Revista DADA 51

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Publicação Bimestral

gratuita

d i st r ibuiç ão

agosto setembro

51 2014

reverence valada festival de música

the black angels mão morta e mais 83 bandas e dj’s

sport lisboa Cartaxo

a força de 300 atletas num clube que aposta na formação para salvar o futuro

Manuel Fabiano

um presidente sem dívidas e com ideias próprias sobre o futuro de valada

Cartaxo night runners

a caminhar é que a cidade se entende!

perfil

josé manuel salgueiro Memórias fotográficas

cartaxo em férias


dada Direct. Técnica: Maria Adélia Machado Lic. em Ciências Farmacêuticas

Ana Filipa Machado Mest. Integrado em Ciências Farmacêuticas

Filipa Gaspar Lic. em Análises Clínicas

trabalhamos em benefício da sua saúde postos de recolha azambuja

2ª, 4ª e 6ª 8h00/10h00

Rua Centro Social Paroquial, 4 r/c C

manique do intendente

6ª 9h00/10h30

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vila chã de ourique 4ª 9h00/10h00 Rua Mariano de Carvalho nº 98

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3ª e 5ª 9h00/10h30

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Rua Almirante Reis, 10

interdita a reprodução total ou integral de textos e imagens por quaisquer meios e para quaisquer fins

sumário

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editorial Luís Rosa-mendes

Oficialmente esta é a época de lazer para os portugueses. Quando voltarmos com a próxima DADA estaremos a preparar-nos para o começo das aulas. Mas agora os estudantes estão de férias e quem trabalha conta os dias para a chegada do merecido tempo de descanso. À nossa volta já começamos a ouvir vozes que, embora desejosas que o momento chegue, garantem que vão “ficar por aqui” porque o orçamento não dá para aventuras. A verdade é que todos os anos, com crise ou sem ela, muita gente se queixa de não ter as férias de que gostaria. Mas as praias portuguesas, os aldeamentos turísticos junto à orla costeira, vão estar a abarrotar de famílias. Sabemos que há cortes nas despesas com alimentação. As famílias não vão tantas vezes aos restaurantes e quando vão fazem contas à vida. Mas as férias são sagradas e não há crise que lhes resista. As férias afinal são como os festivais de música: ninguém tem dinheiro para lá ir mas eles continuam com lotações esgotadas. Perante isto só nos resta desejar-vos umas férias descansadas, que o descanso, pelo menos por agora, ainda não paga imposto.

nesta edição

4 entrevista Manuel Fabiano 7 memórias fotográficas Cartaxo em férias 8 o cartaxo e a sua história D. Nuno Álvares Pereira 10 perfil José Manuel Salgueiro 12 montras Moda de verão 17 reverence festival 20 em foco Sport Lisboa e Cartaxo 22 Cartaxo Night Runners 23 jornal de parede Fernando Vicente 24 entrevista Ludo Marien 27 economia, em trocos! O aumento da pobreza e da desigualdade 28 à mesa Queques de bacon e queijo. Como preparar uma refeição para saborear ao ar livre? 34 pringles e felicidade Nunca há só um caminho

Capa: Reverence Valada, The Black Angels

aberto à hora de almoço

2ª a 5ª 8h00/18h30, 6ª 8h00/18h00 sábado 9h00/11h00 Rua 5 de Outubro, 5 - bloco C r/c esq. Cartaxo | Tel. 243 770 979 | 966 618 367 | 910 370 350 labcartaxo@mail.telepac.pt | www.labcartaxo.pt

ACORDOS

dada propriedade

Revista de lazer e divulgação cultural de distribuição gratuita

Potenciais publisher Fátima Machado Rebelo

colaboram nesta edição

diretor

Luís Rosa-Mendes

Ana Benavente, Isabel Z. Rafael, Renato J. Campos, Rogério

Coito fotografia Vitor Neno publicidade e marketing publicidade@revistadada.com periodicidade contribuinte impressão

bimestral redação e sede Rua Nova da Boa Vista, 1 2070 - 105 Cartaxo 510148123

projeto gráfico e paginação

Soartes, artes gráficas, Lda

Potenciais

número de registo

tiragem

5000 exemplares

125185 depósito legal 262622/07

www.revistadada.com | geral@revistadada.com | 918 717 072 | 243 779 057

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entrevista

manuel fabiano É um presidente de Junta tranquilo. Espera o reconhecimento da importância da sua freguesia e orgulha-se de ter as contas em dia

Sente que preside a uma freguesia “afastada”?

Para já é a que geograficamente está mais longe. No meu entender, até hoje nenhum presidente de Câmara viu a freguesia de Valada como aquilo que deveria ser. Se quisermos transformar o concelho do Cartaxo, com turismo rural de qualidade, Valada deve ser a porta de entrada. Mas vêm cá turistas?

Sim, temos uma afluência enorme de pessoas que nos visitam. Mas queremos também atrair o turista que chega a Lisboa, que terá de ter a noção que pode subir o rio até Valada, aqui pode desembarcar e que além da paisagem que o rio oferece, pode chegar aqui e partir para o resto do concelho. Para mim a freguesia deveria ser sempre a porta de entrada. Valada não deveria servir só para mostrar fotografias na comunicação social quando a Câmara Municipal quer falar sobre o concelho. 4 • revista dada

O que aconteceu à praia de Valada?

Já existe algum investimento na freguesia. Têm sido dados passos mas nem sempre são os certos. Há pequenas valências que se podem implementar facilmente e que com boa divulgação chegariam às pessoas.

A praia praticamente desapareceu. Há anos houve muitas obras em Portugal, a Expo, autoestradas, etc. Foram tirados daqui milhões de toneladas de areia que em vez de serem retirados do meio do rio, foram retirados do lado de onde era mais fácil tirar. Devia ir-se buscar a areia do lado sul do rio, com dragas e passar essa areia para o lado de cá.

Está a falar de quê?

Era possível fazer uma piscina fluvial?

