
Glassdrive distinguida como Escolha do Consumidor 2025
A Glassdrive, marca do grupo Saint-Gobain, foi eleita pelos consumidores portugueses, pelo 12.º ano consecutivo, como a marca número um na categoria de “Reparação e Substituição de Vidro Automóvel” na Escolha do Consumidor 2025. A distinção, atribuída por um sistema de avaliação de marcas certificado pela norma ISO 9001, reflete o compromisso da Glassdrive em oferecer serviços de excelência e soluções inovadoras, com uma rede de mais de 130 centros em todo o país.


PEDRO REIS NO
ALMOÇO-DEBATE DO INTERNATIONAL CLUB OF PORTUGAL
O Ministro da Economia, Pedro Reis, defendeu, durante o almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal (ICPT) no Sheraton Lisboa Hotel & Spa, que uma “solução clarificadora na política” é fundamental para que a economia portuguesa possa avançar de forma estratégica. O evento, que decorreu no passado dia 21 de março, contou também com a presença do Ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.
Pedro Reis sublinhou que “as empresas esperam, os portugueses esperam, os estrangeiros observam, se vai sair uma solução clarificadora na política, para que a política dê espaço à economia”, referindo-se à importância de decisões políticas que permitam o desenvolvimento económico.
O Ministro da Economia apresentou ainda três prioridades para o futuro do país: agilizar os processos de licenciamento, focar na desburocratização e rever o processo de compras públicas. Segundo o governante, é crucial concentrar-se na execução e em decisões práticas, em vez de apenas em relatórios macroeconómicos, para fortalecer a economia.
Desenvolvimento da indústria da defesa
Durante o debate, Pedro Reis revelou que o Ministério da Economia e o Ministério da Defesa estão a colaborar juntos para impulsionar a indústria da defesa em Portugal. Esta iniciativa surge num contexto da crescente exigência de investimento por parte dos Estados-Membros da União Europeia no setor.
O Ministro da Economia destacou o potencial de Portugal na indústria da defesa, nomeadamente em componentes, plataformas de operação, satélites, software espacial e fardamento, e mencionou a procura de parcerias com países mais avançados no setor.
MINISTRO DA DEFESA FALA
DE
GEOPOLÍTICA GLOBAL NO ICPT
No passado dia 11 de fevereiro, Nuno Melo, Ministro da Defesa Nacional, foi o orador e convidado de honra do almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal, cuja intervenção foi subordinada ao tema “A Defesa Nacional em tempos de redefinição geopolítica global”.
O Ministro da Defesa alertou para os desafios à segurança do Ocidente, destacando a crescente influência da China como ponto estratégico das rotas da seda, a sua parceria com a Rússia e o papel de países como o Irão e a Coreia do Norte, apesar das suas distintas ambições geopolíticas. Além disso, questionou a capacidade da ONU para lidar com o atual cenário internacional, traçando um paralelo com o fracasso da Sociedade das Nações e alertando para o risco de a história se repetir.
Na sua intervenção, Nuno Melo argumentou ainda que a contestação ao equilíbrio global estabelecido após a II Guerra Mundial deve ser compreendida, mas também contestada, pois nenhum país deve ser obrigado a aceitar um destino imposto por outros. No entanto, destacou que o Ocidente precisa estar à altura dos desafios do atual cenário mundial. Segundo o governante, o que está realmente em jogo é a preservação do nosso modo de vida, algo que considera essencial e não pretende substituir. Além disso, ressaltou que as transformações geopolíticas em curso tornam ainda mais evidente a transição para uma ordem mundial multipolar. Noutro domínio, Nuno Melo afirmou que gostaria de ver, quando o leque de candidatos estiver mais definido, uma figura ligada à área ou à família política dos centristas, pois acredita que isso enriqueceria o debate. Após o evento, em declarações à imprensa, acrescentou que é natural o CDS-PP desejar um candidato na disputa por Belém e que, caso isso se concretize, traria um novo dinamismo ao envolvimento do partido nessas eleições.

Pedro Reis e Manuel Ramalho
Nuno Melo e Manuel Ramalho

PEDRO
DUARTE E OS DESAFIOS POLÍTICOS
PARA 2025
Pedro Duarte, Ministro dos Assuntos Parlamentares foi o orador e convidado de honra do almoço-debate do International Club of Portugal, que se realizou no dia 18 de fevereiro.
O Ministro admitiu sentir uma “uma tentação íntima gigantesca” de se candidatar à Câmara Municipal do Porto, mas ainda não tomou uma decisão, destacando que há “um calendário” e “um plano definido” sobre como e quando isso deverá ser feito. “Nós definimos – e quando digo nós, é basicamente eu e o primeiro-ministro, mas também as estruturas partidárias, e não só do meu partido, e outras personalidades do Porto –um calendário para haver decisões a este respeito”, afirmou. A declaração foi feita em resposta a uma pergunta da audiência durante o almoço-debate do International Club of Portugal, cujo tema era “Desafios políticos para 2025”.
Pedro Duarte reconheceu uma crescente expectativa, mas reforçou a importância de manter a determinação, sublinhando que não se pode vacilar quando há um plano bem definido e uma visão clara sobre o momento e a forma de avançar com uma candidatura autárquica à segunda maior cidade do país. “Tem de haver sentido de responsabilidade. Eu não sou hoje em dia um cidadão absolutamente livre, porque estou no exercício de umas funções públicas, que decidi voluntariamente assumir, e portanto eu não sou só o Pedro Duarte potencial candidato, sou um ministro e enquanto ministro tenho de perceber que tenho responsabilidades e não posso abandonar de um dia para o outro, quando me apetecer”, realçou. Ainda assim, reconheceu que tem uma ligação emocional profunda e quase indescritível com a cidade do Porto.
Sobre o momento da decisão, já ao falar com os jornalistas após o almoço, voltou a apontar para a primavera. “Não sou indiferente a um conjunto de vozes e de apelos e de pedidos e de manifestações que tenho tido junto da minha pessoa, de pessoas do meu partido, mas essencialmente pessoas de fora do partido e pessoas independentes ou até de outros partidos”, reforçou.
MODERNIZAÇÃO, IGUALDADE E JUVENTUDE NO CENTRO DO DEBATE

Margarida Balseiro Lopes, Ministra da Juventude e Modernização, foi a oradora e convidada de honra, com uma intervenção subordinada ao tema “Investimentos Estruturais: O Desafio de Antecipar o Amanhã” no almoço-debate, organizado pelo International Club of Portugal, no passado dia 25 de fevereiro.
A plataforma de Fornecedores do Estado recebeu um investimento de aproximadamente 170 mil euros para integrar novas funcionalidades no Portal Nacional de Fornecedores do Estado, anunciou a Ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, durante a sua intervenção. A governante assegurou que a implementação destas melhorias estará concluída até 1 de junho, sublinhando o impacto positivo para as empresas e a facilitação da relação entre o Estado e os agentes privados. Frisou ainda que estas iniciativas transcendem a mera transformação digital, representando uma verdadeira mudança de paradigma e mentalidade. Paralelamente, o Governo está empenhado em fomentar a inovação tecnológica, pois, defendeu a ministra, o país deve tornar-se mais ágil, mais digital e orientado para o futuro. Com a tutela de três áreas fundamentais—juventude, igualdade e modernização—, a ministra destacou a centralidade sem precedentes que a juventude ocupa na agenda política atual. Entre as medidas implementadas, referiu o alargamento do IRS Jovem, os incentivos à aquisição da primeira habitação, incluindo isenções fiscais e emolumentares, e os benefícios da garantia mútua. Adiantou ainda que está em curso a construção da Agenda Nacional da Juventude, cujo processo de auscultação pública decorre até maio, data em que será apresentado o documento estratégico para as políticas juvenis. A par de incentivar os jovens com a melhor formação de sempre, a permanecerem no país, a ministra reconheceu o valor das experiências internacionais. No entanto, sublinhou que o essencial é garantir que os jovens sintam condições para ficar ou, caso partam, que regressem ao país, contribuindo para o seu desenvolvimento.
Pedro Duarte
Margarida Balseiro Lopes
PORTUGAL RALLY SERIES ARRANCOU EM BALTAR COM NOVIDADES E EMOÇÃO
Os dias 22 e 23 de fevereiro marcaram uma nova página dos ralis nacionais, quando, em Baltar, o Portugal Rally Series deram início à temporada 2025. O novo modelo de competição, apresentado no final do ano transato no mesmo circuito, pretende aproximar ainda mais os ralis do público, com várias inovações destinadas a tornar os fins de semana competitivos mais acessíveis e emocionantes.
A fanzone, situada na Arena – o centro nevrálgico do evento –acolheu os fãs com um programa especial para a tarde e noite de sábado, começando com o shakedown do evento pelas 14h00. Depois, o foco virou-se para o entretenimento, com a sessão de autógrafos dos pilotos às 18h00 e, para colocar os fãs ainda mais próximos da adrenalina, o Rally Series Karting Trophy by Mimo’s Pizza. Este troféu decorreu no Kartódromo de Baltar e garantiu momentos de pura diversão.
Miguel
Carvalho vence
a Ronda #1 do Portugal Rally Series
A dupla barcelense Miguel Carvalho e António Reis, ao volante de um Hyundai i20 N5 da RMC Motorsport venceram a Ronda #1 em Baltar do Portugal Rally Series, somando também o Star Award por vencerem mais especiais no evento – um pleno de seis em seis – e ainda a vitória na N5 Cup by RMC Motorsport.
À margem do pódio na fanzone, Miguel Carvalho afirmou que “sabe sempre bem vencer a primeira ronda de um projeto deste calibre. É um projeto que já acompanhava, que tinha a certeza que seria uma boa aposta e que vou manter para todas as provas desta temporada”.

Nélson Trindade, navegado por Raquel Graça terminaram o evento a 46.2 seg. dos líderes, seguidos de João Ribeiro & César Nunes, na sua estreia nos ralis. A dupla do Peugeot 208 Rally4 venceu também a categoria Duas Rodas Motrizes, correndo “em casa”. João Ribeiro classificou o fim de semana de estreia nos ralis como “fantástico. Entramos com alguma expectativa, ansiedade, até por nunca ter feito um rali. Mas ao final, com este resultado, não posso esconder que foi muito bom. Um dia super divertido, bem passado e uma experiência que não irei esquecer tão cedo”. No final, o piloto local não escondeu que “além de ser bom vencer, foi ainda melhor sendo em Baltar”.

