Edição 12 - Revista Ambrosia Gourmet

Page 1

Edição 12 - Ano 5

PANTANAL sUL

História, turismo e gastronomia. Comida de comitiva e receitas regionais servidas em meio a paisagens encantadoras

Criações divertidas: Geek e Molecular

Sabores intrigantes: pistache, caviar e wasabi

CARTA DA EDITORA

Abrimos 2024 com sabores do Pantanal sul-mato-grossense. Um misto de gastronomia e turismo, porque não tem nada mais gostoso do que conhecer um lugar através da comida. Essa edição é um convite ao turista, de Mato Grosso do Sul e de fora, para conhecer um pouco mais da maior planície alagável do planeta. Vamos passear pelas fazendas de Aquidauana, Miranda, Corumbá e Nhecolândia que fazem parte da Rota Gastronômica Pantaneira, mostrando os atrativos naturais e os feitos no fogão a lenha, Tem leitura divertida do livro de receitas do One Piece, um dos mangás mais famosos do mundo. Diversão também para quem cria (e consome) pratos da gastronomia molecular, que permite uma viagem por texturas e encantamento. Ingredientes exóticos na cerveja, requintados como o caviar, versáteis como o pistache e intrigantes como o wasabi fazem parte dessa deliciosa publicação, que traz ainda conteúdo sobre alimentação de atletas. A Ambrosia está especial com a segunda edição do Circuito Gastronômico, ampliado para Três Lagoas, Corumbá e Bonito.

E é claro que trazemos dicas de restaurantes e serviços que reforçam seus nomes no mercado pela qualidade, Então, prepare sua bagagem, coloque a Ambrosia na mala e divirta-se desbravando esses pantanais encantadores. Natureza, regionalidade e literatura, um combo perfeito para te acompanhar em qualquer destino.

EXPEDIENTE

EDITORA-CHEFE E PRODUTORA

Fernanda Nascimento Prochmann

DRT/MS 149

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Fernanda Nascimento Prochmann

DIAGRAMADORA

Lorraine Mongelli

COLABORADORES

Fabiana Büll Haik

Emerson Duarte

Vera Krabbe

REVISÃO

Arnaldo Fernandes Nascimento

FOTOGRAFIA DE CAPA

Elis Regina

FOTÓGRAFOS COLABORADORES

Alexis Prappas

Amanda de Marchi

Andreas Reimann

Cauê Gutierrez

Elis Regina

Gabriel Farias

Guto Souza

Isa Maiolino

Kelly Fernandes

Luna Garcia

PROJETO GRÁFICO

Lorraine Mongelli

LOGÍSTICA

Angelo Mateus Prochmann

COMERCIAL E ANÚNCIOS

67 98412-6365 / 67 98412-2714

DISTRIBUIÇÃO PRÓPRIA

TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES

MAIO/2024

SIGA-NOS

Revista Ambrosia Gourmet

@revista.ambrosia

Podcast Revista Ambrosia Gourmet

Fernanda
Nascimento Prochmann
Cauê Gutierrez 7 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
SUMÁRIO
Elis
8 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Regina

SUMÁRIO

Do país vizinho, o nome e a inspiração. Arroz boliviano, releitura criada em Corumbá, faz sucesso à mesa.

Dos mangás para a Ambrosia, Livro de receitas piratas de um dos maiores sucessos do mundo: One Piece.

Raro, peculiar e requintado. Caviar pode ser consumido puro ou garantir toque especial às preparações.

Queridinho da gastronomia, pistache une cor, sabor e versatilidade em pratos doces e salgados.

AROMAS E TEMPEROS

O que seria da culinária japonesa sem o wasabi? Conheça a história milenar da planta das montanhas.

TÉCNICAS DE COZINHA

Gastronomia Molecular. Ludicidade e criatividade para encantar os clientes.

MATÉRIA DE CAPA

Viaje pelos pantanais de Mato Grosso do Sul com direito a passeios, contemplação e culinária raiz.

PERFEITA PARA FAZER EM CASA PRONTA EM MINUTOS

MACARRÃO DE COMITIVA & ARROZ CARRETEIRO

Sem conservantes

Quer ser um revendedor? Ligue

(67)99986-1716

Veja os pontos de venda no site www.pantanalinbox.com.br

@pantanal_inbox

CESTA REGIONAL 10 14 16 32 34 36 GASTRONOMIA GEEK ALTA GASTRONOMIA TENDÊNCIAS
24 A LEGÍTIMA COMIDA PANTANEIRA

arroz boliviano

Diferentemente do que se imagina, comida não nasceu na Bolívia. Corumbaenses fizeram releitura do tradicional Majao

É natural que quem ouça o nome “arroz boliviano” associe o prato ao país vizinho, com forte influência na gastronomia sul-mato-grossense. Mas foi em Corumbá, na fronteira com a Bolívia, que ele realmente foi criado. Trata-se de uma releitura do tradicional “Majao”, que na versão original leva carne seca desfiada, socada no pilão, além do arroz, que pode ser servido com caldo, como risoto. Vai banana frita e ovo.

O Majao é uma combinação de simplicidade e autenticidade da culinária boliviana. O prato tem raízes indígenas e originou-se nas comunidades rurais da Bolívia. Ao longo do tempo, foi se adaptando à sazonalidade dos ingredientes.

Tendo o Majao como inspiração, os corumbaenses trocaram a carne seca pela moída. A cozinheira Tânia Aparecida Heredia foi casada com um boliviano e aprendeu com a sogra uma variedade de pratos tradicionais. Hoje ela participa da Feira da Bolívia, em Campo Grande, com o arroz boliviano. “Os visitantes

gostam bastante. Sirvo com carne moída, ervilha, azeitonas e especiarias, arroz, batata palito frita, calabresa e banana frita. Em cima ainda vai ovo cozido, tomate e batata palha”.

Além de Corumbá, o prato é muito consumido em Miranda e Aquidauana. Por levar muitos ingredientes, pode, tranquilamente, ser servido sozinho.

Primo distante da Paella

Nas pesquisas do chef Paulo Machado, o arroz boliviano carrega uma influência ibérica, já que nos países hispânicos se consome muito arroz, principalmente no sul da Espanha, sendo o ingrediente principal das paellas. “É um prato bem saboroso que também lembra um tipo de arroz que a gente come muito nas fazendas do Pantanal, que é o arroz de forno”. Uma dica do chef para deixar o prato ainda mais gostoso, é colocar cubinhos de queijo coalho empanado ao invés da batata palha. Que tal, mais uma releitura por aí?

