RBS Magazine ED. 17

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Vol. 03 - Nº 17 - JUL/AGO 2017

Geração Distribuída ultrapassa 12 mil conexões

com crescimento recorde ISSN 2526-7167

www.revistabrasilsolar.com



Nota do EDITOR

O

dinâmico e jovem mercado de energia solar no Brasil cresce a passos largos, entre 350% e 400% ao ano, números que vão no sentido oposto da economia estagnada por conta das crises politica e éticas que o país vive. No que tange os custos, a redução expressiva de preço de sistemas de geração distribuída no Brasil, da ordem de 30% entre 2016 e 2017, demonstra que o mercado está bastante competitivo. O mercado cresce, mas é de forma sustentável?

elétrica, criou as condições ideais para um país tropical.

Apesar de ter instalado meu primeiro sistema solar fotovoltaico na Bahia em 1994, e entre 1998 e 2003 ter apoiado mais de 30 mil instalações (1,5 MWp) no sertão, somente em 2012 este mercado começa a ganhar a escala vista hoje. Aqueles 1,5 MWp iniciais nem fazem parte das estatísticas do setor de energia do Brasil, porque ficaram associadas aos programas de “Combate a Pobreza” do estado e totalmente desprestigiado pelas concessioA tecnologia solar fotovoltai- nárias de energia, permanecendo ca está disponível desde 1954, e no anonimato até hoje, mas isto consistia de pequenas tiras a base é história para outro momento, a de silicone do tamanho de uma questão é que não se sabe nada lâmina de barbear com eficiên- sobre os sistemas solares instacia de 6% (AT&T, 2017). Os atuais lados no Brasil, nem antes, nem módulos comerciais de silicone, agora. poli ou mono cristalinos, conO ponto central é que o mervertem pouco menos de 20% da energia solar em eletricidade, já cado Brasileiro de energia solar permitindo uma geração de ener- fotovoltaica está bastante comgia competitiva em vários nichos. petitivo e possui uma história no Assim, a maior eficiência, aliada setor de energia de mais de três ao aumento do preço da energia décadas. O que não sabemos res-

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ponder antes, e agora também, é quanto de energia elétrica se gera com a tecnologia solar no país. Contabilizamos as capacidades instaladas mensalmente, acompanhando as instalações reportadas pela ANEEL, e nada mais sabemos coletivamente sobre a geração. Me fizeram esta pergunta na semana passada: quanta energia está sendo gerada com os mais de 12.000 sistemas registrados na ANEEL (Julho 2017)? Qual a eficiência de geração dos sistemas fotovoltaicos? Caberiam às concessionárias informar com maior transparência estes dados? Fui indagado. O certo é que a energia solar só vai crescer, e conhecer a produção de energia ajudará a melhorar o marco regulatório e traçar programas de longo prazo, inclusive ajudar na formatação de modelos financeiros mais adequados para a tecnologia, uma barreira ainda a ser vencida. Aurélio Souza

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Artigo

GD – Consolidação da Geração Distribuída Para onde caminhamos afinal?

Carlos Evangelista é fundador e presidente da ABGD – Associação Brasileira de Geração Distribuída

O

mercado livre de energia elétrica, também conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL), é um mercado em que os consumidores podem escolher livremente seus fornecedores de energia, exercendo seu direito à portabilidade da conta de luz. Nesse ambiente, consumidores e fornecedores negociam diretamente os preços, prazos de pagamen-

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to e demais condições de contratação de energia. Para fazer parte desse restrito mundo, onde se comercializa mais de 60% da energia consumida no Brasil, é necessário que se tenha um consumo de ao menos 3 MW de potência ou que se enquadre como “Consumidor Especial”, aquele com demanda entre 500 kW e 3MW, e que poderá adquirir energia de qualquer fornecedor, desde

que a energia adquirida seja oriunda de fontes incentivadas especiais (eólica, pequenas centrais hidrelétricas - PCH´s, biomassa ou solar fotovoltaica). A opção tradicional da absoluta maioria dos consumidores brasileiros é adquirir a energia no Ambiente de Contratação Regulada ACR. Trata-se da contratação compulsória via a distribui-



gressar no sistema dentro dos parâmetros regulatórios.

dora da região em que estão fisicamente (no Brasil existem 63 distribuidoras de energia, atuando nos 27 estados brasileiros). As tarifas pelo consumo da energia são fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica -ANEEL e não podem ser negociadas entre fornecedor e consumidor.

Em um ambiente assim, devido as especificidades do mesmo, o consumidor pode espernear, chorar, gritar, escrever cartas e mais cartas à ouvidoria, enviar e-mails a ANEEL (órgão regulador do setor), mesmo assim, ele não poderá trocar de fornecedor de energia.

No Brasil você trocar de operadora de celular, carro, provedora de Internet, plano de saúde, de escola, médico, governo e até de cônjuge, mas de distribuidora de energia não pode. Não interessa se a luz pisca todos os dias, se a “conta de luz” (fatura de energia) vem errada (para mais), se há oscilações ou se a distribuidora demora 6 meses para fazer uma conexão de Geração Distribuída (a resolução prevê 34 dias), você é obrigado a todos os meses, faça sol ou faça chuva, pagar pelos Trata-se de um merca- serviços prestados, sejam do cativo, uma espécie de estes satisfatórios ou não. monopólio regulado, segApesar da impossibilimentado por região, com respaldo legal, evidente- dade regulatória de escomente, e que segue regras lher o próprio fornecedor, e leis específicas do setor, após a REN 482/2012 da visando estabelecer um ANEEL, modificada e meequilíbrio entre as partes e lhorada pela REN 687/2015 já é possível a todo consua estabilidade do sistema. Todos os consumidores residenciais estão nesse mercado, assim como muitas empresas comerciais, indústrias e consumidores rurais. Estima-se que existam por volta de 80 milhões de pontos de consumo, e segundo a ANEEL, ingressam a cada ano mais 2 milhões de novos consumidores.

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Não há espaço aqui para discorrer sobre todas as premissas necessárias para se conectar ao sistema de compensação (net metering), mas existe uma em especial que é a base de qualquer projeto de médio e longo prazo. Chama-se Estabilidade Regulatória, diretamente ligada a segurança jurídica, ou seja, os consumidores, empresas, investidores, todos os agentes envolvidos nessa operação, esperam que as regras estabelecidas sejam midor brasileiro, aprovei- cumpridas e não mudem tando-se da tecnologia e esporadicamente de acordas vantagens da geração do com a discricionariedadistribuída, produzir, par- de do agente regulador. cialmente ou totalmente, a Tais mudanças estão sua própria energia. previstas na própria norA resolução veio para ma e exceto se houver um regular e dar os parâme- grave problema ou assunto tros ao mercado de como urgentíssimo para ser soluos consumidores devem cionado, estas não devem fazer, operacionalmente mudar sob pena de colocar e legalmente, para se co- todo o sistema em descrénectar à rede de distribui- dito. ção de sua distribuidora de Recentemente a ANEenergia e fornecer energia através do sistema de com- EL abriu a audiência pública pensação adotado no Bra- no.037/2017 para atualização da resolução normasil (net metering). tiva nº 482/2012, a qual Podem fazer isso utili- estabelece as condições zando-se de diversas tecno- gerais para o acesso de milogias, com as mais diversas crogeração e minigeração fontes renováveis dispo- distribuída aos sistemas de níveis (solar fotovoltaica, distribuição de energia elébiomassa, eólica, biogás, trica, o sistema de compenCGH´s, etc), sendo assim, sação de energia elétrica e a geração distribuída, além dá outras providências. de todas as vantagens que A Nota Técnica n° traz no campo econômico, técnico, ambiental e social, 068/2017-SRD/ANEEL anatransformou-se também lisou três alternativas de em uma válvula de escape tratamento regulatório (p/ para esses consumidores alterar a REN482/ANEEL) visando elevar de 3 MW do mercado cativo. para 5 MW o limite de poEvidentemente, para tência de minigeração disfazer isso é necessário um tribuída de fonte hidráuliinvestimento inicial, além ca. Apesar da Nota Técnica de condições técnicas mí- 068/2017, preparada por nimas para se conseguir in- especialistas do mais alto


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Gráfico adaptado da pesquisa da Greener.