Uma nova era para os Ralis
O mundo dos ralis em Portugal ganhou uma nova dinâmica com o Portugal Rally Series, um formato inovador que promete tornar este desporto mais acessível e envolvente para fãs, equipas e organizadores. Para entender melhor este conceito e as primeiras impressões após a etapa inaugural no Circuito de Baltar, conversámos com André Lavadinho, um dos responsáveis pelo projeto.
O que traz de novo o formato do Portugal Rally Series?
O Rally Series é o mais recente formato de automobilismo que assegura ação intensa durante dois dias através de um formato compacto e acessível para fãs, equipas e organizadores. Com uma localização centralizada, criamos a Arena, onde uma de duas especiais termina, rodeada de público que pode disfrutar da fanzone
André Lavadinho, promotor do Rally Series
A Palavra ao Promotor
com entretenimento, restauração, atividades de lazer, espaços de networking e mais, de forma a trazer mais público aos ralis de forma confortável e acessível.
Qual o balanço que fazem desta primeira etapa disputada no Circuito Baltar?
Este primeiro evento foi a confirmação de que temos um produto palpável. O Rally Series, como modelo, era algo que queriamos colocar em prática desde 2020 e, em Baltar, tivemos um formato afinado. Ter milhares de pessoas na Arena, entre as quais um grande número que desconhecia o que era um rali mas que veio a um, pela comodidade oferecida, foi sem dúvida, um sucesso.
Previsões e objetivos para futuro?
Os objetivos e previsões do futuro a curto prazo passam por atrair mais público, participantes, tal como afinar este modelo ainda muito recente. O nosso formato é o nosso USP, mas não é um modelo fechado e, como tal, estamos sempre abertos a feedback dos pilotos, parceiros e fãs para melhorar continuamente.



Automobilismo vs Responsabilidade Social
Fernando Silva continua a impulsionar a ligação entre o automobilismo e a Responsabilidade Social, dando continuidade aos projetos solidários que tem desenvolvido nos últimos anos. Em 2022, associou um Bentley Continental GT a uma iniciativa de apoio à instituição Desafio Jovem; em 2023, realizou dois eventos com um Porsche 997 GT3 em benefício da Acreditar; e, em 2024, dedicou uma ação especial à Palhaços D’Opital. Agora, em 2025, prepara novas iniciativas.
Após uma apresentação inicial em Baltar, o piloto marcará presença nos cinco eventos do Portugal Rally Series, promovendo a Associação Sara Carreira. Para isso, conduzirá um Mitsubishi Mirage Proto com as mais recentes especificações. Aos sábados, proporcionará co-drives a convidados, patrocinadores e amigos da associação, enquanto aos domingos assumirá o papel de carro 0, garantindo visibilidade à causa em todas as etapas da competição. Segundo Fernando Silva, “mais uma vez, vamos tentar juntar a notoriedade de alguns eventos ao nosso projeto de dar voz a instituições que trabalham incansavelmente por aqueles que mais precisam”. O piloto aproveita ainda para agradecer o apoio contínuo recebido ao longo dos anos, destacando especialmente o convite dos organizadores do Portugal Rally Series: “Com esta participação em cinco eventos, teremos uma visibilidade inegável.”
A Revista Business Portugal volta a associar-se ao projeto, assumindo o papel de patrocinador e media partner.
Portugal Rally Series acelera para Castelo Branco
O Century 21 Rally Series Castelo Branco terá lugar nos dias 18 e 19 de abril e apresentará um traçado inédito, com variações de piso e condições particulares da região albicastrense. Para conseguir reunir todas as condições para a Ronda #2, a equipa Rally Series destacou a coordenação com a Escuderia de Castelo Branco, o clube organizador da prova.
Fernando Silva e Anabela Fonseca
YOUTH CLUB PORTUGAL UM NOVO PROTAGONISTA NA FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS JOVENS
O Youth Club Portugal continua a trilhar um percurso de crescimento notável, destacando-se especialmente na atração de novos membros e sócios – uma dinâmica impulsionada pela organização de eventos de elevado nível, que têm marcado a diferença no panorama nacional.
Desde o lançamento oficial do projeto, em julho de 2024, que o clube tem promovido encontros memoráveis. O primeiro evento teve lugar a 17 de setembro, na sede da SportTV, com a participação de Nuno Ferreira Pires, CEO da empresa. Nessa enriquecedora roundtable, os participantes puderam conhecer de perto o percurso pessoal e profissional do orador, que partilhou como passou de pertencer a uma das mais influentes famílias portuguesas no final do Estado Novo a viver em circunstâncias de grande dificuldade. Esse contraste acabou por moldar profundamente a sua visão e conduta profissional.
Após a conversa, seguiu-se um momento de interação com os presentes, numa sessão de perguntas e respostas, que culminou com um coffee break informal no rooftop do edifício, permitindo uma maior proximidade e networking com o convidado.
Seguindo a mesma dinâmica, o clube contou com a presença de Jorge Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, Fernando Matos, da Closer Consulting, e João Vieira de Almeida, da VdA – Vieira de Almeida. Cada um proporcionou uma visita guiada às suas respetivas instituições, seguida de uma conferência interativa e envolvente.
Já na roundtable com o Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, tivemos o privilégio de ouvir as suas reflexões e trocar impressões diretamente com uma das figuras centrais da economia portuguesa, num encontro que decorreu na sede do Banco de Portugal.
Por fim, destacamos o encontro com o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, onde foi possível conhecer não só o seu percurso e motivações que o levaram à Marinha, mas também compreender melhor o funcionamento deste ramo das Forças Armadas. O Almirante Gouveia e Melo defendeu a implementação de um serviço militar obrigatório de curta duração, a ser realizado anualmente, como instrumento de formação cívica e pessoal. Na sua perspetiva, esta experiência contribuiria para desenvolver competências de liderança, disciplina e sentido de responsabilidade coletiva nos jovens. Encarando as Forças Armadas como um espaço de excelência na transmissão de valores fundamentais, sublinhou o seu papel na construção de uma sociedade mais coesa e resiliente. Relembrou ainda a sua experiência na liderança da Task Force de vacinação contra a

Almirante Gouveia e Melo
Covid-19, destacando a importância da organização, da estratégia e do espírito de missão na resposta eficaz aos grandes desafios do país. O evento terminou com um momento de convívio informal, reforçando o espírito de proximidade que caracteriza o Youth Club Portugal.
Grupo Pestana: Resiliência, inovação e diversidade no turismo
Na roundtable organizada pelo Youth Club no Pestana Palace Lisboa, José Theotónio, CEO do Grupo Pestana, partilhou a forma como o grupo tem enfrentado os desafios do setor do Turismo, especialmente após a pandemia. Destacou a importância da flexibilidade na gestão, da comunicação transparente e da criação de esperança como pilares para ultrapassar a crise, que levou ao encerramento temporário de 100 hotéis.
Falou ainda sobre a importância de um ambiente de trabalho saudável, da diversidade cultural e da integração de imigrantes na equipa, algo que o grupo tem promovido desde 2012, oferecendo apoio e formação contínua.
Em relação ao futuro, sublinhou o papel crucial da inovação e da inteligência artificial na transformação digital do setor, tanto na personalização da experiência do cliente como na eficiência opera-


cional. Enfatizou também o potencial de crescimento do turismo no interior de Portugal.
No final do evento, José Theotónio foi homenageado com o cartão de sócio-honorário vitalício do Youth Club, como reconhecimento pela sua trajetória inspiradora e espírito inovador, alinhado com os valores do clube. O gesto simbolizou a entrada oficial do CEO na comunidade, reforçando o compromisso do Youth Club em celebrar líderes que inspiram com coragem, ousadia e visão de futuro.
Mário Centeno e o futuro económico de Portugal e da Europa
O Youth Club promoveu uma Youth Roundtable com Mário Centeno, Governador do Banco de Portugal, reunindo jovens empresários, estudantes e líderes no Banco de Portugal para debater o futuro económico do país e da Europa.
Durante a sessão, Centeno destacou a importância da regulação financeira, citando o exemplo da Argentina como alerta contra a ausência de controlo no setor das criptomoedas. Defendeu um ambiente económico onde o risco seja partilhado de forma responsável.
Abordou também a especialização económica de Portugal em setores de alto valor acrescentado e o impacto positivo da revolução educacional em curso, salientando que Portugal tem sido um dos
países europeus com maior criação de emprego nos últimos anos.
No debate com os participantes, Centeno sublinhou a importância do empreendedorismo jovem, do acesso a financiamento e da construção de um ecossistema regulador estável. Referiu ainda os desafios no setor da habitação e mostrou-se otimista quanto à futura redução das taxas de juro.
Encerrando o evento, abordou os riscos e oportunidades ligados à inteligência artificial e às criptomoedas, reforçando que os bancos centrais devem acompanhar a inovação, sem comprometer a segurança dos cidadãos.
Mário Centeno foi distinguido como sócio honorário do Youth Club, sendo elogiado pelo seu contributo para a estabilidade económica do país. Em resposta, destacou o valor do diálogo intergeracional e do espírito empreendedor dos jovens como motores para um futuro económico sólido.


José Theotónio
Duarte Mairos e Mário Centeno | Foto Créditos: @davidoliveira Foto Créditos: @davidoliveira

SALÃO IMOBILIÁRIO DE PORTUGAL
O Salão Imobiliário de Portugal (SIL), o principal Marketplace do Imobiliário em Portugal, está de volta para a sua 28ª edição, de 10 a 12 de abril, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), Parque das Nações. O evento anual organizado pela Fundação AIP reunirá os maiores líderes do setor, investidores, empresários, técnicos, organismos públicos e potenciais compradores para explorar projetos de desenvolvimento comercial, conhecer as últimas tendências e identificar parceiros de negócios.
A edição de 2025 será pautada pela inovação e sustentabilidade, refletindo a crescente aposta em construção ecológica, digitalização e novos modelos habitacionais. Com conferências e debates conduzidos por especialistas, será possível obter uma visão aprofundada sobre temas como o impacto da Inteligência Artificial no setor, soluções de habitação acessível e a evolução das taxas de juro.
Para empresas e investidores, o SIL representa uma oportunidade única de networking e parcerias estratégicas. Com um mercado imobiliário em constante transformação, estar presente neste evento é essencial para antecipar desafios e impulsionar o crescimento no setor.

