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centros de desenvolvimento do conhecimento
aplicação da ergonomia para uma
colheita de madeira inteligente
A colheita de madeira tem evoluído de forma significativa no setor florestal brasileiro em função dos avanços tecnológicos apresentados pelas indústrias de máquinas, que têm disponibilizado ao mercado florestal produtos cada vez mais modernos e de elevada capacidade produtiva. Ao contrário das operações com menor grau de mecanização, que exigem elevado esforço físico dos trabalhadores e a realização das atividades em condições ambientais inadequadas, a maioria das máquinas de colheita da madeira possuem postos de trabalho climatizados que oferecem maior conforto e segurança aos operadores, além de modernos sistemas de controle para a obtenção de dados e informações, auxiliando a tomada de decisão de forma assertiva e inteligente. Tal fato tem possibilitado às empresas florestais a obtenção de ganhos significativos de produtividade, qualidade e segurança, além de melhores resultados ambientais e de custos. Entretanto é evidente que todo esse processo de desenvolvimento tecnológico não garante o sucesso pleno da colheita de madeira,
sendo fundamental ser considerado o fator humano, que responde por significativas diferenças no desempenho das operações florestais. Atualmente, temos observado inúmeros trabalhos e relatos pelo País acerca das novas tecnologias disponíveis para a gestão e a operação da colheita de madeira, mas pouco se discute a respeito da ergonomia, como se todos os problemas tivessem sido superados com a mecanização das operações florestais. O fato é que, apesar de todas as tecnologias, ferramentas e inteligências disponíveis, as operações são ainda muito complexas e realizadas, na maioria das vezes, em condições adversas quanto a procedimentos operacionais, floresta e terreno, trazendo dúvidas se isso poderá acarretar novos problemas para a saúde dos operadores.
temos observado inúmeros trabalhos e relatos pelo País acerca das novas tecnologias disponíveis para a gestão e a operação da colheita de madeira, mas pouco se discute a respeito da ergonomia Eduardo da Silva Lopes Professor de Ergonomia, Colheita e Logística Florestal e Coordenador de Pós-graduação do Unicentro
E, sob esse aspecto, é importante também mencionar o uso de máquinas adaptadas ou importadas de países cujos operadores possuem diferentes características antropométricas e o surgimento de novos procedimentos de trabalho, com maior exigência física e mental aos operadores, aliados à execução das operações em ritmo mais acelerado.