RBS Magazine ED. 06

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Ano II - Edição nº 06

Energia Solar Fotovoltaica

é destaque na

Matriz Elétrica brasileira

www.revistabrasilsolar.com



ÍNDICE

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O que esperar da Micro Geração no Brasil?

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13 Mercado livre e a Resolução 482

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Potencial da utilização de células fotovoltaicas

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1º Prêmio Inovação e Tecnologia Brasil Solar

22 EDIÇÃO

FRG Mídia Brasil Ltda.

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TRADUÇÃO

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REVISÃO

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DISTRIBUIÇÃO

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WBA – Associação Mundial de Bioenergia \ Instituto BESC \ CBCN \ Portal Brasileiro de Energia Solar \ NEEAL – Núcleo de Estudo em Energia Alternativa

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COLUNISTAS/COLABORADORES

Marco Aurélio Lenzi Castro; Wendel Cota; José Juarez Guerra; Camila Agner D’Aquino, Aurélio de Andrade Souza; Luiz C. G. Freitas, Fernando C. Melo e Hiury S. Gomes; Luiz Carlos Gomes de Freitas, Fernando Cardoso Melo, Hiury Silva Gomes.

Empresas do setor de energia solar e energias renováveis, sustentabilidade, câmaras Os artigos e matérias e federações de comércio assinados por colunistas e indústria, universidades, e ou colaboradores, não assinantes, centros de pesquisas, correspondem a opinião além de ser distribuído em grande do RBS Magazine quantidade nas principais feiras e Revista Brasil Solar, eventos do setor de energia solar, sendo de inteira energias renováveis, construção responsabilidade sustentável e meio ambiente. do autor.

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Diagnóstico e Perspectivas para a microgeração no Brasil

Marco Aurélio Lenzi Castro1 Especialista em Regulação - ANEEL2

Resumo O artigo apresenta uma análise da situação atual da micro e minigeração distribuída no país, cita as principais barreiras ainda existentes e as ações da ANEEL para reduzi-las, elenca as principais propostas para o aperfeiçoamento da Resolução Normativa nº 482/2012 e as questões levantadas na Audiência Pública nº 26/2015, além de comentar as projeções da Agência para o período 2015-2024. Abstract The article presents an analysis of the current situation of small scale distributed generation in the country, mentions the major remaining barriers and ANEELS’s actions to reduce them, lists the main proposals for improving the Normative Resolution 482/2012 and the issues raised in Public Hearing 26/2015, as well as comment on the projections of the Agency for the period 2015-2024. 1 As opiniões emitidas neste artigo são de exclusiva e inteira responsabilidade do autor, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista da ANEEL. 2 Agência Nacional de Energia Elétrica

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A

1. Introdução

ANEEL estabeleceu as condições gerais de acesso de micro e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica por meio da Resolução Normativa REN nº 482/2012 e da seção 3.7 do Módulo 3 dos Procedimentos de Distribuição - PRODIST.

Figura 1: Sistema de compensação de energia elétrica

consumidor pagará apenas a diferença entre a energia consumida e a gerada, observados o custo de disO regulamento abran- ponibilidade para consuge as fontes hidráulica, midores do Grupo B (baixa eólica, solar, biomassa e tensão) ou a demanda concogeração qualificada, com tratada, para aqueles do potência instalada até 100 Grupo A (alta tensão). kW para microgeradores e O princípio adotado na entre 101 kW e 1MW para Resolução é o da eficiência o minigeradores. O Sistema de Compen- energética, pois a geração sação de Energia Elétrica, instalada junto à carga gera internacionalmente conhe- benefícios para a rede, tais cido como Net Metering, como postergação de inconsiste na medição do vestimentos em distribuifluxo de energia em uma ção e transmissão e reduunidade consumidora do- ção de perdas técnicas. tada de pequena geração No contexto do sispor meio de um medidor tema de compensação, a bidirecional. A Figura 1 ilus- rede funciona como uma tra o princípio de funciona- bateria virtual, devolvendo mento. a energia excedente injeDessa forma, se em um tada pelo consumidor nos período de faturamento a horários em que o consuenergia gerada for maior mo supere a geração. Além que a consumida, o consu- disso, a regra permite que midor receberá um crédito o consumidor possa utilizar em energia (kWh) na próxi- os créditos de energia que ma fatura. Caso contrário, o não tenham sido compen-

sados na própria unidade consumidora para abater o consumo de outras unidades atendidas pela mesma distribuidora, desde que o titular possua o mesmo CPF ou CNPJ. Portanto, o sistema de compensação não é um modelo de comercialização de energia elétrica, pois não envolve a circulação de dinheiro, mas sim energia entre o consumidor com geração própria e a distribuidora. Na realidade, a micro e minigeração distribuída consistem em uma forma de incentivo à eficiência energética. 2. Situação atual Após a publicação da REN 482/12, iniciou-se no país um lento processo de difusão de micro e minigeradores distribuídos no país. A Figura 2 apresenta os valores acumulados até julho de 2015.



Figura 2: Número de micro e minigeradores até julho/2015

Conforme apresentado na Figura 2, o número de consumidores com micro ou minigeração distribuída no final de 2014 é 5,5 vezes superior ao registrado no final de 2013, indicando um crescimento acentuado no último ano, mas muito abaixo do potencial de expansão no país. Dentre os 821 geradores instalados, apenas 15 são minigeradores, ou seja, com potência instalada entre 100 kW e 1 MW.

A Figura 4 apresenta a potência instalada dos geradores por fonte, denotando também a predominância da geração solar fotovoltaica frente às demais fontes, com 73% do total.

A Figura 5 ilustra da divisão dos consumidores com micro e minigeração por classe de consumo. As classes residencial e comercial respondem por 88%, sendo que apenas 7% dos consumidores são A Figura 3 apresenta atendidos em alta tensão a distribuição dos gerado- (Grupo A). res instalados por fonte de Em termos de faixas energia, indicando que a de potência dos micro e fonte solar fotovoltaica re- minigeradores instalados, presenta 94% do número observa-se que 73% dos total de instalações, segui- equipamentos tem potênda pela fonte eólica. De- cia menor ou igual a 5 kW, ve-se registrar a existência o que está associado princide 12 centrais geradoras palmente às necessidades híbridas (solar/eólica), o da classe residencial, conque é um fato positivo, pois forme ilustrado na Figura 6. demonstra que os consuA distribuição de micro midores vêm buscando a e minigeradores por Estado otimização dos recursos é apresentada na Figura 7. naturais disponíveis em suas unidades consumido- O Estado de Minas Gerais apresenta a maior quanras. tidade de geradores co-

Figura 3: Conexão por tipo de fonte

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Figura 4: Potência instalada por fonte

Figura 5: Classes de consumo dos consumidores

Figura 6: Faixas de potência dos geradores

Figura 7: Número de conexões por Estado


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nectados com 138 (17%), seguido pelos Estados do Ceará e Rio Grande do Sul com 84 (10%) e São Paulo com 75 (9%). A maior concentração de sistemas no Estado de Minas Gerais pode ser atribuída ao menor tempo de retorno do investimento (aproximadamente 6 anos), em função do valor elevado da tarifa, do alto nível de insolação e também da menor incidência do ICMS3 sobre a energia consumida, conforme estabelecido na Lei Estadual nº 20.824, de 2013.

imposto de renda, utilização do FGTS para a compra de equipamentos, entre outros.

gia9, cujo objetivo é apresentar uma visão geral sobre as inovações trazidas com a REN nº 482/12, ex4. Ações recentes da plicando de forma clara e com exemplos didáticos as ANEEL condições para o acesso e Desde a publicação da o faturamento de unidades REN nº 482/2012, a ANEEL consumidoras com micro e está monitorando o desen- minigeração distribuída. volvimento do mercado e Além disso, a ANEatuando junto aos consuEL também atuou junto midores, distribuidoras, In4 5 6 metro , CONFAZ , MME e ao Inmetro para revisar a MPOG7 para reduzir as bar- Portaria nº 357/2014, que

brasileiras ou, na ausência, normas internacionais, conforme previsto no PRODIST. Espera-se, portanto, que o problema de haver poucos fabricantes registrados no Inmetro seja eliminado com a prorrogação do prazo da Portaria nº 357/2014, somado à maior disponibilidade de laboratórios acreditados e autorizados para realizar os ensaios.

Falta de incentivos aos consumidores,

Com relação à incidência de ICMS, a Agência interagiu com o CONFAZ para discutir a proposta de novo convênio que autoriza as unidades federadas a conceder isenção nas operações internas estabeleceu a obrigação de ensaiar os inversores relativas à circulação de até 10 kW em laboratórios energia elétrica, sujeitas a acreditados e registra-los faturamento sob o sistema no Instituto. Como resul- de compensação de enertado, o Inmetro publicou a gia. Portaria nº 240/2015, que Como consequência, o autoriza provisoriamente CONFAZ publicou os Convêoutros laboratórios a realizar os ensaios nos inverso- nios ICMS 16, de 22/4/2015, res, determina, em caráter 44, de 3/6/2015 e 52, de provisório, a suspensão da 30/6/2015, autorizando os obrigatoriedade de cum- Estados de São Paulo, Perprimento das disposições nambuco, Goiás, Rio Granaprovadas pela Portaria de do Norte, Ceará e Tocannº 357/2014, bem como tins a isentar o ICMS sobre a Portaria nº 271/2015, todo o consumo e cobrar que abre Consulta Pública apenas sobre a diferença para a extensão do prazo entre a energia consumide transição para março de da e injetada. Para os de2016. mais Estados, mantem-se Assim, a distribuidora a regra anterior, na qual o deve aceitar certificados ICMS é cobrado sobre todo (nacionais ou internacio- o consumo, desconsiderannais) ou declaração do do assim a energia injetada fabricante que os equipana rede pela micro ou minimentos foram ensaiados conforme normas técnicas geração. No Estado de Minas Gerais, a isenção é de 5 9 Disponível em http://www.aneel.gov.br/ anos, conforme Lei Estadubiblioteca/EdicaoLivros2014cadernotematicomicroeminigeracao.cfm al 20.824/2013.

tais como reduções do IPTU, imposto de

renda, utilização do FGTS para a compra

3. Principais barreiras

de equipamentos, entre outros

Além das questões regulatórias, tratadas pela ANEEL, entende-se reiras à expansão da micro que as principais barreiras e minigeração distribuída. para a expansão acelerada Nesse sentido, a Agênda geração distribuída são: cia realizou o nos dias • A incidência de impos- 9/4/2014 e 10/4/2014, o tos Estaduais (ICMS) e Seminário Micro e MinigeFederais (PIS/COFINS) ração Distribuída – Impac8 sobre a energia produ- tos da REN nº 482/2012 , zida pelo microgerador, com objetivo de conhecer sendo necessária a ade- e debater as principais são de mais Estados ao questões relacionadas ao Convênio ICMS 16/2015 tema, sob o ponto de vista e ação do Governo Fede- dos stakeholders: consumiral sobre o PIS/COFINS. dores, distribuidoras, órgão metrológico, agentes finan• Falta de linhas de finan- ciadores, consultores, insciamento específicas taladores de equipamenpara consumidores e tos, entre outros. empresas que compram Durante o Seminário, e instalam os painéis e inversores, com taxas foi lançado o Caderno Tede juros atrativas e pra- mático Micro e Minigerazos razoáveis para paga- ção Distribuída – Sistema de Compensação de Enermento. • Dependência de produtos importados. • Falta de incentivos aos consumidores, tais como reduções do IPTU, 3

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

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Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Conselho Nacional de Política Fazendária 6 Ministério de Minas e Energia 7 Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão 8 Apresentações e vídeos disponíveis: http://www.aneel.gov.br/hotsite/mmgd/ index.cfm 5


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5. Perspectivas para a geração distribuída 5.1 Revisão das regras Com base nas experiências e informações coletadas durante o acompanhamento da implantação da REN nº 482/2012 e da seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST10, a ANEEL identificou a necessidade de realizar aperfeiçoamentos nos referidos regulamentos. Assim, a Agência abriu a Audiência Pública nº 26/201511, no período entre 7/5 e 22/6/2015, com seções presencias em São Paulo, no dia 17/6, e em Brasília, no dia 18/6. As principais propostas de alterações podem ser resumidas a seguir: • Ampliar as fontes de energia participantes do sistema de co m p e n s a ção: fontes re n o váve i s e cogeração qualificada;

• Prazo para as alterações no faturamento • Prazos para a Resolução entrar em vigor • Venda de energia excedente • Incidência de ICMS • Certificação de inversores • Recursos para financiamento Neste momento, a Agência está analisando as contribuições recebidas e as respectivas justificativas apresentadas. Segundo a Agenda Regulatória Indicativa da ANEEL para o biênio 2015/2016, aprovada pela Portaria nº 3604/2015, a revisão das regras para micro e minigeração distribuída deve ser deliberada pela Diretoria da Agência ainda neste semestre.

apresentar à distribuidora para solicitar

• Melhorar as informações constantes das faturas de energia para os Procedimentos de Distribuição, disponíveis em: http://www.aneel.gov.br/area. cfm?idArea=82&idPerfil=2&idiomaAtual=0 11 Documentos disponíveis no seguinte endereço: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/dspListaDetalhe.cfm?attAnoAud=2015&attIdeFasAud=971&id_ area=13&attAnoFasAud=2015

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• Prazos para conexão

e documentos que o consumidor deve

• Permitir que consumidores localizados em áreas contíguas (ex: condomínios residenciais e comerciais) possam participar do sistema de compensação;

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créditos

Padronizar e simplificar as informações

• Redefinição dos limites de potência para microgeração (75 kW) e minigeração (3MW – hidráulica e 5 MW- outras fontes);

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contribuições de 110 agentes: consumidores, associações, bancos, distribuidoras, geradores, fabricantes, • Não cobrar o custo de universidades, consultores, adequação da medição; ONGs. Dentre os diversos temas apresentados nas • Não permitir que cargas contribuições, podem-se associadas ao sistema elencar como principais: auxiliar da central geradora sejam usadas para • Conceito de micro e minigeração distribuída comprovar a carga instalada da unidade consu- • Áreas contíguas x comidora do Grupo B (baimunhão de interesse de xa tensão). O objetivo é fato ou direito garantir que a geração esteja junto à carga, si- • Geração longe da carga: comunidade solar x autuação em que os betoprodução com carga nefícios para a rede são remota maiores; • Corrigir distorções no fa- • Tarifa binômia para consumidor BT turamento; • Padronizar e simplificar • Limites para conexão consumidores, de forma a melhorar o entendimento sobre o sistema de compensação;

o acesso da micro ou minigeração as informações e documentos que o consumidor deve apresentar à distribuidora para solicitar o acesso da micro ou minigeração;

• Regra de faturamento dos créditos

• Reduzir o tempo e o custo do consumidor para se conectar a micro ou minigeração; e

• Alocação dos custos de medição e adequação da rede

• Aplicar um fator de ajuste sobre a energia injetada por unidade consumidora do Grupo A (alta tensão) e utilizado em outra do Grupo B, exceto em unidades localizadas em áreas contíguas (ex: condomínios), para corrigir a distorção entre as tarifas. Foram recebidas 676

• Informações na fatura • Envio de documentos pela internet

• Especificação de proteções • Formulários de solicitação de acesso

Deve-se ressaltar que os temas relacionados à incidência de ICMS, certificação de inversores e criação de linhas de financiamento específicas para micro e minigeração distribuída não serão tratadas na revisão da REN nº 482/2012, pois apesar da atuação da Agência junto aos órgãos responsáveis, conforme citado o item 3, estas atribuições não estão dentro do rol de competências elencados na Lei nº 9427/1996 e no Decreto nº 2335/1997.

