RBS Magazine ED. 23

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Vol. 04 - Nº 23 - JUL/AGO 2018

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APOIO OFICIAL

ISSN 2526-7167

Setor de Energia Solar Fotovoltaica e Geração Distribuída mantém crescimento acentuado no Brasil


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NOTA DO EDITOR / ÍNDICE

Q

uando mais jovem, eu dizia que queria ter vivido na época de Leonardo Da Vinci, no nascimento das “grandes ideias”, do impensável. O tempo passou, e o amigo “Léo” deve estar se revirando de lá, louco de vontade de estar por aqui, bebendo desta fonte e embriagado do saber de milhares de ideias que fervilham, e que somos expostos diariamente. Mas, como ele mesmo dizia “Tudo que está no plano da realidade já foi sonho um dia”. Nosso dia-a-dia é esse, a exposição à novas ideias, produtos e serviços quase que infinita, é uma infinidade de sonhos que vira a realidade.

cidos com a energia solar. Não à toa, somente este ano, duas rodovias já receberam infraestrutura elétrica e formaram os primeiros corredores para carros elétricos entre grandes cidades. No Brasil continuaremos abastecendo nossos carros com energia renovável, mas agora, ao invés de exclusivamente da fotossíntese da cana de açúcar para produção de etanol, estamos na era da “fotossíntese eletrônica”, utilizando a tecnologia solar fotovoltaica para produzir e colher os elétrons de forma limpa e renovável. Vem aí os carros elétricos a todo vapor, ou melhor, com toda potência.

Neste mês acontecerá a maior feira de energia solar da américa do Sul, a Intersolar South America. O setor de energia solar e todos os entusiastas estarão por lá, com os olhos atentos aos lançamentos da indústria, escutando os empreendedores sobre os modelos de negócios e serviços energéticos que já saíram do papel e buscam um espaço no mercado regulado, acompanhando toda essa mudança na forma de gerar e consumir energia. Criando a realidade atual.

Tudo isso acontecendo sobre o olhar atento daqueles que detém a concessão da distribuição de energia, um dos poucos agentes de mercado que pode, com escala, alterar a forma como a energia solar é viabilizada distribuída. Enquanto isso, cada cidadão ver o seu sonho virando realidade, gerando sua própria energia de forma limpa e renovável mais barata.

Neste contexto, as novas e velhas tecnologias estão mudando de roupa, calçando um sapato melhor, indo mais longe de forma mais barata, gerando mais energia com menos, um movimento que não tem como frear. A energia solar é uma realidade no Brasil, dobrou de capacidade em poucos meses, mas longe de ser o que ela está predestinada a ser. Aqui estamos, seguindo com os mesmos sonhos de Da Vinci, criando a realidade da energia solar no Brasil.

Bem, estamos vendo então um momento de mudança na matriz de energia local e global. Estamos presenciando uma onda boa para o surf, que veio de longe, cheia de energia, e que já vem vindo há décadas, diriam os surfistas mais antigos, mas que agora chega de forma firme e com perspectivas de seguir crescendo nas bancadas territoriais do Brasil. Espera-se que esta onda siga crescendo e continue “surfável” de forma sustentável, e não vire um tsunami descontrolado e caótico. Cabe a nós, agentes do setor, buscar o melhor para o segmento de energia limpa e renovável.

Mas ainda existe muito chão pela frente. Aliás, chão este que será, mais e mais, percorrido por automóveis elétricos, abaste-

Boa leitura e aproveitem o sol, que nasce para todos. Bons sonhos.

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Impactos em sistemas fotovoltaicos conectados a rede no Brasil

18 Informe publicitário SICES Solar

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Considerações e perspectivas sobre a geração compartilhada no Brasil

46 fotovoltaica em propriedades rurais

EDIÇÃO

FRG Mídia Brasil Ltda.

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Aurélio Souza IEE USP

JORNALISTA RESPONSÁVEL

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DIREÇÃO COMERCIAL Tiago Fraga

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A Revista RBS é uma publicação da

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Vantagens do uso de energia solar

EDIÇÃO DE ARTE E PRODUÇÃO Vórus Design e Web www.vorusdesign.com.br

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DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Empresas do setor de energia solar fotovoltaica, geração distribuída e energias renováveis, sustentabilidade, câmaras e federações de comércio e indústria, universidades, assinantes, centros de pesquisas, além de ser distribuído em grande quantidade nas principais feiras e eventos do setor de energia solar, energias renováveis, construção sustentável e meio ambiente.

TIRAGEM: 5.000 exemplares VERSÕES: Impressa / eletrônica

PUBLICAÇÃO: Bimestral CONTATO: +55 (41) 3225.6693 +55 (41) 3222.6661

E-MAIL: comercial@revistabrasilsolar.com COLUNISTAS/COLABORADORES

Ricardo S. Figueredo, Ildo Bet, Bárbara Rubim, Pedro H. da S. Morais, Guilherme R. Coelho, Gabriel Ranea, Ricardo da S. Benedito, Marina M. Falcão, Gabriel G. Ferreira, Alexandre A. Arcanjo.

Os artigos e matérias assinados por colunistas e ou colaboradores, não correspondem a opinião do RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo de inteira responsabilidade do autor.

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Artigo

IMPACTO DAS DIVERSAS POSSIBILIDADES DE TENSÃO DE FORNECIMENTO NOS AJUSTES E PROTEÇÕES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE NO BRASIL Ricardo Souza Figueredo – ricardo@phb.com.br Ildo Bet – ildo@phb.com.br PHB Solar.

RESUMO Este trabalho apresenta uma análise do impacto causado pelas diversas possibilidades de tensão de fornecimento, existentes no Brasil, nos ajustes dos parâmetros de operação e limites de proteção dos inversores para sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Além disso, são apresentados os requisitos de proteção de subtensão, sobretensão e a curva do fator de potência em função da potência ativa, que são definidos na norma brasileira e tem sua atuação diretamente relacionada com a tensão nominal do ponto de conexão do sistema fotovoltaico. Por fim, é apresentada a solução desenvolvida pela PHB Solar, que oferece um meio simples e seguro para o ajuste dos referidos parâmetros em campo.

1 – INTRODUÇÃO

A norma brasileira ABNT NBR 16149 [3] estabelece que o sistema fotovoltaico deve parar de fornecer energia à rede dentro do limite de tempo especificado...

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tamente impactados pela tensão nominal do ponto de conexão são a No Brasil, existem diversas ten- proteção contra sub e sobretensão e sões nominais secundárias de distri- a curva do fator de potência (FP) em buição, As tensões secundárias são função da potência ativa. aquelas usadas para atendimento a Os valores de tensão para ativaresidências, comércios e pequenas indústrias [1]. O módulo 8 do PRO- ção e desativação da curva do FP em DIST (Procedimentos de Distribuição função da potência ativa e os valores de Energia Elétrica No Sistema Elétri- de tensão para a atuação das proteco Nacional) [2], que estabelece os ções contra subtensão e sobretensão procedimentos relativos à qualidade são definidos como valores proporda energia elétrica, apresenta 8 pos- cionais à tensão nominal do ponto sibilidades de tensões nominais de de conexão do sistema fotovoltaico. fornecimento, listadas na Tabela 1. Portanto, para assegurar a operação adequada e segura dos sistemas fotovoltaicos conectados à rede, é essencial que as proteções e ajustes estejam corretamente configurados, de acordo com a tensão nominal da localidade da instalação, nos diversos cenários existentes no Brasil. A) Proteção de sub e sobretensão A norma brasileira ABNT NBR 16149 [3] estabelece que o sistema Os requisitos definidos nas normas fotovoltaico deve parar de fornecer brasileiras, ABNT NBR 16149 [3] e energia à rede dentro do limite de ABNT NBR 16150 [4], que são dire- tempo especificado, quando a tensão


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da rede elétrica no ponto de conexão sai da faixa de operação especificada na Tabela 2. B) Curva do Fator de Potência em função da potência ativa A norma brasileira ABNT NBR 16149 [3] estabelece que os sistemas fotovoltaicos com potência nominal maior que 3 kW e menor ou igual a 6 kW devem apresentar, como opcional, a possibilidade de operar de acordo com a curva da Figura 1, com fator de potência (FP) variando de 1 até de 0,95 indutivo. Os sistemas fotovoltaicos com potência nominal maior que 6 kW devem apresentar, como opcional, a possibilidade de operar de acordo com a curva da Figura 1, com fator de potência (FP) variando de 1 até de 0,90 indutivo. A curva da Figura 1 só deve entrar em operação quando a tensão da rede ultrapassar a tensão de ativação, valor ajustável entre 100% e 110% da tensão nominal da rede, com valor padrão em 104% ajustado em fábrica. Após a ativação, a curva da Figura 1 só deve sair de operação quando a tensão da rede retroceder para um valor abaixo da tensão de desativação, valor ajustável entre 90% e 100% da tensão nominal da rede, com valor padrão em 100% ajustado em fábrica. A operação com curva do FP em função da potência ativa de saída tem por objetivo contribuir para a redução da tensão no ponto de conexão do inversor, por meio da absorção de potência reativa indutiva [5]. A redução de tensão no ponto de conexão diminui a possibilidade de desconexão por sobretensão. 6

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A norma brasileira ABNT NBR 16149 [3] estabelece que os sistemas fotovoltaicos com potência nominal maior que 3 kW e menor ou igual a 6 kW devem apresentar, como opcional, a possibilidade de operar de acordo com a curva

ca de baixa tensão [6]. Os resultados obtidos nessa pesquisa identificaram que a sobretensão causada em cenários onde há elevada inserção de geração distribuída é o impacto técnico que demanda maior atenção. O estudo aponta a necessidade de adoção de soluções para a mitigação da sobretensão, visando possibilitar o aumento da inserção de sistemas fotovoltaicos conectados à rede sem a ocorrência de violação dos limites superiores de tensão de atendimento.