É a instabilidade regulatória! nível da própria agencia reguladora, recomendar O empresário e seus clientes querem claramente a alternativa 1, ressaltando como motivo ter certeza que as regras que estão principal a estabilidade reestabelecidas serão respeitadas e gulatória, o relator do prosem chances de modificações fora cesso optou pela alternativa 3, ou seja, mudar a regra do já previsto na própria resolução no meio do jogo (impondo restrições a quem já estava em seu art.15... migrando), o que é terrível Na audiência pública ta para 2019 é um péssimo para a estabilidade do mercado de GD. Para ilustrar para manifestação oral dos sinal para o mercado. Seria melhor, seguem as opções interessados, realizada no um precedente perigoso, dia 20 de julho na ANEEL, criando mais insegurança da NT da ANEEL: em Brasília, das 27 mani- jurídica aos clientes e invesfestações orais, quase to- tidores. Isso foi um assunto • Alternativa 1: das, mais precisamente, 22 que sempre preocupou as Manutenção dos limi- associações, entidades e empresas e investidores. tes atuais de enqua- empresas do setor dentre Uma das melhores, as quais ABGD, ABRAPCH, dramento; ABRAGEL, Canadian, Ener- senão a melhor pesquisa giciti, Futura Energy, San- feita no mercado sobre as • Alternativa 2: tander, Conselho dos Con- empresas do segmento de Elevação do limite de 3 sumidores da Energisa MT/ GD da fonte solar fotovolMW para 5 MW, per- MS & Ampla (representan- taica é a pesquisa da Greemitindo quaisquer cen- do 10 milhões de consumi- ner (Análise do Mercado FV trais de geração (exis- dores), etc, manifestaram- de GD - 2º Semestre/2017). se pela Alternativa 1 da Nessa pesquisa é possível tentes ou novas); NT da ANEEL, ou seja, não identificar claramente a modificar neste momento principal preocupação dos • Alternativa 3: a REN 482/2012; em nome empresários do setor refeElevação do limite de da estabilidade regulatória rente ao mercado de geraminigeração distribuí- e segurança jurídica. Ma- ção distribuída sob os molda hidráulica de 3 MW nifestaram-se a favor da des da REN 482/2012. para 5 MW, vedando a alternativa 3 a ABRADEE, É a instabilidade reparticipação no siste- CEMIG, Elektro, Energisa e gulatória! O empresário e ma de empreendimen- Absolar. seus clientes querem ter tos já existentes (indeMudar a REN 482/ANE- certeza que as regras que pendentemente de sua EL antes da revisão previs- estão estabelecidas serão potência ou fonte). 8

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respeitadas e sem chances de modificações fora do já previsto na própria resolução em seu art.15, exceto, evidentemente, em um caso extremamente excepcional. Sobre a necessidade de estabilidade regulatória. É consenso no mercado e está inclusive explícito no estudo da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica): Aperfeiçoamento do Setor Elétrico Brasileiro; transcrito a seguir, “que a expansão da matriz elétrica brasileira e a sustentabilidade financeira do setor elétrico dependem de um ambiente dominado pela estabilidade das regras de mercado, sendo um elemento fundamental, responsável pela segurança e atratividade de novos investimentos em projetos de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. Desde a edição da Medida Provisória 579, convertida na Lei 12.783, o setor vem passando, por um turbilhão de mudanças e criou um ambiente de judicialização, que está


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afetando a segurança do mercado e a atração de investimentos, especificamente dos capitais privados. Nos últimos cinco anos, o setor sofreu diversas mudanças ou ajustes, de pequeno, médio ou grande impacto, o que traz um clima de incerteza e insegurança para o mercado e para os investidores. É necessário simplificar o setor elétrico, criando regras e políticas estáveis e duradouras, com mecanismos previsíveis, capazes de dar segurança aos negócios, o que seria possível com o estabelecimento de processos formais para a formulação dos regramentos, definindo-se os mecanismos necessários para a evolução de todas as etapas até a sua completa implementação.

Complementar a este maior envolvimento setorial na definição de regras e políticas setoriais está a necessidade de aperfeiçoamento e fortalecimento dos processos de audiências e consultas públicas, instrumentos indispensáveis para a transparência de toda e qualquer decisão governamental.”

Em um ambiente tão volúvel e instável como o que estamos vivendo, fica muito difícil alcançar Torna-se indispensável o almejado crescimento a participação dos agen- sustentável do setor, fato tes setoriais ao longo de tão desejado por todos os todo o processo de formu- agentes do mercado. lação e implementação de Mesmos assim, com toda e qualquer regra. Tal caminho ajudaria a evitar todas as peripécias, o cresfuturos questionamentos cimento de GD no Brasil, jurídicos por conta de com- apesar de ser infinitamente plexidades e ambiguidades menor que o experimentados textos, que provocam do em outros países, tem alcançado um desenvolinterpretações variadas.

Fonte: apresentação Abrace.

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vimento continuo desde a implementação da REN 482/2012, verdade, muito menor do que o esperado, no entanto, considerando todas as dificuldades regulatórias, instabilidade do pais, recessão na economia e imprevisibilidade política, e portanto, das políticas públicas de fomento ao setor, ainda assim o setor vem crescendo fortemente.

Outra observação importante é que a maioria dos sistemas continua sendo de fonte solar fotovoltaica, provavelmente devido as suas características de modularidade, facilidade de instalação, custos decrescentes do CAPEX aliados a um OPEX baixo.

