O Matosinhense n.º 3

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ISSN: 2183-5608

Ano I | Nº 3 | 23 de julho de 2015 | quinta-feira | Quinzenal | Preço: 1,00 € (IVA incluído) | Diretor: Luís Manuel Martins | Diretor-Adjunto: A. F. Mesquita | www.omatosinhense.com

Novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões é hoje inaugurado

Fique a conhecer a História, a evolução e as perspetivas futuras desta e de outros equipamentos do Porto de Leixões, numa entrevista exclusiva com Emílio Brogueira Dias, Presidente do Conselho de Administração da APDL Págs. 8, 9 e 10 Novas instalações da EPROMAT - Escola Profissional de Matosinhos foram inauguradas | Pág. 5

122 Anos da Conferência Vicentina da Imaculada Conceição - Matosinhos | Pág. 3 De 23 de julho a 2 de agosto | Festas de Sant’ Ana & XVIII FESTARTE em Leça da Palmeira | Pág. 3 Conheça o Grupo Dramático e Musical Flor de Infesta, pela mão do Presidente da Direção | Pág. 11 Delicie-se com os sabores de excelência da Confeitaria “O Porquinho” | Pág. 14

AGÊNCIAS FUNERÁRIAS

MATOSINHOS - LEÇA DA PALMEIRA - S.MAMEDE DE INFESTA

Linha 24h - 910 930 930


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HÁ 100 ANOS

EDITORIAL Caprichos e Presunções

Luís Manuel Martins Diretor É hoje, finalmente, inaugurado o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, um edifício que não deixa ninguém indiferente, pela magnificência e pelo caráter arrojado das suas linhas arquitetónicas, aspetos que modificaram, significativamente, a paisagem do Molhe Sul do Porto de Leixões, para quem o avista de qualquer quadrante. Esta é apenas a realidade visual de um complexo sobre o qual recaem dúvidas – embora haja muita gente que o não queira assumir por temer ser mal interpretada, junto de todas as entidades e personalidades envolvidas – sobre como será rentabilizado na sua plenitude. Temi que após a contenda de caprichos e presunções, entre mentores do projeto, seus correligionários e respetivos sucessores nas pastas governativas, a sua inauguração só se verificasse depois de conhecido o vencedor das Eleições Legislativas do próximo Outono, mas ainda bem que tal não aconteceu, porque seria um péssimo exemplo para a Democracia. Uma obra desta grandeza, independentemente de se questionar – com toda a legitimidade – a pertinência de alguns dos seus elementos constituintes, não pode estar refém do humor, do calor estival, nem do taticismo político de qualquer interveniente. Embarcar no provincianismo da ignorância, aos seus mais variados níveis, por motivos de agenda, ou por outros quaisquer, é colocar em causa, irresponsavelmente, a afirmação imediata de um equipamento estratégico para Matosinhos - que o acolhe -, para a Frente Atlântica, para o Norte e para o País.

Belmiro Esteves Galego

29 de Junho de 1904 TOURADAS EM MATOSINHOS Em 28 de Julho de 1901, por diligências do Conde de Bettencourt, de Raul Pinto de Sousa e de Afonso de Faria da Veiga Cabral, novo redondel era inaugurado em Matosinhos. Esta praça de touros, localizava-se próximo da Praia de D. Carlos, por detrás da memória ao Senhor do Padrão. Mais tarde, nova praça de touros foi erguida no antigo Campo de Sant´Ana (Parque Basílio Teles) e, como as restan-tes, demolidas poucos anos adiante. Na praça de touros do Senhor do

Padrão, além de outros bons festivais tauromáquicos, devem salientar-se, pelo seu luzimento, algumas Garraiadas ali organizadas com objectivos de interesse público ou beneficentes, nas quais cooperavam rapazes pertencentes às mais ilustres famílias do Porto, da Foz do Douro e Matosinhos. A uma quarta – feira, 29 de Junho de 1904, realizou-se uma Garraiada na Praça de Touros de Mattosinhos em be-nefício da Banda dos Bombeiros Voluntários de Mattosinhos – Leça.

Tomaram parte os seguintes rapazes: Francisco Pinto Ferreira, Napoleão Marr, J. Lages, Guilherme Castilho, Cardoso, L. Livio, José Santos Lessa, J. M. Carvalho, Francisco Martins da Costa, A. Ribeiro, D. António, Santos Tavares, P. Gousso, Lyon, A. Barbedo, D. Graça, R. Gabão e Santos Tavares. Inteligente desta famigerada e sempre falada Garraiada, o distinto aficionado Santos Quelhas. Abrilhantou o espectáculo a filarmónica da Fábrica de Instrumentos de Francisco Ribeiro Pinto Guimarães. Preços mínimos – Sombra, 500 reis – Sol, 200 reis

Vá passear! Diogo Ribeiro de Campos Eis-me fechado num gabinete. Feliz de quem construiu este gabinete, que até é cómodo, e se deu ao trabalho de todo ele ser em vidro. Permite-me descolar os olhos das paredes a que, preguiçosamente, nos fomos habituando com o passar do tempo. Assim é a rotina de muitos portugueses. Casa, trabalho, casa. Quatro paredes em ambos os locais, isto para não falar de todos os locais que visitamos e que também só têm quatro paredes e pouco mais. O tempo tem estado bastante simpático. O solzinho parece que veio para ficar – sim, há dias em que nem o vemos, mas são outros apartes –, já era tempo dele, diga-se de passagem. Recordo-me de, há alguns anos, ver multidões nas ruas preocupadas com os últimos preparati-vos para partirem para os vários destinos de férias. Iam, viviam, gastavam, da-vam a ganhar. Cá dentro, ou lá fora, não importa, iam. E agora? Neste agosto de 2015, ou muito me engano ou as multi-dões de há alguns anos atrás, para além de cabelos brancos, nuns casos, e de dúvidas em relação ao futuro, noutros, não se preocuparão a pensar em férias. Mal vai este país. Mais: mal vai o país que não deixa os seus cidadãos, que trabalham, trabalharam ou trabalharão uma vida inteira, aproveitarem alguns dias de descanso onde bem lhes apetece. Nem que seja nas areias tórridas de Matosinhos. Talvez seja mesmo esta a opção de muitos. Eu sigo-os e vou, com gosto, e com calor, claro, para o “Algar-ve dos pobres”, classificação dada por uma transeunte que há algum tempo se passeava pela marginal ao lado da Praia de Matosinhos. Mais vale pobres, honrados e, já agora, bronzeados, do que sem férias. Boas férias, sem as quatro paredes a atrapalharem!

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Conferência Vicentina da Imaculada Conceição há 122 Anos a ajudar o próximo

Em destaque

DE

SANT´ANA

& XVIII FESTARTE

23 JULHO A 02 AGOSTO I LEÇA DA PALMEIRA Parque Engº Fernando Pinto de Oliveira

Celebrou-se no passado sábado, no Salão Paroquial de Matosinhos, o 122.º Aniversário da Conferência Vicentina da Imaculada Conceição - Matosinhos, uma efeméride que se havia assinalado dias antes, a 13 de julho. Num ambiente de grande partilha, membros e utentes da Conferência confraternizaram num almoço volante, seguido de animação musical e outras surpresas, antes de apagar as velas do tradicional bolo de aniversário. Estivemos à conversa com o Presidente da Conferência Vicentina da Imaculada Conceição - Matosinhos, Ângelo Cândido, que nos revelou que a instituição presta apoio a cerca de 200 famílias, muitas das quais refletem a realidade da depauperização da que já foi considerada, outrora, a classe média. Ciente da enorme responsabilidade que tem pela frente, num trabalho de equipa que envolve uma estreita articulação com todas as entidades oficiais que tutelam quer a ajuda alimentar, quer os cuidados assistenciais, no domínio da Segurança Social, Ângelo Cândido confia na Fé e na Espiritualidade que move todos

os Vicentinos. Evocando o missionário Frederico Ozanam, nascido há 220 anos, percursor da Conferência de S. Vicente de Paulo, Ângelo Cândido presenteou-nos com a seguinte citação que, segundo ele, traduz perfeitamente o espírito da Conferência a que preside: “Há duas espécies de assistência das quais uma humilha os assistidos e a outra os honra. Assistência humilha quando nela não há nada de recíproco, quando se coloca a pessoa apenas na sua vez. Há humilhação quando apenas se leva ao pobre um pedaço de pão, uma roupa, um punhado de palha e os coloca numa posição de meros recebedores sem poder dar, por sua vez. Por outro lado, a assistência honra, quando acrescenta o pão que alimenta, a visita que consola, o conselho que esclarece, o aperto de mãos que aumenta o ânimo abatido, quando trata o pobre com respeito, não só como igual, mas como superior, visto que suporta o que nós não aguentámos e visto que está entre nós como um enviado de Deus, para provar nossa justiça e caridade, e salvar-nos por nossas obras”.

