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NÓS LÁ FORA–PRESTÍGIO INTERNACIONAL

José Jorge – Delegado EHF 2014 / 2015

“CALOIRO”, COM AMBIÇÃO “O simples facto de ver a bandeira de Portugal hasteada pela minha presença é um fator de orgulho enorme.”

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QUAL A SENSAÇÃO DE EXERCER A FUNÇÃO DE DELEGADO NUM JOGO DE COMPETIÇÕES EUROPEIAS? É um grande prazer representar o Andebol do nosso país alémfronteiras. O simples facto de ver a bandeira de Portugal hasteada pela minha presença é um fator de orgulho enorme e constitui uma motivação extra para o desempenho das minhas funções. Depois, há que salientar que os jogos das competições europeias, pelo menos aqueles em que participei, foram disputados em clima de festa. Não obstante os aspetos competitivos, na esfera internacional, os intervenientes procuram disfrutar na plenitude aquele momento especial.

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QUAIS AS MAIORES DIFERENÇAS QUE ENCONTRA NO DESEMPENHO DA FUNÇÃO ENTRE A COMPETIÇÃO NACIONAL E OS JOGOS DAS COMPETIÇÕES EUROPEIAS? A principal diferença é que nas competições europeias o Delegado acumula a função de Observador. As duas tarefas que temos de assegurar em simultâneo tornam o desempenho muito mais complexo. O nível de concentração necessário é enorme e no final dos jogos sintome bastante mais desgastado. O facto de ter de avaliar elementos, que na realidade pertencem à minha equipa, torna a missão mais complicada, uma vez que

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se torna indispensável manter o distanciamento necessário à realização de uma justa avaliação.

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NA SUA OPINIÃO, ENTENDE SER POSSÍVEL ALGUM DIA, OS DELEGADOS EM PORTUGAL TEREM AS CONDIÇÕES QUE TÊM NA EHF? Relativamente às condições de trabalho disponibilizadas para o exercício da função, não vejo, sinceramente, grandes diferenças. Tive uma experiência na Suíça onde, dado o superior nível de vida que se pratica no país, disponibilizaram-me, de facto, condições a todos os títulos excecionais. Entendo isso com naturalidade dado o enquadramento verificado. Na realidade não foi só ao Delegado que foram proporcionadas essas excelentes condições, mas também às equipas e até ao público. Tive uma outra experiência em França em que as condições proporcionadas foram semelhantes ou até inferiores às que encontramos nos nossos melhores pavilhões.

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NOS VÁRIOS JOGOS EUROPEUS EM QUE JÁ ESTEVE PRESENTE, TEVE ALGUM EPISÓDIO ENGRAÇADO QUE AINDA HOJE SE RECORDE? A minha curta carreira neste domínio, já que apenas esta época iniciei funções como Delegado da EHF, ainda não me permite eleger nenhuma situação muito digna de registo. De qualquer forma, não deixou de ser original,

NOME José Manuel Pinto Cameirão Jorge LOCAL E DATA DE NASCIMENTO Lisboa, 16 de junho de 1963 DELEGADO EUROPEU DESDE 2014/2015

logo à segunda participação, ter uma eliminatória a decidir-se por desempate através de lançamentos de 7 metros. Felizmente estava preparado para essa eventualidade e tudo correu de forma absolutamente normal.

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COMO VÊ O NÍVEL DAS NOSSAS DUPLAS EHF E IHF COMPARADO COM AS DUPLAS QUE ENCONTRA NOS JOGOS EM QUE PARTICIPA? Considero que, de momento, estamos bastante bem servidos em termos da qualidade das nossas duplas internacionais. Assim, tendo em conta a boa qualidade das duplas com que trabalhei nos jogos internacionais em que participei, posso dizer que os nossos árbitros EHF têm um nível semelhante e os nossos árbitros IHF já se encontram num patamar superior àqueles com que tive oportunidade de trabalhar.

NOTA DE DIREÇÃO: A Revista APAOMA enviou a todos os delegados europeus a mesmas questões: só obtivemos resposta de três delegados: João Costa, José Jorge e Manuel da Conceição. Lamentavelmente António Goulão e Rui Coelho optaram por não responder não dando qualquer justificação até ao fecho da edição


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