Insurreiçom nº 21

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Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 21 · verao de 2013

A firmeza dos povos da Síria, dos países e organizaçons aliadas do governo de Bashar al Assad, a pressom popular em todo o mundo, impossibilitárom o anunciado ataque militar promovido polos Estados Unidos e a França. A manipulaçom mediática sobre a verdadeira identidade dos responsáveis do ataque químico realizado em 21 de agosto nos arrabaldes de Damasco foi nesta ocasiom a justificaçom para tentar destruir um governo nom submisso aos interesses do imperialismo. Dezenas de milhares de terroristas e mercenários, armados e financiados polas monarquias feudais do Golfo (Arábia Saudita e Qatar), levam mais de dous anos sementando a morte e a destruiçom para impor um regime integrista. Paradoxalmente som os Estados Unidos, as potências ocidentais, Turquia, Israel, quem dam cobertura e apoio a Al Qaeda para derrotar o Exército Árabe Sírio. Mas a segunda metade do verao de 2013 passará a história como o período no qual se exprimiu perante os olhos da humanidade o declive militar dos Estados Unidos da América. As bravuconadas e erráticas declaraçons de Obama e Jonh Kerry, as ameças retóricas de Hollande, e a humilhaçom de Cameron no parlamento británico definem as tendências de umha nova fase histórica nas relaçons internacionais. O imperialismo já nom tem a mesma capacidade que possuia para bombardear povos, aniquilar governos, ocupar países e apoderar-se das suas riquezas e recursos energéticos-minerais. Porém nom devemos cair em falsos triunfalismos, nem baixar a guarda. Nesta ocasiom a conjuntura internacional e a recuperaçom de apoios internos do governo de Damasco provocárom o fracasso dos falcons de Washington e dos seus aliados. Mas continua intata a estratégia de aniquilar a Síria, a resistência libanesa, para apoderar-se do Irám, e cercar a Rússia e a China. A solidariedade internacionalista é um arma fundamental para desmontar as montagens imperialistas, para frear as ameças que sofrem os povos. O Capítulo Galiza do MCB nom é imparcial nesta guerra, como tampouco o foi quando se bombardeu a Líbia, ou no Iraque e Afeganistám. A esquerda revolucionária nunca pode estar do lado do colonialismo. Som os povos mediante o exercício do direito de autodeterminaçom e sem ingerências externas quem devem decidir o seu destino. Síria Vencerá!


Sábado 7 de setembro foi apresentada a plataforma Galiza contra Guerra, configurada por entidades políticas, sindicais e sociais de caráter nacional, aberta à incorporçom de novas forças e organizaçons de ámbito nacional e local.

Galiza contra a guerra nasce com o objetivo de denunciar e movimentar o nosso povo contra a agressom imperialista que os Estados Unidos e diversos estados aliados como Espanha estám preparando contra a Síria.

Adega, AGIR, Associaçom de Amizade Galego-Cubana Francisco Villamil, Associaçom Galega de Amizade com a Revoluçom Bolivariana, BNG, BRIGA, Causa Galiza, Ceivar, Comités, CIG, FRUGA, Galiza Nova, Isca!, Liga Estudantil Galega, Mar de LumesComité Galego de Solidariedade Internacionalista, Movimento Continental Bolivariano-Capítulo Galiza, NÓS-UP e PCPG.

O ataque militar previsto na Síria é mais um passo na estratégia imperialista e de reapropriaçom colonial que as grandes potências ocidentais e as monarquias ditatoriais do Médio Oriente tenhem desenvolvido na regiom nestes dous últimos anos.

que, além disso, é totalmente ilegal, ao contravir o direito internacional, nom ter autorizaçom do Conselho de Segurança da ONU, nem contar com a aprovaçom de nengum organismo internacional.

Estamos diante da construçom de umha nova mentira, como a do Iraque, para justificar umha catástrofe humana.

4. Exigimos ao Estado espanhol que nom participe nem dê cobertura à operaçom militar e censuramos a falta de vontade para articular mecanismos que possibilitem a resoluçom negociada dos conflitos e a convivência a partir do respeito à soberania dos diferentes povos da regiom.

É umha estratégia genocida e criminosa, pois nom duvida em levar o povo sírio ao abismo para impor os seus interesses económicos e políticos. Abre-se, ainda, a caixa de Pandora de uma situaçom de conseqüências imprevisíveis, que ameaçam com incendiar ainda mais toda a regiom, e inclusive além dela. Diante disto, as organizaçons sociais, políticas, sindicais, culturais e cívicas que assinamos este manifesto: 1. Rejeitamos a intervençom militar imperialista na Síria e defendemos a negociaçom política para alcançar a resoluçom dos conflitos, respeitando sempre a soberania dos povos. 2. Consideramos que os EUA e os seus aliados estám a fabricar, mediante a manipulaçom e a propaganda, umha nova mentira para justificarem o ataque, de igual modo que com anterioridade figérom com as supostas armas de destruiçom massiva no Iraque.

5. Demandamos a retirada do território nacional das instalaçons espanholas e norte-americanas envolvidas nas sucessivas agressons imperialistas. 6. Denunciamos a disposiçom dos governos imperialistas da NATO e da UE a dilapidar ingentes recursos económicos numha nova aventura militar, ao mesmo tempo que brutais cortes sociais e laborais som impostos à classe trabalhadora com a escusa da crise, dos défices públicos e da poupança orçamental. 7. Finalmente, chamamos o povo galego a expressar na rua a sua oposiçom a esta nova agressom imperialista participando nas concentraçons e protestos que se convocarám por todo o País contra a intervençom militar.

