Revista DADA 50

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Publicação Bimestral

gratuita

d i st r ibuiç ão

50 2014

junho julho

feira medieval Vila Chã de ourique viaja até à idade média

josé Belo

em entrevista revela que ambiciona acabar com a dívida em vale da pedra

Cartaxo

vêm aí as festas da cidade perfil

rolando ferreira

Memórias fotográficas

santos populares


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Direct. Técnica: Maria Adélia Machado Lic. em Ciências Farmacêuticas

Ana Filipa Machado Mest. Integrado em Ciências Farmacêuticas

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sumário

dada

editorial Luís Rosa-mendes

Com a chegada dos meses de verão o país entra numa roda-viva de festas populares. Habituámonos a ver os cartazes crescerem em quantidade, nem sempre em qualidade. Lucravam os artistas e as populações lá iam tendo os seus espetáculos, em regra pagos pelos orçamentos camarários. Os constrangimentos económicos que vivemos e o endividamento de Câmaras e Juntas de Freguesia, um pouco por todo o país, têm levado a uma mudança deste paradigma. Associações culturais ou de solidariedade social, também afetadas com a redução ou eliminação de apoios, tomam em mãos a organização das festas, encontrando assim novas formas de financiamento e não deixando morrer as tradições. O nosso concelho não é exceção a este modelo. Várias associações estão no terreno a organizar as festas que se avizinham, apoiadas agora pela sociedade civil e pelo tecido empresarial. Pode ser um novo caminho e uma excelente forma de dizer à crise que vamos ser capazes de lhe sobreviver. Com imaginação, trabalho e dedicação.

nesta edição

interdita a reprodução total ou integral de textos e imagens por quaisquer meios e para quaisquer fins

4 entrevista José Belo 7 memórias fotográficas Santos Populares 8 Festas da Cidade 10 perfil Rolando Ferreira 12 montras Moda de verão 18 feira medieval 22 o cartaxo e a sua história A livraria Sá da Costa em Lisboa 24 Festa brava 25 Um caso de sucesso 26 jornal de parede Frederico Guedes 27 economia, em trocos! Balanço e contas do ajustamento 28 à mesa Bolo de batata e chocolate 33 agenda 34 pringles e felicidade Nada é mais perigoso do que a ignorância

Capa:Vitor Neno

dada propriedade

Revista de lazer e divulgação cultural de distribuição gratuita

Potenciais publisher Fátima Machado Rebelo

colaboram nesta edição

diretor

Luís Rosa-Mendes

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Ana Benavente, Isabel Z. Rafael, Renato J. Campos, Rogério

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Coito fotografia Vitor Neno publicidade e marketing publicidade@revistadada.com periodicidade contribuinte impressão

bimestral redação e sede Rua Nova da Boa Vista, 1 2070 - 105 Cartaxo 510148123

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número de registo

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5000 exemplares

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entrevista

josé belo Impôs a si mesmo o desafio de sanear as contas da Junta de Freguesia de Vale da Pedra. A única promessa que faz é dar o seu melhor |luís rosa-mendes Quando perguntamos a José Belo, presidente da Junta de Freguesia de Vale da Pedra se teve uma infância feliz, o olhar ilumina-se e a resposta não tem qualquer hesitação: “Muito feliz”. O autarca, de 58 anos, nascido e criado em Vale da Pedra, ainda se considera hoje um homem feliz. “Tudo aquilo que me propus na vida alcancei. Não sou rico mas sou feliz porque cumpri os meus projetos de vida. Daí ser casado há 38 anos. Tal como aqui na Junta. Propus-me e aqui estou”. Está explicada a realização pessoal deste técnico de aeronáutica que fez carreira nas OGMA (Oficinas Gerais de Material Aeronáutico), em Alverca, pai do Luís Alberto, de 34 anos e da Maria Leonor, de 25. Caçador desde miúdo, José Belo garante gostar de cozinhar para a família e para os amigos, define-se como um homem frontal e proactivo e, com uma gargalhada franca, diz-se munido de “uma enorme capacidade de sofrimento” por ser adepto do Sporting. Como chegou à política

De forma natural. Eu nasci aqui mas vivi uns anos fora. Em 1991 acabei de construir a minha casa, num terreno dos meus pais e nessa altura PUB

4 • revista dada

o anterior presidente da Junta, Joaquim Edgar, convidou-me para integrar a lista dele. No primeiro mandato fui secretário da Assembleia de Freguesia e passado esse tempo foi-me dada a oportunidade de estar na lista como numero dois. Desde essa altura fui secretário da Junta até às últimas eleições. E a passagem para a presidência?

Quando me aposentei, em 2009, continuei a fazer parte do executivo e passei a ter mais tempo e mais disponibilidade. Entretanto, como o Joaquim Edgar já não podia candidatar-se, o Partido Socialista confiou em mim. Mostrei disponibilidade e avancei para este projeto, que deixe-me dizer-lhe, não é fácil. É preciso muita vontade e dedicação. A freguesia não está um pouco isolada?

Não está nada isolada. Veja que com a construção da ponte Rainha D. Amélia passa a ser uma freguesia de passagem. Na estação de caminhode-ferro o parque de estacionamento norte está sempre cheio e o sul quase cheio. Há muitas pessoas de fora que vêm aqui apanhar o comboio.


Mas a economia local não ganha…

Não, não ganha com isso. O Vale da Pedra precisava era de ter mais indústria, mas isso é uma necessidade de todo o concelho. E quanto ao envelhecimento da população?

Curiosamente Vale da Pedra é a mais nova freguesia do concelho, foi criada em 1988, e é a que mais juventude tem. A nossa escola primária tem mais de 90 crianças, o que é muito significativo. Na devida proporção somos a freguesia que tem mais crianças na primária. Então não tem muito de que se queixar…

A Junta, se tiver de se queixar de alguma coisa é da falta de dinheiro, mas também da dívida que acumulou que é de cerca de 70 mil euros. Mas tem responsabilidades nessa dívida?

Tenho sem dúvida e assumo a minha quotaparte da responsabilidade. Como tenho dito ao longo do tempo, o presidente da Junta foi sempre quem liderou todo o processo e no que diz respeito à decisão nunca houve articulação. Isto é um órgão colegial que tem de ter decisões estruturadas pelo conjunto das pessoas. Não pode ser só o presidente a decidir. O que acontecia é que o presidente decidia, estava decidido e muitas vezes quando eu tinha conhecimento da situação já as coisas estavam feitas. Se formos ver as actas da Junta não se vê nenhuma decisão do ponto de vista estruturante que tenha sido decidida em conjunto. Normalmente era o presidente que decidia e o resultado está à vista. Tem uma boa relação com o antigo presidente?

Tenho, continua a haver uma boa relação. Mas percebe que está a endereçar-lhe as culpas.

Percebo, tem de haver essa frontalidade. Como referi tenho de assumir a minha responsabilidade até porque fazia parte do executivo. E, sabendo ►


entrevista eu de determinadas situações devia ter feito refletir a minha posição em acta. Mas nunca o fiz porque muitas vezes quando sabia, as coisas já eram um dado adquirido. Não havia volta a dar. O procedimento foi sempre esse. O presidente é que decidia o que era melhor e dizia que se fosse a cumprir tudo à risca nunca fazia nada na freguesia. E ele assumia tudo.

Qual é o orçamento da Junta?

Este ano a Junta tem um orçamento de 65.700 euros, fora o fundo de financiamento das freguesias que são as verbas transferidas do estado. Com a dívida refletida?

A dívida por Lei tem de estar refletida. Não estava porque as faturas estavam cá mas não tinham dado entrada. Quando tomei posse a primeira coisa que mandei fazer foi dar entrada de todas as faturas na contabilidade da Junta, de forma a meter essa dívida, como dívida.

E que justificações são dadas agora?

Em assembleia de freguesia ele defendeu que a dívida não é da Junta, é da Câmara, porque o anterior presidente da Câmara lhe dizia para avançar, para estar à vontade, que depois transferia para cá o dinheiro. Ainda na última assembleia assumiu que parte da divida à Associação Comunitária de Vale da Pedra (ACVP), resultou de se ter usado o dinheiro para pagar os vencimentos porque o presidente da Câmara lhe garantiu que ia fazer a transferência. Ele defende com convicção que a divida da Junta é da Câmara para com a Junta. Essa não é a minha opinião. Eu entendo que a dívida é da Junta.

E qual é o valor total da dívida?

A maior parte, pouco mais de 50 mil euros, é à ACVP. Mas essa, já tem solução. Como a ACVP tem as instalações num terreno que a Junta comprou, já fizemos um pré acordo para a ACVP ficar com o terreno como pagamento da dívida. O que se está a fazer agora é encontrar uma forma jurídica de fazer isto. Depois disto teremos uma dívida restante na ordem dos 15 mil euros. O que espera deste mandato? PUB

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Sanear as contas da Junta. Pôr a Junta em velocidade de cruzeiro. E continuar a garantir os apoios sociais. Além disso garantir a nossa missão diária que é a limpeza de estradas, manter a freguesia bonita, fazer a prevenção de fogos. Sanear as contas passa por conseguir eliminar a dívida. Por outro lado, pôr os serviços da Junta a trabalhar de forma a serem mais eficazes. Pôr as pessoas a fazer mais e melhor, gastando o mínimo.

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6 • revista dada

Como tristezas não pagam dívidas este mês vai ser de festa.

Sim, vamos ter a festa anual, em honra de Nossa Senhora de Fátima. Vai ser a 13, 14 e 15 de junho. Falámos com o rancho folclórico e eles que são pessoas sérias e trabalhadoras vão fazer uma bela festa. d


SANTOS POPULARES

memórias fotográficas

Foto cedida por Biblioteca Municipal Marcelino Mesquita

Em parceria com o projeto ‘Memórias Fotográficas’, vamos mostrar-lhe o Cartaxo de outros tempos

Foto cedida por Lúcia Gaspar

Cartaxo, Rua Serpa Pinto, junho de 1965.

Cartaxo, Praça 15 de Dezembro, início dos anos 70. Marchas Populares no Cartaxo.

ao lado:

Marchas Populares em Vale da Pinta, Rua

de Angola, junho de 1968. Na foto a acompanhar a marcha, Edgar Calado, Graciete Nunes, Maria Alice Heitor e Patrício Vila

Foto cedida por Carolina Ferreira

Marcha Popular do Açude.


festas da cidade

Tourada, fados, muita música, tasquinhas, largadas de touros: em junho, no Cartaxo, a tradição ainda vai ser o que era. A cultura ribatejana espelhada numa festa cada ano mais popular Em 2007 um grupo de onze amigos formou uma associação que se propunha promover uma festa de verão, no Cartaxo. A ideia era a de promover e manter vivas as tradições locais ligadas aos touros e aos cavalos e à cultura da região. Assim nasceu a Associação Gentes do Cartaxo e, logo de seguida, as Festas da Cidade que mais uma vez vão trazer uma animação total ao centro do Cartaxo, entre 19 e 24 de Junho. César Vasconcelos, atual presidente da direção

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8 • revista dada

| fotos vitor neno

da Associação, explica-nos a escolha destas datas: “as festas são sempre nestes dias porque desta forma apanhamos o dia 21 que é o dia da elevação do Cartaxo a cidade e o dia 24 que é dia de São João Batista, nosso padroeiro”. Vamos então ficar a conhecer melhor o que vai acontecer. O nosso guia da festa é César Vasconcelos, que está na Associação desde o início e lidera o grupo que, logo a partir de janeiro começa a desenhar o programa. Comecemos pelo dia 19: “ vamos ter um concerto de passo doble pela Banda de Vale da Pinta. A noite termina, como todas as noites, com uma largada de touros nas mangas instaladas para o efeito”. Ora aqui está uma noite que promete, sobretudo se pensarmos que à volta da Praça de Touros há tasquinhas e roulotes que a organização disponibilizou às coletividades do concelho que, desta forma, podem fazer angariação de fundos. Siga-nos em facebook.com/revistadada