• Contratos: ampliar a simplificação x aumenCom relação à venda de excedentes de energia tar exigências dos micro e minigeradores • Permitir o ilhamento – distribuídos no mercado inversor híbrido (com livre, tendo em vista que a bateria) REN nº 482/2012 não tra• Prazo para validade dos ta da comercialização de



Tendo em vista que em centros urbanos há maior disponibilidade de irradiação solar do que vento com condições adequadas para geração de energia elétrica, a energia solar fotovoltaica deve predominar. No entanto, em cidades litorâneas, espera-se que haja o crescimento da fonte eólica (microturbinas). Sobre as questões regulatórias, com a revisão sultado das projeções para da Resolução Normativa nº cada cenário do número de 482/2012, espera-se reduconsumidores residenciais zir o tempo e o custo para e comerciais com microgeos consumidores instalaração no horizonte 2015rem sua geração, mas sem 2024. comprometer a qualidade A Figura 9 ilustra a proda energia e a segurança jeção de potência instalada para cada cenário analisa- das pessoas. do. Com as alterações propostas na Audiência Públi6. Conclusão A geração distribuída ca nº 26/2015, estima-se de pequeno porte (micro e que aproximadamente 500 minigeração) ainda enfren- mil consumidores residenta dificuldades que limitam ciais e comerciais instalem sua expansão nos próximos microgeração solar foto10 anos, apesar do grande voltaica até 2024, ou 2 GW. potencial de crescimento no país, devido à farta dis- Caso ocorra a isenção do ponibilidade de recursos ICMS em todos os Estados, naturais, tais como irradia- a previsão chega a 700 mil, ção solar e vento. com 2,6 GW.

Figura 8: Projeção de unidades consumidoras residenciais e comerciais

energia, tal tema deverá Cenário B: permitir ser tratado pela Agência consumidores reunidos em comunhão de interesse de em outro regulamento. fato (condomínios) locali4.2 Projeções para o zados em áreas contíguas; período 2015-2024 Cenário C: cenário B A Nota Técnica n° com isenção do ICMS sobre 0017/2015-SRD/ANEEL, a energia; de 13/4/2015, disponível A expectativa é de que, na Audiência Pública nº apenas com as alterações 26/2015, apresentou vápropostas nesta Audiência, rios cenários para estimar aproximadamente 500 mil o número de consumidores consumidores residenciais residenciais e comerciais e comerciais instalem mique irão instalar um micro- crogeração solar fotovoltaigerador solar fotovoltaico ca até o ano de 2024, totano horizonte 2015-2024. A lizando 2 GW de potência seguir, apresentam-se os instalada. Caso todos os principais cenários consi- estados façam adesão à derados: isenção do ICMS a previsão Cenário A: manuten- chega a 700 mil, com 2,6 ção das regras vigentes da GW. REN 482/12; A Figura 8 ilustra o re-

Figura 9: Projeção da potência instalada residencial e comercial

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Em suma, há uma grande oportunidade de acelerar a adoção da micro e minigeração com a revisão da Resolução Normativa nº 482/2012, em especial entre os consumidores residenciais e comerciais, mas para alcançar níveis elevados de difusão no país, há necessidade de políticas públicas voltadas para a geração distribuída, uma vez que os impactos resultantes serão positivos para a sociedade. ▪


Artigo

O Mercado Livre, a Resolução 482 e as Oportunidades

O

setor elétrico brasileiro nos últimos 15 anos passou por mudanças fundamentais para seu desenvolvimento, entre elas podemos destacar o processo de migração de grandes clientes industriais e posteriormente comerciais ao chamado Mercado Livre, movimento iniciado em meados de 2002. Estes clientes, atendendo a critérios estabelecidos e determinado

por resoluções normativas da ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica) podem escolher e/ou mudar de fornecedor, não precisando mais ficar ligado a Concessionária local no que tange ao suprimento e nem atrelado a um único fornecedor de energia elétrica, ou seja, essa dinâmica de portabilidade do seu consumo, provocou um incentivo a competição e melhores preços através da livre negociação.

Critérios para fazer a portabilidade de energia: O crescimento do Mercado Livre ou também conhecido como ACL (Ambiente de Contração Livre), apresentou seu maior crescimento a partir de 2008 como podemos observar no gráfico abaixo, considerando a soma dos clientes denominado especiais livres: O consumo de energia no Brasil

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Consumidor

Fonte

Demanda Mínima

Livre

Convencional ou Incentivada

3.000 Kw

Especial

Incentivada

500 Kw

Tensão Mínima 2,3kV 69 kV

Data de Ligação do Consumidor Após 08/07/1995 Antes 08/07/1995

2,3kV

Qualquer data

(e.g.: sistema de iluminação, ar condicionado, motores, entre outros), migração para o ACL, ou ainda, na implementação de projetos de micro e mini geração. Sendo que, esses projetos, estão regulamentados pela Resolução Normativa 482/2012 da Aneel, podendo ser adotados inclusive por clientes residenciais e a fonte que mais poderá se desenvolver e até mesmo atender a uma gama maior de clientes é a fotovoltaica, dado toda sua aplicação e estágio mundo a fora. ▪ Sobre o Autor

Fonte: CCEE

divide-se entre dois ambientes: ACR (Ambiente Contratação Regulada) e ACL, e atualmente a participação entre eles está apresentada abaixo: Os atuais 25% de participação de mercado são representativos, mas há potencial para que atinja até 45% do mercado nos próximos 5 anos, visto que dois fatores poderão influenciar: (i) os valores das tarifas da concessionarias de energia elétrica manterão a tendência de alta vis-à-vis aos preços livremente negociados no mercado e (ii) a criação da figura do comercializador varejista que frente a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), permitindo que clientes de menor porte evitem todo o processo burocrático de contratação e registro perante a CCEE. Apenas para exemplificação, os preços observados na BBCE (Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia), a Bolsa do setor, para 2016 caíram de R$ 278 MWh em março/2015 para

R$ 190 MWh em junho/2015. O mesmo ocorreu com os preços para o ano 2017 que de R$ 250 MWh caíram para R$ 160 MWh no mesmo período (Fonte: App BBCE), confirmando a tendência inversa das tarifas das concessionarias de energia. Portanto, o benefício da migração para o Mercado livre já foi capturado por centenas de clientes e ao nosso ver representar um caminho de desenvolvimento contínuo. O atual momento é muito favorável. No entanto, é importante que cada cliente estabeleça uma estratégia de suprimento de energia, bem como um conjunto de ações para que melhor atenda seu interesse e, com isso, gere as economias ou benefícios esperados. Finalmente, é recomendável que esses conjunto de ações seja estruturado por especialistas com vista a identificação de oportunidades que otimizem do consumo de energia apoiando-se em soluções de eficiência energética

Wendel Cota é engenheiro de Produção e de Segurança pós-graduado pela FEI, com especialização em Gestão de Projetos pela USP e MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC-SP (atual INSPER). Possui 26 anos de experiência no setor de energia elétrica Brasileiro com passagem por diversas áreas, dentre essas: Planejamento Financeiro & Estratégico, Operações, Engenharia, Comercial e P&D/Eficiência Energética. Atuou com gerente de negócios responsável pela startup AES Serviços entre 2013-2015 e gerente planejamento estratégico respondendo diretamente para o CEO do grupo AES Brasil (AES Eletropaulo, AES Sul, AES Tietê, AES Uruguaiana e AES Serviços) entre 2008-2012. É fundador e Sócio-diretor da empresa Alpha Energia focada em gestão energética, mercado livre, micro & mini geração com ênfase em fotovoltaico e

Fonte: CCEE

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soluções de eficiência energética.


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Artigo

ENERGIA FOTOVOLTAICA

E A FORMAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA Por Eng. José Juarez Guerra

RESUMO É fato absolutamente incontestável que a energia fotovoltaica chegou para ficar. Tamanha boa novidade, entretanto, demanda participação efetiva do governo, dos empresários e da educação superior. A eles cabe á missão de capacitar, não meramente treinar a mão de obra, competente para lidar com essa tecnologia. ABSTRACT It is undeniable that photovoltaic energy is among us to stay. Such good news, however, requires joint efforts of government, private entrepreneurs, and the academia to take effective root: in their hands lays the responsibility to fully enable -- not merely training -- the skilled labour to deal with this new technology. É notório que novas tecnologias aportam desafios, novos paradigmas, modifica o uso e costume de um País influenciando a economia e movimentando a indústria. Tenho duas frases que carrego comigo e, sempre que posso, eu as exponho. 1. “NADA SEGURA A TECNOLOGIA.” 2. “O MAIOR GARAGALO DO CRESCIMENTO BRASILEIRO PASSA PELA FORMAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA EM QUALQUER SEGMENTO DE MERCADO. ” A questão está em como casar estas duas afirmações na linha do tempo, a tecnologia avançará sem dúvida. Absorver esta tecnologia, aprender a usá-la, e se beneficiar dela, é outra questão. Aprender a usar um smartphone, operar um tablet, beneficiando-se das várias tecnologias que se entrelaçam nestes aparelhos, para que nos proporcione conectividade, interatividade e mobilidade, são muito diferentes do que colocar para funcionar um sistema de geração distribuída com sistema fotovoltaico. O mundo conhece o efeito fotovoltaico, fenômeno que permite a conversão direta da luz solar em eletricidade, desde 1839, quando observado e descrito por Edmund Becquerel. Desde então, esta tecnologia tem avançado, de forma gradual. Com a colocação dos satélites em torno da Terra, da corrida para chegar à Lua, na década de 1960, a tecnologia começou a se tornar mais usual. Pode-se dizer que nos últimos 20 anos o salto foi importante, com sua disseminação e utilização pelos países mais desenvolvidos. Aqui no Brasil não foi diferente, e já estamos trabalhando com esta tecnologia há algum tempo, com aplicações pontuais e em mercados específicos, principalmente em aplicações de eletrificação rural. Já as instituições de ciência e tecnologia, como as uni-

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versidades, em especial a USP, UFSC, UFPA, e UFRGS, bem como, as instituições de educação profissional e tecnológica, produzem trabalhos e pesquisas, experimentos em lugares onde se necessita levar maior desenvolvimento e inserção social em comunidades de difícil acesso, contribuindo com a sociedade e o avanço tecnológico neste setor. Toda nova tecnologia passa por um aprendizado, existe um tempo para se absorver, e então fazer parte de nosso quotidiano, isto está bem expresso na curva de Rogers abaixo.

De acordo com Rogers, há quatro elementos que influenciam a propagação de uma nova ideia: a própria inovação, canais de comunicação, o tempo e um sistema social. Este processo baseia-se fortemente em capital humano. A inovação deve ser amplamente adotada, a fim de se autosustentar. Entretanto, dentro da taxa de adoção, há um ponto em que uma inovação alcança a massa crítica. As categorias de adopters são: Innovators, early adopters, maioria adiantada, maioria tardia e retardatarios. A difusão se manifesta de formas diferentes em várias culturas e campos e é altamente sujeita ao tipo de adotantes e processo de inovação-decisão. Para o caso dos sistemas fotovoltaicos, no caso brasileiro, penso que estamos exatamente nesta lacuna denomidada abismo, pois á primeira fase onde estão os inovadores e primeiros adeptos esta chegando ao fim. Para superar esse “abismo” é necessário promovermos um “salto”, quebrando paradigmas, como a capacidade e o uso dessa tecnologia para gerar sua própria energia e vendê-la àquele que normanente fornece energia! Para chegar a este ponto, devemos unir forças, onde todos prescisam colaborar – indústria, Governo, instituições de ciência e tecnologia, pessoas físicas e, em especial, as instituições de ensino onde deve-se capacitar a mão-de-obra para que se possa ter uma instalação de qualidade e se-