Apesar da maioria dos sistemas ser de fonte solar fotovoltaica, quando comparamos por potência insHá estudos relatando talada, os valores absolutos que esse número seria três das outras fontes crescem vezes maior, devido a um consideravelmente. grande número de sisteTambém se percebe mas ainda não conectados (em fase burocrática de so- que alguns Estados comelicitação de conexão) e um çam a despontar em reoutro número grande de lação aos outros, notadasistemas não reportados a mente o Estado de Minas ANEEL, no entanto, como Gerais, devido aos seguinesses são os números ofi- tes fatores: ciais do agente regulador, No Estado de Minas preferimos manter o gráfiGerais, o primeiro colocado co.



fonte solar fotovoltaica, mundial; dá ao consumitem sido um dos segmen- dor (agora chamado de em número de conexões e DE" (apoiado pela ABGD), tos do mercado que mais prosumidor) o poder da potência instalada, a maio- que estabelece o descon- cresce no mundo; no Brasil independência parcial pela ria dos sistemas está locali- to progressivo no IPTU de já é uma realidade e des- autoprodução. As emprezado em uma área de alta imóveis que adotarem me- pontará nos próximos anos sas que compreenderem insolação, portanto, com o didas de redução de impac- como um dos principais isso, estiverem preparadas mesmo CAPEX consegue- to ambiental e eficiência centros de investimento, para esse mercado, e aptas -se uma produção maior de energética. desenvolvimento da indús- a se adaptarem a grandes energia do que em outros tria e criação de empregos mudanças em um curto peEstados do Brasil. ríodo de tempo, com certeSem dúvida, isso será qualificados. za se diferenciarão das deum estímulo a mais a todos Um segundo motivo os consumidores e invesA Geração Distribuída mais, com maiores chances para essa liderança é o pre- tidores que desejarem in- é inexorável, um caminho de crescimento sustentável ço das tarifas de energia da gressar no setor de fontes sem volta, uma tendência e sucesso nesse setor. CEMIG que são altas com- renováveis de energia pelo paradas com outras distri- caminho da Geração Distribuidoras, sendo assim, a buída, criando empregos, Carlos Evangelista é TIR do projeto é mais alta e desenvolvendo o mercado fundador e presideno tempo de retorno do in- e a cadeia produtiva nate da ABGD – Assovestimento é menor. cional, contribuindo para ciação Brasileira de o meio ambiente e colaboGeração Distribuída, Além disso, o Estado de rando para a diversificação pessoa jurídica de diMinas Gerais tem uma lei da matriz elétrica brasileibastante favorável ao de- ra. reito privado, sem fins senvolvimento de energias lucrativos, que conrenováveis, inclusive relatiCom certeza a iniciatigrega mais de 350 empresas associadas as vo a cobrança de ICMS so- va de Belo Horizonte/MG quais têm como atividade principal ou atividabre a energia injetada. Os será um bom exemplo para de estratégica a Geração Distribuída com fonoutros estados têm o con- ser seguido por outras cates renováveis de energia (solar fotovoltaica, vênio Confaz 016/2015 que pitais e cidades brasileiras. concede isenção de ICMS biomassa, eólica, hidráulica - CGH´s, biogás, sobre a energia injetada, Enfim, temos consciênetc). Reúne provedores de soluções, EPC's, mas juridicamente falando, cia que os números apreintegradores, distribuidores, instaladoras, fauma lei estadual fornece sentados acima apesar de bricantes de equipamentos, comercializadoras muito mais segurança jurí- mostrarem um crescimende energia; empresas de diferentes tamanhos dica que um decreto; este to consolidado do setor, em tese poderia ser facil- ainda são ínfimos compae segmentos. mente revogado. rados com outros países, denotam que existe um Para melhorar ainda mercado gigantesco de mais, recentemente foi possibilidades dentro desaprovado por unanimida- se segmento no Brasil. de em primeiro turno na Câmara Municipal de Belo O setor de energias reHorizonte, o Projeto de nováveis e particularmente www.geracaodistribuida.org Lei 179/2017 - “IPTU VER- geração distribuída com www.abgd.com.br 12

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O CASAMENTO DA ENERGIA SOLAR, EÓLICA E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA. Eng. Aurélio Souza - USINAZUL, Diretor LSF/IEE – USP, Pesquisador

s fontes de energia baratas não vêm mais do solo, mas viajam pelo espaço ou são captadas do céu, seriam a energia solar e eólica, fontes de energia “infinita” opostas à energia do solo, gerada a partir do carvão e do petróleo. Desde 2013 a geração a partir da energia solar e eólica reduziu o custo em 40%, de modo que em 2016, cerca de 136 GW foram adicionados à matriz energética mundial, competindo diretamente com combustíveis fósseis tradicionais, em muitos nichos sendo até mais competitivos. Um estudo da Bloomberg Energy Gráfico 1 - Custo de geração de energia. BENF, 2017. News Finance (BENF), apresenta proVoltando o olhar para as novas jeção de custo da energia solar e eólica abaixo do custo de geração com renováveis, segundo a BENF, o custo globalmente 75% desde 2009, e decarvão no final desta década. A gera- nivelado da energia (LCOE1) solar caiu verá baixar outros 66% até 2040. Em ção com carvão é a referência por ser países como a Alemanha, Austrália, uma das fontes de energia mais bara- 1 LCOE significa "Custo Nivelado de Energia". EUA, Espanha e Itália, a energia solar tas existente, é claro que este valor Calculado contabilizando todos os custos previstos já é tão barato quanto a geração a longo da vida da usina, incluindo construção, numérico não inclui todas as exter- ao carvão. A projeção é que em 2021, o financiamento, combustível, manutenção, imposnalidades sócio e ambientais geradas tos, seguros, incentivos e inflação. O valor total LCOE solar será mais barato do que o pelos combustíveis de origem fóssil e desta soma é então dividido pela produção total de carvão na China, Índia, México, U.K e energia (kWh) produzida durante a vida útil opealtamente subsidiada. também no Brasil (BENF, 2017). racional do sistema.

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No Brasil, os leilões de energia de reserva (LER) demonstraram que as fontes de energia solar e eólica estão cada vez mais competitivas e continuarão a crescer sua penetração no mercado. Plantas solares gerando energia abaixo de R$ 300/MWh (LER 2015) e eólicas até mais baratas ainda, confirmam esta tendência no Brasil, conforme visto globalmente. No segmento de geração distribuída no Brasil, a tecnologia solar fotovoltaica apresentou redução de custos de aproximadamente 30% no último ano (2016-2017), conforme dados da pesquisa realizado por empresas especializada. Em qualquer dos contextos, geração centralizada ou distribuída, o armazenamento de energia aparece como o “pedaço” que falta para tornar a energia de natureza intermitente, como a solar e eólica, em energia 100% despachável sempre que demandada, e não somente quando naturalmente disponível (de dia, no caso do sol ou quando o vento soprar). Este aspecto em particular interessa, e muito, as concessionárias de energia elétrica que operam globalmente, haja visto que a geração cada vez mais barata associada ao despacho de energia programando, atende perfeitamente ao modelo de comercialização de energia vigente neste século.

Foto 1: Bateria de Litio-Ion da GE. Fonte GE, 2017

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Gráfico 2 - Armazenamento de Energia na próxima década. Fonte: Navegant Research, 2017.

Ainda segundo a BENF, o mercado global de armazenamento de energia em escala de concessionária crescerá de 1.159 MW, adicionados em 2017, para 30.473 MW em 2026, o que representa um investimento global acima de 150 bilhões de dólares em 10 anos. O gráfico a seguir apresenta projeções da Navigant Research com base nos principais mercados globais, que representam acima de dois terços (2/3) da demanda global por armazenamento. Sobre as baterias (ou sistemas de armazenamento), estas são especificadas em função da sua capacidade de “entregar” potência (kW) e energia (kWh) por tempo determinado.

