Revista DADA edição de dezembro

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Publicação Bimestral

89 2020

O melhor bolo rei do cartaxo concurso a decorrer em dezembro e quem vai decidir são os cartaxeiros

ideias para presentes de natal

dezembro janeiro

2021

como vai ser o próximo ano

140 anos a formar campeões o Ateneu artístico cartaxense está de parabéns

à mesa

velhoses à antiga portuguesa


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dada interdita a reprodução total ou integral de textos e imagens por quaisquer meios e para quaisquer fins

sumário

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nesta edição

4 Qual o melhor Bolo-Rei do Cartaxo? 6 A tradição da árvore de Natal 9 destaque 140 anos a formar campeões 16 Vai ficar tudo bem… 17 montras Moda e beleza. Sugestões de presentes de Natal

26 Cerca do convento 28 à mesa É tempo de abóbora Velhoses à antiga portuguesa

30 Previsões numerológicas para 2021

dada

Revista de lazer e divulgação cultural

Fátima Machado Rebelo diretora Joana Vidigal Leal

propriedade

sub-diretora

Fátima Machado Rebelo

redação

Ana Isabel Mesquita

colunistas

Gina Florindo, Sónia Parente, Telmo Monteiro

fotografia

Vitor Neno

periodicidade contribuinte publicidade

projeto gráfico e paginação

Potenciais

bimestral redação e sede Rua Nova da Boa Vista, 1 – 2070 - 105 Cartaxo 510148123

número de registo

125185 depósito legal262622/07

939 522 463 www.jornaldeca.pt | 243 779 057

editorial

C

hegámos ao Natal e trazemos-lhe uma edição recheada de ideias e motivos natalícios. Bem sabemos que este ano o Natal vai ser diferente e, certamente, mais triste para muitas pessoas. A família e os amigos que não se podem juntar livremente, como era hábito e tradição nestes dias e, pior ainda, a falta ou a quebra de rendimentos que os últimos meses de pandemia trouxeram a muitas famílias, a doença e o medo de ficar doente, e a perda de pessoas próximas que o vírus apanhou. Mas a vida continua e temos de acreditar que melhores dias virão. O Natal este ano será mais comedido nas reuniões familiares, mas pode manter-se a troca de presentes com quem mais prezamos, assim como a mesa da consoada pode continuar a ser especial. E sendo estes dias de festa marcados pela solidariedade e pela paz, podemos ainda acrescentar mais brilho ao Natal de quem neste momento passa por momentos difíceis e vive aqui ao nosso lado. Escolha o comércio local para fazer as suas compras de Natal, sejam presentes ou produtos alimentares, vai ver que encontra aquilo que pretende e estará a presentear não só o seu familiar ou amigo, mas também o comerciante que lhe vendeu o artigo, ajudando-o a manter as portas da loja abertas e também a ter um Natal mais feliz. É nestes momentos de crise que devemos estar unidos e todos a remar para o mesmo sítio. O que seria de nós sem o comércio tradicional da nossa terra? Certamente, ficaríamos todos mais pobres. Logo, este é o momento de questionar o que será dos nossos comerciantes sem o nosso apoio. Nesta edição, como é costume, mostramos as nossas Montras, com variadíssimos artigos que pode encontrar nalgumas das nossas lojas e com eles fazer a alegria de muitos. A Revista DADA deseja-lhe umas boas festas!

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qual o melhor bolo-rei do cartaxo

E

ste ano, o Jornal de Cá quer saber qual o melhor bolo-rei do Cartaxo. Já aderiram ao concurso algumas pastelarias e padarias que vão apresentar o seu bolo natalício aos cartaxeiros – o grande júri do concurso do bolo-rei do Cartaxo. Não há mesa de Natal portuguesa sem bolo-rei, típico bolo da época natalícia em forma de coroa, com os seus frutos secos e fruta cristalizada, simbolizando uma coroa real. A tradição deste bolo não é de origem portuguesa, e reza a lenda que terá nascido em honra dos Reis Magos, mas desde o séc. XIX que está presente em Portugal, tendo sido ‘importada’ de França. Tradicionalmente, o bolo-rei trazia no seu in-

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terior uma fava seca, que ditava quem pagaria o bolo-rei no ano seguinte, e um pequeno brinde que, a quem calhasse, traria sorte. Esta tradição ficou para trás, há já uma década, com uma lei que deixou de permitir a venda de alimentos com mistura de brinde. Entretanto, foram surgindo outras versões deste bolo típico do Natal, como o bolo-rei escangalhado e o bolo rainha, para quem dispensa a fruta cristalizada e mais aprecia os frutos secos, mas também o bolo-rei de chocolate, entre outras variedades. No Concurso do bolo-rei do Cartaxo vão ser os cartaxeiros a decidir qual o melhor bolo a concurso, saiba tudo brevemente no sítio do Jornal de Cá, em www.jornaldeca.pt


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a tradição da árvore de natal

Podem ser grandes ou pequenas, devem ter cor e luz e ainda podem ser doces e divertidas, não podem é faltar na decoração de Natal

A

árvore de Natal é um dos ícones desta época festiva. Variam os tamanhos, os enfeites, as cores, mas a sua presença é constante nestes dias de festa. Introduzido em Portugal na segunda metade do século XIX por D. Fernando, o pinheiro de Natal faz ainda parte da tradição, carregada de simbologia.

