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C) Diário de campo: registro semanal e resumo dos acontecimentos
exemplo, e ter analgesias, isso não vai deixar de ser um parto humanizado se a anestesia for algo importante naquele momento, se for feito com critério e se foi feito porque a mãe desejava. Não é porque tem intervenção que deixa de ser humanizado, o que torna também a cesariana um processo humanizado é se os profissionais dão acolhimento, autonomia a gestante em cada fase e não pratiquem violências, seja verbal à física.”
- Qual é a vantagem do parto humanizado para o bebê?
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“[...] outro ponto a ser considerado é os benefícios para o bebê, pois, sair pela via de parto vaginal faz com que o bebê crie anticorpos e fortalece o sistema imune da criança, além de gerar um vínculo afetivo instantâneo entre mãe e bebê.”
C) Diário de campo: registro semanal e resumo dos acontecimentos
01/08 a 07/08 – Estou mudando de casa e as coisas estão uma loucura. Mas antes
de voltar as aulas, consegui terminar alguns fichamentos importantes e também iniciei a produção de perguntas para cada fonte, ou seja, questões que se encaixam para fontes físicas (mães) e fontes especializadas (doulas, parteiras, obstetras, ginecologistas, enfermeiras obstetras e casas de parto do SUS). 08/08 a 14/08 – Finalizei as perguntas das fontes e comecei a contactá-las para participar da reportagem. Algumas abordei pelo Instagram, onde eu já tinha o contato, e as que confirmaram positivamente, enviei e-mail explicando o projeto do TCC, e também formalizando o pedido de entrevista para marcar no melhor dia e horário para a fonte. 15/8 a 21/08 – Peguei COVID-19 e fico muito sonolenta, quase não estou produzindo nada do TCC. Também não consigo ter foco, até minhas leituras ficaram estagnadas. Espero que isso passe logo, para eu voltar com a produção do paper e do experimental. 22/08 a 28/08 – Uma das minhas fontes, a Danie Sampio, doula preta que atua nas periferias, disse que concederia a entrevista — isso no começo de agosto. Enviei dois e-mails, e direct no Instagram, para confirmar data e horário. Porém, agora ela só visualiza e ignora. O relato dela seria muito importante para compor minha reportagem, pois ela atua atendendo mulheres periféricas, que é o meu públicoalvo na revista “Eu, Favelada”. Tentei um novo contato com a Danie, mas sem sucesso. Parti em busca de outras profissionais, mesmo que não atuem diretamente com a periferia. 29/08 a 03/09 – Ainda não estou muito bem, mas busquei outras fontes e já entrei em contato. Tenho algumas entrevistas agendadas.
04/09 a 11/09 – Melhorei da COVID-19 e consegui agendar a minha primeira entrevista com a fonte Nayara Rocha, uma mãe que sofreu violência obstétrica no hospital Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. Foi uma conversa mais rápida, mas ela explicou toda a experiência dela com o parto e como essa má experiência foi decisiva para ela não querer mais ter filhos. Assim que acabou nossa conversa, já comecei a decupagem da entrevista para não acumular para depois. Também retomei a leitura dos materiais do projeto de pesquisa para orientar os meus próximos passos, ou seja, o que devo fazer agora no paper (pesquisa acadêmica), como na minha revista.
12/09 a 18/09 – Entrei novamente em contato com a responsável pela comunicação da Casa de Parto do Sapopemba. Expliquei cada etapa do trabalho, enviei o projeto de pesquisa completo, com foco no apêndice, e também um ofício assinado pela minha orientadora Profª Dra. Mirian Meliani, que explicava que a solicitação da entrevista era para fins acadêmicos, com foco na revista híbrida (digital e impressa). Porém, a mulher ainda não compreendeu que eu não citaria a casa de parto no peper/RTFM, apenas na revista, e ela disse que precisaria passar pelo Conselho de Ética responsável pelas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Então, reenviei o e-mail reformulando toda a explicação - ainda sob orientação da Mirian, para deixar tudo mais claro, mas ela continuou sem entender e passou o e-mail da assessoria de imprensa do SUS. Mas quem respondeu foi a mesma pessoa e acabei ficando na mesma! Aí, na orientação de sexta-feira, a profª achou melhor eu buscar outra fonte, pois essa realmente não mostrou interesse em cooperar com o meu Trabalho de Conclusão de Curso. Então, vou buscar outra casa de parto gratuita ou coletivos periféricos que também atendem o parto humanizado.
19/09 a 25/09 –Enviei as perguntas para a Isabella D’elcolle, jornalista da Revista
Claudia. Ela também me passou o Mídia Kit 2021 da revista para eu poder analisar no paper! Como já falava com ela para oferecer pautas do meu trabalho (como assessora de imprensa), a repórter foi muito gentil e solícita comigo e disse que responderá às perguntas por áudio até a semana que vem.
Entrevistei uma fonte que sofreu violência obstétrica no parto cesárea e, como também foi uma conversa mais rápida, já decupei tudo. 26/09 a 2/10 – Atualização do diário de pesquisa.