Ao se projetar um banco de baterias, é necessário se especificar a principal função da bateria antes de se adotar uma das soluções disponíveis no mercado. Pois, adicionalmente ao despacho de energia, os sistemas de armazenamento prestam diversos serviços ancilares2 (auxiliares) complementares ao sistema elétrico interligado ou isolado. Dependendo de onde o armazenamento é posicionado na rede, o armazenamento pode 2 A expressão “serviço ancilar” foi empregada na Lei

9.648/98 (Art. 13, Parágrafo único, “d” e Art. 14, § 1º , “d” ) sem uma definição explícita do seu significado. Tal definição deveria contemplar seu aspecto semântico e os aspectos mais gerais do espírito da lei tais como diminuir a necessidade de investimentos e melhorar a qualidade dos serviços, contribuindo para a modicidade tarifária. INEE, 2006.


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fornecer uma grande quantidade de serviços de alto valor agregado, que ampliam a capacidade do sistema, faz o controle secundário de frequência, de intercambio liquido de potência ativa entre áreas, etc.

Atualmente existem

Várias são as tecnologias de armazenamento em escala de concessionária (tradução do Inglês de utility scale) disponíveis no mercado, por exemplo, pode-se utilizar baterias de Ions de Litio (Li-ion) ou baterias de fluxo baseada em Zinco e Ferro (Zn-Fe), dentre outros tipos de materiais. Existem muitas outras formas de armazenamento, por exemplo, com hidrogênio e geração de energia em células combustíveis, armazenamento em ar comprimido, etc. Para efeito comparativo das características básicas entre sistemas de armazenamento, foram consideradas somente as baterias de Fluxo de Zn-Fe e de Li-ion, pois o foco aqui não seria discutir os tipos de baterias, mas a função complementar que ela presta aos sistemas de geração solar e eólica.

armazenamento

Comparando as tecnologias elegidas acima (Li-ion e Zn-Fe), a vida útil de baterias atualmente varia entre 7 e 10 anos para tecnologia de Li-ion e de até 20 anos para baterias de fluxo de Zn-Fe. A escolha entre entrega de mais potência ou mais energia é sensível quando se escolhe baterias de Li-Ion, devido à estrutura construtiva da bateria que deve ser “preparada” para melhor rendimento entre a função potencia ou energia. No caso das baterias de fluxo, parece que estas características são mais fáceis de equacionar e, portanto, tais baterias atendem a ambas as demandas (energia e potência). Adicionalmente, baterias de Li-ion apresentam limitações de ciclos diários (1/dia) enquanto as

diversos projetos de P&D com de energia no Brasil, em função da chamada estratégica número 21 da ANEEL, que visa desenvolver

Sendo assim, a conclusão natural é que os sistemas de energia solar e eólico, gerando energia cada vez tecnologia nacional mais barato, fazem um “casamento” perfeito com os modernos sistemas de armazenamento de energia, tanneste setor... to em escala industrial quanto residencial. A decisão de qual a melhor baterias de fluxo podem realizar mais tecnologia a ser adotada no armade dois ciclos por dia, assim reportam zenamento dependerá da análise da necessidade de energia e potência, os fabricantes desta tecnologia. além, do local onde o sistema de arAtualmente existem diversos mazenamento estará localizado na projetos de P&D com armazenamen- rede de energia, se antes ou depois to de energia no Brasil, em função da do medidor de energia do consumichamada estratégica número 21 da dor final. ANEEL, que visa desenvolver comMesmo assim, ainda faltam muipetências e tecnologia nacional neste setor. Espera-se que entre 3 e 5 tos aspectos regulatórios para que a anos o avanço destas pesquisas crie solução sai da prateleira e chegue ao um ambiente favorável para esta in- mercado de forma regulamentada e dústria no Brasil. No Laboratório de acessível a consumidor final. IndeSistemas Fotovoltaicos da USP (LSF/ pendentemente do cenário, uma coiIEE – USP), os estudos serão concen- sa é certa. Energia solar, eólica e sistrados em baterias de Li-Ion e hidro- temas de armazenamento andarão de mãos dadas de hoje em diante. gênio, por exemplo.

competências e

Foto 2: Bateria de Fluxo. Laboratorio de Idaho, EUA, 2017.

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No que tange os custos de armazenamentos de energia, a tendência é semelhante ao solar e eólico, quedas expressivas na próxima década. Armazenamento em escala de concessionárias competem cada vez mais com o gás natural para fornecer flexibilidade do sistema em momentos de demanda máxima, sendo ofertados nos EUA com preços abaixo de R$ 160 / MWh (ao cambio de R$ 3,20 / U$). As baterias de pequeno porte instaladas em residências e negócios em conjunto com sistemas fotovoltaicos representarão 57% do armazenamento de energia global em 2040. BENF prevê que as energias renováveis atinjam 74% de penetração na Alemanha em 2040, 38% nos EUA, 55% na China e 49% Índia (BENF, 2017).



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outros sinistros previstos em apólice. Já o Seguro All Risks cobre sinistros como fenômenos naturais, incêndios, roubos ou furtos, além de outros que podem ocorrer logo após a instalação, passando maior tranquilidade ao consumidor final (previstos em apólice) pelo prazo de um ano podendo ser renovado após esse período. Ambos os seguros oferecidos pela SICES Solar garantem maior poder de negociação aos Integradores, fazendo com que sua competitividade aumente em relação aos concorrentes.

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SISTEMAS FOTOVOLTAICOS Tensão como um fator determinante Transclinic de 16 Strings permite medições de tensão de até 1.500 V

A máxima eficácia de redução de custos com a alta qualidade e desempenho - Weidmüller atende a requisitos para o desenvolvimento e fabricação de sistemas fotovoltaicos com as suas caixas de String Box de 1.500 V. O sucesso de um sistema fotovoltaico não depende apenas da sua eficiência econômica, a pressão pelo crescimento competitivo será o aspecto mais importante no futuro. Uma forma eficaz de aumentar a rentabilidade de uma planta é aumentar a tensão do sistema. Cerca de 20 painéis podem ser ligados em série a 1.000 VDC, porém a 1.500 VDC é possível ligar 30 painéis - um aumento significativo na rentabilidade, quando o tempo de funcionamento é crucial pra o conjunto como um todo. Esta abordagem também reduz a complexidade de todo o sistema fotovoltaico e os custos de operação associados. Como são necessários menos componentes e materiais, os custos de instalação e manutenção são consideravelmente mais baixos. No mercado fotovoltaico, esses benefícios têm levado a uma maior demanda por componentes mais potentes - e esta é uma área em que Weidmüller se destaca. "O projeto total das nossas caixas de String Box são baseadas em uma instalação rápida e fácil. O fato de que nós entregamos nossas soluções prontas para conexão e individualmente adaptados às necessidades dos clientes torna fácil a instalação no campo", explica Juan Fran-

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cisco Martínez, gerente global de produtos fotovoltaicos da Weidmüller. Monitoramento e medição para um melhor desempenho "Como o parque solar utiliza muitos componentes de função crítica, esses produtos precisam ser confiavelmente acompanhados desde o início. Com sistema de 1.500 V, em particular, é aconselhável monitorar cada String para assegurar que a queda de performance do sistema, devido ao efeito do PID, seja rapidamente identificada e corrigida. Desta forma, o sistema permanece constantemente rentável", explica Martinez. Comutação incorreta, sombreamento ou resíduos sobre os painéis podem ser detectados apenas se o desempenho das Strings for monitorado constantemente. A Weidmüller fornece o sistema de monitoramento chamado Transclinic 16+ 1K5 precisamente para esta finalidade. O sistema integrado de monitoramento pode opcionalmente utilizar a energia fornecida diretamente dos painéis solares, uma alimentação separada é, portanto desnecessária. Mesmo quando submetido a condições extremas de temperatura de -25 a +70 ° C o Transclinic 16+ 1K5 oferece monitoramento confiável de cada String e suporta medições de tensão de até 1.500 V. Isso significa que a manutenção preventiva é garantida e os problemas que afetam o rendimento global do parque solar podem ser evitados desde o início.

