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PARA COMEÇAR

Esse é um momento para que os alunos tragam seus conhecimentos prévios para o ambiente de aprendizado, a fim de que conheçam um aspecto da cultura brasileira e reflitam sobre a língua portuguesa.

Para começar a aula, é interessante que o professor leia o título da unidade e pergunte aos estudantes se eles já escutaram a frase “reza a lenda’’. Se algum deles conhecer o termo, deve-se pedir que explique; caso ninguém o conheça, o professor pode pedir para que criem hipóteses acerca de quando essa sentença é utilizada e qual é o seu significado. Depois disso, deve-se explicar que, no decorrer da aula, será visto o uso e definição dessa expressão idiomática.

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Em grupo ou de maneira individual, os estudantes devem responder às questões apresentadas. Esse é um momento de preparação para o tema da aula, por isso, independentemente de como as perguntas serão respondidas, elas devem ser discutidas em grupo.

Espera-se que os alunos façam a descrição da imagem e, em seguida, o professor deve esclarecer que a ilustração representa personagens da cultura brasileira. Caso alguém reconheça algum deles, deve ser estimulado a compartilhar o que sabe, mas, se ninguém os conhecer, é aconselhável que o professor informe o nome dos personagens e explique que nesta aula será explorada a história de um deles.

Neste momento, é necessário esclarecer que lendas são narrativas populares, transmitidas ao longo do tempo, principalmente de forma oral, que misturam acontecimentos reais e imaginários. Depois, o professor deve pedir que os estudantes compartilhem alguma lenda do seu país. Com isso, pretende-se que haja um espaço de troca cultural, no qual os alunos aprendam um aspecto da cultura brasileira, relacionando com algo da cultura do seu país.

Para Ouvir

Essa atividade tem como objetivo apresentar lendas brasileiras, através de uma conversa entre amigos. Antes de iniciar, é importante esclarecer que o vídeo conta um “causo”, ou seja, retrata algo que aconteceu com uma pessoa.

É aconselhável que os alunos leiam as perguntas antes de começar a atividade. Na primeira escuta, recomenda-se que os alunos se concentrem em prestar atenção na história que será contada. Logo, é apenas na segunda escuta que os alunos devem tentar responder às perguntas. Se for necessário, o professor pode passar o áudio pela terceira vez.

Nesta seção, o título da unidade aparece inserido em uma situação real de uso e o professor deve explicá-lo.

Para Ler

Antes de iniciar a leitura do conto “O Lobisomem”, de Raimundo Magalhães Júnior, pede-se que os alunos leiam o título do texto e criem hipóteses sobre como será a história.

É importante explicar que será apresentado somente um trecho do conto. Se o professor julgar necessário, pode apresentar alguns dados da vida do autor. A biografia de Raimundo Magalhães Júnior pode ser acessada no link: https://www.academia.org.br/ academicos/raimundo-magalhaes-junior/biografia

De maneira individual, os alunos realizarão a leitura do conto. Por se tratar de um texto literário, a linguagem é mais refinada e apresenta muitos regionalismos. Por esse motivo, aconselha-se que o professor reforce a importância de uma leitura global, explicando que as dúvidas de vocabulário serão sanadas depois.

Para Esquematizar

A partir de algumas frases retiradas do conto, os alunos serão convidados a identificar os verbos que estão no passado. Pressupõe-se que, a partir do nível pré-intermediário, os estudantes já conheçam os tempos verbais estudados.

Para realizar a revisão dos dois pretéritos do indicativo, o professor pode consultar a gramática de Cunha (1975, p. 435), segundo a qual o pretérito perfeito “indica uma ação que se produziu em certo momento do passado. É a que se emprega para descrever o passado tal como aparece a um observador no presente e que o considera no presente.’’ Sendo assim, esse tempo verbal marca eventos pontuais no passado.

Por outro lado, o pretérito imperfeito do indicativo “designa fundamentalmente um fato passado, mas não concluído (imperfeito = não perfeito, inacabado). Encerra, pois, uma ideia de continuidade, de duração do processo verbal mais acentuada para descrições e narrações de acontecimentos passados.’’ (CUNHA, 1975, p. 432).

Desse modo, o pretérito imperfeito permite que o falante faça uma descrição, fale de um hábito ou de uma repetição regular no passado.

É interessante chamar a atenção dos alunos para o fato de que, no pretérito imperfeito, os verbos da primeira conjugação (terminados em -ar) apresentam uma forma distinta da forma dos verbos de segunda e terceira conjugações (terminados em -er e -ir), por exemplo: cantar = cantava; comer = comia; sorrir = sorria.

Por fim, os alunos devem completar a tabela com a conjugação dos verbos retirados do conto (deixar, acontecer e ouvir).

Para Praticar

Nesta seção é criada uma situação real de uso, para incentivar os alunos a compartilharem uma lenda do seu país. Ao propor uma produção textual, espera-se o uso do tempo verbal revisado. Desse modo, busca-se que o conteúdo estudado durante a aula faça sentido para a realidade dos estudantes.

Depois de realizar a atividade, é possível propor aos estudantes que leiam seus textos para a turma, criando-se, assim, um espaço de troca cultural.

Para Saber Mais

Esta seção destina-se à prática comunicativa. Especificamente, a ideia é apresentar um vídeo sobre a lenda do Curupira, retirado do canal MultiRio, e, a partir disso, propor perguntas para que os estudantes descrevam a narrativa que lhes foi apresentada. Espera-se aqui o surgimento espontâneo do pretérito perfeito e imperfeito do indicativo.

Por último, são sugeridas fontes complementares para conhecer outras lendas brasileiras.

REFERÊNCIAS:

CUNHA, Celso F. Gramática da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: MECFENAME, 1975.

MENDES, E. O português como língua de mediação cultural: por uma formação intercultural de professores e alunos de PLE. In: MENDES, E. (Org.). Diálogos interculturais: ensino e formação em português língua estrangeira. Campinas: Pontes Editores, 2011.

AULA:

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