Mas a animação não pára. No dia 20, há espetáculo de sevilhanas seguido do desfile da corrida de touros de gala à portuguesa, a anteceder a corrida. Sábado, 21, começa logo de manhã com o desfile etnográfico Gentes da Nossa Terra. À tarde, na Praça de Touros há um treino dos forcados à porta aberta. Pelas 18h vai haver uma largada de vacas para os mais novos e, à noite, o Festival Internacional de Folclore, organizado pelo Rancho Folclórico do Cartaxo. No domingo de manhã teremos “A Criança e

o Cavalo” e, à noite, um espetáculo de tributo aos ABBA. No dia 23, temos fados, com a participação da Escola de Fado da associação Gentes do Cartaxo. A noite do dia 24, será quase toda preenchida com a procissão. A seguir é a largada de touros e o fogo-de-artifício para encerramento da Festa. Uma novidade será a atuação de um DJ, diferente todas as noites, na Praça de Touros. Com um programa assim, mais que umas Festas da Cidade vamos certamente ter uma cidade em festa. d PUB

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eu sou Trabalhador, profissional. Calmo e reservado. Sou exigente, um bocadinho teimoso e tímido nalgumas coisas. Benfiquista, não sou fanático mas sou de alma e coração.

eu gosto Da minha família. Da minha profissão. Gosto de música, de dirigir bandas. Nas comidas gosto de marisco, coca-cola. Praia e campo. Gosto de silêncio, depois de ensaiar uma banda, por exemplo, o silêncio faz-nos falta. De estar com os amigos. Pessoas honestas e verdadeiras.

eu quero Ter saúde. Ter trabalho. Ter amigos verdadeiros. Paz no mundo, paz nas pessoas. Alegria.

Nasceu no Cartaxo e a música surgiu na sua vida logo na escola primária. A música e a vontade de ensinar. Sentado na sala da escola José Tagarro a ver a sua professora de música, pensava que era aquilo que um dia queria fazer. Desafiado por dois companheiros foi ter às aulas da Sociedade Filarmónica. “ O Alexandre Vilela e o Pedro Florindo tinham aulas lá e desafiaram-me. A partir daí seguimos sempre juntos a estudar” recorda. Começou por tocar clavicórnio, depois passou para o bombardino e, mais tarde, optou pelo

trombone de varas. “Quando comecei a estudar música a sério tive de escolher e o trombone era o que melhor se adaptava às minhas características físicas”. Esta é a rampa de lançamento para ir para Lisboa estudar na Escola de Música do Conservatório Nacional. Ser músico já era uma hipótese na sua vida mas ainda não pensava se seria uma escolha com saídas profissionais. “Nunca pensei que a vida de músico fosse difícil. Não se pensava nisso. Nessa altura tinha 14, 15 anos e não pensava assim no futuro. Fazer ou não fazer carreira não era uma preocupação. Fazia o que gostava”. Apesar de gostar do que fazia as coisas não foram fáceis para Rolando Ferreira. “A minha família não era rica e eu para estudar em Lisboa tive de trabalhar. Íamos duas vezes por semana ter aulas e nos outros dias ia trabalhar. Estudava à noite e sempre trabalhei para pagar os estudos”, recorda. A possibilidade de ser professor surgiu-lhe quando no Jardim de Infância do Cartaxo “o sr. Paínho pensou dar aulas de música a todas as crianças. Tive um convite para ir para o JIC dar aulas e comecei a gostar de ensinar. Nessa altura percebi também que não se consegue viver com o que se ganha como músico”. Em 1998 abriram-se-lhe as portas do ensino oficial. Por concurso foi colocado na escola de Manique, no ano a seguir Porto Alto e depois na José Tagarro onde cumpre o sonho de criança de ser professor na sala onde começou a aprender música. O casamento, no ano 2000, traz-lhe novas responsabilidades à vida. Rolando e Liliana conheceram-se na banda da Ereira, onde ela tocava saxofone. Pormenor importante para a vida de um músico: casar com alguém que conhece as exigências da profissão. Nessa época é desafiado para uma nova etapa. Um convite do professor Délio Gonçalves leva-o à direção da Banda do Sagrado Coração de Jesus e Maria, de Chãs, em Leiria. “Estou lá há 14 anos. E é uma banda que me dá uma grande satisfação. Tem 45 elementos e é mantida por pessoas que têm um carinho especial pelo que fazem.” conta-nos. Rolando, que atualmente dirige igualmente a banda da Azambuja, também se empenha neste projeto. Em 2004, quando nasceu o seu primeiro filho, Bruno, era em Chãs que estava a trabalhar e de onde teve de vir a

|texto luís rosa-mendes | foto vitor neno. coreto, parque central do cartaxo


perfil correr para chegar meia hora antes do parto. Cinco anos mais tarde nasceu o segundo filho, Afonso. Em 2012, alterações no esquema de ensino oficial, levaram-no a não conseguir colocação. “As AEC (atividades extra curriculares) passaram para a competência da Câmara Municipal. Resolvi concorrer e consegui entrar. Temos a sorte de ter uma grande coordenadora, a Carla Neves, que percebe que não consigo estar só numa sala de aulas e não fazer mais nada. Tenho de desafiar os miúdos. Portanto, partimos para espetáculos nos quais lhes consigo incutir o espírito de trabalho. Agora estamos a ensaiar uma marcha para apresentar em junho, aqui no Cartaxo, nos Santos Populares” revela. O que Rolando não é mesmo capaz é de imaginar a sua vida sem a música. E um pouco também sem ensinar. “É verdade, não vejo a minha vida sem música – Há uma coisa que me assusta profundamente: ficar sem trabalho e vir a ter que fazer outra coisa. Ver a minha vida sem música é ver acabar um pouco de mim. E mesmo o deixar de dar aulas é uma coisa que me é difícil aceitar”. d

eu não sou Interesseiro nem egoísta, nem antipático.

eu não gosto

rolando ferreira 41 anos, músico e professor, casado

com a liliana, pai do bruno e do afonso. vive no cartaxo.

De vinho tinto. De pessoas falsas. De muita chuva. De acordar muito cedo.

eu não quero Ficar sem trabalho. Ficar sem saúde. Que as pessoas andem tristes. Que briguem. Não quero brigas. Não quero tristezas.