Diante desse cenário, a operação da curva do FP em função da potência ativa é uma medida que pode contribuir para reduzir a ocorrência de sobretensão. A norma brasileira ABNT NBR 16149 contempla essa possibilidade, mas a habilitação desse modo de operação é opcional. Nesse caso, é altamente recomendável que as distribuidoras de energia elétrica Dentro do projeto de pesquisa passem a exigir a habilitação da opee desenvolvimento ANEEL PA3012, ração com curva do FP em função da projeto telhados solares, foram ana- potência ativa em todas as instalalisados os impactos técnicos causa- ções de geração distribuída. dos pelo aumento da inserção de A adoção generalizada da opegeração distribuída com sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétri- ração com curva do FP em função da


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A partir das 8 possibilidades de tensão de fornecimento apresentadas no PRODIST, novos agrupamentos podem ser realizados. potência ativa pode reduzir o impacto causado pelo aumento da inserção de geração distribuída, beneficiando as distribuidoras de energia com redução das ocorrências de sobretensão, e permitindo que uma maior quantidade de unidades consumidoras possam instalar sistemas de microgeração. 2 – IMPACTO DA TENSÃO NOMINAL DO PONTO DE CONEXÃO NAS PROTEÇÕES E AJUSTES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE A partir das 8 possibilidades de tensão de fornecimento apresentadas no PRODIST, novos agrupamentos podem ser realizados. Um novo agrupamento em três tipos de fornecimento é apresentado a seguir: a) fornecimento monofásico ou bifásico, com tensão nominal do ponto de conexão na faixa de 208 a 254 V; b) fornecimento monofásico, com tensão nominal do ponto de conexão na faixa de 110 a 127 V; e c) fornecimento trifásico. Os valores de atuação da proteção de sub e sobretensão e os valores de ativação e desativação da curva do FP em função da potência ativa, para cada tensão nominal do ponto de conexão, agrupadas de acordo com os três tipos de fornecimento previamente descritos, são apresentados nas tabelas a seguir. A Tabela 3 apresenta o agrupamento das cinco possibilidades de fornecimento monofásico ou bifásico, com tensão nominal do ponto de conexão na faixa de 208 a 254 V, e as respectivas faixas de atuação de sub e sobretensão, considerando as tolerâncias, de acordo com as normas brasileiras [3], [4]. A Tabela 4 apresenta o agrupamento das cinco possibilidades de fornecimento monofásico ou bifásico, com tensão nominal do ponto de conexão na faixa de 208 a 254 V, e as respectivas faixas de ativação e desativação da curva do FP em função da potência ativa, de acordo com as normas brasileiras [3], [4]. A Tabela 5 apresenta o agrupamento das quatro possibilidades de fornecimento monofásico, com tensão nominal do ponto de conexão na faixa de 110 a 127 V, e as respectivas faixas de atuação de sub e sobretensão, considerando as tolerâncias, de acordo com as normas brasileiras [3], [4]. 8

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Na próxima seção deste artigo será apresentada a solução da PHB que possibilita a configuração correta dos parâmetros de ajuste e proteção de acordo com a tensão nominal do ponto de conexão... A Tabela 6 apresenta o agrupamento das quatro possibilidades de fornecimento monofásico, com tensão nominal do ponto de conexão na faixa de 110 a 127 V, e as respectivas faixas de ativação e desativação da curva do FP em função da potência ativa, de acordo com as normas brasileiras [3], [4].A Tabela 6 apresenta o agrupamento das quatro possibilidades de fornecimento monofásico, com tensão nominal do ponto de conexão na faixa de 110 a 127 V, e as respectivas faixas de ativação e desativação da curva do FP em função da potência ativa, de acordo com as normas brasileiras [3], [4]. A Tabela 7 apresenta o agrupamento das seis possibilidades de fornecimento trifásico, e as respectivas faixas de atuação de sub e sobretensão, considerando as tolerâncias, de acordo com as normas brasileiras [3], [4]. A Tabela 8 apresenta o agrupamento das seis possibilidades de fornecimento trifásico, e as respectivas faixas de ativação e desativação da curva do FP em função da potência ativa, de acordo com as normas brasileiras [3], [4]. A análise das diversas possibilidades de tensão nominal de fornecimento apresentadas no PRODIST, pode ser resumida nos três itens a seguir: 10

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a) 5 possibilidades de tensão nominal para fornecimento Na próxima seção deste artigo monofásico/bifásico na faixa será apresentada a solução da PHB de 208 a 254 V; que possibilita a configuração correta b) 4 possibilidades de tensão dos parâmetros de ajuste e proteção nominal de fornecimento na de acordo com a tensão nominal do ponto de conexão, de forma rápida e faixa de 110 a 127 V; e amigável, para todas as possibilidac) 6 possibilidades de tensão des apresentadas no PRODIST. nominal de fornecimento tri3 – SOFTWARE PHB PARA fásico. CONFIGURAÇÃO DOS PARÂMETROS A tensão nominal do ponto de DO INVERSOR conexão define os limites de subDiante do desafiador cenário tensão, sobretensão, e os limites de ativação e desativação da curva do brasileiro, com as 15 possibilidades fator de potência (FP) em função da de conexão, a PHB desenvolveu uma potência ativa. Portanto, diante das solução de software para a configu15 possibilidades de conexão identifi- ração dos seguintes parâmetros: a) cadas a partir da análise do PRODIST, tensão de atuação de subtensão; b) observa-se que é necessário fornecer tensão de atuação sobretensão; c) meios simples e seguros para que os tensão de ativação da curva FP; d) instaladores possam configurar cor- tensão de desativação da curva FP; retamente os inversores de acordo e e) tempo de atraso para reconexão com o fornecimento em cada local do inversor, de acordo com o requisito de cada distribuidora de energia. de instalação.



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Na solução desenvolvida pela PHB, o instalador seleciona a tensão nominal do ponto de conexão e o software é responsável por ajustar cada um dos parâmetros em conformidade com as normas brasileiras [3], [4]. Dessa forma, o instalador não tem a possibilidade de ajustar os parâmetros individualmente, desrespeitando os percentuais definidos nas normas. Além disso, o software da PHB também disponibiliza ao pessoal técnico da distribuidora de energia uma interface amigável para verificação dos parâmetros de interesse, no momento da aprovação da instalação. Os parâmetros disponíveis para verificação, que tipicamente são requeridos pelas distribuidoras de energia, são:

No Brasil a existência de 8 tensões nominais de fornecimento e 15 possibilidades de conexão requer que os fabricantes de inversores

h) status da habilitação da curva do FP em função da potência ativa de saída do inversor; i) tensão de ativação da curva do FP em função da potência ativa de saída do inversor; j) tensão de desativação da curva do FP em função da potência ativa de saída do inversor;

A contribuição da operação dos inversores com a curva do fator de potência em função da potência ativa para redução das ocorrências de sobretensão no ponto de conexão foi discutida, e a sugestão para que esse requisito seja exigido pelas distribuidoras de energia, visando possibilitar uma maior inserção da microgeração, foi apresentada.

REFERÊNCIAS l) fator de potência com 100% da potência nominal (ponto C [1] http://www.aneel.gov.br/tensoes-nominais, Acesso em 17/07/2018. da curva da Figura 1).

O software desenvolvido pela a) tensão e tempo de atuação PHB se comunica com o inversor por da proteção de sobretensão; meio de interface USB e é extremamente simples e intuitivo. A Figura b) tensão e tempo de atuação 2 apresenta a tela do software disponibilizada para o usuário. A Figura da proteção de subtensão; 3 apresenta alguns inversores para c) frequência e tempo de atua- sistemas fotovoltaicos conectados à ção da proteção de sobrefre- rede da PHB Solar [7]. quência; 4 – CONCLUSÃO d) frequência e tempo de No Brasil a existência de 8 tenatuação da proteção de sões nominais de fornecimento e 15 subfrequência; possibilidades de conexão requer que e) tempo de atuação da prote- os fabricantes de inversores, para a interface de conexão com a rede eléção anti-ilhamento; trica, forneçam meios seguros e de f) tempo de atraso para reco- fácil utilização, para que os instaladonexão após desconexão cau- res possam configurar corretamente sada por uma condição anor- os inversores em campo em todo o território nacional. mal da rede; g) fator de potência (FP);

re desenvolvida pela PHB Solar para superar as dificuldades discutidas foi apresentada.

