O praticante - Revista / Publicação Desportiva - Edição 46

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Orientação

dalidade, “a prova fugiu um pouco àquilo a que estávamos habituados e o desafio nos pontos era mais exigente, mais rigoroso. Perante este grau de dificuldade, conseguir esta vitória foi muito importante.” Confessando-se mais preparada e confiante para os próximos embates da Taça de Portugal, Diana Coelho termina com um apelo: “Aqueles que têm mobilidade reduzida não se menosprezem perante outras pessoas e venham experimentar. Há aqui uma oportunidade de fazer desporto em contacto com a natureza e toda a gente consegue. Posso garantir que isto não é nada difícil. Basta ter vontade e acreditar. Prova a prova, desafio a desafio, as dificuldades vão-se superando e os resultados acabam por aparecer.” Quanto aos outros atletas que ocuparam lugares no pódio na Classe Paralímpica, Ana Paula Marques acabaria por confessar ter achado a prova “muito difícil e com as balizas demasiado baixas, o que dificultou a sua visão”. Mas os desafios colocados acabaram por ser importantes: “Fiz o melhor que podia. Temos que aprender a superar as dificuldades e fazer o nosso melhor.” A finalizar: “Estamos sempre a aprender. Todas as provas são diferentes umas das outras e em cada uma delas aprendemos sempre algo mais.” Ricardo Pinto era igualmente um atleta satisfeito no final: “A minha grande dificuldade residiu na interpretação da sinalética, mas consegui superar bem e estou muito contente com o 2º

lugar.” Quanto à iniciativa em si, o atleta considera-a muito boa e que “merecia ser mais divulgada, sobretudo junto das pessoas com deficiência, para que pudessem também vir experimentar e para que houvesse uma maior competitividade.”

Figuras ilustres marcam presença A tarde viria ainda a ser preenchida com uma demonstração de Actividade de Orientação Adaptada, levada a cabo pela APPACDM – Viseu, com o apoio técnico do Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos. Esta é uma modalidade que dá os primeiros passos no nosso País e que foi bastante apreciada por todos os presentes que participaram e assistiram. Testemunharam também esta demonstração o Presidente do Comité Paralímpico de

Portugal, Humberto Santos, o Presidente da Federação Portuguesa de Orientação, Augusto Almeida, e o ex-Atleta Carlos Lopes. “Na Federação Portuguesa de Orientação estamos todos a trabalhar no sentido de colher ensinamentos e encontrar uma forma definitiva de implementar a Orientação Adaptada. É fantástico ver a alegria nas pessoas que puderam desfrutar da actividade e essa é a maior recompensa para quem tem de gerir por vezes coisas menos boas e tomar decisões que não agradam. Ver um sorriso estampado no rosto de uma pessoa que se sente feliz porque descobriu a solução é recompensador”, referiu o Presidente da Federação Portuguesa de Orientação, Augusto Almeida. Texto: Joaquim Margarido (Fonte: www.orientovar.blogspot.com)

Resultados Classe Paralímpica 1º Diana Coelho (ES Baião) – 8 pontos 2º Ricardo Pinto (MFR / Hospital Prelada)– 7 pontos 3º Ana Paula Marques (MFR / Hospital Prelada) – 5 pontos Classe Aberta 1º Vetle Ruud Braten (IFK Göteborg) – 16 pontos 2º Antonia Holper (Pannonian Allstars) – 16 pontos 3º Tomas Sochor (República Checa) – 15 pontos

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Março | Abril 2012


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