Vol. 03 - Nº 19 - NOV/DEZ 2017
www.revistabrasilsolar.com ISSN 2526-7167
2017 foi um ano
especial para o setor de Energia Solar Fotovoltaica e Geração Distribuída com Fontes Renováveis
A RBS Magazine trará em suas próximas edições a opinião dos principais empresários do setor de Energia Solar Fotovoltaica e de Geração Distribuída com Fontes Renováveis no Brasil! Neste primeiro capítulo Neste primeiro capítulo os entrevistados osChirollo entrevistados serão: serão: Jackson e Leonardo Curioni, Jackson Chirollo e da empresa SICES Solar
APOIO OFICIAL
Nota do EDITOR
Esta é a edição após o Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD), ocorrido em novembro em Fortaleza (CE). O evento foi um sucesso e cerca de 700 pessoas participaram de diversas palestras, conheceram novas tecnologias e fizeram novas parcerias e negócios. Em 2018 o evento segue na rota do Nordeste e deverá atrair um público ainda maior. Toda a equipe organizadora está de parabéns.
O setor de geração distribuída está em crescimento, sem sobra de dúvidas. A marca de 200 MWp (megawatt-pico) de energia solar instalada nas residência, comércio e indústria é muito superior às previsões do setor para o ano de 2017. O mercado segue aquecido, com a proliferação de novos modelos de negócios e oportunidades para geração de energia consorciada. Um dos artigos desta edição fala sobre os consórcios e condomínios solares pela ótica do profissional de direito. Esta edição foi finalizada algum dia após o leilão A-4 de energia, e, por conta do resultado inesperado deste certame, vale o comentário aqui. A fonte solar correspondeu a cerca de 85% do total negociado, com 20 usinas vencedoras, somando capacidade total de 574 MWp e 172,6 MW médios de garantia fixa, e projetos localizados nos estados do PI, PE, BA e SP.
muito abaixo do valor da energia do último leilão em 2015, cujo preço médio foi próximo a R$ 298,00 / MWh. A fonte solar foi mais competitiva que a hidroeletricidade, algo sem precedentes no Brasil das grandes hidroelétricas, perdendo competitividade somente para energia eólica. Só tempo revelará a estratégia bem arrojada dos desenvolvedores de projetos, gerando energia com um dos menores preços globais (U$ 44/MWh). Aguardo as cenas dos próximos capítulos e espero ver estas usinas saindo do papel nos próximos anos. Em resumo, o ano de 2017 foi muito positivo para a energia solar, seja distribuída ou centralizada. Celebramos juntos com a indústria que cresce, apesar do mercado ainda ser pequeno, quando comparado com os países mais desenvolvidos neste setor.
Chegamos ao fim de 2017 com grandes avanços no setor de geração de energia solar centralizada e distribuída. Os números não mentem, muito já foi feito, e há um longo e promissor caminho pela frente para quem traBoas festas para todos e até 2018! balha sério, com qualidade e segurança (aliás, um ponto que sempre Aurélio Souza frisamos e pedimos aos agentes do Chefe de Edição setor que não deixem de lado, a qua- A surpresa geral foi o preço médio da Diretor USINAZUL e Pesquisador LSF-IEE/USP energia contratada, R$146,68/MWh, lidade e a segurança).
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Ildo Bet, Faria, L. P. P., Pereira, E. M. D., Carmo, M. C. B., Silva, C. H. F., Daniel, A. C., Aloisio Pereira Neto, Glauco Requião, Caio R.Vieira, Raimundo F. Sampaio, Ruth DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA P. S. Leão, Siomara D. C. Ribeiro, Empresas do setor de energia solar Eudes B. de Medeiros, Karlos D. M. e solar fotovoltaica, geração distribuída e Silva, Felipe R. P. Garcia, Joaquim Rolim. energias renováveis, sustentabilidade, câmaras e federações de comércio e indústria, universidades, assinantes, centros de pesquisas, além de ser distribuído em grande quantidade nas principais feiras e eventos do setor de energia solar, energias renováveis, construção sustentável e meio Os artigos e matérias assinados por colunistas e ambiente. ou colaboradores, não correspondem a opinião TIRAGEM: 5.000 exemplares do RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo VERSÕES: Impressa / eletrônica de inteira responsabilidade do autor.
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Artigo
A PHB Solar é referência em qualidade no fornecimento de soluções no setor Fotovoltaico
Ildo Bet da PHB
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empresa desde 1984, ano de fundação da PHB, a busca por inovação e qualidade, com seriedade e desenvolvimento tecnológico brasileiro, foram fatores notáveis e importantes na trajetória da PHB Solar. Desta maneira, foi a primeira fabricante de inversores solares a ser certificada pelo INMETRO no Brasil, atuando na coordenação e elaboração de normas reguladoras e criando de forma singular, um laboratório completo para testes e manutenção dos seus próprios produtos. Para a PHB Solar a certificação dos inversores FV é um requisito mínimo para a segurança e integridade das instalações, clientes e parceiros instaladores. Sempre à frente, a PHB Solar é uma indústria 100% nacional com pioneirismo e competência tecnológica, desenvolvendo soluções para a Geração Distribuída como um todo. A engenharia da PHB oferece respostas rápidas e não depende de uma consulta internacional, sendo uma empresa precursora na geração de energia elétrica através de fontes renováveis. A PHB Solar possui um laboratório equipado com todos os instrumentos para o desenvolvimento e testes dos inversores. Possuímos assistência técnica e engenharia em São Paulo, além de possuir a garantia de 5 anos podemos estender a garantia (10/15/20/25) anos para os inversores contra defeitos de fabricação.
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Com cunho tecnológico desde sua fundação a PHB Solar trouxe para o mercado inovações que realmente contribuíram para o desenvolvimento do setor de forma segura: 1º Desenvolvemos o KIT FOTOVOLTAICO mais COMPLETO do mercado! A PHB fornece além dos itens comuns (Estrutura, Cabos Preto e Vermelho, Inversor, Módulos FV, Conectores e String Box cc), oferecemos os seguintes itens a mais no kit COMPLETO: • Kit Aterramento de módulos FV, que dispensa a fiação módulo a módulo.
bilitando aos parceiros e instaladores utilizarem a linha de financiamento do BNDES com taxas de juros atrativas. 3º Desenvolvimento de estruturas de sustentação para módulos Fotovoltaicos para TELHADO, SOLO, LAJE e ESTACIONAMENTO (CARPORT), produzidas NACIONALMENTE em alumínio anodizado com vida útil acima de 25 anos, além de conter com o sistema único de ATERRAMENTO da PHB Solar. Nossa estrutura para CARPORT e a única do mercado que conta com o sistema de vedação entre os módulos FV! 4º Sistema de Aterramento para Módulos FV e Estrutura de sustentação é uma exclusividade da PHB Solar. O sistema é fun• Cabo Solar com dupla isolação Ver- damental para proteção contra descargas de e Amarelo para o aterramento da atmosféricas, atuando em conjunto com o estrutura. DPS CC. • String Box CC e Quadro de proteção CA, que além do lado de proteção contra surtos por parte do inversor (CC) possui o lado de proteção (CA) para a rede.
Necessário para que o inversor possa proteger o instalador e usuário de choques elétricos devido ao contato em partes metálicas quando ocorre falha de isolação na instalação.