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CONCERTOS I ARTESANATO I FOLCLORE GASTRONOMIA I EXPOSIÇÕES I FOGO DE ARTIFÍCIO

Decorrem entre esta quinta-feira 23 de julho - e o dia 2 de agosto, em Leça da Palmeira, as tradicionais Festas de Sant’Ana, bem como o XVIII FESTAR-TE. O leque de eventos, que se desdobrará quer no Parque Eng.º Fernando Pinto de Oliveira, aos pés da Capela de Sant’Ana, quer nas ruas de Leça da Pal-meira, conta com concertos, artesanato, folclore, gastronomia, exposições e fogo de artifício. Eis o Programa: 23 DE JULHO - QUINTA 21h00 | Fanfarra dos Bombeiros Volun-tários de Matosinhos-Leça 21h30 | Grupo Attitude 22h00 | Second Floor 23h00 | SIMPLE 24 DE JULHO - SEXTA 18h00 | FestArte | Abertura Oficial com Hastear das Bandeiras 21h30 | Just Dance School 22h00 | Sentido Único 23h00 | MUNDO SECRETO Slimcutz + Ace ( Mind da Gap)

25 DE JULHO - SÁBADO 15h00 | Sant´Ana com Ritmos (Zumba + FitB) 21h30 | Rancho Etnográfico Orfeão de Matosinhos 22h30 | Apresentação Leça F.C. 2015 / 2016 23h00 | CHAMASOM 00H00 | Fogo de Artifício 26 JUL - DOMINGO 10h30 | FestArte | Missa Solene na Igreja Matriz (Leça da Palmeira) 14h30 | FestArte | Desfile Etnográfico 15h00 | FestArte | Recepção Oficial no Salão Nobre da JF (Leça da Palmeira) 15h30 | FestArte | Início do XVIII Festival 19h30 | Missa em Honra de Santa Ana e São Joaquim (Capela de Sant´Ana) 21h00 | Rancho Folclórico Os Vareirinhos de Matosinhos 21h30 | Fado Tradicional com os fadistas Tony Reis, Anita Faria, Sandra Cristina e Fátima Chelmik, acompanhados por Nel Garcia (Viola) e Manuel Rego (Guitarra), num espectáculo com a apresentação de Edgar Lima e de Mário Caseira 22h30 | FADO VIOLADO


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Opiniões Estar ou Ser por cá

Paulo Machado

Celebramos este mês, mais concretamente a 8 de Julho, o 183. º aniversário do desembarque do Mindelo. O desembarque realizou-se entre as praias do Mindelo e dos “ladrões”. Esta última localiza-se em Arnosa de Pampelido, no limite das freguesias de Lavra e Perafita, concelho de Matosinhos. Mais do que falar do significado histórico deste episódio, queria salientar que nesse desembarque que mudaria o rumo da guerra civil de 1832, participariam 7500 homens (sendo 2300 Franceses, 2130 Ingleses, 900 Belgas, 500 Polacos, 500 Irlandeses, 370 Escoceses e 900 Portugueses). Como podemos ver, e D. Pedro e os liberais agradecem, já dois séculos atrás a Europa teve um papel importante na resolução de uma crise portuguesa. Nessa praia, imortalizada desde aí como praia da Memória, encontramos um monumento que nos lembra esses 7500 homens comandados pelo irmão

Nesta altura do ano é habitual ouvir-se a expressão “ir para fora cá dentro” apelando aos portugueses que explorem e visitem outros locais, culturas e tradições do nosso país, muitas delas singulares e únicas. Economicamente, esta é uma forma de desenvolvermos a atividade económica interna, em particular nas áreas da restauração e turismo, promovendo-se em simultâneo a autoestima e o orgulho de sermos portugueses, não fossemos detentores de uma história rica, cheia de conquistas, sucessos e património. Matosinhos é, nesse âmbito, um caso claro de potencial. Concelho senhor de boas e belas praias, notório pela sua gastronomia ligada ao mar, e marco de grandes acontecimentos e dinâmicas do passado, encerra condições que valor excecional, frequentemente limitadas pelo desconhecimento – por muitos – das suas tradições, festas de cariz secular e património. Senão, vejamos por exemplo o caso do evento “Open House”, organizado no quadro das iniciativas da Frente

Atlântica, cujas ações em Matosinhos suscitaram o interesse da população do Grande Porto e em particular dos Matosinhenses, por permitirem conhecer edifícios com valor acrescentado da história recente e da arquitetura de Matosinhos. A este evento, acrescente-se também o exemplo da iniciativa “Moontosinhos”, sempre com um número crescente de participantes. Num concelho que conta com 5 séculos de história própria, acrescida de um crescimento económico e exponencial de habitantes desde há 4 décadas, oriundo da migração de população da cidade do Porto e do interior do país, é tempo de consolidar a dinâmica local em prol de uma maior identidade de “muitos portugueses que são imigrantes no nosso território”. Matosinhos cresceu em razão das suas gentes, indústrias e serviços, mas também como cidade dormitório do Porto, que faz com que seja a 3.ª cidade do País com maior mobilidade diária de pessoas. Por esse facto, é evidente que muita da população residente não

de D. Miguel. No mesmo mês, mas no ano de 2015, debate-se Portugal e a Europa com uma crise que terá sem dúvida de ter a memória como guia. Mais que nunca devem os europeus, do norte e do sul, latinos ou escandinavos, germanos ou eslavos ter em conta tudo o que está em risco. A ideia de uma Europa (curiosamente uma palavra de origem grega) unida e em paz decorre de um medo de repetição dos atos desumanos do período 1914-1945, e o aprofundamento de uma união é do interesse de todo e qualquer cidadão deste continente. Mais que economia, urge questionarmo-nos qual o caminho que a desagregação social e cultural de um país membro da eurozona e da união europeia como a Grécia pode obrigar a seguir. A posição geográfica, servindo de tampão entre a instabilidade do Médio Oriente, Norte de África e o expansio-

nismo da Federação Russa, terá de ser um dos fatores a ter em conta antes de assumirmos a perda da Grécia. A divisão resultante entre aqueles que estão dispostos a dar mais uma hipótese ao estado grego, e aqueles que assumem a preferência por um grexit reveste-se essencialmente de questões financeiras e interesses eleitorais internos. Há insustentabilidade da divida grega terá de se contrapor a insustentabilidade de manter o status quo na Europa. Porque acima de tudo é importante ter memória. Tal como em 1832, numa praia em Matosinhos, os europeus terão de optar entre a tirania e a liberdade. Terão de optar entre a paz e o conflito. E tal como em 1832, onde apenas 900 soldados eram portugueses, o bem comum terá de prevalecer sobre o racionalismo económico. Haja memória.

se enraizou nos costumes e história do concelho, optando sempre por “olhar para o Porto” como o centro da sua identidade, excetuando (porque dificilmente lhe passaria ao lado) a boa comida e os bons restaurantes. Assim sendo, em prol da concretização de um concelho mais coeso e sólido é necessário reforçar a identidade matosinhense, intensificando a comunhão e o enraizamento daqueles que cá dormem mas que ainda por cá não vivem. Por isso mesmo, a programação de Matosinhos para a “Capital da Cultura do Eixo Atlântico” não pode desligar-se desse propósito. É uma oportunidade de suscitar novos projetos e reunir públicos, sem esquecer as inúmeras coletividades que mantêm viva a cultura matosinhense, de forma a criar-se uma nova centralidade na Área Metropolitana do Porto. Por tudo o que escrevi, não posso deixar de perguntar ao leitor consciente e interessado: - É dos que querem ser ou dos que já são Matosinhenses?

Memória

Carlos Taveira Membro da Direção da ACELRI

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Educação e Formação

EPROMAT – ESCOLA PROFISSIONAL DE MATOSINHOS | ESCOLA EDMUNDO FERREIRA

Um novo passo para afirmar a Educação e a Formação em Matosinhos

Foi inaugurado na passada sexta-feira, dia 18 de julho, pelas 9h30, o novo edifício da EPROMAT – Escola Profissional de Matosinhos, situado na confluência da Avenida Menéres com a Rua Brito Capelo. A obra de reabilitação urbana, da autoria de José António Barbosa, arquiteto, resultou num edifício moderno e funcional, onde impera a cor branca e a amplitude do espaço interior. A cerimónia de inauguração, que decorreu pelas 9h30, contou com a presença do Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Fernando Reis, do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, e do Pároco de Matosinhos, Manuel Mendes, convidados que se juntaram quer ao principal anfitrião – Fernando Sá Pereira, Diretor-Geral da EPROMAT – quer a outras entidades e personalidades, de todos os quadrantes. Na abertura da cerimónia, Manuel Mendes, Pároco de Matosinhos, cumpriu o ritual de bênção do edifício, fazendo notar aos presentes que a transcendência significa, acima de tudo, tolerância, numa mensagem de paz que originou um momento inicial de interiorização. Seguidamente, o Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, bem como o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Reis e Guilherme Pinto, descerraram a placa da inauguração das novas instalações da EPROMAT, perante o olhar atento do Diretor-Geral do estabelecimento, Fernando Sá Pereira, e dos demais convidados. No momento dos discursos, interveio, em primeiro lugar, o Pároco de

Matosinhos, Manuel Mendes, que, numa alocução à necessidade de existir diálogo em comunidade, nomeadamente em meio escolar, destacou as iniciativas da Paróquia de Matosinhos realizadas com base nesse objetivo. Depois, Fernando Sá Pereira, Diretor-Geral da EPROMAT, numa nota emotiva, evocou Fernando Pessoa n’ “A Mensagem”, com o célebre verso “Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce”, para traduzir o contentamento de ver erigido um projeto antigo. O Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Fernando Reis, associou-se ao elogio da iniciativa empreendedora de lançar as bases de uma escola moderna, antes da intervenção do edil de Matosinhos. Guilherme Pinto reiterou a mensagem de que só a Educação constitui o caminho para a competitividade e para fazer de Portugal um País melhor. Congratulando-se pelo facto de a EPROMAT ter levado a cabo estas obras num contexto de crise e não num quadro macroeconómico expansionista, o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos considerou que é com estabelecimentos de ensino como este que Matosinhos se pode tornar ainda mais competitivo no domínio educativo e formativo. A terminar, foi ora lançado, ora reiterado o desafio, de todos os presentes marcarem lugar nas Jornadas Pedagógicas 2015 da ANESPO - Associação Nacional de Escolas Profissionais, que comemora os 25 anos ao serviço da educação e formação, e que, desde as 10h00 e até ao final do dia da passada sexta-feira, decorreram no recém-inaugurado auditório da EPROMAT.


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Política e Cidadania Matosinhos Pensado

Joaquim Jorge Há quem ache que só se deve falar de eleições próximo da sua data. Eu pelo contrário penso que até à data de uma contenda eleitoral é necessário como diz o provérbio, «quem vai para o mar aparelha-se em terra”. As próximas eleições autárquicas em 2017 aqui em Matosinhos vão dar muito que falar. A sucessão de Guilherme Pinto está na ordem do dia, nada tendo que ver com a sua doença (tem demonstrado uma tenacidade e luta dignas de registo), mas por força da lei: limitação de mandatos. Terá que haver uma nova cara. A questão que se põe: quem será? Guilherme Pinto actualmente é independente, entregou o cartão de militante socialista para poder concorrer contra o seu partido (PS), até então. Está excluído.