A operação das proteções de subtensão e sobretensão, a ativação e a desativação da curva do fator de potência em função da potência ativa, estão diretamente relacionadas com a tensão nominal do ponto de conexão. Portanto, os parâmetros do inversor devem ser ajustados de acordo com a tensão nominal de fornecimento da localidade de instalação do sistema fotovoltaico conectado à rede e em conformidade com os requisitos das normas brasileiras.

[2] Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica, Revisão 10, Disponível em http://www. aneel.gov.br/modulo-8, Acesso em 17/07/2018. [3] ABNT. NBR 16149 - Sistemas fotovoltaicos (FV) - Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição, ABNT 2013. [4] ABNT. NBR 16150 - Sistemas fotovoltaicos (FV) - Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição - Procedimento de ensaio de conformidade, ABNT 2013. [5] ALBUQUERQUE, F. L. D. Sistema Solar Fotovoltaico Conectado à Rede Elétrica Operando como Gerador de Potência Ativa e Compensador de Potência Reativa. TESE(Doutorado em Engneharia Elétrica). Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, 2012. Disponível em https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/14295/1/t.pdf, Acesso em 17/07/2018. [6] Walmir Freitas, Comportamento de redes de distribuição na presença da microgeração, Disponível em http://www.aneel.gov.br/documents/656877/16832783/2+-+COMPORTAMENTO+DA+REDE+GD.pdf, Acesso em 19/07/2018.

O impacto da grande variedade k) potência inicial da curva do FP em função da potência ati- de tensões de fornecimento nos pahttps://www.energiasolarphb. va de saída do inversor (pon- râmetros de ajuste dos inversores [7] foi analisado e a solução de softwa- com.br/, Acesso em 17/07/2018. to B da curva da Figura 1); e 12

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O QUE FALTA PARA A

GERAÇÃO COMPARTILHADA DECOLAR? Bárbara Rubim

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tência -, mas também por introduzir duas novas modalidades de compensação de créditos: o empreendimento de múltiplas unidades consumidoras (EMUC), popularmente chamado de condomínio, e a geração compartilhada. Em ambos, a grande inovação se dá em virtude da Aqui, as discussões iniciadas pela Agência possibilidade de compensação de créditos enem 2010 levaram à adoção do modelo de net tre unidades consumidoras (UC) de diferentes metering, ao invés do chamado feed-in-tariff – titularidades. neste, para além da simples compensação de O EMUC se faz cabível sempre que um grucréditos, há remuneração da energia excedenpo de consumidores, reunidos em um condote produzida pelo consumidor. mínio horizontal (ex.: condomínio de casas) ou Pelo nosso Sistema de Compensação, os vertical (como um centro comercial), tiver inteconsumidores cativos de energia elétrica têm a resse em utilizar a área comum do empreendipossibilidade de se tornar proprietários ou pos- mento para instalar um sistema cujos créditos suidores de usinas de micro ou minigeração de produzidos serão partilhados por todos os inenergia renovável e, a partir de sua conexão à teressados. É interessante notar que esta é a rede, utilizar a eletricidade produzida por tais única modalidade na qual, ao invés da substisistemas de forma imediata ou como créditos a tuição do medidor existente por um novo, há a serem posteriormente abatidos de suas contas possibilidade de instalação de um segundo, de modo a garantir que a integralidade da energia de luz. produzida seja convertida em créditos. Buscando uma maior aderência da REN 482 Na geração compartilhada, por outro lado, às necessidades do setor e da sociedade, a ANEEL promoveu uma extensa revisão do marco re- se faz necessário que os titulares das unidades gulatório em 2015, culminando na publicação consumidoras, sejam eles pessoas físicas ou da REN 687 – que alterou a 482 – em novembro jurídicas, façam parte de uma cooperativa ou consórcio. A usina pode, contudo, estar instaladaquele ano. da em área remota. As alterações trazidas foram responsáveis Em ambas as modalidades, a UC em que se não só por expandir os limites do SCEE – que passou a aceitar projetos de até 5 MW de po- encontra instalada a usina de micro ou minigem abril de 2012, a publicação da Resolução Normativa 482 (REN 482) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) deu início ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) no país.

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ração deve ser de titularidade da figura jurídica existentes têm penalizado os empreendedores que reúne os beneficiados. Ou seja, estar sob e, ainda mais, o consumidor. o guarda-chuva de um condomínio (no caso de A BUROCRACIA DE ENTRADA EMUC), uma cooperativa ou um consórcio. A figura abaixo traz, de forma simplificada, as quaAo estabelecer a necessidade de reunião tro modalidades de compensação de créditos dos consumidores interessados em comparexistentes atualmente. tilhar créditos de uma mesma usina em uma Conforme se depreende da imagem, essas cooperativa ou consórcio, a ANEEL acabou por duas novas modalidades possuem, sob a ótica criar uma camada adicional de burocracia para do consumidor, maior potencial para eliminar acesso ao SCEE. Essa burocracia perpassa dois algumas importantes barreiras de entrada as- pontos principais. O primeiro é a própria criasociadas ao SCEE. Dentre elas, destaca-se: a) a ção da figura jurídica exigida, que demanda existência de uma área própria para a instala- tempo, recursos financeiros e fica sujeita a esção do sistema; e b) a necessidade realização pecificidades que, muitas vezes, variam de Junta Comercial para Junta Comercial. O segundo de um investimento inicial significativo. é a aprovação do instrumento pelas distribuiPara explorar cada vez mais essas possibi- doras, que muitas vezes desconhecem as poslidades, novos modelos de negócio têm sido sibilidades legais para cada instituto e acabam desenvolvidos no Brasil. Ganham destaque por fazer exigências pouco cabíveis ou mesmo aqueles em que o investimento inicial é feito pertinentes. por um terceiro e, ao menos em um primeiro Esse conjunto fez com que mais do que momento, somente a posse do sistema de micro ou minigeração distribuída é transferida ao reduzir o ritmo de expansão da geração comconsumidor que efetivamente fará uso dos cré- partilhada – que, em 2015, imaginou-se seria ditos gerados – como ocorre, por exemplo, na aceleradíssimo -, a regra e exigência criadas acabassem por quase que frear por completo locação de equipamentos. o seu desenvolvimento. Uma análise aprofunDe forma simplificada, a locação envolve a dada da questão permite concluir que não há construção de uma usina por uma parte e sua qualquer justificativa técnica ou legal para a posterior locação a um ou mais consumidores manutenção da exigência de reunião em cooque, em troca, pagarão ao proprietário do bem perativa ou consórcio dos consumidores inteum valor fixo mensal. A este valor pode-se, ou ressados, sendo imprescindível que tal ponto não, somar uma pequena parcela variável, des- seja revisto e flexibilizado pela Agência o mais tinada a premiar a boa performance do equipa- rápido o possível. mento alugado. A INCIDÊNCIA DE ICMS Por entendimento dos Estados, é devido o pagamento do ICMS pela energia gerada pelo sistema de micro ou minigeração que é exportada à rede. Dessa forma, no momento de calcular o valor do kWh injetado, é preciso deduzir o ICMS – e, em muitas situações, ressalte-se, também o PIS-COFINS. Em termos práticos, isso implica em que o kWh produzido pelo sistema valha menos que o consumido da rede elétrica, de tal forma que a compensação – que é feita em R$/kWh - deixa de se dar na proporção de Por um lado, o cenário para a expansão de 1 para 1. tais iniciativas parece ideal. Contamos com um Em 2015, o Convênio 16 do Conselho Naarcabouço regulatório que abraça a inovação negocial, há um crescente interesse da popula- cional de Política Fazendária (CONFAZ) foi criação na possibilidade de gerar sua própria ener- do para permitir aos Estados interessados congia, e dos investidores em direcionar recursos ceder a isenção ao pagamento de tal imposto para a estruturação de tais modelos. Por outro, nas situações em que o projeto não exceda a menos de 4% dos mais de 400 MW conectados potência de 1 MW instalado e a compensação à rede pelo SCEE atualmente correspondem à de créditos ocorra somente entre unidades da geração compartilhada e ao EMUC. Os núme- mesma titularidade. ros mostram claramente que há algo errado e, Ou seja, excluiu-se do benefício as modalineste caso, o diagnóstico é fácil: a ausência de uma política tributária adequada e a burocracia dades tratadas com maior enfoque neste arti16