tradição do pinheiro de natal

A árvore de natal terá surgido no século XVI, na Alemanha. No início do século XVII já a Grã-Bretanha importava essa tradição através dos monarcas de Hannover. E foi a família real

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que tornou a árvore de Natal popular, depois de publicada, numa revista, uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal, no castelo de Windsor, no Natal de 1846. A partir de então, esta tradição espalhou-se entre todos – pobres e ricos –, que decoravam um pinheiro de natal com papéis coloridos, frutas e doces. Segundo a lenda, ter-se-á escolhido o pinheiro como símbolo do Natal pela sua forma triangular, que de acordo com a tradição cristã, representa a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Mas este símbolo era já utilizado em festividades pagãs, sem data fixa, que aconteciam no


Solstício de Inverno. A história revela que a árvore de Natal é uma tradição muito mais antiga do que o Cristianismo: é um símbolo da vida. No dia mais curto do ano, os egípcios levavam galhos de palmeiras para dentro de casa, como símbolo do triunfo da vida sobre a morte. Também os romanos decoravam as casas com pinheiros durante a Saturnália, um festival de Inverno em homenagem a Saturno, o Deus da agricultura. Mais tarde fixou-se o dia 25 de dezembro para a celebração das festividades de Natal.

renovar a árvore de Natal

Para variar e tornar a decoração de Natal mais personalizada a árvore pode ser um bom começo. Fugindo ao estilo tradicional decore o seu pinheiro, natural ou artificial, com adereços diferentes das habituais bolas e fitas douradas e vermelhas. Aproveite os frutos secos que a época lhe dá e use-os como enfeites, juntamente com frutas frescas, como maçãs, tangerinas, limões, para dar mais cor. Pode ainda incluir algumas flores de cores variadas. Numa versão mais calórica, e ainda mais gulosa, pendure chocolates, bolachas, rebuçados, caramelos, gomas. Para os pendurar basta recortar círculos, com cerca de 15 centímetros de diâmetro, de papel celofane colorido, fazer uns saquinhos, enchê-los com as guloseimas e atá-los com fitas coloridas. Pode ainda surpreender a sua família e amigos pendurando as fotografias dos seus pais, filhos, irmãos, primos, entre outros, emolduradas em cartão colorido. Recorte estrelas, círculos e outras formas e pendure-os também com laços coloridos. Se quiser, acrescente pequenos brinquedos e guloseimas à mistura. Os miúdos vão adorar ajudar a construir esta árvore! Eleja as árvores artificiais, evitando assim contribuir para o corte de pinheiros. Se tiver um espaço exterior onde plantar uma árvore aproveite-a e faça dela a sua árvore de Natal. Para enfeitar esta árvore, tornando este ritual ainda mais amigo do ambiente, use pinhas, flores secas, frutos secos, como nozes e castanhas, pedras e conchas de formatos variados, entre outros elementos naturais. revista dada • 7


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destaque

140 anos a formar campeões Por estes dias, já se devia fazer sentir toda a azáfama nos preparativos para a gala de aniversário do Ateneu Artístico Cartaxense (AAC), que este ano não será realizada devido aos tempos de pandemia que vivemos atualmente

M

as, mesmo sem festa, e por se tratar de uma data marcante, fomos ao Ateneu falar com dirigentes e antigos elementos da direção, treinadores e alguns atletas para tentar perceber qual é o segredo para conseguir formar tantos jovens no nosso concelho, ao longo destes 140 anos. Entre as principais atividades promovidas pelo clube estão a ginástica, com as classes de motricidade e formação, trampolins, tumbling, aerosaltos e aeroacrobacias, a natação, a hidroginástica, o judo, o basquetebol, o fit and fun, o nirvana, o ténis, o tiro com arco e, na dança, o ballet e o kizomba. Na foto: Direção: Maria João Oliveira, Luís Catarino, Titânia Cardoso, Raquel Ramos, Susana Miranda, Pedro Monteiro, Paula Tojeira e Pedro Florindo. Treinadores: Ana Guimarães, Edite Silva, Filipe Costa, Vasco Galinha, Sofia Oliveira Afonso, Jéssica Silvério, Miguel Mendes, Emanuel Serrazina, Marcia Gil e Fábio Pereira. Monitores: Rodrigo Gonçalves, Carolina Carvalho, Inês Serrazina e Carolina Esteves. Funcionários: Rodolfo Cruz, Magda Magalhães e Ana Paula Pereira

Nas modalidades de ginástica têm treinadores que somam mais de 30 anos ao serviço desta instituição, pertencem à prata da casa, pois para além do tempo que contam como professores todos fizeram aqui a sua formação enquanto atletas. Filipe Costa, professor responsável pelos trampolins, frequenta o Ateneu desde muito cedo, aos três anos de idade iniciou-se na motricidade com a professora Edite e, aos cinco, passou para os trampolins; com seis estreou-se nas primeiras competições, os anos foram passando e aqui foi continuando até aos 19. Durante o tempo nos trampolins, foi treinado pelo professor Luís Arrais com quem admite ter tido uma relação muito chegada devido às horas por semana que passavam juntos, no total cerca de 14 horas semanais. “Era uma pessoa muito presente na minha vida, não só nos aconselhamentos técnicos da ginástica, assim como na minha vida pessoal”, recorda Filipe Costa. Enquanto atleta a sua marca mais importante é campeão da Europa em duplo-mini por equipas no escalão de juniores, em 2000 na Holanda. Apesar desse ser o título que guarda com mais carinho, conta ainda com vitórias em nove campeonatos nacionais, participações em cerca de 20 provas internacionais, das quais se destacam quatro campeonatos do mundo, nos anos 1996 (Canadá), 98 (Austrália), 99 (África do Sul) e 2001(Dinamarca). >>> revista dada • 9