ALERTA LARANJA

Comissão Política do Núcleo de Matosinhos e Leça da Palmeira

António Parada como líder da oposição não deixará de tentar ser o escolhido pela estrutura do seu partido (PS). Todavia vem de uma derrota pesada. Se tivesse sabido esperar e ter sido o número dois de Guilherme Pinto, seria naturalmente o candidato do PS em 2017. De novo como diz o ditado popular, «quem tudo quer tudo perde». Assim não me acredito nessa possibilidade. Estava obcecado por concorrer a Presidente de Câmara e saiu-se mal. Por outro lado, fala-se em Luísa Salgueiro. Mas francamente alguém que é deputada e abandonou funções em Matosinhos (chegando a ser vereadora e deputada) à partida terá mais dificuldades. Nada tenho contra a Luísa de quem sou amigo mas será mais útil como deputada. Optou por ir embora e não se pode voltar para ter um lugar. Isso tem que ser bem explicado aos matosinhenses. Todavia o PS pode escolhê-la mas as suas chances são reduzidas. Fala-se em Palmira Macedo, actual presidente da Assembleia Municipal, de quem se diz que Guilherme Pinto não toma nenhuma decisão sem o seu agrément. O seu poder extravasa as suas funções que são de liderar os trabalhos da Assembleia, não tendo funções executivas. A espaços, fala-se do número dois de Guilherme Pinto, Eduardo Pinheiro que ninguém conhece e aterrou em Matosinhos de pára-quedas sendo uma escolha pessoal do actual presidente. Eu pergunto porque não pode ser Nuno Oliveira antigo número dois? E natural-

Parque de Basílio Teles Dando seguimento à sua política de aproximação à população, procurando ouvir os matosinhenses e os leceiros sobre o que realmente os preocupa e as suas reais aspirações, o núcleo do PSD de Matosinhos/Leça da Palmeira realizou uma visita ao Parque Basílio Teles, tendo realizado um pequeno inquérito sobre a situação deste parque. Posteriormente, os representantes do PSD na Assembleia de Freguesia, na Assembleia Municipal e na Câmara Municipal alertaram para as situações mais críticas que os utentes do parque denunciaram. Como resultado destes alertas, em Assembleia de Freguesia o PSD, conse-

mente Correia Pinto ou Fernando Rocha? Têm experiência e capacidade de se adaptar a várias circunstâncias. Já trabalharam com Narciso Miranda e agora com Guilherme Pinto. Por fim, temos Narciso Miranda, um verdadeiro enigma, que pode ter a sua derradeira oportunidade de voltar à CM Matosinhos. O seu trajecto depois de acatar a ordem do PS de não concorrer em Matosinhos, devido ao famigerado episódio da lota. Passados quatro anos em 2009, concorreu contra o PS, mas não teve o cuidado, ou fê-lo deliberadamente, de entregar o cartão de militante. Perdeu as eleições e o cartão de militante do PS. Mais tarde, em 2013, não participou no acto eleitoral. Mas agora em 2017, pode abrir-se uma janela de esperança e oportunidade. Porquê? Narciso Miranda foi enganado e ostracizado pelo PS, rejeitaram o seu contributo e a sua mais-valia em virtude de algo que todos tiveram culpa. De outro ponto de vista está no seu direito, de novo, ir a votos, é um cidadão expulso do partido, mas o que conta é que é um cidadão livre e independente. Evidentemente que Narciso Miranda cometeu erros, alguns inexplicáveis, mas aprender com os erros ensina-nos a evitá-los. O primeiro passo para tirar proveito deles consiste em perder a vergonha de errar. Com os erros aprende-se. O problema é que em Portugal o erro é mal visto. Errar uma vez não quer dizer que se reincida mas que nos abre as portas para a criatividade e para fazer de outra forma. Nos Estados Uni-

dos, num processo de selecção para um posto de trabalho um currículo com experiências negativas é muito bem visto. Alguém que, por exemplo, montou um negócio ou teve um lugar de chefia e teve uma experiência catastrófica passa a ter mais experiência e maturidade do que quem não a teve. A probabilidade que essa pessoa tem de ter mais iniciativa, ser mais inovadora e criativa aumenta. Todavia o maior inimigo de Narciso Miranda é ele próprio. Assim ele saiba reencontrar-se e ter cuidado com quem o segue. O tempo tem permitido ver que Narciso Miranda não é assim tão desprezível e é alguém a ter em conta. Matosinhos tem cometido muitos erros e dado uma imagem péssima para o exterior. Quem detém o poder ou quer ir para o poder não o faz por mal ou estupidez pensando que está a fazer bem. Keynes dizia que, «por vezes partindo de um erro lógico persistente pode levar-te ao manicómio». Espero que Matosinhos não se torne um manicómio… Nota: muita gente me inclui na lista de candidatos à CM Matosinhos pelo que tenho feito pela cidadania e participação cívica no Clube dos Pensadores, não sendo alheio os inúmeros debates realizados em Matosinhos (Leça da Palmeira, S. Mamede, etc.) e o programa de rádio na RCM - Clube dos Pensadores - que esteve no ar, cinco anos, em que dava voz às pessoas de Matosinhos. Todavia auto-excluo-me apesar de receber imensas solicitações e incitamentos.

gui que fosse aprovada por UNANIMIDADE, uma recomendação que visava a eliminação de situações como o bloqueio dos WCs dos deficientes e os perigos existentes na área coberta junto à praça de táxis. Nem as festas do Senhor de Matosinhos, nas quais o Parque Basílio Teles desempenha sempre um papel central, foram suficientes para que a situação fosse resolvida. Ficando assim demonstrada a incapacidade dos executivos autárquicos, em atender às reais necessidades da população. Não se pode aceitar que durante as festas, com milhares de visitantes, as casas de banho para deficientes continuassem fechadas. Considera o núcleo do PSD de Matosinhos/Leça da Palmeira que tal atitude revela falta de respeito para com a população matosinhense, por isso, irá novamente levar este assunto a discussão. Continuaremos a trabalhar para que esta situação seja resolvida o mais brevemente possível.

PSD entrega propostas para o Plano de Actividades e Orçamento de 2016 No âmbito do Estatuto da Oposição e correspondendo ao convite do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, o PSD entregou, no passado dia 10 de Julho, às 16h30, em audiência nos Paços do Concelho com o autarca, as Propostas para o Plano de Actividades e Orçamento de 2016. Num caderno de cerca de 30 páginas, onde o PSD/Matosinhos à autarquia fomentar áreas tão diferentes como, “Uma Estratégia para o Desenvolvimento Económico”; “A Urgência da Reabilitação Urbana”; “Plano de Apoio à Restauração”; “O Comércio Local em Matosinhos”; “A Proteção Civil”; “Participação Jovem”; “Desporto Jovem”; “Habitação Jovem” e “Orçamento Participativo”.


7 ASSEMBLEIA MUNCIPAL DE MATOSINHOS | SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DE 13 DE JULHO DE 2015

Visões díspares sobre o território toldam consenso desejado

Realizou-se no passado dia 13 de julho de 2015, nos Paços do Concelho, uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Matosinhos, com um único ponto na ordem de trabalhos - a Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) do ano de 1992. O Presidente da Câmara desejou consenso, à semelhança do que aconteceu há 23 anos, mas diferentes visões sobre o PDM geraram, no calor da discussão, a saída repentina do líder da bancada independente. No fim, foi aprovada, por unanimidade, a constituição de uma Comissão Interna de Acompanhamento da Revisão do PDM. O processo regressa à Assembleia Muncipal em setembro. No período destinado à participação do público, intervieram quatro cidadãos, que afloraram aspetos do discurso político, de habitação social, da necessidade de controlo do excesso de velocidade de veículos circulantes no troço final da A4, junto à Avenida da República, em Matosinhos, bem como do ordenamento de trânsito e estacionamento em época estival junto à praia de Matosinhos, de entre outros pormenores, alguns dos quais não enquadráveis em sede de Assembleia Municipal. Já no período antes da Ordem do Dia, procedeu-se à apresentação de um Voto de Pesar pelo falecimento de Maria de Jesus Barroso, apresentado pelo Partido Socialista (PS), na voz do deputado Carlos Alberto Ferreira, que mereceu aprovação por unanimidade. No documento, que elogiava o percurso de vida e carreira de Maria de Jesus Barroso, podia ler-se que o falecimento da camarada, uma das fundadoras do PS, constituía “uma perda irreparável para o PS e para o País”. Fernanda Amaral, deputada independente, interveio, neste ponto, para evidenciar que “apesar de tudo o que se disse, muito fica por dizer sobre esta mulher”, sublinhando a sua dádiva, dedicação, apego e ajuda ao próximo. Nas considerações prévias sobre o ponto único da Ordem de Trabalhos, o Presidente da Câmara Municipal de