“A nossa missão é clara: aplicar estratégias jurídicas e investimento privado para resolver a crise imobiliária em Portugal.”
UNIR DIREITO, ESTRATÉGIA E INVESTIMENTO: A VISÃO DA IMOLAWYERS PARA TRANSFORMAR O MERCADO IMOBILIÁRIO
Entrevista exclusiva com Marlise Guerreiro, Fundadora da ImoLawyers, referência na advocacia imobiliária, consultoria estratégica e mentoria para investidores nacionais e internacionais.
O que a levou a fundar a ImoLawyers e de que forma a sua experiência e visão estratégica influenciaram a construção de um modelo de assessoria jurídica diferenciado?
Fundar a ImoLawyers foi um passo natural após anos a assessorar negócios imobiliários e acompanhar de perto as dificuldades dos investidores. A minha visão estratégica permitiu criar uma advocacia que não se limita à aplicação do direito: antecipamos riscos, desenhamos soluções personalizadas e potenciamos investimentos. Na ImoLawyers unimos conhecimento jurídico sólido à lógica do negócio, oferecendo uma assessoria completa, estratégica e orientada para resultados. Somos referência para investidores que exigem segurança jurídica, eficiência e visão de mercado.
Quem é a ImoLawyers e quais são os principais serviços oferecidos?
A ImoLawyers é um escritório de advogados focado no Direito Imobiliário e Consultoria de Investimentos para assessoria a investidores imobiliários, nacionais e internacionais. Aliamos uma experiência jurídica sólida à visão estratégica de quem conhece profundamente o mercado português e internacional, com foco na maximização de rentabilidade, segurança jurídica e eficiência nos negócios imobiliários.
Entre os principais serviços destacamos:
• Due diligence jurídica de imóveis e empreendimentos;
• Elaboração e revisão de contratos de compra e venda, arrendamento e investimento;
• Regularização jurídica de imóveis, incluindo heranças indivisas e imóveis com registos pendentes;
• Reabilitação jurídica de imóveis abandonados;
• Estruturação de contratos de promessa de compra e venda, contratos de investimento e financiamento;
• Constituição de sociedades imobiliárias;

Marlise
Guerreiro, Fundadora
• Assessoria em investimentos internacionais, Golden Visa e residência para investidores;
• Planeamento sucessório e patrimonial para proteção de ativos imobiliários;
• Consultoria estratégica e acompanhamento de processos de licenciamento.
Os nossos clientes incluem investidores, empresários, fundos de investimento, promotores imobiliários e famílias que pretendem estruturar ou expandir o seu património.
Apoiamos todo o ciclo do investimento, desde a aquisição ao desenvolvimento e exploração, sempre com soluções jurídicas eficientes e personalizadas.
O mercado jurídico imobiliário é altamente competitivo. Qual foi o insight que permitiu à ImoLawyers destacar-se e construir um posicionamento único?
Percebi que faltava uma abordagem que integrasse direito, estratégia de negócio e visão de mercado.
O nosso posicionamento é único porque oferecemos, além da assessoria jurídica, consultoria estratégica e mentoria personalizada para investidores. Apoiamos quem já investe ou pretende investir, assegurando segurança legal e rentabilidade sustentável.
Transformamos entraves jurídicos em oportunidades seguras para investidores nacionais e internacionais
Como a evolução do setor imobiliário moldou a atuação da ImoLawyers e de que forma o vosso modelo jurídico estratégico se destaca num mercado competitivo?
O setor imobiliário tornou-se cada vez mais dinâmico e complexo, exigindo soluções jurídicas ágeis, estratégicas e alinhadas ao negócio. Na ImoLawyers adaptámo-nos rapidamente, criando uma abordagem que vai muito além da aplicação da lei. O nosso diferencial reside na combinação entre uma assessoria jurídica especializada e uma visão estratégica focada na maximização da rentabilidade e proteção patrimonial dos investidores.
Focamo-nos na regularização jurídica de imóveis inutilizados, contribuindo para o aumento da oferta habitacional e criando novas oportunidades no mercado. Não nos limitamos a interpretar a legislação: antecipamos riscos, desenhamos estratégias personalizadas e acompanhamos todo o ciclo do investimento, assegurando segurança, eficiência e soluções concretas para investidores exigentes.
A nossa missão é clara — aplicar estratégias jurídicas e investimento privado para ajudar a resolver a crise imobiliária em Portugal, enquanto geramos valor sustentável para os nossos clientes.
Quais são os principais desafios que os investidores imobiliários enfrentam em Portugal e como a ImoLawyers os ajuda a superá-los?
Os investidores enfrentam dois grandes desafios: o excesso de burocracia e morosidade nos processos de licenciamento para construção nova, e a dificuldade em encontrar imóveis com preços competitivos que garantam rentabilidade. Paralelamente, Portugal é um dos países com maior taxa de imóveis abandonados, muitas vezes devido a heranças indivisas ou irregularidades legais.
Em Portugal existe tanta gente sem casa e tanta casa sem gente — e nós queremos mudar isso. Na ImoLawyers criámos uma solução
estratégica para inverter este cenário: trabalhamos na reabilitação jurídica desses imóveis, tornando-os ativos interessantes para investidores e resolvendo, simultaneamente, a inutilidade do imóvel para os proprietários. Desta forma, contribuímos para devolver estas propriedades ao mercado habitacional, beneficiando não só os investidores, mas também a sociedade. Enquanto muitos órgãos políticos atribuem a crise habitacional à especulação imobiliária, nós acreditamos que o verdadeiro caminho passa por canalizar o investimento privado para soluções concretas e sustentáveis. Na ImoLawyers, trabalhamos para transformar imóveis abandonados através da sua reabilitação jurídica, criando valor para investidores e devolvendo-os ao mercado habitacional.
Portugal continua a atrair investidores internacionais. A legislação atual está preparada para essa realidade ou existem entraves jurídicos que dificultam a captação de capital estrangeiro?
Portugal continua a ser um mercado atrativo para capital estrangeiro, mas não está isento de entraves jurídicos e burocráticos que dificultam a fluidez dos investimentos. A recente alteração ao regime dos Vistos Gold, restringindo a aquisição de imóveis como via para obtenção de residência, gerou incerteza e impacto direto em investidores internacionais. Somam-se entraves bancários, morosidade nos processos de licenciamento e uma regulamentação que muda frequentemente, criando insegurança e falta de previsibilidade.
Além disso, muitos imóveis em Portugal apresentam problemas na sua titularidade — como heranças indivisas ou falta de registo atualizado — tornando o processo de aquisição mais complexo, especialmente para investidores não familiarizados com a realidade jurídica local.
Na ImoLawyers eliminamos esses obstáculos: conduzimos investidores pela burocracia local, reabilitamos juridicamente imóveis com irregularidades e estruturamos operações com total segurança fiscal e legal. O nosso foco é transformar entraves em investimentos rentáveis, garantindo confiança e previsibilidade no mercado português.
Acreditamos que, com apoio jurídico especializado, o capital estrangeiro pode não só superar estes desafios, mas também beneficiar de oportunidades sólidas, contribuindo para o crescimento sustentável do setor imobiliário nacional.
Quais são os planos futuros para a ImoLawyers e como pretende continuar a inovar no setor jurídico?
O futuro da ImoLawyers passa por consolidar a liderança no mercado, expandir internacionalmente e fortalecer a nossa missão: unir estratégias jurídicas e investimento privado para impulsionar a reabilitação jurídica de imóveis inutilizados, contribuindo ativamente para a resolução da crise imobiliária em Portugal e criando novas oportunidades para investidores.
Atualmente, já contamos com escritórios internacionais em Cabo Verde (Santiago) e no Brasil (São Paulo, Avenida Faria Lima). No entanto, continuamos com planos ambiciosos de expansão, tanto a nível nacional como internacional, para levar a nossa experiência a novos mercados estratégicos.

A INOVAÇÃO É A CHAVE PARA A SEGURANÇA DO FUTURO
Com a crescente preocupação com a proteção residencial e empresarial, a Prosegur Alarms tem investido fortemente em tecnologia, personalização e inteligência artificial para oferecer soluções mais eficazes e intuitivas. Em entrevista, João Carvalho, Diretor de Marketing, revela como a Prosegur está a redefinir o conceito de segurança, integrando alarmes, câmaras e fechaduras inteligentes, além de antecipar tendências para 2025.
Como é que a Prosegur Alarms tem adaptado a sua estratégia para acompanhar o aumento da preocupação com a segurança, tanto no setor residencial como no empresarial?
A Prosegur Alarms tem investido continuamente em tecnologia de ponta e na inovação dos seus serviços para responder à crescente preocupação com a segurança. No setor residencial, oferecemos soluções integradas que combinam alarmes de última geração, câmaras de vigilância e funcionalidades inteligentes que permitem o controlo remoto através de dispositivos móveis. No setor empresarial, adaptamos as nossas soluções às necessidades específicas de cada cliente, proporcionando sistemas de segurança escaláveis, monitorização 24/7 e resposta rápida a incidentes. Além disso, reforçámos a segurança através da análise de dados e da implementação de medidas preventivas personalizadas.
De que forma a combinação de alarmes de intrusão e câmaras de vigilância pode maximizar a eficácia da segurança residencial, e quais os principais fatores a considerar na escolha e integração destes sistemas?
A combinação de alarmes de intrusão com câmaras de vigilância aumenta significativamente a eficácia da segurança residencial, proporcionando uma abordagem preventiva e reativa. Os alarmes atuam como primeira linha de defesa, dissuadindo possíveis intrusos e alertando sobre tentativas de acesso não autorizado. As câmaras de vigilância complementam esta proteção, permitindo a verificação visual em tempo real e a recolha de provas em caso de incidente. Para uma integração eficaz, é fundamental considerar a compatibilidade entre dispositivos, a qualidade da imagem e a capacidade de armazenamento, além da conectividade com apps que permitam gestão remota.
Atualmente, os clientes valorizam cada vez mais soluções integradas e personalizadas. Como a Prosegur Alarms está a inovar para proporcionar uma experiência diferenciada aos seus clientes?
A Prosegur Alarms aposta na personalização das suas soluções através da análise das necessidades específicas de cada cliente. Oferecemos sistemas modulares que permitem a expansão conforme as exigências de segurança evoluem. Adicionalmente, integramos tecnologias avançadas como inteligência artificial para a deteção
João Carvalho, Diretor de Marketing
automática de ameaças e assistentes virtuais para uma gestão mais intuitiva. A nossa plataforma digital permite aos clientes controlar o sistema de segurança a qualquer momento, reforçando a transparência e o controlo.
O nosso objetivo é continuar a liderar a inovação na segurança privada
De que forma a integração da fechadura inteligente com o sistema de alarme da Prosegur melhora a segurança e a conveniência para os clientes? E quais são as principais vantagens em relação às soluções tradicionais?
A fechadura inteligente integrada ao sistema de alarme permite um controlo de acessos mais seguro e eficiente. Os utilizadores podem conceder ou revogar acessos remotamente, evitando o risco associado à perda ou cópia de chaves físicas. Em caso de tentativa de intrusão, o sistema pode acionar automaticamente o alarme e enviar alertas ao cliente. As principais vantagens em relação às soluções tradicionais incluem maior flexibilidade na gestão de acessos, eliminação da necessidade de chaves físicas e integração com outros dispositivos de segurança para uma proteção mais abrangente.
A confiança é um fator essencial na escolha de uma empresa de segurança. Como a Prosegur Alarms trabalha para fortalecer essa relação com os clientes?
A Prosegur Alarms baseia-se na transparência, na inovação e na qualidade do serviço para construir relações de confiança duradouras com os clientes. Dispomos de um centro de monitorização ativo 24/7, garantindo uma resposta rápida e eficaz a qualquer incidente.
Além disso, apostamos num atendimento personalizado, com equipas especializadas prontas para esclarecer dúvidas e prestar assistência técnica sempre que necessário. Investimos também em soluções de segurança fiáveis e testadas, reforçando o compromisso com a proteção dos nossos clientes.
A Prosegur Alarms tem apostado no desenvolvimento de novos serviços e produtos. Existem planos de expansão ou lançamento de novas soluções? Quais os objetivos para o ano de 2025?
Para 2025, a Prosegur Alarms pretende continuar a expandir o seu portefólio de soluções de segurança inteligente, incorporando mais tecnologias baseadas em inteligência artificial e machine learning para oferecer uma proteção ainda mais proativa. Além disso, planeamos ampliar a nossa presença no mercado através de parcerias estratégicas e de novos modelos de serviço adaptados às necessidades emergentes dos clientes. O nosso objetivo é continuar a liderar a inovação na segurança privada, garantindo soluções cada vez mais seguras, intuitivas e eficientes.