Sarau em 2016 Foi ginasta de elite e pertenceu à seleção nacional de juniores e seniores, que salienta ser também uma marca no seu percurso, pois “só o facto de estar presente é quase tão importante como um resultado”. Filipe, terminou o seu percurso de ginasta aos 19 anos, mas manteve-se em representação do clube como juiz da modalidade até aos 24 e foi, depois, convidado para treinador de trampolins no AAC, nesta classe onde soma doze anos de trabalho. “Tenho 33 anos de vivências aqui nesta casa” e, por isso, identifica algumas evoluções que foram acontecendo: o clube conseguiu aumentar as suas capacidades de treino e melhorar equipamentos e condições. Atualmente, treina cerca de 50 atletas divididos em duas classes: competição e pré-competição, na qual treinam as crianças a partir dos cinco anos, pois Filipe salienta a importância de “haver uma aprendizagem logo desde o início”. “Antes de sermos treinadores somos formadores de mentalidades para o futuro”, ensina-lhes também a trabalhar os medos, o insucesso e o sucesso e explica que eles têm de disfrutar da modalidade e saber aproveitá-la como experiência para serem mais fortes na vida e no seu futuro. De todos os atletas que já treinou, destaca, em termos de títulos e participações em campeonatos a nível internacional, o Martim Botelho, que já 10 • revista dada

tem presenças em dois campeonatos do mundo, e ainda dois antigos atletas: o Rafael Carvalho e o Henrique Pilré, que também conquistaram uma presença em campeonatos do mundo.

Antes de sermos treinadores somos formadores de mentalidades para Filipe Costa o futuro. “Eu já contribuí para algumas falhas daquela escada”, revela com um sorriso. Devido ao tempo que aqui passa conta-nos que sente que está no seu espaço, “respiro o meu ar, tal como se fosse a minha casa”. Dos melhores momentos que viveu com o AAC destaca uma atividade que fazem todos os anos, no final do ano letivo, em que passam uma semana de estágio em conjunto e realizam uma série de atividades que promovem não só o convívio entre atletas de uma forma diferente, tal como fortalecem a relação que têm com os treinadores. “É preciso saber diferenciar


o processo de treino dos momentos de entretenimento”, esclarece o professor. Andreia Jesus, pertence também aos trampolins. Atualmente, é professora em conjunto com o Filipe, mas já teve igualmente o seu percurso como desportista nesta modalidade. Integrou a classe desde muito nova, onde foi treinada pelo professor Luís Arrais e foi a responsável pela sua irmã Tânia Jesus – uma ginasta exímia nas provas de duplo-mini, trampolim individual e trampolim sincronizado, que conta com uma série de títulos e medalhas – dar os seus primeiros passos na ginástica.

A dupla maravilha do Tumbling

Edite Silva, atual professora das classes de motricidade, formação e tumbling, iniciou-se na ginástica aos três anos com o professor Nazaré Barbosa, seguiu com a professora Elsa Mourão e lembra os saraus que apresentavam, “com esquemas espetaculares”, era uma treinadora muito rigorosa pois fazia questão “que aquilo brilhasse mesmo”. Enquanto atleta nunca teve a experiência de campeonatos porque, nesta altura, ainda não existiam, “nós vínhamos pelo gosto pela prática, não era pela competição”, relembra. Depois da faculdade fez aqui o seu estágio na parte de treino desportivo e desde 1986 que es-

quando entro no Ateneu, esqueço tudo. Edite Silva

tá como treinadora. “Eu adorava ginástica, isto sempre foi a minha segunda casa, portanto aceitei logo”, como professora começou com a classe de formação e também com a classe de ginástica artística. Naquela altura as condições do AAC para esta modalidade não eram as melhores: “nós tínhamos os aparelhos, mas era necessário montar tudo cada vez que tínhamos treino”, porque o pavilhão era usado para praticar mais desportos, havia inclusive um treino por semana em que a sua classe ocupava o pavilhão ao mesmo tempo que o basquetebol e revela-nos que perdeu a conta às bolas que passavam por cima das suas atletas e dos aparelhos. Entretanto, passou para a acrobática e, de seguida, ingressou no tumbling no qual se mantém até hoje. Durante estes 34 anos enquanto professora destaca a sua primeira atleta a ir ao campeonato do mundo, a Andreia Coias em 1996. Edite assistiu à construção desta coletividade. Emociona-se ao revelar que nas férias sente a falta >>> revista dada • 11


