Chega de saudade - Gazeta de Alagoas

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LIVROS & IDEIAS Ana Maria Machado avalia sua gestão à frente da Academia Brasileira de Letras. B8

DIVULGAÇÃO

CINEMA. Desde quando foi inaugurado, há 33 anos, o cineminha instalado à beira-mar de Pajuçara vem influenciando gerações ao oferecer uma programação sempre em sintonia com o melhor da produção autoral. Mas assim como num filme, sua jornada foi marcada por muitos obstáculos pelo caminho. No decorrer dos anos, ele mudou de administração algumas vezes, e fechou e reabriu as portas em outros períodos, sem nunca sair do imaginário da cidade. A última turbulência ocorreu em junho, quando o Serviço Social da Indústria encerrou as atividades do centro cultural que mantinha no espaço. Quatro meses depois, a articulação de um grupo de admiradores do cinema conseguiu reunir parceiros e viabilizar o empreendimento, rebatizado de Centro Cultural Arte Pajuçara – o novo espaço será inaugurado no próximo dia 07, com uma série de atrações sob medida para compensar a ausência. A Gazeta teve acesso à programação com exclusividade, e conta tudo sobre esse aguardado retorno. Não perca FELIPE BRASIL

Com parceria do poder público e alguns apoiadores, os sócios Felipe Guimarães, Werner Salles, Milton Pradines e Marcos Sampaio assumiram o desafio de criar um novo empreendimento

Domingo 03/11/2013

CHEGA DE

SAUDADE

RAFHAEL BARBOSA REPÓRTER

Elo entre a arte cinematográfica e o público, a sala escura possui sua mágica particular. De tão fascinante, ela própria já inspirou obras-primas como Cinema Paradiso (1988), longa do italiano Giuseppe Tornatore que narra a saga do pequeno Toto. Seduzido pelos clássicos em exibição na sala de uma cidade provinciana, ele passa a fugir da missa para espreitar as matinês do cinema. Vinte e cinco anos após seu lançamento, o filme continua a tocar tantas pessoas que, até hoje, os cinéfilos o evocam na busca por traduzir suas histórias passionais com a Sétima Arte. Se todo amante do cinema tem um ‘paradiso’ para chamar de seu, para os alagoanos (e especialmente os maceioenses) ele tem trocado de nome com o passar dos anos. Entre mudanças de administradores e hiatos de décadas a portas fechadas, a sala já conhecida como Cine Pajuçara e Cine Art Pajuçara foi batizada de Cine Sesi Pajuçara em sua mais recente fase, que teve fim em 25 de junho último, quando o Serviço Social da Indústria (Sesi) decidiu por encerrar suas atividades, alegando falta de recursos. Em Cinema Paradiso, o desfecho é melancólico: a prefeitura da cidade decide demolir a sala de exibição para construir um estacionamento. Mas, pelo menos desta vez, a vida não imitou a arte: o Cine Sesi, agora rebatizado

como Centro Cultural Arte Pajuçara, já tem data para retornar à ativa. E sua continuidade se deve justamente ao esforço de admiradores do espaço, que, cada um a seu modo, possuem uma história de envolvimento com ele. Desde o fechamento até o próximo dia 07 de novembro, data anunciada para a reabertura, terão se passado 135 dias. É tempo suficiente para rodar um longa-metragem ou para assistir a 270 filmes no ritmo de um espectador muito assíduo. Porém, durante esse período, eles não tiveram tempo sobrando para pegar um cineminha. Pelo contrário. Foi preciso muito esforço e articulação para viabilizar a volta. Todos sabem: trata-se de uma iniciativa que exige certa dose de coragem, já que nos últimos sete anos o espaço funcionou com subsídio do Sesi, sem depender do faturamento para bancar suas despesas. O novo modelo do negócio é uma sociedade, espécie de força-tarefa encabeçada por Marcos Sampaio, ex-gerente do Cine Sesi e do antigo Art Pajuçara, e formada pelo documentarista e publicitário Werner Salles, o administrador Felipe Guimarães e o jornalista Milton Pradines. Na adolescência, Werner, 41, era frequentador assíduo do espaço e, assim como o protagonista de Cinema Paradiso, chegava a matar aula para pegar as sessões do Art Pajuçara. Hoje, deve parte de sua formação como realizador à existência do lugar. “Foi uma janela impor-

