Insurreiçom nº 22-23

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Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 22-23 · outono de 2013 - inverno de 2014

O singular caráter e génese da revoluçom bolivariana permite compreender a permanente hostilidade a que se vê submetido o processo pola burguesia crioula. A velha classe social que foi parcialmente afastada do poder, obviamente nom renuncia aos seus privilégios e pretende por todos os meios ao seu alcance recuperar o terreno perdido. Nestes quase 15 anos de V República a burguesia vendepátrias, sob as diretrizes do imperialismo ianque, nom cessou na sua tentativa de derrubar primeiro o governo popular e anti-imperialista do comandante Hugo Chávez, e agora de Nicolás Maduro. Golpes de estado, paros patronais, desestabilizaçom política, sabotagem económica, manipulaçom e intoxicaçom mediática, tenhem sido umha constante perante as sucessivas derrotas eleitorais. Porém a única maneira de derrotar o atual golpe de estado brando que estám implementando nas últimas semanas é aprofundando no socialismo e no poder popular. Procurando espaços de diálogo e negociaçom com os

inimigos do povo trabalhador, com o quintacolunismo de Washington, tam só se contribui a minar o contraditório processo de transformaçom social que experimenta a Venezuela. A institucionalidade da V República, em coordenaçom com o povo revolucionário, tem força e capacidade mais que suficiente para esmagar dumha vez essa parasita classe social que pretende ré-situar a Pátria de Bolívar numha colónia ianque e destruir as conquistas atingidas em matéria de saúde, educaçom, vivenda, direitos laborais, serviços sociais. Só com firmeza nos princípios, com coragem política e visom estratégica será possível erradicar da Venezuela toda essa escória que nom cessará voluntariamente nos seus propósitos golpistas e fascistas. A Galiza rebelde e combativa seguirá contribuindo a paliar tanta mentira e intoxicaçom sobre a realidade da luita de classes que confronta povo humilde e trabalhador com a oligarquia e a burguesia utilizando a melhor arma do movimento revolucionário: a verdade.


Além das prisons secretas da CIA e o campo de concentraçom de Guantánamo, o imperialismo ianque emprega barcos-prisons em alta mar.

Este tipo de barcos, autênticas salas flutuantes de torturas, navegam em águas internacionais, para assim agir com absoluta impunidade.

O USS San Antonio é um exemplo deste novo Abu Ghraib ou Bagram, ancorado em águas internacionais, longe das leis e as polémicas.

O Washington que exige demagogicamente aos povos em luita o cumprimento da legislaçom internacional sobre direitos humanos, é o mesmo que nom duvida em seqüestrar, torturar, assassinar mediante drones, comandos e todos os meios ao seu alcance, a quem considere inimigo do seu projeto expansionista.

A convençom de Genebra sobre prisioneiros de guerra proíbe explicitamente detê-los em “barco, botes ou barcaças”, salvo para transportá-los.

Os vínculos de irmandade e solidariedade entre o povo galego e o venezuelano, sobre todo a nível das suas luitas populares tem estado marcado historicamente polos nomes próprios de centos de camaradas que, desde a sua chegada a umha Venezuela submetida pola ditadura do general Marcos Pérez Jiménez, se tenhem incorporado nas filas da construçom revolucionária e socialista. A emigraçom galega mais numerosa no país, produzida entre os anos 45 a 55, deixou para a memória umha fornada de nomes vinculados com o mais seleto e granado do galeguismo revolucionário, emigrante, trabalhador, perseguido e curtido pola luita antifascista durante o franquismo, destinada a deixar umha pegada inapagável e exemplar sobre todas as geraçons futuras de galaicovenezuelanos. É impossível esquecer o sacrifício e a entrega dos camaradas do por aquele entom Lar Galego de Caracas

durante os sucessos prévios a 23 de janeiro de 1958, que deporia a ditadura Perez-Jimenista, ou a destacada bravura do seu combate de rua quando o daquela Presidente desse centro social dos emigrantes Dom Eduardo Meilám, um mocinho naquela altura, encabeçou umha assembleia extraordinária de sócios marcadamente em consonáncia com o clamor popular pola liberdade, destinada a assumir os riscos de abrir dito centro para emprestar apoio aos companheiros que saíram a combater a repressom nas ruas próximas ao mesmo, encabeçadas polo Sr. Meilám pai ou por figuras tam entranháveis como José Velo Mosqueira, Pepe Guerra, os irmaos Noia ou os irmaos Dopico. A maioria destes nomes, as suas experiências vitais e achegas dariam cada umha por separado um magnífico livro sobre a integraçom dos revolucionários e revolucionárias galegas nas luitas sociais venezuelanas,

mas ademais com a particularidade de representar umha linha revolucionária marcadamente nacional galega, que sentaria para sempre um fito, posto que umha Venezuela similar a tantos países de América onde por galego se habituava assinalar a todos os espanhóis, compreendeu que os galegos, filhos da pátria galega, eram absolutamente merecedores de ser diferenciados com nome próprio. Todos estes companheiros fôrom revolucionários, socialistas e Galegos!!! D u ra n t e o s a n o s s e g u i n t e s , a incorporaçom de dezenas de camaradas nas diferentes plataformas de luita revolucionária antifranquistas, nom desmereceu a sua participaçom notável na construçom de organizaçons revolucionárias na Venezuela. Fôrom muitos os militantes do DRIL (Diretório Revolucionário Ibérico de Libertaçom no que por mor da fraternidade e consciência de quadros Galegos como


J o s é Ve l o p a r t i c i p ava m c o m organizaçons portuguesas antiditadura de Salazar), que à sua vez eram destacados militantes em organizaçons revolucionárias venezuelanas, jogando um importante papel na luita guerrilheira urbana derivada da instauraçom do regime “Punto fijista”.

tardofranquismo, ante a suspensom de garantias constitucionais posterior aos eventos de 4 de fevereiro.

Hoje em dia é habitual lembrar com f r e q u ê n c i a a q u e l a l e i t u ra d u n s documentos de inteligência norteamericanos, realizada por Ernesto Che Guevara na reuniom da OEA celebrada em Punta del Este, Uruguai, onde este cita que os documentos procedem dumha Venezuela em plena luita insurrecional do PCV e fôrom confiscados a Michael Smolen, chefe da agregadoria militar norte-americana e agente da CIA, porém para orgulho dos galegos revolucionários, essa açom realizada polo destacamento “LIVIA GOUVERNIER” das Forças Armadas de Libertaçom Nacional, contou entre outros com a participaçom do camarada e paisano Humberto Poço, quem na posterior repressom lograria eludir o cárcere e continuar na luita clandestina do Partido Comunista da Venezuela, tanto como no próprio DRIL. É mui difícil compreender a vinculaçom do galeguismo socialista nas luitas revolucionárias que dariam início ao processo de mudança que originou a atual República Bolivariana, sem entender o neurálgico papel que jogou em muitos momentos o Colégio Castelao, fundado polos emigrantes residentes em Caracas, com o fim de brindar umha educaçom mais galega aos seus descendentes. Nos estênceis deste Colégio polo ano 92, fôrom impressos panfletos do MBR-200, movimento Cívico-Militar encabeçado polo Comandante Chávez, açom esta pola que o companheiro Mikhail Rodrígues Bieites fora expulso, perante o medo das naquele entom autoridades da Irmandade Galega presidida polo

Rafael Correa sempre tem estado em campanha desde que assumiu o poder em 2007. A desproporcional verba no Orçamento do Estado destinada a propaganda ultrapassou prioridades como a agricultura, a vivenda, etc. Nas eleiçons de 17 de fevereiro de 2013, foi evidente o triunfo de Correa e a sua maioria no legislativo. A campanha seguiu da mao da prepotência e o autoritarismo, apresentou-se invencível e arrogante, sobretodo porque no alvo estavam as próximas eleiçons seccionais. Nem a um ano do seu triunfo eleitoral de 2013, iniciou o processo para as eleiçons dos governos autónomos descentralizados, GADs. Os candidatos de Alianza País impugérom-se