Maria João Oliveira com ginastas depois do Ateneu ganhar o Prémio Cartaxo d’Ouro, na categoria sociedade, em 2018 de vir aqui, “parece que estou a faltar a alguma coisa”. Chega inclusive a ter saudades do “cheiro do Ateneu”, pois “quando entro no Ateneu, esqueço tudo”. Como momentos importantes salienta os saraus no final do ano, o fazer parte da formação destes atletas e o facto engraçado de, atualmente, dar aulas aos filhos dos seus antigos alunos. Ana Guimarães, mais conhecida por “Nucha”, é professora do tumbling e das classes de aerosaltos e aeroacrobacias. Também ela frequentou este clube dos três aos 17 anos, na formação com o professor Cândido Azevedo, depois ginástica rítmica com a professora Elsa Mourão e terminou o percurso nos trampolins com o professor Luís Arrais. Na altura, foi campeã distrital e vice-campeã nacional várias vezes, mas os campeonatos nacionais são os títulos que guarda com mais carinho. Quando terminou o curso, trabalhou na Casa do Benfica em Santarém, no Centro Social Recreativo e Desportivo da Ota durante cerca de 13 anos e só depois regressou ao Ateneu, integrou o tumbling em conjunto com a Edite e decidiu criar os aerosaltos, uma classe recreativa que foi bastante contestada. Os aerosaltos são uma classe de ginástica de formação, para quem não quer competição, dos 10 aos 20 anos, e atualmente é das modalidades que reúne mais ginastas. Reconhece que o Ateneu Artístico Cartaxense sempre foi um clube elitista, mas que ao longo dos anos isso foi desaparecendo, “este é um clube de massa para todos os ginastas, onde se criam as melhores amizades”. 12 • revista dada

Dos 25 anos que já passou aqui enquanto treinadora, recorda algumas ginastas que alcançaram títulos importantes como a Telma Silva e a Andreia Mendes, “agora vivemos numa geração em que, felizmente, já são muitos a obter bons resultados e a participar em campeonatos importantes”.

este é um clube de massa para todos os ginastas, onde se criam as melhores Ana Guimarães amizades.

Ana Guimarães revela ainda que aquilo que a desgasta mais são as competições, porque muitos dos clubes não reconhecem o valor do Ateneu Artístico Cartaxense por ser um clube mais pequeno e do interior: “na ginástica ainda existe muito preconceito a esse nível”, lamenta. Salienta a importância da participação em campeonatos no estrangeiro e a luta constante que têm para participar neles, não pela viagem em si, mas por todo o ambiente que envolve e “por conseguir pôr os ginastas entre os melhores do mundo”. Os principais valores que estas professoras ten-


destaque

tam passar aos seus atletas são a persistência, o empenho, a responsabilidade, respeito pelo outro, rigor, o foco na aprendizagem, no percurso e não apenas no final que conseguem alcançar, são valores importantes a transmitir até porque “muitas das vezes passamos mais tempo com eles do que os próprios pais”, confessa Nucha. Estas treinadoras completam-se em personalidades, o que faz com que formem uma boa dupla. A Nucha é mais acelerada e cheia de paixão por fazer tudo muito rápido, enquanto a Edite é a calma e serenidade desta dupla. “Complementamo-nos tão bem, porque também conhecemos as fraquezas e fragilidades uma da outra e acabamos por ajudar a outra nesse sentido, basta um olhar e percebemos logo o que se passa”, esclarece Nucha.

Atletas reconhecem a importância do AAC

André Pareike, atleta do tumbling, garante que tem uma ótima relação com ambas as treinadoras e que, “em grande parte, elas são responsáveis pelo André que hoje existe”. Sempre o motivaram a ter maiores objetivos e a prova disso é que de 14 anos de ginasta o momento mais importante para ele, mais do que qualquer título ou competição, foi a aprendizagem do flick, porque demorou bastante mais tempo que o normal para estes atletas e lembra que as treinadoras nunca desistiram dele. Isabel Barba, ex-atleta do tumbling, assegura que a relação que tem com a Edite e a Nucha é como se de familiares se tratassem, pois “tinha a confiança para desabafar como uma mãe, às vezes

pequenas embirrações como irmã, mas no fundo uma amizade como de grandes amigas”. O ensinamento principal que leva é de que o caminho deve ser percorrido com pequenos passos e não com vitórias imediatas, como por exemplo num campeonato em que terminou uma série com um salto, full-in-full-out, que nunca tinha feito em prova, relembra “acabei a série a sorrir e fui abraçá-las, pois sem elas não teria sido possível”. João Fernandes, ex-atleta do tumbling, destaca estas duas treinadoras como persistentes, muito fortes a nível psicológico e leva para a vida o ensinamento de que “não devemos desistir daquilo que realmente queremos, ainda que nos mandem ao chão”. Para ele não existe um momento em concreto para assinalar, mas uma história que fez com que ele se tornasse no homem que é hoje. Martim Botelho, atleta dos trampolins, descreve Filipe como um amigo e explica que a sua relação é baseada no respeito e confiança, o que transmite a tranquilidade e o apoio que necessita para alcançar os seus objetivos enquanto atleta. O campeonato do mundo de 2017, na Bulgária, foi o mais especial para o Martim por ter sido o seu primeiro campeonato do mundo: “conseguir qualificar-me para uma competição tão importante e ver reconhecido o nosso trabalho”. Estes três treinadores são apenas um pequeno exemplo da qualidade da formação deste clube, que soma muitos títulos e prémios não só na ginástica como também nas outras modalidades. Em especial, o ténis e o tiro com arco são os desportos que ultimamente mais têm arrecadado títulos. >>>

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A direção do Ateneu subiu ao palco do Centro Cultural do Cartaxo para receber o Prémio Cartaxo d’Ouro, na categoria desporto, em 2019

