Jornal Novo Tempo - Junho/2022

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Palavra do Pároco

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Agradecer sempre!

m suas mãos, o exemplar do Novo Tempo, referente aos acontecimentos dos meses de maio e junho e tão bem preparado por nossa equipe da PASCOM! Faz um bem enorme para um membro da família receber as boas notícias da vida familiar. Esta é a função do informativo paroquial: noticiar os fatos acontecidos no cotidiano das Paróquia em seus movimentos e pastorais. E, ao fazermos , notamos que há muitos motivos para agradecermos! Neste exemplar, você ficará informado sobre as inúmeras festividades que celebraremos neste bonito mês de junho do Sagrado Coração, de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, da Solenidade de Corpus Christi, além das comemorações do Ano Jubiliar dos 70 anos de nossa Província. Muito oportuna a matéria sobre as duas paroquianas: Aninha e Vera Regina, ambas falecidas no mês de maio. Em seus trabalhos pastorais distintos, marcaram uma fase importante da Paróquia. A Aninha foi catequista dedicada e carinhosa por mais de 30 anos. Participava com interesse de cursos de formação e esteve sempre presente nos acontecimentos paroquiais e catequéticos também em nível arquidiocesano. Vera Regina, sempre ligada à Capela São Roque, foi amiga do Pe. Jaime Snoek, C.Ss.R. e coordenou a arrecadação e distribuição de cestas básicas por aquela comunidade durante muitos anos. O momento também é de alegria, com o retorno das pastorais e movimentos. Junto com a Catequese presencial, retomamos a Missa das Crianças aos sábados, às 16h. No domingo, dia 19 de junho, às 17h, acontecerá a Celebração da Crisma. Louvores a Deus pela vida dos adolescentes e seus familiares. Em nível paroquial, agradecemos muito aos coordenadores Alexsandro e Ana Lúcia, dupla sempre afinada e dedicada. Obrigado mesmo! E, claro, não podemos deixar de agradecer a fidelidade de nossos dizimistas, que permite o desenvolvimento de todo este trabalho evangelizador. Deus lhes pague!

Pe. Lucio Bento, C.Ss.R.

Em preparação para o Sacramento da Crisma

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ais e padrinhos dos crismandos se reuniram na noite do dia 31 de maio, no Salão Paroquial, em um momento de convivência e reflexão, conduzido pela Catequese Crismal. O encontro faz parte da preparação para a Celebração da Crisma, que acontecerá no dia 19 de junho, às 17h, na Igreja da Glória.


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Solenidade de Corpus Christi

ocê já pensou sobre quão belo e profundo é o mistério da Sagrada Eucaristia? E mais, já questionou, a si mesmo, se tem vivido profundamente esse mis-

tério? Na Solenidade de Corpus Christi, dia em que celebramos a presença real do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo no pão e vinho, somos convidados a refletir sobre nossa fé na Santa Eucaristia e em como estamos nos comportando diante de Jesus. O Catecismo da Igreja Católica (1324 e seguintes) nos ensina que a Eucaristia é fonte e ápice de toda a vida cristã. É pela Celebração Eucarística, que nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos. Santo Afonso Maria de Ligório, em sua sabedoria, nos dizia que “A Eucaristia não é só garantia do amor de Jesus Cristo, mas é também do paraíso que Ele nos quer dar”. Infelizmente, muitos vão à Santa Missa e pensam que a Eucaristia é somente a representação de Jesus. Como se enganam! É na Sagrada Eucaristia que Jesus se dá por inteiro a nós, assim como se entregou, até a morte, na Santa Cruz. Diante do altar, nos colocamos na sublime e real presença do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quão incrédulos somos por pensar que é somente pão e vinho quando, na verdade, comungamos o próprio Cristo. Assim como nosso corpo precisa dos alimentos para se manter saudável, é na Santa Comunhão que alimentamos nossas almas e fortificamos nossa fé. Ao receber Jesus Eucarístico, reconhecemos nossa miséria enquanto pecadores

e nos colocamos diante do Amor dos amores que se faz pequeno por amor a nós, à nossa humanidade pecadora e orgulhosa. “A Eucaristia é o pão de cada dia que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia” (Santo Agostinho). Que unidos ao Pão da Vida e reconhecendo a real presença do Cristo na Santa Eucaristia, possamos sarar nossas feridas da alma e regozijar de alegria diante do Senhor!


“Vinde, benditos de meu Pai!”

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mês de maio foi marcado pela despedida de duas importantes colaboradoras da construção do Reino de Deus junto às frentes de evangelização de nossa Paróquia. Retornaram à Casa Paterna Ana Maria Costa da Silva e Vera Regina Martins Bueno de Paiva, ambas incansáveis em suas atividades em fazer com que Cristo fosse conhecido pelos pequenos e os mais necessitados.

“Quando o fizeste a um desses pequeninos a mim o fizestes.”

Nathan Ramalho dos Reis aprofundar no conhecimento das coisas de Deus, para colocá-lo a serviço do próximo, cursava Pós-Graduação em Teologia, curso que seria concluído no próximo mês de julho. Em nossa Paróquia, além de valorosa catequista, Aninha foi Ministra da Eucaristia, participou do Grupo de Oração e do Coral, atividade que amava se dedicar, colocando-se, ainda, sempre à disposição onde quer que fosse necessário. Fato, pouco conhecido dos paroquianos, uma vez que sempre foi muito discreta, era o seu engajamento em trabalhos sociais, aos quais sempre dedicou especial atenção. Além de contribuir mensalmente com o trabalho de evangelização da Canção Nova, contribuía financeiramente com o projeto “Médicos sem Fronteiras” e realizava, ela própria, trabalho voluntário junto à Fundação Maria Mãe, que coordena a Obra dos Pequeninos de Jesus, em Juiz de Fora, oferecendo refeições aos moradores de rua. Ana nos deixou, enquanto comunidade, um importante legado de fé, serviço e simplicidade. Exemplo que jamais será esquecido!