Durante toda a década de 90, as luitas estudantis regárom com sangue dos melhores filhos do povo a flor dumha pátria por vir, e os estudantes do Castelao poderemos lembrar com orgulho que o nosso colégio foi um forte referente na luita de rua contra o sistema abusivo da IV República, que ademais para o ano 96-97 logra o reconhecimento oficial do Ministério de Educaçom para a Cátedra de “língua e cultura galega” como matéria de carga académica. É impossível entender a Coordenadora Simón Bolívar de 23 de janeiro, sem

compreender a achega dos centos de galegos e bascos que colaboramos na sua construçom, tanto nos frentes estudantis, como nos vizinhais ou político-militares. É difícil entender a evoluçom do Alexis Vivismo nos primeiros e afastados anos de chumbo face o momento político do “Grande Crescimento”, prévio ao nascimento das comunas, quando entre as acusaçons de ser guerrilheiros étnicos galegos, vinculados com a guerrilha colombiana ou um longo et cetera de mentiras da canalha mediática, conseguimos dar um passo ao frente e constituir umha das primordiais linhas ideológicas da o rg ani z aç o m na c o ns t ruç o m d o complexo desenvolvimento de estruturas de poder popular nas nossas bases de apoio. Sirvam estas humildes palavras de introduçom a um esforço conjunto da Frente Internacional Alexis Vivista e o Movimento Continental Bolivariano da Galiza por resgatar com algo de rigor em sucessivos trabalhos as achegas e participaçons de centos de filhos e filhas do povo galego à construçom do sonho revolucionário de Pátria Grande e Socialista!, umhas poucas linhas nom bastam para isto, seria ambicioso e seguramente um exercício de memória profundamente ineficiente tratar de compreender o papel de cada um dos milhares de militantes galegos que reivindicárom a pátria galega na sua luita internacionalista polo socialismo em território venezuelano, porém, temo-nos proposto a tarefa conjunta de lembrar com o máximo rigor possível, os fragmentos mais destacados das diferentes luitas nos diferentes momentos históricos, assim como o papel que tenhem jogado. Sirva isto entom, a maneira de introduçom para o grande processo de resgate das lembranças dos nossos camaradas galegos-venezuelanos, o seu sacrifício, vitórias e exemplo.

arbitrariamente, familiares dos seus fiéis servidores e outros reciclados da chamada partitocracia, provocando fisuras internas e o descontentamento no movimento do governo. Equador pintou-se de cor verdeflex, respirava-se um ar abafante nom só pola “governabilidade” imposta com leis repressivas e reacionárias, como também pola quantidade de propaganda do partido de governo Alianza País, que tanto antes, durante como depois, violou o Código da Democracia e a própria Constituiçom da República. Cada bairro, vila ou cidade por mui pequena que fosse, estivo inundada de verdeflex. Havia nalguns casos mais faixas e gigantografias que habitantes.


O bombardeamento propagandístico chegou a todos os meios de comunicaçom, de forma ilegal autorizouse a promoçom de obras de governo, o presidente utilizou cadeias para promocionar os seus candidatos, percorrendo o país e abusando dos recursos públicos com a vénia do Conselho Nacional Eleitoral, CNE. Correa suplantou os seus candidatos, desde os prefeitos ou alcaides até os membros de juntas paroquiais. A palavra de ordem era “quem vota polo candidato X vota por Rafael Correa”, cada candidato de AP promocionava a sua foto abraçado com o presidente, como quem abraça a um santo. Mas o local superou-no e passou-lhe fatura. Rafael Correa nom tivo um governo autónomo descentralizado (Gad) para mostrá-lo à populaçom. Ao contrário, fôrom as péssimas administraçons de A P : i m p o s t o s e l e va d o s , m u l t a s excessivas, repressom, falta de obras, etc, que gerárom o descontentamento da populaçom, e sobretodo em Quito foi posto em evidência. No meio da campanha, Correa suspendeu o seu percurso nacional para ir na defesa da capital que estava a ser arrebatada por outro setor da direita, polo candidato Mauricio Rodas do m ov i m e n t o S U M A . D e i m e d i a t o reduzírom as multas e suprimírom as portagens. A desesperaçom foi tal, que Correa começou a percorrer os bairros de Quito, “pedindo por favor votar no seu candidato Augusto Barrera”. Os quitenhos dixérom nom a umha gestom incapaz de solucionar os problemas da cidade, dixérom nom ao candidato Correa, nom surtírom efeito as cartas do presidente face a sua militáncia e os quitenhos solicitando o voto polo seu candidato à alcaldia de Quito, nem as ameaças de renúncia se nom o faziam,

diluindo-se os seus discursos de suposta desestabilizaçom do governo, de complot internacional, etc., foi o presidente, o candidato a Alcaide, e perdeu. O centro político do Equador é Quito, daí que a viragem do eleitorado tivo a sua influência em todo o país. Mas a votaçom a favor de Rodas, o candidato ganhador à Alcaldia de Quito, nom é na sua maioria um apoio, mas antes um cansaço por umha prática autoritária do poder. Este 23 de fevereiro, Rafael Correa foi derrotado. Um voto de castigo por mor da prepotência e o autoritarismo, da criminalizaçom do protesto, a violaçom dos DH, a política extrativista, a e x p l o ra ç o m d o Ya s u n í , o s despedimentos, o Código Penal punitivo, a perseguiçom política. Eis alguns casos: Clever Jiménez, Mery Zamora, os 10 de Luluncoto, Pepe Acacho, Fernando Villavicencio, Martha Roldós, Carlos Figueroa, o caricaturista Bonil, os presos políticos, os professores Xavier Cajilema, Paúl Jácome e o dirigente estudantil Edwin Lasluisa. No Equador após 23F há outro ar, como que se pode respirar melhor, mas nom é suficiente. Há umha nova correlaçom de forças, embora a direita representada polo correismo perdeu nas principais capitais de província, outro setor da direita recupera terreno e alça-se com as alcaldias de Guayaquil, Machala polo PSC, Santo Domingo de los Tsáchilas, Quito, Portoviejo, Guaranda por SUMA; Latacunga, Ibarra e Ambato por AVANZA ( s o c i a l - d e m o c ra c i a , p r ó x i m o a o governo), entre as mais importantes. A esquerda polo seu lado consegue importantes triunfos embora tenha sido o alvo principal de ataques do governo correista. O MPD mantém a prefeitura de Esmeraldas, nas províncias de Morona Santiago e Orellana com Pachakutik, em

Cotopaxi e Zamora Chinchipe pola unidade MPD-PK e o movimento Participa em Azuay. Ademais, o MPD e PK conseguírom representaçom em vários cantons provinciais. Rafael Correa perdeu o que eram os seus bastions eleitorais: Azuay, Imbabura, Manabí, Quito, El Oro e os seus redutos. Das 10 cidades com maior populaçom, apenas ganhou em Durán. Das 24 capitais de província, perdeu em 20. Das 23 prefeituras e viceprefeituras provinciais perdeu em 14. Os resultados eleitorais destas eleiçons permitem entrever que se quebrou o mito da invencibilidade de Correa. A derrota é geral, perdeu em todo, todinho o país, ficárom sem festa e sem tarimazo bailável, as caras longas e de perplexos do seu gabinete ministerial e os seus colaboradores dizia todo. Mália as cifras, o Presidente teimudo insiste em nom reconhecer a sua derrota e apela aos seus opositores de direita à mesa, fustiga a esquerda, reclama ao seu próprio movimento deixar de lado o sectarismo sob ameaça de abandonar a AP, na sua birrinha retoma a reeleiçom indefinida, quando os seus assembleistas preparam reformas constitucionais nesse sentido, enfim, cólera dum aprendiz de ditador. Estes resultados significam que já nom som a força hegemónica. Nom há dúvida que temos um novo cenário político no país, que introduz elementos ideológicos importantes, um cenário favorável para recuperar o direito à resistência e a vigência dos direitos humanos no Equador. A Unidade das esquerdas tem um repto importante, ser a alternativa!