Principais mudanças no Ateneu

Maria João Oliveira, atual presidente do clube, fala-nos sobre as principais mudanças que o AAC sofreu ao longo destes anos, nomeadamente a abertura para a comunidade, pois havia muitas restrições para ser sócio e atleta, “o que não fazia sentido”. Além disso “optámos por incluir mais a população do Cartaxo em vários eventos que fomos fazendo, tal como festas, espetáculos, a caminhada das cores, entre outros”, afirma a presidente. Na ginástica as mudanças basearam-se no melhoramento e aquisição de material necessário para a evolução e boa prática desportiva dos nossos atletas. “A ginástica é o ex-libris do Ateneu”, porque é a modalidade que se conseguiu manter desde o início, com uma constante evolução, que rentabiliza mais o pavilhão e que torna este o desporto mais fiel ao Ateneu. “Eu penso que os treinadores terem crescido aqui enquanto atletas também é um fator importante e que contribui para uma melhor formação do ginasta nesta coletividade”, acrescenta. Para ela, ser a primeira mulher a assumir a presidência desta casa é um motivo de orgulho muito grande, pois houve muitas pessoas reticentes quando assumiu o cargo, “se tinha de provar algo, penso que os títulos que temos conquistado e a felicidade dos pais e atletas quando se entra por aquela porta, falam por si”, mas reforça também que tudo isto não seria possível sem o apoio de toda a sua equipa, restante direção e secretaria. Maria João, recorda bons momentos como os 14 • revista dada

saraus, que são sempre dias muito especiais para si, e a viagem que fez com os ginastas André Pareike e Rita Ferreira para o campeonato do mundo, em 2018, na Rússia.

Todos aqueles que aqui estão, sentem isto como a sua casa. Maria João Oliveira

A presidente tem inclusive memórias de vir para cá aos fins de semana ver televisão a cores e não só, “sinto isto de uma forma que a maior parte das pessoas não consegue entender”. Também ela entrou para a ginástica em 1979 e fez aqui o seu percurso como atleta, talvez por isso seja tão importante para si ver estes alunos crescer felizes. Até agora descreve esta experiência como muito enriquecedora, explica que a ajudou a crescer imenso tanto pessoal como profissionalmente, e apesar de algumas dificuldades, gosta de salientar a melhor parte que é sentir que está a contribuir para o desenvolvimento da nossa terra. “Todos aqueles que aqui estão, sentem isto como a sua casa.” A presidente afirma que esta é a ideia mais importante a transmitir, pois é a chave para o sucesso de uma coletividade com tanta história como o Ateneu Artístico Cartaxense. Luís Major, antigo membro da direção, recor-


destaque

da-nos algumas memórias que viveu há 40 anos quando praticava trampolins, nomeadamente alguns saraus e fala também sobre o incêndio que aconteceu no clube em 2008, pois fez parte de um grupo de pais que tentou ajudar esta instituição a promover várias formas para patrocinar a compra de alguns equipamentos gímnicos. Enquanto antigo membro da direção, confessa que lhe custou muito ver a falta de apoio financeiro por parte das entidades estatais e municipais com uma instituição que promove diariamente o bemestar desportivo e cultural a mais de 600 jovens. “É a única instituição de todo o concelho com esta dimensão, que ano após ano coloca vários ginastas nos campeonatos do mundo, que com muito orgulho sempre representaram o Ateneu, o Cartaxo e Portugal a custos próprios”, revela Major. As principais preocupações durante os seis anos em que esteve na direção foram o equilíbrio financeiro e “o momento de viragem do AAC, foi a aposta nas modalidades”. Orgulha-se de ter pertencido à direção que encheu este pavilhão de jovens, pois “as direções anteriores achavam que as modalidades “atrapalhavam” certas atividades esporádicas que se pretendiam fazer no pavilhão principal, e como tal não apostavam na aquisição de material gímnico”, esclarece. Para ele o principal fator de sucesso foi trazer para a direção pessoas que tivessem uma ligação grande às modalidades nomeadamente familiares de praticantes das mes-

mas, que era o seu caso. De recordar que o Ateneu Artístico Cartaxense já venceu três prémios Cartaxo d’Ouro, em 2019 na categoria desporto e, em 2017, também na categoria de desporto com a ginasta Isabel Barba em

o momento de viragem do AAC, foi a aposta nas modalidades. Luís Major

destaque. Na edição de 2018, o Ateneu ganhou o prémio Cartaxo d’Ouro na categoria sociedade e na categoria desporto os ginastas Martim Botelho e João Fernandes estiveram nomeados. Neste momento, o Ateneu Artístico Cartaxense tem todas as atividades em funcionamento, exceto a natação e a hidroginástica, porque as Piscinas Municipais do Cartaxo ainda não se encontram abertas. Todas estas modalidades respeitam as medidas de segurança impostas pela Direção-Geral de Saúde, com todos os espaços desinfetados, várias vezes por dia, e com os atletas consciencializados para as novas normas de higiene. Assim, com o contributo de todos os que frequentam este espaço, conseguem continuar com uma prática desportiva, de forma segura e responsável.

