JORNAL ESCOLAR Nº2 1.º Período 2022/2023 Editado pela Biblioteca Escolar da ESPR JORNAL ESCOLAR Nº2 1.º Período 2022/2023 Editado pela Biblioteca Escolar da ESPR O PROSA O PROSA
Sérgio M. G. Pedro
Até fevereiro o Serviço de Psicologia e Orientação encontra-se a desenvolver uma intervenção denominada “Eu com o Outro –viagem pelo bem-estar” procura fomentar o bem-estar dos alunos do 9º ano da Escola Básica Dr. José Neves Júnior. Trata-se de uma intervenção baseada em Educação Não-Formal e Educação por Pares, onde os alunos participam e envolvem-se em atividades práticas e dinâmicas, para que possam explorar a sua individualidade e potencial.
link para vídeo de apresentação: http://psicologiaagrupescolasestoi.blogspot.com/2022/11/programa-de-intervencao-e u-com-o-outr o.html
Psicólogo
Biblioteca Escolar ESPR
Silêncio, leitura em curso
Teve início o projeto "Silêncio, leitura em curso", que pretende envolver TODOS (alunos, docentes e assistentes operacionais da ESPR) em 10 minutos de leitura diária. E para quem acha que isso é impossível de fazer em aulas de Educação Física, aqui ficam as provas...
Alunos da Pinheiro e Rosa ouviram a Campeã do Mundo de Bodyboard a falar sobre o Oceano.
No dia 23 de novembro a Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro, recebeu a Campeã Mundial de BodyBoard Joana Schenker.
O evento contou com a organização do Curso Profissional de Técnico de Salvamento em Meio Aquático, que convidou a atleta para falar do seu percurso desportivo profissional e, em simultâneo, abordou temas importantes como o Oceano e as suas ameaças.
Estiveram presentes alunos dos cursos profissionais de Técnicos de Desporto, Proteção Civil e outros alunos com interesse nesta temática.
Os alunos contaram com 1 hora de apresentação e 30 minutos de questões.
No final da sessão ficaram com uma melhor noção de como podem ser agentes responsáveis para melhorar a saúde do oceano, começando em casa e no seu comportamento.
Filipe Lara DC TSSMA
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Contos de Halloween
Sítio do Diabo
De manhã começo a ouvir um som escuro e denso ao redor da minha casa. Com medo, vou a correr à varanda e vejo um vulto enorme de quase três metros e oitenta de altura. Tinha pelos mais negros do que a própria noite e um cheiro que parecia de um cadáver. Corri de volta para dentro de casa, peguei numa arma e voltei lá para fora, mas já não o vi e muito menos o ouvi. Parecia tudo calmo como qualquer outro dia. Decidi caçar aquele vulto que tinha visto. Fui na direção em que ele se dirigia até que cheguei à floresta que havia perto da minha casa. Silêncio e silêncio, só era possível ouvir um som de uma noite calma com grilos a cantar, mas isto durara pouco quando, de repente, começo a ouvir novamente aquele barulho, mas desta vez mais alto e a aproximar-se de mim. O som era semelhante a cascos de cavalo a bater no chão e as árvores não paravam de se mexer, sendo que não havia nenhuma brisa de vento naquele momento. Estes cascos, à medida que se aproximavam, iam trazendo com eles uma voz rouca de sofrimento que me dizia: –Vai embora! Vai embora! Vai embora! Vai embora… Tamanha coragem que ali se congelava! A única coisa que pude fazer era começar a correr enquanto algo corria atrás de mim; porém, nem olhar para trás eu olhava, porque sabia que algo iria correr mal. A única coisa que podia fazer era sentir o temor que era fortificado com aquele cheiro horrível de putrefação. Ao chegar em casa, perto da varanda, sinto algo a tocar nas minhas costas.
– Será agora o meu fim? – pensei eu. Caio no chão e começo a rezar de tanto pavor, pedindo que fosse poupado de toda aquela situação infernal. Só Deus me dá a força para olhar para trás e quando o faço, nada se encontra atrás de mim.