Matosinhos, Guilherme Pinto, afiançou que “não é comum alterarmos constantemente o PDM, mas fruto da legislação mais recente, que introduziu novos conceitos como a Ecologia e a Redução do Perímetro Urbano – de entre outros – somos forçados a reenquadrar a nossa estratégia”. O balanço da execução do PDM de 1992 – elaborado na época sob um cenário de carências básicas ao nível do território e da população, adensado pelas pressões quer da entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia, quer dos aspetos decorrentes da segunda Revolução Industrial – é fortemente positivo. Reconhecendo, “naturalmente” – nas suas palavras –, falhas na execução do PDM que tem vigorado até aos dias de hoje, sobretudo em zonas de charneira, como o extremo norte do concelho, ou Matosinhos Sul – onde importa “mitigar os erros do passado” –, Guilherme Pinto apresentou, numa tela, todas as intervenções previstas no PDM, cuja revisão se vai discutir nos próximos meses. O edil matosinhense deseja um PDM consensual, à semelhança da unanimidade alcançada em 1992, porque “o documento não é propriedade de uma dada maioria”. Guilherme Pinto realça que após o término da requalificação da orla costeira, já verificado e um dos grandes desígnios do seu primeiro mandato, a sua grande aposta se vai centrar na requalificação do Vale do Rio Leça, no sentido de dotar este território de uma atratividade por parte de amantes da Natureza, do Lazer e do Desporto. Conferida a palavra aos deputados, por parte da Presidente da Assembleia Municipal, interveio, em primeiro lugar, João Forte, pela bancada da Coligação Democrática Unitária (CDU), que se manifestou contra visões acríticas face a um documento fundamental como o PDM. Em primeira instância, colocou em evidência a inversão demográfica que vai levar à perda de dez mil habitantes nos próximos anos, manifestando, igualmente, preocupações com os cuidados na primeira infância, no âmbito de um desejado concelho mais solidário, mais justo e mais inclusivo. A terminar, o deputado da CDU propôs a criação de uma comissão permanente de acompanhamento da revisão do PDM. Tomou depois a palavra o deputado Mário Rui, do PS, que, a abrir, afirmou: “Concordo na generalidade com que o Presidente da Câmara disse, porque não há modelos perfeitos, acrescentando que “se conseguirmos esbater alguns fatores de bloqueio, teríamos possibilidade de potenciar o PDM. É um orgulho assistir ao que se fez, tendo em conta que, há 30 anos, Matosinhos era considerado o ‘Terceiro Mundo’ do Norte”. Seguidamente, Ferreira dos Santos,

deputado eleito pelo Bloco de Esquerda (BE), defendeu, tal como a CDU, a criação de uma comissão de acompanhamento do PDM. Na sua intervenção, manifestou-se preocupado quanto à erosão costeira a que o litoral de Matosinhos está sujeito, defendeu a implementação de indústria limpa e lamentou o facto de a proposta de PDM “não evidenciar a construção da nova lota, no Porto de Leixões, o Porto de Abrigo, em Angeiras, nem de limitar ao máximo, como deveria, as Áreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI). No final, saudou o processo participativo dos cidadãos no PDM – numa consulta que, tal como é do conhecimento público, decorre até ao dia 26 de setembro deste ano. José António Barbosa, líder da bancada do Partido Social Democrata (PSD), assumiu a intervenção mais cáustica da noite, até ao momento em que decorriam os trabalhos, tendo referido que “o PDM deveria ter sido revisto no espaço de dez anos após a sua implementação, ou seja, em 2002, e só o é, passados 23 anos. Parece que só se faz a revisão do PDM por imperativo legal e não por um desígnio de requalificação do território”. Ciente deste antecedente, José António Barbosa considera que o processo aporta “incerteza quanto ao futuro e é inimigo do investimento”. O social-democrata concretiza a sua visão: “Os planos de Urbanização e os Planos de Pormenor deveriam ter sido usados complementarmente ao Plano Diretor Municipal e nunca como instrumentos isolados. Serviram interesses particulares, em vez de planearem, formalmente, o território”, apontando exemplos como o Parque Real, que devia de ser espaço verde de utilização pública, depois de retiradas as petrolíferas. “Em Matosinhos, assistimos à subversão do processo urbanístico – primeiro vêm os edifícios, depois é que se projeta o espaço público. Não há sonho e não ouvi falar de Turismo, de Pescas, nem de Reindustrialização. Perde-se, assim, a oportunidade de requalificar, estrategicamente, o território”, reitera José António Barbosa. A seguir, interveio o líder da bancada independente, Manuel Leão Tavares, que expôs – para quem, eventualmente, não soubesse do que se tratava – o que era o PDM, fazendo a apologia maioritária do consenso, e destacando “a vontade de colaboração da CDU [parceira de coligação], do PS e do BE, ao contrário do PSD”. A terminar, e naturalmente ciente de que “estamos no início de um processo, que vai durar alguns meses”, Manuel Leão Tavares lançou uma questão – de certa forma retórica – ao Presidente da Câmara: “Quais são os passos seguintes?”. Perante a incredulidade visível nos rostos de alguns deputados

do lado oposto do hemiciclo, nomeadamente do PSD, só a absolutamente consensual intervenção do deputado Monteiro da Mota, do PS, serenou tal sentimento. Monteiro da Mota validou que o PS concorda com a preconizada redução do perímetro urbano, em sede de PDM, e compadeceu-se com alguma dúvida que pudesse subsistir sobre as boas intenções da revisão do PDM, uma vez que o processo decorre da grande quantidade de Legislação publicada nos últimos anos. No essencial, afirmou que o PS concorda com a metodologia aplicada ao documento e que espera consenso unânime, à semelhança do que aconteceu no ano de 1992. Luís Branco, deputado do PSD, congratulou-se pela postura construtiva de Guilherme Pinto neste processo: “Registo a vontade de consenso da maioria independente, contra a ditadura da maioria que por vezes prevalece”, tendo afirmado, ainda a propósito das palavras de Manuel Leão Tavares, que “o PSD tem a disposição do que os matosinhenses lhe quiseram dar”, manifestando-se abertamente desagradado com o discurso acrítico e de apoio do líder da bancada independente ao líder do executivo, de que este, na circunstância, não necessitaria, pelo que já se tinha visto. É neste momento que, quando a Presidente da Assembleia Municipal já tinha dado a palavra ao Presidente da Câmara e este se encontrava a falar, que Manuel Leão Tavares pede a palavra, exasperado por não se poder defender. A pretensão foi negada e Manuel Leão Tavares abandona, repentinamente, o hemiciclo, sem mais justificações. Ao retomar em pleno a palavra, Guilherme Pinto agradeceu as diferentes visões expostas e afirmou que “esperava mais do PSD e de José António Barbosa. Estamos aqui para discutir e eu apelo ao consenso, com uma postura construtiva e com propostas concretas para os diferentes cenários – Orla Costeira, Vale do Rio Leça e Zonas Verdes, por exemplo”. Na ocasião, José António Barbosa pediu a palavra para reiterar, perentoriamente, que só lamentava o facto de se fazer a revisão do PDM “a reboque da Legislação”, tendo clarificado que o PSD defende a Comissão de Acompanhamento Interna da Revisão do PDM apoiada pela CDU, PS, BE e Independentes, desde que esta assumisse um formato não deliberativo, em sede de Assembleia Municipal. A terminar o leque de intervenções, João Pereira da Silva, deputado independente, defendeu a criação da referida Comissão Interna, com representação proporcional de todos os grupos parlamentares, matéria que, uma vez submetida à apreciação, foi aprovada por unanimidade, tendo terminado logo de seguida a sessão.


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ENTREVISTA

ENTREVISTA A EMÍLIO BROGUEIRA DIAS ção de carga obrigava a ter uma grande disponibilidade de espaço. Os navios chegavam a estar entre duas semanas a um mês a movimentar cargas, sendo que as cidades envolventes não dispunham de armazenagem suficiente, nem detinham unidades que permitissem absorver aquelas mercadorias, quer as importadas, quer as exportadas.

Há uns anos, o Porto de Leixões lançou uma campanha publi-citária que tinha como ‘slogan’ “Chegar e Zarpar”. A mudança de paradigma evidenciada nesta máxima - de um porto onde, outrora, a movimentação de cargas era morosa, logo cara, para uma infraestrutura competitiva e ágil, que permitiu reverter esse cenário, nos dias de hoje - foi apenas um dos muitos aspetos evi-denciados nesta entrevista com Emílio Brogueira Dias, Presidente do Conselho de Administração da APDL. Num olhar sobre a História, qual foi a emergência da construção do Porto de Leixões e de que forma é que se afirmou, em articulação com os portos do Douro? A construção do Porto de Leixões, há mais de 120 anos, foi indispensável, porque o Douro não dava resposta suficiente à procura que registava e tinha problemas crescentes na travessia da barra, o que originou acidentes e naufrágios determinantes para a tomada de decisão de se projetar uma nova infraestrutura portuária. Nessa época, foi estudado o aproveitamento de uns rochedos que existiam próximos da foz do Rio Leça, chamados Leixões, que garantiam um bom porto de abrigo para montante e que acabariam por dar o nome ao porto construído. A génese de Leixões era, na realidade, um anteporto para os navios poderem esperar antes de entrar na Barra do Douro, mas, mal este foi concluído, começou logo a funcionar e a crescer. Como é que definiria a realidade da

zona envolvente, à época da construção, e de que forma é que o Porto de Leixões delineou o seu futuro? Quando o porto se instalou, havia aqui uma pequena comunidade piscatória, bem enraizada, junto à foz do Rio Leça, que vem deste tempos imemoriais, sobretudo na margem sul, ou seja, do lado de Matosinhos. O porto e a cidade foram crescendo ao mesmo tempo. Uma das grandes virtudes de Leixões foi ter tido sempre um plano de ordenamento muito concreto, desde o Séc. XIX, que orientou o seu crescimento e permitiu vir a delinear o porto em várias fases, com metas muito concretas. Desde os princípios do Séc. XX que o Porto de Leixões tem vindo a perseguir uma linha orientadora de planeamento e ordenamento integrado com a própria cidade. De início, as mentalidades e as rotinas de funcionamento eram muito diferentes das de hoje, quer nos portos, quer nas cidades. Havia uma filosofia de porto não só com muitos e extensos cais, mas também com muitos armazéns, porque, de facto, o tipo de movimenta-

Como é que o Porto de Leixões se posicionou em termos de transacionalidade de mercadorias e de transporte de passageiros? Leixões sempre foi, por excelência, um porto de exportação de mercadorias, bem como uma notável porta de entrada e de saída de passageiros, nos fluxos migratórios dos finais do Séc. XIX e inícios do Séc. XX, sobretudo para o Brasil e para o resto do continente americano. Os primeiros edifícios construídos em Leixões foram, justamente, os que integravam a zona da sanidade marítima, no casco histórico, junto à atual Marina de Leixões – que foi reconvertida para uma incubadora da Universidade do Porto. Durante muitas décadas foram aí controlados, exaustivamente, como o comprovam os registos da época, milhares de passageiros e tripulantes de navios, na entrada e na saída de Portugal. A título de curiosidade, ainda há descendentes de emigrantes portugueses, entre a segunda e a quarta gerações, que, por vezes, aparecem para pesquisar os registos dos antepassados que partiram de Leixões para o mundo. Qual é que considera ter sido o momento mais marcante do Porto de Leixões, desde a sua génese, e de que forma é que moldou a evolução da infraestrutura? Em 1940 foi inaugurada a Doca 1. Em 1955 houve um plano que marcou muito a atividade do Porto de Leixões até ao fim do século – o Plano Schreck – que definiu as suas linhas de orientação, bem diferentes das de hoje. Havia

muitos cais e quatro docas, por isso é que temos a Doca 1, 2 e 4. A título de curiosidade, a Doca 3 não existe. Quando comecei a trabalhar na fiscalização da Doca 4, na década de 70, ainda se pensava em a reanimar a Doca 3, como doca de apoio, dotada de estaleiro, mas uma vez que essa doca aproveitava o braço do Rio Leça para montante, hoje não daria para crescer para esse lado, visto que as margens estão aproveitadas e não existem, objetivamente, condições de navegabilidade. O Porto de Leixões está confinado na Doca 4, junto ao viaduto da A28 - construído e detido pela APDL, como forma de facilitar o fluxo de trânsito entre Matosinhos e Leça da Palmeira, evitando o congestionamento do porto, um facto que muita gente desconhece. Quais foram os desafios decorrentes do alargamento do Porto de Leixões para montante? Quando o porto cresceu, nos anos 60, para as docas interiores, foi obrigatório construir uma ponte móvel. A ponte original, anterior a esta, era muito esbelta.

