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produtores de floresta
o continuum da inteligência na colheita florestal Era uma vez um lenhador, há pouco mais de 1,5 milhão de anos. O Sr. Navarro Ergaster era um homem forte, conhecido por sua força e bravura. Ergaster e seus amigos, com seus machados reluzentes, eram capazes de derrubar e traçar até uma dezena de árvores em um bom dia de trabalho. Então, por volta de 5.000 a.C., Heinrich Cotta e vizinhos descobriram que poderiam utilizar serras cirúrgicas adaptadas para derrubar árvores e conseguiam fazê-lo com uma velocidade até 2 vezes maior e, principalmente, com melhor precisão e aproveitamento da madeira. Muitos e muitos anos se passaram e, em 1926, em Remshalden, Alemanha, conhecemos o Sr. Andreas, um astuto empresário e madeireiro, que, junto com sua equipe, utilizava-se de motosserras para abater e traçar quase uma centena de árvores em um turno de trabalho. E, há cerca de 50 anos, alguns importantes senhores e seus colaboradores começaram a manejar suas florestas, na Suécia e na Finlândia, com equipamentos florestais modernos, como harvesters, fellers, forwarders, skidders e outros, alcançando ótimos indicadores de segurança, produtividades crescentes e elevadas tecnologia e eficiência global. De onde viemos? Para onde vamos? “De onde viemos”, no âmbito da inteligência em colheita florestal, é fácil descobrir, resumir e relatar em um pequeno conto. “Para onde vamos” é a pergunta cuja resposta todos queremos ter e, certamente, só sabemos que não sabemos. Isso pode ser um problema em nossas mentes criativas e disruptivas, ansiosas pela
mais nova grande invenção, ou pelo estabelecimento imediato de tecnologias existentes que, por restrições estruturais ou de comunicação, muitas vezes ainda não são aplicadas em nossas operações florestais. As revoluções tecnológicas sempre virão e, como vimos antes, quando ocorrem, são pontos de mudança de patamar e ganhos significativos. No intervalo, às vezes de décadas, outrora de séculos, entre essas mudanças, existem evoluções tão relevantes quanto elas, capitaneadas não por alguns, mas por milhares de incríveis anônimos que não estão no Google, mas que merecem muito crédito pela capacidade de melhorar e catalisar feitos, alcançando também resultados excepcionais. E, assim, mesmo sem a troca de um equipamento por outro disruptivo e moderno, é que fomos capazes de dobrar a produtividade de equipamentos florestais nos últimos dez anos. Foram e sempre serão os operadores, mecânicos, líderes, instrutores, técnicos, encarregados e demais profissionais da floresta os responsáveis pela inteligência na colheita florestal. São eles que descobrem as limitações, sugerem mudanças e as aplicam continuamente nos equipamentos e processos e, assim, permitem que a inteligência na colheita seja desenvolvida. Agora, começamos a entender o conceito primordial da inteligência da colheita, pois ela não é uma invenção, conhecimento ou propriedade intelectual de alguém em um dado marco histórico, e sim um continuum de informações, tecnologias e ideias sendo colocadas em prática por muitas equipes, em diversos lugares do mundo, alcançando, a cada dia, algo um tanto
A vantagem está/estará naqueles que conseguirem extrair e retornar a campo a maior quantidade de análises e correlações das variáveis, transformando-as em resultados e ganhos práticos nessas operações florestais "
Anderson Jones Bobko Coordenador de Colheita Florestal da Eldorado