3. Sustentamos que se trata de umha outra agressom imperialista

9 de outubro de 1967 foi assassinado a sangue frio Ernesto Che Guevara. O dia anterior tinha sido capturado na "quebrada do Churo", na Bolívia, após um intenso combate com tropas bolivianas comandadas pola CIA. Ernesto Guevara representa um dos revolucionários mais destacados da segunda metade do século XX. A sua vida e a sua obra segue plenamente vigente e atual. O Che nom é um cartaz nem um simples crachá, segue vivo nas arelas de liberdade e justiça social dos povos do mundo, das massas oprimidas e exploradas. O seu sorriso imortal acompanha a juventude e a classe obreira nas luitas e mobilizaçons de rua, nos fusis combatentes nas cidades e selvas, a suas reflexons teóricas ao marxismo som ricas achegas para armar o marxismo-leninismo do século XXI. O Che é o exemplo vivo da coerência, do compromisso incorruptível por um mundo melhor. Segue sendo imprescindível para a construçom da sociedade com a que sonhamos. É um dos referentes da Revoluçom Socialista. Pois tal como escreveu muitos anos antes Lenine "Os mortos tenhem atravessado o império da mentira e a vileza dos escravos; com traços de lume tenhem gravado perante nós a via do martírio (...) E, entom, rosas vermelhas, brotárom do sangue; flores nunca vistas crescérom das páginas da terra e entretecérom coroas polos séculos vermelhos, sobre tumbas já nunca esquecidas".


Camaradas guerrilheiros, milicianos, militantes do partido, ativistas do Movimento Bolivariano e massas que nos apoiam em campos e cidades: Hoje, com motivo de comemorar o terceiro aniversário da queda em combate do Comandante Jorge Briceño, desejamos trazer umha vez mais à memória coletiva a lembrança de quem foi um dos mais destacados e aguerridos combatentes farianos, fiel expoente dos melhores valores do camponês colombiano, da sua legendária capacidade de resistência e luita contra a violência do regime.

Por isso erra o Presidente Santos e os seus senhoritos burócratas ao pensar que com açons de força ou enganos, vam deter o que é já claro sinal de esgotamento do modelo de dominaçom e exploraçom do campo colombiano. A sua sempiterna fórmula de repressom, divisom, cooptaçom e chantagem já nom lhes serve mais. Isso faz-se evidente com a própria dimensom do desemprego agrário, a solidariedade recabada polos camponeses em importantes setores urbanos, e a firme persistência do protesto.

E seguirám equivocando-se enquanto sustentem que atrás de cada protesto, de cada colombiano que sai a exigir os seus direitos, está o fantasma das FARC e nom as reais condiçons de vida da gente do comum que eles tanto desprezam. O Presidente Santos tivo a sua liçom depois de negar repetidamente a existência do desemprego, e confrontar a indignaçom nacional exprimida na solidariedade de todo o país com a justa protesta camponesa. E voltam a equivocar-se quando empregam o epíteto comum de desadaptados, para assinalar a quem expressa a sua inconformidade confrontando com pedras os matons do ESMAD, ou rompendo vitrinas como forma de repúdio a essa sociedade consumista que lhes oferece mercadorias às quais jamais terám acesso. Será que há alguém que se resista a protestar nas condiçons em que vivem a maioria dos colombianos?

Os campos da pátria nom conhecerom num só dia de paz desde os albores da nossa nacionalidade. Quiçá para além, desde quando 5 séculos atrás os invasores europeus desembarcaram na costa destes territórios sem nome, com todo o seu cargamento de ambiçons, violência, ódio e perfidia. Ali começou esta tragédia que nom cessa, que ainda hoje, 527 anos depois, exige justiça pola terra violentada aos seus originais donos, aos seus povoadores arruinados e empobrecidos.

Cada dia evidencia-se mais o temor das classes dominantes à mobilizaçom do povo.

Isto explica por que nas entranhas dos campos se cozinha lenta mas inexorável o fermento da dor e a raiva acumulada. Dali brotou o levantamento comuneiro. Também de indígenas, escravos e camponeses pobres reunidos em exército popular, sob a genial conduçom do Libertador, nasceu a primeira independência. E do campo agromárom as guerrilhas que confrontando a brutal arremetida latifundista de metade do século XX dérom origem ao formidável movimento camponês que anos depois cristalizaria nas FARC.

É o mesmo temor que demonstravam cada vez que o Comandante Jorge, com o seu verbo irreverente, fustigava o regime e os seus representantes. Como os atormentava esse rosto redondo de sorriso fácil, arrematado por uma boina com a estrela dourada de cinco pontas! Por isso tanto ódio, tanto despregamento de força brutal e criminosa. Vaia tentativa de apagar a luita, como se com mortos, com violência e ameaças fosse possível atingir a paz que precisa Colômbia: a paz com justiça social e soberania.

Nom é por tanto gratuito que agora mesmo desde o campo pobre alente e comece a generalizar-se a rejeiçom à atual investida neocolonizadora, que como locomotiva mineira, projetos agroindustriais, mineiro energéticos e tratados comerciais se ensanha de novo contra o campo, os camponeses e todo o povo colombiano. O campo da nossa pátria tem parido dignos filhos dela. Um deles o nosso Comandante Jorge Briceño, nascido na regiom do Sumapaz, a histórica comarca que nos anos cinquenta do século passado foi exemplo de coragem e luita camponesa. Essa mesma bravura e dignidade descobre-se hoje nos filhos do Catatumbo, do Cauca, de Nariño, de Boyacá, de Cundinamarca, do Huila, do Caquetá, da Orinoquía, de Antioquia, da Costa, de todos os recantos da Colômbia que hoje se agolpam para testemunhar a sua rebeldia, a sua inconformidade, a sua decisom de assumir ao preço que seja a defesa dos seus territórios, da sua terra, do fruto do seu trabalho, das suas vidas.

real de paz por parte do governo e as elites dominantes.

Essa paz, a verdadeira paz, foi a causa pola que entregou a sua vida o aguerrido Comandante Jorge Briceño. Essa, a mais nobre e a mais justa de todas as bandeiras: a libertaçom do nosso povo do domínio, a dependência e a exploraçom à que foi submetido desde há mais de cinco séculos. Causa que se reaviva nos milhares de jovens do campo e a cidade mobilizados pola defesa dos seus direitos, que ratificam com a força da sua presença em estradas e ruas, que as ideias do Comandante Jorge vivem junto dele no coraçom do seu povo. Equivocam-se, como aconteceu 22 de setembro há 3 anos, quando todo o establishment saiu a vaticinar a pronta desapariçom das FARC. Hoje as FARC estám sentadas di gnamente na Havana, desgranando propostas para a soluçom civilizada aos múltiplos problemas do povo colombiano, começando polos problemas do campo, com um pré acordo parcial assinado, que pudesse ser um acordo completo se existisse interesse e vontade

Viva a memória do Comandante Jorge Briceño! Nascemos para vencer e nom para ser vencidos! Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP Montanhas da Colômbia, 22 de setembro de 2013


