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plantas daninhas
presente e futuro
do manejo integrado de plantas daninhas Na eucaliptocultura, o controle de plantas daninhas representa entre 25% a 35% do custo de formação florestal. Como fator agravante, quaisquer métodos de controle de plantas daninhas adotado, se não realizados de maneira técnica e no momento adequado, além do alto custo, podem causar impactos negativos sobre a produtividade florestal. Em função disso, é fundamental desenvolver a capacitação técnica e aplicar o conceito de Manejo Integrado de Plantas Daninhas, com base nas etapas de identificação, monitoramento e controle. Os componentes do manejo integrado de plantas daninhas florestais são essencialmente os mesmos do setor agrícola. Todavia o sistema florestal é ecologicamente mais diverso e complexo, pois ocorrem mudanças nos estádios fenológicos da cultura e da composição da cobertura vegetal nativa ao longo do ciclo, com ou sem intervenção do homem. As estratégias e medidas de controle irão variar com a espécie da planta daninha envolvida, o ambiente (condições edafoclimáticas), o estádio fenológico do plantio e a interação desses fatores por intermédio da ação humana. O manejo de plantas daninhas se caracteriza por alta demanda de recursos e acompanhamento específico para garantir a produtividade florestal e a otimização dos recursos. Assim, monitorar periodicamente a infestação de ervas daninhas durante as idades iniciais dos plantios florestais permite adotar uma recomendação específica, no que se refere ao tipo de planta daninha a ser controlada e ao momento ideal da intervenção.
Nesse sentido, e com o objetivo de reduzir a subjetividade da decisão, é fundamental adotar um monitoramento eficiente de plantas daninhas, com o objetivo principal de identificar eventuais riscos de matocompetição e registrar as informações sobre a presença da planta daninha para tomada de decisão. No modelo convencional, após a coleta de dados em campo e seu processamento, as informações são utilizadas para gerar as recomendações de controle sempre que necessário. Floresta digital: tem mato no radar? A tecnologia ajuda a identificar rapidamente as plantas “intrusas” nas florestas plantadas e agiliza a tomada de decisão com rastreabilidade e governança de todo o processo. O trabalho de campo está cada vez mais familiarizado com a utilização das novas tecnologias. Somente como exemplo, na Suzano, desde 2017, aplicamos, de forma pioneira, geotecnologias para o monitoramento de plantas daninhas, a partir do processamento de imagens de satélite. Com a nova tecnologia, toda a área plantada é monitorada, e o avanço de biomassa das plantas daninhas é analisado. Dependendo da idade do eucalipto, pode-se identificar claramente o aparecimento de ervas, e um alerta é disparado.
Na eucaliptocultura, o controle de plantas daninhas representa entre 25% a 35% do custo de formação florestal. "
Edival A. Valverde Zauza e Edmilson Bitti Loureiro
Gerente de Sanidade e Proteção Florestal e Gerente de Desenvolvimento e Extensão Tecnológica da Suzano
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