gura, proporcionando os benefícios da adoção tecnológica em sua plenitude. Passos importantes realizados pelo Governo quanto à regulação já foram dados, as principais normas sobre produtos já estão em vigor, dentro em breve a norma que contempla a instalação -ABNT/CB-003/CE 003 082 001 “Sistemas de conversão fotovoltaicas de energia solar” deve ser publicada. Impulso maior deve ser dado nestes pela latente falta de água e, consequentemente, a falta de energia, pois a maior concentração na geração é por usinas hidroelétricas, e estas dependem de chuva em locais onde estão instaladas. Somase a isto o aumento do custo de energia, em especial pela utilização das bandeiras tarifárias. Estudos indicam que mais 50.000 empregos diretos deverão ser gerados até 2020, ou seja, gente que saiba analisar, projetar, planejar, comprar, instalar e dar manutenção nos sistemas fotovoltaicos. Temos aí o grande desafio: A FORMAÇAO DA MÃO-DE -OBRA QUALIFICADA, em especial para a instalação e manutenção destes sistemas, que cabe especialmente às instituições de ensino profissional e tecnológico. Como disse, “Nada Segura a Tecnologia”, assim, por necessidade os primeiros players do mercado, buscaram se apoiar em experiências de outros países, trazendo pessoas capacitadas a executar estes serviços e, vagarosamente, passando o conhecimento de forma mais prática do que teórica àqueles que se juntaram aos projetos implantados. Assim, foram também os treinamentos de 16 ou 24 horas, disponibilizados, em especial pelas empresas integradoras de sistemas fotovoltaicos como forma de disseminar a tecnologia e obter mão-de-obra para seus negócios. Este modelo, que foi imperativo devido às condições de contorno, atraiu por vezes profissionais de áreas totalmente desconexas, quero dizer, desde engenheiros eletricistas, designers de interiores, mecânicos, profissionais do ramo elétrico, distribuidores de materiais elétricos, TODOS ÁVIDOS A ENTENDER A NOVA TECNOLOGIA, a buscar uma oportunidade de negócio. Porém, treinar é muito diferente de capacitar. Em um treinamento de 16 horas pode-se obter uma boa ideia do que é a tecnologia, para que serve, como se usa, mas daí a pessoa estar apta a prestar seus conhecimentos para dimensionar e em especial instalar um sistema conectado à rede, mesmo que seja de baixa potência, em cima de um telhado, é um grande risco. Por isto, iniciativas no sentido de fomentar a formação da mão-de- obra, estão sendo tomadas pelas mais conceituadas instituições de ensino técnico profissionalizante, como SENAI, as ETECs e FATECs do Centro Paula Souza e os Institutos Federais de Ciência e Tecnologia. Destaca-se também a ação dos Grupos de Pesquisa da USP, UFSC, UFRGS e UPFA associados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energia Renováveis e Eficiência Energética da Amazônia que atuam em rede e em parcerias com outros governos, como o GIZ, do governo Alemão que fornece apoio a esta e outras energias renováveis. Por outro lado, instituições como a ABINEE, onde coordeno o Grupo de Trabalho Formação de Mão-de-Obra, está trabalhando há mais de quatro anos em conexão com os mais diversos segmentos, levando o ponto de referência e as necessidades da indústria eletroeletrônica para o de-

senvolvimento seguro e qualificado da geração fotovoltaica no país. Associações como ABSOLAR e ABENS também compartem este ponto de vista e realizam ações para que sejam estabelecidas as competências técnicas essenciais para o desenvolvimento do setor. Não podemos perder a oportunidade de acolher esta tecnologia definitivamente em nosso País. E, para que não cause efeito contrário, causando dúvidas sobre sua eficácia, e segurança de instalação, faz-se necessário que formemos mão-de-obra, CAPACITANDO as pessoas, para que estas executem os trabalhos seguindo rigorosamente todas as normas pertinentes. Oferecer cursos bem estruturados, com aulas teóricas e práticas, com carga horária compatível com a necessidade atender todos os níveis de qualificação profissional, desde Montador, Técnico, Pós-técnico, Técnico de sistemas FV, Tecnólogo e Projetista de Sistemas Fotovoltaicos. As instituições de educação profissional e tecnológica já estão equipando seus laboratórios para aulas práticas como o objetivo de atender à demanda de formação da mão-de -obra. No entanto, mesmo considerando as ações de formação em andamento, haverá um período de escassez de mãode-obra qualificada e, é imperativa a adoção de ações para evitar situações como as apresentadas nas Figuras 1 e 2. Diante da desejável expansão da geração distribuída com sistemas fotovoltaicos e dos riscos que podem causar uma instalação realizada de forma inadequada, é recomendável que as distribuidoras solicitem a comprovação de atendimento da Norma ABNT NBR 16274:2014 - Sistemas fotovoltaicos conectados à rede - Requisitos mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho, para autorizar a operação dos sistemas acolhidos pela Resolução Normativa ANEEL 482/2012. Pelos menos os seguintes itens da NBR 16274:2014 deveriam ser comprovação compulsória: Item 4. Requisitos de documentação do Sistema Item 5. Verificação “O Padrão do crescimento da economia brasileira será determinado pela educação e pelo conhecimento, uma vez que o treinamento capacita o profissional e a educação desenvolve a pessoa”. Eng. José Juarez Guerra ▪ RBS Magazine

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POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO DA ENERGIA SOLAR:

CÉLULAS FOTOVOLTAICAS E BIOMASSA Camila Agner D’Aquino e Aurélio de Andrade Souza

Resumo A energia solar é a forma de energia mais abundante e prontamente disponível na terra. As tecnologias para aproveitamento desta energia são as mais variadas possíveis, sendo que as células fotovoltaicas e a biomassa apresentam grande potencial de aplicação no Brasil. A eficiência de conversão da energia incidente em cada uma destas tecnologias é dependente de diversos fatores, sendo que somente este fato isolado não pode servir como ponto decisivo para escolha no investimento em um ou em outra. No entanto, é de extrema valia compreender o quanto de energia uma determinada área de aplicação de cada uma pode fornecer. Considerando-se valores comuns da aplicação de cada uma, obteve-se que um metro quadrado do cultivo de capim elefante resulta em 555 MJ de energia anual, enquanto que a aplicação de células fotovoltaicas com eficiência de 15% resulta em 780 MJ de energia anual. Esses dados podem servir como base para a discussão da diversificação da matriz energética nacional, de modo a se investir com maior qualidade.

INTRODUÇÃO Mudanças climáticas, crise e segurança energética são temas atuais e relevantes. A busca por métodos mais eficientes e limpos de produção de energia estimula o mercado de energias renováveis, uma vez que a natureza é uma fonte generosa quando se trata de sol e vento. De acordo com a Agência Internacional de Energia (2015) [1], em 2012 o consumo mundial total de energia primária foi de 524,076 x 1015 BTU, ou seja, 153.591,46 GWh sendo que até 2050 essa demanda irá dobrar e, até o final do século, triplicar. 18

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O sol é a maior de todas as fontes de energia limpas, sendo que a quantidade de energia que irradia na superfície terrestre em uma hora é maior do que o total de energia consumida no planeta em um ano e, anualmente, são depositados aproximadamente 120.000 TW de energia na Terra através da radiação solar. Para que se possa tirar o melhor proveito dessa energia, deve-se entender como funcionam as rotas de captura, conversão e armazenamento da mesma nas diversas opções: células solares fotovoltaicas, combustível solar, biomassa, sistemas térmicos solares, entre outros [2]. Tanto a energia fotovoltaica quanto a biomassa são diretamente ligadas a disponibilidade de irradiação solar e são duas tecnologias limpas e renováveis. As duas tecnologias não somente pelo método de recuperação da energia armazenada, mas também pela eficiência de conversão da energia solar incidente em energia utilizável. Portanto, o objetivo deste artigo é comparar a eficiência de aproveitamento de luz solar em células solares fotovoltaicas e a partir da biomassa de plantas em uma área delimitada de 1 hectare.

excitados através da absorção do fóton e então é armazenada nas ligações químicas que, quando quebradas, liberam-na na forma de energia química que pode ser utilizada para a produção de energia elétrica, calor, combustível ou matéria-prima para a indústria química [3]. No caso de plantas, a produtividade está diretamente relacionada com a eficiência pela qual as plantas conduzem o processo de fotossíntese, dadas determinadas condições ambientais, o tipo de planta e os recursos disponíveis para a mesma [4]. A fixação de carbono através da reação de fotossíntese ocorre através de uma série de reações, podendo ser na presença de luz, através da excitação e separação dos elétrons e prótons da molécula de água; ou na ausência de luz, período no qual ocorre a redução do CO2 do ar atmosférico a carboidratos, proteínas e gorduras. A eficiência deste processo (η), por sua vez, pode ser calculada pela razão entre o ganho líquido de entalpia da biomassa por unidade de área pela energia solar incidente por unidade de área (Eq. 1) [5].

Biomassa Biomassa é um termo aplicado para toda matéria orgânica derivada de organismos vivos e apesar de, em sua maioria, estar associada a plantas, a biomassa também pode ser proveniente de algas e resíduos orgânicos (resíduos sólidos orgânicos, efluentes sanitários, resíduos agroindustriais, etc.). Nessas fontes, a energia solar é transformada em estados

eq. (1)

A absorção da radiação solar ocorre em pigmentos específicos – clorofila, carotenoides, entre outros – e está limitada a região visível do espectro, ou seja, entre 400 e 700 nm, portanto, o processo de fotossíntese aproveita ~50% da energia solar



que incide sobre a Terra [6].

da União Européia. No Brasil, o Nordeste apresenta os melhores índiA eficiência de conversão não de- ces de radiação global, atingindo 6,5 pende somente da radiação inciden- kWh/m2 e o litoral de Santa Catarina te, mas também da espécie cultiva- a menor média anual, com 4,25 kWh/ da, no caso capim elefante cada quilo m2. contém 18,5 MJ de energia [3], sendo que a produtividade é de 300 t/ha/ A eficiência de sistemas fotovolano [7], portanto, cada m² de cultivo taicos pode ser medida com precisão de capim elefante resultará em 555 em termos de energia. No entanto, MJ de energia por ano. para efeito de comparação, considerando-se uma eficiência média de Células solares fotovoltaicas 15% para a tecnologia fotovoltaica As limitações da tecnologia de fabricada como células de silício, um células fotovoltaicas estão intrinsi- metro quadrado coberto com a teccamente ligadas com ao processo nologia pode gerar 780 MJ por ano de conversão da radiação solar em [9], ou seja. Módulos fotovoltaicos energia elétrica e a limitação da efi- possuem eficiência de conversão de energia que varia com a tecnologia

A eficiência de conversão não depende somente da radiação incidente, mas também da espécie cultivada, no caso capim elefante... ciência elétrica dos componentes de um sistema fotovoltaico, tal qual os módulos fotovoltaicos, inversores de corrente, sistemas de proteção e condutores de energia.

adotada, sendo a tecnologia de silício policristaliano a mais difundida, comercialmente falando, com eficiência em torno de 16%.

baseada, majoritariamente, em tecnologias limpas e renováveis, a fim de conseguirmos suprir a demanda atual e futura do país. ▪ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] International Energy Agency. Key world energy statistics. Disponível em: http://www. iea.org/publications/freepublications/publication/keyworld2014.pdf; Acesso em: 24 jul. 2015. [2] LEWIS, Nathan S.; CRABTREE, George. Basic research needs for solar energy utilization: report of the basic energy sciences workshop on solar energy utilization, April 1821, 2005. 2005. [3] MCKENDRY, Peter. Energy production from biomass (part 1): overview of biomass. Bioresource technology, v. 83, n. 1, p. 37-46, 2002. [4] BERRY, JOSEPH A.; DOWNTON, W. JOHN S. Environmental regulation of photosynthesis. Photosynthesis, v. 2, p. 263-343, 1982. [5] TWIDELL, John et al. Renewable energy resources. Routledge, 2015. [6] ZHU, Xin-Guang; LONG, Stephen P.; ORT, Donald R. Improving photosynthetic efficiency for greater yield. Annual review of plant biology, v. 61, p. 235-261, 2010. [7] DA SILVA, Evane; ROCHA, Carlos Roberto. Eucalipto e capim elefante: características e potencial produtivo de biomassa. Revista Agrogeoambiental, v. 2, n. 1, 2010. [8] PEREIRA, Enio Bueno et al. Atlas brasileiro de energia solar. INPE, 2006. [9] NONHEBEL, Sanderine. Renewable energy and food supply: will there be enough land?. Renewable and sustainable energy reviews, v. 9, n. 2, p. 191-201, 2005.

Abstract

Solar energy is the most abundant and readily available source of energy on Earth. The technologies for harnessing this energy are extreCONCLUSÃO mely variable, and photovoltaic cells Porém, acima de tudo, a disponiConsiderando-se somente a efi- and biomass have great potential for bilidade de conversão da radiação soapplication in Brazil. The conversion lar global que incide na terra (kWh/ ciência de conversão por metro qua- efficiency of the incident energy on m2) em energia elétrica útil depende drado, a energia fotovoltaica pode ser each of these technologies is depenfundamentalmente de fatores como vista como mais vantajosa, por apre- dent on several factors, wherein only a localização geográfica (local de ins- sentar quase 30% mais energia acuthis fact alone does not give enough talação), das condições climáticas lo- mulada do que a biomassa de capim foundation for choice in investing in cais, da inclinação e da orientação do elefante. No entanto, diversos outros one or other. However, it is valid to painel solar com relação à orientação fatores devem ser considerados na understand how much energy a parideal, etc. Além disso, fatores como escolha da aplicação de um determiticular application area each can protemperatura dos painéis, resistência nado recurso energético, tais como vide. Considering the common values​​ elétrica dos condutores, sombrea- uso final, tecnologia de conversão da of each application, it was found that mento parcial, limpeza dos módulos, biomassa, disponibilidade de mão de dentre outros, influenciam a produ- obra especializada, investimento ini- a square meter of the elephant grass ção de energia de sistemas fotovol- cial, ciclo de vida, impacto no sistema cultivation could result in an amount of 555 MJ of energy annually, while elétrico, entre outros. taicos. the application of photovoltaic cells Os dados apresentados são apewith 15% efficiency results in 780 MJ Segundo Atlas Brasileiro de Energia Solar da ANEEL (2006) [8], os valo- nas uma estimação baseado em MJ/ of energy annually. These data can res de irradiação solar global inciden- m², no entanto, não deve servir como serve as a basis for discussion of dite em qualquer região do território base da escolha por uma tecnologia versification of the national energy brasileiro (4200 - 6700 kWh/m2) são ou outra. O que se deve priorizar é matrix, in order to invest in higher superiores aos da maioria dos países a diversificação da matriz energética quality. 20

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Premiação

1º Prêmio

Inovação e Tecnologia Brasil Solar O dia 17 de julho de 2015 foi um dia especial para o setor da Energia Solar no Brasil

Cinco empresas e mais o destaque do principal projeto acadêmico foram agraciados, no evento que foi realizado paralelamente a ENERSOLAR BRASIL 2015.