“Tive fome e me deste de comer.”

Ana Maria Costa da Silva nos deixou no dia 06 de maio de 2022, aos 67 anos, após toda uma vida dedicada à Catequese. Já aos 10 anos de idade, pediu a um padre em Leopoldina (MG), sua terra natal, para poder ajudar as crianças a aprenderem mais sobre Deus. O sacerdote, então, a autorizou ser “ajudante de catequista”. Daí em diante, foram 57 anos dedicados a levar os fundamentos da fé a centenas de crianças, em diversas comunidades por onde passou. Quando a Comunidade Profeta São Zacarias, no Bairro Democrata, originalmente parte de nossa Paróquia, estava ainda em formação, Tia Aninha, como sempre foi carinhosamente conhecida, além de ajudar ativamente na construção da Igreja, realizava a catequese em sua própria casa, uma vez que ainda não havia instalações para receber as crianças. Formada em Letras, mas buscando sempre se

Vera Regina Martins Bueno de Paiva nos deixou no dia 09 de maio de 2022, aos 80 anos. Natural de Leopoldina (MG), sua trajetória na Paróquia da Glória está intimamente ligada à Comunidade da Capela São Roque, onde, por mais de 40 anos. deu


seu testemunho de fé e serviço aos irmãos mais necessitados. Pelos idos de 1982, sob a orientação do Missionário Redentorista Pe. Jaime Snoek, C.Ss.R., inspirada na passagem do Evangelho em que Jesus Cristo multiplicou os pães e os peixes para dar de comer aos famintos, a Comunidade São Roque se motivou a tomar um gesto concreto no sentido de ajudar aos que mais precisam. Daí, surgiu o projeto assistencial que teve em Vera Regina sua maior entusiasta. Coordenando o projeto até o ano de 2010, quando foi absorvido pela Assistência Social Nossa Senhora da Glória, o Ambulatório, obra social da Paróquia da Glória, Vera Regina não mediu esforços para arrecadar alimentos e donativos para a composição de cestas básicas a serem distribuídas para centenas de famílias que passaram a ser, todos os meses, assistidas pela comunidade da Capela São Roque. Mais do que aliviar a fome e as privações materiais de inúmeros irmãos em Cristo, o projeto buscou levar uma palavra de fé e esperança àqueles que mais necessitavam. Católica madura e consciente de sua fé e dos desafios que a mesma lhe impunha, semeou nos corações não só daqueles que eram efetivamente atendidos pelo projeto, mas de todos que a conheciam e puderam com ela conviver, a esperança de que um mundo melhor pode surgir como fruto da solidariedade e da partilha. Não seria injusto defini-la como a grande dama da caridade da Igreja de São Roque!

primeiras Catequistas do Rafael, responsável por pavimentar a estrada do caminho de fé dele. Nossos sentimentos e orações à família e à Catequese.” Carlos Henrique Schneider Pai do catequizando e, hoje, acólito Rafael

“São Bernardo diz: ‘A morte não é o fim dos nossos trabalhos, senão também a porta da vida!’ Nossa amiga Aninha viveu grande parte da sua vida dedicada ao trabalho pastoral e à Igreja, sempre alegre com as crianças da catequese e disponível para ajudar. Um colorido especial ela tinha. Participava de todos os eventos, brincava, cantava, se emocionava e se entregava à missão de evangelizar. Muitos foram os pequeninos da tia Ana e continuarão a ser! Fica entre nós sua mensagem: ‘É preciso levar as crianças a conhecer e amar Jesus.’ A morte cremos, pela nossa fé, é o retorno à casa do Pai para a Vida Eterna! Temos agora mais uma intercessora no céu, por nós e pela Catequese. Hoje lhe agradecemos, Aninha, por você ter sido um canal de Deus para tantas pessoas. Por ter plantado tantas sementes em tantos corações. Por termos tido a graça de conviver com você, por sua disponibilidade, carinho e amor! Esteja em Paz! Aos familiares a certeza do amor e dedicação dela por vocês. As alegrias de suas conquistas, como o nascimento do neto, que ela sempre partilhava conosco. A todos nossas orações, nosso conmemÓria aGradecida solo, forças e fé!” A Paróquia de Nossa Senhora da Glória se so- Eni Dias lidariza às famílias de Ana Maria Costa da Silva Catequese Infantil e Vera Regina Martins Bueno de Paiva. Tenham a certeza de que ambas não serão esquecidas jamais! À Ana e Vera nossa gratidão pelo testemunho de fé e serviço que exerceram entre nós! A Paróquia da “Há muitos anos frequentando a Igreja de São Glória e a Capela São Roque devem muito a vocês Roque, participando das missas, procissões e fesque nos ajudaram a compreender que nossa ação tas, conheci e acompanhei de perto Vera Regina, evangelizadora só será efetiva quando sairmos de pessoa incansável em seu trabalho em prol da conossas acomodações e nos esforçarmos para enxer- munidade, arrecadando doações de alimentos para gar o rosto de Cristo no outro, sobretudo, naquele compor as cestas básicas a serem distribuídas a irmão que mais sofre! centenas de famílias carentes. Sempre participou de Continuem aí de cima intercedendo por nós, todas as atividades da Igreja de São Roque, sendo para que nossas ações também sejam um caminho dinâmica e amiga de todos. Junto ao saudoso Padre para a vida eterna! Jaime, idealizador desse projeto, foi sua maior entusiasta, visando o bem dos assistidos. dons a serviÇo do reino Que Deus conforte os familiares de Vera Regina, “Com o coração agradecido a Deus pela oportu- pois ela já está nos braços do Pai!” nidade de ter colocado a Ana, com seus dons e dis- Cecília Keil ponibilidade, a serviço da Catequese. Foi uma das Comunidade São Roque


