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Quem sou eu?

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Obrigado Francisca

Obrigado Francisca

Eu sou alva matutina Que fecha a porta das trevas e abre o salão de luz, Que corre o pano de cena p’rá sinfonia de cor E de sons da Natureza que num abraço de vida Anunciam a manhã.

Eu sou a fonte que jorra do penhasco da montanha E em rio convertida vai cantando até ao mar… Eu sou esse mar imenso que abriga sonhos e história, Terrores e fantasias de antigos descobridores, Denodados pioneiros que enfrentaram mil perigos P’ra desbravar novos mundos num mundo desconhecido…

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Eu sou o canto do galo que estremece a madrugada Num estribilho constante de singular desgarrada… Sou brisa refrescativa que acalma o ardente calor, Sou vento forte que varre o pó do caminho agreste.

Sou sol que derrete a neve do meu insano egoísmo Que ignora a mão que se estende, faminta e necessitada… Eu sou a esmola do pobre que lhe dá nova esperança Num futuro sempre igual que se renova em miséria E aumenta a solidão a cada dia que passa Mas lhe faz acreditar que o rico, seu semelhante, Repartirá o que sobra com o que nada recebe…

Sou a expressão do poder, sou único, omnipotente, Sou futuro no presente, passado que dominou.

Franklim Fernandes entrevistaseouvidos@gmail.com

Olhando, porém, o mundo, não passo dum indigente! Caindo em mim, consciente, eu sinto que nada sou!

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