o mercado de florestas plantadas
Opiniões
como países concorrentes podem impactar
negativamente nosso crescimento
O Brasil detém cerca de 8 milhões de hectares com florestas plantadas, que perfaz 1,6% do total de florestas do País (494 milhões de hectares com florestas nativas e plantadas) e menos de 1% do território nacional. Apesar do baixo percentual de participação das florestas plantadas no total do recurso florestal, o Brasil é um dos principais players globais no setor de florestal. No que se refere ao restante da área florestal existente (98,4%), ela não tem sido utilizada de maneira a proporcionar respostas econômicas e sociais suficientes à melhoria da sociedade brasileira; ao contrário, é motivo de conflitos, que têm causado sérios prejuízos ao desenvolvimento do Brasil.
torna-se fundamental que as instituições públicas e privadas articulem e implementem uma política favorável ao desenvolvimento e à competitividade do setor florestal, bem como a indústria de base prossiga com os investimentos. "
Joésio Pierin Siqueira
Vice-Presidente da STCP - Engenharia de Projetos
Pelo lado da produção florestal, o desenvolvimento de tecnologias aplicadas às florestas plantadas (silvicultura de precisão, material genético, mecanização, etc.) nas últimas décadas, somadas às condições naturais favoráveis aos plantios florestais em diferentes regiões do país, tem permitido atingir ganhos expressivos em produtividade, redução na rotação e qualidade da madeira aos processos industrias. Essas são algumas das principais vantagens competitivas e comparativas que o Brasil possui, o que coloca o setor à frente ou em alto grau de competitividade em comparação a outros
países com tradição florestal, a exemplo do Chile, Uruguai, Nova Zelândia, EUA, Canadá, Rússia e países do Leste Europeu, importantes players produtores de madeira no cenário internacional. No entanto, na contramão das vantagens existentes que favorecem o crescimento e a competitividade do setor florestal, há uma carência de política nacional adequada e orientada às florestas nativas e plantadas. A silvicultura intensiva teve início na década de 1960, a partir de incentivos fiscais, criação de órgão responsável (IBDF), e pela excelência de marco um regulatório (Código Florestal - Lei Federal 4.771/65). No entanto, atualmente, não se evidencia a existência de uma política voltada ao incentivo da atividade florestal; ao contrário, as ações têm sido de fortalecer a minimização do setor florestal brasileiro.