tante para mim. Foi onde vi pela primeira vez clássicos como The Wall, Em Busca do Desejo e Delicatessen, na tela do cinema”, ele rememora. Para Werner, ainda que indiretamente, o público também terá um papel importante na manutenção do novo centro. “A mobilização do público a partir do fechamento foi o grande motivador desse empreendimento. Acreditamos que ele será viável a partir dessa demanda reprimida. O papel do público será importantíssimo para dar sustentabilidade ao espaço e provar que cultura também é um negócio. E um espaço como o Centro Cultural Arte Pajuçara irá movimentar uma cadeia produtiva de artistas que precisam de espaço para exibir seus filmes, peças de teatro, exposições etc”, diz o diretor dos documentários Imagem Peninsular de Lêdo Ivo e Exu – Além do Bem e do Mal, que cuidará da comunicação do espaço.

DESAFIO Apesar de pertencer a uma geração diferente, Felipe, 28, também possui uma memória afetiva relacionada ao antigo Art Pajuçara. Quando criança, ele era levado pelos avós para as sessões de cinema e ainda lembra do cheiro de pipoca nos corredores da galeria. Ex-integrante da Cia. de Teatro Infinito Enquanto Truque, Felipe também tem envolvimento com a cultura de longa data, e se sensibilizou com o fechamento do Cine Sesi a ponto de se

WERNER SALLES PUBLICITÁRIO E CINEASTA

“A mobilização do público a partir do fechamento foi o grande motivador desse empreendimento. Acreditamos que ele será viável a partir dessa demanda reprimida. O papel do público será importantíssimo para dar sustentabilidade ao espaço e provar que cultura também é um negócio. E um espaço como o Centro Cultural Arte Pajuçara irá movimentar uma cadeia produtiva de artistas que precisam de espaço para exibir seus filmes, peças de teatro, exposições etc”

oferecer para dar sua contribuição. Agora responsável pela gestão do Centro Cultural Arte Pajuçara, ele se vê diante de um desafio. “O grande objetivo da gestão é tornar aquele espaço sustentável, mas isso não implica em torná-lo um cinema comercial. Esse não é nosso foco, até porque se fizéssemos isso es-

taríamos competindo com empresas muito maiores. Então o grande desafio é garantir os níveis de faturamento e despesas equilibrados, para que, junto com os apoiadores que a gente tem, ele se sustente por si só”, diz Felipe. As entidades parceiras são a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) e a Secretaria de Estado da Cultural (Secult), que entram com patrocínio financeiro para bancar parte das despesas do espaço. Já o Sesi colabora cedendo os equipamentos e a estrutura que já existiam. Segundo Felipe, na equação necessária para viabilizar o centro cultural, além de reduzir a equipe e cortar várias despesas fixas, vai pesar também a exploração do estabelecimento como um todo. “Buscaremos não depender exclusivamente do cinema, o que inclusive reforça o posicionamento do espaço, que visa promover a ambiência cultural como um todo, sem depender tanto dos filmes, até mesmo porque faturamento do cinema é dividido com a distribuidora”, ele informa. No pacote de mudanças estão uma nova bombonière, abastecida com cardápio gourmet, adega e cafeteria, e uma galeria de artes que, além de expor, vai também vender obras de artistas contemporâneos. “Nossa intenção é transformar o centro cultural num lugar de encontro, um lugar agradável onde as pessoas possam vir tomar um capuccino e marcar reuniões para dis-