MARIA MADEIRA E A ARTÉRIA RÚSTICA
UM NOVO OLHAR SOBRE O MERCADO IMOBILIÁRIO
No coração do Alentejo Litoral, onde o ritmo da vida encontra o equilíbrio entre tradição e modernidade, nasceu a Artéria Rústica – uma agência imobiliária que alia experiência, proximidade e inovação. Fundada, em 2023, por Maria Madeira, a empresa tem vindo a destacar-se pelo atendimento personalizado e pelo profundo conhecimento do mercado regional. Em entrevista, a CEO partilha os desafios de empreender num setor competitivo, as estratégias que diferenciam a sua agência e a visão sobre o futuro do imobiliário na região impulsionada pela transformação económica de Sines.
Como surgiu a empresa e quais foram os principais desafios que enfrentaram ao entrar no setor imobiliário?
Fundei a Artéria Rústica em 2023, após mais de uma década de experiência na mediação imobiliária numa grande rede do setor imobiliário. A decisão de criar a minha própria agência surgiu da vontade de oferecer um serviço mais personalizado e próximo, adaptado às necessidades específicas dos clientes, especialmente na região do Alentejo Litoral.
Os principais desafios que se enfrentam ao entrar no setor de forma autónoma passam por estabelecer conexões com clientes, investidores e outros profissionais do setor, numa fase inicial pois o mercado imobiliário é baseado em relacionamentos.
O setor é competitivo, com muitos agentes e imobiliárias disputando clientes e propriedades. Destacar-se exige estratégias de marketing, diferenciação e excelência no atendimento.
Atrair e converter clientes em potencial é um dos maiores desafios. Muitos leads podem não estar prontos para comprar ou vender, exigindo um acompanhamento contínuo.
O setor envolve muitos processos legais, contratos e regulamentações. Dominar as regras de compra, venda, locação e financiamento pode levar tempo.
Fatores económicos, como taxa de juros e oferta e demanda, afetam diretamente o setor.
Por último, o mercado imobiliário depende cada vez mais da tecnologia, desde anúncios online até visitas virtuais. Aprender a usar ferramentas digitais é essencial para ter sucesso.
Quais os principais serviços e áreas de especialização da vossa agência, e como se diferenciam no setor imobiliário?
A nossa agência oferece uma gama completa de serviços no setor imobiliário em:

Maria Madeira, CEO
1. Mediação Imobiliária: Intermediação na compra, venda e arrendamento de imóveis residenciais e comerciais.
2. Avaliação Imobiliária: Análise detalhada do valor de mercado de imóveis, garantindo negociações justas e transparentes.
3. Consultoria e Investimento: Assessoria para investidores na identificação das melhores oportunidades.
4. Gestão de Imóveis: Administração de propriedades, incluindo manutenção, cobrança de rendas e otimização de rentabilidade.
5. Marketing Imobiliário: Estratégias de divulgação inovadoras, como fotografia profissional, tours virtuais e campanhas digitais segmentadas.
6. Atendimento Personalizado: Foco total nas necessidades de cada cliente, com consultoria dedicada.
7. Intermediação de crédito: A Artéria Rústica – Mediação Imobiliária e Administração de Imóveis, Unip., Lda tem autorização do Banco de Portugal para o exercício da atividade de intermediação de crédito para que possa oferecer aos clientes diversos serviços relacionados à obtenção das melhores soluções de financiamento bancário para aquisição do imóvel que pretendem.
Cada cliente tem necessidades e expectativas únicas.
Oferecer um atendimento personalizado e adaptado a cada situação é uma maneira de demonstrar rigor e compromisso com a satisfação do cliente
A confiança e o rigor são pilares fundamentais no setor imobiliário. Como garantem um serviço de excelência e diferenciado para os vossos clientes?
A confiança e o rigor são, de facto, essenciais no setor imobiliário, pois lidam-se com investimentos significativos e decisões importantes para os clientes.
Fornecer informações claras e detalhadas sobre todas as fases do processo, seja na compra, venda ou arrendamento de imóveis. Isso cria um ambiente de confiança, onde o cliente sente que está sendo bem informado e não há surpresas.
Cada cliente tem necessidades e expectativas únicas. Oferecer um atendimento personalizado e adaptado a cada situação é uma maneira de demonstrar rigor e compromisso com a satisfação do cliente. Manter-se atualizado com as tendências de mercado, legislação e melhores práticas é essencial para garantir que os
serviços prestados estejam sempre alinhados com as mais altas normas do setor.
Realizar uma análise minuciosa de todas as condições envolvidas na transação (valor de mercado, financiamento, taxas, etc.) e garantir que o cliente tenha as melhores opções, evitando riscos e imprevistos.
Um bom serviço não termina quando a negociação é fechada. Oferecer acompanhamento pós-venda e estar disponível para resolver qualquer dúvida ou necessidade do cliente demonstra um compromisso com a experiência e satisfação a longo prazo.
E, por último, cumprir com os prazos estabelecidos e ser rigoroso nas ações tomadas, desde a entrega de documentação até à conclusão do negócio, demonstra comprometimento com a qualidade do serviço.
Essas práticas, baseadas em confiança e rigor, ajudam a construir uma reputação sólida e diferenciada, criando relacionamentos duradouros e satisfatórios com os clientes.
Como analisa a evolução do mercado imobiliário em Portugal, em especial na região onde atuam? Quais as tendências e desafios que consideram mais relevantes para o futuro?
Com o crescimento económico da região de Sines, impulsionado pela expansão do Porto de Sines e pelo investimento em energia renovável e indústria, existe uma forte procura por apartamentos, moradias unifamiliares e terrenos urbanos para construção.
Muitas famílias e profissionais deslocam-se para a zona em busca de habitação própria e/ou de arrendamento por motivos profissionais, sendo que, a procura de uma qualidade de vida longe de centros urbanos com maior densidade populacional e a proximidade ao mar serão, igualmente, fatores que influenciam a escolha dos clientes por esta região.
O mercado de arrendamento em Sines e nas cidades mais próximas ao complexo industrial de Sines está muito dinâmico, especialmente devido à chegada de trabalhadores ligados à indústria e logística. Apartamentos T2 e T3 são os mais procurados tanto para habitação própria como para arrendamento de média e longa duração, o que fez aumentar a procuta de apartamentos para investimento.
A procura elevada e o interesse crescente de investidores nacionais e internacionais fazem com que os preços na região estejam em valorização, especialmente nos imóveis bem localizados e com potencial turístico ou de rentabilidade.

O PAPEL ESTRATÉGICO DO APOIO JURÍDICO ESPECIALIZADO
Com a crescente complexidade legislativa e a exigência por projetos sustentáveis, o apoio jurídico especializado tornou-se essencial para investidores e promotores imobiliários. Ana Borges, Of Counsel da Antas da Cunha Ecija, destaca a importância de uma equipa coesa e estratégica para garantir segurança e eficiência nos projetos, num mercado em expansão para além das grandes áreas metropolitanas.
Considerando o crescimento notável da área de Urbanismo e Ordenamento do Território da Antas da Cunha Ecija, quais foram os principais fatores externos determinantes? Como é que a equipa se organiza para enfrentar projetos de elevada

A área do Urbanismo e Ordenamento do Território tem crescido significativamente, tornando-se essencial para promotores e investidores contarem com apoio jurídico especializado, como oferece a sociedade Antas da Cunha. Esse suporte é vital para o sucesso dos projetos, especialmente no cumprimento da planificação e do investimento previsto. Para acompanhar a diversidade dos investimentos imobiliários, a equipa da Antas da Cunha conta com profissionais especializados em diferentes vertentes do urbanismo. Cada projeto é acompanhado por um elemento dedicado, com suporte da restante equipa, garantindo um trabalho coeso e focado nos objetivos dos clientes, o qual deve ser garantido em fase de preparação do projeto e antes da sua submissão nas câmaras ou outras entidades
De que forma as recentes transformações no espaço urbano afetam a procura por serviços jurídicos na área? E quais são os maiores desafios legais enfrentados pelas empresas e investidores em termos de urbanismo e ordenamento do território?
O principal desafio atual na área do Urbanismo é a gestão da vasta e dispersa legislação existente, que não está devidamente harmonizada. Esta incerteza legislativa torna essencial que os investidores contem com equipas experientes e bem preparadas para lidar com essas complexidades.
Face ao impacto crescente das restrições ambientais, como pode o setor imobiliário equilibrar os interesses privados com as exigências regulatórias e promover a sustentabilidade na construção?
Atualmente, destaca-se a tendência para projetos sustentáveis e ambientalmente responsáveis, que trazem benefícios e incentivos. As técnicas de construção têm evoluído para oferecer soluções adaptáveis a diferentes necessidades e condições do território, embora essas abordagens exijam técnicas avançadas e maior investimento. Este custo adicional é percebido pelos compradores como garantia de qualidade e respeito pela sustentabilidade.
Considerando as atuais mudanças legislativas e o panorama macroeconómico, qual é a sua previsão para o futuro do mercado imobiliário português nos próximos anos?
Os estudos recentes não apontam para um retrocesso no investimento imobiliário. As recentes alterações legislativas visam reduzir custos relacionados com tempo e segurança na aprovação de projetos. Observa-se ainda uma tendência de expansão do mercado imobiliário para além das grandes áreas metropolitanas, alcançando regiões do interior e outras zonas anteriormente menos atrativas para investidores.
Lisboa | Porto | Braga
Ana Borges, Of Counsel da Antas da Cunha Ecija