• Todos os modelos de Inversores cerInclusive as instalações que usam mótificados junto ao INMETRO. dulos sem frame também precisam ter toda a estrutura de fixação aterrada, porque há • Nossa estrutura é feita em alumínio o risco de ter falha de isolação na estrutura. anodizado, sendo o mesmo material Nem todos os inversores possuem o circuido FRAME do módulo FV com todos to que monitora a resistência de isolação, os parafusos e periféricos em aço ou seja, o usuário final e os instaladores poINOX 304, o que garante à durabili- dem correr riscos! dade da estrutura acompanhando a vida útil do modulo FV. 5º Software para ajuste de tensão de acordo com as normas exigidas pelas con2º Primeira empresa a ofertar KIT FO- cessionárias de energia. Ajuste a tensão de TOVOLTAICOS com código FINAME, possi- conexão com a rede elétrica DOS INVERSORES PHB com apenas 1 CLICK! De acordo com o Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica - PRODIST, temos 8 níveis de tensões no Brasil (conforme tabela). Com apenas 1 CLICK o parceiro PHB configura os parâmetros de sobre/sub tensão de saída, sobre/sub frequência de saída, tempo de religamento e tensão de ativação/desativação da Curva de Fator de Potência (FP) . O sistema de Ajustes Automático PHB (apenas 1 CLICK), dispensa a utilização de senhas. Fornecendo ao Parceiro PHB a segurança que todos os parâmetros estejam dentro das normas brasileiras, evitando desligamentos desnecessários por parametrização incorreta e transtornos com os Clientes e as Concessionárias de Energia Elétrica. 6
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6º Sistema de Monitoramento próprio para gestão de dados e informações relacionadas à produção e utilização de energia com sistema WIFI homologado pela ANATEL. O sistema de Monitoramento da PHB é uma solução aplicável para sistemas residenciais, comerciais e para grandes plantas. O sistema de monitoramento possui design inovador e amigável ao usuário. O sistema permite arquivar todos informações e transmite automaticamente para a nossa central de monitoramento via internet. Nossos clientes podem utilizar o sistema de monitoramento via Web site ou via smart phone. Possuímos aplicativos no sistema Android e iOS (PHB Viewer). O PHB Viewer é um aplicativo para monitoramento de sistemas fotovoltaicos 7º Treinamento exclusivo e gratuito desenvolvidos para smart phones (iOS/An- para parceiros PHB Solar. droid), interligados com o Webserver da PHB via internet a fim de acompanhar o O curso é teórico e prático. Os particicomportamento e os rendimentos de siste- pantes têm a oportunidade de comissionar mas fotovoltaicos a qualquer momento. um sistema fotovoltaico real e conectado à rede. Durante as aulas, são apresentadas as A configuração do sistema de monitora- ferramentas, os equipamentos de proteção mento PHB Solar, além de ser super intui- e os métodos e normas de trabalho. tivo, é fácil e prático de instalar. Em média de 5 minutos, o Sistema de Monitoramento O curso da PHB aborda os seguintes teWIFI estará devidamente instalado! mas:
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• Conhecer mais sobre dimensiona- ção técnica dos professores. Os professores mento de sistemas fotovoltaicos co- contaram com aulas práticas e teóricas com nectados à rede de distribuição; os melhores profissionais da PHB. • Conhecer mais sobre soluções em 9º Financiamento para parceiros com estruturas; condições especiais! • Solicitar acesso dos SFV com as conOferecemos formas de financiamento cessionárias; para alavancar os negócios de nossos parceiros. • Instalar arranjos fotovoltaicos e monitoramento do sistema como um Temos a opção de financiar o produto todo; direto com PHB via banco Santander, além de estar apto a atender as diversas linhas • Teoria e dimensionamento de sis- de financiamento, como as opções do Bantemas fotovoltaicos conectados a co do Nordeste, BB AGRO, FINAME, Desenrede; volve SP, PROGER e etc.. • Teoria e dimensionamento dos inversores PHB;
10º Sistema Híbrido Modular
Gerador Fotovoltaico Híbrido para ali• Teoria, dimensionamento e soluções mentação de cargas que requerem funciodas estruturas PHB para sistemas fo- namento ininterrupto e seguro (Backup) a tovoltaicos; partir de diversas fontes de energia (rede concessionária, geradores fotovoltaicos, • Apresentação de normas brasileiras baterias, e grupo Motor Gerador), com are documentação para legalização quitetura modular, pode ser ampliado e junto as concessionárias; adaptado para qualquer situação com grande flexibilidade e abrangência. • Procedimento para correta instalação do arranjo fotovoltaico; A operação se dá através de um inversor On-Grid funcionando em conjunto com • Treinamento dedicado para start-up um inversor Off-Grid, combinando as caracdos inversores e sistemas de moni- terísticas de ambos. Podemos dizer que se toramento PHB. trata de um Nobreak Solar. 8º Parceria em treinamentos com o SEO funcionamento pode ser monitorado NAI! via internet ou localmente através da Unidade de Supervisão e Controle do sistema. A PHB Solar além de fornecer treinamentos para parceiros instaladores, tamAlém de conectar à rede elétrica e posbém atua com uma forte parceria com as suir certificado INMETRO, o nosso sistema unidades dos SENAI, oferecendo a capacita- Híbrido conta com inversor ON GRID sepa8
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rado do OFF GRID. Com isso é possível homologar o projeto para conexão com a rede pelas concessionárias de energia. Em caso do cliente já possuir um Gerador Fotovoltaico instalado, e quiser ter armazenamento de energia, ele pode sofrer um retrofiting para se tornar um gerador híbrido bastando acrescentar a nosso solução de inversor híbrido modular sem perder nada do investimento já realizado. 11º Temos soluções completas para a conexão com a rede elétrica de diversas fontes de energia renovável. A PHB conta com o Know How de desenvolver produtos que permite a conexão com a rede elétrica de fontes renováveis além do Sol. A Solução PHB (retificador + inversor fotovoltaico) permite a conexão à rede de geradores a biogás, pequenas centrais hidrelétricas e pequenos geradores eólicos.
A PHB conta com o Know How de desenvolver produtos que permite a conexão com a rede elétrica de fontes renováveis além do Sol Com essa solução de retificador desenvolvido pela PHB, mais um inversor fotovoltaico, é possível conectar à rede fontes alternativas de energia 24 horas/dia, obtendo um retorno muito mais rápido do investimento comparado a sistemas fotovoltaicos com hora de sol pico (HSP) de 5 horas/dia. 12º Parceira com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPQD). Em parceria com o Centro de Pesquisa e desenvolvimento (CPQD) e o BNDES(FUNTEC) a PHB está desenvolvendo o BMS (Batery Magement System), que seria a eletrônica para o controle das baterias de lítio íon. Vale lembrar que as baterias de lítio íon só existem graças a eletrônica que controla seus níveis de tensão, temperatura , estado de carga, etc..., evitando que explodam. Essas novas baterias de lítio íon já estão em fase final de desenvolvimento e serão oferecida em nossa linha de produtos em breve para armazenamento de energia de fontes renováveis. Esse novo produto irá agregar valor aos sistemas Híbridos e OFF grid que já oferecemos em nossa linha de produtos e para qualquer outra aplicação que exija uma bateria de alto desempenho (Veículos elétricos, infraestrutura de banda larga, etc...). A PHB acredita que o armazenamento de energia será de grande importância para os próximos anos uma vez que a crise hídrica veio para ficar devido às mudanças climáticas.
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Desenvolvimento de solução PVT para aumento da eficiência de
USINAS SOLARES
Faria, L. P. P.1, Pereira, E. M. D., Carmo, M. C. B., Silva, C. H. F., Daniel, A. C.2 1
lppf@ig.com.br , 2alessandra.daniell@cemig.com.br
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ste projeto foi uma oportunidade de atendimento às necessidades do setor elétrico e desenvolveu um sistema PVT (fotovoltaico-térmico) para pré-aquecimento de água para utilização em sistemas de aquecimento distrital através da retirada de calor de módulos fotovoltaicos utilizados pela geração de energia elétrica.
concepção do protótipo PVT, modelagem e simulação (do protótipo e do aquecimento distrital para os testes reais), construção do protótipo, medição/avaliação de desempenho e ajustes do sistema em laboratório e teste em situação real implantado em uma comunidade.
Para esse último caso, houve a oportunidade de também agregar um viés social ao projeto. A escolha do local onde as instalações para testes e análises foram feitas com o intuito de promover aplicações sociais sustentáveis de energia solar para instituições que precisam reduzir suas contas mensais de consumo, mas mantendo o conA sua execução foi de 2013 a 2017, sen- forto e a qualidade de vida de seu pessoal. do realizada a parceria da CEMIG com o Centro Universitário UNA (Belo Horizonte/ Desta forma um sistema PVT foi implanMG) e contando com co-financiamento da tado na Vila Vicentina na cidade de Sete LaFapemig. goas/MG. Como propósitos deste desenvolvimento cita-se: a melhoria da eficiência dos módulos fotovoltaicos e do uso da energia solar, redução de custo das tecnologias e a possibilidade de produção de eletricidade e calor no mesmo espaço.
As seguintes etapas principais possiTrata-se de uma instituição filantrópica bilitaram o desenvolvimento do projeto: que abriga idosos de famílias carentes sem
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Figura – Vila Vicentina em Sete Lagoas.
vínculos familiares ou com vínculos desestruturados, e ainda os que estão em situações de riscos sociais e físicos. O projeto atendeu a 16 residências sendo responsável pelo aquecimento de água e como fonte auxiliar de energia elétrica para aquela instituição.
Todas as instituições envolvidas se beneficiaram cumprindo as finalidades do P&D. Espera-se que o desenvolvimento desta tecnologia contribua para a melhoria da qualidade de vida da sociedade e para a construção das opções energéticas para o futuro da energia.
Os resultados do projeto se mostram promissores. Já se encontra depositado um pedido de patente. Houve a formação de pesquisadores em vários graus acadêmicos com publicações científicas relatando o desenvolvimento do projeto e os avanços científicos.
Figura – Instalação do sistema fotovoltaico, parte do sistema PVT na Vila Vicentina.
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Figura – Esquema ilustrativo da tecnologia PVT.
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ASPECTOS JURÍDICOS DOS CONSÓRCIOS DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
*Aloisio Pereira Neto - aloisio@aloisioneto.adv.br
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Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) possibilitou a geração de energia através da criação de consórcios. Para a formalização segura de uma pessoa jurídica desse tipo é imprescindível que os empreendedores tenham uma assessoria jurídica especializada, pois as responsabilidades são enormes e os investimentos, de grande volume.
No consórcio o critério para a divisão de energia é livre e cabe a cada pessoa jurídica definir o percentual que será alocado a seus integrantes. Encerrada a compensação de energia dentro do mesmo ciclo de faturamento, os créditos remanescentes devem permanecer na unidade consumidora a que foram destinados.
Assim dispõe a Resolução 482, em seu Essa foi uma das maiores novidades art. 7º, VIII: criadas pela ANEEL e que, realmente, pode VIII - o titular da unidade consumidora movimentar bastante o setor. Contudo, é onde se encontra instalada a microgeranecessário que, desde a concepção até o ção ou minigeração distribuída deve deefetivo funcionamento do consórcio, todas finir o percentual da energia excedente as partes envolvidas tenham consciência do que será destinado a cada unidade consufuncionamento básico de uma pessoa jurímidora participante do sistema de comdica dessa natureza. O texto da Resolução define o que é a Geração Compartilhada: Art. 2º VII - caracterizada pela reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada.
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pensação de energia elétrica, podendo solicitar a alteração junto à distribuidora, desde que efetuada por escrito, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias de sua aplicação e, para o caso de empreendimento com múltiplas unidades consumidoras ou geração compartilhada, acompanhada da cópia de instrumento jurídico que comprove o compromisso de solidariedade entre os integrantes.
Destarte, surgiram inúmeras demandas para a confecção de contratos de consór-
O consórcio decorre de um contrato firmado entre duas ou mais sociedades com atividades em comum e complementares cios para fomentar a produção de energia renovável dentro dos critérios de geração distribuída. Os consórcios são regulamentados pela lei Nº 6.404/76, a Lei das Sociedades por Ações. Dispõe o artigo 278 dessa lei: Art. 278. As companhias e quaisquer outras sociedades, sob o mesmo controle ou não, podem constituir consórcio para executar determinado empreendimento, observado o disposto neste Capítulo.