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go. A depender do Estado em que se pretenda desenvolver o projeto, e da alíquota lá praticada, o kWh produzido pelo sistema de micro ou minigeração pode, já de partida, valer cerca de 35% a menos que o consumido da rede. A única exceção é Minas Gerais. Pioneiro em políticas para o setor, Minas editou a Lei Estadual 22.549/2017, concedendo a isenção a projetos da fonte solar fotovoltaica de até 5 MW e em todas as modalidades de compensação. Para que os modelos ora discutidos possam se desenvolver plenamente e, mais do que isso, auxiliar na expansão do acesso às energias renováveis, é imperativo que a isenção hoje existente seja expandida, de forma a compreender toda as modalidades e limites de potência trazidos pela REN 482. Para além de uma política de desenvolvimento local sustentável, tal expansão é essencial para garantir tratamento isonômico do Estado para com todos os seus cidadãos e consumidores. O EMUC e, em especial, a geração compartilhada guardam imenso potencial de auxiliar no alcance de um dos objetivos mais nobres da REN 482: permitir e contribuir para uma real democratização do acesso à geração própria de energia, via fontes renováveis, levando desenvolvimento socioeconômico, melhora da qualidade de vida e transformando o consumidor cada vez mais em agente ativo do setor elétrico. Contudo, atualmente, das mais de 80 milhões de unidades consumidoras existentes no mercado cativo, menos de 50 mil fazem parte do SCEE, deixando claro que este objetivo está bastante distante de ser realizado. O setor de geração distribuída empreende esforços constantes junto às Secretarias da

Fazenda dos Estados para que haja uma atualização na política de isenção do ICMS ora em vigor. Enquanto isso, é essencial que a ANEEL utilize o momento de nova revisão pelo qual passa a REN 482 para construir, junto com a sociedade e a população, uma nova resolução que seja capaz de simplificar e aperfeiçoar as regras existentes, retirando exigências que pouco agregam à democratização de acesso buscada, e garantindo a continuidade do crescimento do SCEE. Enquanto essas mudanças não vêm, cabe a cada um de nós buscar formas inovadoras de contornar os entraves, agindo sempre em prol do desenvolvimento do setor e no melhor interesse de toda a sociedade. MINI-CURRÍCULO Bárbara Rubim é advogada e sócia-fundadora da Bright Strategies, uma consultoria dedicada à análise do setor de elétrico, ao auxílio a empresas, governos e investidores em questões regulatórias e na estruturação de modelos de negócio para a geração distribuída. Bárbara trabalha no setor de energia há mais de seis anos, já tendo coordenado a área de estratégia e inovação da Alsol Energias Renováveis e estado à frente da campanha de energia do Greenpeace Brasil. Além disso, também atuou como Assessora Parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e desenvolveu projetos para a ONU-Habitat. Atualmente, ocupa também as posições de Vice-Presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

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REFRIGERAÇÃO HÍBRIDA FOTOVOLTAICADIESEL PARA TRANSPORTE DE ALIMENTOS EM CAMINHÕES FRIGORÍFICOS Pedro Henrique da Silva Morais – pedro.morais@aluno.ufabc.edu.br Guilherme Reis Coelho – guilherme.reis@ aluno.ufabc.edu.br Gabriel Ranea – gabriel.ranea@ aluno.ufabc.edu.br Ricardo da Silva Benedito - r.benedito@ufabc.edu.br Universidade Federal do ABC, Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas - CECS

RESUMO O investimento em tecnologias renováveis para a geração de energia elétrica se faz cada vez mais importante a nível global, devido à aspectos econômicos e socioambientais. Uma tecnologia que está se destacando, a energia solar fotovoltaica, se difunde cada vez mais por meio de novas aplicações para o seu sistema de geração. O presente artigo apresenta uma solução para a instalação de um sistema fotovoltaico para geração móvel de energia em um caminhão frigorífico, bem como seu dimensionamento, custo e economia financeira que a adoção do mesmo traz. Após o dimensionamento e comparação entre os sistemas a diesel e híbrido, pode-se concluir que o sistema híbrido é economicamente viável. Esse, com seis módulos fotovoltaicos instalados, apresenta uma economia anual com combustível de R$ 3224,55 e um Payback descontado de aproximadamente sete anos. Em uma análise geral, este sistema pode ser aplicado a uma frota de caminhões, na qual teria um maior impacto para a sociedade e meio ambiente, pois o consumo de combustível seria menor, o que geraria menos gases poluentes para a atmosfera. O projeto possibilita o desenvolvimento da tecnologia de sistemas fotovoltaicos, pois contribui para futuros projetos e pesquisas na área de refrigeração fotovoltaica. Por sua vez, essa contribuição leva à uma redução nos custos de sistemas voltados para esse fim. Palavras-chave: Refrigeração Fotovoltaica, Sistemas Fotovoltaicos Isolados, Sistemas Híbridos Fotovoltaico-Diesel.

1. INTRODUÇÃO A utilização de sistemas fotovoltaicos tem sido de fundamental importância para fornecer energia elétrica em situações que não se dispõe da rede elétrica convencional. Conforme descrito por Pinho e Galdino (2014) e Messenger e Ventre (2010) essa tecnologia pode ser utilizada para eletrificar tanto sistemas terrestres quanto sistemas móveis, como embarcações e veículos. Uma possível aplicação para sistemas fotovoltaicos isolados, pouco explorada no mundo e no Brasil, na concepção dos autores, é na produção de energia elétrica para sistemas de refrigeração em caminhões frigoríficos. Atualmente, o transporte de alimentos perecíveis que necessitam de refrigeração é, em geral, realizado por caminhões com baús frigoríficos, os quais possuem ciclos de refrigeração por compressão a vapor. Segundo o site Web Ar Condicionado (2014) o acionamento do compressor, usualmente, é realizado por meio de motores a diesel, tanto em modo direct drive quanto por motor diesel independente. O uso de energia solar fotovoltaica em sistemas de refrigeração, por seu turno, tem se 24

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essa função, com o auxílio de um motor elétrico quando o veículo está estacionado. Já na configuração híbrida proposta neste artigo, o sistema fotovoltaico fornece uma parte Diante do que foi exposto, este da energia elétrica consumida pelo trabalho tem como proposta avaliar frigorífico, ou seja, o mesmo não dea integração de um sistema fotovol- pende somente da queima do diesel taico com um sistema a diesel já exis- para a geração de energia elétrica. O tente para a refrigeração de um baú sistema fotovoltaico é composto de frigorífico. O foco do estudo está na módulos fotovoltaicos, controlador diminuição no consumo de combus- de carga, inversor e baterias. tível verificada em relação a um sisteA Figura 1 apresenta o diagrama ma convencional, sem a presença do sistema fotovoltaico. A execução do correspondente, no qual se podem projeto é motivada por aspectos eco- observar os componentes do sistenômicos e socioambientais, uma vez ma fotovoltaico. O motor de refrigeque a redução do consumo de com- ração representa o motor a diesel, bustível implica em uma economia fi- em geral, quando o veículo está em nanceira e na redução na emissão de movimento, e também representa o motor auxiliar elétrico quando estagases poluentes. cionado. Por fim, o frigorífico também é representado no diagrama. 2. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO HÍBRIDO 3. INSTALAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO-DIESEL FOTOVOLTAICO Para o funcionamento do sisteOs módulos fotovoltaicos serão ma, é necessário que o compressor seja acionado por meio de uma fonte instalados na parte superior do baú de energia elétrica externa. Confor- frigorífico, pois sua área é o fator limime apresentado na seção anterior, tante para determinar a quantidade na configuração tradicional, sem o de módulos fotovoltaicos do sistema sistema fotovoltaico, o motor a die- e, portanto, para o dimensionamento sel do sistema de refrigeração tem dessa quantidade foi considerado o mostrado tecnicamente viável, como atestam as revisões realizadas por Allouhi et al. (2015) e Sarbu e Sebarchievici (2013).


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valor máximo de módulos que poderiam ocupar a maior parcela da área superior do baú. Esse, possui 2,3 metros de largura, e 6 metros de comprimento, os módulos, por sua vez, possuem 0,99 metros de largura e 1,65 metros de comprimento. Dessa forma, chega-se a um valor total de seis módulos, formando duas fileiras de três módulos. Segundo recomendações do fabricante do controlador de carga, para um melhor aproveitamento de potência, o número de módulos em série deve ser dois. Assim, o gerador fotovoltaico terá três fileiras de módulos, conectadas em paralelo, onde cada fileira possui dois módulos conectados em série. Os outros componentes do sistema fotovoltaico, como controlador de carga, baterias e inversor devem ser instalados em compartimentos que possuam ventilação, para que o desempenho dos mesmos não seja prejudicado, pois o aumento de temperatura causa uma queda na eficiência desses equipamentos.

Com relação à Eq (1), vc representa a vazão volumétrica necessária para o funcionamento do frigorífico, Pc representa o preço do combustível, segundo o site ANP SLP (2017) Cc e representa o custo com consumo de combustível. O fator ƒ é utilizado para a conversão de reais por segundo para reais por ano, que tem como valor 31536000. O cálculo de economia anual é apresentado na Eq (2).