Estou a falar de criarmos condições, com apoio da Câmara, para que se abra aqui um bom restaurante, um bom hostel. Há pessoas interessadas em avançar com esses equipamentos. Mas a freguesia tem um PDM que não é revisto há muitos anos e como está rodeada de terrenos de categoria A, dos mais ricos do país e dos mais importantes na europa, há dificuldade em construir nessas zonas. Uma alteração do PDM permitiria que numa série de terrenos se tornasse possível construir, sem interferir com a agricultura. Isto obrigaria a que pessoas que estão a pedir autênticas fortunas por casas degradadas, baixassem os preços. Assim, nem investidores, nem pessoas que se queiram fixar aqui podem fazê-lo. Há infraestruturas no miolo da freguesia, que são hoje inúteis com as alterações que a agricultura sofreu e que poderiam ser recuperadas para dar lugar a novos equipamentos.

Sim, é possível. Há piscinas flutuantes em barragens que oferecem toda a segurança. Esse era um dos equipamentos que devia ser aqui instalado, que além de beneficiar a população e o turismo traria algum encaixe financeiro à Câmara e à freguesia.

|luís rosa-mendes Nasceu na Aldeia da Palhota, numa família de avieiros. Cresceu no Reguengo. Tem 56 anos e está a cumprir o quarto mandato na Junta de Freguesia de Valada. Quando casou com Inácia Fabiano, construiu casa e veio morar para Valada. Aqui nasceram os dois filhos, Joana de 32 anos e André de 22. Sabe o que quer para a sua freguesia e tem ideias bem definidas sobre os caminhos a seguir num futuro próximo. Não tem “papas na língua” e aponta erros cometidos no passado, mesmo que por autarcas da sua cor política. O que pretende é que não se cometam os mesmos erros no futuro.

3-2 por causa da Vala Real, que já não tem uma limpeza há mais de 50 anos.

Mas não se tem feito nada?

E o que se pode fazer?

Nem a Câmara, e cada vez menos a Junta, tem capacidade financeira para intervir na margem do rio. É necessário concessionar esta área a uma entidade privada que saiba desenvolver projetos e ser responsável pela criação de novas infraestruturas. Já houve, há quatro anos, uma empresa que quis aqui investir em termos turísticos mas tudo acabou por não se concretizar.

Ainda temos cheias mas existe hoje um controle das descargas das barragens no Tejo. Devido a essa monitorização o nível do rio mantém-se estável. O nosso maior problema atualmente é, tal como aconteceu este ano, a interdição da estrada

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Como estão as contas da Freguesia? Valada ainda sofre com as cheias?

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Eu costumo dizer: só damos passos se tivermos pernas para os dar. O que temos na Junta está pago e no final de cada mês as contas estão liquidadas. Não temos nenhuma dívida. Na área financeira sou uma pessoa completamente descansada. ►

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entrevista

Preocupa-me bastante. Tem de ser virada para aquilo que foi criada, a pesca, e está neste momento transformada numa aldeia agrícola.

Vai ter aqui um Festival de Música. Como surgiu?

Já há oito anos houve aqui, durante três anos, o Festival do Tejo. A Câmara do Cartaxo fez um acordo com a Câmara da Azambuja para dividir com eles o festival mas a partir do momento em que foi para lá acabou. Este ano surgiu um promotor que propôs à Câmara a execução do Reverence Festival, em Setembro. A Junta de Freguesia dá apoio logístico e coloca à disposição do promotor condições no terreno para o Festival se realizar. Aproveito para apelar à população para encarar de forma positiva o ruído e os milhares de pessoas que vão por aqui passar nos dias do Festival.

O que gostava de deixar feito?

Mas agrada-lhe a ideia?

Este ano, estamos em vias de colocar entre o parque de merendas e o parque de estacionamento equipamentos que possibilitem o desporto sénior, para que as pessoas quando vão para ali passear possam fazer exercício físico. E há o saneamento básico de Porto Muge,

Agrada, é uma promoção grande. Estive a ver sites e este Festival anda espalhado por toda a Europa e tem uma série de seguidores fiéis e que já estão a ver como cá chegam, o que podem encontrar cá, e isso já é espalhar o nome de Valada e do Cartaxo.d

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Nas décadas de 50 e 60, as famílias do Cartaxo rumavam até à praia da Nazaré para veranear

Nazaré 15-7-1950. da esquerda para a direita António Augusto Conceição, Maria Ermelinda Conceição Pina, Silvino Coutinho Vassalo, Maria Teresa Vassalo, Juvenália Leitão Vassalo, Isilda Leitão, Cecília Leitão e Maria Manuela Serralheiro Santos.

Nazaré 10-8-1952. da esquerda para a direita Manuela Travado, Maria Albertina, Maria Teresa Vassalo, Alda PUB

Leitão Ferreira e Juvenália Leitão Vassalo.

ao lado:

Nazaré 15-8-1960 da esquerda para a direita

Regina Casqueiro Duarte, Eugénia Casqueiro, Francisco Lino Casqueiro, Carolina Lino Casqueiro, João Nunes Duarte, Ana Lino, Marciano Ramos e Georgete.

6 • revista dada

memórias fotográficas

Foto cedida por Levi Ramos

E a Aldeia da Palhota?

cartaxo em férias

que não existe. Ambiciono que se ponha a funcionar, bem como a ETAR de Valada que é a melhor do Concelho e não está a funcionar.

Foto cedida por Maria Teresa Vassalo

Valada tem vindo a perder população. Temos cerca de 800 votantes e tínhamos 2000 há dez anos. Preocupa-me ter-se falado no fecho da escola e no jardim de infância. Com a quebra de nascimentos na freguesia, isso pode acontecer. Preocupa-me que a falta de revisão do PDM impeça que os filhos da terra venham para cá viver. Preocupa-me a situação da estrada nacional 3-2 que, por causa da situação da Vala Real, como já falei, nos obriga a dar a volta por Santana quando fica submersa. Preocupa-me o nível de envelhecimento da população e a pouca mobilidade em termos de transportes públicos.

