Jornal Novo Tempo - Março/2022

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Palavra do Pároco Quando uma pessoa se converte, o mundo se renova!

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migos queridos, paroquianos e frequentadores da Paróquia Nossa Senhora da Glória. Eis mais uma edição de nosso Informativo mensal, o Jornal “Novo Tempo”. Vale dizer que a Igreja está vivendo o tempo litúrgico da Quaresma! Tempo oportuno para a tão necessária revisão de vida. Rever para bem caminhar. Rever para tentar acertar a estrada - e caminhar na rota do Santíssimo Redentor. Na Igreja, somos todos peregrinos e o tempo quaresmal nos possibilita a reflexão a partir dos nossos atos. Acertamos tanto, mas, de vez em quando, a fragilidade e a incoerência batem à porta. Como é bom quando melhoramos, mudamos! A vida fica mais leve e o outro também. A família agradece. A Igreja se torna mais santa. Quando um se converte, o mundo se renova! Seja você o convertido! Está disposto a aceitar o desafio? Neste exemplar do nosso Informativo, você pode conferir uma entrevista com o Pe. Torres, C.Ss.R. e o Irmão Pedro Magalhães, C.Ss.R. Dois confrades valiosos que chegaram para compor nossa Comunidade Religiosa e Paroquial. Estão a serviço e gostam de servir. Ambos dedicados à missão do cotidiano. Sensíveis e presentes. A Paróquia agradece à Congregação pelo envio destes dois missionários. Somos gratos ao Provincial de São Paulo, Padre Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R., e ao Provincial do Rio de Janeiro, Pe. Nelson Antônio Linhares, C.Ss.R. Não podemos também deixar de agradecer sua fidelidade e generosidade enquanto dizimistas. Somos uma grande família e, como tal, as despesas não são pequenas. O Redentor derrame muitas graças sobre você e sua família!

Pe. Lucio Bento, C.Ss.R.

Parabéns!

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o dia 12 de março, o formador da Comunidade Vocacional Santo Afonso, Pe. Jonas Pacheco Machado, C.Ss.R., celebra seu aniversário. E, no dia 15 de março, o Pároco, Pe. Lucio Bento, C.Ss.R. rende a Deus graças pelos seus 13 anos de ordenação sacerdotal. O Senhor os abençoe e Maria interceda sempre por eles!

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Liga Católica Jesus, Maria, José

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120 anos de Brasil. E tudo começou na Glória...

uando em 27 de maio de 1844, na cidade de Liège, na Bélgica, o Capitão Henrique Belletable e seus companheiros, o alfaiate Carlos Hacken e o carpinteiro Gilles Jongen, fundaram a chamada Associação da Sagrada Família, como foi inicialmente denominada, tinham como principal preocupação a indiferença religiosa, fruto malfadado do século das luzes, e do capitalismo desumano que se instaurou com a dita Revolução Industrial, que a esta altura atingia sobretudo as grandes massas operárias. O próprio Capitão Belletable provou dos dissabores do indiferentismo, em que pese a sólida formação religiosa que recebeu da família, vivendo uma vida frívola e libertina. Sua conversão se deu precedida de uma grave crise de consciência, resultado do trabalho da Graça Divina na alma do militar sua mudança de vida. Convertido, Belletable compreendeu que não podia ser católico somente para si e passou a lutar para que a vida das pessoas ao seu redor também se modificasse. Uma vez que havia dirigido uma fundição de canhões, não podia deixar de se sensibilizar pelos problemas vividos pelos operários, que entregavam-se ao alcoolismo e toda sorte de vícios, vivendo longe da religião e não se preocupando com a educação dos filhos. Surge assim, em seu coração, a inspiração para a criação de um movimento que, centrado na espiritualidade da Sagrada Família, buscasse resgatar as massas operárias para a vivência da fé e a prática religiosa, melhorando assim suas condições de vida. Desde o seu nascedouro, a Associação da Sagrada Família contou com a assistência dos Missionários Redentoristas belgas, em especial do Pe. Vitor Isidoro Dechamps, mais tarde Arcebispo de Malines e Cardeal Primaz da Bélgica. Em 1847, a obra fundada por Bel-

letable e seus companheiros teve seus estatutos aprovados por Dom Cornélio van Boomel, bispo de Liège, que inclusive tornou-se membro honorário da “Santa Família”. Belletable, no entanto, faleceu em 1855, aos 42 anos de idade, sem ver sua obra, que a pedido do já Cardeal Dechamps, foi elevada, pelo Papa Pio IX, à categoria de Arquiconfraria em 24 de abril de 1873, entregando-a aos cuidados dos Redentoristas, com o objetivo de a orientar e a propagar por todo o mundo. Ainda no século XIX, a obra que nasceu da conversão de Henrique Belletable na Bélgica, alcançou diversos países da Europa. Atravessou o Atlântico chegando aos Estados Unidos e Canadá, passando pelas Antilhas, alcançando o Equador e o Chile. Atingiu, ainda, diversos países da África e chegando à Austrália e Nova Zelândia. Tudo isso graças às Missões Redentoristas que tiveram na associação um importante instrumento de perseverança de seus frutos.