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Mãe do Perpétuo Socorro

Ícone da Imaculada Mãe de Deus “Virgem da Paixão”, venerado atualmente na igreja do Santíssimo Redentor e de Santo Afonso em Roma, é de origem cretense. Começou a ser exposto ao culto público em 1499 na Igreja de São Mateus Apóstolo, dos frades Agostinianos. Ao ser destruída esta igreja em 1798, passou à de Santo Eusébio (1798-1819) e daí à de Santa Maria in Postérula, também da Ordem Agostiniana, onde esteve meio esquecido até 19 de janeiro de 1866. Neste dia foi entregue, por disposição pessoal do Papa Pio IX, aos Redentoristas da Casa Generalícia para ser exposto de novo em sua igreja da Via Merulana. Esta instauração do culto teve lugar a 26 de abril de 1866 e marca o começo de uma devoção mariana nova. O ícone foi adquirindo uma importância cada vez maior para os Redentoristas e foi projetando-se também sobre toda a vida da Congregação, de modo que será difícil escrever a sua história a partir desta data se prescindimos do “seu ícone”. Uma das suas características se deve ao título da devoção que dele foi surgindo naqueles que, ao buscar em meio à dor o Socorro Perpétuo de Maria, acorrem a ela esperando um socorro maternal e perpétuo ante as mais diversas necessidades da vida. Deste modo, o Ícone pode projetar, sobre todos os que se deixam contemplar por ele, as “relações curadoras” de Maria com seus devotos. É o que refletem todos os ícones nos quais Maria expressa o amor com que Deus nos ama, a nós e a seu próprio Filho. Pois quando Jesus, cheio de medo, se refugia nos braços de sua Mãe, descobre também nela uma manifestação da profundidade com que o Pai o amava. Ao rezar com o nosso ícone, imploramos o socorro perpétuo de Jesus e de Maria como manifestação suprema do amor de Deus.

Um verdadeiro ícone da Mãe de Deus

Desde o começo do seu culto em Roma, o nosso ícone foi considerado como imagem milagrosa, mas esta veneração não projetou sobre a devoção mariana a dimensão teológica de que era portadora enquanto ícone. Isto só se começou a apreciar na medida em que se ia descobrindo o valor dos ícones. Daí a necessidade de considerar alguns aspectos relacionados com esta característica da devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O ícone original, como diz a tradição e de acordo com as suas características artísticas, provém da Ilha de Creta (antigamente chamada também Candía). A sua origem artística está relacionada com a emigração dos iconógrafos de origem bizantina que se refugiaram na ilha fugindo dos turcos e pondo-se sob a proteção de

Veneza. Daí, esse tipo de imagens religiosas pós-bizantinas estendeu-se por todo o mundo cristão chegando a Veneza. Roma, Madri, Toledo etc. Portanto, o transporte do ícone para Roma pode ter tido uma dimensão “comercial”, o que nos obriga a ler com sentido crítico os relatos piedosos que sobre ele se fizeram nos séculos XVI-XVIII. Mas o que nunca devemos esquecer é a herança pós-bizantina de que ele é portador. A Escola de Andreas Ritzos de Candía (+1492), nosso Ícone (1499) e El Greco (1540-1614), que começou pintando ícones nessa escola, poderiam ser três pontos emergentes de uma reflexão que nos permite integrar este humilde ícone na grande História da Arte, para assumir a partir dela a sua contribuição à iconografia, à espiritualidade e à cultura religiosa.

Imagem devocional que cria um espaço de oração

O ícone transformou-se num elemento fundamental da missão redentorista, especialmente através das missões populares. A imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi tornando-se centro de oração extraordinária a Maria durante a missão; e a sua Arquiconfraria (fundada a 31 de março de 1876), a associação cristã chamada a potenciar os resultados pastorais da mesma. Isto explica a presença da imagem,


da devoção e da arquiconfraria em muitas igrejas e capelas como “lembrança da missão”; a importância dos tríduos, das novenas e das procissões em honra da Virgem do Perpétuo Socorro como instrumentos para renovar periodicamente os frutos da missão; e a diversidade de materiais destinados a satisfazer as exigências pastorais e devocionais de quanto precede. Esta difusão universal lhe obteve também um espaço oracional próprio, definido pelos altares que lhe foram erguidos nos santuários, ermidas, “capelas domésticas”, nichos e pelas mais diversas formas da piedade popular: quadros, estampas, medalhas, etc. O lugar próprio para a veneração dos antigos ícones era o iconostásio litúrgico. O ícone e as imagens do Perpétuo Socorro podem se encontrar também em altares, carros de procissão, capelas, lares, etc. A criatividade pessoal dos artistas, sem prescindir dos elementos simbólicos fundamentais que supõe o ícone original, foi acomodando-o à estética de cada época, estilo, escola ou região, privando-o, mais de uma vez, da linguagem estética própria dos ícones. O Ícone Missionário foi se difundindo pelo mundo inteiro em cópias fiéis do original e, sobretudo, em interpretações artísticas do mesmo com as mais diversas formas e estilos. Todas estas reproduções, sem embargo, nos remetem, ao título e ao simbolismo iconográfico original com a teologia e a espiritualidade próprias dos ícones.

Simbolismo e significado dos elementos iconográficos

O nosso ícone pertence ao tipo das Virgens da Paixão. O Arcanjo Gabriel (Ο ΑΡ Г, à direita) é o anjo da Anunciação (Lc 1,26-38) o o Arcanjo Miguel (О АΡ М, à esquerda), o protetor de Maria e do Povo de Deus (Dn 12,1). Ambos mostram a Jesus os instrumentos da Paixão. Mas em nosso ícone mantêm também referências aos ícones da Anástasis ou Ressurreição, nos quais Cristo desce aos infernos para redimir a Humanidade e elevá-la consigo em sua ascensão ao Pai. Conforme a interpretação dos iconógrafos, este anúncio ou presságio da paixão mantém também a atitude pascal dos arcanjos, mas torna-se necessária uma explicação. Esta nos permite ver em nosso ícone,

o “Ícone do Angelus” e o “Ícone do Laetare” ou da antífona pascal “Regina Coeli, laetare, alleluia” (Rainha do Céu, alegrai-vos, aleluia). Maria, a Mãe de Deus (ΜР ΘΥ: Meter Theou), a Amóluntos ou Imaculada, sustenta a Jesus e olha para quem a contempla. Na sua fronte traz as estrelas da Trindade (à esquerda) e da Natividade (à direita). Jesus Cristo (ΙС ΧС: Iesous Xristos) olha para o horizonte, contempla o anúncio de sua paixão dolorosa à luz gloriosa da Páscoa, sua Ressurreição precedida da descida ao lugar dos mortos, se assusta e busca o socorro maternal de Maria.