Foto cedida por Maria Teresa Vassalo

O que o preocupa mais?


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o cartaxo e a sua história

d. nuno álvares pereira

que os irmãos vão apoiar Castela e passa a enfrentar sozinho o seu destino indo dormir a uma aldeia “que chamom a Eireira” onde se abriu à conversa com os escudeiros que estava decidido a apoiar o Mestre de Avis e foi a grande força que ajudou a colocar no trono o rei da “Boa Memória” que deu início à segunda dinastia.

o descanso do guerreiro na ereira

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Faz a 14 de Agosto 629 anos que teve lugar a batalha de Aljubarrota em que as tropas portuguesas comandadas por D. Nuno Álvares Pereira venceram as castelhanas guiadas por D. João de Castela numa vitória decisiva para a independência de Portugal. Acontecida no âmbito da crise de 1383/1385, a tomada de decisão de Nuno Álvares Pereira de que apoiava D. João, Mestre de Avis, como legítimo candidato ao trono de Portugal foi tomada na Ereira, como nos conta Fernão Lopes (Crónica de D. João I, vol I, cap. XXXVII, p.74). Edição segundo o códice Nº352 da Torre do Tombo prefaciada por António Sérgio.

Nas ruínas da antiga Quinta do Bicho Feio ainda se pode observar uma fonte de mergulho resguardada por uma parede com nichos a lembrar ornamentos com símbolos religiosos.

A Quinta do Bicho Feio no velho caminho romano entre Pontével, Ereira e Lapa e na área geográfica da Ereira, parece ter sido o local provável de acolhimento para tal comitiva. Então uma vasta propriedade, ainda

D. Nuno Álvares Pereira, Condestável do reino, uma figura proeminente

Rogério Coito Historiador

referida no século XIX (Gazeta de Lisboa 18/5/1819) composta de “terras de semeadura, olivais, pinhais, charnecas, algumas vinhas com suas casas e lagares de azeite” esteve durante muitos anos, segundo a tradição oral, associada ao nome da família Camelo com ligações ao convento da Flor da Rosa (Crato) e à Ordem do Hospital. O pai de D. Nuno foi prior da Ordem do Hospital, havendo na listagem Frei Álvaro Gonçalves Camelo. D. Nuno Álvares Pereira, como bom cavaleiro medieval, procurou atravessar as terras da Ordem do Hospital e não arriscar passar pelo pinhal de Azambuja, então um valhacouto de ladrões, onde o Tejo quando saía de suas margens fazia lameiros e deixava lagoas nos terrenos.

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Quando morre D. Fernando, apresentam-se três candidatos ao trono e à sucessão. A filha, D. Beatriz, casada com o rei de Castela; a viúva Leonor Teles, pérfida e ambiciosa; e D. João, Mestre de Avis, filho bastardo de D. Pedro I. Nuno Álvares está no Minho com 23 escudeiros quando tem conhecimento das movimentações partidárias em Lisboa e resolve vir para o sul falar com os irmãos. Em Santarém e em Pontével sabe

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revista dada • 9


eu sou

perfil

mãos, numa casa que “sendo humilde tinha sempre lugar para mais um amigo à mesa”. Começou a trabalhar aos 11 anos, a ajudar um tio, “como era hábito na época” e aos 14 já fazia recados e pequenos trabalhos para uma empresa de seguros. Aos 17 vai trabalhar para a Casa do Povo local. O dinheiro que ganhava era entregue em casa. “Era comum os irmãos mais velhos ajudarem a criar os mais novos” explica. É nesta altura que se inscreve no Curso Geral do Comércio, mas não lhe faltavam atividades. Ajudou à missa, fez teatro, cantou no grupo coral – ainda hoje gosta de cantar fado e de dançar – e jogou futebol. Com 21 anos substitui o seu chefe na Casa do Povo e aí se mantém por seis anos. Casa entretanto com Ana Clara “uma rapariga também de Montemor” e concorre para o Banco Ultramarino. Presta provas em Lisboa, é aceite e escolhe o Cartaxo para ser colocado. É assim que, já depois do nascimento da filha Laura, se lança numa aventura. Em poucos dias arranjou casa e mandou vir a família. A integração foi tranquila. “Sentia que as pessoas gostavam de nós”, recorda.

Um homem simples, responsável, experiente, alegre e simpático e ao longo da minha vida preocupeime muito em ajudar as pessoas. Um bocadinho “cusco” no que diz respeito à minha família.

eu gosto De viver no Cartaxo e de todo o género de música, sobretudo fado que gosto de cantar porque me alivia a alma e dá uma certa paz. Gosto de muitas modalidades desportivas. De praia rodeado pela família o que tenho conseguido manter apesar de os meus filhos estarem casados há mais de 20 anos e ter três netas. De convívio e pela minha postura e sensibilidade faço facilmente amizades. Gosto dos homens e mulheres que trabalham e apoiam de forma generosa e solidária a nossa sociedade.

eu quero Viver ainda alguns anos com alguma saúde e poder partilhar com tranquilidade o percurso da minha família. Quero ainda apoiar as pessoas dentro das minhas possibilidades.