A semente de Belletable é plantada na Terra de Santa Cruz

Quando, em 1893, chegaram os primeiros Missionários Redentoristas ao Brasil, os Padres holandeses Mathias Tulkens e Francisco Lohemeyer, o país encontrava-se com sua recém “proclamada” república e dominado pelas ideias positivistas, filosofia que, inspirada na crença do progresso contínuo da humanidade, afasta toda e qualquer religião ou crença na existência de um deus celestial, centralizando todas as suas razões no humano. Muito mais do que promover a separação da Igreja e do Estado, uma comunhão que já vigorava no Brasil há praticamente quatro séculos, o governo republicano positivista propunha a dita “religião científica” como fonte de progresso em substituição ao catolicismo.

Nathan Ramalho dos Reis

O ambiente político ideológico não poderia ser mais propício para que a obra de Belletable fosse difundida em nosso país, afinal, o Brasil, que nasceu sob o signo da Santa Cruz, estava ameaçado em sua essência que sempre foi profundamente cristã. Como não poderia ser diferente, ao pregarem suas missões, os Redentorista preocupavam-se em implementar os meios para que os frutos de seu trabalho não se perdessem nas almas que tocavam, e a Associação da Sagrada Família era um instrumento providencialmente válido nesse sentido. Após pregarem a primeira Missão Geral na Paróquia de Juiz de Fora, durante a segunda quinzena de março de 1902, os Missionários Redentoristas, sob a direção espiritual do Padre Thiago Boomars, fundaram no dia 31


Celebração das Bodas de Prata da Liga Católica - 1927 daquele mês, na antiga “igreja dos alemães”, como era conhecida a primitiva Capela de Nossa Senhora da Glória, a primeira unidade da Associação da Sagrada Família em terras brasileiras. Agregando membros de diversas classes sociais, era composta de modo especialmente expressivo pelos imigrantes germânicos e seus descendentes, que, trazidos pela Companhia União e indústria, empresa de iniciativa do comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, formaram a antiga Colônia Dom Pedro II. Uma peculiaridade, porém, se dá nesta fundação. Ao ser transplantada para a Terra de Santa Cruz, a obra do capitão Belletable é batizada como Liga Católica Jesus, Maria, José.

O crescimento e a consolidação da Liga Católica Jeus, Maria, José

Conforme as Missões Redentoristas iam acontecendo, várias novas unidades da Liga Católica iam surgindo, como forma de perseverança dos frutos oriundos do trabalho desenvolvido pelos filhos de Santo Afonso nas localidades por onde passavam. Não apenas nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, que eram assistidos pelos missionários holandeses, mas também São

Paulo, assistido por Redentoristas de origem alemã, e outros estados passaram a contar com a associação fundada pelo capitão Belletable. As atividades desenvolvidas pela Liga Católica desde sua origem foram muito dinâmicas. Na Igreja da Glória, por exemplo, além das reuniões habituais, havia uma banda de música e apresentações de piedosas peças teatrais. Os músicos e atores leigos eram todos liguistas. Também diversas foram as romarias que os integrantes do movimento fizeram ao monumento ao Cristo Redentor, localizado no Morro do Imperador, ao Santuário do Bom Jesus, em Congonhas (MG), e ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. O movimento da Liga Católica Jesus, Maria, José deve, no entanto, seu crescimento no Brasil, além do trabalho desenvolvido pelos próprios liguistas e de incontáveis padres, não apenas redentoristas, a duas destacadas figuras: o Pe. João Batista Smits, redentorista holandês, e a Dom Sebastião Leme, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro. Padre João Smits foi o primeiro diretor geral da Liga Católica e, sob sua incansável liderança, a associação chegou a incontáveis e longínquas localidades. Dom Sebastião Leme, por

sua vez, foi o melhor amigo e maior propagador da Liga Católica no Brasil, tendo inclusive declarado que uma paróquia para se considerar completa deveria contar com uma unidade da obra iniciada por Belletable. Dom Leme foi o grande articulador da reaproximação entre a Igreja e o Estado e da recuperação da influência católica junto à sociedade civil. Em todas as suas atuações nesse sentido, sempre contou com a contribuição dos liguistas, como na escolta da imagem de Nossa Senhora Aparecida durante seu traslado até o Rio de Janeiro, capital federal, em 31 de maio de 1931, quando foi coroada Rainha do Brasil após ser proclamada padroeira principal da nação, e na ocasião da inauguração ao monumento do Cristo Redentor, no Corcovado, em 12 de outubro do mesmo ano. Sob essas duas lideranças, o Brasil se tornou o maior país Liguista do mundo, superando inclusive a Bélgica onde a associação surgiu. Devido a esse grande crescimento, tornou-se necessário o estabelecimento no Brasil de uma Sede Primária para a Liga Católica, como a existente em Liège, onde foi fundada, a fim de agregar todas as unidades da associação no país. A Liga Católica da Igreja


de Santo Afonso, no bairro carioca da Tijuca, por ser a mais expressiva em número de membros e, à época, estar situada na capital do país, recebeu, através da concessão de Breve Apostólico, datado de 14 de novembro de 1922, o status de Liga Primária, com a faculdade exclusiva de agregar todas as unidades no Brasil.