cutir seus projetos. Também teremos livros alagoanos à venda, entre outras coisas. Não será apenas um lugar que existe em função dos filmes; queremos que seja um espaço para promover uma experiência cultural”, diz Marcos Sampaio, que continuará responsável pela coordenação da programação. Revitalizar o teatro também está entre as cartas na manga. “Apesar de não ter uma estrutura adequada para um teatro (sem coxia, com uma caixa cênica pequena), aquele é uma espaço com localização privilegiada para eventos, palestras e atividades de formação. Ele pode ser trabalhado de várias formas, inclusive como um teatro, mas com espetáculos que se adequem a ele. Já estamos pensando em cursos para realizar lá. Faremos do espaço uma usina de formação, comunicação e conhecimento”, explica Milton Pradines, que responde pelas relações institucionais do grupo. A essa altura, o leitor já deve ter se perguntado como ficam eventos cativos como o Corujão, o Chá de Cinema e as mostras temáticas que movimentaram o espaço todos esses anos. Para marcar a reabertura, o Centro Cultural Arte Pajuçara preparou uma programação extensa e repleta de atrações de vários segmentos artísticos. A Gazeta teve acesso à programação com exclusividade. Nesta edição, a gente antecipa o que você verá em cartaz nos próximos meses. Confira. ‡ Continua na pág. B2


B 2 Caderno B

GAZETA DE ALAGOAS, 03 de novembro de 2013, Domingo

CONTINUAÇÃO DA PÁG. B1. Além do retorno do Corujão e de outros eventos cativos, entre as novidades da programação está uma sessão programada pelo crítico Elinaldo Barros e um projeto dedicado à projeção de grandes clássicos na tela grande

MARATONA DE FILMES PARA ‘TIRAR O ATRASO’ Do Brasil à França, cronograma dá um giro pelo cinema mundial RAFHAEL BARBOSA REPÓRTER

Nos últimos quatro meses, as notícias sobre estreias no circuito de cinema alternativo brasileiro provocaram angústia no público alagoano. O sentimento era de frustração ao perceber que, com o fechamento do Cine Sesi, os lançamentos mais aguardados passariam em branco nas salas de exibição da cidade.

No período, Maceió deixou de ver, por exemplo, o sucesso indie Frances Ha, de Noah Baumbach, o mais novo trabalho do aclamado Pedro Almodóvar, Os Amantes Passageiros, ou Antes da Meia-Noite, a conclusão da trilogia cult dirigida por Richard Linklater e protagonizada por Julie Delpy e Ethan Hawke, um dos casais mais marcantes do cinema independente contemporâneo.

Muito apropriadamente batizada de Em Busca do Tempo Perdido, a mostra que marca a reabertura do cinema, agora chamado de Cine Arte Pajuçara, vai reunir alguns dos títulos que, ou não tiveram espaço no circuito dos multiplex, ou passaram poucos dias em cartaz. Um dos integrantes da programação, Flores Raras, de Bruno Barreto, é um exemplo: ficou apenas uma semana em exibição. Entre as atrações, constam outros títulos badalados do circuito de arte, como a produção alemã

Hana Arendt, e o italiano A Bela que Dorme, com Isabelle Huppert. Realizada simultaneamente em diversas capitais do país, a Mostra Varilux de Cinema Francês foi cancelada em Maceió devido ao fechamento do Cine Sesi. Mas o público não deixará de conhecer a produção contemporânea da terra de Truffaut. Em dezembro, a mostra Arte de Cinema Francês vai apresentar produções com Renoir, de Gilles Bourdos, e Ferrugem e Osso, protagonizada por Marion Cotillard.

Depois de ‘tirar’ o atraso, os espectadores não terão trégua. Uma verdadeira maratona está programada até o final do ano, com o retorno de eventos cativos como o Corujão, além de algumas boas novidades. Entre elas está uma sessão mensal programada pelo crítico alagoano Elinaldo Barros, e o projeto Experiência Única, dedicado à exibição de grandes clássicos na tela grande. Veja a seguir a agenda de atrações do Centro Cultural Arte Pajuçara. ‡

‡ ABERTURA, NO DIA 07 DE NOVEMBRO

‡ MOSTRA EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO

Elena (Idem, documentário, 2012, dir. Petra Costa) Os grandes filmes têm a capacidade de se conectar com as referências mais íntimas do espectador, promovendo uma experiência catártica. Quando estreou no Festival de Brasília, o documentário Elena, de Petra Costa, arrebatou o público com o relato em primeira pessoa de uma jovem em busca dos vestígios de sentimentos deixados pela irmã mais velha, dona de uma história trágica. Para construir sua investigação cinematográfica, Petra Costa expõe a si e a família de uma maneira corajosa e ao mesmo tempo poética. O resultado é compensador. Elena é um filme poderoso como poucos na safra recente do cinema brasileiro. Seu potencial emotivo cai bem para a sessão de reabertura que acontece na próxima quinta-feira (07). A exibição é exclusiva para convidados, mas uma parcela dos convites será disponibilizada para o público na bilheteria do cinema, a partir das 14h do mesmo dia.