Perguntas para Reflexão

1. Tome uma imagem do ícone, a mais fiel possível ao original, e comente em grupo os vários elementos e o que os gestos de Jesus e Maria lhe sugerem. 2. Comente em grupo as imagens da Virgem do Perpétuo Socorro que você viu em vários lugares. Em que se parecem e em que se diferenciam? Como você acha que elas alimentam a fé das pessoas que as veneram em contextos tão diferentes? Fabriciano Ferrero, C.Ss.R. Madri Fonte: Dicionário de Espiritualidade Redentorista


Psicoecoafetividade

Por uma ecologia integral

Pe. Dalton Barros de Almeida, CSsR

foto: Pe. Lucio Bento, C.Ss.R.

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esde as serras azuis de Congonhas (MG) a altares dos picos da Serra de Ouro Branco acontecia uma sagrada integração nossa. As alturas e nós. Nós e a variedade de seres vivos, plantas e animais. E mais: os banhos de cachoeira, o nadar nos remansos dos rios e acampar. Tantos panoramas na diversidade dos lugares, diversidade de flora e fauna, com muitas surpresas. A Serra de Ouro Branco permaneceu a preferida, a mais visitada, a melhor conhecida. De 1947 até dois anos antes da pandemia de Covid-19, o contato regenerador com a natureza: corpo sadio, mente sadia, coração sincero. Nos acampamentos, a certeza: o que era terra, na terra ficava, em cova enterrado. O que terra não fosse, voltava em sacos para casa e nós, renovados, restaurávamos o corpo e a inteligência. Voltávamos carregados de imagens na retina dos olhos e na memória agradecida: as fogueiras da noite, quentinhas, histórias e canções. Alguma noite de luar. Olhos arregalados para beber as

luzes do amanhecer e rezar. Aquela doce melancolia do pôr do sol e outra vez a oração. O céu estrelado e as constelações. Algum susto na caminhada do dia: há vez em que a panela de feijão se espalhou pelo chão. O riso alegre no hasteamento da bandeira branca quando as cordas se partiram. Ora se deu que aconteceu dois anos antes da pandemia um excelente acampamento na Serra de Ouro Branco. Tudo montado no dia da chegada. Que capricho dos 19 participantes! No entardecer do primeiro dia – pleno de “à vontade” – um fogo criminoso vindo dos dois lados nos ameaçava. Entre apreensivos e hesitantes, vigiávamos. Apareceram três homens da vigilância a exigir rapidez e partida imediata. Desmontamos o acampamento. Apenas saídos do descampado, o fogo secou o lugar pelos quatro cantos. A Serra de Ouro Branco ardeu por quatro dias. Desastre! As TVs mostraram a fúria da devastação. Algo se quebrou no meu coração. Talvez alguns de nós, em novembro próximo, iremos lá e

acamparemos. Talvez reencontremos a bela natureza. Refeita! Há dúvidas. E a meio dessa história germinou O GRITO DA TERRA, a Carta da Terra, e a surpresa linda da Encíclica LAUDATO SI do Papa Francisco. Indagar é preciso: como superar a perigosa rota de colisão entre os humanos e o Planeta Terra? Propostas vêm sendo apresentadas. Você já conhece o texto de Francisco? ECOLOGIA, é sim, um caminho de cuidado com a Casa Comum, este azul planeta girando no fascinante cenário do Universo. O pequeno planeta Terra na imensidão gritando que tudo está em relação e que a vida é comunhão. Seres vivos e viventes só neste planeta Terra: a Casa de todos. Quem, como nós, desde cedo, se sentia mais integrado e em comunhão com a inteira natureza, sabe e se alegra com a proposta de uma ESPIRITUALIDADE ECOLÓGICA. Papa Francisco: - “pois aquilo que o Evangelho nos ensina tem consequência no nosso modo de pensar, sentir e viver.” (Lau-


dato Si nº 216). Consciência amorosa, cuidado generoso, estilo de vida e pequenos gestos diários que se somam às estratégias a favor do meio ambiente. Eis-nos no amor social e em comunhão com todo o universal. Para a maioria, é quase certo que a Espiritualidade Ecológica requer uma CONVERSÃO ECOLÓGICA que supõe “educação ecológica”. Felizardos nós que desde 1947 éramos amorosos com a natureza. Pura vivência que a maioria desconheceu. Educação Ecológica muito importa. Quanto importa ser parte desta Aliança entre a humanidade e o meio ambiente. (L.S. nº 209-215) E mais: esta espiritualidade implica que se cuide deste outro planetinha, vermelho ele e pulsante, chamado mundo dos afetos, morada das pulsões. É onde mora o Amor: bate, bate coração! Cuidar da ecologia dos afetos através de um projeto de vida cristã, escolha de nossa liberdade: crer