Uma conexão segura entre os módulos fotovoltaicos, inversores e caixas combinadoras é fornecida pelos conectores WM4 C. Uma elevada capacidade de transporte de corrente permite que os componentes suportem cargas com uma corrente nominal de até 35 A. A proteção de torção evita que ocorra algum problema durante a instalação. Know-how e os mais altos padrões de qualidade "Para alcançar uma longa vida útil e maior segurança, a Weidmüller utiliza os mecanismos de proteção mais recentes. Todos os componentes da caixa de String Box a 1.500 V são certificados com a norma IEC 61437-2, IEC 61439-2 e partes da IEC 62093 e satisfazem as mais atuais normas de segurança", acrescenta Martínez no que diz respeito à qualidade e investimento em segurança. "Nós também estabelecemos padrões muito elevados quando se trata da validação e análise posterior dos componentes utilizados. Nossas caixas de String suportam facilmente temperaturas de até 50 ° C. Mais de 42 milhões de painéis foram instalados em todo o mundo, com uma potência instalada de mais de 8,4 GWp. A estabilidade e rendimento destas plantas fotovoltaicas falam por si ". Todos os componentes das String Boxes são projetados para 1.500 V e são perfeitamente combinados para produzir um sistema fotovoltaico de sucesso.


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Brasil poderá ser um dos cinco principais MERCADOS SOLARES da América Latina Relatório da GTM Research prevê crescimento dosetor de energia solar na região

O GTM Research estima que a participação sul americana na demanda mundial de energia fotovoltaica, que era de 2,4% em 2016, partindo de praticamente de zero poucos anos antes, superará os 6,2% este ano. O relatório prevê um crescimento significativo da energia solar em grandes mercados latino americanos, como México e Chile, e o surgimento de novos mercados, como Argentina e Colômbia. Os preços da energia solar caíram drasticamente nos leilões sul americanos. A geração distribuída está começando a ganhar mais espaço nos mercados da América Latina, principalmente do México e do Brasil, onde há sistemas de compensação de energia elétrica e outros incentivos. Mas o grande motor do mercado é a energia solar como serviço público, graças a uma tendência de queda rápida nos preços. O preço baixo da energia FV, embora benéfico para a implantação, dificulta o financiamento de projetos de concomitante da demanda resultaram em projetos de multigigawatts no país. baixo retorno. Apesar da crise política e econômica que atingiu o Entretanto, a continuidade dos investimentos regionais em energia renovável este ano vem se beneficiando país nos últimos anos, o Brasil ainda deve encabeçar a da introdução de reformas tributárias, de parcerias com lista das cinco maiores demandas fotovoltaicas latinas bancos e fundos de desenvolvimento de projetos renová- americanas para o próximo período. veis, bem como da recuperação econômica em carácter O mercado fotovoltaico brasileiro adicionou mais de mais amplo. 267 MW de capacidade em 2016, mas perderá terreno O Brasil será um dos cinco principais mercados so- para os vizinhos se não se reverterem as recentes tenlares da América Latina. A queda de preços e o aumento dências econômicas.


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Empresa Gaúcha pretende investir na fabricação de PAINÉIS SOLARES Nova unidade da Serluz Metalúrgica será instalada no município de Dilermando de Aguiar

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região de Dilermando de Aguiar, no Rio Grande do Sul irá ganhar reforço em energia solar fotovoltaica nos próximos meses.

A empresa Serluz Metalúrgica, a qual já atua na área de produção de polivigas e policolunas em Santa Maria, agora pretende investir também na produção de painéis solares fotovoltaicos na região. O novo investimento foi analisado na última semana pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) da cidade. Durante a reunião o secretário Márcio Biolchi e o prefeito do município, José Claiton Ilha, reforçaram a importância da nova unidade fabril na região. Segundo o empresário Lisandro Ramos Buss, responsável pela Serluz, a produção de energia renovável através do sol é tão quão importante como a produção eólica e as pequenas centrais hidrelétricas.

O empresário teve acesso às ferramentas disponibilizadas pelo governo estadual em prol do desenvolvimento industrial do Rio Grande do Sul durante o encontro. Dentre os incentivos oferecidos estão o Fundo de Operação Empresa (Fundopem/RS) e também o progra-

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ma de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Sul, chamado de Integrar/RS. De acordo com a SDECT o governo gaúcho disponibiliza diversos serviços aos empresários que desejam investir no estado. Atualmente é disponibilizada uma sala do Investidor, a qual serve como um canal de informações entre os órgãos governamentais, instituições financeiras públicas e as empresas.

A reunião entre a Serluz e a SDECT também contou com a participação da diretora do Badesul, o qual destacou as linhas de financiamentos operadas pelo banco, principalmente aquelas que passam pelo FINAME do BNDES.


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Cobertura

CIBIO 2017 & 2ª EXPOBIOMASSA

fizeram história superando todas as expectativas.

Mais de 500 Congressistas e 50 expositores de 07 países mostraram a força do setor da Biomassa e Energia no Brasil.

A abertura do evento reuniu autoridades da ABGD, TECPAR, SANEPAR, SESI, PARANA METROLOGIA, entre outros destaques!!

Patrocinadores como; ZhengChang do Brasil, DOPPSTADT, BRDE, COPEL, ITAIPU, SANEPAR, SISTEMA SESI, FIEP Apoio dos Governos de Minas Gerais e do Paraná, estado anfitrião do evento, além do Governo Federal, MMA, MME, ONU, fizeram com que o evento ficasse muito fortalecido institucionalmente. Outro ponto alto do evento foi a apresentação de 78 trabalhos técnicos que movimentaram a academia de norte a sul do Brasil. 32

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"O retorno que tivemos dos expositores e participantes foi o melhor possível, todas empresas fizeram negócios, parcerias, e vendas de seus produtos e equipamentos.


CIBIO 2018

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������������ �������������� Terceira edição CIBIO - Congresso Internacional de Biomassa 2018 & 3ª EXPOBIOMASSA - Feira Internacional de Biomassa e Energia já tem data marcada para os dias 04 a 06 de setembro/2018 A exposição terá presença de 30 a 40 empresas do exterior, mostrando p foco internacional do evento. Parcerias estratégicas neste sentido foram fechadas, e serão oficialmente informadas ao mercado nas próximas semanas. No mercado internacional, feiras e eventos de Energias Renováveis, e outros setores reunim em alguns casos, entre mil e até aproximadamente 4 mil expositores, é isto que queremos trazer para o mercado brasileiro, adaptado a nossa condições locais. Um evento que em sua 2ª edição reiniu mais de 5º expositores, mostra que o potencial dos etor da Biomassa e Energia no Brasil é muito grande. Temos convicção de que a terceira edição do evento, vai reuniur aproximadamente 100 expositores, confirmando o evento como um dos mais importantes do mundo. O CIBIO 2018, pretende apresentar soluções, novas tecnologias e informações que impulsionem o crescimento da biomassa no Brasil, assim como se espelhar nas experiências de empresas internacionais para transformar o setor. A parceria internacional que iremos divulgar nos próximos dias, nos ajudará a trazer alguns dos principais especialistas do setor em nível global.