O consórcio pode se aplicar a todos os tipos societários, inclusive sociedades civis, mas somente pode ser composto por sociedades, não por pessoas naturais ou outro tipo de organização que não seja sociedade. Segundo parecer jurídico da ANEEL, temos: A constituição de consórcios deve observar a) o disposto na Lei n. 6.404/76 e na Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1.634/2016, para fins de inscrição no CNPJ; ou b) o disposto na Lei
n°11.795/2008. No primeiro modelo (letra a), o consórcio possui personalidade jurídica, sendo o titular da unidade consumidora com geração distribuída. No segundo modelo (letra b), a titularidade da unidade consumidora com geração distribuída é conferida à administradora do consórcio, que deve apresentar comprovante de inscrição no CNPJ;
O consórcio é feito por quem quer juntar esforços coletivos, mas não quer ser sócio. Logo, para se ter um consórcio ou uma sociedade é bastante aconselhável que se faça da forma como a lei indica, com todos os registros. As características do consórcio são: a) objetivo comum para execução de determinado projeto, empreendimento ou prestação de serviço; a) administrado pela empresa designada líder; e b) não se confunde com grupos de sociedades. O consórcio decorre de um contrato firmado entre duas ou mais sociedades com atividades em comum e complementares, que objetivam juntar esforços para a realização de determinado empreendimento. Também característica do consórcio é a sua autonomia administrativa. O seu poder de agir se faz em nome das sociedades que o compõem. A sua autonomia se caracteriza pelo instrumento de mandato, decorrente do próprio contrato. A função do consórcio é permitir a colaboração empresarial em determinadas atividades sem que as consorciadas percam a sua personalidade jurídica. Quando alguém assina pelo consórcio o faz porque tem permissão contratual para tanto. Quando a organização atua em consórcio é responsável
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É IMPORTANTE TER UMA BOA ASSESSORIA JURÍDICA E CONTÁBIL somente por seus atos e pelas obrigações que assumiu face aos outros consorciados. O consórcio deve ter CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), tem que ter sede, ter um prazo determinado, bem como ter uma pessoa jurídica líder. O instrumento que regulamenta isso é uma orientação da Secretaria da Receita Federal (IN SRF 105/84) que diz da obrigatoriedade de inscrição no cadastro para o consórcio que pagar rendimentos sujeitos a retenção na fonte ou auferir rendimentos de suas atividades. Assim como as cooperativas, o consórcio é registrado na Junta Comercial de cada Estado. O consórcio é um meio de se organizar iniciativas orgânicas entre sociedades, sem que se estabeleça entre elas outro vínculo social. O incremento na capacidade negocial de quem compõe um consórcio é sempre um fator importante para a implementação de projetos frente a terceiros, deixando os componentes mais competitivos. De acordo com o artigo 279 da Lei N º 6.404/1976, o consórcio será constituído mediante contrato aprovado pelo órgão da sociedade competente para autorizar a alienação de bens do ativo permanente do qual constarão:
I. a designação do consórcio, se houver; II. o empreendimento que constitua o objeto do consórcio; III. a duração, endereço e foro; IV. a definição das obrigações e responsabilidades de cada sociedade consorciada, e das prestações específicas; V. normas sobre o recebimento de receitas e partilha de resultados; VI. normas sobre administração do consórcio, contabilização, representação das sociedades consorciadas e taxa de administração, se houver; VII. forma de deliberação sobre assuntos de interesse comum, com o número de votos que cabe a cada consorciado; VIII. contribuição de cada consorciado para as despesas comuns, se houver. Sem dúvida, os consórcios formarão uma parcela considerável dos empreendimentos de Geração Distribuída, contudo para se ter um sucesso nesse tipo de negócio é importante ter uma boa assessoria jurídica e contábil, a fim de prevenir problemas e riscos da atividade.
* É advogado, mestre em Direito Ambiental, professor universitário de Direito Ambiental e Urbanístico, responsável jurídico pela criação de cooperativas e consórcios de energia renovável, com atuação na área de energia renovável há mais de 15 anos. Atualmente, coordena o grupo de Meio Ambiente da Câmara de Energias Renováveis do Estado do Ceará.
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A hora e a vez da energia solar Glauco Requião, diretor de Meio Ambiente da Sanepar.
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á alguns anos quando falávamos em energias alternativas todos recorriam à máxima da falta de relação entre custo benefício. Um exemplo é a energia solar.
Porém esse cenário vem sendo modificado numa velocidade impressionante, e hoje, além do desempenho das placas solares terem atingido um patamar razoável, seu pay back despencou para 5,5 a 9 anos.
Apesar de ser considerada desde semSe considerarmos que o tempo de vida pre uma fonte limpa, era uma dessas alter- útil das placas é, atualmente, de pelo menativas vistas como pouco viáveis para a nos 25 anos e que o emprego da tecnolosubstituição da matriz energética mundial. gia em nível mundial está cada vez maior, a vantagem é cada vez mais evidente. Graças à crescente necessidade de uma descarbonização profunda, termo que os De acordo com a International Energy cientistas vêm utilizando, somada ao de- Agency (IEA) a capacidade mundial instalasenvolvimento da tecnologia, parece que a da para geração fotovoltaica em 2010 era situação mudou. de aproximadamente 40 GW (Gigawatt) e em 2016 chegou a aproximadamente 280 Antes de prosseguir é importante que GW, um crescimento de 600% em seis anos. se ressalte um ponto importante: a drástica redução da emissão de gás carbônico está Ainda conforme dados da IEA, a previintimamente ligada à transição para ener- são é de que a capacidade instalada mungias limpas. Além disso, há que se lembrar dial chegue a 550 GW em 2021, o dobro da que a energia elétrica tem sofrido constan- atual. tes aumentos em sua tarifa ao longo dos anos. Esse e os demais motivos de ordem urgentes citados acima, nos faz acreditar em Na Sanepar, para se ter o exemplo, o uma mudança radical desse cenário. Na custo com energia elétrica atingiu em 2016 Sanepar já existem projetos de viabilidade a o valor anual de aproximadamente R$ tramitando porque a energia solar pode e 382.000.000,00, o que significa o segundo deve ser considerada. Argumento ainda maior custo da Companhia. com mais dois pontos: Ou seja, não só o setor do saneamento, mas todos necessitam despertar para uma nova realidade, a de ter efetivamente uma Postura Sustentável nos mais variados sentidos – econômicos e ambientais, por exemplo. Chegou a hora e a vez das energias limpas. Não muito tempo atrás, cerca de três a cinco anos no máximo, o pay back estimado para a implantação de sistemas de produção solar de energia girava em torno dos 10 a 20 anos, o que resultava em pouca atratividade no seu desempenho. 20
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- As empresas de saneamento possuem espaço para implementação de parques solares e ainda a possibilidade de aproveitamento energético dos gases gerados no processo de tratamento do esgoto. - Em isto sendo verdade, os custos com energia atuais passam de não gerenciáveis a evitáveis e gerenciáveis, fazendo com que investimentos neste novo setor sejam estimulados. É a sustentabilidade provando que não está dissociada de rentabilidade.
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A ESCOLHA CERTA Desenvolve o teu projecto fotovoltaico nas mãos de Yingli, um dos principais fabricantes mundiais de painéis solares, o que irá contribuir com a sua expericia em todas as fases do projeto, do inicio ao fim.
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ANÁLISE DOS IMPACTOS DA GERAÇÃO SOLAR FOTOVOLTAICA NO SISTEMA ELÉTRICO DE DISTRIBUIÇÃO DE UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO Caio Ribeiro Vieira1; Raimundo Furtado Sampaio2; Ruth Pastôra Saraiva Leão3; Siomara Durand Costa Ribeiro4; Eudes Barbosa de Medeiros5; Karlos Daniel Menezes e Silva6; Felipe Ribeiro Parente Garcia6
RESUMO Nos últimos anos, a geração distribuída (GD) baseada em fontes renováveis tem contribuído para a expansão da matriz elétrica mundial, a redução dos impactos ambientais e o atendimento do crescimento da demanda. Embora as GD apresentem vários benefícios, a crescente inserção de fontes eólica e solar fotovoltaica pode causar impactos na rede elétrica, os quais precisam ser analisados e mitigados se necessário. Este trabalho tem como objetivo apresentar a avaliação da integração de geração solar fotovoltaica na rede de distribuição de energia elétrica do Campus do Pici da Universidade Federal do Ceará (UFC). O projeto dos sistemas PV foi desenvolvido usando o software PVsyst, e as análises de carregamento, perdas, variação de tensão e fator de potência (FP) foram realizadas com o software ANAREDE, considerando variações de geração e de demanda em um dia útil da semana sob demanda máxima de carga e em um domingo sob baixa demanda. Para avaliar o impacto sobre a coordenação da proteção da rede do campus universitário foi utilizado o software EasyPower®. Palavras-chave: fluxo de potência, ANAREDE, EasyPower®.
Introdução As características variáveis da geração solar fotovoltaica podem causar impactos na rede elétrica, o que tem sido objeto de investigação de diversos estudos [1-8]. Nos últimos anos, a rede elétrica em média tensão do Campus do Pici da Universidade Federal do Ceará tem sido modernizada, evoluindo de um suprimento em 13,8 kV para uma alimentação através de subestação distribuidora em 6913,8 kV composta de dois transformadores de potência de 5/6,25 MVA cada, três alimentadores de distribuição com topologia radial com recurso, e totalmente automatizada. A fim de alinhar-se às últimas tendências de instalação de geração distribuída usando recursos renováveis de energia em campus universitários, este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de estudos sobre a conexão de geração distribuída solar fotovoltaica (GD-PV) no sistema Eng. – ENSOLE SOLUÇÕES EM ENERGIA, Fortaleza, Ceará, caioribeiro@ensole.com.br. 2. Prof. Me. – UFC, Fortaleza, Ceará, rfurtado@dee.com.br. 3. Prof. Ph.D. – UFC, Fortaleza, Ceará. 4. Eng. Me. – Enel Ceará, Fortaleza, Ceará. 5. Prof./Eng. Me. – Universidade de Fortaleza/Enel Ceará, Fortaleza, Ceará. _6. Eng. – ENSOLE SOLUÇÕES EM ENRGIA, Fortaleza, Ceará. 1.
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elétrico de distribuição do Campus Como observado na Figura 1, a do Pici da UFC. Foram investigados rede de simulação inclui a análise a inserção de GD-PV no barramen- dos impactos das GD-PV na rede to de 13,8 kV da subestação e nos Pici bem como na rede da Enel alimentadores de distribuição em com as subestações Presidente média tensão, para diferentes ní- Kenedy (PSK), PCI e MGY. veis de potência instalada e carga. No estudo são ana- Figura 1. Diagrama unifilar da rede elétrica adotada para as simulações. lisados também os impactos das GD-PV na rede elétrica da concessionária de energia elétrica, Enel Distribuição Ceará. Análise da rede elétrica com GD-PV Na Figura 1, é apresentada a subestação e a rede de distribuição do Campus do Pici da UFC suprida por uma derivação da linha de transmissão 02L9 que interliga as subestações Pici (PCI) e Maguary (MGY) pertencentes à concessionária Enel Distribuição Ceará. Fonte: os autores.