CESTA REGIONAL Luna Garcia
10 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Inovação x tradição

Centralle Osteria CG traz menu com releituras que unem harmonia e autenticidade

Fotos: Divulgação PUBLI GASTRÔ
da Redação
12 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Areferência à excelência da gastronomia italiana está em cada ingrediente do novo cardápio da Centralle Osteria CG. Na cozinha liderada pelo chef Guilherme Zamboni, a criatividade é um exercício constante para inspirar novos sabores. Assim, o que já era bom, ficou ainda melhor com a adição de três releituras de receitas tradicionais.

A primeira, batizada de “Anatra all’arancia alla Centralle”, leva um ingrediente pouco comum nas mesas sul-mato-grossenses, o pato. Trata-se de uma homenagem à famosa receita de pato à l’orange, onde o animal é confitado, cozido lentamente até alcançar uma textura perfeitamente tenra e saborosa. Depois, é envolvido em uma camada de presunto de Parma, que dá um toque salgado ao preparo; e, a grande surpresa: um delicado e aromático molho de laranja, feito com o suco da fruta, a casca e especiarias. Suave e intrigante ao mesmo tempo. O prato ainda é acompanhado de batatas ao murro, perfeitas para absorver os sabores da preparação.

A próxima novidade parte do berço italiano, das lembranças da cozinha cheia e a família toda ajudando no almoço. O “Gnocchi ao quatro formaggio com escalope de mignon” é recheado de afetividade e tradição, mas tem uma pitada de inovação. O segredo está na combinação única de quatro diferentes tipos de queijos, cada um selecionado por sua capacidade de fundir-se em um sabor harmonioso. Depois, o gnocchi é tostado até adquirir uma textura crocante por fora e aerada por dentro. Para complementar a experiência, o prato é servido com um escalope de filé mignon.

E para completar o novo menu, os chefs da Centralle criaram o “Fregola al mare”, uma verdadeira celebração da costa italiana que evoca a brisa do mar e a vivacidade das mesas festivas da Sicília. A fregola, com sua textura peculiar e sabor único, é o centro deste prato espetacular. Originária da Sardenha, a massa, que se assemelha ao cuscuz, é tradicionalmente utilizada em preparações que homenageiam o mar. Camarão rosa, lulas, mexilhões e polvo são cuidadosamente selecionados e preparados, cada um contribuindo com suas texturas e sabores únicos, criando uma harmonia com a massa que é ao mesmo tempo delicada e intensa. Destaque para o molho,

preparado com tomates maduros e ervas aromáticas.

Com as novas adições, a Centralle Osteria CG celebra a diversidade e a riqueza do patrimônio gastronômico italiano inspirado nas osterias romanas, proporcionando aos clientes uma viagem culinária memorável e autêntica, sem sair de Campo Grande. Venha conhecer esse espaço destinado não apenas a satisfazer o apetite, mas a provocar emoções, despertar memórias e inspirar conversas. Um convite à excelência gastronômica.

Serviço: @centralleosteriacg (67) 3023 7172 centralle.co

Rua Padre João Crippa, 1105

13 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Um dos mangás mais populares do mundo ganha livro com receitas deliciosas e divertidas

“Maçãs explosivas”, “Churrasco de coxão d´água”, “Assado de Pássaro-Abelha” e até “Marmita da Ilha do Céu”. O universo dos mangás está mais gostoso do que nunca. Quem acompanha as histórias do Bando do Chapéu de Palha vai se encantar pelo livro de receitas piratas do Sanji, o cozinheiro do grupo mais conhecido pelos apaixonados por mangás, as histórias em quadrinhos japonesas. One Piece é um mangá publicado desde 1997 e tem mais de 106 volumes. Escrita por Eiichiro Oda, a obra conta a história de Monkey D. Luffy, um jovem que fica com o corpo elástico após comer uma “fruta do diabo”. O protagonista, junto à tripulação dos Piratas do Chapéu de Palha, explora os mares em busca do tesouro One Piece, capaz de torná-lo Rei dos Piratas.

Durante a viagem, Sanji é o responsável pelas refeições do Bando. Sua habilidade para discernir e identificar todo tipo de ingredientes é sem igual. A publicação “One Piece – Receitas Piratas do Sanji”, da Editora Panini, traz uma linguagem lúdica e 46 receitas que aparecem na história (todas com referência ao capítulo e volume da saga onde podem ser encontradas). Tem sanduíches, sobremesas, preparações com carne, frutos do mar e até o famoso caldo dashi. Tudo com passo a passo do modo de preparo e ilustrações divertidas. Apesar dos nomes diferentes, as receitas não são de brincadeira. Aqui, compartilhamos a do Bolovo com frango, a primeira receita que Sanji cozinhou depois de zarpar para os mares a pedido do Luffy; e a das maçãs explosivas. Quer embarcar nessa viagem?

GASTRONOMIA GEEK
Fotos: Divulgação
14 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Bolovo com Frango a FAVORITA DO lUFFY

INGREDIENTES:

4 coxas da asa de frango

4 ovos cozidos

30g de farinha de rosca

2 colheres de sopa de leite

500g de carne moída de frango

1 colher de chá de sal

1 pitada de pimenta-do-reino

1 ovo

Óleo de cozinha

MODO DE PREPARO:

Faça “tulipas” com as coxas da asa, separando com muito cuidado os dois ossinhos de dentro de seus ligamentos, removendo completamente o osso menor e mantendo o maior preso. Use uma tesoura de cozinha para cortar a carne e os ligamentos restantes do osso que vai servir de cabo, deixando presos por uma das extremidades. Por fim, vire do avesso a carne no próprio osso. Umedeça a farinha de rosca no leite. Em uma tigela, coloque os ingredientes e misture bem. Adicione a farinha de rosca e misture novamente. Envolva um ovo cozido com a parte carnuda da coxa da asa. Se ficar difícil, use pedaços soltos de frango para ajudar. Umedeça as mãos com o óleo de cozinha e cubra a coxa da asa e o ovo com a mistura de farinha. Asse tudo num forno preaquecido a 200 °C por 10 a 15 minutos.

Maçãs explosivas para testar a sorte

INGREDIENTES:

2 maçãs

1 ou 2 ramas de canela

2 colheres de chá de suco de limão

4 sementes de cardamomo

20g de manteiga

4 colheres de chá de açúcar granulado

MODO DE PREPARO:

Corte as maçãs ao meio e use uma colher para retirar as sementes e o centro. Parta as ramas de canela em pedaços de 3 cm e umedeça-as com água para que elas não torrem. Adicione o suco de limão, o cardamomo e a manteiga à superfície interior das maçãs cortadas e finque um pedaço de rama de canela no centro. Espalhe bem o açúcar granulado pelas maçãs e cubra toda a parte com casca com papel-alumínio (lado opaco para fora). Ponha para assar no forno por 20 minutos.