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e saber viver sem destruir e descuidar do bom, do verdadeiro, do belo. E a Terra segue girando, a pedir mentes abertas, unificando o jeito de ser-com e ser-para a Missão de cada vida. Quem entende a LUZ do Universo sabe de Deus-criador. Quem percebe as trevas dos caminhos cuida da força redentora que Jesus nos traz. Ecologia Espiritual à luz da Ressurreição de Jesus Cristo, o Senhor dos tempos. O Cristo cósmico. Se buscamos desfrutar de uma vida bem vivida no tempo aqui nesta Terra, há que cuidar do coração da Terra e do coração humano. Como me é fácil perceber: estamos em uma viagem intensa, vibrante, surpreendente dependendo de nossa criatividade. Então, como não nos importar com o padecer da Terra e com as dores dos humanos humilhados ou empobrecidos? Terra devastada, gente sem terra e teto. A Espiritualidade

Ecológica é integral: onde houver sofrimento haja transformações por melhor vida. Somos uma Comunidade de vida: nós e entre nós, nós e o meio ambiente. Somos cultivadores. Deus é o DONO. O Universo e a Vida na Terra são presentes que recebemos. Há que cuidar de tudo e do todo. Somos sócios corresponsáveis para cuidar do sagrado mistério da VIDA. E jamais esquecermos da Encarnação de Deus em Jesus de Nazaré, nosso Senhor Jesus Cristo. Deus morou no planeta Terra e mostrou amor pela Vida! VIVER em comunhão plena. Nosso viver é uma modalidade eucarística: agradecidos alimentamos o Planeta, nutrimos uns aos outros e somos alimentados, Deus de todos cuidando. Que comunhão em reciprocidade: vida circulante. A dança do bem-querer. Façamos isto assim: em memória DELE! Somos todos frágeis: o Planeta e Nós, humanos.

Rezemos!

enhor, Deus da vida, estamos em crise. Vós nos destes nesta Casa Comum, Jesus de Nazaré a trazer-nos as chances da vida plenificante. Ele é o Caminho. Louvado sejais, Deus de Amor. Dai-nos, ó Pai nosso, a chance de nos convertermos, saindo das estreitezas de nosso quintal. Que sejamos filhos e filhas vossos conscientes e capazes de reconhecimento e gratidão. Dai-nos reverência por tudo o que é vida. Pai, soltai as amarras que nos prendem às aberrações do produzir e do consumir. Que, livres, conheçamos a sobriedade e a medida boa entre Ser e Ter, entre possuir e repartir. Livrai-nos, Pai Santo, da pressa e das sobrecargas num ritmo cotidiano de vida que nos furta o tempo para a convivência amorosa e social. Que realizemos os atos cotidianos em família no ritmo das boas conversas e do estarmos à mesa, serenados. Livrai-nos também de sermos alheios aos modos como escolhemos nossas autoridades para zelar pelo bem de todos. Boa parte dos eleitos se perde na mediocridade de seus próprios interesses. Perdão por nossas más escolhas. Elas comprometem a degradação das condições de vida nossa e do Planeta. Deus, Senhor da História, ao Vos invocar como PAI NOSSO, que renasça e se revigore em nós o impulso para o ALTO, vosso Coração de ternura e misericórdia. Sois consolo ao dar a todos o pão nosso de cada dia. Pão material, pão do perdão, pão eucarístico. Que não falte pão quando as famílias de reúnem. Que dis-

tribuamos o pão que tivermos em abundância. Dai-nos a fome do que é definitivo e eterno! Pai, que sejamos bem-aventurados, permanecendo fraternos, compartilhando. Abri-nos ao amor social. Pai, olhando-Vos nos céus eternos, saibamos olhar bem perto de nós as necessidades de tanta gente. Que venha o Vosso Reino! Amém!

P.S. Leitora, leitor, você já experimenta a conscialização e atualização da sua vida cristã?


O Dízimo transforma vidas

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Dízimo, de certa forma, é responsável pelo sustento das igrejas e essa oferta é vista pela comunidade como uma contribuição para manter o que diz respeito à estrutura física da paróquia, mas é essencial lembrar que a contribuição do Dízimo vai muito além dessa necessidade… Você sabia que o ele atua como agente transformador de vidas? O Dízimo é a forma de depositarmos nossa confiança em Deus, confiando na sua providência e vontade. Realizar a contribuição dele mensalmente é um ato de amor e entrega total a Deus. O profeta Malaquias narra em seu livro, versículo 3,10: “Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência – diz o Senhor dos exércitos – e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário.” Pela doação, como está escrito na Palavra, a pessoa recebe muitas graças e pelo seu ato de oferta muitas outras acabam sendo beneficiadas também. A fé só é alimentada em nossa vida com a experiência de Deus, e pelo Dízimo ocorre essa vivência. Ele é o melhor caminho para se perceber a ação da mão de Deus sobre nossas vidas e faz parte da pedagogia divina nos desapegarmos de nossos bens e não termos um coração egoísta. Afinal, o Dízimo nada mais é do que devolver a Deus um pouco do que conseguimos apenas por conta d’Ele em nossas vidas. É Ele quem nos dá saúde para trabalhar e correr atrás de nosso sustento, é Ele a nossa fortaleza espiritual. Contribuir com o Dízimo, então, é o mínimo que pode-

mos fazer para demonstrar nossa gratidão a Deus e fazer com que esse dinheiro conquistado pela graça divina faça a diferença também na vida de muitas outras pessoas, seja financeiramente ou espiritualmente, como contribuição para potencializar a evangelização.