Uma conversa com José Manuel Salgueiro, antigo presidente da Junta de Freguesia do Cartaxo, é uma viagem pela memória prodigiosa deste homem de 76 anos, nascido em Montemor o Novo, o mais velho de cinco ir-

Instalado, o jovem casal leva uma vida de trabalho, mas feliz. O segundo filho, Luís, nasce onze meses depois. Surge então o convite de José Paínho para estar presente numa reunião que iria tornar-se um marco importante na sua vida. “Foi o começo do nascimento do Jardim de Infância (JIC). Acabei por ficar como tesoureiro. “Começou aí a minha ligação ao sr. Paínho e à dona Maria Helena, duas grandes personalidades do Cartaxo” conta-nos. Nos anos que se seguiram acompanhou e participou no crescimento da obra e passou por todas as fases de angariação de fundos e ultrapassagem de dificuldades. “O dinheiro era contado aos tostões. Tudo era feito com boas vontades e muitos sacrifícios. Organizámos festas de santos populares, começaram aí os desfiles dos vestidos de chita, e muitas outras iniciativas para angariar fundos”. Manuel Salgueiro recorda os apoios que vieram de Lisboa com visitas tão díspares como as de Marcelo Caetano e, mais tarde, Mário Soares. Não se esquece que os detratores do projeto, a seguir ao 25 de Abril, diziam que aquilo era “obra de comunistas”. Uma visita de Salgueiro Maia acabou de vez com as “más-línguas”. Depois de ter deixado o Cartaxo por três anos, durante os

|texto luís rosa-mendes | foto vitor neno. estação de santana cartaxo

gues para ser cabeça de lista. Ganha as eleições e mantém-se na Junta por vinte anos. “Cumpri cinco mandatos como presidente. Três deles com maioria absoluta” revela com algum orgulho na voz. Aliás, sempre que fala dos seus anos como autarca sente-se o gosto que tem pelo trabalho desenvolvido. “Sempre foi do meu feitio estar atento aos problemas das pessoas e na Junta fui um defensor do associativismo. Sempre apoiei todas as coletividades”, confessa. Da obra que deixa feita destaca o Centro de Convívio, o Jardim da Música ou a Alameda fronteira ao Cemitério. Mas podiam ser muitas mais. Ele prefere falar com carinho dos passeios com os idosos. “Proporcionaram momentos de convívio maravilhosos”. Orgulha-se ainda de ter sido o autor do brasão e bandeira da freguesia. Agora, embora seja ainda membro da Assembleia de Freguesia, está afastado do dia a dia da Junta, mas sente o seu trabalho reconhecido. “Sinto o carinho e o respeito das pessoas. Acho que sou o autarca mais conhecido pela população. Mas também é do meu feitio, recebo toda a gente com um sorriso, que é uma coisa que não se aprende mas com que se nasce. Acho que sou uma pessoa simpática, mas com humildade”. d quais trabalhou na agência do Banco na Merceana. Regressa à vila e ao JIC onde colabora por mais sete anos. Começa aí a sua participação na vida associativa. “Pertenci ao concelho fiscal do Ateneu, mas também estive na Sociedade Filarmónica e no Sport Lisboa e Cartaxo”. À política chega, como nos conta, “no último mandato do dr. Renato Campos. Fui eleito tesoureiro da Junta”. Nas eleições seguintes é convidado por Conde Rodri-

manuel salgueiro 76 anos, autarca há 25 anos, casado

com a ana clara, pai da laura e do luís. vive no cartaxo.

eu não sou Vaidoso, antipático, injusto, ambicioso em termos materiais e financeiros.

eu não gosto Da mentira. De pessoas maldosas e intriguistas. Da injustiça e de ver tanta gente desempregada e do sofrimento dessas famílias.

eu não quero Ver a minha família sofrer, nem todas as outras. Ver tantas guerras, nem ódios, nem ver tanta gente sem trabalho. Ver pessoas necessitarem de apoios, quer na saúde quer noutras áreas e ver e sentir o sofrimento dessas pessoas.


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revista dada • 15


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Mão Morta

©Paulo Cunha Martins

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reverence festival Durante dois dias, Valada vai estar no centro do mundo do rock.

Os florais coordenam-se com cores fortes e o preto surge como uma das novidades da estação.

O Reverence Festival apresenta, a 12 e 13 de setembro, um cartaz com características ímpares no calendário dos eventos musicais do verão |paulo andré cecílio

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Reverence, ora pois, porque um cartaz assim só faz com que nos prostremos em adoração ao Grande Deus Rock e lhe agradeçamos a oportunidade que nos concederá de testemunhar, ao vivo e a cores, algumas das mais importantes bandas do género. Começando pelo nome mais sonante de entre tantos: os Hawkwind, instituição do psicadelismo britânico que se estreará em Portugal 45 anos após a sua formação. A banda é a provável musa inspiradora de mais de metade do cartaz, acompanhada no topo pelos compatriotas Electric Wizard e pelo seu doom pesado com

origem Sabbathiana, bem como pelos Black Angels, quinteto do Texas com especial apetência para o fuzz – que é como quem diz, o melhor som que pode sair de uma guitarra. Mas não será tudo, naturalmente. Conte-se ainda com os poemas rock dos Mão Morta, com a insanidade industrial-tornada-psych dos Psychic TV, com o barulho intenso dos A Place To Bury Strangers e Ringo Deathstarr e com a versatilidade dos Crippled Black Phoenix, sendo de destacar ainda nomes históricos como os Swervedriver, Mugstar ou Telescopes, bem como a enorme armada portuguesa: Black Bombaim, Jibóia, Sunflare et al. 56 bandas imperdíveis. Sobreviveremos? revista dada • 17



em foco

sport lisboa cartaxo Resistente às vicissitudes, o clube afirma-se como um dos mais importantes a nível de formação no distrito |luís rosa-mendes | fotos vitor neno No próximo dia 1 de Setembro cumpremse 79 anos da fundação do Sport Lisboa e Cartaxo. Motivos para festejar não faltam, embora o clube viva hoje uma situação nada condizente com a sua longa história e palmarés, devido a dificuldades económicas que obrigam os atuais responsáveis a uma gestão rigorosa e milimétrica.

