Como commodities que são, os produtos do setor sucroenergético participam de um complexo sistema mundial, sujeitos a uma grande combinação de fatores, envolvendo dezenas de variáveis como questões climáticas, pragas e doenças, manobras econômicas internacionais conduzidas por fortes blocos de interesses, flutuações de condições políticas particulares a cada país produtor ao redor do mundo, numa dinâmica ora favorável, ora desfavorável, que provocam mudanças contínuas de rota e sentido, em curtos ciclos de permanência. Para administrar tal cenário é indispensável contar com a participação de um governo parceiro, que, com atitudes ágeis e pontuais, trabalha na proteção do interesse nacional. Mas ao contrário disso, as empresas brasileiras do setor conviveram, por mais de uma década, com um governo inimigo, que não poupou decisões radicais, inábeis e irracionais, fatais para mais de um quarto dos produtores, com danos generalizados para todos os players do sistema.