De 08 a 14 de novembro

FOTOS: REPRODUÇÃO

PROGRAMAÇÃO

08/11 16h45 19h00 20h45

SERVIÇO O quê: sessão de abertura do Centro Cultural Arte Pajuçara, com exibição do filme Elena, de Petra Costa Onde e quando: no Cine Arte Pajuçara/Centro Cultural Arte Pajuçara (av. Dr. Antônio Gouveia, 1113, Pajuçara), na quinta-feira (07), às 19h Entrada franca (retirar convite na bilheteria do cinema, a partir das 14h) Mais informações: 3316-6000

16h00 17h50

A Bela que Dorme O Sonho de Wadjda Antes da Meia-Noite Flores Raras

O Sonho de Wadjda A Religiosa

13/11 15h15

Os Amantes Passageiros Hanna Arendt Elena

De 13 a 19 de dezembro

14/11 15h00 17h00

PROGRAMAÇÃO

13/12 15h00 17h00 19h10 21h00

Augustine A Datilógrafa O Homem que Ri Depois de Maio

18h40

14h00 15h30 17h15 19h11 21h00

INGRESSOS

Zarafa Os Sabores do Palácio Adeus, Minha Rainha Aconteceu em St. Tropez Renoir

DIVULGAÇÃO

‡ MOSTRA NELSON PEREIRA DOS SANTOS

15/12 14h00 15h30 17h10 18h50 21h00

Zarafa De Coração Aberto Camille Claudel, 1915 Ferrugem e Osso Simplesmente uma Mulher

16/12 14h30 16h45 18h40 20h40

A Datilógrafa Aconteceu em St. Tropez Adeus, Minha Rainha O Homem que Ri

19/11 18/12 14h30 16h45 18h45 21h00

Ferrugem e Osso Renoir Depois de Maio Augustine

Antes da Meia-Noite Muito Barulho por Nada O Grande Gatsby

Sessão única: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia) Passaporte diário para duas sessões: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Passaporte diário para três sessões: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

14/12

15h30 17h10 18h50 19h00 20h45

Camille Claudel, 1915 Simplesmente uma Mulher Ferrugem e Osso De Coração Aberto Os Sabores do Palácio

De 12 a 14 de novembro Aos 85 anos, Nelson Pereira dos Santos é o mais importante cineasta brasileiro ainda na ativa. Para a geração atual, é um privilégio estar na presença de um artista responsável por obras como a adaptação de Vidas Secas. No evento que acontece entre os dias 12 e 14 de novembro, será possível não apenas debater com o cineasta, como prestigiar seu mais novo trabalho, A Vida segundo Tom Jobim. O pequeno panorama apresenta ainda outros dois filmes do diretor: Pereira estará presente no El Justicero (1967) e Memóri- encerramento, dia 14. A as do Cárcere (1984). Nelson entrada é franca.

INGRESSOS

PROGRAMAÇÃO

Sessão única: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia) Passaporte diário para duas sessões: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Passaporte diário para três sessões: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

12/11 13/11 14/11

PROGRAMAÇÃO

23h15 01h00

02h00

Tatuagem Debate com Irandhir Santos e Hilton Lacerda Frances Ha

1990. Marcos Sampaio assume a gerência do Cine Art Pajuçara, onde permanece coordenando a programação até 1997. 1998. As duas salas são fechadas pela Art Films. 2004. O Serviço Social da Indústria inaugura o Centro Cultural Sesi no espaço que antes sediou o Cine Art Pajuçara, porém só com um teatro em funcionamento.