Aniversariantes Dizimistas - Junho 01/06

Igreja da Glória

Rita de Cássia Daer de L Silva Raphael Farinazzo de Oliveira

02/06

Maria Aparecida de S L Nascimento Sebastião Vieira Campos

03/06

Suely T Delmonte Medeiros Maria Luciana de Oliveira

07/06

11/06

21/06

30/06

13/06

22/06

Capela São Roque 02/06

14/06

23/06

Gloria de Fatima Schmitz Antônia Silva de Almeida Aidê Ferreira Serrão Dilon Maria Terezinha de Oliveira

15/06

Andrea Sales Vintena José Antônio Ottero Ongaro

Regina Stella Pereira Fortes Soniluci Benicio Tavares João Batista Custódio

16/06

08/06

18/06

Moacyr Costa

09/06

Evandro Freire da Silva Suely Aparecida Nino Moreira

10/06

José Omar Barquette

Wesley Martins dos Santos Maria Nunes Pereira Franco Milena Pimentel Paiva Maria Jurema Miranda Tavarez

19/06

Benjamim Nicolau da Fonseca Luiza Célia Alves Guedes Rosalina Kirchmair

Luiz Gonzaga do Amaral Gonçalo Castro da Silva

Nelson Antônio Andrade da Silva

Maria Aparecida M O Rezende

Sonia Cristina Hansen de Paiva Luzia Joana Malatesta Paschoalim

06/06

24/06

18/06

João Xavier da Costa

25/06

Tânia Maria de Oliveira Mateus de Sousa Amaral

26/06

Meira Rozana de P Vasconcelos João Batista Soares

27/06

José Ladislau Gonçalves

29/06

Ana Maria Lopes Lima Joana D’Arc Ribeiro Paula Coeli dos Santos Natanael Carelli de Oliveira

Maria Aparecida G Nepomuceno Ivas de Lourdes Machado Veriato

22/06

Rosângela Marques Lomar

27/06

Bárbara Oliveira Reis

Dizimistas mirins 03/06 - Maria Luiza de A Guedes 29/06 - Diogo Medeiros Rezende


Pentecostes na Glória

A

Festa de Pentecostes na Paróquia da Glória, celebrada no dia 5 de junho, foi marcada pela Primeira Eucaristia de duas catequizandas que receberão o Sacramento da Crisma no dia 19 de junho. Também foi ocasião para um agradecimento e uma bênção especial aos membros da Pastoral da Acolhida e da Pascom, que ao longo de mais de dois anos, se dedicaram ao acolhimento e transmissão das celebrações durante o período mais acentuado da pandemia.No final, o Pároco, Pe. Lucio Bento, C.Ss.R. realizou o rito do apagamento do Círio Pascal, concluindo as celebrações do Tempo da Páscoa. Na Capela São Roque, o Vigário Paroquial, Pe. José Torres, C.Ss.R., e o Reitor da Comunidade Redentorista da Glória, Pe. Dalton Barros, C.Ss.R. também presidiram as celebrações da festa de Pentecostes.


Celebrando a vocação de ser mãe

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árias foram as homenagens feitas âs mães neste mês de maio. No sábado, dia 7, a Catequese Crismal promoveu um encontro entre mães, avós e crismandos, para celebrar o Dia das Mães. O Pároco, Pe. Lucio Bento, C.Ss.R. presidiu a Missa das 10h do domingo, 8 de maio, na Igreja da Glória. Dia de rezar pelas mães, que foram homenageadas no final da celebração. Homenagens a Nossa Senhora e às queridas mamães também marcaram as celebrações no final de semana do Dia das Mães na Capela São Roque, presididas pelo Reitor da Comunidade Redentorista da Glória, Pe. Dalton Barros, C.Ss.R. e pelo Vigário Paroquial, Pe. José Torres, C.Ss.R. No dia 3 de maio, Pe. Lucio também celebrou uma Missa na Casa de Repouso Arte de Viver Mais, no Jardim Glória, para comemorar o Dia das Mães e o mês de Maria com os idosos.


Homenagens a Maria

A

noite de 29 de maio foi de homenagem a Nossa Senhora na Igreja da Glória. Coordenados pelo Vigário Paroquial, Pe. José Torres, os grupos paroquiais da Catequese, Música, Terço dos Homens, Legião de Maria e Ambulatório Nossa Senhora da Glória se uniram para uma bela homenagem à Senhora da Glória, Aquela que vem interceder por todos nos momentos difíceis. Foi a primeira participação do Coral Paroquial, regido pelo Pe. Torres, e formado há pouco mais de um mês. As crianças da Catequese coroaram Nossa Senhora e, como gesto concreto, a comunidade contribuiu com alimentos para as famílias carentes atendidas pelo Ambulatório da Glória. A Comunidade São Roque também encerrou o mês de maio com uma bonita homenagem a Nossa Senhora, realizada pelas crianças no sábado, 28 de maio, durante a Celebração Eucarística presidida pelo Reitor da Comunidade Redentorista da Glória, Pe. Dalton Barros de Almeida, C.Ss.R.


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Comunhão, participação e missão

a manhã de 28 de maio, o Salão Paroquial da Igreja da Glória recebeu leigos e sacerdotes da Forania Santo Antônio, da qual a Paróquia faz parte, para o Koinonia - Encontro de Escuta Sinodal, dentro da Fase Diocesana do Sínodo dos Bispos de Roma, que acontece em outubro do ano que vem. Um momento para refletir sobre o papel do leigo na Igreja e o caminho a ser seguido. Na ocasião, foram entregues os questionários respondidos pelas paróquias que compõem a Forania. Também não faltou o café preparado pela Equipe de Cozinha da Glória.

Coroinhas em formação

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o dia 14 de maio, na Estação da Paz, a Pastoral dos Coroinhas e Acólitos recebeu, para Formação Permanente de seus agentes, o jovem Guilherme Viana, 22 anos, estudante do Curso de Farmácia e Bioquímica da UFJF, com 11 anos de experiência no Serviço ao Altar, como Coroinha/Acólito, na Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, do Bairro Francisco Bernardino. Apesar de jovem, é estudioso do Missal Romano. Repassou aos nossos jovens a alegria de servir; como conciliar estudos/ lazer e serviço; como superar eventuais problemas de relacionamento com pessoas na Igreja; a importância de perseverar e não desistir da caminhada na Pastoral; como não servir de forma mecânica, com gestos robotizados; e como acontece, naturalmente, o processo de discernimento vocacional, principalmente, entre os adolescentes a questão de namoro x vida religiosa. O convidado namora uma jovem, também Acólita, da mesma Paróquia na qual atuam. No dia 22 de maio, no Parque da Lajinha, a Pastoral também realizou um momento de descontração e lazer entre os seus agentes e respectivos familiares. Nossos Coroinhas e Acólitos interagiram entre si e extravasaram as energias armazenadas na pandemia. Sintonia perfeita com a natureza, criada por Deus para o nosso conforto e louvor. Boas conversas entre os pais presentes. No final, houve uma mesa com frutas e lanches. Ficou um gostinho de “quero-mais”!