Padre Edson Alves da Costa. Ele destaca a atualidade do lema “Ora et Labora” (orar e trabalhar), hoje não só tarefa dos homens, mas de toda a família, em busca de sua santificação. Na Paróquia da Glória, a Unidade da A Liga Católica se reinventa Liga Católica é lideraCom as transformações ocorridas na Igreja Católica a partir do Concílio Vati- da por Dionísio Ancano II, na década de 1960, a Liga Cató- tônio Netto de Castro, lica passou por reestruturações, a fim de liguista desde 1981, melhor dialogar com o mundo e atingir quando, recém-casado, foi convidado seu maior objetivo: a vida familiar. Dia Internacional do Liguista - 2019 Nesse sentido, não havia mais mo- por seu sogro, Nelson Inácio de Mendonça, a tivações para a admissão exclusivade Deus àquele que dela precisa. mente masculina de membros. Sob a participar da associação. Dionísio, com Sua entrada na Liga Católica foi sedireção espiritual do Padre Mário Fer- seus 40 anos de caminhada no movi- guida da de seus pais, Denise e Elídio. reira, C.Ss.R., a Liga Católica foi aberta mento, tem a alegria de contar com a O casal destaca que o grupo incentiva a participação feminina, tornando-se, participação da esposa Maria Luiza e a vivência cristã de seus membros e assim, uma associação católica voltada do filho Gustavo ao seu lado. Ele des- evangeliza as famílias, dando testemutaca que a Liga foi para si uma “escola nho de perseverança, humildade, orapara toda a família. Atualmente as diversas unidades da divina” e deixa a todos uma mensagem ção e caridade. Denise e Elídio falam Liga Católica encontram-se agrupadas de otimismo e um convite: “Não vamos da gratidão que sentem, enquanto faem níveis diocesanos ou arquidiocesa- ser apenas cristãos de vir à Missa. Te- mília, quando, junto com a Liga, visinos nas chamadas federações, sendo a nhamos coragem de aprofundar a prá- tam idosos em asilos. “Deixamos um unidade de nossa Paróquia a sede da tica religiosa e a vida em comunidade pouco do nosso amor e carinho nesse Federação que abarca as unidades dos através da Liga Católica!” trabalho missionário”, destacam. Foi a partir deste convite que o joterritórios da Arquidiocese de Juiz de A Liga Católica da Paróquia da Fora e da Diocese de Valença, loca- vem João Paulo Belozzi de Oliveira se Glória também realiza encontros menlizada no Estado do Rio de Janeiro. motivou a entrar para a Liga Católica. sais, todo segundo domingo do mês, Todas as 23 federações encontram-se, Ele nos conta que, desde criança, ad- na Sala de Liturgia, aberta a todos que por sua vez, agrupadas em torno da mirava o trabalho realizado pela as- queiram participar do movimento. Confederação das Ligas Católicas Je- sociação. Seu avô foi liguista e sempre Muita coisa mudou desde o nassus, Maria, José, situada na cidade de lhe contava as histórias dos tempos em cimento da Liga Católica em terras Campos dos Goitacazes, no norte flu- que a Liga tinha apenas a participação brasileiras, mas a associação, sempre minense. A direção espiritual nacional dos homens. Em suas palavras, a Liga contando com a parceria dos Missioda Liga Católica fica sempre à cargo de Católica atua junto à comunidade, es- nários Redentoristas, soube se adaptar um padre redentorista da Província do tendendo a mão no que for preciso, aos tempos. Rio, Minas e Espírito Santo, sendo o seja em missões ou visitas a doentes e Segundo o Padre Ronaldo Divino atual diretor, nosso recente ex-Pároco, idosos, o liguista leva sempre a Palavra de Oliveira, que foi o diretor nacional da Liga Católica entre os anos de 2001 e 2005, muitas resistências foram vencidas e muitas adaptações foram feitas para que ela pudesse, ainda hoje, dialogar com as famílias cristãs e ser um ponto permanente de apoio da Missão Redentorista. Segundo suas palavras, a Liga Católica soube se adaptar aos sinais dos tempos e ser um importante instrumento de evangelização dentro da proposta de uma igreja “sempre em saída”, como propõe o Papa Francisco. Vida longa à Liga Católica Jesus, Maria, José! Que venham mais 120 anos! João Paulo seguiu o exemplo do avô e hoje é liguista junto com seus pais