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CINCO MINUTOS DE FAMA III Estas são as 12 fotos do evento ‘Cinco Minutos de Fama III’ – Sessão Fotográfica Dia da Mãe, com mais ‘Gostos’ na página de facebook da revista DADA. O evento, com que a DADA anualmente presta homenagem às mães do nosso concelho, levou ao

revista

dada

palco instalado no recinto da Festa do Vinho, no Cartaxo, dezenas de mães e filhos, de várias gerações que, num ambiente de alegria, se deixaram fotografar, como habitualmente, pela objetiva de Vitor Neno.

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FEIRA MEDIEVAL Vila Chã de Ourique prepara-se para receber a sexta edição da festa que celebra a Batalha de Ourique. Mouros e cristãos vão andar por aqui numa recriação histórica da época medieval |luís rosa-mendes | fotos vitor neno Se nos próximos dias 18, 19 e 20 de Julho passar em Vila Chã de Ourique e vir guerreiros medievais embrenhados numa sangrenta batalha, não se assuste. Está de certeza a assistir à recriação histórica da Batalha de Ourique. Pode ainda deparar-se com a coroação do rei D. Afonso Henriques. Deixe-se ficar, pois estará no centro da Festa que ao longo desses três dias revive a Feira Medieval e comemora a célebre batalha contra os mouros que, a 25 de Julho de 1139, deu o alento necessário para a fundação de Portugal. Cumprindo este ano a sua sexta edição, a Feira Medieval de Vila Chã de Ourique tem Apoios à Feira Medieval de Vila Chã de Ourique

Cartaxo • Pontével Vila Chã Ourique

já uma história rica para contar. Tendo uma vida ainda curta, esta iniciativa rapidamente ganhou popularidade e contou com a adesão da população e entidades locais, crescendo não só a nível do programa apresentado mas também em número de participantes e, sobretudo, visitantes. Se na primeira edição, em 2009, pensada pelo antigo presidente da Junta de Freguesia, Luís Nepomuceno, se juntou um grupo de jovens que colaborou na execução do evento destinado, igualmente, a celebrar a elevação a vila, na edição seguinte já entra em campo a parceria com o Centro Social Ouriquense. PUB


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AGORA TAMBÉM, CENTRO DE DIA Carlos Ribeiro, da direção do Centro, fala com orgulho do trabalho que tem sido feito e que atinge hoje números de grande relevo, com cerca de 200 figurantes a colaborar nas diversas recriações históricas e os mais de 3000 visitantes que passam por Vila Chã nos três dias de festa. Para além da celebração histórica em torno da Batalha de Ourique, que Vila Chã reivindica como sua, a festa engloba ainda um Mercado Medieval e os tradicionais “comes e bebes”, em espaços próprios, com destaque para a Taverna da Vara e o o bar móvel Carroça Medieval, uma estrutura desenhada para o efeito que tem como base uma antiga carroça. Ao longo dos anos foram sendo introduzidas novidades no evento. Em 2011, por exemplo, a organização implementou o Torneio da Pedra Medieval, uma corrida entre duas equipas que têm de arrastar uma grade de ferro com pedra, pesando cerca de 300 quilos. E a Feira já deu origem a um grupo de danças e prepara-se para ver nascer um grupo de teatro. Hélder Anacleto, também da direção do Centro Social Ouriquense conta-nos: “no ano passado foi lançado o grupo de danças medievais ‘Chãs d’Ourik’ que nasce depois de vermos as atuações de outros grupos que vinham cá participar na festa. Agora já é o nosso ►

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grupo que se desloca a outros lados para atuar”. O mesmo se passa em relação aos participantes nas recriações históricas. “Encenámos autos como ‘A Justiça de Deus’ e ‘Egas Moniz, o Aio de D. Afonso Henriques’. O núcleo base destas recriações está autonomizar-se como grupo de teatro sediado aqui no Centro Social” revela-nos.

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Do que menos se fala na conversa com estes dois responsáveis e entusiastas deste evento é na certeza, ou incerteza, sobre a verdadeira localização da Batalha de Ourique. “Há diversas teses” diz Carlos Ribeiro, “aqui em Vila Chã já nos anos 30 do século passado se acreditava firmemente que tinha sido aqui. Daí a construção da estátua a D. Afonso Henriques. Para nós o que interessa é que, de facto, a marca Batalha de Ourique está, já a nível nacional, cada vez mais associada a Vila Chã”. Helder Anacleto dá uma achega sobre esta matéria: “Se fossemos a pensar nisso não fazíamos nada, pois até há uma tese que defende que a batalha nunca aconteceu e foi apenas um estratagema do rei para conseguir o apoio da Santa Sé”. Teses à parte, o melhor mesmo é preparar o espírito histórico que há em PUB

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cada um de nós e aproveitar para viajar no tempo durante três dias em que tudo é possível acontecer. Com recriações históricas, danças, jogos medievais, mercado e animações de rua variadas a acontecerem quase de hora a hora, o porco no espeto e o vinho das tabernas medievais vão saber como verda-

deiros manjares dos deuses. Ah, e se assistir ao julgamento e respetiva punição na fogueira de uma bruxa, não se assuste. Na Idade Média era banal. No século em que vivemos é apenas uma forma de recordar as nossas raízes como povo. Que, afinal, podem estar aqui em Vila Chã de Ourique. d PUB

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22 • revista dada

A Biblioteca municipal “Marcelino Mesquita” no Cartaxo, tem uma Sala de Leitura inaugurada em 1956 cujo patrono é o professor doutor João Augusto Ferreira da Costa Júnior, que tem um acervo constituído por quase todas as obras editadas pela livraria “Sá da Costa”, cujos proprietários durante muitos anos, actualizaram com ofertas.