15 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

ALTA GASTRONOMIA

De sabor delicado e produção rara, ovas de esturjões podem levar até 20 anos para serem produzidas

Fotos: Andreas Reimann 16 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Nas águas do Mar Cáspio, que banha parte da Europa e Ásia, vivem os esturjões, peixes que dão origem a uma das iguarias mais caras da gastronomia, o caviar. Essa raridade deriva de vários motivos. Um deles é que as fêmeas normalmente não começam a produzir ovos antes dos sete anos. Dependendo da espécie, como a do esturjão Beluga, por exemplo, pode demorar até 20 anos para que os ovos amadureçam. O reflexo no custo é nítido. Aqui no Brasil, 100 gramas do produto podem custar mais de R$2.300,00.

O “berço” do caviar é a Rússia, onde começou a ser consumido no século IX, mas foi na França que ganhos status de iguaria fina. No início, era comida de camponês, sem qualquer prestígio. Hoje, o comércio de caviar produzido na natureza é monitorado de

perto e regulamentado pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) para proteger as espécies de esturjão criticamente ameaçadas. Esses fatores tornam extremamente difícil obter caviar genuíno. Muitos restaurantes optam pelo caviar de fazendas de esturjão em vez do selvagem, o que também é melhor para o meio ambiente e garante a sustentabilidade.

O caviar tem vida útil curta devido à sua leve salga, destinada a realçar seu sabor natural que lembra nozes. Por ser altamente perecível, deve ser armazenado na parte mais fria da geladeira. Evite congelar e, ao servir, coloque a embalagem sobre uma camada de gelo para manter a temperatura sempre fresca. O aquecimento pode alterar a textura e diminuir as sutilezas do sabor.

17 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

No prato, é uma experiência única e pode ser usado tanto em receitas doces como salgadas. Caviar combina com ostras, salmão defumado e frutos do mar. Pode enfeitar omeletes, canapés e dar um toque especial em risotos e macarrão. Ao usar caviar em receitas doces, é fundamental equilibrar delicadamente os sabores. Adicione um toque de luxo a sobremesas como mousse de chocolate, cheesecake ou panna cotta cobrindo-as com a iguaria. Frutas como melão e figo criam combinações sofisticadas, assim como molhos doces com mel ou redução balsâmica permitem um sabor equilibrado e intrigante. Até com sorvete de baunilha o caviar pode fazer uma boa dupla.

Potencialize seu paladar:

Mantenha a simplicidade: o caviar é melhor apreciado sozinho, com apenas uma pequena porção na língua; Use os utensílios certos: Sirva o caviar com uma colher de madrepérola ou de chifre, utensílios de metal podem afetar o sabor. Evite colheres de prata ou aço inoxidável; Combine com as bebidas certas: as combinações clássicas incluem champanhe, vodka e vinho branco seco; Experimente diferentes acompanhamentos: embora o caviar seja delicioso por si só, ele permite várias combinações, como com blinis (um tipo de panqueca), torradas ou nata.

Andreas Reimann 18 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Fonte: Caviar Inspiration

TENDÊNCIAS

Emerson Duarte é nutricionista, especialista em Nutrição Esportiva e Fitoterapia, e empresário do @biomaemporionatural

Comida de atleta

O segredo de uma dieta para esportistas vai além de simplesmente contar calorias

Em meio à crescente busca por um estilo de vida mais saudável, a alimentação tem papel fundamental, especialmente para quem se dedica ao mundo fitness e aos esportes. Não basta apenas saber o que comer, mas também quando e como.

Planejar o antes e depois dos exercícios é essencial para otimizar os resultados. No pré-treino, a dica é uma refeição leve, rica em carboidratos, cerca de 1-2 horas antes para fornecer energia. Evite alimentos pesados que possam causar desconforto. Já no pós-treino, foque na combinação de carboidratos e proteínas para promover a recuperação muscular. Um shake de proteína com frutas ou uma refeição balanceada são opções ideais.

Priorize alimentos integrais e naturais, proteínas magras e gorduras saudáveis que fornecem energia de longa duração. E nunca subestime a importância da hidratação. Beba água regularmente ao longo do dia e durante a prática de exercícios.

Evite cair na armadilha de dietas extremamente restritivas, elas podem levar a deficiências nutricionais e prejudicar o desempenho físico a longo prazo. Não existem alimentos completamente proibidos, mas opções que devem ser consumidas com moderação.

SUPLEMENTOS E ENERGÉTICOS

No mundo fitness, a tentação de recorrer a suplementos e energéticos é grande. Mas, cuidado, embora bebidas energéticas forneçam um impulso temporário devido à cafeína e açúcares, elas podem causar

Alimentos que ajudam no alto rendimento:

Carnes (Suína, bovina, peixes e aves); Leguminosas (feijão, lentilha); Lácteos (queijo, iogurte); Ovos; Batata-doce; Castanhas e sementes; Frutas, verduras e vegetais.

nervosismo e palpitações. Prefira fontes naturais como frutas ou café, e use com moderação. Uma dica pré-treino é consumir rapadura ou doce de leite, ambos são fontes de energia de rápida ação, de calorias boas e baixíssimo custo.

Já os suplementos não devem substituir alimentos integrais. A creatina, por exemplo, que se tornou popular, pode melhorar o desempenho em exercícios de alta intensidade, mas sua eficácia varia de pessoa para pessoa. Ter o acompanhamento de um nutricionista é essencial para uma orientação personalizada.

19 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

A VIDA EM GRANDES EXPERIÊNCIAS

• BISTRÔ DE SEGUNDA A SÁBADO

• MAIS DE 1000 RÓTULOS DE VINHOS

• ESPAÇO PARA EVENTOS

GASTRONÔMICAS
EUCLIDES DA CUNHA, 1114 - JARDIM DOS ESTADOS. GRANDCRUMS
RESERVAS: 2525-0101 RUA

SOPA DE CEBOLA ROXA Temporada de Sopa

Preparação rápida e saudável que você vai fazer questão de aprender e provar

por Fernanda Nascimento Prochmann

Eu sei que as temperaturas nunca estiveram tão altas no Brasil, mas estamos na estação que pede uma comida com sabor de aconchego. Uma boa estratégia para variar o cardápio com uma refeição mais leve, é apostar nas sopas. Claro que a gente não ia trazer nada trivial, sem graça. A publicitária e fotógrafa de gastronomia, Isa Maiolino (@isabellamaiolino), pesquisou ingredientes e trouxe uma receita colorida para deixar a estação mais divertida e a mesa mais bonita.

INGREDIENTES:

300g de cebola roxa

300g de beterraba

150ml de vinho tinto

300ml de caldo de legumes

1 1/2 colher de chá de açúcar mascavo

1 1/2 colher de chá de vinagre de framboesa (opcional)

1 1/2 colher de chá de suco de limão

Cominho, sal e pimenta-caiena a gosto

1 fio de azeite

MODO DE PREPARO:

Cozinhe a beterraba sem a casca até ficar macia. Fatie as cebolas. Na frigideira, jogue o azeite e refogue as cebolas. Bata no liquidificador as beterrabas, 1/3 da cebola refogada e o vinho. Ponha açúcar sobre as cebolas restantes até caramelizar. Adicione a mistura de vinho na panela, despeje o caldo de legumes, o restante da cebola e ferva em fogo baixo por uns 5 minutos. Finalize com vinagre, suco de limão e os temperos.