– Como assim? Será que estou a ficar louco? Assim que tenho coragem, olho para trás e não vejo nada? – questionei-me. Tentando recuperar dentro de casa, vou para a casa de banho para lavar o meu rosto. Quando estou quase a terminar, sinto muita dor nas costas e resolvo tirar a t-shirt. Fico perplexo de medo, pois vejo lá um enorme arranhão. Fui então para meu quarto, gritando o nome da minha esposa.
– Rosa! Rosa! Rosa! – gritei eu.
Ela levanta-se assustada. Mostrei-lhe as minhas costas e contei-lhe tudo que acontecera. Ela, totalmente assustada, diz-me que já sabia o que era, informou-me que o sítio onde morávamos era conhecido como o sítio do Diabo, porque neste local teriam sido feitos muitos rituais macabros de alusão ao Inferno (os avós dela eram integrantes desses rituais) e que haveria um tesouro amaldiçoado escondido naquele terreno e que este se compunha de oferendas dadas ao Diabo. Não acreditei muito na história, mas algo eu sabia: isto tudo que aconteceu não era nada da minha cabeça. Fui então tomar um duche e dormir, quando oiço a minha mulher a vestir-se.
– Sérgio vou à casa da minha amiga. Mais tarde estarei de volta – disse a minha esposa Rosa.
– Tudo bem. Eu vou dormir agora – disse-lhe eu. Passam-se trinta minutos e não consigo adormecer, quando sinto algo a deitar-se do meu lado e penso que não pode ser a Rosa, porque ela já havia saído para a casa de uma amiga. (continua)
Outra vez aquele cheiro horrível e uma nova presença desconfortável me assolam e tremo de tanto pavor, rezando a Deus para me dar coragem para enfrentar o que quer que aquilo seja. Olho para o lado e nada se encontra.
– Meu bom Deus, só posso estar a ficar louco – penso eu. Neste momento oiço a porta a abrir, é a minha esposa a chegar a casa.
– Olá meu amor, porque estás todo suado e pálido? Parece que viste um fantasma –disse a minha esposa.
– Rosa, eu senti aquela presença de novo e acho que estou a ficar louco – digo-lhe eu. Ela começa a abraçar-me e eu já muito cansado, adormeço nos braços dela.
– Não dormi nada bem, Rosa. Rosa, onde estás? – exclamo eu. Visto a roupa, acreditando que ela deva estar lá fora andando em direção à varanda. – Rosa, já te levantaste? – pergunto-lhe eu.
– Sim, eu tive um pesadelo, sonhei que andava em direção aquela velha árvore que tem aqui no terreno e lá estavam os meus avós junto de algumas pessoas vestidas de branco e todos apontavam para aárvore. Lá tinha um buraco aberto e este estava preenchido com ouro. Quando me agachei para pegar uma moeda, a minha avó pega no meu braço e diz que eu era a única pessoa que podia ficar com aquele tesouro, mas no dia que isso acontecesse, eu iria pertencer ao Inferno – explica-me a minha esposa Rosa.
– Meu Deus, que pesadelo macabro – digo eu à minha esposa.
– Não te preocupes, foi só um sonho – diz-me ela despreocupada. – Será mesmo que isto tudo foi mesmo um sonho? O melhor será esperar até ela dormir e perceber. Passam-se três horas e a minha esposa vai-se deitar.
– Bem, ela já dormiu. Vou ao meu armário e de lá retiro uma pá e vou até à árvore. Eu cavo na zona indicada pelo sonho e sinto que a pá bate em algo duro: é um baú. Abro o baú e vejo tamanho tesouro brilhante que expelia enorme brilho. No entanto, quando vou a tocar neste, oiço um grito.
– Tira as mãos daí! – diz uma voz desconhecida.