Nas últimas semanas a opiniom pública conheceu importantes revelaçons de meios internacionais sobre a ingerência direta da comunidade de inteligência do governo dos Estados Unidos nos nossos assuntos internos, com gravíssimas repercussons dentro do marco das relaçons do governo colombiano com países vizinhos, assim como no desenvolvimento do conflito social e armado que a Colômbia vive. Confirmam estes documentos a grande quantidade de pronunciamentos das FARC-EP a respeito da transnacionalizaçom do conflito colombiano e a crescente dependência e servilismo das forças armadas do Estado colombiano ao aparelho militar estadunidense. Quando assinalamos e denunciamos este facto já há uns quatro anos, fomos tachados de fantasiosos, de exagerados e até de dinossauros: o discurso anti-imperialista ?enfatizavam alguns?, é algo caduco e sem apoio no mundo atual. Porém, agora, a crua realidade ratificanos e volta a pôr as cousas na sua medida objetiva: o aparelho militar colombiano nom é mais que umha engrenagem dentro da maquinaria de guerra dos EUA, demonstrando-se que a insurgência colombiana nom combate simplesmente a um inimigo, mas sim ao imperialismo mais poderoso que tenha existido sobre a face da Terra.

Neste sentido, é justo e necessário ressaltar um elemento central das revelaçons em mençom. A maneira em que se implementou a tecnologia que permite a realizaçom de bombardeios aéreos georreferenciados a acampamentos das FARC-EP utilizando tecnologia de última geraçom, contra guerrilheiros sem nengumha possibilidade de resposta ou de defesa. Fai-se mençom ao papel reitor da embaixada estadunidense em Bogotá dentro de todo este processo, assim como a complexa atividade da comunidade de inteligência do mesmo país dentro do território colombiano. Porém, o mais indignante das r e ve l a ç o n s é q u e , u m h a ve z implementada a tecnologia da qual falamos, a CIA atribuiu-se o monopólio do conhecimento dos mecanismos de encriptaçom das bombas, e o governo colombiano, submisso, aceitou, ocultando essa decisom ao povo colombiano. Na linguagem simples, isto quer dizer que os bombardeios só podiam realizar-se se havia expressa autorizaçom da Agência Central de Inteligência, CIA. O denunciado polo Washington Post dá conta do irrefutável caráter dependente dum exército mercenário que, cada vez mais, perde o seu caráter nacional e assume um papel de lacaio e de peom de xadrez no marco do plano de dominaçom do Império. Entregar o comando das operaçons militares a um exército estrangeiro e ocultá-lo ao país durante anos é um delito de Lesa-Pátria, é umha infámia

que mancha a nossa soberania e independência e constitui delito de traiçom à pátria. Nem sequer Chiang Kai Shek, um presidente títere da chamada China nacionalista, aceitou a entrega do monopólio da direçom das suas tropas em plena guerra contra o Japom, quando, no verao de 1944, o presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt solicitou a transferência do comando das suas tropas para o general Stilwell, com o argumento de que os Estados Unidos estavam abastecendo-os. A resposta de Chinag Kai Shek foi a expulsom e a solicitaçom de retorno do general Stilwell a Washington. Sob essa direta ingerência estrangeira, morrêrom heroicamente os nossos camaradas Raúl Reyes, Jorge Briceño, Martín Caballero, Acacio Medina e dezenas de outros guerrilheiros mártires da luta anti-imperialista. Nengumha destas vitórias militares do inimigo som vitórias do exército colombiano. Som mérito da armadura militar do imperialismo estadunidense, que é o inimigo que combatemos esforçadamente todos os dias. Falsamente, o regime construiu umha matriz mediática baseada numha espetaculosidade que em nada se corresponde com o direito de pessoas, e numha falsa glória que nem é própria, nem é mostra de audácia, muito menos de capacidade militar. Todo isto tornou-se público em


momentos em que as FARC-EP desenvolvemos conversas de paz com o governo da Colômbia. Que, ainda assim, mantenhamos em alto o nosso compromisso com a paz e a busca de umha saída política civilizada ao conflito, é sinal da nossa sinceridade e altura como revolucionários. Paralelamente a isto, quase desde o início mesmo dos diálogos, e fazendo uso de “malwares” de última geraçom [programas de intoxicaçom informática e introduçom de vírus], iniciárom-se operaçons encobertas procurando infetar os computadores de contatos eletrónicos das FARC-EP, para levar a cabo operaçons de controlo e identificaçom, ao tempo em que se promovêrom intensivas operaçons de desinformaçom e de desprestígio contra os integrantes da nossa Delegaçom em Havana, utilizando correios massivos, contas falsas nas redes sociais e a ressonáncia cúmplice de alguns meios de comunicaçom. Da mesma maneira, repetírom-se s u c e s s i vo s a t a q u e s c o n t ra o s servidores das páginas web farianas, tanto da página oficial da Delegaçom como contra a da Delegaçom de Paz. A conta oficial da Delegaçom das FARC em facebook tivo que ser alterada em várias ocasions, pois a sabotagem impede o seu correto funcionamento. Ao anterior há que somar numerosas açons de aberto boicote ao processo de paz. A revelaçom que figera o Coronel Orozco, do Exército, a Álvaro Uribe, das coordenadas de extraçom dos comandantes Sergio Ibañez e Laura

Villa é umha delas. Igualmente, ocorrêrom várias tergiversaçons a alguns comunicados e algumhas entrevistas dadas polos integrantes da nossa Delegaçom de Paz, às quais se somam sucessivas campanhas “anónimas” que conseguem ampla repercussom na mídia, retomando temas batidos, como a suposta vida burguesa da Delegaçom de Paz em Havana, a campanha de desprestígio contra Santrich e Alexandra Nariño, a foto de Iván numha moto Harley-Davidson, como se isso fosse um delito, as fotos do Catamarán, ou de Ricardo Téllez em Havana, supostos escándalos sexuais por parte de integrantes desta delegaçom, ou a sua vinculaçom com as minas ilegais sem fundamento algum e o fraudulento link da revista Semana apresentando a Laura Villa como ex-guerrilheira. Cabe perguntar: Quem pode estar por detrás de todo isto? A mais recente delas dá luz sobre a origem destas campanhas de sabotagem contra a paz que o nosso p o v o a n s e i a . Re f e r i m o - n o s à campanha iniciada desde a rede de emissoras do Exército Nacional, tergiversando as declaraçons do comandante Pablo Catatumbo, integrante do Secretariado das FARCEP, numha entrevista com a jornalista Natalia Orozco. Desde as emissoras do Exército e da página web da Terceira Divisom falseia-se o conteúdo das suas declaraçons e se lhe apresenta como se se tratasse de um ex-guerrilheiro ou

desmobilizado que desfruta de privilégios em Havana, Cuba. Trata-se, pois, da corroboraçom do papel do Ministério de Defesa por trás de toda esta armadura mediática. O que nos leva à seguinte reflexom: Está o Ministério de Defesa por fora da engrenagem do governo Santos, cuja bandeira de campanha é que a paz dialogada é possível? É o ministro de Guerra Pinzón e os seus umha ilhota reacionária? Ou, polo contrário, a aposta do regime continua a ser a de seguir recorrendo a essa política de dupla via da cenoura e da porra, a de oferecer o diálogo, porém, ao mesmo tempo, torná-lo inviável, mantendo ao mesmo tempo o incremento do gasto militar e o incremento ilimitado de sua máquina de guerra, sob pena de que se firme um acordo de paz sem conteúdos. A experiência de quatro processos anteriores na busca de umha saída política ao longo conflito com as FARCEP demonstra que essa estratégia nom funciona. Isso só pode conduzir a aumentar a desconfiança entre as partes e a distanciar as possibilidades de alcançar em breve um acordo em consenso, que signifique para a Colômbia a assinatura de um verdadeiro tratado de paz em direçom a pôr fim ao longo conflito armado, que encaminhe o país polos caminhos de umha Paz estável e duradoura. Havana, 7 de janeiro de 2014


Contrasta na atuaçom do governo, quem previa a entrada em vigência do nosso cessar-fogo, umha incessante campanha d e e x t e r m í n i o c o n t ra u n i d a d e s guerrilheiras no país. Estruturas do Frente 34 em Murindó, do 53 Frente em Cubarral, do Sexto Frente no Cauca, do 29 Frente em Nariño, do Frente Policarpa Salavarrieta e a Companhia Darío Bonilla no Meta, entre outras, incluída umha força do ELN no Catatumbo, fôrom objeto de infames bombardeamentos noturnos, complementados com ametralhamentos e desembarcos de tropas profissionais.