Todos sabemos que o momento político e econômico não são dos melhores, o que nos leva a crer, que com a economia entrando em crescimento, teremos resultados ainda mais expressivos", finaliza Tiago Fraga. Temas importantes do setor como os “Pellets”, foram debatidos de uma forma focada, para que este tipo de biomassa ganhe mais espaço no Brasil. Geração com briquetes, cavacos de madeira, biogás, cana energia, biomassa florestal, entre muitos outros, confirmaram o CIBIO como principal fórum do setor de Biomassa e Energia da América do Sul. Especialistas de Portugal, Alemanha e Chile, trouxeram ótimas experiências e novas possibilidades de parceria para alavancar o setor no Brasil.

Além das palestras, o evento contará também com apresentação de trabalhos acadêmicos voltados para área de forma a contribuir ainda mais com o conteúdo do evento. Organizado e coordenado pelo Grupo FRG Mídias & Eventos, o CIBIO & EXPOBIOMASSA, os eventos tem como objetivo discutir o atual cenário da matriz energética nacional e temas ligados à geração de energia a partir da biomassa no Brasil e no mundo. De acordo com Tiago Fraga, CEO da empresa organizadora, a nova edição dos eventos marcará história, acompanhando a tendência de protagonismo do Brasil no mercado global. O SETOR DA BIOMASSA E ENERGIA TEM ENCONTRO MARCADO NO

CIBIO 2018 & 3ª EXPOBIOMASSA!! 04 a 06 de setembro de 2018 MAIORES INFORMAÇÕES: www.congressobiomassa.com www.expobiomassa.com RBS Magazine

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GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ultrapassa a marca de 12 mil instalações no Brasil

A geração de energia pelos próprios consumidores tornou-se possível a partir da Resolução Normativa da ANEEL nº 482/2012, a qual prevê o acesso de micro e minigeração aos sistemas de distribuição de energia elétrica e também cria um sistema de compensação de energia, o qual permite que o consumidor instale pequenos geradores em sua unidade consumidora e troque o excesso de energia produzida com a distribuidora local. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mostram que atualmente o Brasil chegou à marca de 12 mil consumidores conectados a rede produzindo sua própria energia através da micro e minigeração distribuída. A expectativa é que esse número aumente ainda mais até 2024, chegando a 1,2 milhões de prossumidores (produtos e consumidores da própria energia). 34

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De acordo com a ANEEL dados registrados até 11 de maio de 2017 destacam que o país possui cerca de 10.385 micro e mini usinas, as quais possuem potência instalada de 113 mil quilowatts (kW). Atualmente os estados que lideram as instalações são Minas Gerais, Ceará, São Paulo e Rio

Grande do Sul e a fonte mais utilizada para esse tipo de geração é a energia solar fotovoltaica, seguida da energia térmica e eólica. Especialistas do setor ressaltam que a produção de energia solar fotovoltaica brasileira ainda é pequena, chegando apenas a 0,09% da capacidade de geração no país. Contudo com a adesão dos sistemas gerados a partir da micro e mini geração de energia, o setor vem conseguindo


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um crescimento significativo, acompanhando desta forma o movimento já consolidado no exterior. A expectativa dos profissionais é que a geração solar chegue a três gigawatts de potência instalada no Brasil nos próximos anos. O crescimento desse tipo de geração também é significativo ao redor do mundo. Ao todo existem cerca de sete milhões de instalações solares já conectadas a rede, o que gera um total de 300 mil megawatts (MW) de capacidade de energia no planeta. São Paulo tem demosntrado grande força no setor, com projetos apontados pela pesquisa está a implantação, pela CPFL Energia, de sistemas solares fotovoltaicos no município de Campinas, envolvendo 200 unidades residenciais, o data center da Algar Tech e o hospital do Centro Infantil Boldrini. A empresa anunciou, ainda, a instalação de usina fotovoltaica no campus universitário da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação, em Lins. Já a Enel instalou a maior usina em telhado do Brasil, com duas mil placas solares, em Osasco, na nova sede do Mercado Livre, um dos líderes em

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comércio eletrônico na América Latina. Outros investimentos destinaram-se às indústrias do setor, como a construção de fábricas de painéis solares em Campinas, pela BYD, Schutten We Brazil e DYA Solar; em Valinhos, pela Globo Brasil; e em Sorocaba, pela Flextronics, em parceria com Canadian Solar. Acrescente-se a unidade de produção de inversores em Sorocaba, pela ABB, e a de reatores elétricos em Itu, pela Trafotek.

Em Goiás, O Governo não é diferente, o estado vem busbando pioneirismo no País na execução de programas inovadores criando o Casa Solar, projeto que está instalando sistemas de Energia Eolar fotovoltaica em 1.200 unidades habitacionais goianas.

Entre os municípios paulistas, Campinas apresentou o maior número de conexões, com 16,7% do total do Estado (417), vindo, a seguir, São Paulo (195), São José do Rio Preto (86), Ribeirão Preto (62), Moji-Mirim (55), Bauru (50), Indaiatuba (49), Sorocaba (46) e Valinhos (40).

Desenvolvido pela Agência Goiana de Habitação (Agehab), o Casa Solar é capaz de gerar até 70% de economia na conta de energia das famílias beneficiárias. Alto Paraíso, no Nordeste goiano, e Pirenópolis, na Região Central do Estado, foram os primeiros municípios a receberem o benefício.

Também constam UFVs em mais 263 cidades. Cabe ressaltar que Lins foi a 48ª colocada em número de unidades consumidoras, mas a terceira em potência instalada, situando-se abaixo apenas de Campinas e São Paulo, graças à usina do campus da FPTE (459 kW), um dos já citados destaques da Piesp 2016.

Em Alto Paraíso foram instaladas 40 unidades. Já em Pirenópolis, cidade histórica que também integra o roteiro turístico de Goiás, a Agehab implantou o sistema de energia fotovoltaica em 146 moradias. Cada uma delas recebeu uma placa e a estrutura pronta para instalação de outra no futuro.



Entrevista

A RBS Magazine traz nesta edição uma entrevista exclusiva com BENILDO AGUIAR, novo Presidente do SindiEnergia/CE O estado do Ceará é um dos grandes destaques no tema de Energias Renováveis no Brasil RBS Magazine: Nos fale um pouco sobre sua trajetória no setor de Energia? RESPOSTA: Bem, iniciei minha trajetória profissional em 1983 como estagiário em técnico em eletrotécnica na Concessionária de energia elétrica, à época COELCE. Ao concluir o estágio, fui efetivado como eletrotécnico através de concurso público permanecendo nessa função até 1990, em paralelo cursei a faculdade de Engenharia Elétrica, concluindo-a em 1998, quando no momento oportuno, através de concurso interno galguei promoção para a função de Engenheiro, desenvolvendo a partir daí diversas atividades, técnicas, comerciais e principalmente gerenciais, na qualidade de Gerente de Departamento. Em 1998, tomei a decisão de sair da COELCE com intuito de trabalhar de forma autônoma, mas antes precisaria conhecer um pouco mais de como funcionava uma empresa privada, foi quando administrei por 5 anos a Empresa ENTEL Construtora Nordestina de Telecomunicações. Em paralelo participei como sócio, por 4 anos, da Empresa Kosmos Construtora LTDA, que atuava em diversas atividades de prestação de serviços em atividades comerciais e cobrança e ao sair da ENTEL, me senti preparado para alçar novos vôos, foi quando fui convidado a administrar uma outra Empresa que prestava serviços à COELCE, a ENERGEX Tecnologia em energia e construção Ltda, onde permaneci por mais 4 anos. Após