Província do Rio: 70 anos de uma linda história

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s Missionários Redentoristas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo vivenciaram, de 30 de maio a 1º de junho, a Assembleia Provincial Jubilar pelos 70 Anos de Fundação da Província do Rio. Tendo como inspiração a frase do Papa Francisco – “Olhar o passado com gratidão, viver o presente com paixão e abraçar o futuro com esperança”, o evento aconteceu na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), e comemorou a trajetória septuagenária da Província. Por ocasião das celebrações destes 70 anos, no dia 29 de junho, o Superior Provincial, Pe. Nelson Antônio Linhares, C.Ss.R. publicou um artigo no site da Província do Rio, a seguir: t

Memória Agradecida

Celebrar a história da caminhada Provincial dos Redentoristas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo é fazer memória agradecida pelo empenho de tantos confrades holandeses e brasileiros, padres e irmãos, que corajosamente construíram a Província. É preciso lembrar também dos leigos e leigas que trabalharam como agentes de evangelização.

70 anos marcados na história

O olhar para o passado é carregado de gratidão e o balanço é muito positivo. Afinal, são muitos os Conventos, Paróquias, Santuários, Obras Sociais, casas de formação e meios de comunicação na Vida Redentorista. Muitas são também as marcas deixadas na história religiosa, política, cultural, social e econômica das áreas atingidas pela Província. Podemos dizer que foi realmente uma história de ousadia e fé!

Uma história de ousadia e fé

Uma Província se constrói no afeto partilhado que gera concórdia e mútua caridade. Uma Província se constrói no brio de pertença a um grupo valoroso, fonte de

estímulo à fidelidade e a um compromisso de vida em comum. Uma Província se constrói na solidariedade com os feridos da história, com gestos concretos de inclusão e cidadania.

Desafios encarados com fidelidade criativa

Perceber tantas mudanças no mundo ao longo destes 70 anos nos faz concluir que uma Província se constrói na fidelidade ao carisma e à missão redentoristas. E trata-se de uma fidelidade criativa, ou seja, não é repetição do passado, mas deixar que o ideal Redentorista ilumine os desafios encontrados e faça surgir novas respostas. Nossos desafios neste tempo são: a Pastoral Vocacional (que cuida de nosso futuro com novos Redentoristas), o trabalho pastoral com a juventude, o uso qualificado dos meios de comunicação, a superação da pastoral de manutenção (Igreja em saída), o compromisso de transformação da realidade social, especialmente junto aos mais pobres. Nosso grande de-

safio é dar testemunho do Redentor Jesus neste mundo ferido.

Olhar para o futuro com esperança

A celebração dos 70 anos nos alcança em tempos de reestruturação da Congregação Redentorista. Queremos consolidar e vivificar a trajetória atual que a Província do Rio vive. Trajetória de confiança: há futuro para nossa esperança! Queremos abrir uma estrada larga para o amanhã da reconfiguração com São Paulo e Bahia, na certeza de uma história bem traçada. A experiência da fé em Cristo Redentor nos afirma que este processo de reestruturação é um chamado de Deus a abrir fronteiras, a encarar desafios de crescimento na missão. O profeta Isaías nos adverte: “Alarga o espaço de tua tenda, estende a lona de tua morada sem poupar; alonga tuas cordas, firma bem tuas estacas... Não temas, porque não deverás mais envergonhar-te.” (Is 54, 2.4) Fonte: www.provinciadorio.org.br


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Nova diretoria - novos desafios!

a noite do dia 25 de maio, aconteceu a Assembleia Eletiva do Ambulatório Nossa Senhora da Glória. Os novos membros da Diretoria, Conselho Fiscal e Comissão de Sindicância foram eleitos e empossados para o biênio 2022-2024. Para presidente, foi eleito Cícero Rômulo Dutra Pironi, paroquiano, amigo do Ambulatório que já ocupou outras funções em mandatos anteriores. Para vice-presidente, assume Fabiano Luiz Carcerero, que esteve à frente da Instituição nos últimos seis anos. A apresentação dos novos membros da Diretoria para a Comunidade aconteceu no domingo, dia 29 de maio, às 10h, na Igreja da Glória, durante Celebração presidida pelo Padre José Torres, CSsR, assessor espiritual da Instituição, que durante o rito de envio, destacou a importância do trabalho que todos vão exercer na Obra Social da Paróquia da Glória, por tratar-se do cuidado com os preferidos de Deus: as pessoas mais frágeis e esquecidas, menos amadas e necessitadas de apoio e orientação. Rogamos a Deus pelo trabalho dessa equipe, que juntamente com a comunidade, os funcionários, os associados, os parceiros e os doadores assumem o compromisso de manter viva esta obra, que vai completar em 2023, 70 anos de existência. Que sob a proteção de Nossa Senhora da Glória todos estejam preparados para enfrentar os novos desafios e mantenham-se firmes no propósito de seus fundadores:... “ Prestar assistência gratuita às pessoas reconhecidamente necessitadas, em situação de vulnerabilidade social, de acordo com suas possibilidades ajudando-as a manter-se dignamente, propiciando-lhes assistência social, com práticas que possam levá-las à inclusão social.” (art. 2: Estatuto Social).

