1. INTRODUÇÃO
Em sua origem remota, o jornalismo foi praticado por cartas, manuscritos, posteriormente por gazetas, depois periódicos, agências de notícias, até se consolidar como expressão monopolizada por empresas detentoras do meio de comunicação. Mesmo na sua incipiência, o jornalismo tem em sua essência a representação discursiva de fatos, ideias e na transmissão desses fatos à sociedade. É a essência do jornalismo a apuração, interpretação, construção e divulgação da realidade. A cada era se apresenta novos desafios de acordo com a realidade sociopolítica e cultural. As grandes empresas de comunicação foram por muitos anos as únicas detentoras de veiculação de informações, realidade cada vez mais afrontada no mundo moderno com a ascensão da internet. A era da informação dispõe de sites, blogs, plataformas, onde a produção e publicação de conteúdos se tornou cada vez mais democrática. Contudo, é a imprensa que continua a ser a maior provedora de representações na construção da visão do mundo. A maior característica do mundo atual é a enorme quantidade de informação que circula à disposição da humanidade por meio de diferentes e numerosas plataformas. Esta distribuição é realizada de forma imediata por meio das tecnologias de informação. As notícias são compartilhadas na mesma hora em que ocorrem os fatos, influenciando milhares de decisões em todo mundo. O grande número de informações veiculadas, produzidas por diferentes fontes com os mais diversos interesses, por vezes faz disseminar notícias falsas que vem a tomar proporções difíceis de serem contornadas. A falta de reflexão e de postura crítica na receptividade das informações ajuda a perpetuar interesses, que vão de encontro ao direito do cidadão de obter informações que o ajudem a construir uma visão da realidade social. O jornalismo e a saúde pública trabalham juntos para ampliar as fontes de informações de saúde, facilitar a compreensão pública da saúde e mobilizar apoio a favor ou contra as políticas de saúde pública. Este relacionamento é ampliado