O vento que bulia torna-se numa rajada descomunal que arrasa por completo as telhas de minha casa, mas a árvore não é misteriosamente abalada e permanece intacta com as suas folhas estáticas. Olho para o lado e vejo um cão mais negro do que a própria noite com dentes enormes e a criatura parecia ter um sorriso diabólico. Os seus olhos eram vermelhos e brilhantes como sangue e de altura gigante com um cheiro de enxofre que infestava todo o ar e uma sensação com se atrás do cão estivesse o próprio Inferno. Com tanto medo, fui diretamente a correr para casa e o cão veio atrás de mim, mas fechei-lhe a porta rapidamente e a criatura não entrou e tentou quebrá-la enquanto latia bem alto. A minha esposa veio logo ter comigo assustada perante aquela situação. Abri a porta e ele já não estava mais lá, peguei nas chaves do carro e na minha esposa e fui-me embora. Ambos concordámos naquele dia que nunca mais lá voltaríamos.
Gustavo Henry Ferreira Da Trindade - 3º TGPSI
O monstro
Conseguia ouvir os seus passos por entre a vegetação que me rodeava e o breu era tão profundo que os meus olhos eram-me praticamente inúteis. À medida que o ser se ia aproximando, os ruídos e estalidos emitidos pela folhagem seca no chão iam aumentando, assim como a minha ansiedade. O medo era tanto que o meu corpo tinha paralisado por completo. Por meros instantes eu parei de respirar e, apesar de estar ali sem nenhuma cobertura, ou seja, completamente vulnerável à visão da criatura, tinha esperança de que se não respirasse nem me mexesse ela não sentiria a minha presença e acabaria por partir. Mas que idiota! Finalmente a minha vontade de viver venceu o meu medo de morrer e o meu corpo descongelou e, assim que me foi possível, comecei a correr para a direção oposta à besta. Era aterrador! A cada passo que eu dava a folhagem estalava revelando ao ser a minha localização. Queria parar e ficar imóvel mas sabia que se parasse a morte apanhava-me! aquele jogo de sons era agonizante, a minha respiração estava ofegante e visível com o ar gélido da noite, o suor escorria pela minha testa encharcando os meus cabelos e o meu coração batia com uma intensidade esmagadora. Talvez fosse do medo ou talvez fosse do cansaço ou talvez fosse porque a minha visão periférica viu vagamente a silhueta do monstro a movimentar-se por entre as árvores.
O meu coração quase saltou pela boca, cada vez os sons eram mais variados: agora podia ouvir-se a respiração pesada do ser. Os meus pés doíam mais que tudo e a velocidade a que eu corria era surreal, completamente diferente de como eu costumava correr, nem se comparava. Os meus pés estavam exaustos mas mesmo assim não paravam de se mexer (talvez fosse o medo da morte?). Não, desta vez era a vontade de viver, o que era estranho, porque fazia um tempo que eu não a sentia. Correndo e correndo, adentrava-me cada vez mais pelas árvores ao meu redor, os passos atrás de mim iam ficando cada vez mais rápidos e... agressivos? Não era impressão minha. Os meus olhos, agora mais adaptados à escuridão, fizeram-me perceber as pedras e galhos que me eram lançados. Agora a fuga complicava-se, além de ter que correr daquele monstro, desviar-me das árvores, das raízes e das pedras do chão, ainda tinha de evitar ser atingida por destroços. (continua)
Conto de Halloween
«EU PRECISO DE ME ESCONDER.» pensei eu. Sabia que as minhas pernas não iam aguentar para sempre. Como que por coincidência, uma cabana abandonada apareceu no meu campo de visão. Entrei nela e só tinha uma divisão que estava completamente vazia, o que era terrivelmente mau, não me podia esconder assim. «SÓ PODEM ESTAR A BRINCAR!», o desespero inundava o meu corpo, «AINDA POSSO FUGIR, É SÓ VOLTAR À PORTA E...», de repente, os meus pensamentos foram interrompidos com o chiar da madeira - ele estava aqui! Virei-me para tentar fugir mas era tarde demais, a silhueta da criatura era nitidamente visível graças ao contraste que a luz da lua criava em contacto com o ser. Estava tudo acabado. Ele começava a avançar na minha direção, enquanto os meus pés recuavam lentamente até chegarem à parede, que lentamente se transformava em tijolo. O meu corpo paralisou de medo e ansiedade e a minha mente estava em pânico e ao mesmo tempo confusa com a repentina mudança das paredes. Foi uma questão de um segundo até que o ambiente à minha volta mudasse completamente para um beco sujo e escuro. Subitamente, tomei consciência do que estava a acontecer: não tinha tomado os comprimidos esta manhã. Por sua vez, o monstro continuava a avançar na minha direção, agora a um metro, mas a minha mente começava a perguntar-se se ele seria real, talvez fosse apenas um fruto da minha loucura. O ser, agora perto o suficiente para me tocar, estendeu a sua mão nojenta na minha direção. À medida que a mão se aproximava começava a perder a sua forma monstruosa e tomava agora uma aparência humanoide. O "monstro" era real mas apesar de não ir morrer, naquele momento esse era o meu desejo.