Na Eq (2), Cd e Ch representam os custos anuais com consumo de combustível dos sistemas a diesel e híbrido, respectivamente. Ecan é a diferença entre as duas variáO dimensionamento do sistema baseia-se na estima- veis citadas acima, que representa a economia anual. tiva de potência e energia que o gerador fotovoltaico irá produzir. Essa estimativa leva em consideração as corre- 6. RESULTADOS ções necessárias, como perdas por aumento de temperatura, sujeiras depositadas na superfície dos módulos, e Os resultados do custo de combustível são apreseneficiências de inversor e baterias. Essas grandezas podem tados nas tabelas 3 e 4, respectivamente. ser verificadas por medições, uma vez que o sistema esteja instalado e funcionando corretamente. As equações 7. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO PROJETO utilizadas para o dimensionamento podem ser encontradas em Pinho e Galdino (2014), com as especificações do A viabilidade do projeto é realizada uma análise bamódulo apresentadas nas tabelas 1, e parâmetros segun- seada no método dos valores líquidos descontados, o do Pereira et al (2006) apresentados na tabela 2. qual consiste no cálculo do valor presente líquido (VPL). A Tabela 5 apresenta os valores utilizados na análise eco5. CONSUMO DE COMBUSTÍVEL nômica. 4. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO

O consumo de combustível é calculado em vazão O investimento inicial representa o custo total do mássica utilizando equações de Lora e Do Nascimento projeto, que abriga todos os equipamentos e manuten(2004), e multiplicando pela densidade do combustível, ção. A receita anual prevista é o valor economizado anusegundo ANP (2012), temos a vazão em base volumétrica. almente com a instalação do sistema fotovoltaico no caminhão e a despesa anual prevista é o custo anual com a Para o cálculo de custo com consumo de combustí- manutenção dos equipamentos. Por último, o número de vel, a Eq (1) foi utilizada. períodos é a vida útil do sistema implementado. Utilizando o software EXCEL, a partir do fluxo de caixa que é apresentado no gráfico 1, foi possível encontrar os valores de VPL, TIR e Payback descontado, apresentados nos gráficos 2 e 3, e na Tabela 6. 26

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8. CONCLUSÃO Após o dimensionamento do sistema a diesel e do sistema híbrido fotovoltaico-diesel, conclui-se que a implementação do sistema fotovoltaico em um sistema de refrigeração a diesel é viável economicamente e gera um retorno do investimento em aproximadamente sete anos, sendo a duração do sistema fotovoltaico de vinte e cinco anos. A instalação do sistema resulta em uma economia anual de R$ 3224,55 em consumo de combustível. É possível, portanto, cogitar a possibilidade de abastecer uma frota de caminhões frigoríficos, como a existente no estado de São Paulo, a qual possui aproximadamente 190 caminhões, segundo MEC (2014), o que resultaria em uma economia anual de R$ 612664,50 em consumo de combustível. Essa diminuição de consumo propiciaria uma diminuição de emissão de gases poluentes para a atmosfera, o que confirma a viabilidade econômica e ambiental do projeto proposto. Ademais, o sistema poderia atender diversas aplicações em frigoríficos estacionários, como em supermercados, hospitais, pontos de vacinação em locais isolados e quaisquer outras necessidades em que a refrigeração seja indispensável. As futuras pesquisas podem trazer investimentos para o setor, o que levaria à uma redução nos custos dos sistemas e possibilitaria maiores perspectivas para a execução de projetos que utilizam energia solar fotovoltaica.

9. REFERÊNCIAS Rizzo, G., 2010, Automotive Applications of Solar Energy, IFAC Proceeding Volumes, vol. 43, n. 7, pp. 174-185 Messenger, R. A., Ventre, J., 2010, Photovoltaic Systems Engineering, CRC Press Sarbu, I., Sebarchievici, 2013. Review of Solar Refrigeration and Cooling Systems, Energy and Buildings, vol. 67, pp. 286-297 Allouhi, A., Kouskou, T., Jamil, A., Bruel, P., Mourad, Y., Zeraouli, Y., 2015. Solar Driven Cooling Systems: An Updated Review, Renewable and Sustainable Energy Reviews, vol. 44, pp. 159-181 Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, 2012, Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ANP Pereira, E. B., Martins, F. R., De Abreu, S. L., Ruther, R., 2006, Atlas Brasileiro de Energia Solar, INPE Ministério da Educação, 2014, Caderno de Informações Técnicas “Caminhão Frigorífico”, FNDE Web Ar Condicionado. Conheça como funcionam as câmaras frigoríficas em caminhões. Disponível em:<http://www.webarcondicionado.com.br/conheca-como-funcionam-as-camaras-frigorificas-em-caminhoes>. Acesso em: 08 de outubro de 2017 Lora, E. E. S., Do Nascimento, M. A. R., 2004. Geração Termelétrica: Planejamento, Projeto e Operação, Interciência Pinho, J. T., Galdino, M. A., 2014. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, CEPEL-CRESESB Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, 2017, Sistema de Levantamento de Preços. Disponível em: < http://www.anp.gov.br/preco/prc/Resumo_Por_Estado_Municipio.asp>. Acesso em: 10 de outubro de 2017.

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Entrevista

O RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com

JONAS BECKER

Diretor comercial da Econenergia.

RBS Magazine - Como você avalia o atual cenário da Geração Distribuída com fontes renováveis no Brasil? JONAS - A GD continua buscando seu espaço como fonte de energia no Brasil. Os números alcançados são representativos para o setor, porém para a matriz energética é pouco representativo. As organizações de classe desse mercado precisam continuar disseminando a cultura de gerar sua própria energia. RBS Magazine - Nos fale um pouco sobre os potenciais do estado do Ceará para a Geração Distribuída. Atualmente o estado possui 1077 usinas conectadas e quase 30MW instalados em GD. Somos pioneiros na implantação de usinas de energia renovável, tanto eólica como solar. Cabe destaque o protagonismo das empresas locais, atuando em colaboração com a Federação da Indústria, no âmbito do SINDIENERGIA, Governo do Estado e instituições cientificas. Um dos projetos no âmbito desta cooperação, da qual a ECO estar diretamente ligado, é o da ampliação do ICMS de 1 para até 5 MW, a exemplo que fez o estado de Minas Gerais. Este ambiente cooperativo e o muito realizado neste curto período nos faz crer que a terra do sol será também a terra da energia solar.

"O setor

precisa que a regulamentação (482) fique cada vez mais solida e que o CONFAZ atualize o convênio do ICMS, para que ele atenda a norma 687 (atualização da 482) de 5MW contratados. Temos projetos construídos em 9 estados e em mais de 50 municípios. Destaque para usinas na Caixa Econômica Federal e construtora MRV, ambas realizados em parceria com a WEG. Atualmente possuímos mais de 200 projetos. RBS Magazine - Há quantos anos a Eco Energia está no mercado?

A ECO está no mercado desde 2009. A empresa tem no seu DNA projetos que envolvam a busca e conquista da sustentabilidade e fazemos todas as etapas de um projeto de GD utilizando a energia solar como fonA ECO tem em seu portfólio mais te. RBS Magazine - Nos conte um pouco também sobre os principais projetos já realizados pela Eco Soluções em Energia, a ECOENERGIA.

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RBS Magazine - Na sua opinião, o que o setor precisa para continuar crescendo e se manter no topo? O setor precisa que a regulamentação (482) fique cada vez mais solida e que o CONFAZ atualize o convênio do ICMS, para que ele atenda a norma 687 (atualização da 482). É fundamental também para o setor que mais bancos apresentem modelos de financiamento competitivos em GD, com juros atrativos e mais celeridade no processo decisório. Cabe destaque no Nordeste, a iniciativa pioneira do BNB, com o FNE Sol, que muito tem contribuído pela difusão da energia solar pelo interior do Nordeste. Estas são ações estruturantes para que o mercado mantenha o ritmo de crescimento, e até aumente, nestes próximos anos, como todos esperam. RBS Magazine - A Eco Energia é patrocinadora cultural do CBGD e da Expo GD 2018. Qual a importância de um evento deste porte para o estado do Ceará? Eventos que reúnam o mercado para discutir o futuro da GD, em todas as suas perspectivas, são extremamente oportunos. O fato de acontecer no Ceará demonstra a importância do estado e mostra o protagonismo que ele ocupa neste mercado. É uma posição que precisa ser ampliada intensificando as ações de cooperação que até aqui tem sido praticada. Mantendo esta condição, certamente investidores irão considerar o segmento de GD e o nosso estado como uma opção valiosa para investir.


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CENÁRIO BRASILEIRO

DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

POR QUE A ENERGIA SOLAR É O FUTURO? O cenário de geração distribuída está em constante crescimento, especialmente no módulo de energia solar fotovoltaica. Analisando gráficos referentes a esse crescimento. (Gráfico “Mercado fotovoltaico de geração distribuída, https://www.greener.com.br/, visto em 13-08-2018) Podem-se definir vários motivos pelos quais a energia solar vem se destacando. Essas informações tornam possível dizer que o Brasil tem grandes possibilidades de ser uma potência nesse segmento, muito além do que já tem se mostrado.