A

proximadamente 100 pessoas acompanharam a primeira premiação exclusivamente focada nas principais ações desenvolvidas por empresas para o setor da Energia Solar no Brasil.

Empresas como; FRONIUS, SICES BRASIL, YINGLI SOLAR, SUNEDISON, WEIDMULLER, e o projeto acadêmico desenvolvido pelo IEE/ USP - CTEEP/CESP, foram ganhadores da premiação máxima para iniciativas no Brasil. Após a premiação, os convidados participaram de uma confraternização oferecidas pelos organizadores e pelo patrocinador SANTANDER S.A.

A organização e realização do evento ficou a cargo da FRG Mídia Brasil, empresa líder em comunicação e mídia para o setor de Energias Renováveis e da ENERSOLAR, uma das principais feiras de Energia no mundo. O evento contou com o apoio da ABENS – Associação Brasileira de Energia Solar, ABEAMA, Portal Brasil Solar, RBS Magazine, Meio Ambiente Energia e patrocínio do Banco SANTANDER S.A. Segundo Tiago Fraga, diretor da FRG Mídia Brasil, para o ano que vem, o evento será ainda maior. Pretendemos ter entre 20 e 30 empresas envolvidas no projeto. Teremos um jantar, servido logo após a cerimônia, que será acompanhada de alguma atração ainda a ser definida, pela FRG Mídia Brasil e parceiros que estarão envolvidos.

Sobre os vencedores da 1ª edição: SICES Brasil Maior provedor de soluções FV do Brasil; desde 1977 a SICES desenvolve e fabrica controladores eletrônicos micro-processados e painéis completos (quadros elétricos), de comando e potência, para grupos geradores de qualquer fabricante.

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Weidmüller Conexel do Brasil

Fronius Brasil

Especialistas com experiência em tecnologia apoiam os clientes e parceiros com produtos, soluções e serviços no âmbito industrial de energia, sinalização e dados. Desenvolvem soluções inovadoras, sustentáveis e que agregam valor ao cliente final.

Soluções para monitorar energia, possui uma ampla gama de inversores solares já instalados no mercado brasileiro, além de uma completa linha de carregadores de bateria com sincronização primária.

Yingli Solar

SunEdison Brasil

Uma das maiores fabricantes de módulos FV do mundo, vem se destacando por fornecer módulos fotovoltaicos de primeira linha, além de serem os primeiros a manterem estoque para fornecimento imediato no Brasil.

Líder mundial em tecnologia de Energia Solar Fotovoltaica e de semicondutores, além de ser fornecedora líder de serviços de energia solar.

“PROJETO ACADÊMICO” - Pesquisa e Desenvolvimento IEE/USP Instituto de Energia e Ambiente: Usina Solar Fotovoltaica de 540 kWp, conectada indiretamente por meio de unidades consumidoras à rede de distribuição de energia elétrica, constituída por 4 subsistemas incorporando conceitos de Building Integration (BIPV), Building Applied (BAPV), Central Solar, tipologias, configurações de inversores e correção de fator de potência.

No começo de setembro estará disponível o site oficial do evento, onde estarão disponíveis maiores informações sobre o evento de 2016, inscrições dos projetos, etc.

Site oficial: www.premiobrasilsolar.com Maiores informações: +55 (42) 3086.8588 (42) 3025.7825 E-mail: comercial@revistabrasilsolar.com

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Sustentabilidade

CINESOLAR

Cinesolar volta a percorrer as cidades brasileiras

O

Cinesolar, cinema móvel que usa energia solar para exibir filmes gratuitamente, está novamente em atividade. Desta vez, seis cidades do interior de São Paulo irão receber o projeto que são: Charqueada, Saltinho, Mombuca, Rafard e Elias Fausto e São Pedro.

ção.

Selton Mello.

PROGRAMAÇÃO AGOSTO

O cinema solar roda o país inteiro, e neste mês de agosto está percorrendo as cidades paulistas, onde firmou parceria com o projeto Cinecidade, um circuito itinerante de exibiDe acordo com a empresa res- ção de filmes brasileiros que percorre ponsável pelo projeto, a Brazucah todo o estado. A estrutura do cinema permite Produções, o CineSolar é o primeiO projeto começa a rodar a partir ro cinema móvel do país que utiliza que 150 pessoas assistam as sessões. desta terça-feira e o primeiro municí- energia limpa para funcionar. O siste- Além dos filmes, o circuito também pio a ser contemplado é São Pedro, o ma fotovoltaico é instalado em uma oferece diversas oficinas de sustenqual assistirá o filme brasileiro “O Pa- Van e é capaz de gerar energia para tabilidade para crianças e adolescenlhaço”, que tem como ator principal alimentar toda a estrutura de exibi- tes. ▪

LOCAL: Praça da Igreja da Matriz (em caso de chuva será no Anfiteatro Municipal Mário Belomo) Curtas: 19h - Longa: 20h

DIA 22 - Itupeva/SP

LOCAL: Terreno Baldio do Parque das Hortensias Rua Miguel dos Santos, s/n (ao lado do CRAS) (em caso de chuva a sessão acontecerá na Creche Municipal Parque das Hortensias) Oficina de sustentabilidade: 15h às 17h

Curtas: 18h - Longa: 19h

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DIA 13 - Saltinho/SP

DIA 11 - São Pedro/SP

DIA 12 - Charqueada/SP LOCAL: Centro de Eventos Helio Zanatta (em caso de chuva será no mesmo local) Curtas: 18h - Longa: 20h

LOCAL: Em frente ao Ginásio de Esportes Mário Bernardino (em caso de chuva será na Quadra da Escola CIEMS – Prof. Roque Névio Fioravante) Curtas: 19h - Longa: 20h

DIA 17 - Rafard/SP

DIA 20 - Vinhedo/SP

DIA 21 - Elias Fausto/SP

LOCAL: Praça Geraldo Thomé (em caso de chuva a sessão será realizada no ginásio da E.M. Jair Mendes de Barros) Curtas: 19h - Longa: 20h

LOCAL: Praça da Matriz Rua 13 de Maio, s/nº (em caso de chuva a sessão acontecerá no Ginásio Municipal de Esportes) Curtas: 19h - Longa: 20h

DIA 26 - Pedreira/SP

DIA 27 - Cosmópolis/SP

LOCAL: Praça Gustavo Teixeira/ Praça da Matriz (em caso de chuva será o Museu Gustavo Teixeira) Curtas: 18h - Longa: 19h

DIA 14 - Mombuca/SP

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As sessões do Cinesolar são gratuitas e mostradas ao ar livre. O projeto fará paradas em todo o mês de agosto e tem como objetivo levar o cinema para mais perto das crianças.

LOCAL: Pátio da Prefeitura Municipal (em caso de chuva será no Centro Cultural Julio Henrique Rafard) Curtas: 19h - Longa: 19h30

DIA 25 - Morungaba/SP LOCAL: Praça do Imigrante

Av José Frare, 60 (em caso de chuva a sessão acontecerá em área coberta da Praça do Imigrante)

Curtas: 19h - Longa: 20h

LOCAL: Praça Angelo Ferrari

R. XV de Novembro (altura nº 952) (em caso de chuva Escola Estadual Coronel João Pedro de Godóy Moreira: Rua XV de Novembro, 952)

Curtas: 19h - Longa: 20h

LOCAL: Praça da Vila Cosmos: Rua Monte Castelo, s/n (em caso de chuva EMEB Florestan Fernandes Rua Angelo Bertaglia, 228)

Curtas: 19h - Longa: 20h



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Entrevista

A RBS Magazine, entrevista em sua 6ª edição o diretor da

AXITEC do Brasil Marco Nowak

Sobre a AXITEC: Há vários anos que a AXITEC faz parte dos melhores fabricantes de módulos solares a nível mundial. A competência estende-se a toda a cadeia de procedimentos do módulo solar desde o desenvolvimento, fabricação, controle de qualidade, passando pela distribuição e assistência. Graças a longas e estreitas parcerias com diferentes fabricantes de lamelas, células e módulos, a AXITEC aplica sempre a tecnologia mais recente na fabricação de módulos solares. É por essa razão que a AXITEC é uma das empresas líder em tecnologia e custos. RBS Magazine: Hoje no Brasil vemos muitas notícias de crises em diversos setores da economia. Porém o setor de Energia Solar tem demonstrado que está em franco crescimento mesmo frente estes problemas. Como a AXITEX analisa esta atuação situação e o crescimento do setor de energia solar? Eu pessoalmente entrei no ramo de energia fotovoltaica no Brasil em 2011, um bom tempo antes da aprovação da resolução do “Net-Metering”. O primeiro projeto realizado com minha participação foi uma instalação fotovoltaica de referência no Projeto TAMAR na Praia do Forte BA, com forte apoio do governo alemão. Desde esses primeiros passos até hoje teve já um crescimento razoável. Hoje o setor de energia solar já sustenta varias empresas especializadas, dá opções para os engenheiros e outra mão de obra qualificada. A situação econômica atual com relação de câmbio difícil e a falta de linhas de financiamentos em geral não ajuda, porem mesmo assim nosso mercado cresce de forma contínua. Eu acredito que o forte aumento dos preços de energia para todos os consumidores brasileiros começou a sensibilizar para procurar soluções energéticas alternativas. A mais indicada fonte nesse contexto é a energia fotovoltaico. Os sistemas solares são modulares, de fácil e rápida implementação em qualquer tamanho e em edificações existentes e geralmente sem necessidade de reformas. Há muito tempo já se percebe o crescimento espetacular de energia solar no mundo todo, superando de longe instalações novas de termelétricas. Finalmente esse cenário parece ter chance de se tornar realidade também no Brasil. RBS Magazine: Sabemos que a AXITEX oferece ao mercado brasileiro tecnologia de ponta Alemã. Um país respeitado

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quando o assunto é qualidade, durabilidade. Quais diferenciais vocês apontariam nos equipamentos da AXITEC? O nosso produto, o modulo solar fotovoltaico de silício cristalino, hoje é commodity. Esse fato a priori complica um pouco a possibilidade de se destacar dos competidores. Mesmo assim temos bons argumentos em prol dos produtos AXITEC: *Design & Engineering in Germany: A AXITEC é uma empresa com sua matriz na Alemanha, em Boeblingen, perto de Stuttgart. A confiança dos brasileiros em produtos alemães facilita convencer os clientes que os módulos solares da AXITEC vão de fato cumprir com as promessas dadas de qualidade, funcionalidade e durabilidade. Hoje o design e o desenvolvimento dos módulos AXITEC é feito na Alemanha e a fabricação geralmente na Asia, sempre por nossos parceiros fabricantes mais qualificados e com melhor custo/benefício pro cliente. O inteiro processo da produção dos módulos é fiscalizado por um instituto renomado de certificação e cada módulo que sai da produção é submetido a um teste individual de eletroluminescência. Os módulos solares AXITEC comercializados no Brasil vêm com uma composição específica de materiais e componentes para enfrentar as condições climáticas exigentes do Brasil e para garantir perfeita performance do produto. Assim conseguimos manter nosso altíssimo padrão de qualidade e passar as seguintes vantagens dos módulos AXITEC para os nossos clientes: *Garantias (fabricação / desempenho): Hoje oferecemos garantia de 12 anos de fabricação para todos os nossos módulos solares, em quanto o mercado em geral oferece somente 10 anos. Até hoje não teve um único módulo AXITEC quebrado na distribuição no Brasil. Isso se deve ao design inteligente da moldura de alumínio e do bom acabamento dos módulos em geral. Além disso estamos garantindo 25 anos de desempenho do módulo solar, de forma linear. Ou seja, após de 15 anos de uso do seu sistema solar os módulos AXITEC ainda vão gerar 90% da potencia nominal e após de 25 anos 85% da


potência nominal. Que eu saiba somos os únicos no mercado com essa abrangência de garantias. *Tolerâncias positivas: AXITEC garante tolerâncias positivas de potência de até 5W por módulo. Ou seja quem compra um módulo AXITEC de 250Wp, o AXIpower 250P, tem a garantia de ter adquirido um módulo de no mínimo 250Wp e a chance de ter até 255Wp. RBS Magazine: Quais produtos e serviços se destacam na empresa? Hoje a AXITEC foca no desenvolvimento e na fabricação de módulos solares de silício cristalino, tanto mono-cristalino, quanto poli-cristalino. No Brasil a tecnologia mono-cristalina não tem demanda significativa. Por isso competimos com nossos módulos poli-cristalinos, dos quais temos 5x modelos certificados no INMETRO (250Wp / 255Wp / 260Wp / 300Wp e 310Wp). Nós destacamos no mercado pelo preço competitivo, a qualidade do produto, a disponibilidade garantida de módulos AXITEC em diversos centros de distribuição no Brasil (atualmente Salvador BA e São Paulo), o programa de fidelidade com nossos parceiros instaladores e as garantias dos módulos AXITEC. RBS Magazine: A empresa tem alguma novidade que pode ser apresentada nos próximos meses para o setor de Energia Solar no mercado brasileiro? Sim, em breve pretendemos lançar no mercado brasileiro 2x produtos novos. AXIplus SE O primeiro produto será o nosso módulo solar AXIplus SE, de alto rendimento. O AXIplus SE é fruto da cooperação AXITEC com a empresa SOLAREDGE, líder de tecnologia de otimização de performance de módulos solares. A tecnologia SOLAREDGE vem completamente incorporado no módulo AXIplus SE. As vantagens dessa tecnologia são: • 30% mais módulos nos strings reduz os custos do sistema fotovoltaico (BOS) • A utilização da máxima potência de cada módulo otimiza o rendimento do sistema fotovoltaico • Cada AXIplus SE pode ser desconectado individualmente do sistema fotovoltaico e aumenta assim a segurança do mesmo Fora do Brasil o módulos AXIplus SE já é campeão de vendas. AXITEC Storage Estamos perto de lançar um produto novo de Storage, o armazenamento de energia solar numa bateria a base de Lítio-Iônio. Esse produto foi desenvolvido em estreita parceria com uma empresa de altíssima competência no ramo. O lançamento no Brasil é planejado para 2016.