Agendei e realizei mais duas entrevistas, inclusive, uma presencial no Amparo
Maternal (não no hospital/maternidade), mas sim no Centro de Acolhida, que fica na Vila Mariana. Conversei com a diretora Jakeline e com a psicóloga Aline, que atendem as mãe e gestantes que vivem no local. A orientação de sexta-feira com a profª Mirian foi esclarecedora e me ajudou em muitos pontos. Reli meus fichamentos e continuei a escrever o meu artigo científico. Estou terminando agora o meu referencial teórico-metodológico. A jornalista da Claudia, Isabella já respondeu e eu decupei e coloquei a fala mais importante no meu paper, para embasar minha argumentação de escolha de fontes e classes sociais.
03/10 a 09/10 – tentei contato novamente com a Jakeline do Centro de Acolhida
para ver se ela conseguia intermediar a entrevista com a Maternidade do Hospital Amparo Maternal, visto que, na minha entrevista com ela, a Jakeline não soube me passar nenhuma informação primordial do hospital – ponto que era muito importante para a construção da reportagem. Também consegui entrevistar uma doula na periferia da zona sul de São Paulo, a conversa foi muito esclarecedora. Ela também faz parte do Coletivo Sopro de Vida, que faz partos tradicionais (que são sem intervenções médicas) e ela me passou o contato da criadora do coletivo. Falei com a minha orientadora e ela disse que é uma ótima opção para substituir as outras duas fontes que não responderam – Casa de Parto do Sapopemba e Hospital Amparo Maternal –, pelo Sopro de Vida.
10/10 a 16/10 –Consegui entrevistar a Ciléia do Sopro de Vida. Ela trouxe pontos bem interessantes. Decupei essa e as entrevistas anteriores, pois ainda vou entrevistar mais algumas pessoas.
Estou terminando minhas análises do discurso e tive um pouco de dificuldade para encontrar o ponto certo que queria abordar. Tive algumas dúvidas e a minha orientadora me deu um bom norte na orientação de sexta-feira. 17/10 a 23/10 – Terminei minhas análises de discurso e enviei para a professora olhar. Eu fiz de três matérias, mas como ficou muito extenso, a minha orientadora achou melhor manter apenas as duas principais. 23/10 a 31/10 – Estou diagramando e formatando o paper nas normas da ABNT.
Também entrevistei mais uma enfermeira, a Mayara, que foi funcionária da Casa
Angela. A entrevista não agregou muito de novo e, provavelmente, ficará de fora da reportagem.
01/11 a 06/11 – A professora passou o template final e estou diagramando o paper e o RTFM no template final para a minha orientadora dar uma última olhada.
Estou ainda no desenvolvimento das considerações finais. Essa semana entrevistei mais uma ginecologista que ajudou a trazer uma visão de como acontece partos em hospitais públicos, ainda mais na hora de plantonistas. Também tivemos apresentação de seminário com o andamento do nosso projeto experimental, então eu e a Estela, do meu grupo, montamos o ppt da apresentação e, no dia, cada uma falou do andamento da reportagem, dos pontos que vamos abordar, etc. A nossa orientadora ficou muito feliz com o rumo das coisas.
07/11 a 13/11 – Comecei a minha reportagem e coletei aspas de uma mãe que teve parto na Casa de Parto do Sapopemba, na zona leste de São Paulo. Tive que atrás de outra fonte em cima da hora, pois uma outra que havia confirmado cancelou duas vezes. Também já decupei essa nova entrevista. 07/11 a 13/11 – Estruturei o corpo da reportagem com tópicos que desejo abordar em cada intertítulo. Nessa semana separei imagens, criei texto para as fotos e legenda para os posts sobre parto nas nossas redes sociais – com foco no
Instagram. 14/11 a 19/11 – A minha reportagem já está bem encaminhada, mas essa semana terei que à Santa Catarina, para trabalhar presencialmente na matriz na agência em que sou funcionária, então pode ser que atrase um pouco o meu cronograma individual. Consegui criar mais legendas para o Instagram da revista, separei minhas indicações para a revista impressa como: empreendedoras da quebrada, filmes, livros e séries que conversam com o nosso tema, restaurantes da quebrada e mulheres que inspiram nosso “corre”. 21/11 a 28/11 – Finalizei minha grande reportagem e também criei uma matéria adicional sobre mitos e verdades do parto humanizado para poder hiperlinkar na reportagem principal e ter um conteúdo extra sobre o meu tema. Como sou revisora do digital, revisei o site e também cada texto das integrantes do grupo que publicarão no portal também.
Como era muito conteúdo, acabei ajudando na revisão completa da revista impressa e apontei as mudanças necessárias. Subimos as reportagens no site e mostramos para a orientadora que ficou muito feliz com o resultado.
Utilizei o final de semana para revisar todo o meu paper e RFTM e fazer as alterações e inclusões necessárias. Estou satisfeita com o resultado e, apesar da