Gala Sport Lisboa e Cartaxo 2014 na discoteca Horta da Fonte

Do ponto de vista desportivo, sobretudo na área da formação, o Sport Lisboa e Cartaxo mantém-se na primeira linha, não só a nível concelhio como distrital. “Neste momento temos 15 equipas. Desde os escalões de recriação, com os miúdos mais pequenos, até à equipa sénior, passando pelos escalões de formação temos 300 atletas a representar o clube” revela-nos o professor Luís Salgueiro, coordenador técnico de todos os escalões do clube. “Possivelmente somos um dos clubes do distrito que mais atletas tem na formação, e no futebol de 11 garantidamente somos a melhor escola de formação com duas equipas a disputar o Campeonato Nacional. Em termos de atletas o Sport Lisboa e Cartaxo está bem e recomenda-se”, diz-nos. Para este responsável, a atual situação financeira do clube tem raízes profundas mas também está ligada à crise que afeta a autarquia e impossibilita a transferência de apoios camarários e outros. Luís Salgueiro lembra que a falta de bens próprios é outro dos problemas que o clube enfrenta. “Nós estamos

enraizados no distrito e se pensarmos que temos duas equipas a representar-nos a nível nacional, é triste ver que o Clube neste momento não tem nada. Infelizmente nunca se investiu em bens. O Clube tem uma sede que não lhe pertence, tem um Campo que tem um dono que quando quiser nos põe na rua e tem acesso a um estádio que por causa da relva que tem não nos permite treinar lá como gostaríamos. Infelizmente o património do Clube é zero”. A expectativa do professor é “que este assunto se resolva da melhor forma e salvaguardando os interesses de todos os intervenientes”. Apesar das restrições financeiras, o Sport Lisboa e Cartaxo não deixou de celebrar, no passado mês de Junho a sua gala anual. Luís Salgueiro explica-nos as razões da importância do evento. “Nós primamos não só pelos resultados mas também valores que vamos transmitindo aos nossos atletas. E há uma vertente de que não abdicamos que é a vertente escola. Todos os atletas são obrigados no final de cada período a apresentar-nos as notas para que possamos acompanhá-los e para que, no final do ano, através da Gala os possamos valorizar, não só em relação à escola mas também em relação ao futebol. Esta gala serve para premiar os melhores alunos de cada escalão e aqueles a que chamamos os “jogadores excelência”, que conseguem ter bem interiorizados os valores do Sport Lisboa e Cartaxo”. d revista dada • 21


jornal de parede

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acho bem

a caminhar é que a cidade se entende! Exercício físico, convívio, uma hora bem passada. Uma proposta para quem gosta de caminhar à noite e usufruir a cidade Quatro amigos, uma ideia posta em prática “meio por brincadeira” e muita vontade de fazer coisas novas em prol da comunidade eis como nasceram os Cartaxo Night Runners. Mas comecemos pelo princípio: Ruben Santos, Susana Canais, João Cacelas e Rita Ferreira são os tais quatro amigos que costumavam fazer caminhadas, à noite, em percursos na cidade do Cartaxo. Nessas alturas reparavam que outras pessoas, algumas sozinhas, também faziam exercício físico mas que, em muito casos, descuravam as condições de segurança. Pronto, é aqui que surge a tal ideia: “E se juntássemos estas pessoas e passássemos a fazer caminhadas e corridas de forma organizada e segura?”. Ruben Santos conta-nos os primeiros passos: “começámos por convidar as pessoas que íamos vendo para se juntarem a nós. Depois foi arranjar um nome e mandar fazer camisolas para nos sinalizar. Fizemos 80, cheios de medo porque eram muitas”. Hoje, as camisolas já não chegam para os 250 inscritos que o grupo tem. “Grupos destes existem às dezenas de norte a sul do país”, explica-nos Ruben Santos. 22 • revista dada

“Nós, por exemplo, vamos às vezes ter com o grupo congénere de Santarém e eles vêm cá. Somos um grupo aberto a colaborar com quem venha ter connosco”. Para já, é às segundas-feiras, às 21 horas, na praça 15 de Dezembro, em frente à Câmara do Cartaxo que os Night Runners se encontram. A oferta já é variada. Pode optar-se pela caminhada lenta ou rápida, acompanhar o grupo de iniciação à corrida ou atrever-se no já experiente grupo de corrida. Para quem tem animais de estimação já foi criado o grupo de “Cãominhada”. Todos os grupos têm um monitor que os acompanha e no início há exercícios de aquecimento e alongamentos no final. Agora é só aproveitar as noites de Verão e juntar-se a estes amigos que, cada vez são um grupo maior e mais unido. Uma volta completa ao Cartaxo em percurso urbano, cinco quilómetros de boa saúde, exercício físico e convívio. Afinal, era só isto que eles procuravam, nesta brincadeira agora levada muito a sério. d

O acesso global à internet ligou-nos com o mundo virtual mas com a realidade do que se passa à nossa volta, seja com uma boa notícia ou com um evento com que nos tenhamos de solidarizar e até ajudar.

acho mal

Que a justiça em portugal não sirva todos os cidadãos da mesma forma, independentemente da sua condição social e económica.

Que as empresas apostem nos projetos inovadores das universidades portuguesas.

Que o ensino seja tratado como um negócio pouco rentável quando a riqueza de um povo está na sua cultura e no seu conhecimento.

Que se promova a adequada formação universitária e ou profissional de futuro para os cidadãos.

Que a saúde de qualidade em portugal só esteja acessível a uma pequena parcela da sociedade.

Que se apoie o desenvolvimento sustentável da agricultura, com ajudas e formação profissional agrónoma e financeira.

Em democracia é-nos dito que podemos falar, reunirmos, manifestarmos, discordarmos, mas no fim são tomadas as resoluções e atitudes que contrariam os pressupostos. O viver à pressa como se não existisse amanhã.

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Aberto a partir das 16h

fernando

vicente 47 anos, é casado com a Paula, pai do Gu Fernanda ilherme e do Raf ael. É técnico da vive em Vila Chã Rengasodutos, de Ourique. Mercado Municipal, loja 3

revista dada • 23

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entrevista do Cartaxo e aproveitou para visitar as novas instalações do Centro de Estudos Musicais da AAOAC. Durante a visita autografou o pedaço da partitura de ‘La Varrea’, uma das músicas que compôs para a Orquestra e que está inscrito na parede de uma das salas do Centro de Estudos, em sua homenagem. Durante a visita, Ludo Marien e Maria João Sousa, numa reunião com o vice presidente da Câmara do Cartaxo, Fernando Amorim, apresentaram o projeto de cooperação entre ambos que foi favoravelmente acolhido pelo responsável municipal. Este projeto prevê uma vinda mensal do músico ao Cartaxo para lecionar

O famoso concertista Ludo Marien e a Orquestra de Acordeões

O que o traz ao Cartaxo?

do Cartaxo celebram acordo de cooperação com o Município Ludo Marien, 46 anos, vive na parte flamenga de Bruxelas a 50 quilómetros de Antuérpia. É professor de música na Real Academia de Antuérpia. A partir de Mol, uma pequena cidade na Bélgica, construiu uma reputação mundial. Tocou com os famosos tenores Luciano Pavarotti, Claron McFadden e José Carreras, Willy Claes Quartet e com outros grandes artistas e orquestras. Foi solista convidado em festivais na Rússia onde atuam os melhores concertistas do mundo. Conheceu Maria de João Sousa, maestrina da Orquestra de Acordeões do Cartaxo, no verão de 2009, num intercâmbio musical entre a Bélgica e Portugal que culminou num concerto no Centro Cultural. Aqui nasceu uma grande amizade que se complementa com uma cooperação entre o concertista e o Centro de Estudos Musicais da Associação Académica da Orquestra de Acordeões do Cartaxo (AAOAC). Ludo Marien fez os arranjos musicais de algumas músicas do reportório da Orquestra 24 • revista dada

O que me traz é a grande amizade que nos une. Sinto um grande respeito pela Maria João e pela maneira como ela vive para a música e para esta escola. É notável a energia e o empenho em tudo o que faz. A escola é um sítio confortável, é um local onde as pessoas podem sentir que a música é uma parte importante das suas vidas. Um local onde nos sentimos bem, e onde podemos relaxar e vivenciar a música.

de Acordeões do Cartaxo. E, em 2010, a orquestra viajou até Mol para um workshop de verão, onde os alunos da orquestra tiveram a oportunidade de aprender com o concertista e de fazer novas amizades com os alunos de Ludo Marien em Mol, na Bélgica. Este ano, Ludo Marien esteve no Cartaxo, para um workshop com a Orquestra de Acordeões

entregas ao domicílio Diretora Técnica: Drª Paula Almeida e Silva Farmc. Adj. Drª Isabel Pena

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Não, a minha mãe trabalhava numa fábrica de cigarros e o meu pai era marceneiro, mas sempre gostaram muito de música popular e eram apaixonados pelo instrumento. Um dia perguntaram-me se eu queria aprender a tocar acordeão e eu fui. E foi amor à primeira vista? Já queria ser músico?

Aos 15 anos eu era um tipo normal que adorava futebol mas o professor disse-me que tinha de escolher ou o futebol ou o acordeão. Escolhi o acordeão e uma carreira profissional na música. Aos 19 anos comecei a atuar em concertos e em orquestras. Só tive dois professores e ambos foram como pais para mim. É professor e concertista, o que gosta mais de fazer?

Gosto muito de ensinar, mas também gosto muito Tel. 243 702revista 653 dada • 25 Rua S. Sebastião, 1 Cartaxo


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entrevista de tocar em concertos. Num grande concerto há uma grande emoção mas eu sinto-me calmo em palco. Quando comecei a tocar profissionalmente, sempre quis que o acordeão fosse mais do que um instrumento de música popular, quis colocá-lo ao mais alto nível da música clássica. Hoje o acordeão é um instrumento muito normal com muitos alunos nas academias de música. Atuou com muitos músicos conhecidos, recorda algum momento especial?

Sou como um camaleão e adapto-me ao palco e ao momento que estou a viver. Tenho muitos momentos para lembrar. Fazer música com um bom ambiente à volta já é especial, mas há um momento que posso destacar: em Amesterdão, no dia nacional da Holanda, em 1996, quando num ensaio para um concerto com Luciano Pavarotti, que ia ser transmitido em direto na televisão, estava presente o próprio Luciano Pavarotti, em silêncio, a ouvir enquanto eu tocava. No fim disse para o Maestro que esta tinha sido a primeira vez que não tinha havido problemas com o

o aumento da pobreza e da desigualdade

acordeonista. Este elogio, para mim, foi muito importante. Ensina muitos alunos virtuosos? Como se sente quando um aluno é bem-sucedido?

26 • revista dada

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Renato J. Campos Economista renatoj.campos@yahoo.com

Felizmente tenho vários alunos que são brilhantes. É fantástico! Sinto muitas emoções quando os alunos terminam o conservatório. Não é fácil levar os alunos a um nível superior. Podemos ter muito prazer a fazer música, mas tem de ser algo que se leva muito a sério, tem que se estudar muito, ter respeito pelo trabalho e pelas pessoas. Penso que tenho uma boa relação com os meus alunos, tento que os anos que passamos juntos sejam proveitosos, com viagens e concertos memoráveis para todos.

Em pleno período de férias, cada vez menos portugueses, por razões económicas, conseguem usufruir plenamente desse direito. Efetivamente, em Portugal, assiste-se a um enorme retrocesso no capítulo da repartição dos rendimentos entre as várias classes sociais. De acordo com os últimos dados estatísticos disponíveis, é possível observar que as desigualdades aumentaram para níveis alarmantes.

Esta realidade reflete, efetivamente, o impacto da austeridade no aumento da desigualdade, com uma completa inversão do ciclo de redução da pobreza que se vinha verificando nos últimos anos. A desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres, amplificou na mesma proporção em que aumentaram as políticas de austeridade, confirmando que estes anos de ajustamento, à boa maneira da cartilha liberal, foram realizados à custa do empobrecimento sobre os mais pobres e a classe média.