A sua biografia está estreitamente ligada ao dirigente comunista e patriota vietnamita Ho Chi Minh, e ambos som um exemplo, um referente ineludível na luita pola independência e a soberania dos povos oprimidos como o galego. Giap nom só é um mestre da guerra revolucionária, da guerra de guerrilhas, da insurreiçom popular, representa o melhor dos valores e ideias comunistas: a tenacidade, a superaçom das dificuldades e dos reptos, a modéstia, a luita persistente polo impossível, a coerência entre o dizer e o fazer. Giap e Ho Chi Minh, o conjunto das mulheres e homens do Partido Comunista do Vietname, demonstrárom como a assimétrica correlaçom de forças militares entre os povos oprimidos e a supremacia do imperialismo, nom condiciona a impossibilidade da vitória. Giap derrotou o Japom, a França e a maior potência militar da história da humanidade: os Estados Unidos, e é um dos artífices do atual Vietname livre e soberano. As imagens do caos e do terror das autoridades e do derrotado exército ianque, dos colaboracionistas com as forças

ocupantes, no histórico 30 de abril de 1975, no precipitado abandono de Saigom ?hoje cidade Ho Chi Minh?, já fam parte do imaginário coletivo da emancipaçom dos povos. Saigom foi libertado seguindo a estratégia de Giap. A biografia e as vitórias do general Giap nom devem interpretar-se como umha lenda que há que conservar em formol, mas sim estudar e divulgar para poder materializar as suas achegas à arte insurrecional da luita de libertaçom nacional e social de género da Galiza. Primeira Linha transmite ao povo do Vietname a condolência dos comunistas galegos e galegas polo falecimento de Giap, convencido que ao igual que o Che Guevara e Manuel Marulanda, a sua açom teóricoprática segue plenamente vigente para a vitória popular.

Toda umha vida de luita pola independência do Vietname V

Sexta-feira 4 de outubro deixava-nos o heroico general comunista vietnamita Vo Nguyen Giap, memória viva da capacidade dos povos para derrotar o imperialismo. Von Giap nom estudou na academia militar, mas foi capaz de desenvolver um papel essencial na implementaçom da tática e estratégia adequadas a cada situaçom concreta para a derrota do imperialismo japonês, francês e ianque no Vietname na segunda metade do século XX.

Giap nasceu na aldeia de Una Xa, na província de Quang Binh 25 de agosto de 1911 no seio dumha família campesinha que luitou toda a vida contra o regime colonialista imposto ao su país. Sendo muito jovem, em 1926 començou a luitar pola libertaçom do Vietname no instituto em que estudava. Incorporou-se ao Menh Dang do Tan Viet e, dous anos mais tarde, ao Quoc hoc, organizaçons clandestinas que realizavam agitaçom contra a ocupaçom estrangeira. Em 1930 foi detido e condenado a três anos de prisom, mas foi libertado alguns meses despois.

Em 1933 entrou na universidade de Hanoi, mas dous anos despois foi expulso por realizar agitaçom revolucionária. Na universidade conheceu Dang Xuan Khu, quem adotaria o pseudónimo de Truong Chinh, principal ideólogo do comunismo vietnamita. Foi quem incorporou Giap ao Partido Comunista da Indochina. Licenciado em Direito em 1937, começou a lecionar aulas de história num instituto de Hanoi, organizando a professorado e alunado na luita revolucionária. Em 1939 publicou o seu primeiro livro, A questom camponesa, conjuntamente com Truong Chinh, analisando o papel que deviam desempenhar os jornaleiros do campo como aliados do proletariado vietnamita no processo revolucionário. No ano anterior, após a proibiçom do Partido Comunista da Indochina, Giap refugiou-se na China, onde conheceu Ho Chi Minh e estudou as teses de Mao Zedong sobre a guerra popular prolongada e a guerra de guerrilhas, que posteriormente aplicou de forma magistral no seu próprio país. A policia francesa detivo a sua mulher e a sua cunhada, utilizando-as como refens para pressioná-lo e lograr a sua entrega. A repressom do colonialismo francês foi feroz: a sua cunhada foi guilhotinada e a sua mulher condenada a cadeia perpétua, morrendo na prisom três anos depois por mor das brutais torturas. Os carrascos também assassinárom o seu filho recém nascido, o seu pai, duas irmás e outros familiares.


Guerra de guerrilhas contra o Japom e independência do Vietname Em maio de 1941 na conferência de Chingsi (China), com Ho Chi Minh, funda a Dong Minh (Liga Vietnamita para a Independência), mais conhecido como Vietminh, para agrupar as forças antijaponesas num único frente de libertaçom nacional.

guerra popular sobre as forças imperialistas, obtendo umha espetacular vitória 7 de maio de 1954 na decisiva batalha de Dien Bien Phu, um vale situado a uns 300 quilómetros ao oeste de Hanoi no que se tinham atrincheirado as forças ocupantes francesas, confiadas na proteçom das montanhas e em conseguir batir as forças revolucionárias quando descendessem.

Esse mesmo ano Giap traslada-se às montanhas do interior do Vietname para iniciar a guerra de guerrilhas. Ali estabeleceu umha aliança com Chu Van Tan, dirigente do Tho, um grupo guerrilheiro dumha minoria nacional do Vietname do noreste. Giap começou a construir o Tuyen Truyen Giai Phong Quan, um exército capaz de expulsar o ocupante francês e sustentar o programa do Vietminh.

Dos 15.094 mercenários franceses que se agrupárom em Dien Bien Phu, depois de quase seis meses do sítio, só 73 lográrom escapar do cerco, enquanto que 5.000 morrêrom e 10.000 fôrom capturados. Giap e o general Denhg lançárom um assalto frontal à guarniçom que expulsou os colonialistas franceses definitivamente da Indochina. O exército de Giap e Denhg perdeu 25.000 combatentes.

Iniciou umha campanha de dous anos de propaganda armada e de recrutamento, c o nv e r t e n d o o c a m p e s i n h a d o e m guerrilheir@s com umha combinaçom de treino militar e a formaçom política e ideológica comunista. A meados de 1945 tinha já uns 10.000 combatentes sob o seu mando, e logra passar à ofensiva contra os japoneses que ocupavam todo o sudeste da Ásia.