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isso, em 2.003, ingressei como sócio da Empresa EFICAZ ENERGIA E SERVIÇOS LTDA, empresa que vem prestando serviços à COELCE, hoje ENEL Distribuição Ceará e CELPE – Pernambuco, por um período de mais de 12 anos em diversas atividades, como: Obras de rede de MT e BT, fiscalização de obras de energia, recuperação de perdas comerciais de energia, cobrança (corte e religação de energia), ligação de clientes de BT e AT, iluminação de vias públicas. Além disso estamos nos preparando para entrar no mercado de geração distribuída de energia elétrica. RBS Magazine: Quais a expectativas como novo Presidente do SindiEnergia/CE? De forma geral, tenho a certeza de que estamos assumindo um grande desafio , pois iniciamos o ano de 2.017 com a expectativa de que seria uma ano mais promissor. Iniciou assim, mas já estamos no meio deste ano, e novos problemas surgiram, mas prefiro focar no lado positivo das consequências dos acontecimentos, que suscitaram uma nova bandeira, a da ética e do fortalecimento dos novos valores morais e isso nos traz muitas responsabilidades enquanto empresários, enquanto representantes de uma classe, e uma dessas responsabilidades é a de ensinar através do bom exemplo e assim ajudar a mudar nosso País. Temos à nossa frente, outros desafios como a

reforma trabalhista, recém aprovada, a reforma previdenciária, reforma política e reforma tributaria, que para o setor industrial são fundamentais, para que se inicie um ciclo de mudanças estruturantes e que possibilite a longo prazo as condições de crescimento sustentável do nossas Empresas e nosso País. Do ponto de vista interno, já que nosso mandato se estenderá até 2020, a Diretoria do SINDIENERGIA terá a missão de atuar como protagonista na defesa dos interesses de seus associados, objetivando o desenvolvimento do setor no estado do Ceará para que possamos ser referência quando se tratar de assuntos relacionados a cadeia produtiva do setor de energia. Para isso, trabalharemos com base principal no fortalecimento e equilíbrio das 4 dimensões, que são: RELAÇÃO COM ASSOCIADOS; RELAÇÕES INSTITUCIONAIS; GESTÃO E FINANÇAS. RBS Magazine: Quantos associados e qual potencial deste seleto grupo de empresas no cenário Cearense e Nacional? Hoje contamos com 48 associados, porém temos um mercado potencial muito amplo, desde empresas na atividade de prestação de serviços, indústria, geração, iluminação pública, etc. Estamos atualizando esse número, mas giram em torno de aproximadamente


350 empresas potenciais. Para o próximo período de uma ano, pretendemos agregar pelo menos mais 50% acima das atuais que temos. Diante de toda essa velocidade mercadológica que vivemos, onde novas tecnologias surgem a cada dia, onde decisões políticas trazem a cada dia incertezas e fragilizam a confiabilidade de novos investidores, o mercado financeiro retraído, também estamos nos reestruturando internamente enquanto Sindicato, buscando nos reinventarmos, fortalecendo-nos com propósito de criarmos valor associativo e isso incentive a vinda de novas Empresas, para isso já elaboramos nosso planejamento estratégico, alinhado com as rotas estratégicas da Federação da Industria do Estado do Ceará, onde trabalharemos com foco principalmente na capacitação e preparação de nossas Empresas associadas em busca da certificação e da viabilidade de criação de uma central de negócios, além da participação em feiras e missões nacionais e internacionais. RBS Magazine: Como você imagina o sindicato para os próximos 04 anos? Imagino e desejo termos um SINDIENERGIA mais maduro, mais coeso e mais forte, posto que, se assim ocorrer, é porque teremos Empresas associadas de igual valor, e isso será cada vez mais necessário, pois com a nova Lei 13.467, de 13/7/2017, denominada, reforma trabalhista que altera o artigo 579 da Consolidação das Leis do Trabalho, dá uma nova redação, fazendo com que a contribuição sindical, atualmente obrigatória, passe a ser condicionada à autorização prévia e expressa dos que participem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria. Como se vê, trata-se de mudança profunda, transformando a contribuição sindical de valor obrigatório em facultativo, dependente de autorização expressa e prévia do destinatário. Assim sendo, ou os sindicatos se tornam atrativos do ponto de vista de agregação de valor, viabilizando o associativismo, ou estarão fadados ao fracasso, para isso deveremos passar por diversas processos de reengenharia criativa.

RBS Magazine: O estado do Ceará é referência quando o tema é Geração de Energia com fontes renováveis. Quais os principais fatores que levam o estado a este patamar? O Ceará foi um dos primeiros estados do país a se mobilizar em direção às energias renováveis solar e eólica, e desde então tem sempre atuado na vanguarda para o desenvolvimento da cadeia produtiva desse importante setor da economia, e base para o crescimento econômico. Podemos destacar como exemplos de iniciativas adotadas pelo Estado do Ceará: 1978 - Plano de Governo - estudos iniciais quanto ao potencial de energias renováveis do Ceará; 1980 - Primeira patente mundial do biodiesel inventado pelo cearense Prof. Expedito Parente; 1996 - Implantação do Parque Eólico do Mucuripe, em Fortaleza, uma ação pioneira de fomento para as energias renováveis; 1997 - Realização da primeira licitação nacional para contratação de energia renovável. Em 1999 foi inaugurada a primeira usina comercial de energia eólica, na Taíba; 2000 - Foi publicado o Atlas Eólico do Estado do Ceará; 2003 - Instituição do PROINFA Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. O Estado do Ceará foi contemplado com 35% das usinas eólicas; 2005 - Lançamento pelo Governo do Ceará do PROEÓLICA; 2011 - Inaugurada a primeira Usina Solar de porte comercial da América Latina, localizada no município de Tauá, com potência instalada de 1 MW; 2012 – Implantação do Conversor de Ondas do Pecém – COPPE/ ELETROBRÁS/Governo do Ceará 2016 - Inaugurada a maior Usina Solar de Geração Distribuída do Brasil, em Aquiraz, com 3 MW;