Como vai ser esta cooperação com a AAOAC?

Concretamente, os rendimentos são cada vez mais similares nos escalões intermédios (menor dispersão, efeito de “alisamento” dentro da classe média com tendência de concentração no limiar inferior) e ficaram mais distantes uns dos outros nos pólos das extremidades, ou seja, entre os muito ricos e os muito pobres.

Não podemos ambicionar ser um país desenvolvido, com uma estrutura social própria do terceiro mundo! Urge mobilizarmo-nos, enquanto país, definindo uma nova agenda de esperança e de ambição, assente num novo modelo de desenvolvimento sustentado, socialmente mais justo e economicamente mais competitivo!

Sinto que juntos podemos fazer muito pelas pessoas. A forma como trabalhamos faz a diferença. Tenho algumas ideias de cooperação que quero partilhar com a Maria João. Posso adiantar que estamos a planear, já no próximo ano, trazer novamente alunos para um intercâmbio musical e cultural. d PUB

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economia, em trocos!

Uma análise mais atenta do índice de GINI (que mede esta distribuição) demonstra que, os 10 por cento mais ricos ganham, agora, 10,7 vezes mais que os 10 por cento mais pobres, sinalizando um aumento preocupante do número de pessoas em risco de pobreza. A taxa de risco de pobreza em Portugal aumentou, em 2012, para 18,7 por cento, ou seja, em valores absolutos, afetava quase dois milhões de portugueses! Para 2013 e 2014, não existem dados disponíveis, mas calcula-se que estes valores, em pleno epicentro do processo de ajustamento, tenham sofrido um aumento ainda mais preocupante

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Gestão e Assessoria Fiscal


|isabel zibaia rafael Autora do blogue Cinco Quartos de Laranja e dos livros Delicioso Piquenique e Cozinha para Dias Felizes. Escreve sobre comida e desenvolve receitas para marcas.

queques de bacon e queijo

como preparar uma refeição para saborear ao ar livre? Em dias bonitos as refeições ao ar livre sabem muito bem. Mas são precisos alguns cuidados a comida Ao escolher a comida para um piquenique é importante evitar natas, maionese caseira ou sobremesas com ovos frescos. As sandes são uma opção muito prática e podem ir já feitas de casa. As saladas, são pratos coloridos e sabem ainda melhor ao ar livre. Levar os molhos preparados e só temperar as saladas na altura de servir. Sabe sempre bem comer ao ar livre frango assado, pataniscas, pastéis de bacalhau, saladas cheias de legumes, bolos salgados e tartes. Para sobremesas, bolos para cortar em fatias, queques, bolachas e biscoitos são boas opções. Frutas frescas, como melancia, melão, ananás, cerejas, uvas, pêssegos, morangos resultam muito bem. Para as crianças a fruta pode ir já cortada em cubos ou em pequenas bolinhas.

encontrarão mais receitas no meu último livro

“delicioso piquenique”. confeção 1. Retirar a parte da pele à barriga de porco e de

www.cincoquartosdelaranja.com ingredientes 125 g de bacon

(ou de barriga de porco fumada) 80 g de queijo Emmental ralado 200 g de farinha 1 colher de chá de fermento em pó 1 colher de chá de alho em pó 3 ovos médios 0,5 dl de azeite 1,5 dl de leite Sal e pimenta-preta q.b.

28 • revista dada

à mesa

seguida cortá-la em pequenos cubos. 2. Numa taça juntar todos os ingredientes. Mexer. 3. Distribuir o preparado por 12 formas de queques, previamente untadas com manteiga ou óleo em spray. 4. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 25 minutos.

Caso se pretenda fazer churrasco, a carne crua ou peixe, deve ser transportada separada dos outros produtos já preparados, para evitar risco de contaminação.

as bebidas Para um piquenique, em dias de calor, é importante levar bebidas frescas. Limonadas, chás gelados, mas principalmente água. Os vinhos podem ser uma opção. Para as crianças, para além dos refrescos de fruta, os pacotes com palhinha, de leite ou de sumo, podem ser uma mais valia.

alguns cuidados especiais É importante transportar a comida numa geleira para manter os produtos à temperatura ideal. Os cestos de verga revestem-se de romantismo e encanto, e são óptimos para transportar alguns dos acessórios necessários. Para um piquenique não esquecer de levar sacos de lixo, uma ou duas facas que cortem bem. Caso se pense servir vinho, colocar no cesto um saca-rolhas. Para um piquenique é importante levar comida prática como os queques que vos trago hoje e boa disposição! PUB

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Gina Florindo Mestre de Reiki, Facilitadora de Cura Reconectiva/Reconexão, Numeróloga e Hipnoterapeuta Quantas vezes dizemos algo que, na realidade, não sentimos, mas dizemos? O equilíbrio da vida e do nosso Ser, passa pela assertividade entre o que pensamos, dizemos e sentimos. Quantas vezes pronunciamos palavras sem sentido, que dizemos “estava a brincar”, são as chamadas “bocas”, enquanto isso já magoei alguém, ou vamos mascarando as nossa próprias mágoas, complexos, angústias, etc. Debaixo de uma série de palavras que nos vão entretendo, vamo-nos afastando da verdadeira essência da vida, afastamo-nos da família, afastamo-nos dos amigos, muitas vezes pelo que se diz de forma inconsciente, só para não se estar calado. As palavras têm muita força. Em primeiro lugar, em nós mesmos, quando falamos plantamos sementes, se falamos palavras com sentindo, com nexo, com amor, vamos colher da vida com a mesma vibração, bem como o contrário. Relembro-vos uma metáfora centenária que toda a gente conhece “quem semeia ventos, colhe tempestades”. Pavlov defendia que as palavras criam mundos, então ao escolhermos palavras certas no momento certo, estamos a caminhar no caminho certo, “vida é um caminho que se faz caminhando” Muitas vezes condicionamos o que o Universo tem de bom para nós com lamentações derrotistas. Nós somos criadores das nossas próprias