Metodologia Foram simulados quatro cenários no ANAREDE, com potência total das três GDPV como mostrados na Tabela 1. O fator de potência das GD-PV no cenário 4 é variável e nos demais cenários, unitário. Para avaliação da coordenação da proteção foram considerados dois cenários com geração PV total de 4 MW e 8 MW no EasyPower®. A. Cenário 1 A demanda da carga é um pouco maior do que a geração: a demanda da carga (4,18 MW) é maior aproximadamente 21 % em relação à geração (3,46 MW). O dia e o horário foram escolhidos devido à proximidade de valores entre a geração e a carga para a energia ativa. É importante destacar que em torno das 15h de dia útil, a geração e a demanda da carga experimentam um dos seus maiores valores no dia. São também definidas duas áreas no ANAREDE: a área 1 corresponde ao sistema da distribuidora e a área 2 corresponde ao subsistema do campus desde a barra de 69 kV da SE Campus do Pici até a barra do último religador dos alimentadores. Essa distinção é feita para que seja identificado o intercâmbio de energia entre essas duas áreas, além de modularizar a rede elétrica com a finalidade de realizar análises mais específicas em cada área [9]. A Tabela 2 mostra o relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia das áreas 1 e 2, sem a presença da geração PV. A “geração” da área 1 está relacionada com a barra de referência, que mostra o quanto de energias ativa e reativa deve ser fornecido ao sistema, na barra de referência (PCI-69), para que ele operede acordo com as características apresentadas.
Tabela 1. Cenários de simulação no ANAREDE.
Fonte: os autores.
Tabela 2 - Relatório do ANAREDE com a geração, a carga e intercâmbio de energia das áreas 1 e 2 para a condição de carga em um dia útil às 15h sem a geração PV.
Tabela 3 - Relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia das áreas 1 e 2 para a condição de carga em um dia útil às 15h com a geração PV com potência instalada de 4MW.
dutivo) a partir da importação de 4,2 MW e 1,6 MVar da distribuidora de energia elétrica para o caso sem a geração PV.
Já a Tabela 3 mostra o relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia De acordo com a Tabela 2 , po- das áreas 1 e 2, considerando a gede-se de preender que o fator de ração PV. potência da instalação elétrica do De acordo com a Tabela 3, campus está em torno de 0,93 indutivo (o limite mínimo é 0,92 in- pode-se inferir que o fator de po-
tência da instalação elétrica do campus está em torno de 0,45 a partir da importação de 0,7 MW e 1,4 MVar da distribuidora de energia elétrica para o caso com a geração PV, o que poderá ser interpretado pela concessionária como um excedente de reativos, o que implicaria na cobrança desse “excedente”. A geração PV já supre a maioria da energia ativa necessária para as instalações elétricas do campus, fazendo com RBS Magazine
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Tabela 4 - Tensão nas barras do campus em dia útil às 15h sem e com a geração PV com potência instalada de 4 MW.
para T3 (65,8 %). Essas reduções são explicadas pelo fato de as gerações estarem conectadas muito próximas a esses trechos, evitando um fluxo de potência maior desde a subestação para suprir as cargas no final do alimentador. É importante destacar que nos trechos T1 e T4 houve um fluxo de potência reverso, não havendo o mesmo para o transformador da SE Campus do Pici, pois toda a geração PV é consumida no próprio campus. B. Cenário 2
que a importação de energia ativa da concessionária de distribuição diminua, reduzindo-se assim o FP [7].
Para esta simulação, o fator de potência das três GD-PV é considerado unitário, existindo apenas a produção de energia ativa. A geração é muito maior do que a demanda da carga: a geração (3,87 MW) é maior aproximadamente 382 % em relação à demanda da carga (0,80 MW). O dia e o horário foram escolhidos devido à discrepância de valores entre a geração e a carga para a energia ativa, configurando-se como uma condição de extrema importância para a operação do sistema. É importante destacar que em torno das 10h do domingo, a demanda da carga experimenta um dos seus menores valores, enquanto a geração experimenta o seu valor máximo.
De acordo com esse gráfico, é possível ver que a porcentagem do carregamento dos alimentadores diminuiu para três trechos (T1, T3 e T4) e permaneceu a mesma para Há também uma pequena re- o T2, trecho que pertence ao alidução no total das perdas técni- mentador 01C2, e que não possui cas, variando de 16,0 MVar para geração PV. A maior redução foi 15,8 MVar. Isso acontece porque, com a geração PV suprindo boa Figura 2. Carregamento dos trechos dos alimentadores em dia útil às 15h sem e com a geração PV com potência instalada de 4 MW. parte das cargas locais, o fluxo de Fonte: os autores. potência desde o sistema da concessionária de energia até o campus diminui. A Tabela 4 mostra a tensão nas barras do campus em dia útil às 15h sem e com a geração PV. Pode-se inferir que a tensão aumentou apenas nas barras dos religadores R4, R5 e R7, estando ainda dentro dos limites aceitáveis para a tensão de distribuição de 13,8 kV (12,83 kV – 14,49 kV) [10]. Com a inserção da geração PV, a tensão aumenta nas suas proximidades devido ao fluxo de potência oriundo das GD-PV. Na Figura 2, é mostrado o gráfico de comparação do carregamento de trechos dos alimentadores com e sem a geração PV. 26
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A Tabela 5 mostra o relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia das áreas 1 e 2, sem a presença da geração PV.
Tabela 5 - Relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia das áreas 1 e 2 para a condição de carga em um domingo às 10h sem a geração PV.
De acordo com a Tabela 5, pode-se concluir que o fator de potência da instalação elétrica do campus está em torno de 0,97 a partir da importação de 0,8 MW e 0,2 MVar da distribuidora de energia elétrica para o caso sem a geração PV. Já a Tabela 6 mostra o relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia das áreas 1 e 2, considerando a geração PV. De acordo com a Tabela 6, pode-se depreender que o fator de potência da instalação elétrica do campus está em torno de 0,0 a partir da importação de 0,0 MW e 0,3 MVar da distribuidora de energia elétrica para o caso com a geração PV, o que poderá ser interpretado pela concessionária como um excedente de reativos, o que implicaria na cobrança desse “excedente”. A geração PV já supre toda a energia ativa necessária para as instalações elétricas do campus, fazendo com que não exista a importação de energia ativa da concessionária de distribuição.
Tabela 6 - Relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia das áreas 1 e 2 para a condição de carga em um domingo às 10h com a geração PV com potência instalada de 4 MW.
Tabela 7 - Tensão nas barras do campus em um domingo às 10h sem e com a geração PV com potência instalada de 4 MW.
Há também um pequeno aumento no total das perdas técnicas, variando de 4,2 MVar para 4,4 MVar. Em comparação com a condição de geração PV em dia útil às 15h, em que as perdas técnicas diminuem com a inserção da geração PV, quando a geração é maior do que a carga, o considerável fluxo de potência reverso é responsável pelo aumento das perdas técnicas, porque este existe desde a geração PV até o sistema elétrico da distribuidora. A Tabela 7 mostra a tensão nas barras do campus em um domingo às 10h sem e com a geração PV. Observando-se a Tabela 7, pode-se inferir que as tensões sofreram alterações ínfimas e que RBS Magazine
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elas ainda estão dentro dos limites aceitáveis para a tensão de distribuição de 13,8 kV (12,83 kV – 14,49 kV). Com a inserção da geração PV, a tensão diminuiu nas proximidades da GD-PV 1 e aumentou nas proximidades da GD-PV 3 devido ao fluxo de potência oriundo das usinas fotovoltaicas. Na Figura 3, é possível ver que a porcentagem do carregamento dos alimentadores aumentou consideravelmente para três trechos (T1, T3 e T4) e permaneceu a mesma para T2. O maior aumento foi para T1 (731 %). Essas elevações no carregamento dos alimentadores são explicadas pelo fato de as usinas fotovoltaicas estarem conectadas muito próximas a esses trechos e por grande parte da geração PV alimentar a rede da distribuidora através do fluxo de potência reverso devido à grande discrepância entre geração e carga no campus, existindo um fluxo de potência apreciável desde a geração PV até o sistema elétrico da distribuidora. É importante destacar que os trechos T1, T3 e T4 apresentam fluxo de potência reverso, diferente do trecho T2 cujo alimentador não possui geração PV. Além disso, houve um carregamento de 61,4 % do transformador da SE Campus do Pici em um fluxo de potência reverso. C. Cenário 3 Um caso interessante de simulação é quando a geração é extremamente maior do que a carga do campus, existindo um enorme fluxo de potência reverso. Isso seria possível com a contratação de uma demanda maior para o campus permitindo uma potência instalada maior para a geração PV. Nesse sentido, é adotada uma demanda contratada de 12,0 MW, permitindo uma potência instalada de geração de 12,0 MW, triplicando o valor com o qual foi trabalhado anteriormente. Assim, são inseridas três GD-PV totalizando uma potência nominal de 12 MW, sendo três de 4 MW, conectadas 28
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Figura 3. Carregamento dos trechos dos alimentadores em um domingo às 10h sem e com a geração PV com potência instalada de 4 MW.Fonte: os autores. nos mesmos barramentos das si- nas um, como estava sendo feito mulações anteriores. nas simulações anteriores. A geração é extremamente maior do que a demanda da carga: a geração (11,6 MW) é maior aproximadamente 1345 % em relação à demanda da carga (0,80 MW). O dia e o horário foram escolhidos devido à enorme discrepância de valores entre a geração e a carga para a energia ativa. Além disso, por causa dessa grande discrepância, foram considerados os dois transformadores de 5/6,25 MVA da SE Campus do Pici e não ape-
A Tabela 8 mostra o relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia das áreas 1 e 2, considerando a geração PV. De acordo com a Tabela 8, pode-se concluir que o fator de potência da instalação elétrica do campus está em torno de 0,0 a partir da importação de 0,0 MW e 1,1 MVar da empresa distribuidora de energia elétrica para o caso com a geração PV, o que poderá
Tabela 8 - Relatório do ANAREDE com a geração, a carga e o intercâmbio de energia das áreas 1 e 2 para a condição de carga em um domingo às 10h com a geração PV com potência instalada de 12 MW.
ser interpretado pela concessionária como um caso de excedente de reativos. A geração PV já supre toda a energia ativa necessária para as instalações elétricas do campus, fazendo com que não exista a importação de energia ativa da concessionária de distribuição.