Nesse país paradisíaco que predica o Presidente, organizaçons sociais e populares avaliárom no final de ano o assassinato impune de 26 dirigentes sindicais da CUT e de 25 integrantes da Marcha Patriótica, só em 2013, ramilhete coroado este início de ano com os crimes contra Ever Luis Marín Rolong em Soledad, e Giovany Leyton em San José

Algumhas destas brutais agressons conseguírom parcialmente os seus objetivos, porém na maioria, embora às dificuldades, os nossos guerrilheiros superárom com êxito o embate homicida do governo de Juan Manuel Santos. Começando 16 de dezembro helicópteros artilhados ametralhárom até destruir a vivenda do camponês Segundo Pascual Angulo, privado da liberdade um ano atrás, em Corriente Grande, Tumaco. Duas semanas depois a banda terrorista que se fai chamar Comando Específico do Caguán destruiu outra vivenda na vereda Jordán, de Puerto Rico, Caquetá, assassinando três civis que fôrom apresentados como guerrilheiros das FARC. As operaçons militares incrementáromse em todos os departamentos do país, ao tempo que o ministro de defesa alentava às forças armadas a avançar no seu plano Espada de Honor 2, produzindo mais e melhores resultados, e em últimas a vitória final sobre o terrorismo em 2014. Também anunciou os objetivos de adquirir 70 veículos blindados e quatro navios, modernizar os helicópteros AH60 Arpía e aumentar em 15.000 homens o pé de força policial. Do mesmo modo o Presidente Santos ao i n c o r p o ra r 3 d e j a n e i r o n o v o s helicópteros e unidades fluviais à Armada Nacional, afirmou contar com as Forças Armadas melhor capacitadas e melhor equipadas da história, as quais continuarám afortalando-se em todos os frentes, repetindo o exprimido na sua saudaçom de Ano Novo no sentido que, era graças ao seu acionar militar e repressivo que a Colômbia se tinha convertido no país das mil maravilhas.

del Palmar, assim como com a nova montagem da inteligência militar contra o professor Francisco Tolosa, no intuito do afám do regime colombiano de descabeçar umha e outra vez o movimento social de inconformidade e protesto. Também nesse breve lapso, tribunais e juízes do país anunciárom a vinculaçom de pessoal militar ao processo do crime do humorista Jaime Garzón, ordenárom a detençom de um major da Polícia na sua responsabilidade na massacre de Mondoñedo, acusárom a um major do Exército, um sargento e seis soldados um falso positivo em Vistahermosa e condenárom a Naçom à detençom ilegal e arbitrária de dous docentes de Antioquia por elementos da Polícia Nacional. Conheceu-se aliás o assassinato do soldado profissional Edinson Camelo por parte do seu superior hierárquico em Villavicencio, e fôrom sindicados a um oficial da Polícia e um patrulheiro os golpes e assassinato

de um jovem detido em Medellín. Som o tipo de factos os que o ex-Presidente Uribe considera que nom devem ser privados da liberdade os que chama heróis da pátria. O denunciado por crimes de guerra e contra a humanidade, ex-general Fredy Padilla, aspirante ao Senado nas listas apoiadas polo Presidente Santos, tivo a bem confessar o propósito oficial de materializar o fim do fim do conflito com os diálogos de Havana, em aplicaçom da velha lógica lopista de derrotar militarmente a guerrilha antes de obrigála à rendiçom na Mesa, estratégia da que se sente protagonista principal. Isso explica a atitude governamental perante o nosso cessamento o fogo e pom em evidência o que realmente significa a paz para o atual governo. 50 anos de guerra contínua provam que o final do conflito e a paz nom poderám atingir-se mediante a repressom e a f o r ç a b r u t a d o E s t a d o, c a u s a s fundamentais da confrontaçom que a alimentam num círculo infinito. Verificamos que cada vez é maior o número de colombianos que se fai consciente a esse respeito e manifesta-o abertamente. Só eles, unidos, organizados e mobilizados poderám conseguir que a oligarquia colombiana e o militarismo se detenham e aceitem examinar e solucionar as verdadeiras razons às que o povo colombiano se rebela. Este 2014 será um ano definitivo nessa direçom. As FARC-EP seguiremos apostando nas vias do diálogo e a reconciliaçom, sem que isso signifique jamais que recolheremos as nossas bandeiras de soberania, democracia e justiça social para Colômbia. Acreditamos, como Jorge Eliécer Gaitán, na consciência do povo colombiano, e dizemos como ele: seremos superiores à força cruel que fala a sua linguagem de terror através do iluminado aço letal. Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP Montanhas da Colômbia, 15 de janeiro de 2014


Umha gigantesca operaçom encoberta da CIA e da Agência Nacional de Segurança (NSA), orçamentada em milhons de dólares, permitiu que o governo oligárquico da Colômbia tenha provocado a baixa de polo menos meia dúzia de comandantes das FARC. Segundo dados revelados polo jornal estadunidense The Washington Post “peças chaves no programa tenhem sido umhas bombas teledirigidas, equipadas com GPS, cujo custo unitário é de 30.000 dólares. Estas letais armas tenhem provocado a morte do `Negro Acacio´ em 1 de setembro de 2007 e, seis semanas após, `Martín Caballero´. O operativo no que foi assassinado `Raúl Reyes´ foi desenhado da mesma forma. Segundo o Post, “a assistência secreta a Colômbia inclui interceptaçons da NSA e a iniciativa multimilionária procede de um orçamento à margem dos mais de 10.000 milhons de dólares do Plano Colômbia”.

Segundo os dados do governo de Juan Manuel Santos a abstençom nas eleiçons ao Senado e à Cámara de Representantes de 9 de março aproxima-se a 60%. Dos perto de 32 milhons de pessoas com direito a voto tam só participárom 14 milhons, um índice de abstençom de 57% nuns dados maquilhados por um regime ilegítimo. A estas cifras há que acrescentar 1.485.561 votos nulos,

842.615 sem indicar candidato algum, e 746.659 em branco. A Marcha Patriótica nom apresentou candidaturas e a esquerda oficial tivo que fazer campanha sob pressom e fustigamento militar e paramilitar, submetida a umha brutal perseguiçom, com seqüestros, torturas e assassinatos.

A ativista da Marcha Patriótica Leyla Ordoñez denunciou o caráter autoritário do governo colombiano na palestra organizada no Centro Social Lume! de Vigo polo Capítulo Galiza do MCB. No ato que tivo lugar terça-feira 7 de janeiro a militante revolucionária deu a conhecer a realidade do movimento popular no atual processo de paz na Colômbia entre o narco-governo de Santos e a guerrilha das FARC-EP.


Revoluçom Bolivariana sabotagem e a agressom militar destrutiva, enérgica deve ser a resposta de esse povo irmao e de todas as forças sensíveis e amantes da justiça a escala mundial. Apoiamos e apoiaremos toda açom ?em qualquer dos cenários atuais e possíveis? do Presidente Nicolás Maduro e do povo chavista destinada a arrancar de raiz as causas e os entes políticos e sociais responsáveis de essa inaceitável sediçom. Nada mais legítimo que defender esse processo, contraatacando em firme aos seus inimigos e aprofundando a sua orientaçom socialista.

Licenciado Elías Jaua Milano Chanceler da República Bolivariana da Venezuela Distinguido Chanceler: Sentimo-nos indignados/as perante a guerra económica desatada pola grande burguesia venezuelana e transnacional com o propósito de desestabilizar e reverter a revoluçom bolivariana, pioneira de esta nova fase na independência latino-caribenha. Desde os 23 países da Nossa América e as naçons da Europa onde o Movimento Continental Bolivariano (MCB) tem presença, consideramos o dever de acompanhar o povo de Bolívar e do Comandante Chávez na sua digna resistência contra esse nefasto desígnio imperialista.