ESPECIAL OUTONO
Isa Maiolino
21 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Diversidade para todos os gostos

Com cardápios assinados pelo chef Edu Rejala, restaurantes no Jardim Central são opção para o dia inteiro

da Redação

PUBLI GASTRÔ Fotos: Divulgação 22 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Um ambiente agradável, com comida boa, música de qualidade e variedade de menus. É neste espaço que o chef Edu Rejala, com mais de dez anos de experiência em restaurantes, assina o cardápio de três empreendimentos com sabores distintos, mas a qualidade de sempre. “Quando entrei para conhecer, senti que era o lugar certo, que seria abençoado”. E foi. Chez Rejala, Dom Guará e Biofood são sucesso no Jardim Central, localizado na Rua Paraíba, em Campo Grande. Com atendimento das 10 às 22 horas, você pode escolher o melhor horário para provar das delícias do Jardim.

Cada uma com identidade própria, as marcas trazem conceitos de consumo focados em pesquisas de clientes. O Chez Rejala foi o primeiro a funcionar e apresenta um menu encantador das culinárias japonesa e peruana, com ceviches, sushis, sashimis, temakis, o famoso “Sophia”, criado por Edu, além de pratos quentes, sobremesas e muito mais.

O Dom Guará tem uma pegada mais regional, fazendo alusão às riquezas do Pantanal sul-mato-grossense até no nome, em homenagem ao lobo guará. Dom vem de talento, que a cada prato percebemos que tem de sobra na cozinha. As criações vão desde pirarucu à portuguesa, sanduíches, porções e feijoada. A partir das 17 horas tem Happy Hour todos os dias.

O mais novo point saudável do Jardim Central é o Biofood, que apresenta pratos coloridos, leves e proteicos como o wrap de mandioca, o queridinho dos clientes. Também tem kombucha, toast e poke, especiais para aquela fome pós-treino.

No segundo semestre, vem mais novidade. “Estamos estruturando um café bistrô no estilo parisiense. Entendemos que os clientes gostam de diversificar os tipos de gastronomia e queremos trazer as últimas tendências para Campo Grande”. É esperar para provar.

Siga nas redes: @chezrejala @domguara @biofoodcg

@jardimcentralcg

Rua Paraíba. 574

23 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Conheça Mato Grosso do Sul em uma viagem recheada de história, turismo e gastronomia

MATÉRIA DE CAPA
Elis Regina 24 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
por Fernanda Nascimento Prochmann

No lombo do cavalo, a bordo da chalana, nas trilhas próximas aos corixos, acampando no meio da mata. Quem quiser ter a experiência de ver e ouvir o Pantanal, prepare-se para percorrer a história de um verdadeiro santuário da biodiversidade, um dos destinos turísticos mais encantadores do mundo.

Conhecida como Xarayes até o século XVII, só com a colonização portuguesa a região passou a ser chamada de Pantanal. Trata-se da maior planície

alagável do planeta, com uma variedade incrível de fauna e flora. E o Pantanal não é apenas um. Estudos da Embrapa Pantanal identificam 11 pantanais, todos com características próprias e, cada um, com atrativos únicos.

Nossa viagem parte com as comitivas pantaneiras, herdadas dos Tropeiros, que do século XVII até início do século XX percorriam o Brasil transportando gado e mercadorias. Com pelo menos 200 anos de história,

25 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

as comitivas coincidem com o início do desenvolvimento da pecuária como atividade econômica no então Mato Grosso, sendo responsáveis pela condução dos animais entre as fazendas até hoje. Como a vida no Pantanal, seguem o ritmo das águas, respeitando cada período de seca e cheia. Nesse cenário, a comida tem papel de destaque, seja nos costumes, no modo de fazer, nos ingredientes rústicos.

A cada panela carregada de significado surge um caminho cheio de sabores regionais. E é esse caminho que vamos trilhar. O guia dessa viagem é o chef de cozinha e pesquisador Paulo Machado, que traçou com a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FundturMS), a Rota Gastronômica Pantaneira, passando por dez destinos onde o turista pode conhecer pratos, passeios e atrativos. “A gastronomia representa a cultura da gente pantaneira por meio dos sabores e cheiros do Pantanal. A comida é algo, de fato, diferenciado. Ficamos muito felizes que o nosso trabalho

de evidenciar a gastronomia do Estado, em parceria com o Sebrae e o chef Paulo Machado, tem alcançado voos tão altos. Isso tem colocado Mato Grosso do Sul em destaque, inclusive no cenário internacional. A Rota Gastronômica concretiza essa estratégia de conectar os diversos empreendimentos e regiões dentro do Pantanal por meio da gastronomia, dando uniformidade, criando um produto integrado que mostra a todos que o Pantanal não é somente a biodiversidade, fauna e flora, mas também é muita cultura. E nada mais saboroso do que vivenciar a cultura de um território e de um povo, senão por meio da gastronomia. Fico muito feliz com essa ação e o trabalho continua forte, evidenciando cada vez mais que Mato Grosso do Sul é, de fato, um destino único que oferece experiências exclusivas das mais saborosas que existem”, afirma Bruno Wendling, diretor-presidente da FundturMS. A Rota percorre os pantanais de Aquidauana, Miranda, Corumbá e Nhecolândia, com possibilidades de uma

Elis Regina 26 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

esticadinha até outros lugares igualmente encantadores. Aqui, a proposta é conhecer Mato Grosso do Sul.

Comida de Comitiva

Das matulas carregadas de mantimentos para as andanças na estrada, vêm a identidade das preparações legitimamente pantaneiras. As chamadas comidas de um prato só, fáceis de transportar e de preparar, como o arroz carreteiro e o macarrão de comitiva, permeiam os cardápios da maioria das fazendas e pousadas do Pantanal. Uma tradição que se faz questão de manter e que atrai turistas do mundo todo que se inebriam com o cheiro que vem das panelas de ferro cuidadosamente amparadas nos fogões a lenha. A rusticidade dos pilões no preparo da paçoca de carne seca, a “sustância” garantida pelo reforçado quebra-torto, a roda de tereré compartilhada com conversas ao pôr do sol, o som do berrante que se despede do dia. Tudo isso é Pantanal.

O que levar?

Chapéu/boné; Equipamento fotográfico; Binóculos; Protetor solar; Repelente; Roupa de banho; Tênis; Casaco impermeável; Garrafinha de água.

