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tecnologia industrial
Opiniões
transformação digital torna operação das usinas mais eficientes e sustentáveis O setor sucroenergético tem se transformado em sinônimo de evolução tecnológica. Com investimentos consistentes em pesquisa e inovação, a cadeia produtiva se moderniza para levar não só alimento para o mundo, mas também produzir energia renovável, como etanol e bioenergia, fundamentais na diversificação da matriz energética. Nesse novo ciclo de uma cultura secular, a indústria de processamento de cana-de-açúcar exerce um papel de destaque. Nos primórdios, rudimentar e voltada somente para a produção do açúcar. Nos tempos atuais, inovadora e essencial para novas derivações e finalidades. Hoje, as usinas são centros de operações, trazendo mais eficiência que, além de propiciar melhores resultados, contribuem para a geração de menor "pegada ambiental", com uso racional de recursos e diminuição da emissão de gases e da geração de resíduos. A eficiência operacional se tornou possível com a evolução da indústria, agora mais moderna e integrada, que permite aprimorar a operação por meio de processos da chamada Indústria 4.0. Sistemas de inteligência artificial, IoT (internet das coisas) e computação em nuvem se tornam facilitadores para a tomada de decisões, permitindo agregar mais valor ao negócio.
Na BP Bunge Bioenergia, com 11 unidades de processamento em cinco estados brasileiros, o aprimoramento industrial tem como ponto central a excelência operacional. No dia a dia, buscamos melhorar, continuamente, processos e sistemas, compartilhando as boas práticas e o conhecimento entre as usinas. Um indicador importante para a indústria é o uptime, que, na prática, representa o aproveitamento do tempo industrial. Em outras palavras, a capacidade que as usinas têm para processar a cana-de-açúcar, sem interrupções. Para isso, contamos com soluções de monitoramento on-line, cujo objetivo é garantir que os equipamentos não falhem. Em linhas gerais, funciona assim: sensores são instalados nas máquinas, como turbinas a vapor, motores de desfibrador e exaustores de caldeira, capazes de detectar vibrações, temperaturas e outras variáveis que podem provocar mudança de comportamento do equipamento. Essas informações são compartilhadas em tempo real com a central de controle presente em cada uma das usinas. Após análise dos dados, ajustes para a manutenção são recomendados. O uso de automação para monitoramento on-line pode ser aplicado ainda em diversas etapas do processamento, e não apenas com o objetivo de prevenção de falhas. Essas soluções de tecnologia atuam, por exemplo, para ampliar a eficiência de equipamentos.
A indústria avança depressa. A evolução da tecnologia é ilimitada e conta com diversos agentes que, diariamente, lançam mão de inúmeras soluções, muitas delas oferecidas por centros de tecnologia e pesquisa e também de startups agro, as agritechs. "
Wilson Lucena
Diretor industrial da BP Bunge Bioenergia
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