Giap e Denhg derrotárom os imperialistas com umha acumulaçom logística extraordinária e um uso eficaz da artilheria bem protegida. Os 60 caçabombardeiros norteamericanos B-29 que acudírom em apoio das forças francesas, nom lográrom o seu objetivo, obrigando os imperialistas a desenhar um plano criminoso elaborado polo almirante norteamericano Radford e o general francês Navarre, consistente no lanaçamento de bombas atómicas contra as forças revolucionárias.

V

Junto com Ho Chi Minh, Giap dirigiu as susas forças para Hanoi em agosto de 1945, e em setembro Ho Chi Minh proclama a independência do Vietname, com Giap ao mando do exército revolucionário.

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Dien Bien Phu, a derrota que a Franca ainda nom superou Na posterior guerra contra o colonialismo francês, Giap demostrou a superioridade da

A campanha de Dien Bien Phu foi a primeira grande vitória de um povo colonizado onde predominavam as relaçons feudais, com umha economia agrícola primitiva, contra um experimentado exército imperialista sustentado por umha moderna indústria bélica. Os mais conhecidos generais franceses (Leclerc, De Lattre de Tasigny, Juin,

Ely, Sulan, Naverre) fracassárom um após outro frente a umhas tropas integradas por camponeses pobres mas decididas a luitas até o final polo seu país e polo socialismo. Os governos de Paris fôrom caindo também a medida que os seus generais eram derrotados nos afastados arrozais, pondo ao descuberto a fragilidade da IV República.

Ministro de Defesa do Vietname e invasom norteamericana O Vietname resultou dividido e Giap foi nomeado ministro de Defesa do novo governo do Vietname do norte que, ao tempo que continuava a guerra popular, esforzavase por construir umha nova sociedade socialista. Como comandante do novo exército popular, Giap dirigiu a luita na guerra do Vietname contra os novos invasores norteamericanos no sul do país, que mais umha vez começou sob a forma de guerra de guerrilhas. Os primeiros soldados estadounidenses morrérom no Vietname quando 8 de julho de 1959 o Vietcong atacou umha base militar em Bien Hoa, ao noreste de Saigom. Esse ano mais de 1.000 lacaios do imperialismo americano fôrom ajustiçados polos guerrilheiros do Vietcong e antes de 1961 outros 4.000 já tinham sido abatidos. Quatro presidentes americanos luitárom sucessivamente contra o Vietname, deixando o rasto de sangue de 57.690 mercenários americanos mortos. Por parte vietnamita, morrérom 1 milhom de combatentes, mas finalmente os Estados Unidos fôrom obrigados a sair do país em 1975.


A partir de entom Giap seguiu sendo ministro da Defesa do Vietname e membro de pleno direito do Politburó do Partido Comunista do Vietname, cargo que ocupou até 1982.

Importante obra teórica Depois de abandonar estes cargos dirigiu a Comissom de Ciência e Tecnologia e, em julho de 1992, foi-lhe concedida a mais alta condecoraçom do novo Vietname socialista, a ordem da estrela de ouro. O general Giap nom foi apenas um mestre na arte de dirigir a guerra revolucionária, escreveu também sobre ela, publicando em 1961 a sua famosa obra Guerra do Povo, Exército do Povo, manual da guerra de guerrilha baseado na sua própria experiência. Nela estabelece os três fundamentos básicos de que necessita um exército popular para alcançar a vitória na luita contra o imperialismo: direçom, organizaçom e estratégia. A direçom do Partido Comunista, umha férrea disciplina militar e umha linha política adequada às condiçons económicas, sociais e políticas do país. Definiu a guerra popular como "umha guerra de combate para o povo e polo povo, enquanto a guerra de guerrilha é apenas um método de combate. A guerra popular corresponde a uma concepçom mais geral. É umha concepçom de síntese. É umha guerra simultaneamente militar, económica e política". A guerra popular nom é realizada apenas polo exército, por mais popular que este seja, mas sim por todo o povo, que deve participar e ajudar na luita, que necessariamente será prolongada. Como bom guerrilheiro, Giap sabia que o sucesso, quando existe umha desproporçom de forças mui grande, baseia-se na iniciativa, na audácia e na surpresa, o que exige que o

exército revolucionário esteja continuamente em movimento. Destacou-se como um génio da logística, capaz de movimentar continuamente importantes contingentes militares, segundo os princípios da guerra de deslocaçons. Assim o implementou contra os colonialistas franceses em 1951, infiltrando um exército inteiro através das linhas inimigas no delta do rio Mekong, e repetiu-no antecipando a ofensiva de Tet em 1968 contra os estadounidenses, quando posicionou milhares de combatentes e toneladas de aprovisionamentos para um ataque simultáneo contra 35 centros estratégicos do sul. A batalha de Drang (19 de outubro – 27 de novembro de 1965) foi umha das mais importantes para ambas as forças no decurso da guerra de libertaçom do Vietname. No seu decurso o general imperialista Westmoreland estava convicto de que a mobilidade aérea e a potência de fogo em grande escala seriam a resposta adequada à estratégia de Giap. Mas este colocou os seus efectivos tam próximos das linhas norteamericanas que os B-52 largavam as bombas por cima das suas próprias fileiras. As táticas de guerrilha de Giap constituem ainda hoje umha das mais importantes fontes de informaçom do exército norteamericano para esmagar as forças revolucionárias. Os imperialistas disponhem de toda a informaçom, mas falta-lhes o mais importante: as massas que provocam com as suas macabras açons de saque e destruiçom. Estám conscientes de que se as massas se integram na guerra revolucionária estám perdidos. Por isso procuram evitá-lo e esforçam-se por isolar do povo os destacamentos guerrilheiros, tanto através da repressom como da falsidade. Mas

também sabem que nom poderám manter indefinidamente nem umha cousa nem a outra...