dias fez encerrar ao fim de um século de prestigiados serviços. O Manuel morre aos oito anos. O António, que em 1912 regressa ao Cartaxo para se estabelecer como comerciante, tem um filho arquitecto que participa na construção do Estádio José Alvalade e no edifício da livraria no Chiado. A Gertrudes torna-se professora e o José, militar de carreira, sócio de uma empresa exploradora das águas Santa Marta, com o arquitecto Pardal Monteiro e também co-fundador da livraria com o irmão Augusto. A Luísa é apontada nos registos como doméstica e o Augusto, que tem como padrinho de baptismo Sérgio Augusto Marques, abandona os estudos e vai trabalhar para a livraria “Avelar Machado”. Casa em 1912 com Belmira de Macedo e Oliveira, da etnia dos angolares de S. Tomé e Príncipe e, a 10 de Junho de 1913, estabelece-se como editor e livreiro no Largo do Poço Novo, em Lisboa, onde se destaca desde logo na edição dos “clássicos Sá da Costa”, livros escolares e de autores

Rogério Coito escreve de acordo com a antiga ortografia

No século XVIII uma família de Alcobertas, Rio Maior, faz pela vida em Lisboa. E um seu descendente de nome Crispim da Costa, chega ao Cartaxo no princípio do século XIX, onde casa com Gertrudes Ferreira. Da união nascem dois filhos: José e João. Do casamento do sapateiro, empregado nos correios e negociante João Augusto Ferreira da Costa com Maria da Conceição Sá que teve como padrinho o negociante Rebelo Mayer, nasceram sete filhos e filhas que foram viver na Rua do Além (actual Rua José Ribeiro da Costa). Com a colaboração de Manuel Estrada, médico, entusiasta pela História e um excelente pesquisador, conseguimos rastrear percursos desta família. Manuel, António, Gertrudes, José, Luísa, Augusto e João, que a mãe tem a iniciativa de levar para Lisboa onde mais facilmente pudessem estudar, vieram a tornarem-se figuras marcantes da sociedade portuguesa, nomeadamente com a construção da livraria “Sá da Costa”, um monumento à cultura que a crise e a falta de apoios nos nossos

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o cartaxo e a sua história portugueses. Mas a sua livraria passou a ser também local de encontro de escritores oposicionistas ao Estado Novo, como Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, João de Barros e outros. Em 1943 inaugura as instalações na mais chique artéria de Lisboa: a Rua Garrett, ao Chiado. No seu desejo de fomentar a cultura faz doações de livros aos estudantes pobres, a escolas, cadeias, hospitais, asilos e até para se formarem pequenas bibliotecas em tabernas. Quando morre deixa cinco filhos e o mais velho, Augusto de Macedo Sá da Costa, licenciado em economia, que vem a ser, com Bento de Jesus Caraça, fundador da Sociedade Portuguesa de Matemática, continua a administrar a livraria e a organizar tertúlias participando em passeios de barco no Tejo com pessoas da oposição. Em 1947 é demitido de professor da Universidade Técnica de Lisboa e passa a ser perseguido pela PIDE. Por divergências políticas é expulso do PCP, na mesma altura em que também o foram Mário Soares, Jorge Borges de Macedo e Ramos Costa. Em 1973 faz parte do grupo fundador do Partido Socialista.

Rogério Coito Historiador

O João, nascido em 1889 veio a ser professor catedrático e administrador do Banco Sotto Mayor. Casou com Silvina de Macedo e Oliveira, irmã de Belmira e tiveram três filhos (como nota curiosa a cantora Simone de Oliveira descende da mesma árvore genealógica de S.Tomé). O filho mais novo, Fernando de Macedo, licenciou-se em Histórico-Filosóficas, casou com a escritora Luísa Dacosta, foi aluno do filósofo António Sérgio e o primeiro objector de consciência, recusando-se a cumprir o serviço militar obrigatório. Cumpriu dois anos de prisão e, após 1974, é um dos fundadores do movimento cooperativo, professor universitário no Porto e escritor de teatro com sabor a S.Tomé. Foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique. PUB

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festa brava césar marinho e pedro gonçalves homenageados em santarém

Um jantar promovido pela Tertúlia do Quinzena juntou, no Hotel Santarém, uma centena de aficionados e amigos dos toureiros César Marinho, que cumpre este ano 50 anos de alternativa, e Pedro Gonçalves que assinala 25 anos de ter recebido das mãos de António Badajoz, na Praça de Touros do Campo Pequeno, a sua alternativa. Na assistência destacavam-se dezenas de nomes sonantes da tauromaquia nacional. Entre toureiros, forcados, ganadeiros e aficionados, a homenagem foi um verdadeiro desfile de antigas glórias em convívio com alguns dos mais destacados membros da nova geração tauromáquica. Para o jornalista Miguel Alvarenga, autor do blogue “Farpas”, esta é uma “homenagem mais que devida a duas figuras históricas da tauromaquia portuguesa e de Santarém. São toureiros da mesma fornada apesar da diferença de gerações”. Pelo seu lado, Ricardo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Santarém, que não quis deixar de se associar à efeméride, na qualidade de amigo dos dois homenageados, frisou que “é um enorme orgulho Santarém contar com dois homens deste calibre, com uma vida dedicada aos touros e que muito têm dado pela festa em Portugal”. Durante o jantar registou-se a actuação de Francisco Gonçalves, filho de Pedro Gonçalves e aluno da Escola de Toureio Joaquim Gonçalves e assistiu-se ainda a uma exibição do grupo de dança sevilhana “Scalabillanas”, do Holly Space Santarém. d 24 • revista dada


Da esq. para a dir. Pedro Gil, Joaquim Oliveira, Jorge Antunes e José Barroso

um caso de sucesso

É tempo de brindar aos 60 anos da Adega Cooperativa do Cartaxo e ao êxito dos seus vinhos, premiados em Portugal e no estrangeiro Lembram-se do prólogo dos livros de aventuras de Astérix? Era assim: “Toda a Gália foi ocupada pelos romanos. Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor”. Pois falar da Adega Cooperativa do Cartaxo é falar de um grupo de resistentes que recusa render-se ao invasor. No ano em que cumpre 60 anos de atividade (foi fundada a 5 de maio de 1954) a Adega enfrenta a mais feroz concorrência da sua existência, nacional e internacionalmente, mas este é o ano em que já arrecadou mais prémios e medalhas em concursos internacionais, tem em curso um projeto de 1,8 milhões de euros que introduz nova maquinaria e tecnologias de produção, modernizou as instalações, atingiu uma faturação de cerca de 10 milhões de euros e uma produção anual de 8 milhões de litros de vinho, dos quais 25 por cento são para exportação para 11 países. A que se deve este sucesso? Segundo Jorge Antunes, presidente da direção da Cooperativa, que reúne 280 associados, um dos segredos é o facto de a direção “ter um interesse comum. Antes de qualquer interesse particular está o interesse da Adega” diz-nos. “Tínhamos um objetivo a atingir, e conseguimos atingi-lo, que era sobretudo crescer nas vendas e na qualidade do produto” explica-nos.