27 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Pantanal de Aquidauana

Ao longo da viagem, quando a fome e o cansaço apertam, uma parada para abastecer e descansar o corpo é sempre bem-vinda. A Rota traz opções com menus variados, como a Torre Pantaneira, do Terroir Pantanal, entre a Serra Santa Bárbara e Morro Azul, no Distrito de Camisão, em Aquidauana. Na Pousada Pequi, a tradicional sopa paraguaia, um prato que desperta a curiosidade do turista justamente porque não se trata de uma sopa, mas sim de uma torta, é o destaque. O prato é herança dos irmãos paraguaios e, conta a história, que em decorrência do erro de um

Pantanal de Miranda

cozinheiro, a iguaria foi para o forno. Há também a versão de que foi criada durante a Guerra do Paraguai, quando o então general Solano Lopes mandou que seus cozinheiros fizessem uma receita que pudesse ser facilmente levada pelas tropas.

Muitas fazendas no Pantanal têm a tradição da criação de gado leiteiro. Na Pousada Aguapé, ela garante o ingrediente principal dos queijos, coalhadas, requeijão, doce de leite e outras delícias. É onde se faz o requeijão de corte com doce de leite e farofa de cebola crocante, presente na Rota.

Para aguentar o “tranco” da viagem, o cuca, como é chamado o cozinheiro das comitivas, é quem prepara receitas que hoje são a “cara” da culinária pantaneira, como o Arroz Carreteiro e o Macarrão de Comitiva. Ambas levam carne seca, que é fácil de ser preparada e conservada. Na Pousada Pioneiro, esses pratos são o cartão de visitas. O Macarrão de Comitiva ganha outros nomes, como macarrão boiadeiro ou pantaneiro. É feito com a massa bem comprida, que é quebrada em pedaços e, nessa receita, leva suco de laranja.

Prappas 28 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Alexis

Macarrão de comitiva

Pousada Pioneiro

INGREDIENTES:

450g de carne de sol

15ml de azeite de oliva

20g de banha de porco

400g de macarrão tipo espaguete

30ml de suco de laranja

4 dentes de alho

Colorau

Água quente o quanto baste

Cheiro-verde picado a gosto

Para garantir uma vivência pantaneira raiz, a fazenda Pantanal Experiência permite uma imersão completa na rotina de um peão de comitiva, cavalgando ao lado da boiada. O trajeto passa por campos, áreas alagadas e mata de bacuris. Ao final, a cozinha caipira da comitiva. A região faz parte da planície alta do Pantanal Sul.

MODO DE PREPARO:

Corte a carne em pedaços pequenos e lave-os na água. Em uma panela, aqueça o azeite e a banha. Frite a carne. Quando estiver bem dourada, coloque o alho e o macarrão quebrado. Deixe o macarrão fritar até mudar de cor. Retire o excesso de gordura, se preciso. Acrescente o colorau, o suco de laranja e água até quase cobrir o macarrão. Sem mexer muito, vá cozinhando em fogo baixo até a massa ficar maleável. Quando a água secar e o macarrão estiver cozido, tampe a panela. Abra no momento de servir e decore com cheiro-verde picado.

Um pouco mais a frente, a Fazenda Refúgio da Ilha está à beira das águas cristalinas do Rio Salobra, no Delta do Rio Salobra – encravado entre o norte da Serra da Bodoquena e o Pantanal do Miranda. Pertinho de Bonito, outro destino turístico que todo mundo precisa conhecer. Com a proposta de um turismo sustentável, a pousada recebe poucos hóspedes de uma só vez.

Divulgação/Fundtur
29 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Elis Regina

O Pantanal também é santuário para pesquisas científicas, identificando um outro filão de turismo que vem atraindo cada vez mais interessados. A observação de aves caminha nesse sentido em várias fazendas (o Brasil é o terceiro país com maior diversidade de aves do mundo, com mais de 1800 espécies catalogadas) e algumas ainda apoiam e desenvolvem projetos de conservação e educação ambiental. No Pantanal do rio Miranda, a Fazenda San Francisco Agro Ecoturismo se destaca pelo turismo de Pesquisa Científica com projetos que estudam as jaguatiricas e espécies de répteis, além do Programa de Educação Ambiental no Pantanal Miranda. É lá que também pode-se provar o puchero com pequi.

Pantanal de Corumbá

Continuando na estrada, uma das comidas mais emblemáticas das comitivas pantaneiras foi incluída na Rota Gastronômica através do Recanto Vale do Sol. A paçoca de carne de sol é feita no pilão, pode ser armazenada em trouxinhas de palha de milho e faz parte do cardápio dos tropeiros por ser de fácil conservação. O regionalismo do espaço inclui piscina de água corrente, uma das maiores de Corumbá, em formato de chipa. E para quem acha que safári só tem na África, no Pantanal o safári terrestre é um dos passeios mais

procurados. No Pantanal Jungle Lodge, a aventura parte em busca da vida selvagem, onde você poderá observar, entre outros animais, jacarés, tamanduás, iguanas, cobras, cervos, lontras, bugios, tuiuiús, araras e, com sorte, onças-pintadas e jaguatiricas.

No coração do Pantanal, visite o Passo do Lontra, um bioma único e rico em biodiversidade conhecido como um dos principais destinos de pesca do Brasil. Nos passeios, a pesca da piranha no rio Miranda rende uma experiência desafiadora, com direito ao preparo do caldo, servido após a aventura.

Pantanal da Nhecolândia

O último destino da Rota Gastronômica Pantaneira fica na região da Nhecolândia, distante 300km da capital, Campo Grande. No hotel-fazenda Baía das Pedras, o visitante aceita o convite para desbravar o Pantanal através de passeios encantadores. É outro empreendimento que trabalha com o turismo científico, colaborando com projetos de pesquisa licenciados pelo IBAMA, em parceria com ONGs e órgãos governamentais. Atualmente, estão em estudos a anta e o tatu-canastra. O turista que está passeando na fazenda recebe informações sobre os projetos, é convidado para uma palestra e pode acompanhar os pesquisadores na checagem das armadilhas. Uma aventura inesquecível.

30 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Elis Regina

Caldo de Piranha

Pantanal Jungle Lodge

INGREDIENTES:

4 piranhas pequenas inteiras

200g de cebola picada 2 limões

400g de tomate maduro picado em cubos

50g de alho picado

50g de pimentão vermelho

15ml de óleo de girassol

azeite e sal a gosto

400g de queijo frescal em cubos pequenos

MODO DE PREPARO:

Tempere as piranhas com o suco de limão. Pique a cebola, o alho e o pimentão vermelho. Aqueça uma frigideira com óleo e refogue todos os ingredientes.