Na Bilblioteca Marxista em Galego (BMG) está traduzida ao nosso idioma o texto de Giap Nascimento de um exército http://primeiralinha.org/home/?p=119, assim como o prólogo a Guerra do Povo, Exército do Povo, elaborado polo Che Guevara e publicado em Havana em 1964. http://primeiralinha.org/home/?p=126


Divulgamos a entrevista realizada por Resumen Latinoamericano à comandante Carmem Villalba. Cinco horas antes que a dirigente da organizaçom guerrilheira Exército do Povo Paraguaio (EPP), Carmen Villalba, fosse protagonista de um estranho e violento episódio no cárcere de mulheres do Bom Pastor, em Asunción, Resumen Latinoamericano entrevistou-na telefonicamente para afundar informativamente sobre que tipo de organizaçom é o EPP e qual é a sua caracterizaçom sobre o atual governo de Horacio Cartes. Villalba cumpre umha condena de 18 anos de prisom ao igual que o seu camarada Alcides Oviedo, arguidos do seqüestro de um acaudalado empresário local e, segundo denuncia um comunicado de outros presos do EPP, na noite da sexta-feira Villalba sofreu uma tentativa de assassinato por parte de efetivos policiais. Por outra parte, a versom oficial falou primeiro de que a detida “trataria de fugar-se por um boquete”, o que foi desmentido horas depois. O certo é que Villalba, fortemente custodiada por efetivos policiais foi transladada a primeiras horas da manhá do sábado ao Agrupamento Especializado da Polícia Nacional e dali seguiu viagem à FOPE (Forças de Operaçons da Polícia Especializada), sem se dar razons por esta repentina mudança carcelária. Na entrevista, Villalba apresentou-se como umha “orgulhosa epepista que o que mais sente é nom poder fazer mais polo meu heróico povo paraguaio e pola Revoluçom” e augurou “mais confrontaçom” com o atual governo do Partido Colorado. Como define o Exército do Povo Paraguaio? O EPP é umha insurgência revolucionária marxista-leninista enraizada profundamente no povo paraguaio, e essencialmente no campesinato. O EPP enfrenta hoje à máfia organizada cujo motor principal é o Partido Colorado que novamente se instalou no poder.

Para ratificar o que lhe estou a dizer teria que recorrer ao escritor Aníbal Miranda, já falecido, que fijo umha importante investigaçom que plasmou no seu livro A principal organizaçom mafiosa do Paraguai: o Partido Colorado. Nesse texto chegou à conclusom que nesta máfia coincidem todos os políticos da extrema direita oligárquica. Na atual conjuntura paraguaia nom se diferenciam muito os partidos tradicionais, o Colorado e o Liberal e outros partidos de direita que aparecêrom após o golpe de Estado de 89. Os epepistas nom precisamos pedir permisso a ninguém para denominar a insurgência com o nome de Exército do Povo Paraguaio, já que fundamentalmente defendemos os interesses do povo camponês pobre que todos os dias deve enfrentar o assassinato, o despejo e o asovalhamento repressivo da cada governo que se instala.

“Como marxistasleninistas filhos do marechal Gaspar de Francia definimo-nos pola confrontaçom de classes, achamos que as contradiçons entre o poder oligárquico e os de abaixo nom podem solucionar-se de maneira pacífica” Quais som as causas políticas e económicas do seu país que as levárom a se alçar em armas? A situaçom económica do Paraguai segundo a própria CEPAL, determina que mais de 54% da populaçom é pobre e umha alta percentagem se acha na indigência. Se falamos das crianças do meu país, 43% está em condiçons de desnutriçom e por cada ano, nove mil famílias camponesas som

expulsas das suas terras para implementar o agro-gado intensivo por parte de trasnacionais como a Monsanto e outras, vinculadas à oligarquía paraguaia, junto aos seus partidos políticos, magistrados e parlamentares. Estes exploram a fértil terra do norte e de outros pontos do país. Todo este panorama fai com que o c a m p o n ê s s e ve j a n a a t u a l i d a d e absolutamente despojado e expulso polas forças repressivas instaladas nas suas terras por cada governo. Isto é o que combate atualmente a insurgência revolucionária corporizada no EPP. Por parte dos respetivos governos paraguaios e os seus meios de comunicaçom acusa-se ao EPP de estar vinculado com o narcotráfico e o bandidagem. Quais som as razons para que habitualmente cheguem a essas conclusons? Isso é parte da tergiversaçom que levam adiante os meios de comunicaçom que som propriedade da oligarquía paraguaia. Ademais há umha estreita uniom entre gandeiros, sojeiros, narcotraficantes, polícias e políticos. Nós estamos atualmente em guerra contra essa máfia, o seu governo e o Estado e o fazemos porque ninguém tem dúvidas no nosso país que essa oligarquia e os seus partidos estám compostos por narcotraficantes. Achamos que o tempo demonstrará também que eles estám a querer orientar todo para esse lado. Ontem apreendêromse de umha importante quantidade de cocaína em duas estadias, mas ocultam os nomes das mesmas, porque quase sempre que ocorre isto som propriedade de políticos, de magistrados judiciais ou de parlamentares. O próprio presidente da República tem estadia no Norte. O povo sabe, os meios sabem, que o narcotráfico tem estado sempre instalado nas estruturas do governo. Nom há muita diferenciaçom entre políticos e narcos. Recentemente houvo um ataque reivindicado polo EPP contra custódios


dumha finca. Que procuram com este tipo de açons? Trata-se da finca do conhecido terratenente brasileiro Matelarenjeira, que possui empresas no Brasil, Argentina e aqui. Como outros estancieiros tem grupos paramilitares, integrados em muitos casos por oficiais da Polícia Nacional que cumprem a funçom de guardas em quase todas as estadias de grandes proprietários. Designadamente nessa estadia, deu-se o caso de que o polícia que encabeçava as forças paramilitares estava em atividade, e a empresa de segurança é da sua propriedade e de outro comissário da localidade de Pedro Juan Caballero. Fundamentalmente som forças paramilitares as que resguardam os latifúndios dos gandeiros em cada umha das suas propriedades ao longo e largo do país. As estadias representam um dos emblemas de políticos de todas as cores, já que umha vez que chegam a cargos no governo ou vam acumulando dinheiro terminam comprando enormes extensons de terra. A partir disso produzem a expulsom de grande quantidade de camponeses, a quem se lhes torna insustentável conviver com as grandes plantaçons de soja, de milho e outros graos, pola fumigaçom que se fai desde avions que envenenam todos os cultivos e animais domésticos que tenhem esses pequenos proprietários. A isto há que lhe somar a agressom contínua que sofrem por parte dos matons dos estancieiros que querem apropriar-se de mais terras para alargar os seus latifundios.

sem qualquer tipo de direitos de trabalhos manuais, de estudo e outras possibilidades habituais nestes ámbitos. Todas estas dificuldades que se nos apresentam a diário nom som mais que motivaçons para ir superando, sair adiante e seguir luitando.