Podem contar com o nosso MCB para todo o que for defesa patriótica e solidariedade internacional, para todo o que contribua à derrota das direitas venezuelanas, do seu componhente fascista e do programa de desestabilizaçom integral orquestrado desde Washington. Estamos no imediato em disposiçom de achegar em forma sistemática o desdobramento dumha campanha mundial solidária, em estreita relaçom com todos os fatores de defesa e avanço de esse valioso processo. Contem connosco, reafirmados/as na ideia de que com a vontade coletiva de vencer a ignomínia: NOM PASSARÁM! Em Bolívar e Chávez encontramo-nos tod@s! Narciso Isa Conde, Coordenador da Presidência Coletiva. Carlos Casanueva Troncoso, Secretário-geral. A Nossa América 14 de novembro de 2013

Se pérfido é esse plano, que mesmo contempla a

Os resultados das eleiçons municipais de onte na República Bolivarina da Venezuela confirmam a consolidaçom do processo revolucionário em curso. Os resultados preliminares emitidos polo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) constatam a ampla vitória das candidaturas das forças e organizaçons políticas articuladas no Grande Pólo Patriótico (GPP) que alarga assim a vantagem eleitoral das presidenciais de abril. Som de momento 210, mais de 75%, o número de presidências de Cámara atingidas polo PSUV e as forças aliadas, das que 13 correspondem a capitais de estados. O chavismo logrou 5.111.336 votos (49.24%) e as forças da direita 4.435.097 (42.72%). Outras candidaturas conseguírom 833.731 votos (8.03%).

taxa de abstençom, de perto de 40%. Porém a avaliaçom global é mui satisfatória pois a direita próimperialista fracassou mais umha vez na sua tentativa de derrotar eleitoralmente as forças revolucionárias e chavistas. Nom devemos esquecer que a Mesa da Unidade Democrática -que aglutina os partidos vendepátrias-, pretendêrom converter as municipais num plebiscito contra o Presidente Nicolás Maduro e a Revoluçom Bolivariana. O resultado é um novo fracasso do imperialismo ianque e os seus aliados no País. Os resultados de ontem devem servir para aprofundar na via socialista da Revoluçom Bolivariana, avançando a implementaçom do “Plano da Pátria” elaborado polo comandante Hugo Chávez.

Lamentamos que a oposiçom reacionária e vendepátrias mantenha ainda por umha estreita margem algumhas da principais alcaldias, com destaque para a Alcaldia Metropolitana e Maracaibo, e conquistara algumhas urbes tam importantes como Valencia, Barquisimeto, Mérida ou Barinas.

AGARB ratifica mais umha vez o seu apoio e solidariedade com o processo bolivariano, com o governo de Nicolás Maduro e com as forças políticas e sociais que o apoiam. Diretiva da Associaçom Galega de Amizade com a Revoluçom Bolivariana

Também transmitimos a nossa preocupaçom pola elevada

Galiza, 9 de dezembro de 2013


Revoluçom Bolivariana

O pacote neoliberal implementado polo governo de Carlos Andrés Pérez em 1989 provocou umha rebeliom popular de caráter espontáneo entre amplos setores populares de Guarenas e Caracas. O aumento do transporte coletivo e dos produtos básicos provocárom 27 de fevereiro de 1989 um levantamento do povo pobre que foi brutalmente reprimido polo governo socialdemocrata. Este estalido contra a pobreza e a exclusom social da maioria do povo venezuelano saldou-se com centenas de mortes a maos da polícia, do exército e da Guarda Nacional da IV República. Ainda sem quantificar com exatidom o número de massacrados, há fontes que elevam a 3.500 o número de mortes provocadas pola repressom. A rebeliom foi esmagada ao dia seguinte, mas representa o primeiro capítulo da Revoluçom Bolivariana em curso. 27 de fevereiro de 1989 é o dia do parto da atual Venezuela soberana, de direitos, liberdades e justiça social. Tal como afirmou o comandante Hugo

Chávez “começou o século XXI neste planeta, o século XXI no mundo começou em Caracas, começou na Venezuela, umha segunda-feira de manhá em 27 de fevereiro, abrírom-se as portas dumha nova história com o sol no abrente”. Tam só três anos após o “caracaço”, 4 de fevereiro de 1992 tem lugar a sublevaçom cívico-militar encabeçada por Hugo Chávez contra o regime corrupto da IV República. Embora nesse momento nom se atingissem os objetivos perseguidos, sim foi o catalisador da vitória eleitoral de 1998 que abriu passo à V República e ao processo revolucionário bolivariano em curso. Precisamente hoje som os mesmos que em 1989 reprimírom o povo sem contemplaçons, com fusis e balas, após tentar aplicar um brutal programa neoliberal seguindo ditados do FMI, que pretendem reinstaurar esse regime. Desde aqui, desde a Galiza internacionalista e rebelde, queremos denunciar o golpe de estado que a direita vendepátrias com apoio do imperialismo está implementando na Venezuela, visando derrubar o legítimo governo de Nicolás Maduro, democraticamente

eleito em abril de 2013. Hoje quem protesta nom é o povo pobre nem as massas trabalhadoras. Quem hoje emprega a violência para desestabilizar o país e provocar um confronto civil que justifique umha intervençom imperialista, som os setores acomodados, a burguesia que pretende destruir as grandes conquistas sociais, laborais, a independência e soberania conquistada pola Revoluçom Bolivariana. Nom permitamos que a Venezuela se converta num novo Chile! Nom permitiremos que o imperialismo e os seus aliados locais voltem a governar a Ve n e z u e l a . N o m v o l t a r á m ! A solidariedade com a Revoluçom Bolivariana é a nossa maior e melhor arma para desmontar tanta manipulaçom, tanta mentira. Pátria ou morte! Viveremos e venceremos! Chávez vive, a luita segue! Galiza, 27 de fevereiro de 2014


Revoluçom Bolivariana

A Venezuela bolivariana e o governo de Nicolás Maduro confrontam a arremetida imperialista mais forte desde que o comandante Chávez faleceu, umha tentativa insurrecional de tomada do poder político, ordenada por Washington e executada polo setor mais radical da oligarquia venezuelana, apoiada por umha campanha mediática internacional sem precedentes na revoluçom. A decisom política de passar à ofensiva na Venezuela é parte de um plano do império que nom se iniciou neste 12 de fevereiro, mas há vários anos, com a tentativa de isolar a revoluçom no contexto latino-americano e recuperar o controlo do seu “pátio das traseiras”, com avanços eleitorais e golpes bem sucedidos ou frustrados, como os casos das Honduras e do Paraguai, México, Panamá, Chile, Colômbia, (criando a Aliança do Pacífico). Paralelamente, intensificou a campanha mediática e desestabilizadora na Venezuela, apoiando o setor “eleitoral” da direita, investindo grandes somas nas últimas 4 eleiçons, com Capriles à cabeça e umha aliança instrumental de todos os setores da direita (MUD). Neste sentido, o império deu luz verde ao setor que pola via constitucional democrática propunha que era possível terminar con o governo, embora paralelamente estivesse formando, financiando e coordenando um grupo mais radical do espetro político, um destacamento juvenil e radical (Javu) no partido Voluntad Popular de Leopoldo López e os seus aliados (María Machado, Antonio Ledesma, Julio Borges entre outros). A morte do Presidente Chávez levou