Tabela 9 - Tensão nas barras do campus em um domingo às 10h sem e com a geração PV com potência instalada de 12 MW.
Além disso, o fator de potência no ponto de entrega para o fornecimento de energia pela concessionária de transmissão para o sistema elétrico da empresa distribuidora de energia elétrica está em torno de 0,94 indutivo (o limite mínimo é 0,95 indutivo) a partir da importação de 63 MW e 22,4 MVar da empresa de transmissão, o que poderá ser interpretado pela empresa de transmissão de energia como um caso de excedente de reativos, o que implicaria na cobrança desse “excedente”. Dessa forma, quanto maior for a penetração da GD no sistema elétrico, menos energia ativa será importada da rede da empresa de transmissão, enquanto que a importação de energia reativa sofrerá pequenas alterações, reduzindo-se, consequentemente, esse fator de potência. Esse problema já está sendo constatado na concessionária de distribuição de energia elétrica Enel Distribuição Ceará, e estudos e análises estão sendo feitos para a eliminação ou mitigação desses problemas. O aumento no total das perdas técnicas é maior para este caso em comparação com o caso da geração PV com potência instalada de 4 MW para um domingo às 10h, variando de 4,2 MVar para 5,1 MVar e de 0,2 MW para 0,3 MW. Isso acontece devido ao maior fluxo de potência reverso na rede de distribuição elétrica do campus e em parte do sistema elétrico da concessionária de distribuição. A Tabela 9 mostra a tensão nas barras do campus em um domingo às 10h sem e com a geração PV. Observando-se a Tabela 16, pode-se inferir que as tensões sofreram alterações ínfimas e que elas ainda estão dentro dos limi-
Figura 3. Carregamento dos trechos dos alimentadores em um domingo às 10h sem e com a geração PV com potência instalada de 12 MW.Fonte: os autores. RBS Magazine
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tes aceitáveis para a tensão de distribuição de 13,8 kV (12,83 kV – 14,49 kV). Com a inserção da geração PV, a tensão diminuiu nas proximidades da GD-PV 1 e aumentou nas proximidades da GD-PV 2 e da GD-PV 3 devido ao fluxo de potência oriundo das usinas fotovoltaicas.
Tabela 10 - Tensão nas barras do campus em um dia útil às 15h com a geração PV com potência instalada de 4 MW e FP unitário e igual a 0,92i e a 0,92c.
A Figura 4 mostra o carregamento dos alimentadores em um domingo às 10h com a geração PV. Analisando-se as Figuras 3 e 4, é possível ver que a porcentagem do carregamento dos trechos dos alimentadores aumentou consideravelmente para três trechos (T1, T3 e T4) com a inserção da geração PV e permaneceu a mesma para o T2 nos três casos (sem geração PV, geração PV com potência instalada de 4 MW e geração PV com potência instalada de 12 MW) . Assim, é possível concluir que quanto mais distribuída for a penetração da geração PV no sistema, mais distribuído será o aumento do carregamento nos alimentadores. Essas elevações no carregamento dos alimentadores são explicadas pelo fato de as gerações fotovoltaicas estarem conectadas muito próximas a esses trechos e por grande parte da geração PV alimentar a rede da distribuidora através do fluxo de potência reverso devido à grande discrepância entre geração e carga no campus, existindo um fluxo de potência apreciável desde a geração PV até o sistema elétrico da distribuidora. É importante destacar que os trechos T1, T3 e T4 apresentam fluxo de potência reverso, diferente do trecho T2, como também foi verificado para o caso da geração PV com potência instalada de 4 MW. Além disso, houve um carregamento de 107,1 % para os dois transformadores da SE Campus do Pici em um fluxo de potência reverso, obrigando-os a operarem na capacidade de emergência.
No cenário 4, o fator de potência do sistema fotovoltaico é variável: 0,92 capacitivo e 0,92 indutivo. Isso é obtido através da alteração no FP do inversor fotovoltaico. Assim, é analisada a sua influência nas tensões e nas perdas técnicas do sistema elétrico. É importante destacar que um sistema fotovoltaico com FP abaixo do unitário apresentará uma redução na sua atratividade financeira.
A Tabela 10 mostra as tensões nas barras do campus em um dia útil às 15h para as três minigerações com FP unitário e igual a 0,92 indutivo e a 0,92 capacitivo. Percebe-se que com a absorção de potência reativa pelos inversores, a tensão no barramento diminui. Isso pode ser feito para situações em que a tensão no barramento estiver próxima de extrapolar o limite superior de tensão. Já para a entrega de potência reativa pelos inversores, a tensão no barramento aumenta. Isso pode ser feito para situações em que a tensão no barramento estiver próxima de extrapolar o limite inferior de tensão.
Para tanto, é utilizada como carga a condição já analisada em dia útil às 15h, porém sem considerar a potência de geração no tempo, sendo apenas inserida a potência nominal de cada minigeO fluxo de potência reverso ração para a potência total instalaEm relação às perdas técnicas, não alterou a tensão nas barras do da de 4MW: uma GD-PV de 2 MW e duas de 1 MW com as mesmas comparando-se o caso em que FP sistema da distribuidora. configurações adotadas nas simu- é unitário com o caso em que o lações anteriores. FP é 0,92i, nota-se a elevação das D. Cenário 4 30
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perdas técnicas devido ao fluxo de potência reativa ter aumentado com o consumo de potência reativa pelo sistema fotovoltaico, variando de 15,8 MVar para 15,9 MVar. Ademais, comparando-se os casos de FP unitário e FP capacitivo, nota-se uma leve diminuição das perdas técnicas devido ao
fluxo de potência reativa ter diminuído com a geração de energia reativa pelo próprio sistema fotovoltaico, variando de 15,8 MVar para 15,7 MVar.
As simulações são realizadas considerando-se 27,0 % da potência instalada do campus para um fator de potência de 0,95, que é o máximo percentual da potência instalada utilizada no campus. E. Simulações no EasyPower® com Além disso, é considerada apenas geração PV de 4 MW a atuação de um transformador 5/6,25 MVA da SE Campus do Pici.
Tabela 11 - Nível de curto-circuito trifásico nas barras do campus sem e com a geração PV de 4 MW.
Além disso, considera-se que a rede elétrica em estudo, sem a geração PV, tem as suas proteções ajustadas, atendendo aos critérios estabelecidos pela concessionária. Iniciando-se a análise do aumento dos valores de curto-circuito, a Tabela 11 mostra o nível de curto-circuito trifásico nas barras do campus sem e com a geração PV. É importante destacar que os religadores R7 e R9 são de encontro de alimentadores e estão operando no modo normalmente aberto, e seus barramentos não serão considerados nas simulações. O maior percentual de aumento no nível do curto-circuito trifásico é 6,5 % no barramento de 13,8 kV da SE Campus do Pici devido principalmente à existência da GD-PV de 2 MW conectada diretamente nesse barramento. Como a literatura afirma [1,3], o aumento do valor de curto-circuito é muito pequeno com a penetração de geração PV na rede elétrica. Contudo, com um aumento excessivo da penetração de geração PV, os níveis de curto-circuito poderão aumentar consideravelmente. Dessa forma, todos os aumentos nos valores de curto-circuito (trifásico, bifásico, monofásico franco e monofásico mínimo) não influenciarão na coordenação já existente dos dispositivos de proteção.
Figura 4. Atuação indevida dos religadores para faltas nos barramentos do sistema elétrico do campus. Fonte: os autores.
Após essa abordagem, deve ser feita uma análise minuciosa das consequências da inserção da geração PV na proteção do sistema elétrico de MT do campus. Assim, uma falta em um alimentador pode fazer circular uma corrente RBS Magazine
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em outro alimentador devido ao fato de a geração PV alimentar a falta, o que torna possível a atuação indevida de dispositivos de proteção do alimentador em que não houve a falta. O resumo das atuações indevidas dos religadores é mostrado na Figura 4. Como os três transformadores modelados (um para cada usina PV) apresentam o tipo de conexão dos seus enrolamentos como estrela aterrada do lado de baixa tensão e delta do lado de alta (380V - 13,8kV), essa conexão, em função da ausência de aterramento no lado da concessionária, se comporta como um circuito aberto para correntes de sequência zero ou de desequilíbrio, contribuindo para que o aumento do nível de curto-circuito monofásico (falta fase-erra) seja ínfimo. Assim, em relação a esse tipo de falta, não haverá trips indevidos dos religadores.
Tabela 12 – Dessensibilização do relé R_11T2 devido à inserção da geração PV de 4 MW.
to próximos de uma barra para outra. Contudo, essas reduções não alteraram a coordenação dos dispositivos de proteção. Todos os outros curtos-circuitos nas outras barras também provocariam reduções muito pequenas no valor da corrente “vista” pelo relé R_11T2. Uma observação importante é que o nível de curto-circuito é muito alto no barramento de corrente alternada (CA) dos inversores fotovoltaicos. Para a GD-PV de 1 MW conectada no barramento do religador R8, o valor do curto-circuito trifásico é 23,2 kA e para a GD-PV de 2 MW, é 35,8 kA. As proteções do próprio sistema fotovoltaico devem atuar em um tempo programado para cessar essa falta.
tovoltaicos com valores máximos em torno de 38 % da tensão nesse ponto (380 V), o que poderia resultar na desconexão do sistema fotovoltaico a partir de 200 ms. Para as faltas monofásicas francas, as subtensões assumiriam valores entre 60 % e 68 %, o que poderia provocar a desconexão do sistema fotovoltaico a partir de 300 ms. Já para as faltas monofásicas com resistência de contato, as subtensões no barramento CA dos inversores fotovoltaicos experimentariam valores próximos a 98 % e 99 % da tensão de 380 V, o que seria considerado como operação normal para o sistema, sem a desconexão do sistema fotovoltaico [11]. A Tabela 13 apresenta os resultados das subtensões no barramento CA dos inversores fotovoltaicos devido às faltas na rede elétrica do campus com a geração PV de 4 MW.