Uma das grandes virtu-des de Leixões foi ter tido sempre um plano de or-denamento muito concre-to, desde o Séc. XIX, que orientou o seu crescimen-to e permitiu vir a delinear o porto em várias fases, com metas muito concre-tas. Desde os princípios do Séc. XX que o Porto de Leixões tem vindo a perse-guir uma linha orientadora de planeamento e orde-namento integrado com a própria cidade.


ENTREVISTA

Hoje em dia o matosinhen-se é uma pessoa que não vive, nem se deve sentir retratado, sem o seu por-to. O Porto de Leixões e Matosinhos-Leça são duas realidades indissociáveis, o que se constata pela His-tória deste porto de mar, que tem mais de 120 anos já vem do Século XIX - e nasceu da necessidade de dar resposta logística quer à área envolvente, quer a toda a Área Metropolitana do Porto e à Região Norte.

Leixões sempre esteve ligado a grandes artífices, quer no campo da engenharia, quer no da arquitetura. Era uma ponte maciça, mecânica, mas com um ‘design’ muito apelativo. Em quarenta anos de funcionamento teve apenas uma avaria, nos anos 80 do século passado, devido a um navio desgovernado que nela embateu, depois das suas amarras se terem rebentado num dia de temporal. Na ocasião, esteve nove meses imobilizada. Já nessa altura, perante tal cenário, a APDL e a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto criaram um vaivém

contínuo para fazer a ligação das populações de Matosinhos e de Leça da Palmeira. A atual ponte móvel, inaugurada em 2007, tem mais 20 metros de vão do que a anterior, no sentido de permitir que passem por baixo mais navios sem necessidade de abrir, tendo – a título comparativo – um vão semelhante à Ponte D. Luiz I, no Porto. Com doze metros de profundidade, no leito do canal, é possível trabalharmos dia e noite sem contrangimentos das marés. As embarcações comerciais que se deslocam aos portos do Douro, bem como os rebo-

UM OLHAR SOBRE O NOVO TERMINAL DE CRUZEIROS

cadores, passam atualmente em Leixões sem necessidade de abrir a Ponte Móvel. Devo dizer que, desde essa época, o crescimento se foi verificando e a cidade se foi desenvolvendo, cada vez mais, na proximidade do Porto de Leixões. Já nos planos de 1955, existia uma zona de proteção portuária, que estava reservada para a atividade portuária e para uma eventual expansão das infraestruturas. Estou a falar, concretamente, da Quinta de Santiago e da Quinta da Conceição, em Leça da Palmeira, que foram adquiridas pela administração portuária

O novo Terminal de Cruzeiros que vai ser hoje inaugurado, representa um custo global de 49 milhões de euros, que foram financiados em 51 por cento pelo Programa Operacional Regional do Norte. O complexo dispõe de um cais com 340 metros de comprimento, 18 metros de largura e 10 metros de profundidade, com capacidade para a acostagem de navios até 300 metros. O edifício da Estação de Passageiros, que vale 24,85 milhões de euros, destina-se a serviço a navios em escala, ou que efetuem embarque/desembarque de passageiros, integra espaços de chegadas e partidas e respetivas áreas e gabinetes de serviços. Esta unidade terá ligação direta ao navio através de uma manga de acesso. O edifício acolherá o futuro Parque de Ciência e Tecnologia do Mar, no qual a Universidade do Porto concentrará os seus pólos de investigação ligados ao mar e promoverá as áreas de divulgação científica. Nas imediações existirá um Porto de Recreio náutico para 170 embarcações, plataforma para serviços de manutenção, cais de receção de em-

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e que só há duas/três décadas passaram para o domínio público. Também toda a frente portuária entre o Mercado de Matosinhos e a linha terminal do Metro era propriedade da APDL. Nunca houve perspetivas de efetivo alargamento para o interior das margens? A cidade começou a crescer e foi mais rápida do que o porto. Apesar da exiguidade, o porto conseguiu dar resposta às operações que lhe eram exigidas, tanto com as suas zonas de armazenagem, como com as boas infraestruturas rodoviárias entretanto construídas – avenidas envolventes e pontes. Quais é que foram os constrangimentos decorrentes desse rápido crescimento da cidade? Há uma década o Porto de Leixões tinha cinco portas de entrada, o que criava um problema na articulação entre a cidade e o porto. Temos cerca de 3000 camiões por dia que, na época, circulavam pela cidade. Há justamente dez anos foi construída a VILPL – Via Interna de Ligação ao Porto de Leixões, uma rodovia de três quilómetros que veio permitir uma ligação direta à VRI e à rede de auto-estradas. Das cinco portas, três foram fechadas, apenas funcionando as duas junto à ponte móvel – uma em Matosinhos, a outra em Leça da Palmeira – , destinadas a veículos ligeiros. CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE >

barcações e edifício com instalação de apoio aos navegantes, bem como um cais fluvio-marítimo para acostagem de embarcações que permitam proporcionar itinerários turísticos no Rio Douro. Desde a sua abertura, em 28 de abril de 2011, o novo cais de Matosinhos – ainda sem a Estação de Passageiros em funcionamento – já recebeu a visita de 126 navios de cruzeiro e mais de 170 mil passageiros, esperando-se, de acordo com Estudo de Viabilidade do novo Terminal, que, até 2018, sejam realizadas 111 escalas de navios de passageiros, comportando cerca de 126.500 passageiros. A APDL previu, para 2015, nesta altura, 90 navios – mais 12 por cento do que no ano passado – que representam cerca de 83.000 passageiros – acréscimo de 30 face a 2014 – e 42.700 tripulantes. No primeiro semestre do ano, o Porto de Leixões recebeu 39 navios de cruzeiros – mais 18 por cento do que em 2014 –, o que correspondeu à visita de 32.829 passageiros – mais 35% do que em igual período do ano passado –, bem como 15.700 tripulantes.


10 Tendo em conta as particularidades históricas da construção do Porto de Leixões e o revivalismo de muitos cidadãos matosinhenses face ao património desaparecido neste processo, acha que, finalmente, as pessoas já se habituaram à infraestrutura e estão cientes da importância que tem? Hoje em dia o matosinhense é uma pessoa que não vive, nem se deve sentir retratado, sem o seu porto. O Porto de Leixões e Matosinhos-Leça são duas realidades indissociáveis, o que se constata pela História deste porto de mar, que tem mais de 120 anos - já vem do Século XIX - e nasceu da necessidade de dar resposta logística quer à área en-

?

SABIA QUE O PORTO DE LEIXÕES... ... tem relação comercial com praticamente todo o mundo, ou seja com 181 países e territórios dos 194 reconhecidos pelas Nações Unidas? ... movimentou, no ano passado, cerca de 18,1 milhões de toneladas de carga, das quais 40 por cento foram referentes a exportação e 60 por cento a importação, com o petróleo em bruto e a sucata a liderar as compras ao exterior? ... vale seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 17 por cento do PIB da Região Norte? ... alcançou, em 2014, o seu recorde de operação de contentores, com o número de 666,6 mil TEU? Um TEU é uma unidade de medida internacional, correspondente a um contentor de 20 pés, que uniformiza a contagem absoluta por esta referência, mesmo que os contentores sejam maiores, ou mais pequenos.

volvente, quer a toda a Área Metropolitana do Porto e à Região Norte. A título pessoal, como é que encara a ligação da comunidade com o Porto de Leixões? A História tem colocado em evidência a presença e a funcionalidade de diversos agentes da cidade e do porto, em atividades conexas como a pesca, o ‘catering’, as manutenções, a camionagem e os agentes de navegação, numa relação que é de efetiva proximidade, mas também, muitas vezes, de ódio e amor. As pessoas podem apreciar cruzeiros, mas não gostam de navios de sucata, granito – neste que é o porto principal de exportação desta matéria-prima - e

estilha. Temos vindo a fazer um esforço enorme para melhorar a ‘performance’ da movimentação de carga, no sentido de mitigar e eliminar ruídos, poeiras e outros constragimentos. Estamos, igualmente, envolvidos com a Universidade do Porto e com a Universidade de Aveiro, ao nível da investigação científica, na procura de soluções que dêem resposta aos desafios do quotidiano, em todas as nossas áreas de atividade. Não tendo hipótese de se alargar, qual é que tem sido, na sua opinião, o segredo da eficiência do Porto de Leixões? Atualmente, aliamos a movimentação rápida de cargas, à informatização

de todos os processos. O Porto de Leixões trilhou um caminho de pioneirismo, com a instituição da designada “JUP – Janela Única Portuária”, por desenvolvida, que marcou uma revolução total em Portugal. A JUP permite que a autoridade portuária esteja ligada em rede com todos os agentes económicos e entidades oficiais do setor da navegação, desmaterializando mais de 50 documentos administrativos de um despacho. Hoje, numa base de inteira confiança, é possível agilizar a escala de um navio e de um camião ou comboio através do pré-anúncio das cargas movimentadas, o que aportou uma notável celeridade ao processo.

