
1 minute read
Abril, Liberdade para Expressar
from OsmusikéCadernos 2
by osmusike
Domingos Bragança Presidente da Câmara Municipal de Guimarães presidente@cm-guimaraes.pt
Abril é sinónimo de Democracia e Liberdade. Esse mês dos cravos que marcou o fim do governo de um homem, e de um séquito, que começara a ganhar forma, em 1926, com a Ditadura Nacional. Abril é reconhecimento do valor dos homens e da comunidade, do poder da existência conjunta e da cooperação. E só em Democracia se pode promover uma sociedade mais justa. Só em Democracia se pode escolher um governo, livremente. Mas com Democracia e Liberdade emerge o conceito de responsabilidade. Para os eleitos, esta implica estar ao serviço do bem comum, do interesse comunitário. Para os eleitores, significa a obrigação de um permanente escrutínio, que tenha igualmente por base o bem comum, e não apenas visões subjetivas que se adequem a interesses pessoais. É esta ideia de bem comum que gostaria de reforçar. Numa altura em que vivemos uma polarização nunca antes vista na nossa Democracia, pode pensar-se o bem comum como algo subordinado a diferentes conceitos, que variam ideologicamente. Mas não. O princípio de bem comum tem uma dimensão ética e essa está ao serviço da sociedade no seu conjunto, ainda que vários caminhos, necessariamente democráticos, se abram para alcançar esse objetivo. A livre expressão de ideias e pensamentos é também uma conquista de Abril. Ideias e pensamentos que podem ser lidos nesta edição de OsmusikéCadernos2, sobre Abril e a Liberdade e as vivências da Democracia na nossa cidade. Uma publicação que é um espaço de cultura e de liberdade, em Guimarães. Um sinal de vitalidade do pensamento dos cidadãos, unidos por um objetivo comum, materializado através de mais um direito alcançado pela Revolução, o direito à livre associação de pessoas, que também se reúnem em prol de um objetivo comum. A grandeza da vida política, em que me revejo, é poder trabalhar para esse grande objetivo coletivo. E
Advertisement
isso só me foi dado como possibilidade por ter havido quem, em Abril de 1974, tenha tido a coragem de lutar pela Liberdade, não de uns, mas de toda uma nação. Se hoje vivemos em Democracia e Liberdade, tudo devemos à “Revolução dos Cravos”. Aos que estão à frente dos destinos de um coletivo, exige-se-lhes o merecimento da confiança dos seus concidadãos, para que Abril se possa cumprir, sempre.