Além disso, para um curto-circuito trifásico na barra associada ao religador R8 sem a geração PV, pode-se observar que a corrente “vista” pelo relé presente entre a saída do transformador da SE e o barramento de 13,8 kV (relé associado ao disjuntor 11T2, chamado de R_11T2) é 2,27 kA. No entanto, com a inserção da geração PV de 4 MW, esse valor passa a ser 2,24 kA, o que serve para entender como a penetração da geração Ademais, as faltas bifásicas e PV pode ser responsável pela des- trifásicas na rede elétrica do camTabela 13 – Resultados das sensibilização dos dispositivos de pus provocariam subtensões no subtensões no barramento CA dos proteção, fazendo com que eles barramento CA dos inversores fo- inversores fotovoltaicos devido às operem mais lentamente ou nem operem [5]. Neste caso, a redução da corrente de falta “vista” pelo Tabela 13 – Resultados das subtensões no barramento CA dos relé é muita pequena, não afetaninversores fotovoltaicos devido às faltas na rede elétrica do do significativamente na operação campus com a geração PV de 4 MW. do equipamento de proteção. A Tabela 12 mostra os dados referentes à dessensibilização do relé R_11T2. É importante destacar que para curtos-circuitos monofásicos (faltas fase-terra) com resistência de contato, essa dessensibilização pode resultar em uma redução de até 3.3 A, que é um valor considerável para esse tipo de curto, pois os seus valores de ajuste são mui32
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faltas na rede elétrica do campus com a geração PV de 4 MW.
Tabela 14 - Nível de curto-circuito trifásico nas barras do campus sem e com a geração PV de 8 MW.
F. Simulações no EasyPower® com geração PV de 8 MW Esta simulação consta de um sistema PV com potência instalada de 8 MW distribuídos a partir de 3 GD-PV: duas de 3 MW e uma de 2 MW. Uma usina de 3 MW está conectada no barramento de 13,8 kV da SE Campus do Pici e a outra usina de 3 MW e a de 2 MW estão conectadas respectivamente no barramento a jusante dos religadores R8 e R5. Enfim, é a mesma configuração da simulação anterior, modificando apenas a potência nominal da geração PV. A Tabela 14 mostra o nível de curto-circuito trifásico nas barras do campus sem e com a geração PV. O maior percentual de aumento no nível do curto-circuito trifásico é 12,8% no barramento de 13,8 kV da SE Campus do Pici devido principalmente à existência de uma usina de 3 MW conectada diretamente nesse barramento.
Tabela 15 – Dessensibilização do relé R_11T2 devido à inserção da geração PV de 8 MW.
Assim, com a duplicação da potência de geração PV, houve também aproximadamente uma duplicação do aumento nos valores de curto-circuito, considerando também os outros tipos de curto-circuito (bifásico. monofásico franco e monofásico mínimo). Em comparação com a simulação anterior para a potência de geração de 4 MW, mais trips indevidos ocorreriam com o aumento da potência da geração PV. Tomando-se como exemplo, para uma falta trifásica na barra R1 do alimentador 01C1, os religadores R3, R4 e R5 do alimentador 01C3 “enxergariam” uma corrente de aproximadamente 78 A circulando por este alimentador. Essa corrente poderia ocasionar um trip indevido dos religadores R4 e R5, pois suas correntes de pick-up para a função de sobrecorrente temporizada são 38,2 A e 61,3 A, respectivamente, sendo que o R4 não era afetado na simulação anterior 34
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com 4 MW. O curto-circuito bifásico na barra R1 provocaria a atuação indevida dos relés associados aos religadores R4, R5 e R8, o que não aconteceu na simulação anterior, em que apenas o religador R8 atuava indevidamente.
É importante destacar que para curtos monofásicos com resistência de contato, essa dessensibilização pode resultar em uma redução de até 6,4 A, que é um valor considerável para esse tipo de curto, pois os seus valores de ajuste são muito próximos de uma barra para outra. Contudo, essas reduções não alteraram a coordenação dos dispositivos de proteção.
Em relação à perda de sensibilidade dos dispositivos de proteção, continuando com o exemplo do relé R_11T2, a Tabela 15 mostra os dados referentes a essa dessensibilização para a geração PV Todos os outros curtos-circuide 8 MW. tos nas outras barras também pro-
Tabela 16 – Resultados das subtensões no barramento AC dos inversores fotovoltaicos devido às faltas na rede elétrica do campus com geração PV de 8 MW.
vocariam reduções muito peque- aos três primeiros cenários de sinas no valor da corrente “vista” mulação no ANAREDE, para a conpelo relé R_11T2. dição em que a geração foi maior do que a carga, o fluxo de potênAlém disso, as faltas bifásicas e cia reverso causou um aumento trifásicas na rede elétrica do cam- apreciável no carregamento dos pus provocariam subtensões no alimentadores e uma elevação das barramento CA dos inversores fo- perdas técnicas, enquanto que, tovoltaicos com valores máximos para a condição em que a geração em torno de 40 % da tensão nesse foi menor do que a carga, houve ponto (380 V), o que poderia re- uma diminuição no carregamento sultar na desconexão do sistema fotovoltaico a partir de 200 ms. dos alimentadores e nas perdas Para as faltas monofásicas francas, técnicas. Além disso, com a introas subtensões assumiriam valores dução da geração PV, não houve entre 58 % e 70 %, o que poderia um aumento apreciável dos níveis provocar a desconexão do sistema de curto-circuito. Foram analisafotovoltaico a partir de 300 ms. das também as subtensões nos Já para as faltas monofásicas com barramentos de corrente alternaresistência de contato, as subten- da dos inversores, observando-se sões no barramento CA dos inver- que as faltas bifásicas e trifásicas sores fotovoltaicos experimenta- originaram subtensões na ordem riam valores próximos a 98 % e 99 de até 40 %, com a desconexão do % da tensão de 380 V, o que seria sistema PV a partir de 200 ms, e considerado como operação nor- as faltas monofásicas francas promal para o sistema, sem a desco- vocaram subtensões em torno de nexão da geração fotovoltaica. até 70 %, com a desconexão do sistema PV a partir de 300 ms. A Tabela 16 apresenta os resultados das subtensões no barramento CA dos inversores fotovoltaicos Referências devido às faltas na rede elétrica do campus com a geração PV de [1] KATIRAEI, Farid et al. Investigation of Solar PV Inverters Current Contributions 8 MW. Resultados e Discussões Os resultados obtidos mostraram que os impactos foram significativos com redução no fator de potência (inclusive o FP na fronteira da distribuidora com a transmissora), variação ínfima da tensão e perda de coordenação da proteção, podendo haver trips indevidos nos religadores. Em relação
during Faults on Distribution and Transmission Systems Interruption Capacity. In: WESTERN PROTECTIVE RELAY CONFERENCE, 2012, Spokane. Proceedings. Spokane: Quanta Technology, 2012. [2] BEGOVIC, Miroslav; PREGELJ, A.; ROHATGI, Ajeet; NOVOSEL, Damir. Impact of Renewable Distributed Generation on Power Systems. In: HAWAII INTERNATIONAL CONFERENCE ON SYSTEM SCIENCES, 34., 2001, Maui. Proceedings... . Maui: IEEE, 2001. p. 126 - 135.
[3] BEJMERT, Daniel; SIDHU, Tarlochan S.. SHORT-CIRCUIT CURRENT CONTRIBUTION FROM LARGE SCALE PV POWER PLANT IN THE CONTEXT OF DISTRIBUTION POWER SYSTEM PROTECTION. Present Problems of Power System Control. Wrocław, p.85-96. spring. 2012. [4] PALMINTIER, Bryan; HALE, Elaine; HANSEN, Timothy M.; JONES, Wesley; BIAGIONI, David; BAKER, Kyri; WU, Hongyu; GIRALDEZ, Julieta; SORENSEN, Harry; LUNACEK, Monte; MERKET, Noel; JORGENSON, Jennie; HODGE, Bri-Mathias. Integrated Distribution-Transmission Analysis for Very High Penetration Solar PV. Golden: National Renewable Energy Laboratory, 2016. [5] PALMINTIER, Bryan; BRODERICK, Robert; MATHER, Barry; CODDINGTON, Michael; BAKER, Kyri; DING, Fei; RENO, Matthew; LAVE, Matthew; BHARATKUMAR, Ashwini. On the Path to SunShot: Emerging Issues and Challenges in Integrating Solar with the Distribution System. Golden: National Renewable Energy Laboratory, 2016. [6] PALUDO, Juliana Aramizu. Avaliação dos Impactos de Elevados Níveis de Penetração da Geração Fotovoltaica no Desempenho de Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica em Regime Permanente. 2014. 186 p. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Elétrica, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2014. [7] PINTO, Aimé; ZILLES, Roberto; BET, Ildo. EXCEDENTE DE REATIVOS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE. In: IV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA SOLAR E V CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DA ISES, 2012, São Paulo. Anais... . São Paulo: Associação Brasileira de Energia Solar, 2012. [8] ZILLES, Roberto; MACÊDO, Wilson Negrão; GALHARDO, Marcos André Barros; DE OLIVEIRA, Sérgio Henrique Ferreira. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE ELÉTRICA. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. 208 p. [9] CEPEL (Rio de Janeiro). Programa de Análise de Redes V10.01.00: Manual do Usuário: 2015. [10] ANEEL. PRODIST: Módulo 8 - Qualidade da Energia Elétrica. Brasília, 2016. Revisão 7. [11] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16149: Sistemas fotovoltaicos (FV) — Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição. Rio de Janeiro, 2013. RBS Magazine
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Artigo
Ceará, Terra da Luz, do Sol e dos Ventos
O Ceará é muito conhecido como Terra da Luz, por ter sido o primeiro estado brasileiro a abolir a escravidão, e também pela referência direta à radiante luz do sol. Pode-se estender a frase para: Ceará, Terra da Luz, do Sol e dos Ventos, considerando-se o grande potencial para aproveitamento das energias renováveis eólica e solar.