RELAÇÃO COM A SOLARVIEW A SOLARVIEW A SolarView se encontra no mercado desde 2013. Empresa que pertence ao grupo AWC, desenvolve soluções tecnológicas para a gestão de dados e informações relacionadas ao consumo e à produção de energia elétrica a partir de sistemas fotovoltaicos. O objetivo da SolarView é oferecer excelência em monitoramento e gestão de projetos de Geração Distribuída (GD) e Eficiência Energética (EE). Pois, um problema das empresas que trabalham com GD e EE é utilizar diferentes equipamentos em seus projetos, o que torna o processo de gestão mais caro e mais complexo ao monitorar as informações em diferentes interfaces. S O L U Ç Õ E S SOLARVIEW

Pensando nisso, hoje a SolarView apresenta suas principais soluções que auxiliam, tanto o integrador quanto o consumidor BENEFÍCIOS DA ENERGIA SOLAR final a analisar as informações de sua usina de A Energia Solar Fotovoltaica se desta- geração distribuída fotovoltaica e as unidades ca das outras formas de geração distribuída consumidoras beneficiadas. também, devido aos seus vários outros beEntre as soluções solarview, destacam-se: nefícios. A capacidade de renovação, baixo impacto ambiental e por se tratar de uma MONITORAMENTO UNIVERSAL DA energia inesgotável por exemplo, reforça este GERAÇÃO DE ENERGIA fato.

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Permite a gestão de informações de todas as unidades de geração distribuída independentemente da fonte e/ou das marcas de equipamentos (inversores) utilizados. Essa pode ser realizada de diferentes formas com as soluções de hardware (Datalogger SolarView, SmartMeter SolarView) ou de software (API SolarView).

“Confira uma demonstração”

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MONITORAMENTO DO CONSUMO DE ENERGIA Possibilita a gestão do consumo, muito útil em serviços de eficiência energética, análise da curva de carga, consultoria para tarifa branca, entre outros. O monitoramento do consumo permite identificar detalhes sobre à demanda de potência, o consumo de energia ativa e reativa, além da qualidade de energia.

Além disso, a SolarView, que já é líder na transformação digital e solar para o novo cenário de energia. Também é, no mercado brasileiro, associado oficial com a Fundação SolarCoin, um programa de recompensas com uma moeda virtual elaborada para beneficiar quem utiliza a energia solar ou produtores comerciais de eletricidade solar. Segundo Jean Diniz, CMO da SolarView, foi empolgante a parceria pois, agora podem entregar SolarCoins aos seus clientes produtores de energia solar. Cada SolarCoin representa cerca de 1MWh de eletricidade solar verificada e gerada. Esse sistema é considerado um meio de distribuição equitativo, incentivando o consumo de energia limpa e sustentável. PENSANDO NO FUTURO

Ao observar o comportamento do integrador, que é responsável por vender, projetar, instalar e acompanhar os sistemas fotovoltaicos ao longo de sua vida útil, identificamos que o mesmo utiliza diferentes plataformas para realizar a gestão dos sistemas fotovoltaicos. Frente a este problema, é disponibilizada uma plataforma integrada de gestão de informações que unifica todos os dados e detalhes destas instalações fotovoltaicas em um único aplicativo. Adiciona também, o monitoramento de consumo de MONITORAMENTO DO BALANÇO energia, de modo que, tanto o integrador ENERGÉTICO quanto o proprietário da instalação, possa Com o Monitoramento do Balanço Ener- ter em detalhes o comportamento energégético é possível a integração das informações tico da unidade consumidora. A partir desde consumo com as informações de geração, tas informações, viram que o modelo de apresentando todas as parcelas do fluxo de negócio do integrador está ligado a venda energia da unidade consumidora como ener- do projeto. Isso remete a uma pergunta, é gia total gerada, consumida e seu saldo ener- possível viabilizar um modelo de receita regético, energia injetada e consumida da rede. corrente?

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Diante das dificuldades e dúvidas que os proprietários das unidades consumidoras que possuem sistemas fotovoltaicos tem com relação à compensação na economia, a SolarView está desenvolvendo uma nova solução.

nos permitiu reparos e restabelecer o funcionamento de usinas há quilômetros da nossa base, coletando informações pelo sistema de monitoramento SolarView, sem necessidade de deslocamento de equipe.

O Engenheiro Virtual SolarView é um pacote de serviços que otimiza os processos de pós-venda como:

Já temos instalado também o Smart Meter que registra o consumo e a injeção na rede durante 24 horas, permitior.

Acessibilidade ao relatório automatizado que facilita para o integrador, sintetizando as informações, agrega valor aos serviços de pós-venda e identifica oportunidades de eficiência energética. Também é útil para o proprietário, pois oferece maiorsegurança, clareza e qualidade nas informações do sistema;

3) A informação do status do inversor, em caso de falha operacional ndo além da auditoria ao medidor da distribuidora, a análise do consumo da instalação do cliente.

Notificação de recordes que informa ao integrador e ao proprietário os recordes de produção.

Estamos trabalhando na instalação de uma mini usina de 5 MWp onde utilizaremosas soluções SolarView.” Alexandre Andrade - SOLSIST

“Sempre buscamos oferecer aos nossos Esta solução viabiliza benefícios atrela- clientes equipamentos de qualidade e confiados ao integrador e também ao proprietário bilidade. da instalação (clientes finais possuidores ou consumidores de energia que gerenciam o Já instalamos diversos sistemas de mopróprio consumo). nitoramento Solarview em todo o país e os resultados são excelentes. Monitorar nossas Com excelentes resultados e se mostran- usinas em uma única plataforma é uma prado referência em soluções para integradores ticidade muito grande e nos permite avaliar e proprietários de sistemas fotovoltaicos, a as performances de nossas usinas com muito SolarView pretende implementar seus servi- mais eficácia. ços em outros países que ainda estão iniciando suas atividades nesse ramo, como ArgentiOutro equipamento que é um sucesna, Chile e Colômbia por exemplo, a proposta so entre nossos clientes é o SMART METER. é viabilizar todas as soluções SolarView para Através dele realizamos projetos de eficiência este novo mercado. energética de maneira mais assertiva nas residências, comércios e até mesmo indústrias. FEEDBACK DOS CLIENTES Parabéns a toda equipe e que a SOLARCarlos Alberto Ferreira - JCA Brasil VIEW continue sendo sinônimo de INOVAÇÃO no nosso setor.” “Sou cliente da SolarView desde 2015, quando instalamos a primeira de 50 usinas Ivan Corgozinho - Imax Energia. que já temos instaladas. “Utilizamos as soluções de monitoramenO sistema de monitoramento da Solar- to fotovoltaico da SolarView desde as primeiView agrega várias vantagens para o integra- ras versões. Acreditamos na importância de dor: um monitoramento universal e vemos como muito positivo para nosso negócio a oportuni1) Sistema universal que se conecta com dade de entregar este monitoramento como a maioria dos inversores. Isto me permite em parte de uma solução oferecida pela nossa um "click" verificar o status de todas as usinas empresa, com nossa logomarca na interface de nosso portfólio, em uma mesma tela, inde- do cliente. Além disso, percebemos dinamispendente da marca dos inversores. mo e inovação no monitoramento SolarView e agilidade no suporte técnico.” 2) Quando o cliente quer acessar sua usina ele entra pela página da minha empresa e o link de retorno é o logo da minha empresa. Em vez do cliente memorizar a marca do fabricante do inversor, ele estará sempre lembrando da marca do integradda usina, já 34

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MODELOS DE NEGÓCIO PARA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA DE ENERGIA Marina Meyer Falcão

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om a publicação da Resolução Normativa nº 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e suas alterações posteriores (Resoluções nº 687/2015 e 786/2017), o consumidor brasileiro passou a poder gerar a sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis (como: solar, eólica hidráulica e cogeração qualificada) e inclusive fornecer o excedente de energia para a rede de distribuição de sua localidade, através do sistema de compensação de energia (Net Metering).

setembro de 2010 – que trata das condições gerais de fornecimento de energia elétrica. Ao final do processo de conexão, a acessante deverá firmar com a Concessionária de energia três importantes instrumentos jurídicos: o acordo operativo, o relacionamento operacional e o contrato de uso do sistema de distribuição (CUSD). Nos últimos dois anos entretanto, ganhou importante destaque as “fazendas solares” – que são criadas através da reunião de vários consumidores diferentes por meio de um dos modelos da geração compartilhada – CONSÓRCIO ou COOPERATIVA - dentro da mesma área de concessão ou permissão, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada. (REN 482/2012 - GRIFO DO ORIGINAL).