Sandra Hansen Coordenadora

Nova diretoria eleita Diretor Geral: Padre Lucio Bento, C.Ss.R. Presidente: Cícero Rômulo Dutra Pironi Vice-Presidente: Fabiano Luiz Carcerero Tesoureiro: Silvio Heleno Furtado Pimentel Segundo tesoureiro: Rogério Chinelato de Souza Secretária: Ana Maria Pereira Dias Segunda secretária: Vânia Lúcia A. de Lima Pimentel Conselho Fiscal: Maria Aparecida Dias da Silva Jair Duarte da Silva Filho Natália Lott da Costa Fonseca Suplentes do Conselho Fiscal: Rogério Freiz Ribeiro Gerson Pinto Patricia Benini Vieira Comissão de Sindicância: Nathan Ramalho dos Reis Tárcila Mota Doro Milena da Silva Machado Arthur Filgueiras de Carvalho Geraldo Eustáquio Barbosa Coordenação em parceria com o Colégio Santa Catarina: Sandra Helena Hansen


O Mercadinho da Caridade está de volta! O T

odo terceiro domingo do mês é o dia para você exercer o seu gesto concreto de fé e caridade e doar pelo menos 1kg de alimento para as quase 200 famílias assistidas pelo Ambulatório Nossa Senhora da Glória. Se você esqueceu o seu alimento, não se preocupe, o Mercadinho está pronto para lhe atender.

Retorno da Missa

dia 15 de maio marcou o retorno das Celebrações Eucarísticas no Ambulatório, que agora acontecerão todo terceiro domingo do mês! Os fiéis puderam voltar a participar das missas após dois anos, desde o início da pandemia. Agradecemos a Comunidade Redentorista, na pessoa do Pároco, Padre Lucio Bento, CSsR, pelo empenho em manter esta Celebração mensal. Nesse mês de junho, a Celebração será no dia 19, às 18h. Venha celebrar conosco!

Almoço da Caridade 2022

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conteceu no dia 21 de maio, precedido de uma Missa. Momento de oração e confraternização promovido pelo Vicariato da Caridade da Arquidiocese de Juiz de Fora. O evento retornou após 2 anos suspensos por causa da pandemia. O Ambulatório esteve presente com o Padre assessor Pe. Torres, uma representação dos funcionários, da diretoria e três famílias assistidas! O almoço foi oferecido para mais de 400 pessoas entre assistidos e representantes das Instituições Católicas do município.

Agradecimentos

À Rede de Supermercados Bahamas que, no mês de abril, destinou ao Ambulatório da Glória as doações referentes ao projeto Troco Solidário, e também a todos os clientes que doaram. A coordenadora Sandra Hansen, recebeu das mãos de um dos organizadores o cheque simbólico.

Ao Padre José Torres, CSsR, que organizou a belíssima Homenagem a Nossa Senhora na noite do domingo, 29/05, e a todos que participaram e doaram os alimentos, que totalizaram 75 quilos.

À Pastoral Vocacional da Paróquia da Glória promoveu no dia 22 de maio um Momento Vocacional e como gesto de solidariedade, os participantes doaram materiais de higiene e limpeza.

A todos que já contribuíram com a campanha do agasalho 2022. Estaremos recebendo as doações até final de julho. Precisamos principalmente de roupas e agasalhos para homens.


10 frases do Papa Francisco para os namorados 1. “O verdadeiro amor é amar e deixar-me amar” (Encontro com os jovens, Manila, 18 de janeiro de 2015). 2. “O amor abre-te às surpresas, o amor é sempre uma surpresa, porque supõe um diálogo entre dois: entre o que

ama e o que é amado. E de Deus dizemos que é o Deus das surpresas, porque Ele nos amou sempre primeiro e espera-nos com uma surpresa” (Encontro com os jovens, Manila, 18 de janeiro de 2015).

3. “Peçamos ao Senhor que nos faça entender a lei do amor. Que bom é ter esta lei! Quanto bem nos faz amarmo-

-nos uns aos outros contra tudo!” (Encíclica Evangelii Gaudium).

4. “Para levar por diante uma família é necessário usar três palavras. Quero repeti-lo, três palavras: “por favor, “muito obrigado” e “desculpa” (Palavras às famílias durante a peregrinação à tumba de São Pedro, 26 de outubro de 2013).

5. “O verdadeiro amor leva-te a queimar a vida, mesmo com o risco de ficares com as mãos vazias. Pensemos em São Francisco: deixou tudo, morreu com as mãos vazias, mas com o coração cheio” (Encontro com os jovens, Manila, 18 de janeiro de 2015).

6. “O segredo é que o amor é mais forte do que o momento em que se discute, e por isso aconselho aos esposos: não terminem o dia em que discutiram sem fazer as pazes, sempre” (Audiência Geral na Praça de São Pedro, quarta-feira, 2 de abril de 2014).

7. “Quantas dificuldades na vida do casal se solucionam quando arranjamos um espaço para o sonho. Se nos

detemos e pensamos no cônjuge, na cônjuge. E sonhamos com as bondades que têm, as coisas boas que têm. Por isso é muito importante recuperar o amor através do entusiasmo de todos os dias. Nunca deixem de ser noivos!” (Encontro com as famílias, Manila, 16 de janeiro de 2015).

8. “No Pai-nosso dizemos: ‘O pão nosso de cada dia nos dai hoje’. Os esposos podem rezar assim: ‘Senhor, o amor

de cada dia nos dai hoje... ensina-nos a amar-nos’” (Praça de São Pedro, 14 de fevereiro de 2014).

9. “De todas as coisas aquilo que mais pesa é a falta de amor. Pesa não receber um sorriso, não ser recebidos. Pe-

sam certos silêncios. Às vezes, também em família, entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos. Sem amor, o esforço torna-se mais pesado, intolerável” (Palavras às famílias durante a peregrinação à tumba de São Pedro, 26 de outubro de 2013).

10. “A verdadeira alegria vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos experimentam no seu coração e

que nos faz sentir a beleza de estar juntos, de se apoiar mutuamente no caminho da vida” (Santa Missa de encerramento da peregrinação das famílias a Roma, 27 de outubro de 2013).


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