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floresta 4.0:
a revolução da colheita florestal no Brasil
Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores, a área total de florestas plantadas no Brasil já passa de 9 milhões de hectares. Como a demanda por produtos de base florestal só cresce no planeta, a área de floresta plantada tende a aumentar na mesma proporção. Uma maior demanda por área plantada também necessita maior eficiência de produção, e essa demanda está diretamente ligada ao processo de colheita e de transporte da madeira, desde o corte no talhão até o processo fabril. Muitos estudos já apontaram que a atividade de colheita e de transporte da madeira representa elevados custos no processo produtivo de uma empresa e requer atenção especial, pois se trata de atividades que devem interagir com os níveis de avanços e de aprimoramentos tecnológicos: no desenvolvimento de novas tecnologias, na adoção de tecnologias digitais ou no aprimoramento de máquinas, equipamentos, desenvolvimento de softwares, algoritmos, dentre outros.
Dotada de máquinas muitas vezes adaptadas e improvisadas na década de 1970, a atividade de colheita florestal iniciou seu ciclo de evolução apenas nos anos 1980, quando foram desenvolvidas as primeiras máquinas florestais. Nessa época, como a área de florestas plantadas não passava de 500 mil hectares, ainda se conseguia colher com motosserras, machados e machadinhas, com grande exigência de mão de obra. Atualmente, com uma vasta gama de máquinas, equipamentos e implementos, o processo de mecanização da colheita florestal está em outro patamar. Com máquinas cada vez mais especializadas, com controles mais robustos e dotadas, por exemplo, de telemetria, permitem ao operador e a todo o processo de planejamento um maior controle sobre toda a logística do processo de produção. Nos dias atuais, as empresas já não podem mais se dar ao luxo de ignorar essas novas tecnologias. A chegada de diversos mecanismos e ferramentas – como a telemetria de máquinas, algoritmos de aprimoramento de rotas, troca de dados entre máquinas aplicada à indústria 4.0, disseminação dos dispositivos inteligentes, uso de satélites de alta resolução, inteligência ar-
A indústria florestal está se aprimorando ainda mais com a chegada da indústria 4.0 e se ramificando para um conceito de floresta 4.0, ou chamado por alguns especialistas de floresta inteligente ou digital. " Nilton Cesar Fiedler Professor de Colheita e Transporte da UF-Espirito Santo Coautores: Rafael Michalsky Campinhos e Anderson Flores Polonine, Professores do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Cachoeiro de Itapemirim-ES