RBS Magazine: Como a empresa imagina o cenário do setor de energia solar pra os próximos anos no Brasil? Estamos altamente otimistas com o desenvolvimento do mercado de energia solar no Brasil. A existência da nossa filial da América do Sul no Brasil é prova disso. A tecnologia de sistemas solares é madura, o mundo todo está usando com resultados muito positivos e o Brasil é a bola da vez. Hoje já podemos ver que os leilões específicos de energia solar estão ganhando forma e continuidade. Assim o mercado fica mais atrativo para investimentos do setor e deve justificar a instalação de mais fabricantes de componentes solares no Brasil, inclusive a fabricação do módulo AXITEC “Made in Brazil”. Eu acredito que o mercado solar além de somente crescer vai ter um verdadeiro boom em breve. E isso tanto nas instalações grandes como as plantas fotovoltaicas em solo, quanto nos telhados de residências, comercio e indústria. RBS Magazine: Como é a presença da empresa em outros mercados como Europeu, e outros mercados? A matriz AXITEC GmbH foi fundada em 2001 e é sediada na Alemanha. Desde a Alemanha focamos nos nossos clientes na Europa e países de interesse em crescimento de demanda para soluções de energia solar. Fora disso temos hoje filiais AXITEC nos Estados Unidos, no Brasil e na Túrquia, a filial mais nova do grupo. Hoje são 600MWp de instalações solares com módulos AXITEC no mundo inteiro. RBS Magazine: A AXITEC é parceira da RBS Magazine, desenvolvendo suas campanhas publicitárias, ações de novos mercados, entre outras ações de comunicação. Qual a importância deste veículo para a empresa? Para nós o RBS Magazine é uma ferramenta importante para atingir nossos clientes principais, o instalador de sistemas solares, os distribuidores e as revendas no Brasil. Pudemos acompanhar o crescimento contínuo do RBS Magazine em qualidade, tamanho e distribuição. Hoje acredito que o RBS Magazine é a mídia mais focada no nosso ramo. ▪ RBS Magazine

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Artigo

Geradores Fotovoltaicos Distribuídos: Estudo de Caso de UFV de 2,16 kWp Instalada na Faculdade Engenharia Elétrica da UFU

Luiz C. G. Freitas, Fernando C. Melo e Hiury S. Gomes Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência (NUPEP) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Faculdade de Engenharia Elétrica (FEELT) Uberlândia - Minas Gerais - lcgfreitas@yahoo.com.br

Resumo – A inserção da energia fotovoltaica como fonte de energia limpa e renovável na matriz energética brasileira ganhou destaque considerável no cenário nacional e internacional após a regulamentação RN482 da ANEEL em vigor desde Dezembro de 2012 e do Leilão de Reserva, realizado exclusivamente para a energia fotovoltaica em 2014, em que 1.048 MWp em projetos foram contra-tados. Não obstante aos avanços alcançados, principalmente no que tange os Sistemas Fotovoltaicos Distribuídos, muitos desafios ainda precisam ser vencidos para que a inserção desta fonte de energia na matriz energética brasileira se torne mais expressiva. Neste cenário, destaca-se que, além dos custos envolvidos, a falta de conhecimento acerca das tecnologias de módulos fotovoltaicos, inversores solares, bem

I. Introdução

apenas energia solar geraA demanda global por da a partir de fonte solar energia renovável aumen- fotovoltaica. tou consideravelmente Devido à grande exdesde 2011. De acordo com pansão do setor, espera-se a EPIA (European Photovol- que também haja redução taic Industry Association, de custos e, por consequ2014), a capacidade instala- ência, aumento da capacida mundial da energia foto- dade instalada. Diante do voltaica atingiu valores pró- exposto, estima-se que haximos a 139 GWp em 2013. verá uma grande expansão No Brasil, devido ao grande na Geração Fotovoltaica e potencial para a geração de espera-se que o mercado energia fotovoltaica [2]-[6], brasileiro seja o próximo observam-se os recentes mercado fotovoltaico a ser avanços no contexto da in- explorado pelas empresas serção da energia fotovol- do ramo, após o sucesso taica centralizada, mere- dessa tecnologia na Eurocendo especial destaque o pa, Japão e EUA nos últiLeilão de Energia de Reser- mos anos. va ocorrido em Outubro de Não obstante aos avan2014 através da Portaria n° ços alcançados, segundo 236/2014 do Ministério de dados da ANEEL, apenas Minas e Energia. Segundo a EPE (Em-presa de Pesquisa cerca de 0,01% da enerEnergética) foram contra- gia elétrica consumida no tados 31 projetos, totali- país advém da energia sozando 1.048 MW de capa- lar. Dessa forma, diante cidade insta-lada que vão do cenário atual caracteriinjetar cerca de 889,7 MW zado por uma grave crise na matriz energética brasi- no setor hidrológico que leira a partir de 2017. Para repercute com consequêno mês de Agosto de 2015 cias nefastas na capacidaserá realizado um novo lei- de de geração de energia lão no qual será contratada elétrica, observa-se que a 30

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como a falta de mão de obra especializada, contribuem para que, mesmo após 2 anos da entrada em vigor da RN 482 da ANEEL, a implantação de unidades de micro e minigeração distri-buída baseada em sistemas fotovoltaicos ainda seja inexpressiva. Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo apresentar resultados práticos e teóricos que evidenciam a eficácia das ferramentas computacionais e equipamentos utilizados para o projeto e implantação de Usinas Fotovoltaicas Distribuídas, bem como seu ótimo desempenho na geração de energia elétrica. Palavras-Chave – Energia Fotovoltaica, Geração Distribuída, Microgeração.

Energia Fotovoltaica deve, o quanto antes, ser incorporada de forma substancial na matriz energética brasileira, devendo-se considerar tanto geradores fotovoltaicos centralizados, Usina Fotovoltaicas (UFVs) de grande porte, quanto os geradores fotovoltaicos distribuídos, os quais podem ser instalados nos telhados de residências, comércios, hospitais, escolas e indústrias por todo o Brasil.

ção Solarimétrica no local de instalação da microusina fotovoltaica em pauta. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo apresentar resultados práticos e teóricos que evidenciam a eficácia das ferramentas computacionais e equipamentos utilizados para projeto e implantação de Usinas Fotovoltaicas Distribuídas, bem como seu ótimo desempenho na geração de energia elétrica.

Diante deste cenário, este artigo apresenta os resultados decorrentes da execução e análise de desempenho de uma Usina Fotovoltaica de 2,16 kWp Conectada à Rede Elétrica de Baixa Tensão. Esta se encontra instalada nas dependências do Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência, da Faculdade de Engenharia Elétrica, da Universidade Federal de Uberlândia (UFV NUPEPFEELT-UFU). Adicionalmente, são apresentados dados preliminares de irradiação e temperatura obtidos com a instalação de uma Esta-

II. PROJETO E ESPECIFICAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO DE 2,16 KWP CONECTADO À REDE ELÉTRICA Para este projeto foram considerados os índices de irradiação solar e de temperatura na cidade de Uberlândia-MG. Para a aquisição dos dados de irradiação, consultou-se a base de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) [2], [5]. O projeto foi realizado utilizando-se o programa computacional PVSYST e os resultados foram confron-


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tados com os dados teóricos apresentados em [7], ficando evidenciada a coerência entre os resultados práticos obtidos.

Todos os componentes utilizados foram especificados para a obtenção da máxima geração de energia elé-trica com o mínimo de perdas seguindo-se as normas nacionais [6], [10], [11] assim como normas internacionais [8], [10], [4].

A região de Uberlândia está situada na Latitude 18º55’11,50’’ Sul e Longitude 48º15’31,06’’ Oeste, Os valores de tensão e a 887 metros acima do Fig. 2. Análise do acesso solar no local de instalação escolhido. e corrente para o ponto nível do mar, com temperade máxima potência dos tura média anual em torno módulos são fornecidos de 22ºC. Segundo dados do levando em consideraINPE, Uberlândia está entre ção as Condições Padrão as melhores regiões do país de Testes (STC), conforme em termos de potencial apresentado na Tabela. I. para geração de energia Nesse sentido, o valor da elétrica solar, com irradiatensão de circuito aberto ção global média no plaFig. 3. Curvas de sombreamento obtidas no local de instalação deve ser avaliado levandono horizontal em torno de e também utilizadas para avaliação computacional do 2 se em consideração a faixa 1984,5 kWh/m ∙ano, prodesempenho do sistema – (a) ponto 3 (b) ponto 8. de temperatura no local da porcionando, em média, instalação e o coeficiente algo em torno de 1.500,0 permite a conexão à rede B. Sistema Fotovoltaico Instalado elétrica. de temperatura fornecido kWh/kWp/ano. A Fig. 4 mostra o local na folha de dados do faA escolha do local de A. Análise do Acesso Solar instalação levou em consi- em que as instalações e os bricante. Na Tabela II são Na Fig. 1 é apresentada deração a análise do acesso estudos supramenciona- apresentados os principais a reprodução das instala- solar realizada através da dos estão sendo realizados. parâmetros encontrados ções do Núcleo de Pesquisa medição de irradiação solar em Eletrônica de Potência em 8 (oito) diferentes pon(NUPEP) para fins de aná- tos na superfície do telhalise computacional acerca do. Na Fig. 2 são apresentado desempenho do siste- dos os resultados obtidos, ma. O estudo de caso de- ilustrando os pontos de senvolvido no NUPEP trata medição e o mapa de acesFig. 4. Local em que as instalações foram feitas: (a) em vermelho de uma Usina Fotovoltaica so solar obtido. Conforme está destacada a posição em que foram instalados os painéis; (b) foto dos 16 módulos instalados; (c) inversor Fronius IG e c (UFV) com capacidade de observado, devido à próomponentes de sensoriamento e monitoramento. 2.160 Wp (Watts-pico) ob- pria característica da edifitida através da conexão em TABELA I. cação escolhida e a existênPRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS série de 16 módulos fotocia de árvores de grande MÓDULOS FOTOVOLTAICOS (STC: T=25°C, G=1000 W/M², AM=1.5). voltaicos, sendo 08 de 135 porte nas proximidades do 08 Módulos Fotovoltaicos Kyocera KD135SX-UPU Wp (KD135SX-UPU) e 08 de telhado, há uma região na 140 Wp (KD140SX-UFBS) da Potência, Pmax = 135 W qual a incidência de luz soKyocera. Estes foram orienTensão MPP, VMPP = 17,7 V tados para o Norte com lar é inferior, devendo, porCorrente MPP, IMPP = 7,63 A Tensão de Circuito Aberto, VOC = 22,1 V desvio azimutal de -13º e tanto, ser evitada afim de Corrente de Curto-Circuito, ISC = 8,37 A inclinação em relação ao maximizar a produção de Coeficiente de Temperatura VOC = -0,08 V/oC plano horizontal de 20º, energia elétrica amenizanCoeficiente de Temperatura da VMP = -0,00920 V/oC alimentando um inversor do possíveis perdas decor Coeficiente de Temperatura ISC = -0,00502 A/oC -rentes de sombreamento FRONIUS IG 2000, o qual Eficiência do Módulo, η = 14,0% - Classe A dos módulos. A Fig. 3 ilustra o percurso solar ao lon08 Módulos Fotovoltaicos Kyocera KD140SX-UFBS go do ano em dois pontos Potência, Pmax = 140 W de medição evidenciando, Tensão MPP, VMPP = 17,7 V na Fig. 3(a), as obstruções Corrente MPP, IMPP = 7,91 A causadas pela árvore de Tensão de Circuito Aberto, VOC = 22,1 V grande porte próxima ao Corrente de Curto-Circuito, ISC = 8,68 A Fig. 1. Reprodução das Coeficiente de Temperatura VOC = -0,08 A/oC ponto 3 (Figura 2), e na Fig. instalações do NUPEP para Coeficiente de Temperatura da VMP = -0,00922 V/oC avaliação computacional acerca 3(b) em frente aos módulos Coeficiente de Temperatura da ISC = -0,00521 A/oC (ponto 8) onde as interfedo potencial de geração de Eficiência do Módulo, η = 14,0% - Classe A energia elétrica. rências são mínimas. 32

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TABELA II. CARACTERÍSTICAS DO INVERSOR FRONIUS IG 2000

Dados de entrada CC Potência do Painel recomendada Máxima tensão de entrada DC Faixa de tensão de operação DC de MPPT Máxima corrente de entrada DC

1500 a 2500 Wp 500 V 150 a 450 V 13,6 A

Dados de saída CA Máxima potência de saída a 40°C Tensão nominal de saída CA Faixa de tensão da rede elétrica CA Máxima corrente CA Máxima corrente de retorno Faixa de frequência de operação Distorção harmônica Fator de potência

2000 W 220 V 180 a 264 V 8,35 A 0A 59,3 a 60,5 Hz <5% 1

Dados gerais Máxima eficiência Consumo durante a operação Consumo em stand-by Faixa de temperatura ambiente Tamanho (L x C x H) Peso

95,2 % 7W <0,15 W (noite) - 25 a 50 °C 470 x 418 x 223 mm 11,8 kg

na folha de dados do Inversor Solar utilizado. Este é responsável pela extração da máxima potência instantânea disponibilizada pelo arranjo fotovoltaico instalado e efetua o paralelismo e o sincronismo com a rede elétrica. Maiores detalhes acerca do dimensionamento de cabos e dispositivos de proteção utilizados podem ser encontrados em [7]. III. DISCUSSÃO ACERCA DOS RESULTADOS OBTIDOS A. Análise de desempenho O sistema em questão foi colocado em operação no dia 28 de Maio de 2013 em caráter experimental e a partir de Janeiro de 2014 foi conectado à rede. A partir de então, a geração de energia elétrica tem sido monitorada e os dados da geração diária são armazenados em um sistema de

aquisição dedicado. Os dados obtidos foram confrontados com os dados de projeto e a elevada eficiência do sistema foi comprovada. Destaca-se que no ano de 2014 a Microusina Fotovoltaica em pauta gerou 3.077,11 kWh, equivalente a 1.454,21 kWh/kWp/ano. Para a região de Uberlândia, em que a irradiação global média no plano horizontal é em torno de 1.984,5 kWh/m2.ano, este resultado se mostra bastante satisfatório. Um dos principais fatores que contribuíram para uma geração de energia elétrica inferior aos 1.500,00 kWh/ kWp/ano pode ser atribuído, principalmente, às perdas por Mismatch (associação de módulos diferentes no arranjo fotovoltaico), as quais serão objetos de estudos futuramente, assim como pela baixa efi-

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que ainda se faz necessário analisar a eficiência do inversor solar, assim como os padrões de insolação e de temperatura de operação dos módulos ao longo do ano. Estes trabalhos já se encontram em andamento e os resultados a serem obtidos serão apresentados em futuros trabalhos. Por enquanto, confronta-se na Fig. 6 o perfil diário de potência normalizada (kW/ kWp) e temperatura (oC) de operação das células medidos no dia 30/05/2015. De forma semelhante, na Fig. 7 são expostas a potência normalizada (kW/kWp) e irradiância (W/m2). Da-dos como esse serão comparados com os disponibilizados pelo INPE e utilizados Neste cenário é possí- para aferição da real quanvel inferir que as perdas por tidade de energia incidente ciência dos módulos utilizados (cerca de 14%) e à diferença entre a potência real e a informada pelo fabricante (nominal). Nesse sentido, vale ressaltar que os dados de projeto comprovam que a geração de energia elétrica anual média esperada é em torno de 1.489,00 kWh/kWp/ano e Taxa de Desempenho (TD) ou Performance Ratio (PR) estimada e medida foi de 71,5% e 69,18%, respectivamente, conforme evidenciado na Tabela III. O fator de capacidade aferido durante o ano de 2014 do sistema está em consonância com o valor de projeto, assim como os resultados práticos obtidos, conforme evidenciado na Fig. 5.