Lara Reis Colaço, do 10ºG.
ATIVIDADES LÚDICAS
Uma vez que o Natal se aproxima e as férias estão aí, a Biblioteca Escolar sugere algumas atividades para "passar o tempo". Espero que gostem!
Sudoku
Ouve o poema e completa os espaços
Elaborado pela prof.ª Fátima Borralho no âmbito do CRTIC (Centro de Recursos TIC para a Educação Especial)
DIREITOS HUMANOS
Ao longo do mês de Dezembro estiveram expostos na BE da Escola Básica da Lejana trabalhos realizados pelos alunos no âmbito da comemoração dos Direitos Humanos. Estes trabalhos foram dinamizados pela Coordenadora do projeto Lusco-Fusco, Aurora Coelho
DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
O Dia Internacional dos Direitos Humanos é comemorado anualmente a 10 de dezembro, a data em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948. A Declaração é um documento importante que proclama os direitos inalienáveis das pessoas independentemente da sua raça, cor, religião, dosexo, idioma, da opinião política ou outra, origem nacional ou social, propriedade, do nascimento ou de outro estatuto. O documento está disponível em mais de 500 idiomas, e é o documento mundialmente mais traduzido. A turma de Inglês do 12º A/B/C/D/E elaborou trabalhos alusivos ao tema, que foram expostos na Biblioteca da Escola Pinheiro e Rosa.
Professora Paula Coelho
Desafios de Escrita Criativa
Começámos com este desafio! Aliás, escolhemos o primeiro desafio lançado pela professora Margarida Fonseca, no seu Blog das 77 palavras.
Desafio 1
Escreve um pequeno texto, com 77 palavras (não poder ter nem mais, nem menos do que 77) onde entrem, obrigatoriamente, as seguintes palavras: fogo pena sorriso.
Dá asas à tua imaginação e mãos à obra!
Era uma vez um rapaz tímido que não tinha um sorriso igual aos outros. Ele tinha um sorriso feio e amarelo porque não escovava os dentes, cheirava mal da boca e tinha os lábios secos. A família tinha pena dele, mas uma vez o rapaz foi assar marshmallow no fogo, só que ele comeu tantos que ficou cheio de cáries.
A família levou-o ao dentista. E o dentista surpreendeu-se com a quantidade de cáries que o rapaz tinha.
Simão Estrela, 5ºE
O Halloween é um dia muito especial para muitas pessoas que gostam de o festejar. Algumas dessas pessoas festejam-no mascaradas, pedindo doces e quando não os recebem, fazem grandes travessuras, com um grande e malvado sorriso. Por vezes essas travessuras são desagradáveis como o fogo, mas os mascarados não tem pena nenhuma.
Eu gosto do Halloween, mas a minha parte favorita são os doces que no final como com os meus melhores amigos, que também adoram doces.