São Clemente: pobre entre os pobres

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ão Clemente Maria Hofbauer, cuja festa celebramos no dia 15 de março, abraçou a pobreza consagrada como uma amiga de quem jamais se separou. Ele nasceu pobre, viveu pobremente e cuidou dos pobres. Jamais a vida religiosa e clerical lhe proporcionou qualquer privilégio material. Podemos afirmar que ele não precisou fazer nenhuma opção pelos pobres, porque nunca saiu da pobreza e do meio deles, com quem repartiu seus bens materiais e, principalmente, espirituais.

A pobreza em família

São Clemente foi levado a “participar da insegurança e da penúria dos pobres” desde a sua infância. Nono entre 12 irmãos, São Clemente vê seu pai falecer antes de completar 7 anos. Começou então a luta pela sobrevivência de uma família numerosa, em que os filhos tinham que envolver-se no trabalho diário para não faltar comida para todos. Teria sido a precariedade de bens a ceifar a vida de 7 dos seus irmãos ainda crianças? Mesmo sonhando em ser sacerdote, São Clemente jamais teria condições de pagar seus estudos. Já adolescente, procurou a profissão de padeiro, para dar ajuda financeira à sua família. Assim o binômio pobreza e trabalho moldou o estilo de vida de São Clemente. Como Redentorista sentiu-se “obrigado à lei do trabalho” e foi sempre um trabalhador incansável para garantir a sobrevivência dos seus confrades e dos seus pobres.

alizar seus estudos, empregou-se como padeiro em um mosteiro. Quando terminou o curso, viu-se novamente sem recursos para seguir adiante. Como ansiava entregar-se a Deus totalmente, decidiu ser eremita. Com 24 anos, começou uma experiência de eremita e de peregrino, que vai se estender por 9 anos. Essa experiência de pobreza e de insegurança o levou a uma intimidade e uma confiança total em Deus, ao mesmo tempo em que o encorajava a enfrentar as surpresas boas e ruins dos caminhos que percorria, sem nunca desanimar. Somente aos 32 anos, já adulto, conseguiu prosseguir em seus estudos, e, enfim, aos 33 anos, peregrinando mais uma vez a Roma, dá-se o encontro com os Redentoristas, o que marcou o seu ponto de chegada vocacional e o seu ponto de partida missionária. Noviciado e Ordenação se juntaram no período de um ano, e, numa reviravolta jamais prevista, São Clemente, aos 34 anos, e Pe. Tadeu Hübl partem para o norte como sacerdotes redentoristas, sem dinheiro e sem destino certo.

A pobreza em sua pastoral missionária

São Clemente inaugurou a primeira fundação redentorista transalpina em São Beno, na periferia de Varsóvia, com uma pequena igreja e uma casa muito simples. Ali os três primeiros redentoristas não italianos lançaram a semente da Congregação redentorista que mais floresceu e irradiou o caA pobreza em seu risma de Santo Afonso por todos caminho vocacional os continentes. Não lhes faltavam São Clemente viveu 69 anos, os pobres nem o ardor missiomas nada em nenhum momento nário por Jesus, mas não tinham foi fácil para ele. Teve que lutar liberdade para pregar missões muito, e somente sua fé e tenaci- populares, como na Itália. Não dade venceram os obstáculos e a se acomodaram diante dessas liprecariedade constantes. Para re- mitações e tiveram a sabedoria

de iniciar uma missão permanente na Igreja de São Beno, em que o ministério do acolhimento contínuo e das celebrações bem cuidadas se irradiavam e atraíam a todos. Na pobreza de vivenciar o carisma missionário de Santo Afonso, São Clemente achou um modo de anunciar o Evangelho com ardor sempre novo.

A pobreza como cuidado com os pobres

São Clemente “era chamado de ‘pai dos pobres‘; e de fato os pobres, os abandonados e os marginalizados encontravam nele um companheiro e um amigo sincero. Viveu junto dos pobres, sendo pobre ele mesmo, e partilhando generosamente com eles o que possuía.


Com frequência passava um bom tempo com os enfermos e moribundos, preparando-os através do sacramento da reconciliação para seu encontro com Cristo Redentor.” (Carta do Pe. Geral, 02/02/2020). Em Varsóvia, São Clemente identificou esses pobres abandonados nas crianças pobres, principalmente nos órfãos, frutos de tantas guerras. Acolheu-as como lhe foi possível e se desgastou para dar-lhes de comer, oferecer-lhes formação escolar e catequizá-las. Sua imagem batendo à porta do sacrário, pedindo comida para as suas crianças, é um ícone do seu amor afetivo e efetivo pelos pobres. Essa mesma sensibilidade ele passava à sua comunidade, para que jamais deixasse de oferecer alimento aos pobres que batiam às suas portas.