Surgiu assim o sistema de Geração Distribuída que funciona como uma troca ou compensação de energia. E, os consumidores responsáveis por unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída, denominados como integrantes de empreendimento de múltiplas unidades consumidoras, consumidores caracterizados como geração compartilhada e os consumidores caracterizados como autoconsumo remoto – todos eles poderão aderir ao sistema de compensação de Este fenômeno ocorreu principalmente energia através da “geração própria” via um em função do elevado custo da energia no Brados modelos mencionados acima. sil, fazendo com que a geração compartilhada Comparativamente, na Alemanha, temos de energia e as fazendas solares fiquem ainda um modelo diferente do sistema brasileiro, lá mais atraentes e populares. Contudo, salieno sistema de geração distribuída de energia é tamos a importância de dimensionar o projebaseado na tarifa feed-in, o qual estabelece a to elétrico junto à Concessionária de energia obrigatoriedade das concessionárias de ener- local, solicitar corretamente a conexão junto à gia em receber em sua rede a energia gerada, rede da Distribuidora e elaborar corretamente remunerá-la e distribuí-la aos consumidores/ os Contratos Regulatórios na área da geração prosumidores. Destaca-se que no sistema ale- distribuída com o auxílio de advogados espemão não é injetado o excedente, e sim toda a cialistas no ramo do Direito de Energia. energia gerada. Assim, a energia solar fotovoltaica Já no Brasil, para a solicitação de forneci- vem apresentando um efetivo crescimento mento inicial de conexão para Geração Distri- mundial nos últimos anos, em grande parte buída, a unidade acessante ou consumidora devido à implantação ou intensificação de prodeverá solicitar o acesso junto à rede da dis- gramas de governo que estimulam tanto o uso tribuidora local, além de observar as regras do quanto o desenvolvimento tecnológico e inMódulo 3 do PRODIST (procedimento de dis- dustrial dos equipamentos necessários para o tribuição) para fins de emissão da informação seu aproveitamento, em especial o nosso país ou o parecer de acesso, bem como seguir os (particularmente privilegiado) devido aos altos prazos de execução das obras de acesso pre- níveis de radiação solar e as grandes reservas vistos na Resolução Normativa nº 414, de 9 de de Silício de alta qualidade. 40

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Em um país com as dimensões do Brasil, o setor elétrico dominado pelo paradigma da geração centralizada pode começar a se beneficiar e a abrir espaço a tecnologias de geração distribuída Neste cenário, a geração distribuída é apontada em inúmeras obras como a direção do futuro dos setores elétricos. É um modelo que é vislumbrado para trazer benefícios ambientais e sociais, por ser baseado em projetos de geração de energia, que podem ser sincronizados com outras tecnologias de informação (smart meters, estocagem de energia etc.) e que por sua vez podem induzir padrões de consumo mais sustentáveis (LOVINS, 2011). Além de mencionar que, a atratividade econômica da micro e minigeração está intrinsecamente relacionada às tarifas de energia elétrica convencionais, já que o benefício, do ponto de vista financeiro, para o micro/minigerador é o custo evitado para a compra de energia elétrica convencional. Desta forma, uma das formas de avaliação econômico-financeira de sistemas fotovoltaicos de geração distribuída é feita sob a ótica do consumidor residencial. (ABINEE, março de 2015) Em um país com as dimensões do Brasil, o setor elétrico dominado pelo paradigma da geração centralizada pode começar a se beneficiar e a abrir espaço a tecnologias de geração distribuída, como a SOLAR integrada a edificações urbanas e conectada à rede elétrica, que gera energia junto ao ponto de consumo. A geração solar em telhados urbanos, por exemplo, evita perdas de energia e investimentos no sistema de transmissão e distribuição. Adicionalmente, é fundamental considerar as estimativas de redução de custos da tecnologia solar fotovoltaica, que indicam que ela já é uma fonte competitiva frente a geração centralizada tradicional. E com o avanço e o investimento em geradores fotovoltaicos de ponta, aliados ao armazenamento da energia (storage), a GERAÇÃO DISTRIBUÍDA no Brasil será de fato uma iniciativa em prol da modicidade tarifária, sem a necessidade de grandes incentivos governamentais. 42

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Nesta linha, teremos nosso país crescendo com a era da geração distribuída, como aconteceu com a Alemanha, por exemplo, com o apoio de ações coordenadas pelo governo federal, estadual e municipal – em prol do verdadeiro desenvolvimento da energia solar fotovoltaica – aliada a uma tecnologia de ponta. REFERÊNCIAS ABINNE, Propostas para Inserção da Energia Solar Fotovoltaica na Matriz Elétrica Brasileira. AFONSO, G. S. Análise dos instrumentos normativos de suporte à geração solar fotovoltaica distribuída conectada à rede de distribuição. Brasilia: University of Brasilia, 2016. ANEEL. Resolução Normativa 482 de 2012, 687/2015 e 786/2017. LOVINS, A. B.; ROCKY MOUNTAIN. INSTITUTE. Reinventing Fire: Bold Business Solutions for the New Energy Era. White River Junction, VT: Chelsea Green Publishing Company, 2011. MME/EPE, E. DE P. E. Análise da Inserção da Geração Solar na Matriz Elétrica Brasileira. Rio de Janeiro: EPE, jun. 2012. Disponível em:. Acesso em: 24 set. 2013.

MINI-CURRÍCULO

Advogada Coordenadora de Energia Andrade Silva Advogados. Membro representante do Estado de Minas Gerais na missão Energias Renováveis na Alemanha (Baviera) em junho de 2018 e nos Estados Unidos em 2016, Co-Autora de 3 Livros em Direito de Energia, MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduada em Gestão Ambiental pelo Instituto de Educação Tecnológica - IETEC. Graduada pela Universidade FUMEC. Membro da Comissão de Energia da OAB-MG; Membro da Câmara de Energia da FIEMG; Ex-Superintendente de Política Energética do Estado de Minas Gerais (2009 a 2014); Ex-Conselheira do Conselho de Política Ambiental – COPAM do Estado de Minas Gerais (2009 a 2014); Ex-Secretária Executiva do Comitê Mineiro de Petróleo e Gás.


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As vantagens da energia solar fotovoltaica e os benefícios nas propriedades rurais À medida em que o Brasil avança no ranking de países com maior geração de energia solar, as inúmeras fazendas e propriedades rurais do país ganham um aliado iluminado para reduzir despesas com energia elétrica e aumentar práticas sustentáveis

A

s perspectivas estão cada vez melhores. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, pesquisas apontam que, em até dois anos, o Brasil estará entre os 20 países com maior geração de energia solar no mundo. Atualmente, Alemanha, China, Japão, Itália e EUA formam o grupo dos 5 principais países em potência instalada, correspondendo a aproximados 70% do total mundial. De acordo com alguns estudos do ministério, até a metade deste século, o Brasil terá 13% de seus domicílios gerando sua própria energia a partir do sol, que é fonte limpa, sustentável e infinita. Energia solar fotovoltaica É preciso apontar que, tanto em residências como em empresas, a energia solar pode ser aproveitada de duas maneiras. A primeira, já bastante popular no país, usa o calor do sol para aquecer a água, o que reduz o custo da conta de energia por eliminar o uso dos chuveiros elétricos. A segunda, relativa aos painéis fotovoltaicos, converte a luz do sol em energia elétrica, possibilitando a redução da conta de energia em até 95%. Geração distribuída A geração distribuída (GD) é a produção descentralizada de energia no próprio local ou nas proximidades de onde tal energia é consumida. No Brasil a partir da criação da Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL estabeleceu as regras do sistema de compensação de energia e possibilitou que cada consumidor de energia 46

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Gabriel Guimarães Ferreira Alexandre Alves Arcanjo

passasse a ser um potencial gerador da própria energia. A GD utiliza fontes renováveis de energia, tais como a energia solar, a eólica, a biomassa e a hidráulica. A geração de energia é dividida em microgeração — de potência igual ou menor a 75 kW — e minigeração — de potência instalada que vai de 75kW a 5MW no caso da fonte solar.

lhor local da Alemanha onde existem mais de 1,5 milhão de instalações de sistemas solares fotovoltaicos.

Um sistema fotovoltaico pode ser instalado rapidamente em telhados ou em solo. Os custos de operação e manutenção são muito baixos e envolvem a limpeza dos painéis no período seco de 2 a 3 vezes ao ano. Além disso, as garantias dos equipamentos de primeira linha são de 25 anos de Por que usar fotovoltaica geração o que torna o sistema um inVamos começar abordando um vestimento seguro e rentável. dos principais atrativos dessa fonte O dimensionamento do sistema renovável: ao contrário dos combustíveis fósseis (ex: petróleo, gás natu- adequado dependerá da quantidaral, carvão mineral, diesel, gasolina), de de energia que deverá ser gerada o processo de geração de energia para atender o percentual desejado elétrica a partir do sol não emite di- de economia na conta de energia. O óxido de enxofre (SO2), óxidos de valor do investimento poderá variar nitrogênio (NOx) nem dióxido de car- de R$15 mil para uma pequena casa bono (CO2). Todos esses gases são até mais de R$100 mil para grandes poluentes, com efeitos nocivos à saú- propriedades. de e contribuem para o efeito estufa Outro fator que deve ser consie consequente aquecimento global. Uma agenda clara para frear os efei- derado é o tempo necessário para tos da mudança climática foi estabe- que a instalação se pague — o chalecida no maior evento sobre o Clima mado retorno do investimento. Para do mundo – a COP21 que aconteceu chegar a ele, de maneira simplificada, em novembro de 2015 em Paris. A basta dividir o custo total do sistema transição da matriz energética mun- pelo valor da economia mensal na dial para energia renovável é um dos conta de luz após a devida instalapilares de um mundo mais sustentá- ção, considerando nesse cálculo a variação anual com os reajustes das vel. contas. Atualmente, o retorno do inA fonte solar é mais democrática vestimento varia entre 5 e 10 anos entre todas as fontes renováveis já de acordo com o valor do projeto, as que o sol nasce para todos em qual- tarifas praticadas e o potencial de irquer lugar do país. O Brasil tem um radiação do local onde o sistema está potencial fantástico para geração so- instalado. Contudo, considerando lar já que apresenta excelentes índi- que o custo da energia vem aumences de irradiação dentro de todo ter- tando significativamente anualmenritório. A região brasileira que recebe te, como foi o caso de 2015 onde o menos sol, é 25% melhor que o me- reajuste médio ficou em 45% no ano,