Tomás Bárbora - 5F
Hoje eu e a minha mãe decidimos fazer um arroz-doce, para isso colocámos a panela com água ao fogo e metemos mãos à obra.
Cortei uma casca de limão, peguei em dois paus de canela e deitei para dentro da panela.
Quando o arroz estava cozido, a mãe escorreu a água e juntou o leite e o açúcar.
Deixámos apurar mexendo sempre.
Quando provei fiquei com um enorme sorriso e fiquei com pena de o comer.
Afonso Guerreiro, 5ºC – NJ
"Sempre quis ser uma história!"
Usando esta frase de trás para a frente, ou seja, com as palavras espalhadas pelo texto mas ao contrário, o que sairá?
Já sabes: o teu texto de 77 palavras terá as palavras da primeira frase, à distância que quiseres, umas das outras, pela ordem inversa, o que dá:
"... história... uma... ser... quis ... sempre..."
Esta é a história de uma menina que sonhava ser bombeira. Desde pequenina que brincava com os carros e o quartel de bombeiros do irmão e adorava! Os anos foram passando e quando ela teve de escolher o que iria estudar pensou que, como adorava crianças, o ideal era ser educadora de infância.
Mas o sonho de criança nunca desapareceu e à primeira oportunidade candidatou-se aos Bombeiros Voluntários. Afinal, ela quis sempre ser bombeira!
Carlota, 5ºA Numa história gostaria de entrar, por lá colocaria tudo a rimar!
E veria um unicórnio a voar! Enquanto uma sereia nadava e uma fada deslumbrava.
Mas eu não queria ser fada, ou até feiticeira encantada.
Eu quis sempre ser um gato e um unicórnio, mas não era um gato ou um unicórnio qualquer era um gaticórnio!
E assim seria o meu mundo de encantar, um mundo mágico de deslumbrar. Por lá iria voar e num lago descansar! Gabriela Nobre, 5ºA
Desafio 2
As palavras com sons iguais fascinam, por isso, vamos escrever o nosso texto partindo destas 4:
isco – risco – arisco – arrisco
Podem juntar outras, claro, só estas são obrigatórias.
Um dia Sherlock, o detetive mais conhecido da zona, foi contratado para desvendar um caso de risco. Ele tinha de descobrir quem era o suspeito arisco que roubava acessórios de joalharia.
Então Sherlock disse:
- Eu sei que é um risco procurar um suspeito arisco, mas eu vou usar um isco e arrisco para o apanhar.
Ele falou com o chefe de uma joalharia e pediu que deixasse a loja aberta para tentar apanhar o suspeito. Assim conseguiu apanhá-lo.
Tomás Bárbora - 5F
Estes trabalhos foram realizados no âmbito da disciplina de Português, com a professora Maria Manuel Patrício.
Desafio nº 262
ATIVIDADES DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
Ao longo dos meses de novembro e dezembro foram várias as atividades dinamizadas pelas bibliotecas escolares. As fotos e os números falam por si.
Foto da árvore de Natal na Lejana
CINEMA NA ESCOLA
No âmbito da atividade "Cinema na escola", a EB da Lejana organizou sessões de cinema para os grupos do Pré-Escolar e turmas do 1º Ciclo. As sessões decorrem na sala de projeções anexa à biblioteca escolar, entre os dias 9 e 16 de dezembro. A referida sala foi montada à semelhança de uma verdadeira sala de cinema e tem lugares marcados. As crianças apresentam um bilhete de entrada (gratuito) para poderem assistir ao filme em exibição: "Princesa por acidentePil".
Feira Hora da Troca
Realizámos a feira "Hora da troca" na EB da Lejana com o objetivo de sensibilizar os alunos para a importância da reciclagem e a necessidade de evitar o desperdício.Tal como em anos anteriores, os nossos alunos e as respetivas famílias colaboraram connosco. Recebemos imensos brinquedos, muitos jogos, livros e roupa também.
Este evento também tem um cariz solidário, na medida em que o excedente será doado a famílias carenciadas de alunos da escola.