Fig. 6. Perfil diário da potência injetada normalizada (kW/kWp) e da temperatura (oC) de operação das células que compõem os módulos fotovoltaicos.

e 158,9 kWh.m2.ano, respectivamente. Isso significa que, em relação aos dados do INPE, observou-se um aumento de cerca de 21% e 7,2%, respectivamente,

Fig. 5. Comparação entre os valores medidos e estimados via plataforma computacional utilizando dados do INPE.

Mismatch e a discrepância entre a potência real dos módulos fotovoltaicos e a potência nominal, são uns dos principais fatores que contribuem para a diferença entre os valores medidos e estimados. Dessa forma, esses resultados indicam

nos módulos e, por consequência, do desempenho do sistema. Vale destacar que, após a instalação da estação solarimétrica, nos meses de Junho e Julho de 2015, observou-se que a irradiação medida no plano inclinado foi de 152,76

corroborando com o aumento de geração de energia observado nos meses de inverno. Na Fig. 8 são apresentados dados preliminares obtidos através de medições das curvas características de 8 módulos fotovoltaicos KD135SX-UPU que compõem parte da fileira (string) da UFV em pauta. Observa-se a diferença de 1,7% entre a potência máxima informada pelo fabricante (Watts-pico) e potência máxima medida em STC. Durante os testes realizados, os valores de irradiância e temperatura de operação das células foto-

TABELA III. SÍNTESE DOS RESULTADOS ENCONTRADOS

Item

Projetado

Medido

Geração de Energia Anual

3.215 kWh/Ano

3.077,11 kWh/Ano

Produção Normalizada

1.489,00 kWh/kWp

1.454,21 kWh/kWp

Fator de capacidade

16,99%

16,26%

Taxa de Desempenho

71,5%

69,18%

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Fig. 7. Perfil diário da potência injetada normalizada (kW/kWp) e de irradiância (W/m2) sobre os módulos fotovoltaicos.


voltaicas obtidos foram de de Uberlândia (UFU), es746 W/m2 e 53ºC, respecti- tão sendo desenvolvidas vamente. pesquisas que visam efeEm outra medição, fo- tuar a análise de desemram conectados em série penho dos geradores 16 módulos fotovoltaicos fotovoltaicos através da (8 módulos KD135SX-UPU criação de modelos come 8 módulos KD140SX-U- putacionais de módulos FBS), formando o arranjo fotovoltaicos utilizando completo em pauta. Neste a plataforma MATLAB®/ caso, onde os valores de ir- Simulink®. Dessa maradiância e temperatura de neira, na Tabela IV tamoperação das células foto- bém são apresentados voltaicos foram de 843W/ alguns resultados de sim2 e 51,1ºC respectiva- mulações realizadas utiTemp. mente, obteve-se uma dis- lizadno um modelo pre- Nº de Pmáx Voc Vmpp Impp Isc Irradiância dos crepância bem maior, em existente no MATLAB®, Módulos [W] [V] [V] [A] [A] [W/m2] Módulos torno de 4,77%. Tal resul- denominado PV Array, e [ºC] tado pode ser atribuído às outro modelo desenvol8 788,32 155,2 120,56 6,54 7,26 746 53 inerentes perdas por Mis- vido por pesquisadores match devido à associação do Núcleo de Redes Elé1 98,54 19,4 15,07 6,54 7,26 746 53 em série de módulos foto- tricas Inteligentes (NREI) voltaicos com característi- da UFU. Em trabalhos 1 132,7 19,6 15,4 8,52 9,52 1000 25 cas bem diferentes. A Ta- futuros, esses dados se1 135,0 22,1 17,7 7,63 8,37 1000 25 bela IV evidencia os valores rão de suma importância para avaliação final acerde Voc, Isc, Vmpp, Impp e Pmáx Fig. 8. Curvas características dos módulos fotovoltaicos obtidos durante a realiza- ca da eficiência do siste- KD135SX-UPU fornecidas pelo fabricante (AZUL), e obtidas em laboratório para as condições de teste padrão (VERDE) e para as condições de ção do teste em questão. ma como um todo. Adicionalmente, diante operação (OPC) durante a realização do ensaio (VERMELHO). Na Universidade Federal

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ção média quando lineares presentes na inscomparada à energia talação (reatores eletrônieólica. cos, fontes de alimentação Irradiância (843W/m2) e temperatura (51,1 C) de operação das células fotovoltaicas Medição Neste cenário, chaveadas, etc.) e deve ser Modelo PV Array Modelo UFU Parâmetros em campo este trabalho apre- aferida durante os ensaios do módulo Discrepância Discrepância senta resultados prá- de conformidade a que os FV Valor Valor Valor (%) (%) ticos e teóricos que inversores solares devem evidenciam a eficá- ser submetidos. EntretanVoc [V] 19,60 19,40 -1,02% 19,66 0,31% cia das fer-ramentas to, diante do substancial 6,96 7,17 3,02% 7,19 3,30% Isc [A] computacionais as- aumento do número de mi15,32 15,50 1,17% 16,00 4,44% Vmpp [V] sim como de equi- crogeradores distribuídos pamentos utilizados conectados à rede elétrica 6,28 6,20 -1,28% 6,28 0% Impp [A] para o projeto e im- de baixa e média tensão, 96,29 96,38 0,01%** 100,40 4,27%** Pmáx [W] plantação de Usinas deve-se destacar a impor**Discrepâncias obtidas comparando-se os dados obtidas em condições de operação (OPC). Fotovoltaicas Distri- tância de se investigar a buídas. O sistema da importância de se consi- re-especificação do siste- em questão foi colocado propagação das correntes derar certas questões cor- ma de proteção local, seja em operação no dia 28 de harmônicas geradas pela relatas à temática de quali- aquele relacionado à con- Maio de 2013 em caráter planta fotovoltaica e suas dade da energia e também ces-sionária, seja aquele experimental e a partir de consequências no ponto de de proteção de sistemas, vinculado à cargas espe- Janeiro de 2014 foi conec- conexão comum entre conem parceria com pesquisa- ciais in loco. tado à rede. Os dados ob- cessionária e agente geradores do NREI, estão sendo tidos foram con-frontados dor/consumidor; estudo do IV. CONSIDERAdesenvolvidos estudos de com os dados de projeto comportamento dos inverÇÕES FINAIS análises de impacto da insores solares diante de disDentre as várias possi- e a elevada eficiência do túrbios diversos da rede de serção da microgeração dissistema foi comprovada. tribuída, baseada em ener- bilidades de microgeração Destaca-se que no ano de conexão, tais como VTCD's gia fotovoltaica, na matriz e minigeração distribuída 2014, a Microusina Foto- (Variações de Tensão de energética brasileira. Neste existentes, as quais foram voltaica em pauta gerou Curta Duração), distorções cenário vale ressaltar a im- re-gulamentadas pela RN3.077,11 kWh, equivalente pré-exitentes (background portância de se investigar a 482 da ANEEL, o emprego a 1.454,21 kWh/kWp/ano. distortion), transitórios, propagação das correntes dos painéis fotovoltaicos O fator de capacidade afeetc.; aprofundamentos reharmônicas geradas pela tem ganhado expressivo rido durante o ano de 2014 lativos à reprogramação/ planta fotovoltaica e suas des-taque, devido, entre foi de 16,22% do sistema, re-especificação do sisteconsequências no ponto de outros motivos, ao elevaestando em consonância ma de proteção local, seja do nível de irradiação solar conexão comum entre concom o valor de projeto. aquele relacionado à concessionária e agente gera- média existente no Brasil; No contexto da quali- cessionária, seja aquele dor/consumidor; estudo do à faci-lidade de instalação comportamento dos inver- e manutenção deste siste- dade da energia elétrica in- vinculado à cargas especi sores solares diante de dis- ma quando comparado por jetada, conforme esperado, -ais in loco. túrbios diversos da rede de exemplo ao eólico; à não a distorção harmônica da Este trabalho foi financonexão, tais como VTCD's necessi-dade de ocupação tensão na saída do inversor (Variações de Tensão de de novas áreas uma vez fica abaixo dos 5% previs- ciado pela FAPEMIG através Curta Duração), distorções que os painéis, via de regra, tos pela norma. Já a distor- dos processos APQ-01219pré-existentes (backgrou- são instalados em telha- ção harmônica da corrente 13 e TEC-PPM00565-13, e nd distortion), transitórios, dos e terra-ços e, por fim, é variável, estando forte- pelo CNPq através dos proetc.; aprofundamentos re- ao fato da incidência solar mente atrelada às carac- cessos 406845/2013-1 e lativos à reprogramação/ anual sofrer menor varia- terísticas das cargas não 304307/2013-0. ▪ TABELA IV. ESTES UTILIZANDO 16 MÓDULOS EM SÉRIE o

DADOS DOS AUTORES Professor Dr. Luiz Carlos Gomes de Freitas Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência da Faculdade de Engenharia Elétrica da UFU

MsC. Fernando Cardoso Melo – Aluno de Doutorado Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência da Faculdade de Engenharia Elétrica da UFU

Hiury Silva Gomes – Aluno de Iniciação Científica Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência da Faculdade de Engenharia Elétrica da UFU

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ennerray

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Informação de mercado

Associação deve representar os associados Por: Carlos Evangelista

Prezados colegas do setor solar fotovoltaico, quantas pessoas sabem dizer o número de Associações relacionadas à Energia existentes no Brasil atualmente? • ABCE - Associação Brasileira dos Concessionários de Energia Elétrica • ABEAMA - Associação Brasileira de Energias Alternativas e Meio Ambiente • ABEN - Associação Brasileira de Energia Nuclear • ABENS - Associação Brasileira de Energia Solar • ABESCO - Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia • ABIAPE - Associação Brasileira de Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica • ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica • ABRACE - Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia • ABRADEE - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica • ABRAGE - Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica • ABREGEL - Associação Brasileira de Produtores de Energia Limpa • ABRATE - Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica • ABSOLAR - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica • APINE - Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica • APMPE - Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica; Acima são alguns exemplos, se ainda considerarmos os Institutos atuantes no segmento de Energia Solar ou Energias Renováveis e as ONG’s, esse número mais que quadruplica. Devemos considerar que estamos em um mundo global e dinâmico, onde as coisas ocorrem muito rapidamente e quando percebemos que algo está errado, normalmente já é tarde demais. Precisamos nos mobilizar, nos especializar cada vez mais, focar em nossa atividade principal e para isso as Associações são muito importantes. Mas estas não podem ter objetivos difusos, apesar de legítimos, por vezes diluem o esforço dos associados, perdendo-se a oportunidade de efetivamente catalisar o mercado em nosso favor, assim como responder prontamente as demandas do segmento. O mercado fotovoltaico está amadurecendo, em especial a Geração Distribuída - GD e tudo indica que continuará a se expandir a taxas extremamente altas, demandando a necessidade de uma associação forte e específica para atender as demandas e necessidades desse segmento; com expertise nas especificidades e particularidades da GD. Será bem vinda uma associação composta por empresas atuantes nesse mercado, portanto, que conhecem como ninguém as principais características, aspirações, vantagens, demandas e obstáculos, que uma vez conhecidos, analisados e trabalhados, permitirão que o mercado brasileiro de Geração Distribuída com fonte solar fotovoltaica atinja aos objetivos desejados por todos. Sendo assim, entendemos ser fundamental que empresas atuantes nesse segmento (Geração Distribuída), formem uma associação diferenciada, focada e especializada, com o objetivo de unir e concentrar esforços para, dentre outros fins, buscar os

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objetivos comuns do setor: • Focar ações para fomentar o crescimento do mercado de Geração Distribuída; • Padronizar as regras de conexão nas 63 distribuidoras do Brasil; • Regulamentar normas de instalação para a Geração Distribuída; • Criar uma certificação para Instaladores de Sistemas Fotovoltaicos; • Trabalhar nos agentes financeiros para um efetivo financiamento do setor; • Atuar nos fatores políticos, econômicos e tributários que afetem o setor; • Desenvolver mecanismos de apoio e proteção às empresas associadas; • Unir as Associações e empresas com afinidade a esses objetivos, buscando o crescimento do setor. Todos esses aspectos e outros devem ser tratados por uma Associação formada por empresas que têm na Geração Distribuída sua atividade principal ou que tenham afinidade e/ou clientes relacionados com a Geração Distribuída, que se façam representar com isonomia e com proporcionalidade, enfim, onde todos possam contribuir e todos possam se beneficiar. Setembro de 2015.