REGIÃO DE LEIRIA
A Região de Leiria é um dos pilares do desenvolvimento económico em Portugal, destacando-se pela diversidade e competitividade do seu tecido empresarial. Combinando tradição e inovação, a região apresenta uma forte presença industrial e um ecossistema empresarial dinâmico, sustentado por empresas de referência que impulsionam a economia local e nacional.
Com infraestruturas bem desenvolvidas e uma localização estratégica, Leiria continua a atrair investimento, consolidando-se como um destino privilegiado para investidores nacionais e internacionais, impulsionando o crescimento contínuo da economia portuguesa. O dinamismo e a visão global das suas empresas asseguram que a região continua a ser um motor essencial para o futuro económico do país.

DA COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS AO SERVIÇO DE PEQUENAS REPARAÇÕES
A Brisas Simétricas, reconhecida pelas suas soluções na construção e renovação, lança agora um novo serviço de pequenas reparações domésticas. Este passo surge como uma resposta à crescente procura do mercado por soluções rápidas e eficazes para problemas quotidianos.
Victor Sousa, CEO da Brisas Simétricas, partilha a jornada da empresa, a motivação desta nova oferta, os desafios do setor e os planos futuros.

Victor Sousa, natural da Madeira, cresceu num ambiente ligado à construção civil, o que moldou a sua trajetória profissional. No entanto, a crise financeira de 2007 abalou o setor, levando o seu pai a encerrar a empresa e a procurar novas oportunidades em Inglaterra. Um ano depois, Victor seguiu-lhe os passos, estabelecendo-se na construção e construindo a sua vida ao lado da esposa, também portuguesa.
Com a chegada da pandemia, o casal decidiu regressar a Portugal. “Inicialmente, vim para tomar conta de uma carpintaria da família, mas as coisas não correram como planeado. Trabalhei lá durante nove meses, mas acabei por decidir abrir a minha própria empresa”, explica. Assim nasceu a Brisas Simétricas, inicialmente focada na compra e venda de imóveis. Com o tempo, o negócio

evoluiu e, há cerca de um ano e meio, passou a dedicar-se também a remodelações para terceiros.
Atualmente, a empresa dá mais um passo na inovação, apostando num serviço de pequenas reparações domésticas, um nicho que, até agora, era pouco explorado. Desde a pintura de paredes até à substituição de torneiras ou à instalação de esquentadores, a Brisas Simétricas procura oferecer soluções práticas e rápidas para os desafios do quotidiano dos seus clientes.
Com este novo serviço, que já está disponível, a empresa decidiu investir ativamente na sua divulgação. Apesar disso, os planos não ficam por aqui: “Quando tivermos uma linha de clientes maior, a nossa ideia é oferecer um serviço de urgência através de uma mensalidade. Os clientes poderão registar-se na empresa e, caso surja um problema urgente na sua moradia, terão prioridade na resolução”, revela o CEO.
Desafios no setor imobiliário
No setor imobiliário, a Brisas Simétricas foca-se na reabilitação de moradias térreas antigas, uma escolha estratégica que permite reduzir a burocracia. Mas que, nos últimos anos, os desafios têm sido cada vez maiores. A oferta de imóveis legalizados tem diminuído, e os preços são cada vez mais elevados. “No início, era tudo mais simples. As casas eram muito mais acessíveis e o mercado crescia a uma velocidade incrível. Agora, com a estabilização, é fundamental redobrar os cuidados na seleção dos imóveis”, partilha.
No segmento das remodelações, a empresa tem conquistado reconhecimento, sobretudo, através do ‘boca a boca’. “Atualmente, a maior parte dos nossos clientes chega até nós por recomendação. Um exemplo recente surgiu de uma obra que conseguimos através de um evento. Marcámos uma visita, avaliei o imóvel, apresentei o orçamento, foi aprovado e, neste momento, estamos a executar a obra”, revela.
Escassez de mão de obra qualificada
A escassez de mão de obra qualificada tem sido um obstáculo importante para o avanço de muitas obras no setor da construção, levando empresários e gestores a procurar soluções alternativas. “É muito difícil encontrar profissionais qualificados. Eu tenho dois funcionários contratados e mais dois trabalhadores indianos, porque os portugueses não querem trabalhar nesta área”, partilha Victor.
Victor Sousa, CEO




O objetivo não é ser só mais uma empresa, mas sim a empresa que faz realmente a diferença para os seus clientes
Embora a procura de trabalhadores seja constante, muitos portugueses preferem seguir outros caminhos, o que tem resultado em vagas abertas e dificuldades no progresso das obras. “Se tivéssemos mais gente, poderíamos avançar mais rápido. Recentemente, tive de terminar duas casas de banho com urgência e tive de recorrer à contratação de terceiros para me ajudar a terminar”, admite. Esta situação reflete a necessidade de constante improvisação dos profissionais do setor, que muitas vezes dependem de familiares ou trabalhadores estrangeiros para dar resposta à elevada procura.
Liderança e proximidade com a equipa
A liderança de Victor distingue-se pela proximidade e confiança que estabelece com a sua equipa. Para si, criar um ambiente de companheirismo é fundamental: “Acaba por ser quase como se fosse mais um amigo. Isso tem o seu lado bom, porque no dia a dia falamos e convivemos, mas também tem o lado mau, pois às vezes esquecem-se que, no final, sou eu o patrão e quem toma as decisões”, confessa.
Desde o seu regresso a Portugal, tem enfrentado vários desafios, alguns inesperados. Com humildade, reconhece os erros que cometeu ao longo do caminho: “Por exemplo, na primeira obra que realizei, esqueci-me de cobrar o IVA ao cliente. Isso resultou num pequeno prejuízo, mas assumi o erro. O erro foi meu, e aprendi com isso”, recorda. Esta experiência foi uma lição crucial que lhe permitiu crescer e melhorar profissionalmente.
Metas para o futuro
Com os olhos postos no futuro, a Brisas Simétricas prepara-se
para dar um novo passo no setor da construção: a edificação de imóveis de raiz. “Muitas pessoas já me perguntaram sobre isso. O meu pai, que era empreiteiro, regressa este ano de Inglaterra e quer integrar-se na empresa. Já discutimos a possibilidade e, se for para avançar, será para construir casas de raiz. Aliás, já temos um primeiro projeto em vista – a construção da minha própria casa”, releva.
As metas para os próximos anos incluem, além da expansão da equipa, a triplicação dos resultados financeiros. “Esse é o sonho de qualquer investidor, porque significa que o negócio está a correr bem”, sublinha. O empresário reforça ainda a importância de consolidar o serviço de pequenas reparações, destacando a satisfação de ajudar os seus clientes.
“Recentemente, instalei um esquentador e uma torneira para uma cliente que estava a ter dificuldades em encontrar alguém que pudesse fazer o trabalho. Ela ficou extremamente satisfeita, e essa reação é algo que vale mais do que qualquer dinheiro. O objetivo não é ser só mais uma empresa, mas sim a empresa que faz realmente a diferença para os seus clientes”, partilha.
Olhando para o futuro, sente-se otimista: “É claro que surgirão desafios, haverá dias bons e outros mais difíceis, mas acredito que, se não acreditarmos no nosso próprio sucesso, quem o fará por nós?”, conclui.
A Brisas Simétricas tem demonstrado um compromisso contínuo com a inovação e a adaptação às necessidades do mercado. Apesar dos desafios, como a escassez de mão de obra qualificada, a liderança de Victor Sousa e a visão estratégica da empresa apontam para um futuro promissor, com objetivos ambiciosos para os próximos anos.
FX SPEED: O SEGREDO POR TRÁS DO SUCESSO NO TRANSPORTE URGENTE
A FX Speed é uma empresa especializada em transportes urgentes, garantindo a entrega rápida de mercadorias essenciais para diversos setores, que vão desde a aeronáutica até à indústria cinematográfica. Com um crescimento impressionante nos últimos anos, tem vindo a destacar-se pela sua capacidade de adaptação, tecnologia avançada e uma equipa altamente eficiente. Em entrevista à Revista Business Portugal, João Ribeiro, CEO da FX Speed, partilha a história por trás da empresa, os desafios enfrentados, a importância do serviço Time Critical e as perspetivas para o futuro.