Junte as piranhas, cubra com água e cozinhe por cerca de duas horas. O preparo pode ser feito também na panela de pressão, reduzindo o tempo de cozimento para 40 minutos. Assim que a carne da piranha estiver bem cozida, apague o fogo, elimine a espinha central do peixe e leve todos os ingredientes para o liquidificador. Bata até emulsificar bem e ficar homogêneo. Sirva o caldo quente com torradas e gotas de molho de pimenta. Acrescente os cubos de queijo e deguste.

Pratos da Rota:

Terroir Pantanal - Torre Pantaneira

Pousada Pioneiro - Macarrão de Comitiva

Pantanal Experiência - Filé de pintado com creme de cumbaru

Refúgio da Ilha Ecolodge - Delícia do Refúgio

Fazenda San Francisco - Musseline de mandioca com ora pro nóbis, puchero de carne com muçarela de búfala e pequi

Pantanal Jungle Lodge - Caldo de piranha

Pousada Pequi - Sopa Paraguaia

Pousada Aguapé - Requeijão de corte com doce de leite

Recanto Vale do Sol - Paçoca de carne de sol

Baía das Pedras – Sarrabulho Pantaneiro

Turismo para todos

O Pantanal é Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, título concedido pela UNESCO, além de ser considerado Patrimônio Nacional desde 1988. O mosaico pantaneiro compreende Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Chaco Paraguaio e Amazônia. São mais de 486 espécies de aves, 263 de peixes, 90 de mamíferos, 177 de répteis e mais de 50 de anfíbios. A melhor época para visitas é de junho a outubro, quando o nível das águas está baixo e a concentração de animais em determinadas áreas é maior. Já durante a cheia, de novembro a maio, os animais tendem a ficar distribuídos em grandes áreas.

O Pantanal é democrático. Gosta de pesca?

De contemplar aves e animais? Fazer trilhas e se aventurar pelas matas? Passear de chalana? Andar a cavalo? Descansar olhando paisagens únicas?

Tem tudo isso e muito mais. Se programe para ficar pelo menos três dias inteiros curtindo os passeios. O turismo em terras pantaneiras traz uma infinidade de possibilidades. É só escolher!

Elis Regina 31 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Fotos:

Do salgado ao doce, menus provam que o pistache pode consagrar qualquer prato

da Redação

O pistache tem ganhado cada vez mais destaque na gastronomia graças à sua versatilidade de sabor, cor vibrante e benefícios para a saúde. Sua presença é uma tendência em ascensão – e que não deve acabar logo. Originária do Oriente Médio, a oleaginosa é consumida há milhares de anos. Sua história remonta à Bíblia, onde é mencionado como um dos alimentos que Adão levou consigo ao sair do Éden. Além disso, era apreciado pela Rainha de Sabá, que monopolizava sua produção para uso próprio.

O pistache é o fruto da árvore Pistacia Vera, da mesma família do caju e da manga. Assim, o que consumimos é, na verdade, a semente do fruto seco, envolta por uma casca dura e uma polpa verde e roxa. Atualmente, é cultivado em diversos países, sobretudo nos Estados Unidos e Irã, que lideram a pro-

dução mundial. A Itália destaca-se pela qualidade e tradição do pistache. Apesar de o Brasil ainda não ser produtor, estudos estão em curso para viabilizar seu cultivo, como iniciativas da Embrapa e da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará.

Nutricionalmente, o pistache é rico em gorduras saudáveis, proteínas, fibras, antioxidantes e minerais. Dessa forma, promovem o controle do apetite e sensação de saciedade, contribuindo para a redução do colesterol, pressão arterial e dos níveis de açúcar no sangue. Alguns de seus compostos ainda protegem os olhos e a pele contra danos UV. “Também são fonte de ácidos graxos poli-insaturados que desempenham um papel importante na saúde do cérebro, sistema nervoso e redução da inflamação. Quanto às calorias, é relativamente pouco calórico, já que 15g equivalem

TENDÊNCIAS
32 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

VOCÊ, DONO DE RESTAURANTE

a 80kcal”, explica Melina Fernandes, nutricionista e Mestre em Tecnologia e Saúde.

Vale consumir o ingrediente como petisco torrado e salgado ou integrado a uma variedade de pratos. Combina bem com chocolate, frutas, queijos, carnes e massas, pode ser usado inteiro, picado, triturado ou como pasta. Além de protagonizar sobremesas famosas, como o gelato italiano, o macaron francês e a baklava turca, é apreciado em pratos salgados, como o

arroz pilaf e o khoresh gheymeh, típicos da culinária persa. Até na coquetelaria o pistache ganha protagonismo no Donna Restaurante, em São Paulo.

Na Casa Caramelo, doceria em Campo Grande, a estrela é a carolina de pistache, que leva o ingrediente no recheio, em forma de brigadeiro; e na cobertura, com chocolate, pasta e crocante de pistache.

Invista no potencial do ingrediente e crie sua receita.

DRINK PISTACCHIO (SEM ÁLCOOL)

INGREDIENTES:

25 ml de xarope de pistache

25 ml de limão-siciliano

50 ml de água Espuma de pistache

MODO DE PREPARO:

Bata todos os ingredientes na coqueteleira com gelo. Coloque no copo baixo com uma pedra de gelo. Finalize com a espuma de pistache.

EM CAMPO GRANDE

TEM MESA OCIOSA NO SALÃO EM ALGUM HORÁRIO? JÁ CALCULOU QUANTO VOCÊ PERDE COM ISSO?

QUER DIVULGAR O SEU ESTABELECIMENTO OU ALGUMA NOVIDADE DA CASA?

ALGUM ESPAÇO ESPECÍFICO NÃO COSTUMA SER OCUPADO POR CLIENTES REGULARES E FICA COM MESAS VAZIAS?

QUER ATRAIR NOVOS CLIENTES, MAS NÃO SABE MAIS QUE RECURSOS UTILIZAR?

QUER SER O PRIMEIRO A SER LEMBRADO?

CONHEÇA O APLICATIVO ESTEJA EM EVIDÊNCIA!

PRIMEIRAMESACG Amanda de Marchi Divulgação
SAIBA MAIS
Divulgação

Descubra como esse ingrediente eleva o sabor e a autenticidade dos pratos

da Redação

Conhecido por sua intensidade e aroma marcantes, o wasabi fresco tem uma história fascinante e enraizada na cultura japonesa. Originário das regiões montanhosas do Japão, era consumido como uma erva medicinal, antes mesmo de se tornar um ingrediente culinário, há muitos séculos. Naquela época, monges budistas cultivavam a planta em suas terras aproveitando não apenas o sabor, mas também suas propriedades antibacterianas, usadas para fins de tratamento e cura.

Quando a culinária japonesa ganhou popularidade global, trouxe consigo o wasabi fresco, colocando a iguaria sob os holofotes de quem aprecia a gastronomia típica. Isso porque muitos estão familiarizados com a versão em pasta do ingrediente, comumente usada

em restaurantes. Também por isso, a versão fresca é ainda mais valorizada pelos chefs, apesar da produção desafiadora que exige condições específicas, como clima ameno e água bem fresca.