Joaquim Rolim – Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC
O
Estado do Ceará está localizado na região Nordeste do Brasil. Faz divisa, ao norte, com o oceano Atlântico; São 573 quilômetros de litoral. Tem uma área total de 148.886,308 km², o que equivale a 9,57% da área pertencente à região Nordeste e 1,74% da área do Brasil. Assim, o estado do Ceará tem a quarta extensão territorial da região Nordeste. Possui um PIB – Produto Interno Bruto de US$ 39,8 bilhões (2016), 2,2% do PIB total do Brasil. O segmento industrial representa 19,2% do total do PIB total do estado. A Capital do Estado, Fortaleza, é a 5ª maior cidade do Brasil, e detém o maior PIB da região Nordeste do Brasil.
grande número de voos internacionais, e infraestrutura portuária diferenciada, permitindo atração de navios post-panamax e integrado a um complexo industrial com a única Zona de Processamento de Exportações em funcionamento no Brasil.
Além das imensas belezas naturais, o Estado do Ceará possui condições estruturais e logísticas diferenciadas, um povo trabalhador, que gosta de estudar, de aprender e com reconhecida hospitalidade e alegria. Também possui ótima governança no Setor de Energia, pela interação constante entre o Governo do Estado e o Setor Privado, através do Núcleo de Energia da FIEC – Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Tem uma localização do Sindienergia/CE e da privilegiada; é um dos Câmara Setorial de Enerpontos do Brasil mais pró- gias Renováveis. ximos da Europa, dos EstaImportante ressaltar dos Unidos, da África e do canal do Panamá, com ae- que o Ceará foi pioneiro roporto operado por uma em diversas ações reladas maiores empresas cionadas com energias mundiais do setor, com renováveis. Atualmente, 36
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as lideranças do Estado buscam aprimorar as condições para o aproveitamento ótimo dos recursos naturais e renováveis, tão abundantes no Estado.
do total dos projetos eólicos; • 2005 - Lançamento pelo Governo do Ceará do PROEÓLICA;
• 2011 – Foi implanCronologia das princi- tada a Usina Solar de Tauá pais ações já realizadas no (1MW) – a primeira do Brasil; Setor de Energia: • 2012 – Inaugurada • 1996 – Foi implantado o Parque Eólico do a fábrica de pás para aerogeradores da AERIS, no Mucuripe; Pecém. Foi ampliada em • 1998 – Foi realiza- 2016; da a 1ª Concorrência Na• 2015 - A ADECE cional de Energias Renováveis, com a contratação – Agência de Desenvolvidos parques eólicos da mento do Estado do Ceará criou a Câmara Setorial de Prainha e Taíba; Energias Renováveis; • 2000 – Foi desen• 2016 - Inaugurada volvido o Atlas Eólico do Ceará, o primeiro do Bra- a unidade de produção de aerogeradores da Vestas sil; em Aquiraz; • 2002 – Inaugurada • 2016 – Conectada a fábrica de pás para aerogeradores da Wobben a maior Usina Solar de Geração Distribuída do BraWind Power, no Pecém; sil, do Grupo Telles, em • 2003 – O Gover- Aquiraz, com 3 MW; no Federal implantou o • 2017 – Conectadas PROINFA: O Ceará foi o principal estado com 35% às duas maiores Usinas
Eólicas de Geração Distribuída do Brasil, do Grupo FCGPar, em Aquiraz, com 5 MW cada; O Desempenho do aproveitamento das energias renováveis no Ceará foi muito relevante até 2011, quando atingiu 34,7% da capacidade total instalada de energia eólica em operação no Brasil. A partir de então outros estados também começaram a se destacar. No momento atual, o Estado do Ceará concentra 14,5% das usinas eólicas em operação no Brasil, totalizando 1,75GW, tendo ainda mais 300 MW em construção (10,1% do total no Brasil) e mais 205 MW contratados (9,1% do total no Brasil). Os empreendimentos em implementação devem propiciar investimentos da ordem de R$ 2,2 bilhões e criação de 7.500 empregos. Pelo PDE – Plano Decenal de Expansão 2026, da EPE – Empresa de Planejamento Energético, do MME – Ministério de Minas e Energia, está prevista a contratação de mais 10GW em usinas eólicas. Considerando-se apenas a manutenção da atual participação, projetamos até 2026 a instalação de mais 1,4 GW, propiciando investimentos de R$ 6,3 bilhões e criação de 21.000 empregos. O Ceará possui um potencial eólico de 80 GW (recentemente divulgado pela Vestas, importante fabricante mundial de aerogeradores), conforme apresentado na figura a seguir, na qual são mostradas as velocidades dos ventos no Estado do Ceará. A escala do lado direito da figura mostra as cores correspondentes
às velocidades dos ventos no território cearense, em ordem crescente. A partir da cor verde, são mostrados os locais com aproveitamento economicamente viável para a geração de energia elétrica. Isto corresponde a ventos com velocidade superior a 7 m/s. Importante registrar que a geração eólica de energia pode ser aproveitada tanto na Geração Centralizada, os parques de maior porte, quanto na Geração Distribuída de Energia, aquela na qual cada consumidor pode gerar sua própria energia. O potencial eólico estimado para o Ceará, 80 GW, representa 16% do potencial total no Brasil, estimado pela ABEEólica). 23,8% do potencial eólico do Ceará são providos com ventos de altíssima produtividade, em velocidades de ventos acima de 8,5 m/s. O Estado do Ceará apresentou em 2016 um fator de capacidade médio de 47,6%, bem acima da média nacional que situou-se em 40,7%.
Figura 1 – Mapa de recurso de vento do Ceará, a 95 m acima do solo
Figura 2 – Matriz Energética do Ceará em 2020
Em termos de Geração Centralizada de Energia Solar Fotovoltaica, o Estado do Ceará conta com 240 MW contratados (7,5% do total no Brasil). Considerando-se apenas a manutenção desta participação, projetamos até 2026 (também usando dados do PDE 2026) a instalação de mais 525 MW instalados, propiciando investimentos de R$ 2,1 bilhões e criação de 7.800 empregos. Com isso, a matriz elétrica projetada para 2020, é de predominância renovável, com 56% do total da capacidade instalada, conforme mostrado na figura a seguir:
Figura 3 – Atlas de Energia Solar do Brasil
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No segmento de GD - Geração Distribuída de Energia, o Ceará apresenta atualmente 21,2 MW em potência instalada, correspondendo a 10,5% do total no Brasil, ocupando o sétimo lugar no país em quantidade de consumidores gerando sua própria energia, e na terceira posição a nível nacional em potência instalada.
Figura 4 – Estados com mais conexões em GD (dez/17)
A Geração Distribuída de Energia atualmente utiliza essencialmente a geração solar. Neste aspecto, Fortaleza é a única cidade do Brasil com mais de 1 milhão de habitantes situada dentro do cinturão solar do Brasil, região com índices de irradiação solar diferenciados. Focando o Mercado da Região Nordeste, o destaque do Ceará se amplia, com 30% da quantidade de consumidores que gera sua própria energia, e contando com 55% da potência instalada em GD no Nordeste.
Figura 5 – Estados com mais potência instalada em GD (dez/17)
Considerando-se a manutenção desta participação atual no mercado de GD do Brasil, projeta-se (usando-se dados do PDE 2026) a possibilidade de se obter mais 338 MW instalados no Ceará até 2026, propiciando investimentos de R$ 1,5 bilhões e criação de 10.100 empregos. Importante ressaltar que esse segmento de Geração Distribuída de Energia é o que gera mais empregos no Setor de Energia, cerca de 30 empregos por MW instalado. Diante desses resultados, mas reconhecendo o potencial do segmento no estado em poder ir muito além, estão sendo desenvolvidas inúmeras ações conjuntas entre o poder público e a iniciativa privada visando ampliar as possibilidades de desenvolvimento para o Setor de Energia no Estado do Ceará.
Figura 6 – Estados do Nordeste - conexões em GD (dez/17)
Figura 7 – Estados do Nordeste – potência instalada em GD (dez/17)
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A FIEC – Federação das Indústrias do Estado do Ceará tem sido uma grande incentivadora das energias renováveis e do setor de geração distribuída. Para isto, foram criados núcleos estratégicos para produção de estudos, geração de conhecimento e promoção de parcerias, sendo um deles específico para o Setor de Energia, visando contribuir para o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor de energia no Ceará. Definido como um dos 13 setores de maior potencial para a economia do Ceará, o setor de Energia tem merecido especial atenção do Programa para Desenvolvimento da Indústria, inciativa da FIEC, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável da indústria cearense por meio de conjunto de projetos integrados que envolvem ações incisivas para promoção da competitividade, prospecção de futuro, inteligência competitiva e articulação com diversos atores em prol da cooperação para o desenvolvimento industrial, estímulo ao empreendedorismo e à eficiência produtiva.
No último dia 08 de dezembro foi assinado o Convênio da FIEC com a ADECE e SEBRAE para a elaboração do Novo Atlas Eólico e Solar do Ceará.