A história da FX Speed nasce oficialmente em abril de 2019, mas o conceito por trás da empresa foi planeada anos antes. “Identificámos uma necessidade no mercado da nossa região, especialmente no setor dos plásticos e moldes. O foco sempre foi o transporte urgente, onde a rapidez é essencial para garantir que os nossos clientes cumpram os seus prazos”, explica João Ribeiro. No entanto, o início da operação da empresa coincidiu com a pandemia: “No início, o mercado estava favorável, mas pouco
depois fomos surpreendidos pela pandemia, o que nos obrigou a repensar estratégias e encontrar novas oportunidades”. Com a crise económica global, a FX Speed teve de se adaptar rapidamente. “Embora alguns dos nossos clientes tenham fechado as portas, conseguimos rapidamente adaptar-nos. Explorámos novos mercados, como o transporte de máscaras e equipamentos médicos dentro da Europa”, acrescenta.
A flexibilidade e a capacidade de adaptação da empresa foram essenciais para ultrapassar os desafios da pandemia e continuar a crescer.
O conceito de Time Critical e a sua relevância
Uma das principais apostas da FX Speed é o conceito de “Time Critical”, que se refere à entrega de mercadorias no menor tempo possível. Esse serviço é vital para setores que não podem correr o risco de atrasos, como o setor automóvel, a aeronáutica, a indústria farmacêutica e a cinematográfica. “O Time Critical é a nossa razão de ser. O que nos diferencia é a nossa capacidade de garantir que as entregas chegam no prazo estabelecido, por mais exigente que seja o pedido. O nosso trabalho é essencial para evitar que os nossos clientes sofram com atrasos na produção, o que poderia impactar os seus negócios de forma significativa”, descreve o CEO. Entregar com rapidez é, muitas vezes, a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma operação. Para a FX Speed, isso implica não só a rapidez na execução dos serviços, mas também a capacidade de se adaptar constantemente às necessidades e exigências de cada cliente.
Tecnologia e parcerias
Um fator determinante para o sucesso da FX Speed é o seu elevado nível tecnológico. A empresa investiu fortemente em software de gestão, o seguimento de cargas e a integração de processos. “Nos últimos anos, fizemos um grande investimento em tecnologia. Hoje, temos todos os nossos sistemas integrados num único
João Ribeiro, CEO


software, o que nos permite ter um controlo total das operações diretamente dos nossos telemóveis. O seguimento é fundamental, tanto para assegurar que as cargas não se perdem quanto para oferecer aos nossos clientes a tranquilidade de saberem onde está a sua mercadoria em qualquer momento”. João refere ainda que a utilização de dispositivos de seguimento, até mesmo nas caixas de transporte, tem sido crucial para garantir que as mercadorias não sejam extraviadas.
No entanto, o sucesso da FX Speed não se deve apenas à tecnologia, mas também às parcerias estratégicas que a empresa construiu ao longo dos anos. “Mais de 90% dos nossos serviços requerem pelo menos um parceiro. Para nós, ser um bom parceiro significa ser exigente na qualidade do serviço e rigoroso no cumprimento de contratos e pagamentos. Criar relações de confiança com os nossos parceiros é fundamental, especialmente quando lidamos com setores regulados”, explica.
Desafios e oportunidades do setor dos transportes
Apesar do sucesso, o setor dos transportes enfrenta uma série de desafios, nomeadamente as mudanças políticas e económicas que afetam diretamente a viabilidade dos negócios. “Nos últimos dois anos, mais de 50 empresas do setor dos moldes faliram na nossa região. Isso tem impacto diretamente no nosso trabalho, pois, sem encomendas, o volume de trabalho diminui. O mercado está em crise e, por muito que tentemos ajudar, só teremos trabalho se os nossos clientes também o tiverem”, refere.
O CEO da FX Speed é claro quanto ao impacto que as decisões políticas podem ter sobre o futuro da empresa: “A situação atual é preocupante. Estamos a viver tempos de incerteza, e as escolhas políticas serão fundamentais para a nossa sobrevivência e crescimento. Estamos confiantes, mas cautelosos. Continuamos a trabalhar arduamente para garantir que nossa empresa se mantenha no caminho do crescimento”.
O nosso trabalho é essencial para evitar que os nossos clientes sofram com atrasos na produção, o que poderia impactar os seus negócios de forma significativa
Perspetivas para o futuro
O crescimento de 84% entre 2023 e 2024 é um reflexo da capacidade de adaptação e da visão estratégica da FX Speed. João revela que, apesar das dificuldades, a empresa está a trabalhar para continuar a expandir-se: “Queremos continuar a crescer, mas sabemos que dependemos das condições do mercado. O setor está mais contido, os clientes estão mais cautelosos com os custos, e é importante manter uma gestão rigorosa para mantermos a sustentabilidade do negócio”.
A empresa tem vindo a diversificar as suas áreas de atuação, expandindo-se para novos setores, como a aeronáutica e o transporte de medicamentos. Contudo, o empresário deixa claro que continuaram a focar-se nas entregas urgentes. “A nossa identidade está ligada ao transporte urgente. É aqui que nos sentimos mais confortáveis e onde podemos fazer a diferença. Não queremos perder esse foco, pois é isso que nos distingue no mercado”.
O caminho do sucesso
À medida que a FX Speed celebra seis anos de existência, olham para trás com orgulho, mas também com a certeza de que há ainda muito por conquistar: “Imaginava chegar aqui, mas sempre com a consciência de que o percurso seria desafiador. A nossa história é feita de muito trabalho, mas também de uma visão clara do que queremos ser. O caminho continua a ser feito, e estou certo de que o melhor ainda está para vir”, conclui o CEO. Numa era em que a rapidez é fundamental, a FX Speed conseguiu tornar-se um nome de referência no transporte urgente, com um olhar atento ao futuro e a um mercado cada vez mais exigente.

www.fx-speed.pt • geral@fx-speed.pt
RESILIÊNCIA E INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA TÊXTIL
A Esperança & Neves, fundada em 1998, destaca-se na recuperação e transformação de excedentes têxteis em algodão, sendo hoje um exemplo de resiliência e inovação no setor. José das Neves, fundador e líder da empresa, com mais de 50 anos de experiência na área, partilha como a paixão pela indústria têxtil e a visão familiar foram essenciais para superar os desafios inerentes à construção de uma empresa quando aos 50 anos de idade se viu numa situação de desemprego, após o encerramento do local onde trabalhava. No início, houve as dificuldades inerentes à implementação de uma nova indústria, mas a resiliência e uma aposta acertada permitiram ultrapassar esse obstáculo e impulsionar o crescimento no mercado.
Sediada em Mira de Aire, a Esperança & Neves tem vindo a construir um percurso marcado pela consistência, dedicação, crescimento e pela inovação, especializando-se na recuperação e transformação dos excedentes têxteis em algodão. A qualidade sempre foi um pilar fundamental do sucesso da empresa, por isso mesmo os materiais utilizados são criteriosamente selecionados para cumprir os mais elevados padrões do mercado. Graças a um compromisso contínuo com a investigação e inovação, a empresa fortaleceu a sua posição no setor, garantindo um mercado sólido e sustentável. “Felizmente, temos vindo a crescer e temos um mercado aceitável. No entanto, reconheço e saliento que nunca se tratou de sorte, mas de trabalho e dedicação”, reflete.
O diferencial da matéria-prima
A atividade da Esperança & Neves centra-se na reutilização de excedentes de confeções, como t-shirts e fatos de treino, principalmente, em malha de algodão. A matéria-prima é um artigo novo, selecionado cuidadosamente, garantindo que está isento de sujidade ou poeiras. “O algodão é a nossa base pelo seu reconhecido poder de absorção e limpeza. No entanto, atualmente a indústria da moda recorre muito à incorporação de pequenas percentagens de fibra ao algodão para que as peças finais mantenham a forma pertendida e o contorno das formas do corpo seja mais facilitado. Para a nossa indústria este fator constitui uma contrariedade. Ainda assim, trabalhamos para que a maior parte seja 100% algodão”, explica José. Essa premissa permite oferecer produtos de alta qualidade, com as mais variadas utilizações, que vão desde os tradicionais setores da indústria, como o ramo automóvel, passando pela aviação, aeronaútica, metalomecânica e surpreendentemente as áreas do desporto, lazer e até as artes.

A empresa nem sempre encontra localmente o fornecimento da matéria-prima necessária e pretendida, levando-a a procurar fornecedores noutras zonas do país e, em alguns casos, recorrer à importação. “Com uma preocupação de sustentabilidade, tentamos que a aquisição da nossa matéria seja feita o mais próximo possível da empresa, limitando os custos com o transporte e contribuindo para a economia local. No entanto, isso nem sempre é possível, então alargámos o raio de localização do fornecimento da empresa. Atualmente, é da zona norte, um dos principais polos têxteis do país, que vem uma grande parte da nossa matéria-prima”.
Os excedentes adquiridos apresentam diferentes tamanhos e formatos, o que exige seleções antes da venda. A empresa remove etiquetas e ajusta as peças para que correspondam às necessidades dos clientes. “Preparamos os panos em tamanhos que variam entre os 40 e os 70 centímetros”, explica. Além disso, utilizam prensas para compactar o material, garantindo que ocupa menos espaço e facilita o transporte. “A apresentação do nosso produto é uma das razões pelas quais somos bem reconhecidos no mercado”, destaca orgulhoso.
Qualidade e reconhecimento da marca
A relação próxima com os clientes é um dos pilares da empresa. Por ser um negócio familiar, a Esperança & Neves prima pelo atendimento personalizado e pela qualidade do serviço. “Tratamos os nossos clientes quase como se fossem da família. Para nós, este é o sujeito mais importante”, enfatiza José. Essa abordagem tem contribuído para o reconhecimento da marca no mercado e para a fidelização dos clientes. “Com alguns deles tenho uma relação comercial e de amizade anterior à fundação da Esperança & Neves. E isso para mim, é um motivo de grande orgulho”. Num contexto de crescente preocupação ambiental, a atividade da empresa encaixa-se
José das Neves, Fundador
naturalmente na tendência de sustentabilidade. “O nosso artigo é um resíduo que, de outra forma, seria descartado. Reaproveitamos esse material para lhe dar uma nova vida”, refere, explicando que a reutilização de têxteis reduz o desperdício e contribui para uma indústria mais sustentável.
O meu maior sonho é garantir a estabilidade da empresa e que a minha filha, que tem abraçado o negócio com muita vontade, continue a crescer neste meio
Impacto da pandemia
Nas palavras de José das Neves, a pandemia trouxe desafios inesperados, afetando tanto a produção quanto as vendas. “Foi um período desafiador. Se os meus fornecedores não estavam a produzir e os meus clientes a trabalhar, as compras e vendas sofreram uma
grande redução”, recorda José. Ainda assim, a empresa manteve todos os postos de trabalho, ajustando-se às circunstâncias até a situação melhorar. “Os nossos colaboradores são elementos fundamentais e pelos quais tenho o maior apreço. Considero-os e reconheço-lhes um papel fundamental para o bom funcionamento desta máquina tão exigente em mão de obra que é a Esperança & Neves”. Embora a empresa tenha uma boa base no mercado nacional, o potencial de expansão internacional é significativo. Atualmente, cerca de 10% a 15% da produção destina-se à exportação. “Na Europa e outros mercados como os Emirados Árabes e Angola”, destacando a importância da expansão global para o crescimento do negócio.
O legado e o futuro
Olhando para o futuro, José das Neves deseja que a empresa continue a crescer e permaneça na família. “O meu maior sonho é garantir a estabilidade da empresa e que a minha filha, que tem abraçado o negócio com muita vontade, continue a crescer neste meio”. A continuidade do legado e a expansão sustentada do negócio são fontes de grande orgulho para o empresário.
A história da Esperança & Neves é um exemplo claro de uma empresa sustentável e de como a combinação de experiência, trabalho, inovação e compromisso com a qualidade pode ajudar uma empresa a superar obstáculos e a crescer de forma consistente. Com um olhar atento ao futuro, a empresa continua a consolidar-se no mercado e a expandir as suas fronteiras.

