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produtores de florestas
silvicultura: o futuro que plantamos hoje A COP26, da qual nós da CMPC participamos no ano passado, trouxe o sentido de urgência com que as questões da sustentabilidade e do controle de geração de gases do efeito estufa (GEE) devem ser tratadas. Se, na primeira cúpula do clima, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, havia um clima de otimismo, 30 anos depois, a sensação é de que ainda precisamos fazer o dever de casa. Mas a verdade é que é hoje que se constrói o amanhã. As metas de controle de emissões deixaram de ser para o futuro e precisam ser aplicadas agora, para garantir que o planeta consiga se recuperar de todo o passivo existente, principalmente aquele gerado pela humanidade no último século. Não cabe apenas esperar que os governos tomem as rédeas das situações, pois, na esfera pública, as medidas tendem a expressar uma mudança de longo prazo.
Estamos em um ponto em que todos temos nossa parcela de responsabilidade e devemos tomar atitudes práticas para ser parte da solução. Para isso, o primeiro passo é refletir sobre os compromissos do homem com os recursos naturais, sobre uma nova maneira de fazer negócios e, especialmente, sobre um novo jeito de consumir, buscando produtos que gerem a menor interferência possível no meio ambiente. Falando sobre a perspectiva da empresa, é preciso implantar muita inteligência aos processos, para que as estruturas produtivas (novas ou mais antigas) visem ao uso racional dos recursos oriundos do planeta, como água, energia e matérias-primas para o consumo. Nesse sentido, o setor de celulose assume um papel de referência, seja pelos estudos e investimentos consistentes que promove sobre melhoria de processos, seja pela matéria-prima renovável que, cada vez mais, se torna uma alternativa viável para os mais diferentes usos em nosso dia a dia. Em todo esse debate sobre emissões de carbono, aquecimento global e consumo consciente, um tema surge, em paralelo, como um grande aliado na construção de um futuro sustentável: a silvicultura. Essa prática tem se mostrado uma das maiores parceiras para frear a ação dos gases de efeito estufa. O cultivo de árvores plantadas se apresenta como uma iniciativa eficaz para estimular a criação de produtos originários de fontes renováveis, além de ser responsável pela retirada de gás carbônico em grandes quantidades da atmosfera. Isso posiciona os players da bioeconomia como matrizes industriais Carbono Negativo.
O cultivo de árvores plantadas se apresenta como uma iniciativa eficaz para estimular a criação de produtos originários de fontes renováveis, além de ser responsável pela retirada de gás carbônico em grandes quantidades da atmosfera. "
Mauricio Harger
Diretor-geral da CMPC no Brasil
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