esse setor à conclusom de que o momento de passar à ofensiva total tinha chegado, jogam com as eleiçons de 14 de abril, obtendo umha altíssima votaçom e gerando um clima de desestabilizaçom (ensaio insurreccional) de 3 dias que gerou vários mortos e desatou o acionar das suas forças mais reacionárias, com um saldo de vários mortos, feridos e danos à propriedade, a sua capacidade de despregamento foi nacional e mui importante, mas nom concitou o apoio das classes populares ou de um setor do chavismo que se tinha restado ou somado à votaçom da direita 14A. Portanto, decidírom o repregamento tático das suas forças, para prepararem as condiçons objetivas necessárias para passar à ofensiva mais adiante e nom perder o capital eleitoral conseguido até aí. O império compreendeu que atacar o chavismo e a imagem do comandante Chávez era contraproducente e só gerava mais coesom interna à volta de Nicolás Maduro e do governo bolivariano (os filhos de Chávez e continuadores da sua obra); portanto, a guerra económica devia intensificar-se para gerar maior descontentamento na populaçom dos setores médio e baixo, como base de sustento do chavismo, aproveitando as deficiências e contradiçons internas da revoluçom bolivariana. A ordem ao empresariado foi clara e radical: afogar a economia venezuelana a partir do mês de setembro de 2013, para que esse descontentamento se expressasse eleitoralmente no 14D, convocatória que foi definida pola oposiçom como um plebiscito. Nos planos da direita, a perda de parte da

sua votaçom histórica polo chavismo sentaria as bases para convocar umha saída insurreccional. Porém os resultados eleitorais nom fôrom os esperados pola direita e o chavismo voltou a triunfar, mas a votaçom da direita dará umha viragem face o setor mais radical representado por Voluntad Popular. Isto provoca um deslocamento dos setores mais moderados da via eleitoral, encabeçada por Capriles, adecos e copeyanos, impondo-se a via insurrecional de Leopoldo López, María Machado, Antonio Ledezma e outros, entregando um papel protagónico a setores ultra-direitistas do estudantado universitário e ativando umha série de tentativas a partir das chamadas marchas autoconvocadas sem maior éxito até se produzirem os primeros factos em Mérida e Táchira, que lhes dérom base para reformular “a saída, vai-te já” invocada por López e Machado 23 de janeiro. Finalmente acho necessário pontualizar alguns elementos que fam acelerar este apelo e agenda de protestos por parte dos EUA e dos seus fantoches na Venezuela: 1º.- Eles constatam um debilitamento do governo bolivariano e na capacidade de conduçom de Nicolás Maduro, junto a debates internos que transparecem contradiçons no seio das bases e do governo quanto a como confrontar a oligarquia e qual é o modelo a construir nesta fase do processo. Um debate aberto nas bases e nas redes sociais, onde se evidenciam tendências no chavismo, desde os mais radicais até os mais pragmáticos, desde os que proponhem uma ofensiva face a profundizaçom do socialismo e os que defendem um capitalismo de Estado e


Revoluçom Bolivariana negociaçom com parte da direita política-económica (como fim em si mesmo ou tática para ganhar tempo e consolidar-se políticamente até as próximas eleiçons em fins de 2015).

desesperaçom por anexar recursos geoestratégicos. Considerando o papel da Venezuela nos recursos energéticos, isso situa-a como prioridade nessa ordem.

2º.- Se se dava tempo ao chavismo, este poderia consolidar-se e passar depois a umha ofensiva gradual de profundizaçom e as correlaçons de forças mais radicais, dentro das quais poderia ganhar peso no próximo congresso do PSUV, pautado para entre os meses de março a julho do presente ano. 3º.- Na ordem económica, as aproximaçons do governo com o setor empresarial poderiam estabilizar um tempo a economia enquanto se injetam novos recursos para diversificar a produçom-importaçom e estabilizar o fornecimento (Convénios fundos chineses, russos e outros).

6º.- A crise económica do império agrava-se e a sua ofensiva face a Líbia, Siria, Irám, Ucránia demonstra a sua

Desde esse momento e até agora a agenda da direita e o liderato da mesma, está marcada polo setor neofascista insurrecional, -com o apoio incondicional do Departamento de Estado Norteamericano-, os quais tenhem rejeitado participar das mesas de paz, arrastando ao resto da direita con eles através da pressom e a coaçom, ameaçando aos dirigentes, parlamentares e alcaides do seu setor, para que nom participem de nengumha aproximaçom com o governo. O mesmo passa no setor estudantil de direita com o saldo até o momento de mais de 30 mortos e uns 200 feridos. A maioria destas vítimas da violência som produto das açons violentas do fascismo. Por outra parte a direita económica representada por Fedecámaras, Fedeindustria e outros, mantem-se nas Mesas de Paz económicas.

4º.- O empresariado (Fedecámaras e outros) confrontam a disjuntiva de manterem a sua ofensiva (guerra económica derrotada em 2014 ) com os custos económicos e a possibilidade de serem expropriados, conduzindo à radicalizaçom do modelo económico venezuelano ao dialogarem com o governo para obter umha maior estabilidade económica, aumentando os seus lucros (a experiência do golpe de 2002 e a paralisaçom patronal provocárom neste setor enormes perdas e altos custos que tivérom que assumir sós. Considerando que nas últimas derrotas eleitorais da direita esta estratégia é derrotada (14D), som empurrados ao pragmatismo e a nom se envolver em tentativas insurreccionais como a proposta, incorporando-se ao apelo do governo a um dialogo e às mesas de Paz. 5º.- Na ordem internacional, a última cita da CELAC em Cuba, a influência da Venezuela na Unasur, Mercosur, PetroCaribe, ALBA, significam um revés e isolamento da política norte-américa na regiom (exemplo disto é a recente reuniom na OEA, onde tentárom, através do Panamá, condenar a Venezuela e invocar a carta democrática para avalizar umha intervençom, recebendo umha derrota histórica de 29 a 3 (EUA, Canadá e Panamá). A a Venezuela recebe um amplo apoio na Unasur a 12 de março em Santiago do Chile, e acorda-se uma missom de acompanhamento aos diálogos de Paz que promove o governo bolivariano.

mantenhem-se nuns 18 municípios do país num início, reduzindo-se a 6 ou 8 na atualidade.

A Força Armada Nacional Bolivariana tem-se mostrado coesa, constitucional e rejeitando qualquer aventura golpista, apesar dos apelos e pressons que recebe por parte de atores de direita. Tem ratificado a sua lealdade ao governo bolivariano e ao presidente Nicolás Maduro.

O processo insurreccional de golpe brando que se intensifica a partir de 12F, denota umha subvaloraçom deste setor, pois considerou-se que a agenda e diálogos a partir de 14D com setores da derecha teriam feito gorar a saída violenta ou ao menos isolar ao grupo mais fascistoide e radical da MUD, descuidou-se Caracas o 12F e permitiuse-lhe despregar um plano violento a este setor com os mortos e violência inusitada em Caracas, ativando umha fase nacional de “guarimbas” já planificadas e coordenadas em várias capitais estadais, que segundo a planificaçom da direita culminariam 18F com um golpe segundo planteja o jornalista José Vicente Rangel, que até o dia de hoje com distintos níveis de intensidade e graus de violência

Quanto aos setores populares organizados e às bases chavistas, tenhem-se mantido em movimentaçom pacífica de rua, em apoio ao processo e ao governo bolivariano, cerrando fileiras perante o inimigo de classe. Os setores populares percebem o “protesto” como umha açom da oligarquia com fins políticos que nom os representam, repudiando os factos de violência, “os coletivos” revolucionários tenhem-se mantido com umha forte disciplina e nom tenhem caído na provocaçom do confronto e da guerra civil, mantendo-se mobilizados nos seus territórios e em alerta perante qualquer mudança de situaçom. A unidade e coesom interna das fileiras do chavismo, PSUV, aliados do GPP, Coletivos revolucionários e bases do povo chavista será determinante para confrontar o inimigo contrarrevolucionário neofascista. É por isso que torna necessário passarmos à ofensiva, em todas as frentes de luita, com disciplina, unidade de açom e comando único. O fascismo derrota-se com o povo nas ruas, a revoluçom bolivariana defendese com unidade e luita!


Revoluçom Bolivariana

O antigo teatro Rosalia de Castro de Vigo -atualmente auditório do centro cultural Garcia Barbom-, vibrou ao som da música solidária na tarde do passado sábado 15 de março. Eram pouco mais das 19.30 horas quando após soar os acordes dos hinos nacionais da República Bolivariana da Venezuela e da Galiza dava início a homenagem nacional galega ao comandante Hugo Chávez, organizada pola Associaçom Galega de Amizade com a Revoluçom Bolivariana (AGARB) e polo Consulado da Venezuela em Vigo.

A iniciativa patriótica e internacionalista contou com a presença da representaçom consular da Argentina, Cuba e Uruguai na Galiza, e de representantes das quatro entidades colaboradoras: CIG, Associaçom de Amizade Galego Cubana Francisco Villamil, Mar de Lumes e o Capítulo Galego do Movimento Continental Bolivariano, assim como das aderidas: AGIR, BNG, BRIGA, COG, Comités, Galiza Nova, Isca!, Liga Estudantil Galega, Lume!, Movimento Galego ao Socialismo, NÓS-Unidade Popular, PCPG e Primeira Linha.


Revoluçom Bolivariana

Infelizmente no nosso país umha parte da comunidade venezuelana residente na Galiza está enquadrada em posiçons golpistas e de extrema-direita. Estes grupos, articulados sob diversas siglas, som responsáveis do show mediático da falsa greve de fame realizada durante uns dias frente o Consulado da Venezuela em Vigo, e da sabotagem da propaganda da AGARB na comarca de Vigo nas semanas prévias ao concerto de homenagem ao comandante Hugo Chávez. Por meio das redes sociais convocárom na tarde do passado sábado umha concentraçom frente o busto de Simón Bolívar na rua Venezuela de Vigo, que pretendia chegar em manifestaçom até o auditório do Garcia Barbón para evitar a realizaçom da homenagem nacional à Revoluçom Bolivariana. Já temos identificados parcialmente o núcleo mais recalcitrante e intolerante deste grupúsculo violento. Hoje publicamos a fotografia de Javier Pascual Bautista, quando após insultar e coacionar às pessoas que acediam ao concerto, tentava penetrar pola força nas instalaçons do Garcia Barbón visando rebentar a iniciativa patriótica e internacionalista organizada pola AGARB. Também através das redes sociais chegam insultos diários contra a nossa Associaçom, baixo os nomes de Alba Rey, Jonathan Sandoval Acuña ou Javier Madrigal Priegue continuam a sua campanha de desprestígio.


AGIR, organizaçom do estudantado da esquerda independentista, quer manifestar a sua satisfaçom polo sucesso desta jornada nacional de greve estudantil, que logrou atingir um amplo seguimento do alunado galego e sacou às ruas a milhares de jovens para deter este novo ataque do governo espanhol contra a educaçom pública galega. O sucesso desta greve nacional convocada por parte das organizaçons estudantis da esquerda nacionalista e independentista galega, demonstra a enorme capacidade do estudantado galego auto-organizado para ser o principal protagonista da luita estudantil na Galiza. Sem imposiçons e ritmos alheios à nossa realidade nacional, hoje demonstrou-se que é o estudantado galego quem deve manter a iniciativa e construir desde parámetros nacionais e populares a futura escola galega, pública e nom patriarcal. Mas nom só, hoje também se tem constatado a crescente combatividade de amplos setores de estudantes que veem como o seu futuro se vai degradando cada dia e se vai definindo a base de leis e decretos criminais que nos condenam a umha vida de miséria, a umha vida sem educaçom nem sanidade pública, sem trabalho nem vivenda, sem voz nem consciência, a umha vida em definitiva, que nem pedimos nem aceitamos. AGIR tem desenvolvido umha intensa campanha agitativa nas semanas prévias a esta jornada de greve em que espalhamos a nossa mensagem de rebeldia e chamamos o estudantado galego a combater sem evasivas a quem

pretende reforçar a opressom de classe, das mulheres e dos povos também através do ensino. “Há que combatê-los” rezam os nossos cartazes. E AGIR nom acredita em mensagens vazias de conteúdo, nom acredita em discursos incendiários e práticas cómodas e timoratas, nom acredita em rebelions e combates no papel, e condenas e criminalizaçons na prática. AGIR representa a organizaçom estudantil dum projeto revolucionário que em chave nacional, socialista e feminista, leva anos defendendo as ruas como o indiscutível epicentro das conquistas populares do povo trabalhador galego, e assim o seguiremos fazendo. É por isso que nom podemos nem queremos condenar nem criminalizar formas que nós mesmas/os defendemos e praticamos, nom podemos nem queremos condenar e criminalizar o estudantado galego mais consciente e disposto a combater os contínuos ataques que esta ditadura de Espanha, o Patriarcado e o Capital dirige contra nós. Muito ao contrário, AGIR parabeniza-se da combatividade e resoluçom mostrada por centenas de jovens, principalmente nas ruas de Compostela e Vigo, e solidariza-se com as dúzias de moças e moços que hoje fôrom identificad@s, sancionadas, detidas ou insultadas retirando-lhes as bandeiras da pátria, por defender um ensino galego, público e nom patriarcal. A LUITA É O ÚNICO CAMINHO! HÁ QUE COMBATÊ-LOS!


Forte foi a polémica que se desatou após a última greve estudantil galega do passado 20 de fevereiro, e para quem ainda nom saiba dela, já lhe avanço que nom, que as causas nom fôrom a detençom e identificaçom arbitrária de centenas de jovens, nem a infiltraçom de agentes policiais à paisana dentro das manifestaçons para perseguir a combatividade estudantil e nem tam sequer a criminosa retirada por parte da polícia espanhola de bandeiras da pátria. A polémica de que estamos a falar veu desatada pola implementaçom de formas de luita mais combativas que o formato de manifestaçom “pacífica” ao que estamos tristemente habituadas. E nom, essa polémica tampouco foi promovida e potenciada só por parte da imprensa burguesa, como caberia esperar, mas tivo como principais protagonistas àquelas/es que fam parte de projetos políticos que dim aspirar a liderar um processo de emancipaçom nacional e social da Galiza. Desde as críticas por nom “adaptar-nos ao momento nem ao contexto” até as que continuam imóveis e repetitivas apelando à “manifestaçom pacífica”, fôrom diversas as fórmulas que pudemos ouvir ou ler, mas mui unánime a mensagem transmitida: a combatividade está fora de lugar, e de nom está-lo, este nom era o momento... e tampouco o contexto. Porém, afirmam, nom criminalizam o estudantado que pujo em prática esses métodos de intervençom, apenas o acusam de conformar umha minoria violenta, infantilista, cheia de testosterona e individualista que com a sua “fascinaçom” pola violência deslustrou um sucesso de convocatória de greve. Ficando pois clara a inexistência de qualquer tentativa de “criminalizaçom” contra aqueles setores do estudantado mais combativo, cumpre que quem sim acreditamos na adequaçom das polémicas práticas ao contexto concreto da situaçom concreta, valoremos um par de importantes questons. A primeira delas é a automática teima de considerar “minorias” a quem intervém dum modo distinto ao desejado e promovido por umha determinada organizaçom. O facto de que se considere inapropriado desenvolver dinámicas que se extralimitam timidamente por fora das estreitas margens que impom a burguesia, nom devera impedir a capacidade para reconhecer umha realidade que é facilmente constatável e que se assuma o coerente e responsável papel de nom agir como cúmplice da imprensa sistémica, ajudando a esta na sua tarefa de manipulaçom. O certo é que temos a sorte de contar com amplo material gráfico e audiovisual que mostra às claras como nom

podemos falar de minorias comparando a quantidade de jovens participantes das modalidades de protesto mais conseqüente com a totalidade do estudantado manifestante. E também se mostra às claras, como entre esses setores de estudantes, há umha elevada percentagem de mulheres que demonstram que a combatividade nom é consequência duns maiores níveis de testosterona e que a violência nom é biologicamente consubstancial ao homem. E esta tergiversaçom dos factos engancha com a segunda questom que quigera abordar. Estamos de acordo em que é umha tarefa fundamental por parte das e dos que nos autoproclamamos revolucionárias, fazer um correto diagnóstico da realidade que pretendemos transformar. Evidentemente as interpretaçons podem ser mui diversas, mas se nom tiramos os óculos de veludo que nos impedem ver a predisposiçom para a luita de importantes setores de juventude galega de extraçom popular, temos alta probabilidade de fazer umha interpretaçom errada. E nom só isso, senom que também teremos umha alta probabilidade de dar umha resposta incorreta às tendências observadas. E neste ponto sim considero um importante erro que forças políticas e entidades juvenis e estudantis enquadradas em projetos que se auto-definem emancipatórios, mostrem tanta preocupaçom em elaborar argumentaçom que deslegitime métodos de intervençom mais combativos dos habitualmente utilizados, e contribuam para servir de muro de contençom da crescente rebeldia juvenil. E nom só rebeldia juvenil, mas rebeldia inicialmente bem focada, e que quem desde o trabalho de base, quem também assistimos a assembleias, colagens e repartos, e fazemos parte consciente e comprometidamente dum projeto revolucionário de emancipaçom nacional e social de género, devemos contribuir a dirigir certeiramente contra o nosso inimigo comum. E remato aqui lembrando Lenine quando alertava dos problemas que supom que um partido revolucionário esteja atrasado em relaçom com o ascenso das massas, que se revele incapacitado e “pouco preparado para cumprir as gigantescas tarefas” tanto no plano teórico como no prático que nesses intres som tam necessárias para organizar o espontaneismo e encaminhá-lo à tomada do poder. Nom podemos nem devemos, pois, esperar a que essa rebeldia fique diluída na inércia do espontaneismo, os e as revolucionárias temos a responsabilidade de agir com coerência na açom teórica-prática e tratar de dirigir dita rebeldia para a vitória.


Sem lugar a dúvidas, a greve de 20 de fevereiro contra a LOMQE, convocada polas organizaçons estudantis galegas, tivo umha resposta exitosa que há que avaliar positivamente.

popular, umha resposta sem ingerências nem dinámicas alheias à nossa realidade nacional, eis aí que está o caminho, e AGIR tem clara a necessidade de afondar nessa senda.

A iniciativa promovida e realizada conjuntamente pola nossa organizaçom junto às outras entidades galegas, conseguiu cumprir umha jornada de luita que devemos aproveitar, tensionando o combate contra as reformas educativas que vam em contra dos interesses do estudantado galego de extraçom popular.

Mas a visom pormenorizada da situaçom desta greve exigia estabelecer novos passos no combate. É assim que umha organizaçom enquadrada num projeto revolucionário como a nossa espalhou a legenda de “Há que combatê-los”. E consideramos indispensável pois, manter o máximo nível de coerência possível entre o nosso discurso e a nossa prática. É assim que AGIR nom só estivo do lado, mas também fijo parte do estudantado mais combativo, dando um passo mais face a visibilizaçom do conflito, a rutura da normalidade democrática e, também, a acumulaçom de forças que estas práticas tenhem demonstrado. Em nengum caso, a utilizaçom destes métodos dissimilou ou escureceu o éxito da greve, senom todo o contrário. As condiçons subjetivas do estudantado som mais favoráveis a estas respostas.

Após várias greves convocadas polas organizaçons soberanistas e algumha por parte de entidades estudantis de obediência espanhola, pudemos constatar na realidade que a consciência no estudantado galego contra este ataque direto ao projeto educativo que defendemos foi adquirindo um maior grau de contundência e combatividade nas ruas dalgumhas cidades e vilas do país. E para nós, que defendemos um projeto revolucionário no ámbito do ensino, obviar esta realidade seria agir em contra dos nossos princípios. Agir sem inteligência revolucionária. Estamos de acordo com que os diversos métodos de luita contra às múltiplas formas de opressom que padecemos devem estar adequados ao contexto concreto da situaçom concreta, mediante umha análise das conseqüências e inconvenientes que para um determinado projeto e para o conjunto do estudantado galego popular podam ter. Efetivamente, a situaçom é grave e a necessidade de acumular forças, nesta época de crise e ofensiva do Capital, mais urgente do que nunca. Mas achamos um erro a perspetiva unidirecional e mecánica que parte da base de que a acumulaçom de forças entre o estudantado virá de mobilizaçons estáticas que se sucedem sistematicamente. Se atendemos à realidade e o progresso da luita contra a LOMQE, observamos que o estudantado mais avançado e consciente politicamente demandava dar um passo mais na luita, avivando o confronto contra a lei Wert e o desmantelamento da educaçom pública. Intervir, pois, com dinámicas mais combativas e comprometidas nas mobilizaçons é um exercício coletivo que temos o dever de implementar se estamos observando que amplos sectores do estudantado se disponhem para dar esse passo. Nom podemos pôr freios criminalizadores ou acusadores à rebeldia de quem apenas dispomos da luita como forma de atingir melhoras. A nossa organizaçom, consciente da necessidade de dar um resposta em chave nacional à espanholista, neoliberal e patriarcal lei LOMQE, participa dumha iniciativa que se baseia na unidade de açom galega, pois achamos que este é o caminho no contexto atual e no futuro imediato, para pôr freios ao avanço do projeto nacional espanhol e do sistema patriarcoburguês. Umha resposta organizada polo estudantado galego auto-organizado e para o estudantado galego de extraçom

As reaçons nas ruas constatárom a demanda dumha radicalizaçom da luita contra a LOMQE. Em nengum caso fôrom comportamentos individualistas ou coletivos com vocaçom marginal. Em duas cidades galegas houvo um confronto de massas, que se pode constatar em imagens. Centos de estudantes galegos e galegas, que nom eram minoria em relaçom ao número total de assistentes, luitárom polos seus direitos exercendo uns métodos totalmente adequados perante a intransigência por parte de Espanha de botar abaixo umha lei patriarcal, espanholista e em prol do ensino privado. A opressom que estamos a padecer nom podia voltar a responder-se com manifestaçons que, sendo necessárias, ficavam ocultadas ante o elevado grau de autoritarismo ao que está chegando o capitalismo espanhol. Foi atuando desde a coerência com o nosso projeto político que nos enfrentamos a esta nova greve. E foi um passo mais neste combate que nom devemos desaproveitar. Consideramos que a criminalizaçom deve ficar à margem assim como achamos positivo o debate ideológico e as críticas contrutivas. Porque nom se criminalizou umha minoria, senom um projeto, umha demanda estudantil e umha alternativa legítima e necessária. Obvia-se a realidade ou teme-se avançar deste jeito. Porém, reiteramos e sabemos que a iniciativa política é primordial. Assim como também o é realizar novas jornadas de luita mantendo a unidade de açom, pois estamos certos que só assim conseguiremos os nossos objetivos e poderemos avançar face um ensino galego, público, democrático, de qualidade e nom patriarcal. AGIR manterá sempre a sua coerência revolucionária. Por isso apelamos a nom deixar cair na passividade estas novas condiçons geradas após o 20 de fevereiro. É preciso mais umha jornada de luita, em chave nacional, que volte sacar às ruas ao estudantado galego contra a LOMQE.



XVIII Jornadas Independentistas Galegas

Lenine 1924-2014 90 anos fazendo tremer o capitalismo sábado 10 de maio

Centro Social O Pichel, Compostela

11.00 horas

A juventude do projeto leninista - Luzia Leirós Comesanha, Comité Central de Primeira Linha

19.00 horas

12.30 horas

Debate: Atualidade e vigência do leninismo

Leninismo e libertaçom nacional

- Filipe Diniz, Partido Comunista Português - Carlos Morais, secretário-geral de Primeira Linha - Néstor Rego, secretário-geral da UPG - José Emílio Vicente, Movimento Galego ao Socialismo

- Maurício Castro, Comité Central de Primeira Linha 16.30 horas

Fundamentos do leninismo - Jonathan Hernández, Buró Político do Partido Comunista do México

Sede Nacional: Costa do Vedor, 47 rés-do-chao · Compostela · Galiza www.primeiralinha.org | primeiralinhagz@gmail.com | Telefone: 618 868589 twitter: @PrimeiraLinhaGZ


Edita: Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano Tiragem: 1.000 exemplares Encerramento de ediçom: 23 de março de 2014 Blogue: www.ccb-galiza.org Co-e: info@ccb-galiza.org

,, a burguesia nom forjdoeudsaór -

am h e h l e u q s a m as ar ua o j r o f e u q m o morte, sen ara h n u p m e e u q e gent o d a i r a t e l o r p essas armas: o rl Marx Ka

,,


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