Investimentos a realizar Numa lógica de incremento da oferta logística em toda a área de influência do Porto de Leixões, a APDL destacou, de entre outros, os seguintes investimentos, a concretizar neste e no próximo ano: – Construção de raiz de um terminal ferroviário, no Pólo II da Plataforma Logística, junto à VRI, para substituir o antigo terminal ferroviário de Matosinhos, no sentido de descongestionar picos de tráfego rodoviário de mercadorias verificados nessa zona. – Construção de um novo feixe ferroviário em Leça da Palmeira, na Doca 2, para melhorar os acessos, quer rodoviários, quer ferroviários, com “grandes vantagens económicas e ambientais”, a concretizar este ano. – Terminal de Contentores Sul – Ampliação em 25 por cento e dotação da infraestrutura com um novo terminal ferro-marítimo, para articular os contentores com a ferrovia, em 2016, comportando a remodelação do Porto de Pesca. – Remodelação do sistema de pesagens na ferrovia dedicada à Siderurgia Nacional, este ano. - Relativamente às Plataformas Logísticas, o Pólo I está concluído - em termos de infraestruturas - e 30 por cento contratualizado. A inauguração será este ano e funcionará em pleno em 2017. O Pólo II, que inclui um grande armazém de 20 mil metros quadrados da empresa “Luís Simões” será inaugurado a breve trecho.


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G. D. M. FLOR DE INFESTA | SÃO MAMEDE DE INFESTA

O Teatro, a Música e Tanto Mais...

Quase à beira de completar um século de vida, dentro de dois anos, o Grupo Dramático e Musical Flor de Infesta, é uma coletividade dotada de uma dinâmica atividade artística, cultural, educativa e formativa. Além de assegurar produção própria da mais alta qualidade, no campo do Teatro e da Música, e de permitir manter em funcionamento, de entre outras atividades, uma Universidade Sénior com cerca de 100 alunos, o G. D. M. Flor de Infesta gera sinergias com entidades e personalidades dos mais variados quadrantes, pelo seu ecletismo, tolerância e espírito democrático, como ficamos a conhecer por parte de António Augusto, Presidente da Direção há 14 anos. Às portas da Quinzena Cultural de

São Mamede de Infesta, em que o G. D. M. Flor de Infesta se fará representar, no próximo dia 29 de julho, às 21h30, com a ‘Let’s Groove Big Band’ e o ‘The Stage Lights’, seus grupos residentes, na Praça da Cidadania, em São Mamede de Infesta, fomos conhecer a multifuncional sede da coletividade onde tudo se projeta com alma e onde também falámos com António Alves – Tony Alves no meio artístico – maestro da orquestra. À conversa com António Augusto, Presidente da Direção há 14 anos, ficamos a conhecer, pelo seu testemunho, que a ação diretiva demorou quase uma década a estabilizar. O nosso entrevistado é uma pessoa profundamente apaixonada pelo associativismo que aprecia a intergeracionalidade como meio de partilha de saber e de experiência. “É notável que, antigamente, muitas pes-

Cultura

soas vinham para o G. D. M. Flor de Infesta justamente por uma causa, porque para se abraçar um projeto desta envergadura é preciso ter amor, gosto e força”, destaca, lamentando: “Estamos perante uma geração muito velha à frente dos destinos do associativismo. A juventude não está muito interessada em pegar numa coletividade e pô-la a andar. Era bom se, ao menos, a profissionalização fosse possível, dado que a alternativa que resta é ter, efetivamente muita força e determinação”. António Alves antecipa para o concerto do próximo dia 29 de julho, na Praça da Cidadana, em São Mamede de Infesta, que a ‘Let’s Groove Big Band’ vai “apostar na continuidade, mas há sempre algo novo para mostrar, porque as músicas são variadas e existe um grande envolvimento com as pessoas”. A formação já conta com oito anos de existência, cinco dos quais no G. D. M. Flor de Infesta. O maestro dá a conhecer que a orquestra pretende enquadrar jovens que gostem de experimentar outros tipos de música e que tenham vontade de aprender, sendo que não existe um número limite de músicos O dinamismo vivido no G. D. M. Flor de Infesta envolve diretamente, no quotidiano da coletividade, cerca de 400 pessoas. “Atrevo-me a dizer que somos a coletividade mais dinâmica do concelho de Matosinhos”, declara, confiante, António Alves, numa opinião que é reiterada por António Augusto, Presidente da Direção. Este último considera que “a chave do sucesso é a organização e estamos no bom caminho. Sinto-me feliz por estar rodeado de pessoas credíveis e dinâmicas”.

Algumas atividades do G. D. M. Flor de Infesta: - Teatro para todas as idades, bem como Teatro Especial, destinado a pessoas com deficiência. - Escola de Música - Universidade Sénior - Noites de Fado - Noites de Poesia - Dois coros – “The Stage Lights” e “Estrela de Infesta” – e a orquestra “Let’s Groove Big Band”

Universidade Sénior Flor de Infesta Ano Letivo de 2015/2016: - Informática - Inglês - História do Porto - Formação Musical - Pintura - Fotografia Digital - Alemão - História das Religiões - Grupo Coral - Artes Decorativas - Ginástica Aplicada - Grupo de Cavaquinhos - Português – Conheça a sua Língua

ASSOCIAÇÃO “A HORA DO TEATRO”

Fomentar o gosto pelo Teatro entre gerações Criada formalmente este ano, a Associação “A Hora do Teatro”, surgiu há três anos, da ideia de um grupo de pessoas que integrava a Associação de Pais da Senhora da Hora. Estivemos à conversa com António Vilas, Presidente da Direção, após a vibrante peça de tatro infantil que a coletividade levou à cena do G. D. M. Flor de Infesta, com casa cheia, no passado dia 8 de julho, intitulada “Pedro e o Lobo – Teatro de Improviso com Histórias de Encantar”. Encontrámo-nos com António Vilas, logo que terminou a vibrante peça de teatro infantil que mexeu com a plateia do G. D. M. Flor de Infesta, composta,

maioritariamente por crianças dos campos de férias promovidos pela União das Freguesias de São Mamede de Infesta e da Senhora da Hora. O nosso entrevistado estava cansado, mas feliz e o motivo não era para menos – a peça de teatro infantil “Pedro e o Lobo – Teatro de Improviso com Histórias de Encantar” foi encenada em tempo recorde e é muito intensa, em termos cénicos, visuais e sonoros. Desde o início, temos a sensação de que tudo, mas mesmo tudo, pode acontecer às personagens das histórias que todos conhecemos, já que na peça contracenam, com “Pedro e o Lobo”, os “Três Porquinhos”, o

“Capuchinho Vermelho”, a “Branca de Neve” e o “Capitão Gancho”, entre tantos outros. A Associação “A Hora do Teatro” é composta, atualmente, por 30 pessoas, que se encontram a trabalhar, aficadamente, sob o desígnio de uma união muito grande. Os projetos são ambiciosos, mas bem sustentados, como afirma António Vilas. Além desta peça, a associação já levou à cena “Canais Cruzados”, que junta um relato de futebol, o ritual de um funeral e o comentário de uma tourada. O principal projeto, afirma o Presidente da Direção da Associação “A Hora do Teatro”, é “arranjar uma

sede para ensaiar, uma base fundamental para o nosso objetivo de levar os nossos espetáculos a todo o concelho de Matosinhos e, muito especialmente, ao Cineteatro Constantino Nery, o que muito nos honraria”. Enquanto tal sonho não se concretiza, António Vilas endereça uma mensagem muito especial: “Agradeço em nome de todo o grupo ao Padre Amaro Gonçalo, pároco da Senhora da Hora, bem como à Junta da União das Freguesias de São Mamede de Infesta e da Senhora da Hora, quer o espaço concedido para ensaiarmos, quer todo o incentivo e força que nos dão para continuar o nosso trabalho”.


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Desporto FUTEBOL

Leixões SC apresentou-se aos sócios A equipa matosinhense deu o pontapé de saída oficial para época 2015/16, vencendo, no seu primeiro jogo, os SUB-21 da equipa inglesa do Nottingham Forest por 3-1. Numa semana em que a equipa do Leixões SC realizou três jogos de pré-época, os Leixonenses defrontaram ainda o Gil Vicente (1-1) e o Boavista (1-1). Nestes três jogos já foi possível o técnico assistir ao empenho dos seus jogadores, que mostraram muita atitude e raça, elementos que o treinador deseja implementar na equipa. Perante os seus associados, o treinador da equipa pôde observar algumas jogadas interessantes com muitos remates, uma vez que, com apenas uma semana de trabalho, a condição física não é a ideal e há que dar ritmo de jogo a toda a gente. Entre os jogadores novos do plantel, aqueles que transitam da época passada e os sete ex-juniores promovidos, quatro vão lutar para ganhar um lugar durante a pré-época, nota para as quatro novidades que aumentam o leque de opções do técnico Manuel Monteiro. Ryan, Taha, Max, Ricardo Barros, Flávio Crista, Guo, Malafaia, André Rateira e Pan são as caras novas do Leixões. O destaque vai para o facto de estarem no atual plantel, 14 “bebés” que passaram pela formação do Leixões. De referir que no próximo dia 8 Agosto está previsto o início do campeonato da Segunda Liga, cujo sorteio ditou, na 1.ª jornada, a deslocação do Leixões a Mafra, para medir forças com a equipa local.

Sócios rejeitam por larga maioria demissão do Presidente do Leixões SC O Presidente do Leixões SC, Carlos Oliveira, apresentou a demissão do cargo de presidente do Leixões, no decorrer da Assembleia-Geral do clube, convocada para apresentar o relatório do grupo de trabalho que fez a análise das contas do período entre 2004-2014, bem como do Relatório de Gestão e Contas 2013/14. Surpreendido pelo facto de o presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Leixões SC, Manuel Leão Tavares, ter aceitado duas moções no decorrer da assembleia, Carlos Oliveira anunciou de imediato a sua demissão pois considera as referidas moções «lesivas do seu bom nome».