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Sónia Parente psicóloga clínica

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vai ficar tudo bem…

e repente a pandemia surgiu, e para compensar os sentimentos de medo, angústia, impotência, perda e tantos, tantos outros… ouvia-se dizer que era uma lição para o ser humano, que nunca mais íamos ser os mesmos, que o ser humano ia tornar-se melhor e menos egoísta, ia ser bom para melhorar as relações… tudo ia acabar bem… Talvez por ter lido “O ensaio sobre a cegueira” de José Saramago, nunca achei que isso fosse acontecer…De uma forma geral, o ser humano em situações muito adversas torna-se ainda mais egoísta, pensa somente em si e nos seus. Para além de outros acontecimentos, ainda tinha passado pouco tempo desde que os motoristas de matérias perigosas tinham feito greve e, nessa altura, vimos que todos tentavam ultrapassar todos e levar bidões e bidões de gasolina, sem pensar nos outros. Essas imagens não agoiravam nada de bom… Nesta fase da pandemia, a maioria de nós já conhece alguém ou várias pessoas que estiveram contaminadas por Covid-19, mas a discriminação das pessoas que foram contaminadas continua: são olhadas de lado, cochicha-se quando passam, sentar ao lado delas nem pensar… a que festa terão ido para apanharem Covid-19? Que cuidados não terão tido? Os olhos por trás das máscaras censuram: procuram sinais do erro cometido pela pessoa que esteve infetada, enquanto esta fecha-se na sua “concha”, sentindo a discriminação no ar e esperando que essa categorização passe com o tempo ou para outra pessoa que, entretanto, também tenha tido Covid-19. Numa altura de pandemia, em que a solidariedade e a empatia deveriam ser mais abrangentes do que nunca, perante uma doença que é extensiva a todos, não escolhe classes sociais nem raças, a discriminação está bem presente em todo o mundo. Ouvi algumas histórias de pessoas que a sentiram na pele, o quanto se sentiram tristes 16 • revista dada

e abandonadas pelas pessoas da sociedade que as rodeiam, acusadas por quase todos. O sentimento de culpa que invade a pessoa contaminada, pelas acusações de que é alvo pelos outros acerca de alguns comportamentos de risco, mesmo que não seja o caso. O impacto na saúde mental destas pessoas é enorme, como é óbvio. Só a empatia poderá melhorar atitudes discriminatórias para com os doentes Covid-19, levar a que possamos pôr-nos no lugar do outro, “calçar os seus sapatos”. Como se não fossem suficientes os receios das possíveis complicações da própria doença, não é difícil imaginar o intenso sentimento de culpa que alguém com Covid-19 possa sentir por ter infetado várias pessoas, sem saber e sem intenção. Mas, infelizmente na nossa sociedade, a empatia é um sentimento e uma atitude pouco presente. A discriminação relativa aos doentes Covid (e seja ela qual for) põe em evidência uma sociedade que está doente nas relações sociais. Perante tantas promessas e sonhos de que o mundo ia mudar para melhor, no início da pandemia, ficámos na mesma ou com os defeitos de muitas pessoas deste mundo ainda mais expostos. A saúde mental de todos não pode ser esquecida. PUB

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uas amigas de infância, “ribatejanas” do Cartaxo, uniram os talentos da costura e do desenho, assim como as suas experiências de vida, e criaram, em plena pandemia, uma marca portuguesa inovadora. A Puru.from nature to you é uma marca consciente, sustentável e personalizada. “Aliando a paixão pelas artes da costura e do desenho, pensámos criar uma ideia simples e que chegasse ao coração de todos. Criar artigos com identidade!” Até porque, “ter um objeto pessoal que gostamos é muito giro, mas ter esse mesmo objeto com a nossa personalidade, alma e energia, é outra completamente diferente”. Gina Batista e Neuza Silva querem, com este projeto, dar a possibilidade às pessoas de

“usufruírem de bolsas úteis, práticas e que não prejudiquem o planeta nem contribuam para um consumo excessivo”. E, em tecidos ecológicos – “a nossa seleção é o linho e o algodão” –, criam malas, bolsas e quadros com o motivo à escolha dos clientes: “Seja a sua flor, a sua gatinha de estimação, a sua fruta favorita, o país que mais ama visitar ou até o seu retrato, nós desenhamos a sua essência”. “Trabalhamos com criatividade e paixão, analisamos qual o desenho que melhor se identifica a si, querendo que receba mais do que uma bolsa ou uma mala, mas um pedacinho da natureza, um pedacinho de si que também a poderá ajudar a sorrir e a sentir-se especial. É este o nosso objetivo.” revista dada • 25


Memórias do Cartaxo Arquitetura Telmo Monteiro

Cartaxo, 8 de Julho de 1862

Planta com a representação do projeto de requalificação da área central da vila do Cartaxo, designada na época por “Cerca do Convento” e que viria a dar origem às atuais Praça 15 de Dezembro e Largo Vasco da Gama

Autoria da planta: Direção das Obras Públicas de Santarém. Planta do espólio de Júlio Augusto Marques, cedida para digitalização por Maria Eulália Marques.