E como diferenciar essas duas versões do produto? Pela intensidade e, sobretudo, frescor. Ao contrário da pasta comum, normalmente feita de rábano e mostarda, o wasabi fresco é produzido diretamente da planta, chamada Wasabia japonica. Essa diferença de origem e produção é o que distingue inclusive a experiência gastronômica.

Ralada em uma “pedra de wasabi” para liberar seu sabor e aroma, a iguaria é rica em frescor, com notas florais, ardência gradual e nuances suaves e complexas ao mesmo tempo. Quando essas características se

AROMAS E TEMPEROS
Fotos: Divulgação 34 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

complementam, ocorre uma fusão de sabores que não dominam o paladar, mas o deixam marcado de maneira sofisticada e inesquecível.

Na hora de servir o wasabi fresco, ele costuma ir ao lado do sushi, sashimi ou outros pratos japoneses, realçando o gosto e dando um toque de calor bem característico. “A primeira menção ao ingrediente foi perto dos anos 800, que na época era usado como antídoto para envenenamento. Hoje em dia já existem produções de wasabi no Japão chegando a custar mais de R$1200,00 o quilo. O wasabi é ralado e tem as suas propriedades intactas até 15 minutos depois do processo. É guardado em refrigeração com papel úmido em volta, dentro de um recipiente fechado”, explica o chef Denis Watanabe, do restaurante Watanabe, em São Paulo.

ALÉM DO SUSHI

Embora o uso com comida japonesa seja o mais comum, o wasabi pode ser incorporado a outras receitas, tanto doces como salgadas, principalmente quando se deseja um detalhe picante e refrescante. O ingrediente dá um toque especial na maionese, molhos de acompanhamento, sopas, brigadeiros, sorvetes, drinks e até purê.

Consumido sem exagero, faz bem ao coração, tem efeitos anti-inflamatório e antioxidante, previne contra células cancerígenas, além de ser rico em fibras, ômega-3 e aprimorar a memória.

Pensou em Sushi

Experimente um sushi desconstruído no pote, acompanhado de alguinha crocante, para uma experiência gastronômica única.

SUSHI BURGUER 67 99333-9259 @SushiPreferido
abrasileirado,
do SUSHI DOG
lembrou
DA SUA FOME? QUAL O TAMANHO POTINHO POTE POTE POTÃO POTÃO 250 350 500 1000 2000 ENTREGAMOS EM TODA CAMPO GRANDE TERÇA A DOMINGO DAS 17:30H ÀS 23:30 Peça sem pressa! Agende seu pedido com antecedência para maior comodidade! #altademanda DELIVERY SOMENTE Diferente de tudo que você já viu!

TÉCNICAS DE COZINHA

Gastronomia Molecular

Criatividade e técnica transformam alimentos e bebidas em diversão à mesa

36 | AMBROSIA Gastronomia e Afins

Comidas que brilham no escuro, que soltam fumaça sem queimar, bebidas sólidas. Em uma atmosfera que mais parece um universo paralelo, a experiência de degustar um menu preparado a partir da gastronomia molecular é única. O termo foi criado em 1988, pelo físico húngaro Nicholas Kurti e o químico francês Hervé This, que utilizaram bases científicas para analisar as transformações físicas e químicas envolvidas no processamento dos alimentos. De lá para cá, a busca pelo inusitado é constante. “Transformamos queijo em espuma, shoyu em espaguete, azeite de oliva em pó, sobremesa que quando mastiga sai fumaça pelo nariz”, exemplifica o chef Fábio Mattos, do Poco Tapas, em Curitiba, um dos primeiros restaurantes especializados em gastronomia molecular do país.

A chef Angélica Vitali virou referência no assunto, com livros sobre o tema e cursos em todo o Brasil.

Ela explica que gastronomia molecular não é um tipo de cozinha, mas um conjunto de técnicas que pode ser usado em todas as áreas de alimentos e bebidas (mixologia), seja pela parte lúdica, de transformações, ou pela rentabilidade, aproveitamento e rapidez. “Se pensarmos na gastronomia como um todo, tudo é ciência, desde a transformação de um ovo quando frito ou a água sólida quando congelada. Agora, ver os clientes surpresos é a maior experiência que podemos ter”.

Fotos:
37 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Guto Souza

A gastronomia molecular ainda pode ter outros usos, como o hospitalar, por exemplo, tornando os alimentos mais palatáveis. “Existem inúmeros estudos e aplicações que vão desde espessar a água para pacientes que engasgam até transformar a textura de um prato para que o paciente possa ingerir”, reforça Vitali.

CRIANDO (SEM QUERER)

O chef Fábio é a prova de que, às vezes, o errado dá certo. Um dos pratos mais famosos de seu restaurante é a Pipoca Bafo do Dragão, que foi criada a partir de um pequeno acidente. Ele estava na cozinha comendo pipoca enquanto fazia experimentos com nitrogênio líquido e, sem querer, deixou cair uma pipoca no nitrogênio. Ao pegá-la, resolveu prová-la. Quando colocou a pipoca na boca, o chef começou a soltar fumaça pelo nariz e achou divertido. Pronto, estava criada uma das sobremesas mais pedidas da casa. Com muita técnica, os produtos são feitos para mudar textura, cor ou intensificar o gosto. E qualquer alimento pode ser transformado. A criatividade é essencial, além de uma base gastronômica forte. “Tem que saber cozinhar muito bem para depois começar a transformar os alimentos, para fazer com que eles não percam o sabor”, finaliza Mattos.

Técnicas mais usadas:

Esferificação - um clássico, é o processo de transformar bebidas e alimentos em esferas. Para isso, usa-se aditivos químicos como o alginato de sódio e gluco. Muito utilizado na elaboração de caviar, por exemplo.

Controle de viscosidade - é a elaboração de géis e novas texturas a partir de substâncias estabilizantes e gelificantes, sendo que as mais comuns neste meio são o agar-agar e a goma-xantana.

Congelamento por nitrogênio- utilizada para fazer fumaça. O nitrogênio vira líquido a uma temperatura de -196 ºC e, quando entra em contato com o ar, evapora e faz o efeito de fumaça. Usado para embelezar os pratos.

ESFERA DE MORANGO

INGREDIENTES:

500g de morangos

5g de Gluco

20g de açúcar

500 ml de água

5g de Alginato

MODO DE PREPARO:

No liquidificador, bata os morangos, o Gluco e o açúcar até ficar totalmente triturado e reserve. Separadamente, bata a água e o Alginato no liquidificador até que o pó fique completamente diluído. Leve à geladeira por quatro horas. Com uma colher esférica, coloque a mistura do morango com cuidado na solução de Alginato e deixe por dois minutos. Retire as esferas do banho e passe em água limpa para tirar o excesso.