A pobreza na comunidade redentorista

A comunidade de Varsóvia de-

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pendia inteiramente do trabalho de cada confrade e dos benfeitores que a acudiam nos momentos de crise. Muitas vezes, São Clemente assumia a cozinha para preparar as refeições para seus confrades. Possuíam uma moradia pequena demais para o número crescente de membros. Mesmo assim, ainda era dividida com os órfãos. São Clemente, mesmo tendo uma comunidade internacional, com membros de países invadidos e de países invasores, manifestava uma estima muito grande pelos confrades e os julgava a todos santos. Durante as perseguições e injustiças que sofreram, S. Clemente apelou a Deus e a todas as autoridades possíveis para proteger sua comunidade. Sabemos que foi em vão e eles foram obrigados a se dispersarem. A solidariedade de São Clemente com os confrades da Itália o levava a colaborar economicamente com eles, apesar de toda a sua penúria, principalmente para que

enhor Jesus, nosso Santíssimo Redentor, vós nos destes um carisma missionário, que se enraíza no anúncio da vossa missão em Nazaré (Lc 4,18-21). Vós nos ungistes com o vosso Espírito para sermos portadores de uma Boa Notícia aos pobres e aos abandonados. E nos destes em nossos santos, como São Clemente Maria, exemplos concretos desse carisma, para nos estimular a sermos bons missionários e a nos tornarmos santos. Diante do testemunho de pobreza da vida e da missão de São Clemente, renovai em cada um de nós e em nossas comunidades a inquietação pela vivência da pobreza em todas as suas dimensões. Livrai-nos do comodismo e do individualismo, dai-nos uma grande sensibilidade diante de cada pessoa pobre e diante das injustiças sociais do nosso mundo. Fazei-nos praticar a pobreza e a partilha de todos os bens como fonte de alegria para a vida fraterna em comunidade, como empenho pelo trabalho de cada dia e como disponibilidade missionária para servir aonde formos convocados. É o que pedimos a Vós, nosso Santíssimo Redentor, por intercessão de São Clemente Maria Hofbauer. Amém!

pudessem custear a canonização de Santo Afonso. Sem dúvida, São Clemente pregou o que viveu e viveu o que pregou. Ele tinha a coragem de quem confia de que “é Deus quem dirige tudo”. Por isso, podia insistir em seu lema: “Anunciar o Evangelho de modo sempre novo!” Sua pobreza constituiu sua riqueza missionária, a partir da qual permitiu que Deus operasse maravilhas através da sua história e do seu dinamismo missionário. Sua própria morte foi seu último ato de pobreza, porque dela brotou a árvore frondosa da Congregação Redentorista em todos os cantos do mundo. Por isso, vale a pena homenageá-lo como cofundador da nossa família missionária, cujo carisma se soma e complementa o carisma fundacional de Santo Afonso. Fonte: UM SÓ CORPO, Centro de Espiritualidade Redentorista.

FESTA DE SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER 13 anos de sacerdócio de Pe. Lucio

15 de março - 19h Igreja da Glória Transmissão pelo canal do Youtube paroquiadagloria


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Sejam bem-vindos!

o dia 20 de fevereiro, durante a Missa das 10h, foram apresentados os novos membros da Comunidade Redentorista da Glória e os seminaristas que compõem a Comunidade Vocacional Santo Afonso neste ano de 2022. Pe. José Torres, C.Ss.R e Irmão Pedro Magalhães, C.Ss.R. chegaram para integrar a Comunidade da Glória, como Vigário Paroquial e econômo, respectivamente. Na apresentação do novo grupo, o Superior dos Missionários Redentoristas nos estados de MG-RJ-ES, Pe. Nelson Antônio Linhares, C.Ss.R, destacou que a convivência em comum é uma das marcas do grupo. “Somos todos diferentes, mas a consagração religiosa na Congregação Redentorista nos une. Nossos votos de obediência, castidade, pobreza, perseverança nos aproximam.”


“Fui acolhido com um carinho imenso”

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om 50 anos de idade e 24 de vida consagrada redentorista, Pe. José de Lima Torres, C.Ss.R. é natural de Palmeiras dos Índios (Alagoas). Até o ano passado, trabalhava na área de formação na Província Redentorista de São Paulo, na capital paulista. Há um pouco mais de um mês na cidade, ele destaca a hospitalidade do povo mineiro e dos confrades.

povo cristão a quem somos enviados; vou conhecer outras pessoas, outros lugares e vou morar em Minas Gerais, isso é muito bom, será um tempo rico! Vou começar outro momento da minha ação missionária em Juiz de Fora, como já aconteceu tantas vezes. Tenho certeza que vou ser feliz!” E garanto, não está sendo diferente.