Em termos de geração distribuída da energia, o Ceará ocupa atualmente uma posição de destaque, em termos de potência instalada sendo a 1ª (primeira) posição no Nordeste, com 60,8% da potência total instalada, e 2ª (segunda) posição no Brasil. Em termos de quantidade de consumidores gerando sua própria energia, também ocupa a 1ª (primeira) posição no Nordeste, com 30,3% do total do Nordeste, e 8ª (oitava) posição no Brasil. RBS Magazine: O SindiEnergia é um dos grandes parceiros do CBGD & Feira GD, principais eventos do setor FV/ GD no Brasil. Quais as expectativas para o evento? Ano passado, tivemos o privilégio de juntos, associados do Sindienergia, representante do Núcleo de Energia da FIEC, participarmos do CBGD em Curitiba, onde oportunamente vislumbramos o potencial que era esse Congresso, o maior evento oficial com foco na Geração Distribuída de Energia, promovido de forma muito organizada pela FRG em parceria com a ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída, onde vimos ali reunidos provedores de soluções, integradores, distribuidores, EPCs, fabricantes, academia e até porque não dizer curiosos no tema. Isso nos trouxe uma indagação, porque não realizarmos no Ceará o próximo Congresso? Pensamos e agimos, fomos até o Presidente da ABGD, Carlos Evangelista, e de imediato propusemos de forma informal, o que foi de pronto tido pelos organizadores do evento, como sendo possível. Ao chegarmos levamos a ideia para o Presidente da Federação da Industria do Estado do Ceará – FIEC- Dr. Beto Studart, que de pronto apoiou. Assim consolidou-se o que será, com certeza, o maior evento oficial do Brasil na área de Geração Distribuída de Energia, na qual cada consumidor pode gerar sua própria energia. Essa é a minha expectativa e ao mesmo tempo certeza, em nome da Diretoria e associados do SINDIENERGIA e também dos representantes da FIEC, via Núcleo de Energia, Jurandir Picanço e Joaquim Rolim, que desde o princípio também compraram a ideia e vêm contribuindo para dar materialidade à mesma.

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A JinkoSolar é Patrocinadora PRATA do CBGD 2017 & 2ª EXPO GD

A empresa será um dos grandes destaques dos principais eventos do setor de Geração Dsitribuída no Brasil O CBGD – Congresso Brasileiro de Geração Distribuída serpá realizado em Fortaleza/ CE, nos dias 25 e 26 de Outubro de 2017, na sede da FIEC – Federação das indústrias do estado do Ceará. Promovido e realizado anualmente pelo Grupo FRG Mídias & Eventos, promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). Co-organização: FIEC - Federação das indústrias do estado do Ceará & (Sindienergia) Sindicato das indústrias de Energia e de serviços do setor Elétrico do estado do Ceará. A Expo Gd e CBGD são os eventos oficiais do setor de Geração Distribuída no Brasil.

A JinkoSolar é um líder mundial na indústria de energia solar fotovoltaica com fabricas de produção em Jiangxi e Zhejiang na China e escritórios de vendas e de marketing em Xangai e Pequim, na China, Munique, na Alemanha, Bolonha, na Itália; Zug, na Suíça San Francisco, nos Estados Unidos , Queensland, Austrália; Ontário, Canadá; Singapura; Tóquio, no Japão, e Cidade do Cabo, África do Sul. Visão Alterar o modo de gerar e utilizar energia elétrica, otimizar por�ólio de energia, assumir a responsabilidade de permitir um futuro sustentável, oferecendo mais limpas, soluções de energia solar mais eficientes e econômicos. Missão Fornecer uma solução one-stop de energia limpa e tornar-se líder da indústria.

MAIORES INFORMAÇÕES: www.jinkosolar.com

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Governo do Acre CRIA INICIATIVA PARA GERAR ENERGIA LIMPA no estado Iniciativa visa beneficiar regiões rurais do estado principalmente as mais isoladas

Uma iniciativa em prol de energias renováveis foi lançada está semana durante a 44º edição da Expoacre 2017. O governo do estado, através da Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), destacou que a nova medida visa beneficiar as famílias produtoras rurais com energia alternativa.

Esse é um caminho muito bom para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável” ressalta ele. Durante o evento de lançamento os presentes puderam acompanhar o relato de uma experiência vivida por um produtor da região de Cruzeiro do Sul, o qual desenvolveu seu próprio motor biodigestor com a ajuda da Embrapa. “Precisava fazer uma horta, comprei duas vacas e amarrava-as no quintal dos vizinhos. Fui na Embrapa e pedi apoio para criar um motor biodigestor para ter mais energia na propriedade e usei um modelo implantado no Nordeste brasileiro. Eu não inventei nada. Eu só adaptei à minha região e condição financeira. Só isso. E meu sonho é que isso chegue no colono, na ponta do ramal, na vida de quem precisa”, conta o produtor Roseno Magalhães.

O projeto do governo pretende produzir energia limpa através de biodigestores e também de sistemas de energia solar combinados. De acordo com o secretário Sibá Machado o projeto busca atender toda a região rural, principalmente aquelas que são mais isoladas do estado. “Isso é independência energética para o pequeno produtor rural, além da geração de produção de pelo menos um hectare de irrigação.


FRONIUS SOLAR ENERGY amplia rede internacional com a sua PRIMEIRA FILIAL NA HUNGRIA Novo empreendimento possui um local com instaladores fotovoltaicos mais eficientes

Fronius Solar Energy, líder de qualidade no mercado mundial de energia solar, inaugurou no dia 1º de junho de 2017 a sua filial na Hungria. Com a nova unidade perto de Budapeste, a especialista austríaca em tecnologia solar ampliou ainda mais a sua rede internacional. Os clientes na Hungria obterão no futuro assistência técnica mais rapidamente e com maior confiabilidade. "Desde 2010 vendemos a nossa tecnologia solar na Hungria. Hoje possuímos uma ampla rede de vendas e de serviço e somos líderes no mercado na área fotovoltaica", contou Verena Huber, gerente de vendas locais da Fronius. Para oferecer atendimento mais específico para os clientes, a Fronius inaugurou no dia 1º de junho uma unidade própria em Tatabánya, a aproximadamente 70 quilômetros de Budapeste. A Fronius é líder mundial na utilização de tecnologias inovadoras de energia solar, e este ano ela comemorará 25 anos de existência. "A Fronius Hungary é a 20ª filial da nossa business unit", relatou Martin Hackl, chefe da Business Unit Solar Energy da Fronius International GmbH. "Com isso, damos um novo passo importante para a internacionalização" ressaltou ele. Competências de serviço expandidas Dentre as vantagens dos novos serviços da nova filial está a fala do idioma local do consultor técnico, o qual pode aconselhar e auxiliar os instaladores húngaros e os parceiros de vendas e de serviços com mais eficiência por causa da proximidade. "Falar na língua nativa permite que você se comunique melhor, mais rápido, com maior

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eficiência e também é mais fácil responder perguntas complexas com precisão. Como benchmark na indústria, o serviço de qualidade, aconselhamento e treinamento são parâmetros muito importantes para nós", ressaltou Verena Huber. Atualmente a Fronius possui aproximadamente 80 parceiros de serviço na Hungria. Para treiná-los com a melhor forma de manuseio da tecnologia solar da Fronius, são realizados treinamentos regularmente. O consultor técnico da Fronius também é responsável por estes treinamentos. A Fronius International GmbH continua responsável pelas operações comerciais. Fronius Hungary é um novo passo na direção de 24 horas de sol No final de 2016, a capacidade total de todos os sistemas fotovoltaicos instaladas na Hungria era de 210 Megawatt. Para os próximos três anos, os especialistas da Fronius estipulam um potencial de 500 Megawatt. "Esta tendência nos mostra que até na Hungria a geração de energia solar a partir de fontes renováveis está ganhando força", explicou Hackl. “Isso está de acordo com a nossa visão de 24 horas de sol, um futuro onde a necessidade energética do mundo é 100% proveniente de fontes renováveis" explicou ele. Com o investimento na unidade da Hungria a especialista austríaca de tecnologia solar fica um pouco mais perto de atingir este objetivo.


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