Que opina sobre a decisom do governo e do Parlamento de facultar ao Exército para intervir abertamente no norte e outros pontos do país em aras de “erradicar a subversom”? Há que clarificar que a repressom no Paraguai, e fundamentalmente no ámbito camponês, há muito tempo que se vem produzindo. Somos conscientes que cada vez aumenta mais a escalada de ataques contra quem luitam em defesa das suas terras e portanto contra a insurgência revolucionária. O nosso compromisso com a Revoluçom, com o nosso povo e com os companheiros que seguem brigando afora é firme. Estamos dispostos a seguir confrontando com os nossos inimigos, renovando as energias para fazer crescer a insurgência revolucionária que se dá na atualidade através da luita armada.

“Durante a era Lugo, o EPP suportou, resistiu e cresceu. Soubemos sobrelevar épocas de grande militarizaçom e, portanto, nom nos tomam por surpresa estas medidas que agora implementa o Partido Colorado no poder”

Qual é a situaçom que estám a viver os prisioneiros do EPP atualmente? Fazemos parte do EPP nos cárceres a volta de 15 pessoas e também há numerosos presos de organizaçonss camponesas. As condiçons em que vivemos som muito piores a nível do trato e do isolamento, sobretodo porque nós nom baixamos a cabeça e seguimos confrontando o sistema político e económico imperante. Os nossos militantes sofrem um regime carcelário diferenciado com respeito a outros companheiros. Por exemplo, o meu companheiro Alcides Oviedo está sempre num encerro absoluto, totalmente isolado

Como explicam no EPP as acusaçons de todo o tipo que se lhes formulam desde alguns setores da esquerda paraguaia? Nós achamos que o socialismo tem diferentes correntes e posiçons ideológicas aqui e em outras partes do mundo. Dentro da pseudo esquerda paraguaia estám os socialistas oportunistas, cujo maior emblema de luita é a participaçom eleitoral. Som eles os que se definem pola colaboraçom e nom a luita de classes. Nós, como marxistas-leninistas filhos do marechal Gaspar de Francia (prócer paraguaio) definimo-nos pola confrontaçom de classes, achamos à sua vez que as contradiçons que existem entre o poder oligárquico e os de abaixo nom podem solucionar-se de maneira pacífica, ou só com participaçons eleitorais. Sustentamos que para avançar num processo similar ao que foi o processo popular do doutor Francia, contextualizando-o dentro deste tempo, há

que fazer umha Revoluçom popular e radical, e nom somente reformas. Caso contrário nom mudariam as condiçons de pobreza e exploraçom do nosso povo. Que palco proporá ao Presidente Cartes o EPP de aqui em adiante? Achamos que vam seguir aprofundando-se as condiçons de repressom e de confrontaçom. Temos claro que a repressom nom é de agora nom mais, senom que vem desde há décadas e isso foi o que fijo surgir diferentes experiências de insurgência, até que aparece o Exército do Povo Paraguaio. Durante a era Lugo, o EPP suportou, resistiu e cresceu. Soubemos sobrelevar épocas de grande militarizaçom, e portanto nom nos tomam por surpresa estas medidas que agora implementa o Partido Colorado no poder. O mais importante para nós é seguir penetrando no coraçom dos mais humildes, já que o povo começa a dar-se conta que os integrantes de EPP estám ao seu lado e sofrem as suas mesmas condiçons de vida. Eu acho que qualquer socialista minimamente honesto, embora nom compartilhe o método de luita armada, deve-se dar conta que quando a oligarquia persegue com tanta sanha os luitadores é por algo. Eu pediria à inteletualidade revolucionária da América Latina, que por vezes leio que tratam com tanta ligereiza a experiência do EPP, tomando como referência à pseudo esquerda paraguaia sem conhecer a realidade do nosso país, que tentem afundar mais no pensamento da nossa gente mais humilde, que escuitem as suas vozes que falam de sofrimento e repressom constante. Como dizia o heróico padre guerrilheiro Camilo Torres há que se perguntar por que os oligarcas atacam com tanta crueldade um setor político se nom é porque se encaram em defesa das reivindicaçons de camponeses e operários. Você acha que no Paraguai nom há espaço para outra luita que nom seja a violenta? Como marxista, que tomei o caminho da luita armada respeito profundamente a opiniom dos socialistas que nom estejam de acordo com a nossa opçom. No entanto, no momento em que se aliam com setores da oligarquia e com a opiniom dos meios corporativos e assinalam que o EPP “é o narcotráfico” ou que respondemos a interesses dos gandeiros, deveriam-se dar conta que precisamente somos nós quem confrontamos esses gandeiros, o governo oligárquico e os seus cúmplices com as armas na mao. Essa pseudo esquerda apoiou ao governo de Lugo enquanto este aprofundava a presença do Plano Colômbia, ou facilitou as condiçons para que organismos imperialistas que eram expulsos de Venezuela e da Bolívia viessem assentar no Paraguai.


Revoluçom Bolivariana a burguesia local, e transmite “apoio à Revoluçom Bolivariana, ao legítimo presidente Nicolás Maduro, única garantia para manter as enormes conquistas, a soberania e independência nacional da Venezuela frente ao imperialismo, evitando qualquer retrocesso e involuçom neoliberal das forças reacionárias que pretendem impor o neocolonialismo na Pátria de Bolívar e Chávez”. Denúncia do imperialismo espanhol No ato solidário e internacionalista AGARB manifestou que a Venezuela é “um exemplo para povos como o galego, empobrecidos pola carência de soberania e condenados ao atraso pola opressom nacional a que nos submete o mesmo projeto imperialista que há 202 anos Simón Bolívar conseguiu derrotar”.