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cerca do convento

N

o início da década de 1860 foi demolido o Convento do Espírito Santo que já se encontrava abandonado desde 1834, no âmbito da “Reforma Geral Eclesiástica” que definiu a extinção dos conventos e mosteiros em todo o país. Nessa ocasião, a Direção das Obras Públicas de Santarém elaborou esta planta na qual se encontra projetada a construção de um edifício destinado à Câmara Municipal do Cartaxo, sensivelmente no mesmo local onde outrora se erguia o Convento e que viria a ser inaugurada em 1867. Do lado direito do edifício da Câmara Municipal, encontra-se assinalado com uma cruz um outro edifício, indicando que se pretendia erguer naquele local uma nova igreja, a qual, como sabemos, não saiu do papel. No espaço do atual Largo Vasco da Gama

está definida a arborização do local, que 12 anos depois receberia a Praça de Touros do Cartaxo, e no local outrora designado por Largo do Convento já se reserva o espaço para a plantação de um jardim, o qual apenas teria forma definida cerca de 50 anos depois. De assinalar ainda outros aspetos desta planta, tais como a projeção da “Estrada de Lisboa” a atravessar o espaço da “Cerca do Convento”, facto que demonstra a necessidade de agilizar na época a passagem pela vila assim como as antigas designações toponímicas que surgem nesta planta: Rua da Carreira, Rua Direita, Rua do Carril e Rua dos Casaes. Refira-se por fim, além de todas as outras informações que esta planta nos oferece, o local assinalado do antigo cemitério, próximo da área onde hoje se encontra o Tribunal do Cartaxo.


é tempo de abóbora Com tamanhos, formas e cores variadas, a abóbora é um dos alimentos mais ricos e versáteis da cozinha tradicional. Usado em doces e salgados, este fruto é muito nutritivo e baixo em calorias

E

m qualquer mercado mais tradicional é fácil encontrar este fruto da aboboreira, originário da América Central. De formas, cores e tamanhos diferentes, as abóboras podem ser redondas ou ovais, e ter tonalidades de polpa (e de casca) que vão do amarelo claro ao cor-de-laranja escuro. São ricas em nutrientes como o caroteno e extremamente ricas em água, o que as torna pouco calóricas (10 a 15 kcal/100g). Ricos em ferro, cálcio, fósforo, potássio, magnésio, zinco, fibra, riboflavina e vitaminas A, C, E e complexo B, estes frutos protegem o organismo de doenças cardíacas e cancerosas, prevenindo ainda problemas de visão. São ainda indicados como um bom meio diurético e laxante. Outro ponto a favor da abóbora é o facto de se prestar a uma grande diversidade de receitas culinárias, que vão dos doces aos salgados. Desta

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fruta versátil, até das pevides, depois de secas e salgadas, se fazem óptimos aperitivos. Já a sua polpa pode transformar-se em purés, recheios, pães, bolos, pudins, doces, cozidos, guisados, sopas e saladas de fruta.

bem conservadas

Para adquirir abóboras de qualidade deverá escolhê-las com a casca lisa e sem manchas, e com um interior fresco, sem manchas acastanhadas à volta das pevides. A melhor forma de as conservar, inteiras, é deixá-las à temperatura ambiente, em local arejado e seco, sempre com o pé. Se optar pela congelação, deverá cortar a abóbora em cubos ou fatias, podendo ser crua quando destinada a fazer sopa; ou colocada por três minutos em água a ferver ou em microondas, por quatro minutos, e acondicionar num saco de congelação, depois de fria. Pode ainda congelar a abóbora em forma de puré.


à mesa

velhoses à antiga portuguesa confeção da pavlova

1. Coze-se a abóbora de véspera e deixa-se a escorrer no passador, de um dia para o outro. 2. Deita-se num recepiente e junta-se-lhe o sumo e a raspa da laranja, as gemas, farinha suficiente para ficar uma massa pouco espessa, o sal e o fermento. 3. Depois de misturar todos os ingredientes, deitam-se as claras batidas em castelo. 4. A massa deve ficar mole, na consistência de um creme grosso. 5. Numa frigideira grande ao lume com bastante óleo, bem quente, vão-se deitando colheradas desta massa. 6. Assim que as velhoses fiquem louras, põem-se a escorrer e, ainda quentes, envolvem-se em açúcar e canela.

ingredientes

metade de uma abóbora pequena, farinha que baste, uma colher de sopa bem cheia de fermento, sumo e raspa de uma laranja, três ovos, açúcar, canela e sal a gosto

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Gina Florindo Mestre de Reiki, Facilitadora de Cura Reconectiva/Reconexão, Numeróloga e Hipnoterapeuta

previsões numerológicas para 2021

P

asso a explicar um pouco esta ciência que se chama numerologia. Numerologia não é adivinhação, numerologia é uma ciência que estuda os números pelas suas caraterísticas. A primeira pessoa a aprofundar a numerologia foi Pitágoras. Pitágoras filósofo grego, o homem da matemática. Quem não conhece o Teorema de Pitágoras? O filósofo grego tinha um grande interesse pelos números e defendia que “todas as coisas eram números”, mas via-os mais do que algarismos que só representassem quantidades, via neles presença e defendia os seguintes ensinamentos: A evolução é a lei da Vida; O número é a lei do Universo; A unidade é a lei de Deus. A relação que existia entre Pitágoras e a numerologia fazia com que para o grande filósofo os números representassem qualidades e não apenas as quantidades dos algarismos. Afirmava que os algarismos serviam para medir as coisas no plano material, já os números operavam no plano espiritual. É de números que vou falar e não de algarismos. Vou deixar-vos a numerologia para 2021, para que possam fazer escolhas acertivas no novo ano, usando as carateristicas e as forças dos números. Quando o ano entra, inicia-se um novo ciclo, é uma continuação do ano anterior, mas é um novo ciclo de 365 dias. Obviamente que o segredo é viver dia a dia, mas deverá ser vivido em consciência. Da mesma forma que se estudam os Astros em que os planetas regem