Todavia, o Presidente da Assembleia-Geral não aceitou o pedido tendo ambas as moções, sido rejeitadas por uma larga maioria dos cerca de 100 associados presentes na votação que se seguiu. Apesar do pedido de demissão do Presidente do Leixões, Carlos Oliveira continuará a presidir à SAD do clube matosinhense.

STREET BASKET

“O Matosinhense” presente no IV Street Basket da Vila de Guifões

destinado ao futebol masculino e feminino de entidades e personalidades da União das Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões.

Campanha de Solidariedade em Guifões A AUMP organizou uma campanha de solidariedade, no passado dia 12 de julho, da parte da manhã, em Guifões, A iniciativa foi composta por uma caminhada e uma pedalada e visa angariar alimentos para as famílias mais carenciadas da freguesia.

Festival de Dança no 46.º Aniversário da ADR Junqueira

Numa parceria realizada com o jornal “O Matosinhense”, o Guifões Sport Clube organizou o IV Street Basket 3x3 da Vila de Guifões. Este evento, que decorreu nos dias 11 e 12 de julho, junto ao Parque de Estacionamento do Pavilhão Municipal de Guifões, teve como ponto alto a entrega de troféus às equipas participantes. A iniciativa está inserida na V edição do projeto “Guifões - Capital do Basquetebol”, que decorrerá durante o próximo mês de setembro. Este evento contou com o apoio, de entre outras entidades, da Associação de Basquetebol do Porto e da Federação Portuguesa de Basquetebol.

Futebol de Rua é projeto de inclusão social na AUMP Monte dos Pipo

Inserido nas comemorações do 46.º Aniversário da ADR Junqueira, foi organizado pela coletividade o 2.º Campeonato Whosthebest. Este evento, realizado no Pavilhão Municipal, Santa Cruz do Bispo, tratou-se de uma competição de Dança inserida também no 11º Festival de Dança da ADR Junqueira e permitiu a presença de mais de 20 grupos. 8 grupos no escalão infantil e12 grupos no escalão sénior. No escalão infantil venceu o grupo “Just Dance School”, já no escalão sénior a vitória na competição foi atribuída ao grupo “Praxis Crew”.

FUTSAL

Alfa Académico Clube realiza captações para Futsal

A Associação União Monte dos Pipos (AUMP) vai levar a efeito, no próximo dia 8 de agosto, pelas 10 horas, no Centro Cívico de Custóias, o projeto de inclusão social de Futebol de Rua. Este projeto é

A coletividade da Senhora da Hora está a realizar captações de atletas de futsal, nos seus mais variados escalões, em particular em Séniores Femininos. O Alfa AC é uma coletividade que disputa os campeonatos Distritais de Futsal da AF Porto, em todos os escalões, sendo reconhecido por muitos por este posicionamento.

Senhora da Hora Futsal vence

Taça Campeonato Amador

A equipa do Senhora da Hora Futsal, venceu a Final da Taça da Liga Futsal Sport 2015. É mais um título a juntar a muitos outros obtidos pela equipa matosinhense. Num encontro disputado entre as duas melhores equipas no campeonato, o Campeão da Liga Futsal Sport, o AC Gaia, não soube impor a sua condição e foi derrotado (4-3) nesta final pelo Vice-campeão da liga, Senhora da Hora Futsal, que assim impediu a equipa gaiense de fazer a “dobradinha”. A Liga de Futsal Sport é uma liga amadora que conta com apadrinhamento de Cardinal, Gabi e Sandro Barradas, reconhecidos jogadores de futsal e os seus jogos decorrem habitualmente, no pavilhão do Instituto Politécnico do Porto. O Senhora da Hora Futsal é um clube fundado em 2005 por antigos jogadores federados de futsal, e que cujo seu objetivo era participar nos torneios de futsal da ULS. Paulo Araújo, capitão de equipa que acumula também as funções de um dos responsáveis do clube matosinhense, revela o segredo para tanto sucesso da equipa: “Passa por serem um enorme grupo de amigos fantásticos, que gostam muito de jogar futsal”. Acrescenta ainda, que “a equipa consegue ser mais forte todos os anos, devido aos nossos jogadores serem uns autênticos guerreiros”. E dá como exemplo: “Não esqueço alguns dos nossos jogadores, em determinados jogos, estarem bem lesionados, e mesmo assim quiseram ir para o campo e nunca desistiram. Mesmo em raros momentos maus, em que a nossa equipa possa ter estado”. Só com alguns patrocínios e sem apoios estatais, segundo este responsável, o principal objetivo do Senhora da Hora Futsal passa por conviverem juntos e jogarem futsal até aos 90 anos de vida. Os custos elevadíssimos que comportam qualquer participação de uma equipa numa competição federada, impedem o Senhora da Hora Futsal de se elevar para um patamar mais alto ao nível competitivo. Para João Oliveira, técnico da equipa, “apesar de a nossa equipa estar ao nível de muitas equipas de 1.ª Divisão Nacional, não está nos nossos objetivos, pelo menos para já, de participar em campeonatos federados”. Acrescenta ainda, “o que vemos por aí são equipas que participam nas ligas amadoras, porque não puderam suportar elevados custos com


13 a sua participação em campeonatos federados. Por isso, as ligas amadoras têm muita qualidade”. Para Rogério Sousa, jogador da equipa e também responsável do clube, “o futsal deve passar pelas várias equipas apostarem jogar numa liga diferente e muito bem organizada, essencialmente com jovens, pois o que não faltam é jovens a querer jogar futsal, nomeadamente no desporto escolar.” Este responsável da equipa matosinhense lamenta que, “as federações e associações de futsal sejam mal geridas e que á custa dos clubes ganhem muito dinheiro com inscrições e multas”, concluindo que “a profissionalização das equipas é essencial”.

Barranha SC entrega faixas ás meninas do futsal pelo titulo conquistado

Chegar ver e vencer. Assim se define a equipa sénior feminina de futsal do Barranha SC que venceu o campeonato distrital da 2.ª divisão da Associação de Futebol do Porto, na época 2014/2015. Uma equipa constituída, maioritariamente, por jogadoras com idade de júnior, que competem juntas há pelo menos três anos, nesta época de estreia, o Barranha SC fez a festa do título a três jornadas do fim, arrasando por completo toda a concorrência. Este fim de semana, as faixas de campeãs distritais de 2.ª divisão feminino de futsal foram empossadas a todo o seu plantel da equipa feminina e staff. Depois deste brilharete, a equipa irá lutar na próxima época pelos primeiros lugares na 1.ª Divisão Distrital, e sonhar com a possibilidade de subir à 1.ª Divisão Nacional.

Terminaram os XI Jogos do Eixo Atlântico

Chegou ao fim mais uma edição dos Jogos do Eixo Atlântico, que decorreram entre os dias 5 e 10 de julho, reunindo

cerca de 1800 atletas e técnicos de 28 concelhos do norte de Portugal e da Galiza e que, pela primeira vez, foram organizados em conjunto pelos três municípios da Frente Atlântica. Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia. A seleção de atletas Sub-16 que representou o concelho de Matosinhos, conseguiu diversos resultados de relevo, com destaque para o segundo título consecutivo de voleibol feminino (o terceiro das últimas quatro edições), e ainda os troféus de segundo lugar por equipas feminino em atletismo de pista, atletismo de pista masculino e atletismo de pista adaptado. A seleção matosinhense obteve ainda o terceiro lugar por equipas em natação pura feminina. A representação de Matosinhos destacou-se a nível individual, com a obtenção de 11 medalhas de prata e três de bronze, conseguidas nas modalidades de natação e atletismo. Num ambiente de grande animação, convívio e ‘fair-play’, subiram ao pódio para a entrega dos troféus as delegações vencedoras de cada modalidade: Andebol. Atletismo, Basquetebol, Futebol de 7, Natação, Ténis e Voleibol. Para entregar os prémios estiveram presentes os representantes dos três municípios organizadores.

CITY RACE

GD 4 Caminhos vence prova em Penafiel

O Grupo Desportivo dos 4 Caminhos participou no dia 12 de julho, com 36 atletas, no Penafiel City Race, a quarta etapa do Circuito Portugal City Race. O evento foi organizado de forma exemplar pela Associação Desportiva de Cabroelo e pela Câmara Municipal local. O evento contou com 12 percursos diferentes desde a formação até à alta competição, tendo a equipa matosinhense conquistado vários lugares no pódio. Destaque para Tiago Gingão Leal que venceu no setor Elite masculino, enquanto Carolina Delgado venceu no setor Elite feminino. O Circuito segue agora para Viseu, onde o Clube de Orientação de Viseu - Natura, organiza a 5.ª etapa no dia 6 de setembro, incluída nas festividades da Feira de S. Mateus. O GD 4Caminhos organiza a prova de encerramento no Porto – o Porto City Race - de 25 a 27 de Setembro, onde já se encontram inscritos participantes de oito países.

ANDEBOL

Padroense F.C. encerra Época Desportiva em Convívio A secção de Andebol do Padroense F.C. levou a efeito, no passado dia 18 de julho, o encerramento da presente época desportiva. A iniciativa juntou, nas instalações do Padroense F.C., toda a família andebolista do clube, num momento de confraternização e convívio entre aqueles que, ao longo desta época finda, ajudaram a projetar esta modalidade.

VELA Na Regata Ria do Ferrol Gonçalves totalista

Serafim Gonçalves, velejador da classe “laser”, de origem matosinhense, há década e meia a defender as cores do Clube Naval Povoense/Bicasco, esteve em particular destaque na sexta edição da Regata Ria do Ferrol, na Galiza, ao dominar claramente a competição organizada pelo Grupo Bazan, cujo programa englobava a disputa de seis regatas. O laserista do clube poveiro, único português que participou no evento, dominou por completo a “concorrência”, uma vez que, para além do triunfo em si, conseguiu superiorizar-se em todas as regatas concretizadas. A performance que registou na competição do Ferrol permitiu a Gonçalves a obtenção de um triunfo destacadíssimo, com apenas cinco pontos de penalização, uma vez que, quanto aos seus companheiros de pódio, Jaime Acebal, do Marítimo de Oza, foi segundo a seis pontos do vencedor, enquanto Yago Carballo (Liceo Marítimo de Bouzas), que ocupou o terceiro patamar do pódio, ficou a 14 pontos de Gonçalves, em parceria com Ricardo Macian, igualmente do Marítimo de Oza. De salientar que, com esta vitória, Serafim Gonçalves elevou para sete o número de triunfos obtidos na presente época, três dos quais obtidos em águas galegas. Competir na Semana Náutica da Corunha, cuja prova terá início no primeiro dia de Agosto, e em cujo evento é presença habitual, será o próximo desafio do velejador do Naval Povoense. A.M.C.