o tempo de retorno fica cada vez menor. Isso torna o investimento ainda mais atrativo para quem vai instalar e para quem já está produzindo a sua própria energia. Fotovoltaica em propriedades rurais Mesmo em momentos de crise econômica, o setor do agronegócio tem conseguido se destacar. E um dos segredos é justamente abraçar novas tecnologias que contribuem para o aumento da produtividade, à adoção de boas práticas agropecuárias e de gestão da propriedade rural, taicos, inversores e outros equipae à inserção competitiva dos produ- mentos. tores rurais nos diferentes mercados O orçamento deverá contemplar consumidores. o fornecimento de todos os equipaJá há exemplos espalhados pelo mentos, instalação e o registro do Brasil de como propriedades rurais projeto junto à distribuidora de enerestão se beneficiando ao adotarem gia. práticas mais econômicas e sustentáAlguns fatores na escolha do forveis, como a energia solar fotovoltaica. Fazendas, independentemente do necedor devem ser observados, senporte, geralmente contam com gal- do os principais: pões para utilidades diversas, como - Experiência prévia em projetos estocagem de material, alimentos, maquinários e animais. Assim, mui- desse tipo tos empreendimentos estão instalan- Qualidade de equipamentos do projetos fotovoltaicos em coberturas ou em solo, contando com boa fornecidos / Garantias dos equiparadiação solar durante o dia. Dessa mentos e serviços forma, propriedades rurais têm um - Suporte técnico grande aliado na hora de economizar nas contas de energia. Uma vez que a empresa foi conUm sistema conectado à rede tratada e o sistema esteja instalado, poderá atender toda a demanda de é hora de produzir energia de forma energia de uma casa ou propriedade limpa e aproveitar os benefícios por rural independentemente do tipo de pelo menos 25 anos. consumo: seja ele um bombeamenLinhas de financiamento to, motores, ordenha, iluminação ou aparelhos eletroeletrônicos. Alguns bancos já disponibilizam programas de financiamento para a Como começar instalação de projetos sustentáveis O primeiro passo para solicitar em empresas e propriedades rurais. um orçamento para instalação dos O Banco do Nordeste apresentou equipamentos é procurar uma emrecentemente o FNE Sol, destinado presa especializada. a pessoas jurídicas no norte de MG, A empresa solicitará uma cópia norte do ES e toda a região Nordesda conta (s) de energia para avaliar o te. Podem ser financiados sistemas consumo e definirá a área requerida fotovoltaicos completos, incluindo para a instalação dos painéis fotovol- instalação com juros subsidiados que

variam entre 7,76%a. a e 6,9%a.a. e prazo de pagamento de até 15 anos, com até um ano de carência. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com a linha Pronaf ECO, está disponível para agricultores e pequenos produtores rurais investirem em implantação e utilização de tecnologias de energia renovável. Os juros podem chegar até 2,5% a.a., prazo de até 10 anos e carência de até 3 anos. Os limites de financiamento são de R$ 165 mil por ano agrícola ou R$ 88 mil por beneficiário. O Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária – INOVAGRO está disponível à incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais e financia também sistemas fotovoltaicos. Os juros são de 6,0 %a. a prazo de até 10 anos e carência de até 3 anos. Os limites de financiamento são de R$ 1,3 milhão por cliente, para empreendimento individual, e R$ 3,9 milhões para empreendimento coletivo, respeitado o limite individual por participante. O número de instalações solares no país cresce exponencialmente desde 2012. As facilidades de credito, a disseminação da tecnologia entre as pessoas e o imenso potencial solar do país possibilitarão a expansão da geração distribuída fotovoltaica em residências, empresas e propriedades rurais pelo Brasil. O futuro parece brilhante. RBS Magazine

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uso de energias renováveis, mais especificamente da energia fotovoltaica, vem aumentando consideravelmente com o passar dos anos e, no caso do Brasil, com maior intensidade a partir da REN n. 482/2012. Por um lado, a redução dos custos e os incentivos públicos e privados favorecem a difusão e a popularização da energia solar, possibilitando o acesso às novas tecnologias de produção de energia limpa e barata a um número cada vez maior de pessoas e empresas. Entretanto, desde a crise de 2015, o crescimento do setor atraiu uma série de novos empreendedores, impondo um desafio àquelas empresas pioneiras e já consolidadas, tornando o mercado de energia solar altamente competitivo. Nessa esteira, buscando maior representatividade e troca de experiências, foi fundado, em 2017, o grupo de cooperação empresarial G5 Solar, que reúne cinco grandes nomes do mercado brasileiro de geração de energia fotovoltaica. São eles: Alba Energia (MG), Master Solar (PR), Seltec Energia (MG), SolarVolt (MG e RJ) e Solled Energia (RS). Os integrantes possuem, juntos, mais de 1.500 sistemas fotovoltaicos instalados, representando uma fatia considerável do mercado brasileiro. A ideia nasceu a partir de um seminário de energias renováveis na região da Baviera, promovido pelo Governo Alemão, no qual compareceram os diretores da Seltec e da Alba. Lá conheceram um modelo de cooperativismo, em que várias empresas se ajudaram, evoluindo e crescendo mais rapidamente. Com base nisso, em 2016, foi feita uma primeira tentativa de estruturação de um grupo de empresas entre Seltec, Alba e Solarvolt, que realizaram um workshop sobre melhores práticas empresariais, abordando temas como áreas de vendas, marketing,

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atendimento ao cliente e linhas de financiamento. A experiência foi muito rica, motivando os participantes a atrair mais empresas e promover mais encontros Em 2017, durante uma feira do setor, mais empresas uniram-se ao projeto, fundando oficialmente o grupo G5. O projeto visa a realização de encontros periódicos, no intuito de compartilhar informações e experiências, reforçando o compromisso em se estabelecer um padrão de qualidade das empresas que, inseridas em um mercado extremamente promissor e desafiador, têm expandido cada vez mais na tentativa de atender clientes dos mais diversos segmentos com qualidade, transparência e eficiência.

A primeira reunião oficial do grupo foi realizada em novembro de 2017 na cidade de Santa Cruz do Sul no Rio Grande do Sul, reunindo as empresas na sede da Solled, que teve como foco discutir melhorias internas, com apresentação de metodologias de elaboração de propostas, argumentos de venda, formas tributárias, e estruturação geral do negócio. A reunião contou com a participação das distribuidoras Weg, Ribeiro Solar e SICES Solar. O segundo encontro foi realizado em Nova Lima/MG, na sede da SolarVolt, entre os dias 22 e 24 de fevereiro de 2018. O terceiro e mais recente encontro foi realizado entre 19 a 21 de abril de 2018, em Pouso Alegre, na sede da Alba, dando ênfase aos processos comerciais. O G5 Solar busca constantemente aprendizagem e inovação, redução de custos e riscos, além do acesso a soluções disponíveis no mercado, visando melhorar os processos internos na área técnica, comercial, financeiro, administrativo, logística e processos, a partir da troca de informações e cooperação mútua. Esse grupo de empresas tem capilaridade nacional e 4 dessas empresas foram fundadoras da ABGD, associação que reúne em torno de 450 empresas associadas, sendo que 3 das empresas do grupo G5 são também membros do conselho da ABGD. Como premissa o G5 Solar considera necessário que todas as empresas do grupo compartilhem dos mesmos princípios e valores organizacionais, entre eles a ética e a transparência. O G5 Solar, que atua em 14 estados brasileiros, fechou o ano de 2017 totalizando mais de 1,250 usinas conectadas na rede. Além disso quatro empresas do G5 Solar são também fundadoras da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).


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on grid ecoSolys

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Os inversores solares ecoSolys são compactos e possuem faixa de potência indicada para pequenos e médios consumidores, como residências, comércios e pequenas indústrias. Todos os modelos são compatíveis com a plataforma de monitoramento online, que acompanha o funcionamento dos inversores em tempo real, obtendo informações detalhadas de performances e análises de seu sistema fotovoltaico.

ecoSolys Rua Deputado Heitor Alencar Furtado, 270 CEP 80740-060 - Curitiba - PR - Brasil

+55 41 3056-8511 contato@ecosolys.com.br www.ecosolys.com.br RBS Magazine

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