4 minute read

PARA COMEÇAR

Professor(a), a seção “Para começar” tem por finalidade aproximar os alunos da temática a ser desenvolvida e inicia com uma proposta de reflexão sobre a condição de migrante em relação à sua terra natal e à moradia. Por isso, sugere-se iniciar com uma frase do livro “Minha terra mora em mim”, de Bruna Kadletz (2019). A partir do conteúdo da frase, os alunos devem ser convidados a falar sobre as mudanças que têm vivenciado. Nesse momento da aprendizagem, é possível que alguns estudantes não consigam falar detalhadamente sobre o assunto, pois estão no nível básico de aprendizagem. Por isso, na primeira discussão, podem ser incentivados a usar a sua língua materna ou uma língua que seja de conhecimento dos participantes do grupo e do professor. Na sequência, são apresentadas duas questões que servem para instigar os alunos a falarem sobre o tema. Recomenda-se, também, que seja usada a música “Eu não sou da sua rua”, de autoria de Arnaldo Antunes. A letra dessa música não exige muito em termos de vocabulário e de itens gramaticais e está relacionada à temática da unidade, principalmente à atividade inicial. Você poderá levar a letra da música impressa e fazer algumas perguntas de compreensão como: Onde a pessoa da música mora? Com quem ele/ela mora? A pessoa vai ficar nesse lugar por muito tempo? Ele/ ela tem vizinhos? Que línguas ele/ela fala? Entre outras.

Para Ouvir

Advertisement

A próxima atividade tem por finalidade a prática da compreensão de áudios. Os alunos vão ouvir três depoimentos, sendo eles de autoria de uma haitiana, de um congolês e de uma brasileira, todos falando sobre o local onde moram. A proposta inicia com áudios de migrantes e, por isso, espera-se que sejam de fácil compreensão; já o terceiro depoimento é de uma brasileira falando em ritmo normal de fala, portanto, pode apresentar maior dificuldade. Professor(a), você deve passar os áudios e, inicialmente, fazer perguntas de compreensão de cada depoimento. Em seguida, deve propor as questões que constam na unidade didática para identificação do conteúdo. Somente depois é recomendável passar os áudios novamente e mostrar a transcrição da fala dos participantes.

Os diferentes níveis de dificuldade apresentados nos áudios contribuem para que todos os alunos se sintam contemplados, já que, de um lado, há os depoimentos dos migrantes que são suficientes para os estudantes mais iniciantes e, de outro, há o depoimento da brasileira, cuja velocidade de fala oferece maior dificuldade de compreensão e, por isso, é instigante para os alunos mais adiantados. Na sequência, há outro áudio, de uma brasileira de Belo Horizonte, no qual ela fala sobre o que tem perto da sua casa. Esse relato é seguido de duas atividades de compreensão do conteúdo.

Para Praticar

Depois de ter ouvido pessoas falando sobre o local onde moram, é a vez dos alunos trocarem informações sobre o tema, tendo como referência o conteúdo dos áudios. Nessa atividade, há perguntas mais fáceis e outras que exigem maior conhecimento da língua. A interação poderá ser feita em duplas ou em grupo. Professor(a), se você optar pela interação em duplas, uma boa alternativa é propor uma atividade colaborativa entre um aluno que esteja mais adiantado e outro iniciante. Vale observar que alguns estudantes vão precisar do apoio do professor para a construção de determinadas respostas.

Para Ler E Escrever

A proposta a seguir envolve a prática do gênero textual envelope de correspondência. A atividade se inicia com o pedido para que os alunos identifiquem sobre o que trata a imagem e como devem preencher o envelope. Para desenvolver a proposta, os estudantes devem imaginar que precisam enviar um documento para uma empresa através dos Correios e completar adequadamente o envelope com as informações solicitadas. Pode haver dificuldade na diferenciação entre “destinatário” e “remetente”.

Para Escrever

Na atividade seguinte, os alunos são convidados a escrever um e-mail a um amigo, contendo as respostas a algumas perguntas. Para isso, será necessário falar sobre o local onde moram e dar sugestões de moradia. A produção de um texto de e-mail exige uma saudação inicial e um encerramento ou uma saudação final, além, é claro, do conteúdo da mensagem. As perguntas apresentadas no e-mail de partida são todas de nível básico e envolvem o tempo presente do modo indicativo.

Como a produção textual costuma ser mais difícil, é fornecido um quadro com vocabulário e expressões de apoio. Isso contribuirá para ampliar o conhecimento sobre o tema e também será uma referência para quem tiver mais dificuldade. A atividade deverá ser realizada em várias etapas: uma primeira versão do texto, a correção pelo professor e a reescrita pelo aluno. Isso contribuirá para que os estudantes reflitam sobre dúvidas de vocabulário e de gramática.

Para Esquematizar

A seção “Para esquematizar” apresenta uma proposta de análise e prática de uso e conjugação dos verbos “ser” e “estar”. Trata-se de uma proposta inicial de sensibilização sobre o uso desses dois verbos, os quais costumam trazer muita dificuldade, tanto para o ensino, quanto para a aprendizagem. Os alunos terão que relacionar os usos desses verbos com os exemplos apresentados.

Como já mencionado, essa é uma atividade inicial e, em outras oportunidades, devem ser ampliados os estudos sobre esses verbos. Certamente, não será em uma única vez que os estudantes compreenderão as especificidades de uso desses verbos, no entanto, é necessário inserir pouco a pouco propostas que levem ao entendimento e à percepção dos seus contextos de uso.

Para Saber Mais

Nesta seção, sugere-se uma pesquisa no site dos Correios para que os alunos conheçam o serviço de busca do Código de Endereçamento Postal (CEP), entre outros serviços. Além disso, recomenda-se um site com exercícios referentes aos verbos “ser” e “estar”, que inclui também explicações sobre quando usar esses verbos.

Refer Ncias

KADLETZ, Bruna. Minha terra mora em mim. Florianópolis, Insular, 2019.

SANTOS, J. M. P.; FIGUEIREDO-SILVA, M. C. Ser e Estar em sentenças locativas: observações voltadas à formação de professores de PLE. IN: Revista da ABRALIN, v. 17, n. 1, p. 226-261, 4 abr. 2019. Disponível em: https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/492. Acesso em 09/03/2022.

This article is from: