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Ano XXII • N. 5.019 • R$ 0,90

BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM

Tiragem: 1.550 • 2/4/2016

Desde março a Prefeitura de Belo Horizonte não possui leitos em hospitais psiquiátricos, o que significa o fim das internações de longa permanência de pacientes com transtorno mental. Os últimos cinco pacientes que estavam temporariamente internados no anexo do Hospital Sofia Feldman, no bairro Carlos Prates, foram transferidos para uma Residência Terapêutica no bairro Esplanada, na região Leste, inaugurada para recebê-los. A capital conta com 33 residências terapêuticas distribuídas por toda cidade, com 279 moradores. Os usuários transferidos foram pacientes da Clínica Serra Verde, que encerrou as atividades em 2012. Com o fechamento da instituição, os pacientes viveram no anexo do Hospital Sofia Feldman. Segundo o coordenador da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Arnor Trindade, o momento é muito positivo para o setor no município. “Essa transferência é importante porque os pacientes passam também a ter novas oportunidades. É uma possibilidade para eles serem inseridos na comunidade e ter uma vida mais digna”, disse. Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Wilton Rodrigues

afirmou que esses pacientes agora terão um local mais adequado, sem ambiente hospitalar. As residências terapêuticas são moradias para portadores de sofrimento mental, que foram abandonados por suas famílias e pela sociedade em uma instituição psiquiátrica. Essas casas possibilitam aos cidadãos, antes excluídos do convívio social, o direito de conviver em sociedade e ter os demais direitos respeitados. A criação das residências terapêuticas segue determinação da Lei Federal 10.216, das portarias 106/01 e 3088/12 do Ministério da Saúde, e ainda as diretrizes da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial. De forma humanizada, nessas moradias eles recebem apoio de profissionais para acompanhamento de sua saúde e recebem o direito de viver fora de instituições, como os antigos hospícios. A residência terapêutica para a qual os pacientes foram transferidos é ampla, com três quartos, dois banheiros, áreas externas para convívio social, copa e cozinha. Os usuários têm o apoio de nove cuidadores que fazem os serviços e acompanham e auxiliam nas atividades diárias. De acordo com a coordenadora do Serviço Residencial

Usuários viverão em um local mais adequado, sem ambiente hospitalar e com direito de conviver em sociedade

Terapêutico (SRT), Marina Marques Soares, viver em uma residência terapêutica representa a possibilidade do reencontro com a cidade e também a possibilidade de poder ir e vir quando os usuários quiserem, de acordo com o desejo e a autonomia de cada um. “Os moradores têm a liberdade de escolher o que querem comer, vestir e assistir na televisão, vão poder sair acompanhados ou sozinhos, estudar e passear”, completou.

PBH e Conselho Regional de Farmácia fazem ação conjunta de conscientização sobre o Aedes aegypti SMSA

Últimos internos de hospitais psiquiátricos foram transferidos para uma residência terapêutica

Leila Porto

Prefeitura garante moradia digna para pacientes de sofrimento mental

Centro de Saúde Cafezal promove evento voltado para a saúde da mulher

SMSA

O Centro de Saúde Cafezal repassou diversas informações aos seus usuários em durante o evento de Promoção e Prevenção da Saúde da Mulher, realizado em março. Foram oferecidos vários serviços às mulheres, como exames preventivos, teste rápido de doenças sexualmente transmissíveis, orientações sobre saúde bucal, prevenção do câncer de mama e debate sobre a violência contra a mulher. A equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) também participou do evento, promovendo atividades sobre alimentação saudável, bordados manuais, lian gong e aulas de forró. Na área externa da unidade foram realizadas apresentações de ballet, hip-hop, dança de rua e taekwondo.

Evento contou com diversas atividades culturais e de lazer

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Gerentes da Secretaria de Saúde ministraram uma palestra especialmente voltada para farmacêuticos

O Conselho Regional de Farmácia (CRF-MG) aderiu à mobilização da Prefeitura de Belo Horizonte para o combate ao Aedes aegypti e adotou uma campanha permanente contra o mosquito. A entidade está adotando ações de incentivo aos farmacêuticos para que eles orientem os pacientes sobre os riscos da automedicação e da importância da eliminação dos criadouros em suas residências. Em março, a gerente de Assistência Terapêutica, Ana Emília Ahouagi, e a gerente de Assistência à Saúde, Taciana Malheiros Lima Carvalho, ministraram uma palestra para farmacêuticos e estudantes com o tema “A abordagem da dengue, da zika e da chikungunya no SUS-BH”. “Combater o Aedes aegypti é responsabilidade de todos. A PBH tem feito sua parte, mas precisa contar com a colaboração de todos os atores envolvidos”, disse Taciana. Ana Emília enfatizou a importância da orientação aos pacientes sobre o uso de medicamentos. “A automedicação agrava os casos. É importante orientar as pessoas sobre os perigos”, comentou. Diretora-tesoureira do CRF-MG, Gizele Souza Silva Leal reforçou para os participantes da palestra o papel crucial que os profissionais da saúde desempenham. “É fundamental que os farmacêuticos abracem a causa, não apenas dando a correta orientação sobre o uso de medicamentos, mas também estimulando os pacientes para que eles tomem as medidas necessárias para acabar com o Aedes aegypti”, comentou. “A palestra foi muito proveitosa. Trouxe informações importantes e novas. Consegui ter maior esclarecimento sobre as três doenças, as especificidades e sintomas de cada uma”, disse o farmacêutico Geraldo Augusto da Silva.

01/04/2016 18:29:51


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