- Quais suas primeiras impressões da comunidade e do povo desta Paróquia? - Antes de viajar com a mudança, os confrades me diziam que eu viria para um lugar muito especial, de gente boa e hospitaleira. Foi isso que experimentei: fui acolhido com um carinho imenso, com muita afeição, Novo Tempo - Qual seu sentimento quando soube tanto da parte dos confrades quanto do povo desta Paróquia. Por isso, adaptei-me com muita facilidade. que viria para Juiz de Fora? Padre Torres - O primeiro sentimento foi de surpre- Jesus sempre cumpre o que prometeu: “E todo aquele sa, mas procurei não ficar imaginando como seria a que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, vida nessa nova fase, porque seria impossível prever ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, e acertar. Tudo o que é novo pode assustar, mas de receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna”(Mt, imediato, pensei: “sou Redentorista, não preciso ter 19-29). Quanto à vida eterna, acho que vou aguardar medo, me sentirei em casa, junto aos confrades e ao um pouco para ganhá-la. Assim espero!

“Voltar a JF, para mim, significa voltar à origem”

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ntre idas e vidas, esta é a quarta vez que o Irmão Pedro Magalhães, C.Ss.R. reside em Juiz de Fora. Nascido em Araçuaí (MG), o Redentorista trabalhou nos últimos anos também na área de formação. Até o final de 2021, residia em Buenos Aires, Argentina. De volta à Comunidade da Glória, ele conta da alegria de estar de volta à origem de tudo. Novo Tempo - Como é retornar a Juiz de Fora depois de três anos? Irmão Pedro - Voltar a Juiz de Fora, para mim, significa voltar à origem: em janeiro de 1998, cheguei aqui para iniciar na formação Redentorista. Desde então são idas e vindas. Nesta quarta passagem por aqui, encontro uma realidade bastante diferente: muitos confrades já partiram para a Casa do Pai, outros para outras terras, assim também como tantos paroquianos. Aqui me sinto muito acolhido por todos.

- Quais as suas expectativas para esta nova etapa da missão? - A expectativa que tenho é de oferecer uma boa contribuição tanto para a Comunidade Redentorista quanto para a Paróquia Nossa Senhora da Glória. Espero poder continuar anunciando a Copiosa Redenção, agora contando com a experiência adquirida nas Províncias de Goiás e Buenos Aires, onde contribui com o Noviciado Redentorista. Que Deus continue me abençoando e acompanhando com a Sua Graça, guiando-me no caminho da perseverança e da fidelidade.


Cinzas abre o tempo quaresmal

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om a bênção e distribuição de Cinzas, teve início, no dia 2 de março, a Quaresma. Como já é tradição, a Quarta-Feira de Cinzas marcou também o lançamento da Campanha da Fraternidade 2022, com o tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”. Pe. José Torres, C.Ss.R presidiu a Missa das 10h na Igreja da Glória. Na Capela São Roque, a celebração foi presidida pelo formador da Comunidade Vocacional Santo Afonso, Pe. Jonas Pacheco, C.Ss.R., concelebrada pelo Pároco, Pe. Lucio Bento, C.Ss.R., e contou com a participação dos seminaristas.

Via Sacra

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odas as sextas-feiras, durante a Quaresma, estão sendo realizadas Via-Sacras na Capela São Roque, às 15h, e na Igreja da Glória, às 17h30. Uma oportunidade para refletir sobre a Paixão e Morte de Cristo e preparar o coração para a Semana Santa.

Pe. Torres: 50 anos de vida

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o dia 24 de fevereiro, a Comunidade da Glória se reuniu para celebrar os 50 anos de vida do Pe. José Torres, C.Ss.R. Recém-chegado à Paróquia, o sacerdote rendeu graças a Deus por toda a sua trajetória até hoje e pediu as bênçãos do Pai para essa nova etapa de vida. Ao final da Missa, celebrada na Igreja da Glória e transmitida pelo canal do YouTube da Paróquia, representantes do Conselho Pastoral Paroquial (CPP) fizeram uma bela homenagem ao Pe. Torres, que também recebeu um carinho especial dos formandos da Comunidade Vocacional Santo Afonso. Em sua primeira Missa, na Capela São Roque, no dia 26 de fevereiro, recebeu mais uma bonita homenagem.