Dúzias de ativistas sociais, representantes das doze forças políticas, sindicais e sociais galegas que aderírom à iniciativa da AGARB, assim como de outras que se agregárom in situ, e umha representaçom do Consulado da República Bolivariana da Venezuela, participárom na calurosa tarde de sexta-feira 5 de julho, no ato político comemorativo do 202 aniversário da assinatura da ata da Declaraçom de Independência da Venezuela. À beira do busto do Libertador, na rua Venezuela de Vigo, Xavier Moreda ?coordenador-geral da AGARB? arroupado pola militáncia da prática totalidade da esquerda patriótica galega, deu leitura solene ao manifesto em que se reconhece que a Galiza tem umha dívida histórica com o povo venezuelano, denuncia a agressom imperialista que padece a naçom irmá por parte do imperialismo e

Chávez presente Antes de iniciar a concentraçom, umha fotografia do comandante Hugo Chavéz foi depositada à beira da meixela esquerda de Bolívar, deixando assim bem claro que a Revoluçom Bolivariana é continuaçom da gesta libertadora de Simón Bolívar. Oferta floral Antes de finalizar o ato com o canto do hino nacional da Galiza, foi depositada umha coroa de flores com a bandeira nacional galega nos pés do monumento ao Libertador. Petiscos de confraternizaçom no Lume! Posteriormente umha parte das pessoas que assistírom à homenagem popular à Venezuela bolivariana e chavista deslocárom-se até o centro social Lume! onde AGARB tinha preparado petiscos.

aniversário Declaraçom da Independência

Galiza com a Venezuela bolivariana e chavista A Revoluçom Bolivariana da Venezuela tem sido e é um referente para todos os povos do mundo que luitam contra toda forma de opressom e dominaçom. A Venezuela, sob a liderança de Hugo Chávez, demonstrou que sim é possível, hoje e aqui, construir umha alternativa ao modelo neoliberal, que sim é factível com vontade política e apoio do povo autoorganizado, edificar umha sociedade alicerçada na justiça e liberdade numha pátria soberana. A Revoluçom Bolivariana da Venezuela é um exemplo para povos como o galego, empobrecidos pola carência de soberania e condenados ao atraso pola opressom nacional a que nos submete o mesmo projeto imperialista que há 202 anos Simón Bolívar conseguiu derrotar. A Galiza tem umha dívida histórica com o povo venezuelano. Durante décadas, acolheu dezenas de milhares de compatriotas que, mediante o êxodo imposto da emigraçom, escapavam da fame e da miséria a que o capitalismo espanhol nos condena; a Venezuela também foi um generoso lugar de acolhimento para milhares de exilad@s galeg@s que procuravam refúgio da perseguiçom franquista; a Venezuela foi retaguarda de organizaçons políticas ao serviço da libertaçom da Galiza.

Hoje, a naçom de Bolívar, após o prematuro falecimento do comandante Hugo Chávez no mês de março, está submetida a umha intensa agressom imperialista que procura desestabilizar e destruir os 14 anos de Revoluçom Bolivariana. Apoiando-se na oligarquia local, o imperialismo nega-se a reconhecer a vitória eleitoral do presidente Nicolás Maduro nas presidenciais de 14 de abril. Após o fracasso do golpe de estado promovido polos Estados Unidos e pola oposiçom de extrema-direita representada polo candidato perdedor, que provocou umha dúzia de mortes e a destruiçom de sedes das organizaçons revolucionárias e centros de saúde, o País está submetido ao endurecimento da guerra assimétrica de quinta geraçom. Mediante a manipulaçom informativa, o desabastecimento e açambarcamento de produtos básicos, a sabotagem económica e energética, as forças reacionárias da burguesia visam gerar sensaçom subjetiva de caos e malestar social para assim impossibilitarem o desenvolvimento e a orientaçom socialista do processo.

políticas e culturais mediante as quais a Revoluçom Bolivariana conquistou enormes avanços nas condiçons de vida e liberdades das maiorias sociais venezuelanas. A Revoluçom Bolivariana acha-se numha complexa encruzilhada. As lacras, os erros e os desvios devem ser corrigidos. Mas estes enormes desafios aos quais se tem que confrontar só poderám ser superados com mais Revoluçom, com mais soberania e mais socialismo, seguindo o legado de Hugo Chávez. As organizaçons, forças políticas e sindicais galegas abaixo assinadas manifestamos o nosso apoio à Revoluçom Bolivariana, ao legítimo presidente Nicolás Maduro, única garantia para manter as enormes conquistas, a soberania e independência nacional da Venezuela frente ao imperialismo, evitando qualquer retrocesso e involuçom neoliberal das forças reacionárias que pretendem impor o neocolonialismo na Pátria de Bolívar e Chávez. AGARB, BNG, BRIGA, Causa Galiza, Comités, CIG, Galiza Nova, ISCA!, Liga Estudantil Galega, Mar de Lumes-Comité Galego de Solidariedade Internacionalista, MCB-Capítulo Galiza, NÓS-UP e PCPG

Galiza, 5 de julho de 2013 Estám em jogo as transformaçons sociais,

profundas económicas,


NÓS-Unidade Popular quer transmitir a sua solidariedade e apoio ao Partido Comunista de México e às famílias e amizades dos militantes Raymundo e Samuel, assim como às do seu companheiro Miguel, assassinados no estado de Guerrero. Os seus corpos fôrom encontrados sem vida a 5 de agosto, com impactos de bala e apresentando sinais de terem sido torturados. Raymundo, Samuel e Miguel eram luitadores envolvidos no movimento revolucionário camponês através da LARSEZ (Liga Agraria Revolucionaria del Sur Emiliano Zapata). Raymundo e Samuel, aliás, eram dirigentes do PCM no estado de

Guerrero. Denunciamos a cumplicidade nestes assassinatos do Estado mexicano e das autoridades do estado de Guerrero onde, como denuncia o PCM, nom há garantias para a açom política dos e das comunistas, revolucionários/as e luitadores/as sociais. O Estado mexicano pratica a guerra suja contra quem pom em questom o regime narco-capitalista que oprime o povo trabalhador mexicano, as mulheres e as comunidades indígenas. Da Galiza, a esquerda independentista revolucionária quer ajudar a quebrar a ocultaçom destes factos nos meios de comunicaçom burgueses, que preferem