Professora Márcia Roncon
Presépio Algarvio
As festas associadas ao Natal têm início, no Algarve, no dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição. Nessa data, “deitam-se os trigos”, ou seja, pequenas sementes de trigo, milho, centeio ou alpista são colocadas em pequenos pires de louça ou de barro para formar as “searinhas”, que enfeitarão os presépios, também eles diferentes dos habitualmente feitos noutras regiões do país.
O presépio tradicional do Algarve não representa o cenário da gruta de Belém. É, antes armado em escadaria, com o menino Jesus em pé, no alto. Nas casas mais abastadas, os degraus são cobertos com toalhas de linho rendadas e bordadas à mão, imitando o altar-mor das igrejas e nas mais humildes um altar mais modesto é armado sobre uma cómoda coberta com uma toalha de renda branca, com o menino ao centro. Os degraus do trono onde o menino é colocado são progressivamente mais estreitos e espalhadas pelos vários degraus ou junto ao Menino, ficam as searinhas, bem como laranjas, frutos secos e flores, ou verduras diversas, como a murta, o loureiro, o alecrim, a aroeira e a nespereira. Uma característica, muito peculiar do Barrocal, é ornamentar o trono com laranjas. A presença das searinhas no presépio é compreendida pelo povo como uma bênção. São colocadas para o Menino “as abençoar” e para “dar muito pão às sementeiras”. Depois das festas, havia também o costume de colocar as searinhas no campo para crescerem porque estavam abençoadas. Mais tarde, o trigo recolhido era para mezinhas caseiras.
Nas paredes da sala, onde estava armado o Menino, colocavam-se também ramos de laranjeira, com laranjas, de loureiro ou ainda de nespereira. Outras famílias faziam um arco de verdura, à frente do trono.
Finalmente, colocava-se o Menino, velado permanentemente por lamparina de azeite, imagens estas que eram regra geral artesanais, feitas por santeiros locais.
Esta tradição do presépio em escadaria remonta, segundo alguns entendidos na matéria (2002, Duarte, Pe. José da Cunha. Natal no Algarve: Raízes Medievais. Lisboa: Edições Colibri), à Idade Média, sendo típica do Algarve e podendo, também, encontrar-se na Ilha da Madeira, com a chamada “lapinha”, construída com três ou mais passadas (degraus) e ornamentada com frutas e searinhas. Nos Açores, o presépio com o Menino em pé denominase “altarinho” e são-lhe colocadas, igualmente, searinhas, sendo as paredes da sala onde ele é armado, ornamentadas com ramos de laranjeira e laranjas. (continua)
(Continuação) No Algarve, as celebrações do Natal iniciam-se a 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, e prolongam-se até ao dia de Reis, celebrando-se neste período as charolas e as janeiras.
Do Natal ao dia de Reis
O presépio serrenho, comum em muitas localidades do interior algarvio, é armado em escadaria, encimado por Jesus, em pé, sendo o trono enfeitado com panos de linho bordados, searinhas, laranjas e flores. No presépio de origem franciscana, mais usual nas cidades, o menino é deitado em palha, sendo utilizada cortiça, musgo e pedras polidas para compor a gruta onde nasceu Jesus.
As filhoses, simples ou recheadas com doce de gila, e as fatias douradas salpicadas com canela, são obrigatórias nesta quadra natalícia, tal como os doces de amêndoa, e os frutos secos. Para aconchegar o estômago, aconselham as gentes algarvias a aguardente de medronho ou de figo, de fabrico caseiro. Entre o Natal e o dia de Reis, manda a tradição que se saia à rua para cantar as janeiras, recebendo em troca uma esmola, fritos da época ou um copo de aguardente. Outra tradição do Natal algarvio são as charolas que cantam rimas alusivas ao nascimento de Cristo e aos Reis Magos, entre outros.
Natal
escola-sede A equipa da Biblioteca Escolar deseja um bom Natal a todas e a todos!
Decorações de
da Biblioteca da