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Newton Santanna

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Mônica Coster

Mônica Coster

Inspirada em uma fala de 2018 do então Presidente da República que comparava os negros à mercadorias que, depois usados por 388 anos de escravidão, foram descartados. Obra composta de empilhamento de caixas com rostos produzidos a partir da carbonização da madeira que remete aos rostos de negros na penumbra de um porão de um navio negreiro. Dispostos na superfície bidimensional do suporte, esses elementos criam volumes, ritmos e efeitos ópticos que perpassam pelos processos da pintura, da escultura e da gravura.

Inspired by a 2018 speech by the then President of the Republic, who compared black people to commodities discarded after being used as slaves for 388 years. The work is composed of stacking boxes with faces produced from the carbonization of wood that refer to the faces of black people in the penumbra of a slave ship’s hold. Arranged on the twodimensional surface of the support, these elements create volumes, rhythms, and optical effects that go through the processes of painting, sculpture, and engraving.

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No trabalho de pesquisa dessa obra, exploro várias sensações de aprisionamento/sufocamento vivido nos anos da pandemia mundial, por conta do retrocesso das ideologias e pensamentos que deixaram suas marcas indeléveis em nossas vidas. Sensações que nos remetem às escotilhas dos navios negreiros, que lacravam tudo: não escapava ar, nem água, nem nada.

In the research process of this work, I explored various sensations of imprisonment/suffering experienced during the years of the world pandemic, because of the retreat of ideologies and thoughts that have left their indelible marks on our lives. Sensations that remind us of the slave ships’ hatches, which sealed everything shut: no air, no water, nothing could escape.

Escultor e professor de escultura figurativa, formado em engenharia, oriundo de Salvador (BA) onde permaneceu até 1995, ano em que iniciou seus estudos em arte. Em 2000, mudou-se para a capital de São Paulo para estudar e ser assistente do escultor Israel Kislansky, em cujo atelier lecionou e desenvolveu vários projetos até 2006. Estuda desenho e pintura com Philip Hallewell e Luiz Alberto Genaro e aquarela com Gonzalo Carcamo. Em 2006, montou seu ateliê, onde trabalha até hoje.

Newton Santanna is a sculptor and professor of figurative sculpture. He was born in Salvador (BA) where he lived until 1995, the year he began his art studies. He graduated in engineering. In 2000 he moved to São Paulo to study and work as an assistant of the sculptor Israel Kislansky, in whose studio he taught and developed several projects until 2006. He studied drawing and painting with Philip Hallewell and Luiz Alberto Genaro, and watercolour with Gonzalo Carcamo. In 2006 he set up his own studio, where he still works to this day.

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