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Notas Internacionais

Usina de Energia Solar

Bolívia inaugura sua primeira Usina Solar este final de semana A Bolívia inaugurou sua primeira usina de energia solar fotovoltaica no mês de agosto. Com o objetivo de investir 600 milhões de dólares em energias renováveis até 2020, o país pretende desenvolver 11 projetos sustentáveis, dentre eles a produção de energia limpa, como a solar e a eólica.

De acordo com Eduardo Paz, presidente da Companhia Nacional de Eletricidade do país (ENDE), a nova usina solar está localizada em Villa Bush, na cidade de Cobija, localizada na província de Nícolas Suárez. O novo empreendimento tem capacidade para gerar cerca de 5,1 megawatts. A Usina Solar foi inaugurada pelo presidente Evo Morales em conjunto com o ministro de hidrocarbonetos e Energia, Luiz Alberto Sanchez e Eduardo Paz, presidente da ENDE. “Como ministro (Sanchez) disse, é uma nova experiência para nós mesmos com energia limpa, energia solar. Aqueles que contribuíram com os negócios, muito obrigado, parabéns a ENDE porque graças a eles, temos uma planta de energia solar aqui" ressaltou Morales. O novo empreendimento não causa ne-

nhum dano ao meio ambiente de acordo com Sanchez e garante energia elétrica para o departamento de Pando. Além de beneficiar o meio ambiente, o projeto também irá ajudar o país a economizar na compra de diesel, já que o mesmo custava 1,8 milhões de dólares por ano. Além de energia solar, o ministro ainda ressalta que a intenção é firmar parceria com a ENDE e juntos propor um projeto sustentável que produza energia limpa por 24 horas e seja interligada a rede nacional. “Até 2025 pretendemos aumentar uma potência de 300 MW de energia eólica, solar, geotérmica e conversando com o Presidente, vamos tentar duplicar até 2025 para chegar a 600 MW” completou Sanchez.

Solar Power Plant Bolivia opens its first solar power plant this weekend Bolivia opened its first solar photovoltaic power plant in August. Aiming to invest $ 600 million in renewable energy by 2020, the country intends to develop 11 sustainable projects, including the production of clean energy, such as solar and wind. According to Eduardo Paz, president of the National Society of the country Electricity (ENDE), the new solar plant is located in Villa Bush in the city of Cobija, located in the province of Nicholas Suárez. The new venture has the capacity to generate about 5.1 megawatts. The Solar Power Plant was inaugurated by President Evo Morales together with the minister of oil and energy, Luiz Alberto Sanchez and Eduardo Paz, president of ENDE. "As a minister (Sanchez) said, it is a new experience for ourselves with clean energy, solar energy. Those who contributed to the business, thank you, congratulations to ENDE

Tecnologias em Energia Solar

Apple patenteia tecnologia que usa energia solar em smartphones Em busca de solucionar problemas com as baterias de seus smartphones, a Apple patenteou uma nova tecnologia capaz de carregar o aparelho através de energia solar. De acordo com o site Patently Apple, a empresa divulgou a patente esta semana. A nova tecnologia visa colocar sobre a tela touchscreen dos aparelhos dois mini-painéis solares, os quais irão captar a energia do sol e transformá-la em energia elétrica, carregando assim a bateria do celular. A ideia é instalar os painéis na parte de cima e abaixo da tela do aparelho. A ideia sustentável agregará ainda mais o valor da marca, uma vez que a empresa já mostra interesse no setor desde 2014, onde ofertou vagas de emprego para pesquisadores sobre energia solar. Além dos aparelhos celulares, a nova tecnologia solar também será utilizada em outros aparelhos da empresa, como mouses sem fio. A tecnologia ainda não tem prazo para chegar aos aparelhos da Apple, já que a mesma foi assinada há pouco tempo.

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because thanks to them, we have a solar plant here, "said Morales. The new venture causes no harm to the environment according to Sanchez and ensures electricity to the Pando department. In addition to benefiting the environment, the project will also help the country save on diesel purchases, since the same cost 1.8 million dollars a year. Besides solar energy, the minister emphasized that the intention is to partner the ENDE together and propose a sustainable project that produces clean energy for 24 hours and is connected to the national grid. "By 2025 we intend to increase an output of 300 MW of wind, solar, geothermal and talking to the President, we will try to double by 2025 to reach 600 MW," added Sanchez.

Solar Energy Technologies Apple patented technology that uses solar energy smartphones Seeking to solve problems with the batteries from their smartphones, Apple has patented a new technology able to charge the device through solar energy. According to the site Patently Apple, the company disclosed the patent this week. The new technology aims to put on the touchscreen of the two solar panels mini-devices, which will capture the sun's energy and turn it into electricity, thus charging the phone battery. The idea is to install the panels on top and below the screen of the device. Sustainable idea further aggregate brand value, since the company has already shown interest in the sector since 2014, which has offered job vacancies for researchers on solar energy. In addition to mobile phones, the new solar technology will also be used in other company's devices such as wireless mice. Has not yet run technology to reach out to Apple devices, as it has been signed recently.


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Notas Internacionais

Barack Obama divulgou o plano dos EUA de forma definitiva para redução de gases poluentes na atmosfera No começo de agosto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgará seu plano definitivo para reduzir as emissões de dióxido de carbono na atmosfera. Através de um vídeo postado na sua página, no Facebook, o presidente ressalta que mudança climática é um problema atual e precisa ser combatido. O novo plano estabelecido pelo presidente americano visa determinar limites para as emissões de poluentes por parte de suas usinas de energia. No vídeo, Obama descreve o novo plano como o maior e mais importante passo dado pelo país na luta contra o aquecimento global. O pacote de medidas que será assinado nesta segunda-feira na Casa Branca visa não somente limitar a emissão de CO2 como também aumentar as fontes de energia renováveis do país. Entre os objetivos descritos pelo plano está a redução das emissões pelas usinas de energia em até 32% até 2030. De acordo a Agência Nacional de Proteção Ambiental (EPA em inglês) o aumento de energia limpa, como eólica e solar também serão exigidas no documento. Com o novo acordo, as usinas do país deverão utilizar energia renovável direto, sem usar recursos vistos como menos poluentes primeiro. No vídeo publicado no domingo, 02 de agosto, o presidente Obama ressalta que as novas medidas tomadas pelo governo foram estabelecidas a partir de dados científicos recentes, os quais alertam para o aumento da temperatura global em até dois graus celsius. Apesar da boa intenção do novo plano ambiental, Obama ainda passará por diversos conflitos com legisladores do Partido Republicano, os quais afirmam que as usinas são dependentes de carbono e que sem ele haverá inúmeros fechamentos de usinas e consequentemente de empregos.

Chile investe 2 bilhões de dólares em Energia Solar O Centro para Inovação e Desenvolvimento de Energia Sustentável (CIFES), localizado no Chile, destacou que projetos de energia solar estão sendo construídos no país a fim de aumentar o uso de energia limpa nos próximos anos. De acordo com Patrick Goyeneche, analista da CIFES, existem 86% de projetos sustentáveis em construção e 58% já aprovados para a mesma finalidade. Segundo Goyeneche, a produção de energia solar e eólica aumentou neste mês de julho no Chile, subindo para 2278 megawatts de energia renovável em operação no país. Atualmente a energia eó-

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lica é a que mais produz em 2015, sendo 112 MW em construção e 5000 MW já aprovados, porém a produção de energia solar vem se destacando e obtendo um investimento de dois bilhões de dólares já aprovados. De acordo com o Relatório CIFES sobre o estado de energia renovável não convencional (ERNC) no Chile, a energia renovável representou 10,32% das ações negociações no mercado nacional de eletricidade só no mês de junho. O relatório demonstrou que foram injetados cerca de 621GWh de energia renovável no país, providos de energia eólica com 204GWh, biomassa com 194GWh, hidrelétricas com 118GWh, energia solar com 84GWh e biogás com 21GWh. Além da produção, o mês de junho terminou com seis novas iniciativas em avaliação ambiental onde está previsto a construção de um parque eólico, três usinas de energia solar, uma usina de biomassa e um centro de energia solar concentrada.

Barack Obama announced the US plan permanently to reduce greenhouse gas into the atmosphere In early August the US president, Barack Obama, will release its final plan to reduce carbon dioxide emissions into the atmosphere. Through a video posted on his page on Facebook, the president points out that climate change is a current problem and needs to be fought. The new plan established by US President seeks to establish limits on emissions of pollutants from its power plants. In the video, Obama described the new plan as the largest and most important step taken by the country in the fight against global warming. The package of measures which will be signed on Monday at the White House seeks not only to limit the CO2 emissions as well as increasing renewable energy sources in the country. Among the goals outlined in the plan is reducing emissions from power plants by up to 32% by 2030. According to the National Environmental Protection Agency (EPA in English) the increase in clean energy such as wind and solar will also be required in the document. Under the new agreement, the power plants of the country should use direct renewable energy, without using resources seen as less polluting first. In the video posted on Sunday, August 2, President Obama stressed that the new measures taken by the government were established from recent scientific data, which warn of the rise in global temperature to two degrees celsius. Despite the good intentions of the new environmental plan, Obama still undergo several conflicts with GOP lawmakers, who say the plants are dependent on carbon and that without it there will be numerous closures of plants and consequently jobs.

Chile invests $ 2 billion in Solar Energy The Center for Innovation and Sustainable Energy Development (CIFES), located in Chile, said that solar energy projects are being built in the country in order to increase the use of clean energy in the coming years. According to Patrick Goyeneche, an analyst at CIFES, there are 86% of sustainable projects under construction and 58% already approved for the same purpose. According Goyeneche, production of solar and wind power increased this July in Chile, up to 2278 megawatts of renewable energy in operation in the country. Currently, wind power is the most produced in 2015, with 112 MW under construction and 5,000 MW already approved, but the production of solar energy has been outstanding and obtaining an investment of two billion dollars already approved. According to the CIFES Report on unconventional renewable power state (ERNC) in Chile, renewable energy accounted for 10.32% of all trading shares in national electricity market only in June. The report showed that were injected about 621GWh of renewable energy in the country, wind power provided with 204GWh, 194GWh biomass, hydropower with 118GWh, solar energy and biogas 84GWh with 21GWh. In addition to production, the month of June ended with six new initiatives on environmental assessment which is planned to build a wind farm, three solar power plants, a biomass plant and a concentrated solar energy center.


Rede Social Facebook divulgou construção de um Drone movido à energia solar capaz de levar internet para regiões pobres As tecnologias sustentáveis estão cada vez mais presentes no cotidiano da população mundial. A rede social Facebook divulgou durante a semana passada que irá oferecer acesso à internet de banda larga para regiões que não possuem o serviço através de um Drone, tecnologia capaz de sobrevoar regiões e que não necessita de pilotos para guiá-la. Batizado de Aquila, a nova tecnologia disponibilizada pelo site é movida através de energia solar e poderá permanecer no ar por até três meses com a ajuda de enormes painéis solares. De acordo com os desenvolvedores o drone também é capaz de ficar a mais de 18 km do solo. O Drone funcionará através de uma antena gigante capaz de distribuir o acesso à rede e cobrir mais de 80 km de área. Sua infraestrutura é grande, porém leve pesando somente 400 kg. A parte interna da tecnologia é feita de espuma e a camada externa de fibra de carbono. O Facebook ainda está desenvolvendo o projeto, porém sua divulgação foi realizada nos últimos dias com a intenção de capitalizar o esforço. De acordo com Jay Parikh, vice-presidente de engenharia do Facebook, a empresa destacou que não pretende financiar o projeto sozinha. “Nossa intenção não é construir redes e, em seguida, operá-los nós mesmos, e sim avançar rapidamente o estado destas tecnologias até o ponto em que elas se tornam soluções viáveis para serem implementadas pelas operadoras e por outros parceiros” explicou ele. A ideia da empresa de Mark Zuckerberg é ajudar regiões limitadas ao acesso à internet e assim consequentemente também aumentar a base de seus usuários. Parikh ressaltou que em menos de dois os testes com os drones serão realizados em algum lugar dos Estados Unidos. A intenção é criar futuramente uma frota de até mil “Drones” capazes de levar o acesso a internet para as pessoas.

Projeto de energia solar visa carregar celulares em pontos de ônibus Em busca de unir tecnologia e sustentabilidade, engenheiros do estado do Espirito Santo, criaram um sistema fotovoltaico capaz de oferecer energia elétrica gratuita para os usuários. Ainda em fase de testes, o novo projeto busca ser adaptado em outros equipamentos públicos, como pontos de ônibus, por exemplo. A nova tecnologia possui dois protótipos instalados na Faculdade da Serra, onde foram instalados em dois pontos de ônibus e permitem que os usuários recarreguem aparelhos eletrônicos através de uma entrada USB enquanto esperam o transporte coletivo. Além disso, a energia produzida pelos paneis solares instalados no local também alimenta as luminárias. Segundo a empresa responsável pela criação do projeto, Bitcaste, cada ponto de ônibus poderá gerar uma capacidade de potência de 250 watts e ainda pode armazenar energia para ser utilizada durante a noite. A ideia é expandir o projeto cada vez mais, adaptando-o para outros espaços públicos como orlas e áreas turísticas. De acordo com um dos sócios da Bitcaste, Vitor Lima, o projeto visa crescer junto com as demandas de energias renováveis do país. ”A pessoa pode recarregar seu celular enquanto espera o ônibus, lê um livro em um parque, ou apenas em um momento de descanso ou passeio" ressalta ele.