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COMPROMISSO COM A COMUNIDADE
Em entrevista à Revista Business Portugal, Paulo Clemente, Presidente da União das Freguesias de Marrazes e Barosa, partilha a sua visão sobre a liderança autárquica, os desafios da fusão das freguesias e as prioridades para o futuro, destacando a gestão eficiente dos recursos e a modernização dos serviços.

Foto: Luís Melo/Musaiko|UFMB
Paulo Clemente revela uma trajetória de experiências que moldaram a sua abordagem na gestão pública. Com um passado multifacetado na educação e na música, sublinha a importância de saber guiar e inspirar. “A docência ensina-nos a lidar com alunos, a motivá-los e a gerir expectativas. Como maestro, aprendi a coordenar um grupo de pessoas e a incentivá-las a trabalhar em conjunto”. Estas habilidades são fundamentais na liderança de uma freguesia, “pois permitem gerir recursos humanos com eficácia e garantir uma resposta eficiente às necessidades da população”, reflete.
Os desafios da fusão de freguesias
A União das Freguesias de Marrazes e Barosa, em 2013 trouxe consigo uma série de desafios complexos. De acordo com o Presidente, o processo exigiu uma gestão cuidadosa e atenta às particularidades de cada localidade. “O primeiro grande desafio foi congregar as duas freguesias num objetivo comum: responder às
necessidades do território de forma equitativa. O nosso objetivo era que a freguesia de Barosa, sendo significativamente menor que Marrazes, não se sentisse excluída do processo”, ressalta.
A integração administrativa também representou um obstáculo significativo: “Quando a freguesia de Barosa foi agregada, não possuía funcionários”, explica o Presidente. Para solucionar este problema, “a Junta tomou a iniciativa de contratar uma funcionária para assegurar o atendimento da população e, posteriormente, reforçou a equipa com uma segunda”. Além do reforço da equipa de funcionários, a melhoria dos serviços de saúde foi outra prioridade para a nova gestão. “Também ampliámos os serviços de saúde, melhorando as condições da delegação de saúde local”, enfatiza. Estas ações demonstram que a fusão das freguesias, apesar dos seus desafios, tem sido encarada com um olhar atento às necessidades de cada uma das localidades, promovendo uma integração harmoniosa e equitativa.
Carências e desafios do território
Paulo Clemente traçou um panorama da realidade local, onde os desafios se acumulam devido a limitações de recursos. A grande extensão territorial, a escassez de verbas e a necessidade de respostas rápidas à população figuram como os principais obstáculos na gestão do dia a dia. “Os impostos gerados na freguesia não ficam cá”, lamenta.

Paulo Clemente, Presidente
Créditos
A União das Freguesias abriga três zonas industriais e vários supermercados de grande porte, contudo a receita fiscal proveniente destas atividades não beneficia diretamente a localidade. “O IMI gerado anualmente ronda os 4,5 milhões de euros, dos quais apenas 1,5% retorna à freguesia, o que equivale a cerca de 50 mil euros”, enfatiza.
Além disso, existe uma dependência do apoio da Câmara Municipal para a realização de obras de maior envergadura. “Com recursos limitados, a Junta depende do apoio da Câmara para a realização de grandes obras”, sublinhando a fragilidade financeira que impede a autonomia da freguesia na concretização de projetos.
A área territorial, que se estende por 33 quilómetros e engloba cerca de 650 ruas, impõe ainda mais desafios na manutenção e conservação dos espaços públicos. “As exigências da população são muitas e os recursos disponíveis nem sempre permitem dar resposta imediata a todas as solicitações. Outro grande desafio é o de multiculturalidades, esta União das Freguesias é um mundo. Ter a capacidade de criar uma comunidade mais inclusiva e plural,


O primeiro grande desafio foi congregar as duas freguesias num objetivo comum: responder às necessidades do território de forma equitativa. O nosso objetivo era que a freguesia de Barosa, sendo significativamente menor que Marrazes, não se sentisse excluída do processo
que valorize a diversidade cultural, promovendo a igualdade de oportunidades ”. Desta forma, a União das Freguesias de Marrazes e Barosa enfrenta uma realidade complexa, onde a gestão eficaz de recursos limitados se torna um exercício diário de superação.
Desmaterialização e comunicação digital
A autarquia tem investido na desmaterialização de processos administrativos, promovendo a comunicação digital e a redução do uso de papel. No entanto, este processo enfrenta desafios significativos. “Há uma grande resistência ao formato digital, pois parte da população tem pouca literacia informática. Muitos não sabem preencher documentos eletronicamente, o que dificulta a transição para processos totalmente digitais”, destaca o presidente.
Ainda assim, a modernização da gestão da Junta já trouxe avanços importantes. “A documentação interna já é totalmente digital e as comunicações oficiais também. Nas Assembleias de Freguesia, a documentação é disponibilizada em formato digital, sendo impressa apenas a pedido. A assinatura digital também tem sido implementada, mas ainda temos um longo caminho a percorrer para atingir o objetivo de papel zero”.
Objetivos do futuro
Entre os principais projetos que Paulo Clemente pretende concretizar até ao final do mandato, destaca-se a requalificação do pavilhão desportivo da freguesia e a reabilitação de várias ruas. “Temos um conjunto de intervenções planeadas para cerca de 50 ruas. O objetivo é concluí-las antes do final do mandato, mas, realisticamente, sabemos que algumas poderão não ser finalizadas dentro do prazo previsto”.
Quanto ao seu legado enquanto Presidente, Paulo Clemente prefere manter uma visão de continuidade. “Se dissesse que quero fechar um ciclo, estaria a admitir que não pretendo continuar. Mas a obra nunca acaba. Como se costuma dizer, ‘enquanto o homem sonha, a obra continua’. Quero fazer o melhor que puder e, depois, caberá à população decidir se devo continuar ou não”.
Mensagem à população
Paulo Clemente deixa um apelo à comunidade: “É fundamental preservar o bem público, pois só assim conseguiremos uma maior eficiência. Os que trabalham na autarquia dão o seu melhor para melhorar as condições de vida de todos os residentes. Esse é o nosso principal objetivo”, conclui. A liderança de Paulo Clemente reflete um equilíbrio entre visão estratégica e proximidade com os cidadãos. Apesar dos desafios, a União das Freguesias de Marrazes e Barosa continua a evoluir, impulsionada por uma gestão dedicada e focada no desenvolvimento sustentável da comunidade.

Créditos Foto: Gil Álvaro de Lemos|UFMB

VIVER, VISITAR E INVESTIR
Portugal destaca-se pela sua riqueza cultural, gastronómica e histórica, refletida em eventos que promovem o turismo e o investimento local. Em Valpaços, a Feira do Folar celebra a tradição gastronómica, atraindo visitantes com o famoso folar, símbolo da Páscoa e da hospitalidade transmontana. Na Golegã, a ExpoÉgua é um tributo à excelência do cavalo lusitano e uma montra para o setor equestre. Além de promover a cultura rural, impulsiona negócios e o setor agropecuário. Por sua vez, o Festival Islâmico em Mértola transporta os visitantes para a herança árabe da vila, promovendo o artesanato, a música e a gastronomia, que dinamizam a economia local e potenciam o turismo cultural.
Estes eventos demonstram como Viver, Visitar e Investir se interligam, criando valor para as comunidades e novas oportunidades para quem procura Portugal como destino de negócios e lazer.

EXPOÉGUA: A ALMA DO LUSITANO, O CORAÇÃO DA GOLEGÃ
Com raízes profundas na tradição e olhos postos no futuro, a ExpoÉgua continua a afirmar-se como um dos maiores palcos de valorização do Cavalo Lusitano e da identidade equestre portuguesa. Em entrevista, António Camilo, Presidente da Câmara Municipal da Golegã, fala sobre a importância deste evento na projeção da vila como 'Capital do Cavalo' e das novidades da edição de 2025.

Qual é o papel da ExpoÉgua na valorização do Cavalo Lusitano e na afirmação da Golegã como a “Capital do Cavalo” em Portugal?
A ExpoÉgua desempenha um papel fundamental na valorização do Cavalo Lusitano e na afirmação da Golegã como a “Capital do Cavalo” em Portugal, sendo um evento de grande relevância do setor tanto no panorama nacional bem como alguma a nível internacional.
Este evento é um dos maiores dedicados ao Cavalo Lusitano, neste caso às suas éguas, nesta que é uma raça tradicionalmente portuguesa, reconhecida pela sua elegância, força e inteligência. Durante o evento, são realizados concursos, apresentações e exposições que destacam as qualidades desta raça, permitindo que os criadores, compradores e amantes do cavalo possam apreciar e negociar exemplares de alto nível. Além disso, a ExpoÉgua contribui para a preservação e a promoção da raça, essencial não só para a equitação, mas também para o património cultural português.
A Golegã é uma vila com uma profunda tradição equestre como todos sabemos, e a ExpoÉgua é um dos vários eventos anuais responsáveis por reforçar essa imagem. A realização das muitas atividades equestres ao longo do ano posiciona a Golegã como um centro de excelência e de encontro para profissionais e apreciadores do cavalo, fortalecendo a sua identidade como a “Capital do Cavalo” no nosso país. Além disso, todos esses eventos atraem visitantes de várias partes do mundo, o que promove o turismo e a economia local.
Que novidades ou atividades foram introduzidas este ano para tornar a experiência do visitante ainda mais enriquecedora?
A ExpoÉgua 2025, programada para os dias 15 a 18 de maio, promete enriquecer a experiência dos visitantes com diversas novidades
e atividades que aproximam o público geral do mundo equestre e destacam a importância do Cavalo Lusitano na cultura portuguesa.
Este ano, com a recém-inaugurada Praça Manuel Tavares Veiga, podemos alargar e criar mais condições para todos os comerciantes presentes, bem como melhorar o que já temos vindo a fazer nas últimas edições, e inserido no Festival da Biosfera, com um espaço dedicado ao Encontro de Vinhos do Tejo, Mostra Gastronómica de Peixe do Rio, Salão do Azeite e a mais recente Mostra de Produtos Endógenos. Tudo isto potencia não só a dimensão da ExpoÉgua, mas permite também uma maior diversidade da oferta de animação, garantindo ao mesmo tempo, as condições ideais de segurança e descanso para todas as éguas e poldros, que irão estar no Largo do Arneiro durante o evento.
Quais são os planos para a evolução da ExpoÉgua nos próximos anos?
A cada edição, a ExpoÉgua tem incorporado novas atividades, e reforçando a aposta naquelas mais enraizadas, de forma a atrair mais público e cada vez mais diversificado.
A Golegã tem investido na promoção do Turismo Equestre, com iniciativas como a introdução do Curso Profissional de Gestão Equina, e o primeiro curso de Técnico Superior Profissional (Tesp) em Turismo Equestre, ministrado pelo ISLA Santarém em colaboração com o Município, já aprovado e que perspetivamos abrir a primeira turma no ano letivo 2025/2026.
O Município demonstra um forte compromisso em promover a região como destino turístico e equestre, como foi exemplo disso a presença na recente Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, realizada de 12 a 16 de março, reforçando a estratégia de atrair turistas e investidores para a região.
Estas são as evidências de que a Golegã continuará a investir na valorização do Cavalo Lusitano e na promoção do turismo equestre, e que reforça o papel da ExpoÉgua como um evento relevante na cultura portuguesa e contribuem para o desenvolvimento económico e social da região.
António Camilo. Presidente