Para José Barroso, membro da direção, “a adega tem conseguido contrariar dois estigmas que a perseguiam. Um é ser uma cooperativa e outro é ser do Cartaxo. Se o Cartaxo durante muitos anos serviu para fornecer vinhos de qualidade, como é que se ficou para trás? Deixaram-se levar muito pelo granel e não se apostou na criação de marcas. Nós trabalhámos para contrariar isso”. Quando se fala de marcas (a adega produz cerca de 30, na sua maioria para o mercado internacional) é a vez de dar a palavra ao enólogo Pedro Gil. “O primeiro trabalho foi consolidar as marcas que tínhamos, Encostas do Bairro, Xairel e Plexus. No Bridão, que é onde fazemos a diversificação, vamos lançar novos monocasta, e estamos a apostar nos vinhos de segmento alto. Já o fazíamos mas agora estamos a fazê-lo de forma consistente e continuada. Os prémios dizem-nos que estamos no bom caminho. Para Jorge Antunes, o futuro passa por “manter a qualidade do produto, acompanhar sempre o mercado e não nos deixarmos atrasar. Temos boa matéria-prima para dar boa continuidade aos vinhos do Cartaxo” remata. d revista dada • 25


jornal de parede

acho bem

As Instituições solidárias e de apoio social no seu papel interventivo em tantos lares e famílias com dificuldades, onde pessoas com o seu voluntariado gratuito vão dando o seu melhor para contribuir para uma sociedade mais equilibrada, atenuando de sobremaneira a pesada “fatura” da crise que o nosso País vai atravessando. O nosso País e as suas lindas paisagens, a sua rica e variada gastronomia, a variedade etnográfica das nossas gentes. O património cultural e histórico. Uma nação da qual sinto um forte patriotismo.

A nossa terra e as nossas raízes. Sou cartaxeiro de várias gerações nascido na própria casa onde trabalho diariamente. Uma casa comercial com 110 anos de historia (1904). Orgulho-me de ser cartaxeiro.

frederico ho well

guedes 49 anos, comercial da em é gerente blemática Droga ria Guedes, vive no Cartaxo.

26 • revista dada

acho mal

A falta de educação, de respeito e ética pelo próximo e que passa pelo simples gesto de atirar um papel ou uma beata para o chão. O não reciclar porque os Ecopontos estão longe. A quantidade de sacos de plástico que se usa no consumo diário e a galopante degradação da nossa orla costeira. E tudo o que vá hipotecando o futuro saudável das gerações vindouras. Que a minha Terra vá sendo comentada na imprensa nacional pelas piores razões, desde o seu descalabro financeiro à sua consequente estagnação. Que o poder político local não tenha tido em conta as opiniões dos empresários locais levando à asfixia do comércio tradicional. O atentado urbanístico ao coração da cidade. A descaracterização do Cartaxo, que depois dos responsáveis autárquicos terem apostado na imagem “Capital do Vinho”, não se terem preocupado em procurar apoios e iniciativas para evitar o encerramento das grandes casas vinícolas. O encerramento das ultimas tabernas/tascas típicas. A não conclusão das obras da sede do Rancho Folclórico (principal estandarte da divulgação das nossas raízes). Que o clube mais representativo do concelho (S.L.Cartaxo) com 80 anos de história, não tenha qualquer património registado em seu nome. O empobrecimento gradual do Cartaxo, nas suas raízes e bairrismo.


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economia, em trocos!

balanço e contas do ajustamento

Renato J. Campos Economista renatoj.campos@yahoo.com

Após a conclusão formal do fim do programa de ajustamento português, é tempo de balanço e de pensar o futuro! Efetivamente, Portugal optou por efetuar uma “saída limpa”, em prejuízo da uma rede de segurança de um programa cautelar. Contudo, os fundamentos económicos em que assentou esta opção são débeis, razão pela qual, aliás, não nos concederam acesso a um “programa cautelar”. Ou seja, ninguém quis ser nosso “fiador”, o que é revelador da falta de confiança no nosso processo de ajustamento! E não é razão para menos, senão veja-se o balanço dos principais indicadores económicos após o fim do programa.

Ou seja, a economia está débil e as baixas taxas de juro, que atualmente beneficiam todos os países periféricos intervencionados, não estão correlacionadas com a saúde das suas economias, mas sim com a procura de mais valias especulativas sobre a dívida dos periféricos europeus. Outro fator, que justifica a atual descida das taxas, é a promessa do BCE em aplicar políticas monetárias de ‘quantitative easing’ (aumentar a quantidade de dinheiro em circulação). Face a este cenário, sem um “cautelar” e com uma dívida “insustentável” de 130 por cento do PIB, Portugal poderá ficar “desamparado” quando as taxas, inevitavelmente, voltarem a subir! Findo o período eleitoral espera-se que haja, agora, a devida responsabilidade na renegociação das necessárias salvaguardas.

Desemprego: 827 mil desempregados. A austeridade destruiu 332 mil empregos. PIB: recessão acumulada, nos últimos três anos, de menos 6,2 por cento. Dívida PUB pública: aumentou de 94 por cento do PIB em 2010/11 para 130 por cento em 2013/14. Emigração: mais de 350 mil pessoas emigraram, sobretudo, jovens com elevado nível de formação. Balança comercial: o ajustamento externo da balança deveu-se à compresA contabilidade são das importações de bens que não adequada à sua sejam combustíveis e ao crescimento das exportações de combustíveis, deactividade pendência a qual, arrisca a posição da balança assim que as importações reDrª Lurdes Gonçalves cuperarem de níveis “anormalmente” Fiscalista (ISCAL) TOC 8651 baixos e as unidades de refinação esgotem a sua capacidade “extra”.