Social network Facebook announced construction of a solar-powered drone able to take Internet to poorer regions Sustainable technologies are increasingly present in the daily lives of the population. The social network Facebook has released over the past week that will provide access to broadband internet to areas that lack the service through a Drone, technology able to fly over regions and requires no pilot to guide it. Named Aquila, the new technology provided by the site is powered by solar energy and can stay aloft for up to three months with the help of huge solar panels. According to the developers drone is also able to be more than 18 km from the ground. The Drone will run through a giant antenna capable of delivering network access and cover over 80 km area. Its infrastructure is large but lightweight weighing only 400 kg. The inner part of the technology is made from foam and the outer layer of carbon fiber. Facebook is still developing the project, but its release was held in recent days with the intention to capitalize on the effort. According to Jay Parikh, vice president of engineering of Facebook, the company stressed that does not intend to finance the project alone. "Our intention is not to build networks and then operate them ourselves, but quickly advance the state of these technologies to the point where they become viable solutions to be implemented by operators and other partners," he explained. The idea of Mark Zuckerberg's company is helping regions limited to Internet access and so consequently also increase the base of its members. Parikh said that in less than two tests with drones will be held somewhere in the United States. The intention is to create the future a fleet of up to a thousand "Drones" capable of bringing internet access to people.

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Case de Sucesso

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m 1994, Ricardo Lima, Diretor da SER, viajou aos Estados Unidos para ver o primeiro show do Pink Floyd na turnê Pulse. Além da excelente música, ele encontrou uma novidade que mudaria para sempre sua vida. Um sistema de bombeamento de água com Energia Solar Fotovoltaica, que adquiriu para instalar em sua casa de praia, na Vila Caraíva, Porto Seguro, no sul da Bahia. O sistema era tão inovador e eficaz, que seus vizinhos começaram a solicitar que ele disponibilizasse estes kits importados para instalação em suas residências, assim nasceu a empresa SER. Desde então, muitas instalações começaram a serem feitas em; casas, pousadas, bares, restaurantes, escolas, postos de saúde etc. Para evitar o transporte e uso de água de baixa qualidade da beira do rio Caraíva para a parte alta da comunidade, instalaram gratuitamente um grande sistema de bombeamento de água submersa, de boa qualidade, que proporcionou um enorme alivio para mulheres e crianças que carregavam latas e baldes diariamente.

Já com a empresa estabelecida, começaram a surgir novas oportunidades e demandas. Paralelamente aos trabalhos na Bahia, a empresa sagrouse vencedora em 1995, da primeira grande licitação de bombeamento de água com Energia Solar Fotovoltaica da América Latina contratada pela COPASA - MG. Esta licitação marcou o inicio de um grande trabalho de natureza social e humanitária. O projeto visava

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atender comunidades carentes desprovidas de água e luz nas regiões de extrema pobreza do Estado de Minas Gerais. Durante três anos foram atendidas mais de 180 localidades, contando também com o apoio da CEMIG. Segundo Ricardo Lima, a primeira unidade foi no município de São João da Ponte-MG: ``após a descida da bomba que equiparia o poço, no momento em que a equipe estava em fase de montagem das estruturas, notamos um senhor com um burro de carga transportando dois grandes vasilhames de metal contendo água, indo em direção a uma casinha de sapé próxima. Em seguida uma senhora de idade veio em nossa direção carregando uma bandeja forrada de renda, e alguns copos com um liquido claro. Ficamos na duvida se era leite raleado, mas na verdade era a água que eles usavam para todo o consumo. Apesar do gosto péssimo não recusamos, em retribuição a um ato de tanta cordialidade e educação. Logo após o início da operação, retribuímos todas estas gentilezas, com um potente jato de água cristalina de poço profundo, em abundância. Toda comunidade se dirigiu ao local com olhares de espanto, indagação e extrema felicidade. Este episódio nos marcou para sempre, nos estimulando naquela grande jornada de instalações que teríamos pela frente``.

Além de Minas Gerais, empresa também instalou poços profundos com Energia Solar Fotovoltaica em aldeias indígenas em Amazonas, Bahia e Goiás. Em 2002 na Amazônia, algo muito interessante ocorreu, quando analisando quem seria o mais indicado da equipe de instaladores a desenvolver

este trabalho, foi decidido que a pessoa a ser enviada para o projeto seria o Diretor da empresa, Ricardo Lima, pelo fato de sua experiência e conhecimento do local e adjacências. Ele relembra: ´´chegando na cidade de Tabatinga divisa com a Colômbia, juntamente com uma equipe da FUNASA, navegamos até Atalaia do Norte e de lá partimos para as aldeias 500 km rio acima na fronteira com o Peru. Fizemos a instalação do sistema de bombeamento e tivemos como prêmio o sorriso radiante daqueles que foram beneficiados. Já na aldeia da segunda instalação tivemos oportunidades únicas de interação com animais e com a natureza do local. A integração da Tecnologia Solar Fotovoltaica com a natureza exuberante da vida amazônica realmente foram marcantes para toda equipe, e ainda tivemos oportunidade de trocar várias experiências com os índios das aldeias.´´

Um dos grandes projetos da empresa ocorreu nas instalações das 1800 escolas rurais contratadas a BP Solar pelo Ministério de Minas e Energia. A SER executou 140 sistemas em Minas Gerais e 02 na Bahia, situados na Vila de Caraíva. Nos últimos anos a SER, atuou com grande destaque no mercado de saneamento básico, mas sempre de olhos atentos a evolução do setor solar fotovoltaico. Atualmente a empresa vem trabalhando com forte dedicacao e empenho em solucões para Geracão Distribuída nos mercados residenciais, comerciais e usinas. ´´O que no passado parecia um sonho, hoje é consagrado como uma realidade inquestionável´´ finaliza o empresário. ▪


Empresas de Sucesso

Empresa Austríaca é um dos grandes destaques do setor de Energia Solar no Brasil Desde 1992, lidamos intensamente com a questão da energia solar. Nosso objetivo é revolucionar o abastecimento de energia da terra, a fim de ganhar a independência energética. Em primeiro plano está a melhor qualidade em tudo o que fazemos. Isto é evidente não só nos nossos eficientes retificadores alternados acoplados à rede, mas também em nossa ampla gama de produtos para monitoramento de sistemas. Independência energética, no entanto, requer mais do que ener-

Yingli Solar (NYSE: YGE) faz com que a energia solar chegue até as comunidades rurais mais longíquas, usando nossa fabricação e logística profissional global para enfrentar os diferentes desafios locais. Como um dos maiores fabricantes de painéis solares do mundo, nossas equipes de especialistas locais são capacitados para levar a energia solar para comunidades ao redor do mundo. Mais de 40 milhões de painéis solares Yingli (que representam mais de 13 Giga watts) foram enviados para mais de 50 países, incluindo a Alemanha, Espanha, Itália, Grécia, França, Coréia do Sul, China, Japão, Brasil, Austrália, África do

gia fotovoltaica temporariamente disponível: Por esta razão, a Fronius pesquisa há anos o armazenamento eficiente de energia solar. Com o desenvolvimento do Fronius Energy Cell estabelecemos um marco neste setor. O objetivo consiste em armazenar a energia fotovoltaica em excesso, na forma de hidrogênio e, quando necessário disponibilizá-la novamente como energia. A alta qualidade da Fronius não se prende somente em nossos produtos: O Suporte técnico assim como

Sul, México e Estados Unidos. Nossos painéis solares confiáveis têm sido aprovado nos testes realizados em diversos climas e ambientes e em quase todo lugar sob o sol. Enquanto o mundo enfrenta energia sem precedentes e desafios ambientais, continuamos comprometidos com a nossa missão: Fornecer energia limpa a preços acessíveis para todos. Capacidade de Produção do Módulo Solar Nosso modelo de negócios verticalmente integrada abrange todo o processo de produção do painel solar, de poli silício de lingotes e de células solares para painéis solares de qualidade. Desde 1998, nossa capacidade de produção cresceu de 3 MW para 2.45 GW hoje. Prêmios O nosso compromisso com o meio ambiente e a

o incomparável Programa Fronius Service Partner são características únicas e partes essenciais da nossa filosofia. A Fronius, a cada desenvolvimento, examina cuidadosamente as tecnologias existentes no mercado e encontra ideias inovadoras e novas soluções. Soluções, com as quais deslocamos diariamente os limites da energia solar. Maiores informações: Site: www.fronius.com

comunidade ao longo de tantos anos nos garantiu um grande reconhecimento. Alguns dos principais prêmios recebidos incluem: • Prêmio de Melhor Marketing Esportivo pela Copa da FIFA de 2010 • 1º Prêmio Inovação e tecnologia Brasil Solar • Companhias chinesas com menores emissões de carbono em 2010 • “Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Relatório da Indústria Fotovoltaica (“FV”) de 2011” • Empresa Ecologicamente Amigável da China Sustentabilidade Como uma companhia líder global em energia renovável, a Yingli Green Energy entende que o legado que deixamos como cidadão corporativo não se baseia apenas nos tipos de

produtos que fabricamos, mas também nos métodos que empregamos nas nossas fábricas de produção. Os nossos processos de produção se baseiam em uma combinação de diversas fontes energéticas, tais como, eletricidade, gás natural, calor e água. Estabelecemos metas de redução de consumo de energia que atendem ou superam as metas Chinesas e Internacionais de Mudança Climática e empregamos mecanismos para utilizar fluxos de resíduos primários para fins secundários. Para ajudar a mitigar o uso de eletricidade, continuamos construindo sistemas fotovoltaicos que geram eletricidade especificamente para as nossas fábricas que já possuem mais de 20 MW dos nossos módulos instalados. RBS Magazine

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Notas

Empresa Suíça de Energia Solar estuda instalar fábrica do Brasil A empresa suíça de painéis solares Ecosolifer AG demonstrou interesse para investir no Brasil, especificamente no estado de Goiás. De acordo com o representante da empresa aqui no país, Bruno Zacharias, a infraestrutura e a logística do estado chamaram a atenção da empresa. Segundo Zacharias, a multinacional pretende instalar uma de suas fábricas no país em breve. Apesar de já ter escolhido o Brasil para investir em energia solar, a empresa demorou alguns meses até definir o local das novas instalações. A definição saiu do papel a partir de uma parceria realizada entre a Ecosolifer AG e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) durante evento em Hamburgo, na Alemanha. “Neste evento, recebemos a visita de representantes de diferentes estados brasileiros que participavam da feira, entre eles, Goiás, que demonstraram interesse em negociar conosco” explicou Za-

charias. O objetivo da Ecosolifer AG é definir o local e as demais prioridades até abril de 2016. Até lá será feito um relatório completo que será encaminhado para a matriz na suíça e então decidido aonde realmente a fábrica irá se instalar. Até o momento cinco estados brasileiros já foram visitados (Goiás, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Santa Catarina). O investimento está avaliado em 150 milhões de reais. A sua implantação e produção gerará cerca de 180 empregos diretos, sendo a maior parte das vagas para técnicos com alta qualificação. A meta inicial da empresa suíça é fabricar 80 megawatts de painéis no primeiro ano e chegar a 200 megawatts nos próximos. Reconhecida pela eficiência dos painéis solares produzidos, a Ecosolifer importa materiais da Hungria. Futuramente a ideia é trazer a tecnologia produzida lá para o Brasil.

Switzerland Solar Energy Company studying install factory in Brazil The Swiss solar panels company's Ecosolifer AG showed interest to invest in Brazil, specifically in the state of Goias. According to the company representative here in the country, Bruno Zacharias, the infrastructure and the state logistics caught the attention of the company.

Brazilian Agency for Export and Investment Promotion (Apex-Brazil) at an event in Hamburg, Germany. "In this event, we were visited by representatives of different Brazilian states participating in the fair, among them Goias, who showed interest in trading with us," said Zacharias.

According to Zacharias, the multinational want to install one of its plants in the country soon. Despite having chosen Brazil to invest in solar energy, the company took a few months to set the location of the new facilities. Setting got off the ground from a partnership held between Ecosolifer AG and the

The goal of Ecosolifer AG is to define the location and other priorities until April 2016. Until then a full report will be made which will be forwarded to headquarters in Switzerland and then decided where actually the plant will be installed. So far five Brazilian states have been visited (Goias, Bahia, Minas

Aeroporto Indiano será o primeiro do mundo a operar com 100% de energia solar Um comunicado divulgado pelo Aeroporto Internacional de Cochim, localizado no Sul da Índia, destaca que o mesmo será o primeiro aeroporto do mundo a operar completamente em energia solar. A usina solar montada no local foi inaugurada pelo ministro Hon. Chief Mr.Oommen Chandy, e terá capacidade de produzir cerca de 12MWp. A estrutura do aeroporto terá cerca de 46,170 painéis solares, os quais serão fixados perto dos complexos de carga. A produção de energia limpa gerada a partir dos painéis solares será capaz de abastecer todas as funções operacionais do aeroporto. Por já manter uma filosofia de desenvolvimento sustentável, o aeroporto faz testes de produção de energia solar desde 2013. A primeira instalação foi feita na entrada do aeroporto. A partir dos testes iniciais, o aeroporto decidiu então se tornar o primeiro a ser alimentado 100% com energia solar. Os painéis serão espalhados ao longo de 18 hectares de terreno. A iniciativa sustentável fará com que 300 mil toneladas de dióxido de carbono deixem de ser emitidos nos próximos 25 anos. De acordo com o comunicado está quantidade de carbono equivale a três milhões de árvores.

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Gerais, Pernambuco and Santa Catarina). The investment is valued at 150 million. Their deployment and production will generate about 180 direct jobs, the majority of vacancies for highly qualified technicians. The initial goal of the Swiss company is to manufacture 80 MW of panels in the first year and reach 200 megawatts in the next. Recognized by the efficiency of the produced solar panels, Ecosolifer matter of Hungary materials. In the future the idea is to bring the technology produced there for Brazil.

Indian airport will be the world's first to operate with 100% solar energy A statement released by the Cochin international airport, located in southern India, points out that it will be the first airport in the world to operate completely on solar power. The solar power plant mounted on the site was opened by the Hon. Chief Minister Oommen Chandy, Mr. and will have capacity to produce about 12MWp. The structure of the airport will take about 46.170 solar panels, which will be established near the complex. The production of clean energy generated from solar panels will be able to supply all the operational functions of the airport. You maintain a philosophy of sustainable development, the airport tests solar energy production from 2013. The first installation was done at the entrance to the airport. From the initial tests, the airport decided to become the first to be 100% powered with solar energy. The panels will be spread over 18 acres of land. The sustainable initiative will make 300 thousand tons of carbon dioxide be issued over the next 25 years. According to the Communique's amount of carbon is equivalent to three million trees.


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