Uma outra ação muito importante refere-se ao desenvolvimento do Atlas Eólico e Solar, através de um projeto conjunto da FIEC com o SEBRAE/CE, ADECE – Agência de Desenvolvimento do Estado a) Avaliação comparativa com do Ceará e outros parceiros apoiaos outros estados produtores de dores deste importante projeto. energias renováveis e melhorias O Atlas Eólico do Ceará é no ano no Processo de Licenciamento Amde 2000. O potencial eólico estimabiental; do na época foi de 24,9 GW para b) Estudo Prospectivo quanto torres de 50m. Se percebeu então a às Redes de Transmissão da Rede necessidade de se elaborar o mapeBásica de Energia Elétrica do Estado amento do recurso eólico em altue pleitos junto à EPE – Empresa de ras maiores, acompanhando os úlPesquisa Energética do Ministério timos avanços nas tecnologias. No de Minas e Energia, ONS – Opera- que se refere a mapeamentos de dor Nacional do Sistema Elétrico e potencial solar, em 2010 foi lançaANEEL – Agência Nacional de Ener- do pela FUNCEME o primeiro Atlas Solarimétrico do Ceará. Apesar da gia Elétrica para a Melhoria da Ca- contribuição dada por este Atlas, pacidade de Escoamento de Ener- se percebeu uma necessidade de gia no Estado; atualização e aprimoramento das informações fornecidas. c) Interação com as entidades financeiras para Melhorias no ProTanto para o Atlas Eólico quancesso de Financiamento para as to para o Solarimétrico foi também Fontes Renováveis, principalmente verificada a necessidade de se meno segmento de Geração de Distri- lhorar a interação com o usuário. buída de Energia; Para isto, está previsto um Simulador Eólico/Solar voltado para o d) Mapeamento e a Divulgação desenvolvimento de negócios de da Cadeia Produtiva de Energia em Geração Distribuída de Energia, todos os seus segmentos (Forma- segmento formado predominanção e Capacitação, Serviços, Con- temente por micro e pequenas sultoria, Fabricação, Produção de empresas, ampliando-se as possiEnergia, etc); bilidades de geração de emprego e renda. e) Interação Empresas/Academia para o desenvolvimento de Como resultado do mapeamento, serão identificadas com maior projetos de inovação. As principais ações identificadas nas Rotas Estratégicas de Energia da FIEC, e desenvolvidas em conjunto com o Governo do Estado e demais entidades são:
precisão e detalhadas as áreas mais promissoras para aproveitamento eólico e solar no Ceará, estimando-se o potencial energético de geração em cada local, e constituindo-se um insumo indispensável ao desenvolvimento do aproveitamento do enorme potencial energético no Estado. O trabalho deverá também servir de ferramenta para atrair e acelerar investimentos de geração eólio-elétrica e solar-elétrica nas áreas identificadas como mais promissoras. No último dia 08 de dezembro foi assinado o Convênio da FIEC com a ADECE e SEBRAE para a elaboração do Novo Atlas Eólico e Solar do Ceará. A expectativa é já nos próximos seis meses se terem as primeiras informações disponíveis. Importante registrar também a parceria com as Entidades do Setor de Energia. Aqui registramos os trabalhos desenvolvidos pela FIEC, Sindienergia e Câmara Setorial de Energias Renováveis, juntamente com a ABGD – Associação Brasileira de Geração Distribuída e FRG Grupo FRG Mídias & Eventos na organização do CBGD – Congresso Brasileiro de Geração Distribuída, que ocorreu em 2017 na FIEC, tendo sido um sucesso absoluto, com 700 inscritos, 25 expositores e 62 palestras. O CBGD 2018 já está novamente programado para ser realizado no Ceará, com mais intensidade, sendo esperado um sucesso ainda maior.
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Entrevista
A RBS Magazine traz um especial com a opinião dos principais empresários dos setores de Energia Solar Fotovoltaica e Geração Distribuída no Brasil.
Neste primeiro capítulo, os entrevistados são LEONARDO CURIONNI e JACKSON CHIROLLO da “SICES SOLAR” principal provedora dos setores GD/FV no Brasil.
RBS Magazine - Desde o princípio do movimento do setor de Energia Solar Fotovoltaica e de Geração distribuída no Brasil, a SICES tem demonstrado que veio para buscar sempre a liderança e excelência. Como a empresa chegou neste patamar? - Com pioneirismo, transparência e inovação. A Sices sempre acreditou no potencial do mercado de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil. Com isso desde o início da Regulamentação do Setor em 2012 (REN 482), tem investido na qualidade de seus produtos e serviços. Buscamos inovação absoluta nos produtos e serviços que oferecemos, garantindo vanguarda e maior competitividade a nossa rede de clientes e parceiros. Com o aumento de nosso Market Share, sentimos o tamanho de nossa responsabilidade no desenvolvimento desse mercado e temos trabalhado nisso sempre inovando, e investindo em tecnologia e atendimento. Somos hoje um verdadeiro provedor de soluções e não mais um simples distribuidor. Com isso conseguimos prover soluções que ala40
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vancam os negócios de nossos parceiros e clientes, transmitindo a eles e ao consumidor final tranquilidade e confiança para implementação de seus projetos.
sobre as soluções e diferenciais da SICES SOLAR para o mercado brasileiro? As vantagens e benefícios em operar junto à SICES Solar são inúmeras e determinantes para o sucesso na implementação dos Sistemas Fotovoltaicos. O que contribuí para o crescimento e bom desenvolvimento de renomadas empresas integradoras em todo Brasil que contam conosco.
Assim a SICES Brasil tornou-se a líder no mercado de geração distribuída, com fornecimento de Sistemas Fotovoltaicos completos para aplicações conectadas à rede em qualquer porte, inclusive personalizando cada Sistema FV “on Demand” a cada cliente e parceiro e adaptando às mais variadas aplicações, aten- Dentre as soluções e diferenciais dendo com as melhores soluções hoje estão: técnicas e utilizando as melhores • Todos os Sistemas Geradores marcas, referências mundiais. Fotovoltaicos contam com Seguro de Risco de Engenharia RBS Magazine - Nos fale um pouco
e montagem no canteiro já incluso nos equipamentos SICES Solar. • Todos os Sistemas Geradores Fotovoltaicos podem ser adquiridos com o Seguro SOLAR ALL RISKS, avarias por causas externas dos equipamentos já instalados para primeiro ano, garantindo tranquilidade ao cliente final. • Todos os Sistemas Geradores Fotovoltaicos podem ser adquiridos com o Seguro SOLAR de Responsabilidade Civil, em casos de acidentes causados durante a obra; • Somente na SICES Solar, o cliente poderá ter acesso aos lançamentos do mercado internacional e pré-lançamento de novos produtos, fazendo com que sua empresa fique sempre a frente contando com inovaçoes e produtos de última geração. • Gerenciamento financeiro e logístico centralizado, objetivando maior rentabilidade em suas operações, evitando
acúmulo de funções na organização interna e eliminando pagamentos de impostos não recuperáveis e acumuláveis, tornando-se grandes passivos em sua empresa. • Determinação de custos em moeda nacional e sem risco cambial, reduzindo imprevistos e eliminando elevado capital paralisado em estoque de produtos com baixa rotatividade e perdendo vendas para competidores com custo mais baixo. • Possibilidade de poder definir a marca dos equipamentos de sua preferência ou conforme escolha do cliente final com suporte técnico e serviço de garantias agilizado e nacional.
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O ano de 2017 foi engrandecedor para a Sices Solar. Fizemos inumeros projetos em parceria com nossos clientes, porém ressaltamos que a Sices Solar tem o objetivo de alavancar seus parceiros e clientes. E que em 2018 trabalharemos ainda mais neste sentido. Nosso foco não é o cliente final. Estamos direcionando nossos esforços para os integradores, eles sao nossos maiores projetos. Assim o que podemos dizer é que vamos fechar 2017 entregando mais de 100 MWp e faturamento superior a 200 milhões de reais em geração distribuída. Um número bastante expressivo em relação ao desenvolvimento do mercado de energia solar fotovoltaica.
RBS Magazine - Comente um pouco sobre o seguro SICES Solar para os equipamentos comercializados pela empresa? Hoje contamos com este diferencial que pode ser traduzido em segurança e tranquilidade no que se diz respeito a implementação de uma usina solar fotovoltaica, os seguros. Contamos hoje com 3 seguros: - SEGURO DE RISCO DE ENGENHARIA E MONTAGEM – Seguro contra danos materiais ocasionados à própria obra/ instalação por durante todo o período de implementação da usina:
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A SICES TEM UM COMPROMISSO COM O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL DO MERCADO DE ENERGIA SOLAR FV E GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL
| Associado Fundador
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SOBRE O FÓRUM GD: O Fórum Regional de Geração Distribuída com Fontes Renováveis é um evento organizado e realizado anualmente pelo Grupo FRG Mídias & Eventos e promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída - ABGD, associação oficial das empresas do setor como provedores de soluções, EPCs, integradores, distribuidores, fabricantes, profissionais e acadêmicos, que possuem em comum a atuação direta ou indireta na geração distribuída oriunda de fontes renováveis de energia. O Fórum GD possui a parceira e apoio de algumas das principais entidades do setor no Brasil, tendo como objetivo principal tratar exclusivamente dos interesses das empresas de Geração Distribuída com fontes renováveis no país de forma regional. Em 2018 o Fórum focará nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já em 2019 o evento será realizado na região Norte e Sudeste no país. A Geração Distribuída com Fontes Renováveis tem aumentado sua participação na matriz elétrica nacional de forma expressiva nos últimos anos e possui grandes possibilidades de um crescimento ainda mais acentuado. De olho nesse cenário é que o evento visa ser uma grande oportunidade de reunião estratégica para empresários do setor, possibilitando os mesmos de debaterem e discutirem os melhores rumos para um setor ainda mais forte e competitivo. OBJETIVO: O Fórum GD tem como objetivo reunir a cadeia produtiva do setor de Geração Distribuída com Fontes Renováveis do Sul do Brasil em 2018, incluindo os estados Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O evento irá atuar sob o enfoque de criar oportunidades de negócios, discutir barreiras regulatórias, impedimentos jurídicos, tecnologias inovadoras, novos entrantes e perspectivas de crescimento. PÚBLICO ALVO: O Público Alvo será composto por profissionais e empresários representantes da indústria, comércio e serviços, empresas ligadas ao setor da geração distribuída, energias renováveis, energia solar fotovoltaica, pesquisadores e instituições de ensino, profissionais liberais e interessados no segmento de geração distribuída com fontes renováveis de energia. SOBRE A EDIÇÃO 2018 DO FÓRUM GD – ABGD/ REGIÃO SUL: - 430 participantes
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- Envolvimento de toda cadeia produtiva da geração distribuída com fontes renováveis e energia solar fotovoltaica. - Somente palestras e apresentações, sem exposição! - Participação de empresas de 5 países. - Mais de 50 palestras de alguns dos principais especialistas do setor. - Fechamento de parcerias estratégicas para o desenvolvimento do setor GD no Sul do Brasil ( PR/SC/ RS). - Importantes debates sobre o futuro do setor. - Discussão de gargalos e desafios como: Mão de obra qualificada, capacitação, financiamento, entre outros.
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