o poder da palavra circunstâncias que se alinham com os nossos pensamentos e palavras. Se não gostamos do que vivemos, vamos reflectir sobre o assunto e vamos mudar o que há para mudar, se não concordamos com as atitudes das pessoas que nos rodeiam, vamos manifestar por palavras o que não concordamos, palavras de coração de modo a que as circunstancias mudem, mas precisamos de ser nós a faze-lo de forma assertiva. Somos seres relacionais e uma das formas de nos relacionarmos, se não a mais importante, é o dialogo/ palavras. Os nossos pensamentos manifestam-se em palavras e estas em atitudes, o conjunto de atitudes formam os comportamentos. Se queremos que a nossa vida mude precisamos mudar tudo. Se não gosta da sua casa, pensa em mudar a casa! O que faz? Precisa estudar o que quer mudar, mas precisa mudar, certo? Nós somos a mesma coisa. Vivemos um tempo de despertar da nossa consciência, o que significa estar no aqui e no agora. Precisamos de adquirir Mestria dos nossos pensamentos para que as nossas palavras sejam cada vez mais cuidadas, para mudarmos as nossas atitudes e os nossos comportamentos, logo tudo muda na nossa vida. “A vida é como uma pauta de música, com as nossas palavras/ atitudes/ comportamentos, temos a capacidade e a oportunidade de fazer uma linda sinfonia ou uma grande cacofonia”

pets felizes Vetdom presta serviços veterinários ao domicílio. Para conforto de donos e animais de estimação. No Cartaxo, Santarém, Almeirim, Azambuja e Rio Maior, os animais domésticos passaram a estar melhor protegidos com o serviço ao domicílio prestado pela Vetdom. “Neste momento garantimos um serviço, não urgente, no espaço máximo de 48 horas. Se for urgente vamos no próprio dia” garante Francisco Gameiro que, com Sara Santos, constitui o corpo clínico da Vetdom. Em 2013, a Vetdom abriu um Centro de atendimento médico veterinário, de forma a dar também resposta a procedimentos mais complexos como cirurgias, exames complementares de diagnóstico e serviços que, segundo Sara Santos, “seria impossível realizar em casa do cliente”. Os dois veterinários destacam a mais valia que o centro de atendimento representou para o desenvolvimento da empresa pois podem “dar um apoio fundamental ao serviço domiciliário e dar resposta a um número bastante superior de casos”.

Sara Santos e Francisco Gameiro, clínicos da Vetdom Entre os vários serviços prestados pela Vetdom, destacam-se a ecografia, cirurgias de tecidos moles, análises sanguíneas, nutrição especializada, vacinação, desparasitação e aplicação de microchip. Uma enfermeira veterinária garante ainda serviços de banho e tosquias ao domicílio, por marcação prévia. O Horário de funcionamento do Centro de atendimento é das 10h às 13h e das 15h às 20h nos dias úteis e aos Sábados das 10h às 13h e das 15h às 18h30, sendo que o serviço ao domicílio mantém-se também fora do horário de expediente, 24 horas por dia. Para mais informações ou marcação de domicílios basta ligar o 915805205 ou 243240999, 24 horas por dia, sete dias por semana. Para mais informações dirija-se ao Centro de atendimento na Rua Prof. Manuel Bernardes das Neves, 30, perto do Intermarché, no Cartaxo.

passatempo pets felizes Envie fotos do seu animal de estimação para passatempos@revistadada.com. As fotos serão publicadas na nossa página do Facebook. A foto com mais gostos ganha prémios Vetdom. Na próxima edição da DADA publicamos a foto vencedora da categoria Cães. Na edição seguinte será a vez dos Gatos.

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revista dada • 33


Vem aí o novo jornal do Cartaxo

opinião Ana Benavente, Socióloga

Na vida nunca há só um caminho. Há quem parta e quem fique, quem se resigne e quem se revolte, há diversos modos de pensar e de viver. Há quem viva só para si e para os seus, há quem se interesse pelos outros. Há quem pense que só conta a nossa vida e quem pense que tanto vale a vida dum pobre como dum rico, dum israelita como dum palestiniano.

de banqueiros sem moral (o dinheiro nunca teve pátria). Vivemos sob as ordens de um governo que todos os dias nos ameaça. Não é verdade que não há alternativas. A dívida “soberana” que todos os dias aumenta por causa da especulação financeira pode muito bem ser renegociada. O governo não o faz porque não quer e porque está às ordens dos poderosos do mundo.

Lembram-se daquele célebre poema de B. Brecht em que ele falava, na primeira pessoa, do homem que, na Alemanha nazi, não se importou com a prisão dos judeus porque não era judeu, nem dos ciganos porque não era cigano, e por aí fora, até ao dia em que o vieram prender e não havia ninguém para o defender? Pois é!

Nenhum de nós pode ignorar o que se passa connosco e à nossa volta. A Europa está cheia de velhas e de novas guerras. A Europa, que tantas promessas democráticas, de paz, de bem estar individual e colectivo despertou em nós, faz agora, sob a batuta da Alemanha, o papel de carrasco. Usando a culpa e o medo para nos dominarem.

No nosso país, vivemos a destruição de serviços públicos que muito custaram a construir, tais como a saúde e a educação. Assistimos ao desmantelamento dos direitos dos trabalhadores e ao aumento das desigualdades sociais. Vivemos um empobrecimento humilhante na rica Europa quando tanto nos custou sair da fome. Vivemos os escândalos

Lembrando o saudoso compositor português F. Lopes Graça, com letra de J. Gomes Ferreira, digo-vos ACORDAI enquanto é tempo: “Acordai acordai raios e tufões que dormis no ar e nas multidões vinde incendiar de astros e canções as pedras do mar o mundo e os corações”. ACORDAI

Concelho do Cartaxo

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Ana Benavente escreve de acordo com a antiga ortografia

nunca há só um caminho

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