ENTRE SONS E SABORES
A ALMA ISLÂMICA DE MÉRTOLA EM CELEBRAÇÃO

O Festival Islâmico de Mértola é um evento cultural de grande importância na região do Baixo Alentejo, destacando-se como um dos mais conceituados e únicos em Portugal. Este festival celebra a rica herança islâmica de Mértola, uma cidade que foi um importante centro durante o período muçulmano na Península Ibérica. O evento oferece uma experiência singular, diferente de tudo que existe pelo país, atraindo visitantes de diversas partes do mundo.
Durante o festival, Mértola transforma-se num verdadeiro palco de celebração cultural, onde a música, a dança, a gastronomia e as artes se unem para criar um ambiente mágico e envolvente. As ruas da cidade são decoradas com motivos islâmicos, e os visitantes têm a oportunidade de explorar mercados tradicionais, assistir a espetáculos e participar em workshops que promovem o intercâmbio cultural.
A edição deste ano promete ser memorável, com uma programação de concertos que destaca a diversidade e a riqueza das culturas islâmicas e mediterrânicas.

No dia 22 de maio, quinta-feira, os visitantes poderão desfrutar dos seguintes espetáculos:
• Às 21:00H, Celso Candeias & Honky Tonk Sail (Portugal/ Bélgica) no Pátio dos Sons.
• Às 22:00H, Celina da Piedade com Rodrigo Leão e Grupo de Artes Performativas de Mértola (Portugal) no Palco Castelo
• Às 00:00H, Nomad (Portugal) no Palco Castelo.
Na sexta-feira, dia 23 de maio, a programação continua com:
• Às 18:00H, O Mau Olhado (Portugal) no Pátio dos Sons.
• Às 19:30H, La Nuba Gharnatí (Espanha/Marrocos) no Palco Castelo.
• Às 21:00H, Lala Tamar (Israel/Marrocos) no Palco Castelo
• Às 22:30H, Carminho (Portugal) no Palco Cais.
• Às 00:00H, Bombino no Palco Cais.
• Às 02:00H, Frygya - Imed Alibi & Khalid Hentati (Tunísia) no Palco Cais.
• Às 02:00H, SPECIAL K (Síria) no Palco Cine Teatro.
• Às 03:30H, Jarl Flamar no Palco Cais.
No sábado, dia 24 de maio, os concertos incluem:
• Às 18:00H, O Gajo (Portugal) no Palco Castelo.
• Às 19:30H, Saad Tiouly (Marrocos) no Palco Castelo.
• Às 20:00H, José Rego (Portugal) no Pátio dos Sons.
• Às 21:00H, Buba Espinho (Portugal) no Palco Castelo.
• Às 23:00H, Baba Zula no Palco Cais.
• Às 00:30H, Tarwa N-Tiniri (Marrocos) no Palco Cais.
• Às 02:00H, Rizan Said (Síria) no Palco Cais.
• Às 03:30H, Guedra Guedra (Marrocos) no Palco Cais.
O Festival Islâmico de Mértola é uma celebração da diversidade cultural e um testemunho da convivência pacífica entre diferentes culturas ao longo da história. É uma oportunidade única para os visitantes mergulharem na riqueza da cultura islâmica e mediterrânica, desfrutando de uma programação variada e de alta qualidade. Não perca a oportunidade de participar neste evento extraordinário e vivenciar a magia de Mértola durante o 13º Festival Islâmico.
Além dos concertos, o festival oferece uma vasta gama de atividades que enriquecem a experiência dos visitantes. Os mercados tradicionais, conhecidos como souks, são uma das principais atrações, onde se pode encontrar uma variedade de produtos artesanais, desde cerâmicas e têxteis até joias e especiarias. Estes mercados são uma excelente oportunidade para os visitantes conhecerem e adquirirem produtos únicos, enquanto interagem com os artesãos locais e aprendem sobre as técnicas tradicionais de produção.
A gastronomia é outro ponto forte do Festival Islâmico de Mértola. Os visitantes têm a oportunidade de degustar pratos típicos da culinária islâmica, preparados com ingredientes frescos e locais. As tendas de comida espalhadas pela vila de Mértola oferecem uma variedade de opções, desde pratos principais até sobremesas, proporcionando uma verdadeira viagem gastronómica. Os workshops de culinária são também uma excelente oportunidade para aprender

a preparar alguns destes pratos tradicionais, sob a orientação de chefs experientes.
As artes performativas são uma parte essencial do festival, com espetáculos de dança, teatro e música que refletem a riqueza cultural das tradições islâmicas. Os grupos de artistas convidados de várias partes do mundo, apresentam espetáculos que encantam e envolvem o público. Estes espetáculos são realizados em diversos palcos espalhados pelas ruas da vila de Mértola, cada um com uma atmosfera única que complementa a performance.
O Festival Islâmico de Mértola também promove o intercâmbio cultural através de uma série de workshops e palestras. Estes eventos são uma excelente oportunidade para os visitantes aprenderem sobre a história e a cultura islâmica, bem como sobre a influência desta cultura na região do Baixo Alentejo. Os workshops incluem temas como a caligrafia árabe, a música tradicional, a dança e a gastronomia, proporcionando uma experiência educativa e enriquecedora.
A vila de Mértola, com a sua rica história e património, é o cenário perfeito para este festival. As ruas estreitas e sinuosas, os edifícios históricos e as vistas deslumbrantes sobre o rio Guadiana criam um ambiente mágico que transporta os visitantes para outra época. Durante o festival, a vila de Mértola ganha vida com as cores, os sons e os aromas das tradições islâmicas, proporcionando uma experiência imersiva e inesquecível.
O Festival Islâmico de Mértola é mais do que um evento cultural; é uma celebração da diversidade e da convivência pacífica entre diferentes culturas. É uma oportunidade para os visitantes explorarem a riqueza da cultura islâmica, desfrutarem de uma programação variada e de alta qualidade, e vivenciarem a magia de Mértola. Não perca a oportunidade de participar neste evento extraordinário e descobrir tudo o que o 13º Festival Islâmico de Mértola tem para oferecer.
Saiba mais em: www.festivalislamicodemertola.com

Breves Regiões
Alijó inaugurou Centro Interpretativo do Azeite D’Ouro
O Município de Alijó inaugurou, no dia 22 de março, o Centro Interpretativo D’Olival ao Azeite D’Ouro, fruto da requalificação de um antigo lagar em Castedo do Douro. A cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.
O espaço, que representa um investimento de 1,2 milhões de euros, visa valorizar o Azeite do Douro como marca de excelência e promover o setor olivícola. Foi ainda apresentada a Associação de Produtores de Azeite D’Ouro, reforçando a estratégia municipal para a dinamização do setor.
Caminha reforça liderança no turismo do Alto Minho
Caminha registou um crescimento recorde no turismo em 2024, alcançando 121.333 dormidas, um aumento de 158% face a 2013, segundo dados do INE. O concelho ocupa agora o terceiro lugar no Alto Minho, atrás apenas de Viana do Castelo e Ponte de Lima.
O presidente da Câmara, Rui Lages, destaca esta evolução como resultado da parceria entre a autarquia e os empresários do setor. O turismo impulsiona ainda outros setores da economia local, com maior procura entre abril e outubro, sendo agosto o mês com mais dormidas.
Idanha-a-Nova promove turismo sustentável na BTL 2025
Idanha-a-Nova marcou presença na BTL 2025, reforçando a sua posição como destino de referência. Representado pelo presidente da Câmara, Armindo Jacinto, o município destacou-se como Território UNESCO e Bio-Região, promovendo a sua oferta turística sustentável.
O evento foi uma oportunidade para apresentar as potencialidades e atrativos da região, consolidando Idanha-a-Nova como um destino de excelência.
Tomar candidata Festa dos Tabuleiros a Património da Humanidade
O Município de Tomar submeteu à UNESCO a candidatura da Festa dos Tabuleiros à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade. O objetivo é salvaguardar e reconhecer esta tradição como reflexo da identidade tomarense e do seu envolvimento comunitário.
A Festa dos Tabuleiros, realizada de quatro em quatro anos, integra celebrações em honra do Divino Espírito Santo e destaca-se pelo Grande Cortejo dos Tabuleiros. Após ser incluída no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial em 2023, a candidatura agora entregue pretende reforçar o seu reconhecimento internacional.
Oleiros destaca-se na BTL 2025
O Município de Oleiros fez um balanço positivo da participação na BTL 2025, onde promoveu o património, gastronomia e produtos endógenos do concelho. O stand incluiu degustações, artesanato e a exibição do filme "Oleiros, deixa-te Abraçar". Foram ainda distribuídos 400 vouchers de estadia. O vice-presidente da Câmara, Paulo Urbano, destacou a reafirmação de Oleiros como destino turístico de excelência.
Montargil recebeu a 3.ª edição do Congresso da Transparência
O Centro Cultural de Montargil, em Ponte de Sor, recebeu, no dia 24 de março, a 3.ª edição do Congresso da Transparência das Câmaras Municipais. O evento distinguiu as boas práticas na administração pública, com base no índice de transparência desenvolvido pela Dyntra e Ogov.
Com oradores de destaque, incluindo deputados e responsáveis pelo PRR, o congresso abordou a transparência nos setores público e empresarial, culminando na premiação das melhores câmaras municipais do país.
O evento foi transmitido ao vivo no YouTube da Câmara Municipal de Ponte de Sor.



O F E R TA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
F O R M AT I VA