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a história da introdução da batata na europa

à mesa

|isabel zibaia rafael autora do blogue Cinco Quartos de Laranja

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para dias felizes”.

A batata veio para a Europa logo a seguir à chegada dos europeus à América do Sul. Mas na altura, os camponeses olhavam-na com apreensão e receio. Foi considerada maléfica, cheia de energias negativas, associada à bruxaria e venenosa, por isso a sua expansão, no início, foi lenta. Conta-se que em França, Antoine-Augustin Parmentier, a quem se deve a invenção da batata frita, foi um dos grandes defensores deste tubérculo, dizendo que não era venenoso e que os seus concidadãos não deveriam ter receios em consumi-lo. Pamentier influenciou o rei Luís XVI e foi este, com um pequeno truque, quem conseguiu convencer os camponeses a cultivar a batata. O rei mandou semear um campo de batatas perto de Paris e colocou uma guarda real a vigiar o campo. Os camponeses curiosos começaram a questionar o que seria que ali

estava cultivado, por certo algo valioso para estar a ser protegido com tais medidas de segurança. Finalmente, quando as batatas estavam prontas a sair da terra, o rei mandou retirar a guarda durante a noite e aguardou. Passado pouco tempo, as batatas foram sendo roubadas e assim começou a expansão da ‘pomme de terre’ (maçã do chão). Hoje em dia quando encontramos numa ementa a inclusão de pratos à Parmentier (ou à la Parmentier) significa que levam batatas na sua confeção. Ainda bem que Parmentier conseguiu influenciar o rei e que o consumo da batata se expandiu por toda a Europa. Atualmente, encontramos imensas variedades que podemos usar na nossa cozinha das formas mais variadas e criativas. Uma dessas formas é usar batata em bolo. Parece estranho, mas fica delicioso.

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28 • revista dada

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bolo de batata e chocolate ingredientes 200 g de puré de

confeção 1. Para preparar o puré, cozer a batata cortada

batata, 300 g de açúcar amarelo, 200 g de manteiga sem sal à temperatura ambiente, 5 ovos, 70 g de chocolate 70% de cacau, 300 g de farinha com fermento, 1 dl de leite, 3 g de canela em pó, 1 colher de chá de extracto de baunilha, 1 pitada de sal, 100 g de avelãs, manteiga ou óleo em spray para untar forma, açúcar em pó para polvilhar

em cubos. Depois de cozida escorrer e reduzir a puré com um esmagador de batata. Deixar arrefecer. 2. Com uma faca ou com um robot de cozinha picar o chocolate. 3. Bater o açúcar com a manteiga. 4. Juntar as gemas uma a uma e bater entre cada adição. 5. Juntar o puré de batata frio, o chocolate picado, a farinha, o leite, o extrato de baunilha, a canela e o sal. Mexer muito bem. 6. Bater as claras em castelo com uma pitada de sal. 7. Envolver as claras batidas na massa. 8. Colocar a massa numa forma redonda com fundo amovível, forrada com papel vegetal untado com manteiga ou com óleo em spray. 9. Dispor por cima da massa as avelãs cortadas ao meio. 10. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 60 minutos. Antes de retirar o bolo do forno, verificar a cozedura com um palito. 11. Servir o bolo polvilhado com açúcar em pó.

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Gina Florindo Mestre de Reiki, Facilitadora de Cura Reconectiva/Reconexão, Numeróloga e Hipnoterapeuta

A hipnose em Portugal é um método cada vez mais reconhecido a um nível terapêutico. A hipnose leva a pessoa a um estado alterado de consciência que faz com que o terapeuta possa sugestionar o paciente de forma a elevar todos os seus objectivos pretendidos. É uma técnica que ajuda muito no controlo da dor e é, também, uma ferramenta de terapia de vidas passadas. PNL – Programação Neurolinguística, ajuda o Ser humano a colocar em pleno todo o seu potencial, todos os seus talentos e qualidades, para que todas as suas atitudes ações e palavras sejam de excelência e para que haja uma boa comunicação connosco e com os outros. O cérebro é como um computador. A nossa mente/pensamento é como um ‘software’ em que o nosso cérebro é o ‘hardware’. Se programarmos o nosso ‘software’ de forma positiva dentro do nosso ‘hardware’, tudo vai mudar na nossa vida. PNL em suma significa como as palavras (linguística) podem atingir a mente (neuro) e produzir uma ação (programação). Pro-

hipnose terapêutica e pnl gramação é a forma como sequenciamos as nossas ações para alcançarmos as nossas metas. Neurologia representa a mente e como pensamos. A linguística, o modo como usamos a linguagem e como ela nos afeta. A PNL diz que todo o pensamento pode ser estudado, modelado, ensinado e reprogramado. Numa consulta de hipnose, em conjunto com a PNL, é possível “reprogramar” a mente da infelicidade para a felicidade, e libertar a pessoa de depressões, ansiedades, fibromialgia, fobias, vícios, obesidade. Ajuda, também, doentes oncológico e crianças com, hiperatividade e défice de atenção, entre outras patologias. São já alguns hospitais em Portugal que recorrem a hipnoterapeutas, com destaque para o Hospital de Sta. Maria. “É a mente que oferece a saúde ou doença, que oferece a infelicidade ou a felicidade, a riqueza ou a pobreza” Edmund Spenser