03h40 04h20 06h00

Junho de 2007. Nasce o Corujão, maratona de filmes aliada a apresentações culturais na madrugada que vira mania entre os espectadores, especialmente os mais jovens. Além do tom festivo, o evento também cumpre um papel de formação ao trazer os diretores dos filmes exibidos para debater com a plateia. 2009. O Centro Cultural Sesi é fechado para reforma entre os meses de junho e agosto. É reinaugurado no dia 11 de setembro, com uma série de melhorias, entre elas a projeção digital e a acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Abril de 2013. Numa reação à tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o Corpo de Bombeiros de Alagoas inicia fiscalização nos cinemas de Maceió, e interdita três deles, incluindo o Cine Sesi. Junho de 2013. Diante das exigências para adequações às normas de segurança do CB-AL, o Serviço Social da Indústria decide encerrar as atividades do espaço. O anúncio é recebido com grande comoção pela comunidade artística alagoana, que passa a se mobilizar na tentativa de viabilizar a reabertura.

20h A Música segundo Tom Jobim 21h El Justicero 21h Memórias do Cárcere

‡ CORUJÃO 23 de novembro Criado em 2007, o Corujão se tornou um dos eventos mais queridos do calendário cultural de Maceió com sua combinação certeira: um ‘coquetel’ de filmes inéditos, música e a presença de grandes nomes do cinema brasileiro – tudo isso durante animadas madrugadas. Selton Mello, Cláudio Assis, Luiz Fernando Carvalho, José Mojica Marins, Hermila Guedes, Esmir Filho e diversas outras personalidades já passaram por lá. Para a reabertura, a atração principal é Tatuagem, o longa brasileiro mais comentado do momento. Homem por trás dos roteiros de Amarelo Manga, Baixio das Bestas, Árido Movie e do recente Febre do Rato, o pernambucano Hilton Lacerda escolheu para sua estreia na direção a história da trupe teatral Chão de Estrelas, grupo de contracultura que mexeu com os brios do Recife nos anos 1970. O filme foi escolhido o melhor em Gramado e no Festival do Rio, e a atuação de Irandhir Santos como o protagonista Clécio Wanderley foi apontada pelo crítico Sérgio Alpendre, da Folha de São Paulo, como “uma das maiores do século 21”. Tanto Irandhir quanto Hilton estarão presentes no evento para conversar com os espectadores. Logo depois do debate, a programação segue em alto nível com o cult Frances Ha e em seguida o argentino Tese sobre um Homicídio, com Ricardo Darín (O Segredo dos seus Olhos).

1989. O cinema vai à falência, para logo depois ser reaberto, dessa vez sob a tutela do grupo carioca Art Films, que dá um perfil diferenciado para as duas salas: uma voltada para o cinema de arte, e outra para o circuito mais comercial.

Maio de 2007. Já em seu segundo ano, o Cine Sesi cria uma de suas iniciativas mais importantes. A mostra Sesi Brasil, posteriormente rebatizada de Cine Brasil, exibe anualmente os principais lançamentos do cinema nacional numa programação à altura de muito festival badalado país afora. Realizado por sete edições consecutivas, o evento não aconteceu em 2013 devido ao fechamento do espaço.

12/11

17h00 19h15

‡ MOSTRA ARTE DE CINEMA FRANCÊS

Doméstica A Religiosa Elena Os Amantes Passageiros

10/11 15h00 17h10 19h00 21h00

1980. As salas Cine Pajuçara 1 e Cine Pajuçara 2 são inauguradas no térreo do edifício residencial Ana Maria, administrado por um grupo de Aracaju e funcionando junto com uma galeria de lojas. O espaço vira um dos points culturais da cidade por quase uma década.

2006. Uma das salas do Centro Cultural volta a funcionar como cinema, novamente sob a administração de Marcos Sampaio. Rapidamente, o lugar cai no gosto do público e passa a ser frequentando por cinéfilos de todas as gerações.

O Grande Gatsby Muito Barulho por Nada Hanna Arendt

09/11 15h30 17h10 19h20 21h00

Linha do tempo

Apresentação musical Tese sobre um Homicídio Café da manhã

Novembro de 2013. Com patrocínio da Prefeitura de Maceió e do Estado e apoio do Sesi, um grupo de sócios consegue viabilizar o retorno do espaço, rebatizado de Centro Cultural Arte Pajuçara.


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