A inteligência da colheita e a logística do transporte florestal - OpCP69

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produtores de floresta essas informações dentro da cabine da máquina. Ao mesmo tempo, coletamos os dados que são utilizados para alimentar os sistemas de apontamento e controle de produção, que também se transformam em informações para o próximo ciclo de planejamento. Para a criação do nosso microplanejamento, mais uma vez, a interação entre as áreas é fundamental. Nessa etapa, a equipe que vai a campo é composta por supervisores das atividades de colheita mecanizada, baldeio e traçamento, além dos supervisores responsáveis pelas atividades de manutenção de estradas, do transporte de madeira e pela equipe do planejamento. E é nesse momento que o detalhamento do plano tático é realizado, pensando na atividade “de trás para frente”, ou seja, pensando na saída das carretas de transporte de madeira, que é definida toda a estratégia para definir o sentido da derrubada, o baldeio e o posicionamento das pilhas de madeira traçada.

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Opiniões Também, então, conseguimos levantar e delimitar possíveis áreas que requerem a atenção do operador, como locais com declives acentuados, erosões, rede elétrica, etc. Na oportunidade, são levantadas todas as necessidades relacionadas à manutenção e à preparação das estradas, como nivelamento, aplicação de cascalho, abertura de curvas, preparação para período chuvoso, posicionamento das bacias de contenção; enfim, são muitas possibilidades, e todas podem ser tratadas. Todas essas informações vão para o microplanejamento e, posteriormente, ficam disponíveis para cada operador dentro da máquina, o qual consegue visualizar pela tela, em tempo real, o seu posicionamento no talhão, além de ter disponíveis todas as informações que foram levantadas previamente durante a fase de elaboração. O sistema de gerenciamento de operações utilizado, além de levar para o operador todas as informações relacionadas ao talhão, também trabalha como um coletor de dados, enviando, em tempo real, as informações de produção: volume de madeira colhida, baldeada e traçada, quantidade de horas operadas, horas em manutenção, produtividade, enfim, o sistema entrega uma grande variedade de informações, que dão aos gestores a opção de agirem com mais celeridade e assertividade, uma vez que é possível enxergar toda a operação de qualquer lugar, do escritório ou até mesmo pelo celular. E o fator humano onde entra? Sistemas de gerenciamento, tecnologias, ferramentas, informações, tudo isso é fundamental, mas nada se concretiza sem o fator humano. Tão fundamental quanto a tudo o que foi discutido são as pessoas, e não podemos discutir estratégias, inteligência, planejamento sem valorizar e ressaltar a importância que cada profissional tem em cada etapa dos processos. Precisamos olhar com atenção, capacitar, disponibilizar recursos e, assim, teremos pessoas preparadas e engajadas para entregar o seu melhor. Conhecimento, planejamento e interação: para mim, esses são os fundamentos que devemos utilizar quando estamos trabalhando nas estratégias de colheita e de logística de transporte de madeira. Tecnologias e sistemas de gerenciamento de operações não trabalham sozinhos, é preciso conhecer as demandas, as ferramentas, os recursos, as pessoas, a área; é preciso interagir, agrupar, colaborar; e, somente assim, é possível criar estratégias inteligentes, aproveitando ao máximo das informações disponíveis para gerar conhecimento, e uma boa estratégia contribui para superar os desafios e manter a sustentabilidade do negócio. n


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