A sentença filtrada o passado 12 de setembro a diversos meios de comunicaçom, antes de que fossem informadas as pessoas afetadas, é umha nova mostra do caráter político e reacionário do tribunal de exceçom que, sob o nome de Audiência Nacional, se encarrega de perseguir os movimentos políticos legitimamente dissidentes. NÓS-Unidade Popular nom pode deixar de denunciar esta suja e prepotente manobra judicial dirigida nom só aos quatro compatriotas diretamente afetad@s, tratad@s como delinqüentes perigosos quando som só ativistas sociais e polític@s galegos. Esta brutal sentença da Audiência Nacional vai também dirigida, de maneira estratégica, a apertar repressivamente a pressom contra o soberanismo galego de esquerda no seu conjunto, mediante umha ameaça direta que vai da ilegalizaçom à cadeia arbitrária. A partir de agora, na Galiza será mais perigoso realizar trabalho político dissidente e pola liberdade nacional galega do que protagonizar casos graves de corrupçom e outros delitos punidos

olhar para outro lado diante dos crimes da oligarquia mexicana. Encorajamos o PCM e as /os revolucionárias/os desse país, onde tantos/as galegos/as fôrom acolhidos/as ao fugirem da miséria e do fascismo a que Espanha os/as condenava, a continuarem a luita por um México livre e socialista. Será a melhor forma de o povo trabalhador honrar os seus mártires. Raymundo, Samuel, Miguel, a luita continua! Direçom Nacional de NÓS-Unidade Popular Galiza, 7 de agosto de 2013

muito mais levemente, como qualquer observador/a pode comprovar. Os 10 anos impostos a Antom e Maria, assim como os 18 com que Teto e Eduardo fôrom sentenciados, representam umha provocaçom a qualquer princípio de equidade e proporcionalidade, inclusive no caso de que tivesse sido provada qualquer das acusaçons que lhes som atribuídas, o que é mais que discutível. Toca à sociedade galega exercer a solidariedade com os presos e presas, assim como a denúncia constante contra o sistema penitenciário e judicial espanhol, repetidamente catalogado por organismos internacionais independentes como democraticamente deficitário. A sua Audiência Nacional acaba de ratificar a sua parcialidade, perseguindo os setores que considera politicamente perigosos para a perpetuaçom do regime. Nessa denúncia responsável e firme estará sempre a esquerda independentista galega, fazendo frente comum com todos os setores democraticamente comprometidos com a causa da liberdade, da democracia e da soberania para o nosso país.


14 de setembro tivo lugar umha concentraçom convocada pola Associaçom de Amizade Galego-Cubana Francisco Villamil, em colaboraçom com Mar de Lumes, para reivindicar a liberdade dos 5 revolucionários cubanos presos nos EUA desde há 15 anos. NÓS-UP e BRIGA apoiárom a iniciativa que contou com a adesom de diversas entidades da esquerda política e social galega. No comunicado emitido pola Unidade Popular manifestava-se que a esquerda independentista “quer expressar a sua solidariedade com a Revoluçom Cubana e, desta volta, especialmente com os 5 heróis que o imperialismo norte-americano mantém prisioneiros por defenderem o seu povo dos projetos terroristas da extrema direita cubano-americana, sempre amparados polos diferentes governos dos EUA”. Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González continuam presos desde 1998, após um julgamento carente da mais mínima imparcialidade e justiça onde fôrom condenados por delitos que nom cometeram, mesmo nalguns casos a cadeia perpétua.

A meia tarde da quinta-feira 26 de setembro militantes da Unidade Popular realizáromdiante do estaleiro viguês de Barreras um ato reivindicativo em defesa do setor naval. À beira do que até há poucos anos era um das áreas obreiras mais dinámicas da ria de Vigo, e hoje é um semideserto industrial, NÓS-UP defendeu a necessidade estratégica de defender a indústria naval viguesa. Sob a legenda “Polo futuro de Vigo, nacionalizaçom do naval”, concentrarom-se dúzias de militantes da esquerda independentista e socialista galega para reivindicar e “exigirmos a nacionalizaçom do setor naval como única alternativa para recuperar os postos de trabalho e

rendabilizar os recursos deste setor no nosso país e na nossa classe”.

do trabalhador do naval em desemprego Telmo Varela.

Por trás dumha enorme faixa acompanhada de bandeiras vermelhas e da Pátria, durante umha hora lançarom-se palavras de ordem:

Posteriormente foi cantado o hino nacional e novamente interviu Telmo Varela para denunciar a destruiçom sistemática do naval da ria polos diversos governos espanhóis desde que a finais da década de setenta se aplicam reconversons industriais que destruírom primeiro Ascón, e posteriormente boa parte dos estaleiros da ria.

“O amigo de Marcial afunde o naval”, “Almúnia escuita Vigo está em luita”, Espanha é a nossa ruina”, “Feijó, Rajói demissom”, “Nacionalizar o setor naval”, “A luita é o único caminho”, “Contra Espanha, contra o Capital, greve, greve geral”, contando com o apoio ativo de dúzias de trabalhadores e trabalhadoras que circulavam pola rotunda que une a avenida de Beiramar e a rua Corunha. A concentraçom finalizou com a intervençom

Culpou diretamente a Espanha e à UE desta política desindustrializadora que só gerou desemprego e miséria entre o povo trabalhador de Vigo, e ligou a implementaçom de umha nova política económica à conquista da soberania nacional.


Edita: Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano Tiragem: 1.000 exemplares Encerramento de ediçom: 12 de outubro de 2013. “Dia da Resistência Indígena” Blogue: www.ccb-galiza.org Co-e: info@ccb-galiza.org

A combatente galego-cubana Maria Araújo foi homenageada nos atos organizados por NÓS-UP para comemorar o Dia da Galiza Combatente. Maria Araújo, dous combates, umha mesma luita é a legenda da iniciativa desenvolvida ao longo do domingo 13 de outubro. Ato político, oferta floral e jantar de confraternizaçom Às 13 horas na praça da Constituiçom de Redondela dava início o ato político no que intervírom Eva Cortinhas, em representaçom da Mesa Nacional de BRIGA e Gustavo Luca de Tena pola Associaçom de Amizade Galego-Cubana Francisco Villamil. Rebeca Bravo, porta-voz nacional de NÓS-UP encerrou o comício que foi amenizado com a voz e a música do cantor-compositor Tino Baz. Posteriormente, às 14.30h., na ponta da praia de Cesantes, a poucos metros da ilha de Sam Simom, que durante anos foi um campo de concentraçom, tivo lugar umha oferta floral às vítimas do fascismo. A jornada finalizou com um jantar de confraternizaçom.


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