Sirva da maneira desejada.

Guto Souza
38 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Divulgação

Personal home

Com menus exclusivos para eventos e propostas intimistas para residências, chef se consolida no mercado

da Redação

No último ano, a vida da chef Hannah Quize teve uma grande reviravolta. E para melhor, muito melhor. Com profissionalismo, carinho e um trabalho direcionado à criação exclusivas de menus para marcas corporativas e propostas intimistas para residências, ela virou referência em atendimento de pequenos e grandes eventos, focando em um novo serviço, o de “personal home”. “Não se trata de personal chef, que prepara comida congelada, dietas direcionadas para a família. A personal home atua de uma forma diferente. Ela faz pequenos eventos na residência ou espaços gourmets, sendo responsável não apenas pela comida, mas contratação de fornecedores para decoração e celebração”, explica Hannah, que desenvolveu o conceito depois de muito estudo. Como personal home, a chef começa a preparação do evento com dias de antecedência, elaborando o cardápio e escolhendo os ingredientes frescos e saborosos para agra-

dar o cliente. Um olhar especial para cada detalhe. Natural do Rio de Janeiro, a chef é especializada em finger food e tem pós-graduação em Gastronomia Funcional. Expert em cozinha mediterrânea, contemporânea, temática e autoral, Hannah atende desde reuniões corporativas, em boutiques e home wedding. Pode ser um chá da tarde, um encontro de amigas, aniversários. Todas as opções trazem uma proposta intimista que tenha o perfil do cliente ou a valorização da marca. Também há a opção de menus temáticos, inclusive, de datas comemorativas. “Cada atendimento é único, para mim e para o cliente que espera nada menos que um evento lindo e perfeito”.

Serviço: @chefhannahquize_ (67) 98467-0716 / 67 99842-7203

PUBLI GASTRÔ
39 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Fotos: Kelly Fernandes

Consultoria Gastronômica

Estratégias assertivas e otimização de processos mostram a importância de um consultor no setor de alimentação

Seu restaurante está desperdiçando muito insumo? Não consegue ter controle de produção? Gasta mais do que vende? Às vezes é necessário um olhar de fora para focar em mudanças. Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, contar com o suporte de uma consultoria especializada pode ser a chave para o sucesso. Com uma visão imparcial e estratégica, o consultor ajuda a identificar oportunidades de melhoria e a otimizar processos internos.

O consultor da área de alimentação atua em várias frentes como gestão de restaurantes, bares e cafeterias, elaboração de fichas-técnicas, melhoria de layout produtivo, Boas Práticas nos Serviços de Alimentação, entre outras. Na gestão operacional, por exemplo, auxilia na criação e implementação de procedimentos padronizados para garantir a eficiência e a qualidade dos serviços. Além disso, pode fornecer orientações sobre controle de custos, gestão de estoque e desenvolvimento de cardápios, contribuindo para a maximização dos lucros e satisfação dos clientes.

O acompanhamento vai desde compreender o ambiente operacional da organização; identificar as necessidades; analisar e interpretar dados, mapeando todos os processos para obter visão clara sobre os principais indicadores, criando estratégias e orientação sobre tomadas de decisões; entrevistar a equipe; indicar o uso de equipamentos de alta tecnologia para obter eficiência na cozinha, automatizando os processos e proporcionando uma gestão mais enxuta

e assertiva. O atendimento inclui visitas periódicas e treinamento de equipe. Geralmente, um consultor da área de alimentação cobra por hora trabalhada, com custo médio de R$ 100,00 a 150,00/hora.

O trabalho pode agregar no desenvolvimento de conceitos únicos e diferenciados, alinhados com as tendências e preferências do público-alvo; na sustentabilidade e responsabilidade social, levando à adoção de práticas que incluem redução do desperdício de alimentos, uso de ingredientes locais e sazonais, apoio a produtores e fornecedores sustentáveis, e o engajamento em iniciativas de responsabilidade social corporativa; na implementação de práticas de segurança alimentar e controle de qualidade, auxiliando na obtenção de certificações e auditorias; e na otimização de processos e operações, com a identificação de oportunidades de melhoria desde o recebimento de mercadorias até o serviço ao cliente.

A pós-consultoria é fundamental para avaliar e validar os resultados e o impacto positivo do retorno sobre o investimento, promovendo aprendizado contínuo e desenvolvimento na empresa.

NA PONTA DO LÁPIS
40 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Gabriel Farias

CERVEJARIA

Explorando novos sabores

A excentricidade na cerveja artesanal

Como uma sommelière de cervejas apaixonada pela arte de produzir cerveja em casa e harmonizá-la com um simples ou sofisticado prato, tenho me deliciado com a crescente diversidade no universo das cervejas artesanais.

Desde as notas exóticas de frutas tropicais até a picância sutil das especiarias, há uma explosão de criatividade que redefine o que é possível na degustação de uma simples cerveja.

Uma Weissbier, por exemplo, com seus aromas distintos de cravo, banana e até mesmo tuti-fruti, sem a adição direta desses ingredientes. Esses aromas e sabores são presentes graças à levedura utilizada durante o processo de fermentação, mostrando a interação entre os componentes naturais da cerveja.

Cada gole é uma viagem pelas nuances sublimes da levedura, que empresta à cerveja camadas de complexidade e caráter únicos.

Além dos estilos tradicionais, existem as chamadas pastry beers, inspiradas em sobremesas. Imagine uma Imperial Stout infundida com baunilha, cacau e café, que evoca o sabor rico e reconfortante de um brownie recém-saído do forno. Ou uma Milkshake IPA, com adições de frutas tropicais e lactose, que oferece uma experiência sensorial semelhante à de saborear um milkshake de frutas frescas.

Mas não se deixe levar apenas pelos encantos das cervejas doces e cremosas. Há toda uma gama de estilos que desafia as convenções e eleva a experiência cervejeira a novos patamares. Uma cerveja Stout envelhecida em barris de carvalho, com notas de cacau e pimenta-rosa pode parecer uma escolha

improvável para harmonizar com a comida, mas é exatamente essa excentricidade que a torna uma parceira surpreendentemente versátil à mesa. O amargor intenso contrasta com a riqueza de uma carne assada, enquanto as nuances de cacau e pimenta-rosa acrescentam camadas de complexidade ao novo.

À medida que exploramos o mundo das cervejas, é importante lembrar que a verdadeira magia está nas harmonizações. Seja uma cerveja leve e refrescante para acompanhar frutos do mar delicadamente temperados, ou uma encorpada e complexa para realçar a profundidade de um prato de carne robusto. Há sempre uma opção para cada ocasião e paladar.

Serviço:

@biahaik

Bia Bier

Divulgação
41 | AMBROSIA Gastronomia e Afins
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.