Quaresma: eis o tempo favorável

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uaresma é tempo propício para a conversão e para a prática da caridade. A Igreja nos convida a mergulhar no mistério de Deus neste tempo de reflexão e de mudança de vida e no propõe três grandes linhas de ação: a oração, o jejum e a caridade. A prática da caridade tem como fundamento a compaixão pelo irmão que sofre. É um gesto de amor que acolhe o necessitado e ao mesmo tempo enche de luz as mãos de quem a pratica. Em Mensagem para a Quaresma de 2022, o Papa Francisco nos mostra o caminho baseado na Sagrada Escritura: “Não nos cansemos de fazer o bem, através de uma operosa caridade para com o próximo” (Gal 6, 9-10a). Durante esta Quaresma, exercitemo-nos na prática da esmola, dando com alegria (cf. 2Cor 9, 7). Deus, “que dá a semente ao semeador e o pão em alimento» (2Cor 9, 10), provê a cada um de nós os recursos necessários para nos nutrirmos e ainda para sermos generosos na prática do bem para com os outros. Se é verdade que toda a nossa vida é tempo para semear o bem, aproveitemos de modo particular esta Quaresma para cuidar de quem está próximo de nós, para nos aproximarmos dos irmãos e irmãs que se encontram feridos na margem da estrada da vida (cf. Lc 10, 25-37). A Quaresma é tempo propício para procurar, e não evitar, quem passa necessidade; para chamar, e não ignorar, quem deseja atenção e uma boa palavra; para visitar, e não abandonar, quem sofre a solidão. Acolhamos o apelo a praticar o bem para com todos, reservando tempo para amar os mais pequenos e indefesos, os abandonados e desprezados, os discriminados e marginalizados (cf. Enc. Fratelli tutti, 193).” Que possamos aproveitar esse caminho quaresmal, para compartilhar o cuidado com quem sofre, pois o “pouco” que oferecemos de coração aberto ao nosso próximo, sempre será “muito” aos olhos de Deus. Sandra Hansen Coordenadora

Veja como você pode ajudar o Ambulatório: • Doações de alimentos não perecíveis podem ser entregues na secretaria da Igreja da Glória ou na sede do Ambulatório. • Doações em valores podem ser efetuadas diretamente na conta da Instituição por depósito ou transferência bancária: Banco CEF - 104 Agência 2419 Op. 003 Conta corrente: 501236-6 CNPJ: 21.614.326/0001-89 PIX chave: 21614326000189 • Doações pelo nosso site: www.ambulatoriodagloria.org.br • Doação via PagSeguro. Sem valor mínimo. • Nossos números de WhatsApp: (32) 98816-4832 – Serviço Social e (32) 98834-2223 ( Coordenação)

Domingo Solidário 19 e 20 de março


Dízimo é assunto de família!

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ompreendemos e vivemos o Dízimo porque fazemos parte da comunidade. Quem não participa na comunidade tem grandes dificuldades para compreender a dinâmica do Dízimo… O Dízimo é o melhor meio de sustento da missão da comunidade de fé. Com ele, o dizimista vive a partilha e abre o coração para o outro. Deus não precisa do dinheiro, mas Ele quer precisar de pessoas que saibam doar um pouco de tudo que receberam (os talentos, os serviços voluntários, o tempo de atenção e de acolhimento ao outro e, também, – por que não? – os bens materiais). A frase bíblica que mais devemos aprofundar, no caso do Dízimo, é a seguinte: “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7). O critério para avaliar a qualidade de nossa contribuição não está na quantidade que entregamos, mas na intensidade que vivemos esta entrega. Determinar livremente no coração e dar sem pesar e nem por obrigação vale muito mais do que qual a porcentagem que devo entregar como Dízimo do meu salário.

Continuemos nesta experiência de sermos dizimistas com a consciência de nossa responsabilidade pela construção do Reino de Deus.

Assim, com certeza, seremos testemunhas e promotores de uma sociedade justa e solidária. Isso é, de fato, evangelizar…

Aniversariantes Dizimistas - Março 01/03

Igreja da Glória

Silvânia Maria Mourão Leandro Camerini Nogueira

02/03

10/03

Delfina Mônica Costa

11/03

Lúcia Pereira

23/03

Capela São Roque 01/03

Ephigênia Apparecida C de Lima Maria José de Paula Paiva

Roseli de Oliveira

24/03

02/03

25/03

10/03

Jacilene Oliveira do Nascimento

Inara Teixeira de C Andrade

Geralda da Silva Lemos Jairo Millen da Silveira José Alfredo Gregório Maria Amália de Souza Moura

12/03

03/03

Helenice Maria do Nascimento

Irene das Graças Campos

26/03

11/03

14/03

27/03

13/03

28/03

17/03

Edwirges Aparecida G de Assis Maria das Graças da Silva Aroldo José Viana Borba Robson da Silva Miranda

04/03

Maria Bernadete de O Figueira Sônia Maria Soares da Silva

07/03

Ivone Maria Sales Soares

08/03

Elza Mendonça de Almeida

José Gomes dos Santos Maria das Graças Silva

13/03

Joaquim José Melchíades de Souza Ilson Silva de Oliveira Letícia Lage Guilherme

18/03

Mary Lucia de Oliveira Santos

Francisca da Glória G Moreira Matheus Santiago da Silva

Débora Toledo Lucarelli Maria da Conceição A Barros

29/03

19/03

31/03

José Geraldo Motta José Arantes Mourão

21/03

Neider Coelho Pereira

Karla Cristina de Paula F Pereira Marcia de Fátima Kelmer Alves Denir Cardoso Michaeli