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avaliação auditiva José Teixeira, 43 anos, é especialista em avaliação auditiva. Dá consultas no Cartaxo, integrado na equipa multidisciplinar da Ceficarte Viver num mundo de silêncio absoluto é uma experiência terrível que muitos de nós não imaginam o sofrimento que pode causar. Para dar resposta a este problema a Ceficarte conta com a Audiovital na sua equipa e pode assim prestar um serviço de alta qualidade aos seus clientes. Para Rosário Roda foi muito importante o facto de na área técnica a Audiovital não contar apenas com audioprotestistas mas incluir igualmente audiologistas, psicólogos e terapeutas da fala. “Mostraram logo de início que sabiam o que estavam a fazer. A grande competência do José Teixeira fez-me estar mais atenta aos problemas das crianças que trato, portadoras de deficiência, aprendendo por exemplo que não é só importante saber a quantidade que se ouve mas também é muito importante saber, ou ter a noção, da qualidade que se ouve. Numa criança com paralisia cerebral, por exemplo, podemos saber que não ouve bem, mas não sabemos como é que ouve” explica Rosário Roda. A responsável da Ceficarte assegura que desta

forma os adultos que ali são tratados “passaram a ter um apoio de qualidade, que passa por exames gratuitos, pois muitas vezes o doente ouve mal mas não precisa de aparelho, tem apenas um “sérum” sólido que precisa de ser removido”. Para os portadores de doenças profissionais, a Ceficarte conta agora com um serviço exclusivo às terças-feiras no período da manhã. A Audiovital também fabrica “por medida “ tampões para crianças de forma a não deixar entrar água nos ouvidos durante o banho ou na piscina e no mar. José Teixeira, é técnico de reabilitação auditiva hà 18 anos e filho de uma deficiente auditiva. Está na Ceficarte há 7 anos, e garante “a experiência tem sido muito gratificante”, pois relativamente aos pacientes “é muito importante fazer um seguimento depois de colocar a prótese. Temos sempre ajustes a fazer e a manutenção dos próprios aparelhos”. Explicando que “felizmente tem havido grandes avanços na tecnologia das próteses e também esteticamente. Em relação ao ruído tem existido um grande avanço. Uma das dificuldades das pessoas é ouvir e entender as vozes no meio do ruído, e a grande evolução é precisamente a esse nível melhorar a compreensão da voz no ruído”. d revista dada • 31


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2 1

3 1 estreia – 8 mulheres ccc, 30 e 31 maio. 21h30 encenação e adaptação de frederico corado Com Margarida Leonor, Sara Xavier, Ana Ribeiro, Vânia Calado, Carolina Viana, Sónia Mendão, Rosário Narciso, e Sara Inês. Entrando no mundo do mistério, esta é uma peça carregada de referências literárias, teatrais e cinematográficas. Uma família reúne-se para o Natal e o chefe da família aparece morto com uma faca nas costas. Deixadas à própria sorte, oito mulheres mostram as suas garras, falhas e motivos para matar nesta comédia deliciosamente negra. Cada uma tem um motivo. Cada uma tem um segredo. Uma delas é a culpada. Mas qual?

2 audições “o dinheiro não é tudo na vida!” centro cultural cartaxo, 6 e 7 junho das 15h às 20h O CCC e a Área de Serviço vão realizar um novo projeto teatral, de produção própria, que irá voltar a trazer ao palco a comunidade do Cartaxo e arredores num espetáculo único.Em palco vão estar atrizes e atores selecionados durante estas audições. Toda a gente está convidada a participar, atores ou aspirantes a

atores, com ou sem experiência, a partir dos onze anos de idade. Esta é uma oportunidade única de pisar o palco do Centro Cultural do Cartaxo, numa divertida comédia “O dinheiro não é Tudo na Vida!” da dupla norte-americana George S. Kaufman e Moss Hart , com encenação de Frederico Corado. Quem sabe se uma vocação estará escondida dentro de si? Quem sabe se um sonho não poderá tornar-se realidade?

3 ricardo ribeiro no 9º aniversário do Centro Cultural fado,concerto, 14 junho. 21h30 O CCC comemora, em junho,

nove anos, registando níveis de adesão sempre em crescendo dada a qualidade da programação, que promete continuar. Ricardo Ribeiro, é a atração que assinala a data, este ano. É uma das mais belas vozes da história recente do fado. Conta já com uma sólida e versátil carreira. No final do ano passado editou Largo da Memória, um disco aclamado unanimemente pela crítica e pelo público. Este ano, esgotou e encantou o Centro Cultural de Belém e a Casa da Música. Um grandioso talento para festejar o aniversário do CCC. PUB

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A democracia veio alterar esta situação. Com efeito, o saber não é apenas de alguns, é património da humanidade e pertence-nos a todos. Está consagrado na Constituição, última barreira contra a barbárie que nos cerca. Ora as políticas dos últimos anos têm vindo a atacar fortemente a escola pública e o direito ao saber. Aumentou-se o número de alunos por turma para que as aulas sejam cada vez mais uniformes, “ensinando-se” a todos como se fossem um só e o mesmo, o chamado “aluno ideal” que não existe na vida real. Voltaram os exames que dominam a vida das escolas e as classificam em “boas” ou “más” segundo os resultados que obtêm. Diz o governo que vai financiar melhor as que melhores resultados tiverem e dar menos recursos às “piores”. Não vos choca isto?

opinião

A ignorância de uns alimenta o poder dos outros. Quanto menos soubermos, mais nos manipulam e enganam. É por isso que as ditaduras fecham escolas e impedem que os povos se qualifiquem, estudem e aprendam. Assim foi durante muitos anos entre nós: quatro anos de escola para muitos, estudos prolongados para poucos.

pringles e felicidade

nada é mais perigoso do que a ignorância .

Ana Benavente, Socióloga benavente.ana@gmail.com

As Escolas tornaram-se uma espécie de clubes de futebol, com ligas nacionais e internacionais. Por isso mesmo, são fábricas orientadas para notas finais e não para a vida educativa e para a formação dos mais novos enquanto pessoas de bem, cooperantes, solidárias, cultas e curiosas. Há desemprego docente, a burocracia domina o quotidiano das escolas, temos o Orçamento de Estado para a Educação mais baixo de toda a Europa. Mas aumentase, em milhões, o financiamento das escolas privadas. A pobreza traduz-se nas escolas pelos milhares e milhares de crianças mal alimentadas e sem dinheiro para livros e materiais. Os documentos internacionais e nacionais referem com insistência esta “penalização dos mais vulneráveis”. Num país cada vez mais desigual, com ricos mais ricos e pobres mais pobres, a Educação é sacrificada. Calamo-nos? Gostamos assim tanto do nosso passado? Este não é o meu país. É o deles, ao serviço da finança internacional, com salários elevados que ofendem o povo que lutou pela independência e pela liberdade. “Eu sozinho não sou nada, juntos temos o mundo na mão”. Não andamos distraídos?

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