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dias da semana e horas, se tivermos conhecimento das suas carateristicas podemos tirar benefícios e realizarmos a nossa vida com mais facilidade – também a numerologia funciona desse modo. Se quiser iniciar algo novo num dia de vibração 9, o esforço que tem de fazer é o dobro ou triplo caso fosse um dia de vibração 1. A maioria das pessoas dizem: “…fogo que azar, tudo correu ao contrário” Não foi azar, as forças não estavam polarizadas para iniciar, mas sim para terminar, 9 (finalizar) e 1 (iniciar). É como se escolhesse um dia de muito vento para ir fazer uma sementeira, as sementes voariam todas, a colheita seria um insucesso. Maioritariamente o insucesso e o sucesso está nas nossas mãos. 2021… 2+0+2+1=5 Vibração do ano 2021 é 5 “UM ANO DE DESAPEGO AO VELHO E INTEGRAÇÃO DO NOVO” Quando falo do velho é o passado, o novo é o presente e o futuro. Mudanças de paradigmas estão a ser pedidos. Este ano de 2020 que está a terminar mostrou-nos que nunca mais vai ser igual ao que tinhamos. O 5 é uma energia de fogo, uma energia rápida, muito extrovertida, criativa mas também com bastante rebeldia, radicalismos, dispersão e com alguma tendência a fuga de responabilidades. O 5 impulsiona à mudança de estruturas, fazer coisas novas e diferentes. Tendo em conta que vimos do ano 2020, muito delicado que nos fez sair completamente da nossa zona de conforto, o 5 irá continuar a fazê-lo, mas podemos aproveitá-lo de forma


positiva para mudarmos a nossa vida de forma proativa. Aconselho-o/a a não ter em mente, querer viver igual ao que viveu. O ano de 2020 mostrou-nos que nada vai ser igual ao que tivemos para trås. O 5 gosta de nos levar a fazer diferente, mudando estruturas rígidas e arcaicas. Se tomar bem consciência da vibração do 5, (Criatividade, extroversão, abertura à mudança, desapego do velho) pode vir a ter um ano bom. Sendo o ano de 2021 um ano de fogo, Ê um ano de ação, mas atenção, lembre-se que o acelaramento que havia em 2020 e para trås jå não faz mais sentido, tem de ser uma ação de se reinventar, fazer coisas novas e diferentes, refletidas e sentidas. O ano de 2021 vai ter tendência para exponenciar a eficåcia do online, jå se iniciou em 2020, 2021 vai acentuar. Muitos talentos e negócios novos podem surgir em 2021, visto que o 5 Ê um número de coisas novas e diferentes, levando mesmo a elevados progressos para as pessoas que consigam de forma consciente ativar a energia da criatividade, da mudança e da ação do 5. O ano de 2021 numa energia menos boa, pode dar a sensação que o ano estå a passar muito råpido e de que não estå a conseguir fazer nada a que se propôs. O facto de ser uma energia de fogo pode levar a pessoa a dispersar-se e a descontrolar-se a um nível emocional,podendo mesmo levar ao agravamento de problemas gåstricos e de tiróide. Um ano de muita intensidade nos relacionamentos, quanto mais positiva/o for e mais tranquilidade interior tiver, melhor consegue ultrapassar o seu ano. Apelo à consciência, da coerência e do bom senso, são os ingredientes

principais para o ano 2021. O ano 2021, vibração 5, vai ter tendĂŞncia para exponenciar o contrĂĄrio, pode levar mesmo as pessoas a fugirem Ă s suas responsablidades. Por essa razĂŁo ĂŠ de extrema importância elevar com assertividade o que quer para a sua vida. “O NOVO, ESTE ANO, VAI QUERER INSTALAR-SEâ€?. O 5 ĂŠ essa energia, largar o velho. O ano de 2021 intensificarĂĄ alguns medos, que se manifestaram no ano 2020, mas esses medos estĂŁo a aparecer para serem limpos. Trabalhe a perseverança a resiliĂŞncia e a superação, para que o ano se manisfeste o mais posiivo possĂ­vel dentro do que tem. NĂŁo se deixe levar pela negatividade que se iniciou em 2020. Estamos cĂĄ, cada um com o seu percurso de vida, o importante ĂŠ gerarmos energia positiva e proativa, gerando açþes coerentes para conseguirmos passar este momento, com aprendizagem. As crises sĂŁo cĂ­clicas, o 5 ĂŠ uma energia de transformação, aproveite o ano a seu favor, gerando sempre movimento Ă sua vida, o movimento atĂŠ pode ser uma paragem, um desapego, um desistir, desde que seja uma reflexĂŁo consciente. Uma paragem refletida, de forma consciente, tem energia de movimento. Reflita e observe o que nĂŁo estĂĄ a funcionar ou o que nĂŁo estĂĄ a funcionar tĂŁo bem quanto deseja pois precisa de ser vocĂŞ a dar o passo. Deixo aqui uma frase de Nelson Mandela que gosto muito: “Sou criador da minha vida e Senhor da minha Almaâ€?, por isso crie o seu ano de 2021 com proatividade e dinamismo, para que possa chegar a esta altura do ano de 2021 e sentir que vocĂŞ ĂŠ o gerador principal da sua vida. O 5 ajudĂĄ-lo-ĂĄ a conseguir essa energia. BOM ANO!

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