Helena de Paula Souza Maria Aparecida de Paula Ribeiro Aparecida Izabel Tavares Ana Maria Curzi Bastos Gentil Ribeiro de Oliveira


“Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos.” (Gal 6, 9-10a)

A tentação de refugiarmos na indiferença Todos os anos, o Santo Padre propõe uma reflexão para o período da Quaresma. Neste ano, o Papa Francisco nos leva a meditar sobre a Carta de São Paulo aos Gálatas: “Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos” (Gal 6, 9-10a).

QUARESMA TEMPO DE SEMEAR

No trecho do Apóstolo sobre a sementeira e a colheita o Papa diz: “Temos uma imagem que Jesus muito prezava. São Paulo fala-nos de um kairós: um tempo propício para semear o bem tendo em vista uma colheita. Qual poderá ser para nós este tempo favorável? Certamente é a Quaresma, mas o é também a nossa inteira existência terrena, de que a Quaresma constitui de certa forma uma imagem. Francisco recorda também que “o primeiro agricultor é o próprio Deus, que generosamente continua a espalhar sementes de bem na humanidade”. Ponderando por fim: “Esta chamada para semear o bem deve ser vista, não como um peso, mas como uma graça pela qual o Criador nos quer ativamente unidos à sua fecunda magnanimidade”.

EM DEUS, NADA SE PERDE

E a colheita? Continua o Santo Padre: “Mas de que colheita se trata? Um primeiro fruto do bem semeado, temos em nós mesmos e nas nossas relações diárias, incluindo os gestos mais insignificantes de bondade. Em Deus, nenhum ato de amor, por mais pequeno que seja, e ne-

nhuma das nossas ‘generosas fadigas’ se perde”. E Francisco explica que, na realidade, só nos é concedido ver uma pequena parte do fruto daquilo que semeamos, pois, “segundo o dito evangélico, um é o que semeia e outro o que ceifa”. “É precisamente semeando para o bem do próximo que participamos na magnanimidade de Deus”. “Semear o bem para os outros – continua o Santo Padre – liberta-nos das lógicas mesquinhas do lucro pessoal e confere à nossa atividade a respiração ampla da gratuidade, inserindo-nos no horizonte maravilhoso dos desígnios benfazejos de Deus”.

NÃO NOS CANSEMOS DE FAZER O BEM

O segundo ponto da expressão do Apóstolo analisada pelo Papa refere-se a “não nos cansarmos de fazer o bem”. Perante a amarga desilusão por tantos sonhos desfeitos, adverte “a tentação é fechar-se num egoísmo individualista” e “refugiar-se na indiferença”. Porém, Deus anima, “dá forças ao cansado e enche de vigor o fraco. (…) Aqueles que confiam no Senhor renovam as suas forças”.

“NINGUÉM SE SALVA SEM DEUS”

Por isso, “não nos cansemos de rezar. Precisamos de rezar, porque necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. Neste ponto, Francisco recorda o nosso sofrimento com a pandemia: “No meio das tempestades da história, encontramo-nos todos no mesmo barco, pelo que ninguém se salva sozinho; mas sobretudo ninguém se salva sem Deus, porque só o mistério

pascal de Jesus Cristo nos dá a vitória sobre as vagas tenebrosas da morte”. E convida: “Não nos cansemos de extirpar o mal da nossa vida. Possa o jejum corporal, a que nos chama a Quaresma, fortalecer o nosso espírito para o combate contra o pecado. Não nos cansemos de pedir perdão no sacramento da Penitência e Reconciliação, sabendo que Deus nunca se cansa de perdoar”. O Papa recorda também que não devemos nos cansar de fazer o bem “através de uma operosa caridade para com o próximo.

A SEU TEMPO COLHEREMOS, SE NÃO TIVERMOS ESMORECIDO

Quanto ao terceiro ponto das palavras do Apóstolo, o Papa destacou que “a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido”. Aqui, Francisco nos pede perseverança, fé. Afirmando que “a cada ano, a Quaresma vem recordar-nos que o bem, como aliás o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam de uma vez para sempre; hão de ser conquistados cada dia”.

DOM DA PERSEVERANÇA LEVA À SALVAÇÃO

“Neste tempo de conversão – explica ainda o Papa – buscando apoio na graça divina e na comunhão da Igreja, não nos cansemos de semear o bem. O jejum prepara o terreno, a oração rega, a caridade fecunda-o. Na fé, temos a certeza de que ‘a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido’, e obteremos, com o dom da perseverança, os bens prometidos para nossa salvação e a do próximo”. Fonte: www.vaticannews.va/pt


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