Presença matosinhense no Campeonato do Mundo de Vela da Classe 420 no Japão Quatro jovens do Porto participam desde o dia 17 de julho, no Campeonato do Mundo de Vela Classe 420 em Karatsu, no Japão, com a ajuda de ‘crowdfunding’, alternativa de financiamento que conta com apoios da comunidade para doações. As tripulações de sub-17 Miguel Santos/Manuel Pimenta e Miguel Rothes/Manuel Pessanha, do Clube de

Vela Atlântico (CVA), Matosinhos, decidiram lançar projetos de ‘crowfunding’ para conseguirem alinhar entre os participantes de mais de 20 países, já que os custos inerentes a esta participação são muito elevados. Ângelo Monteiro

Opinião Desportiva O bom exemplo do futebol feminino… lá fora José Leirós Terminou, no dia 5 deste mês, o Campeonato do Mundo de futebol feminino, que decorreu no Canadá. Uma organização da FIFA e que teve como anfitrião o Canadá. Esta organização é idêntica ao Mundial que se disputou no ano passado no Brasil. No período em que decorreu a competição de senhoras viu-se estádios com muito público, publicidade das grandes marcas, patrocinadores e todos os jogos televisionados para todo o Mundo. Em Portugal quem quis assistir recorreu à Eurosport. Tudo igual nos critérios. Jogos de seleções africanas com europeias e arbitradas por asiáticas. Sim, as equipas de arbitragem eram formadas por mulheres. Quanto aos treinadores, algumas seleções foram orientadas por mulheres e outras por homens. E durante o jogo tudo igual. Passes em profundidade, cruzamentos, discussões, fair play, empurrões e rasteiras, cargas legais e ilegais, desvios e toques subtis, grandes penalidades e pontapés de canto bem executados e lançamentos de linha lateral curtos e longos. Jogadas bonitas e grandes golos, festejados no terreno de jogo, no banco dos suplentes e nas bancadas coloridas e em festa. Na generalidade jogadoras belas e com um corpo interessante. E a Seleção Nacional? Não esteve presente, ficou em casa, não foi apurada! O governo português e as autarquias devem em consonância com o desporto escolar e associativo incentivar com programas de apoio para o futebol feminino português. A Federação Portuguesa de Futebol já deu o primeiro passo para todos os clubes que se dedicam a esta modalidade terem um incentivo financeiro. Mas não chega. A televisão pública também devia fazer um esforço na divulgação e promoção do futebol feminino. O Estado ainda vai a tempo. Se tanto publicita a liderança das mulheres na gestão das empresas em diversas atividades profissionais e as cotas partidárias nos momentos eleitorais, era altura de termos mais mulheres em diversas modalidades coletivas.


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Comércio Tradicional CHARCUTARIA O PORQUINHO

Sabores de excelência partilhados de geração em geração

Criada há 32 anos, na Rua Brito Capelo, em Matosinhos, junto à ligação com a Rua França Júnior, a Charcutaria O Porquinho é uma referência da cozinha caseira, dos queijos e enchidos e da confeitaria do nosso concelho. Estivemos à conversa com Alberto Henriques, um dos sócios, que nos falou apaixonadamente do desafio abraçado há 22 anos, quando foi adquirido o estabelecimento comercial aos anteriores proprietários. Tudo começou em agosto de 1993. Depois de adquirido o trespasse, seguiu-se uma profunda remodelação da loja, durante 3 meses, antes da reabertura ao público em fins de novembro desse ano. Desde então, a Charcutaria O Porquinho tem trilhado um caminho de sucesso, assente na qualidade de to-

ASSOCIATIVISMO: MOTOR DE DESENVOLVIMENTO Jorge Gonzalez Esteves Falando de Associativismo não podemos deixar de falar da forma como as Associações se organizam, como se relacionam com os seus Associados e com os seus parceiros, quer sejam públicos ou privados. Vamos falar apenas das Associações sem fins lucrativos que normalmente apenas têm como receitas a boa vontade dos seus Associados e um ou outro subsídio recebido como compensação de serviço comunitário realizado, podendo ser local, regional ou nacional.

dos os produtos comercializados. “Temos uma variedade muito grande de pratos”, destaca Alberto Henriques. Perguntamos quais - naquela hora em que o mais provável é querer provar algum - e a resposta é tentadora: “Leitão Assado à Bairrada, vindo diretamente da mais típica proveniência – a Mealhada – , um bom Queijo da Serra, do qual somos depositários, o Frango Assado no Espeto e os Salgadinhos, ambos hora a hora, bem como uma grande variedade de pratos, nomeadamente Bacalhau à Moda da Casa, Bacalhau Gratinado, Bacalhau Assado na Brasa, Rojões e Cozido à Portuguesa”. Mas há mais, muito mais – Cabrito Assado, Vitela Assada e Tripas à Moda do Porto, de entre outras iguarias, tais como fumeiros das melhores regiões. Diariamente, a Charcutaria O Porquinho serve, em mesas e ao balcão,

seis pratos de peixe e o mesmo número, ou sete, de carne, pelo que liberdade de escolha não falta ao cliente mais exigente. À cozinha caseira juntam-se os petiscos e os pratos rápidos, onde o Panado em Pão, o Bucho, o Polvo, as Moelas, a Francesinha e os Cachorros são os preferidos. O fabrico de pastelaria também é uma forte tradição desta casa e, neste campo particular, o famoso Bolo-Rei com nozes e pinhões, bem como o Pão de Ló com ovos caseiros, são duas imagens de marca. É por tudo isto que, ano após ano, as diferentes gerações de clientes, muitos da mesma família, depositam a sua preferência na Charcutaria O Porquinho, aí comprando especialidades para levar para casa, saboreando uma boa refeição ou simplesmente tomando um café, numa das zonas mais emblemáticas de Matosi-

nhos. Esta é uma realidade que cativa o nosso entrevistado que, ainda assim, gostaria de ver “mais gente e mais movimento na Rua Brito Capelo”. Alberto Henriques recorda que quando há cerca de um ano se realizou uma feira de rua, nesta artéria de Matosinhos, se gerou “muita afluência a todo o tipo de estabelecimentos à volta, o que foi muito positivo”. Saudoso do tempo em que os marinheiros se detinham pela Rua Brito Capelo, nas longas escalas que os seus navios faziam no Porto de Leixões, na mesma época em que existiam cerca de duas dezenas de fábricas conserveiras, só espera que o Terminal de Cruzeiros seja, de facto, a promessa que se perspetivou – um meio para voltar a inundar Matosinhos de gente.

Que fique bem claro que, todo o meu pensamento sobre este assunto é generalista e nunca confinado às fronteiras do Concelho de Matosinhos. Sou um acérrimo defensor do Municipalismo e, continuo a acreditar que os Órgãos Autárquicos, como elemento mais próximo das populações devem ser o motor de credibilidade e de dinâmica para o desenvolvimento de um qualquer país. Claro que da teoria à prática vai uma razoável distância e, pelo nosso país fora, temos belíssimos exemplos assim como também temos Concelhos e Freguesias em que tudo está dependente dos bons ou maus humores de alguns. Dito isto e porque, para nós, o que deve interessar são os bons exemplos, falemos daqueles em que eleitos, eleitores e trabalhadores autárquicos, remam para o mesmo lado e para o mesmo fim: Melhorar a qualidade de vida

na terra onde vivemos e trabalhamos. Estando reunidas todas as qualidades mais nobres dos eleitos, compete ao cidadão mostrar toda a sua capacidade de utilizar o melhor de si no apoio à comunidade em que está inserido e para a qual quer, obviamente, o melhorTemos o dever de desenvolver a individualização em prejuízo do individualismo apesar de termos consciência que é mais fácil para quem dirige, satisfazer o ego dum individualista do que de quem dá preferência ao colectivo. Digamos que, é errado mas humano. Algumas Autarquias têm defendido e levado à prática a chamada Democracia Participativa que, teoricamente, nos faz crer que o Poder Local não receia a Cidadania ativa, os movimentos associativos e as propostas que daí possam chegar. A esse apelo é bom que as Associações respondam afirmativamente reali-

zando e pedindo ajuda para concretizar um associativismo citadino, contribuindo para fazer compreender quem nos governa de que há milhares e milhares de cidadãos indisponíveis para a prática da política partidária mas completamente disponíveis para liderar missões inovadoras e com um empenhamento Associativo e colectivo que permitem ultrapassar dificuldades e ampliar recursos.

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UTILIDADES

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Isabel S. Sousa Por Isabel S. Sousa, do afixo “CayoCarpo” CARACTERÍSTICAS E HISTÓRIA: Tal como o nome indica é uma raça originária do Peru. Existem três tamanhos para machos e fêmeas. Pequeno: de 25 a 40 cm, Médio: de 41 a 50 cm e Grande: de 51 a 65 cm. O peso está relacionado com os três tamanhos, para os machos e para as fêmeas. Pequeno: de 4 a 8 kg, Médio: de 8 a 12 kg e Grande: de 12 a 30 kg. O Cão Sem Pelo Do Peru é um cão elegante e fino, cuja aparência expressa velocidade, força e harmonia, sem nunca aparecer grosseira. A característica principal é a ausência de pelos no corpo, e os dentes geralmente ausentes, fator ligado com a sua genética. Em tempos foi objeto de curiosidade dos peruanos de diferentes períodos, devido à atribuição de diferentes propriedades exóticas. Observam-se em representações que aparecem em imagens de cerâmica de diferentes culturas pré-Incas; em muitos casos, o Cão Sem Pelo Do Peru substituiu as representações de pumas, serpentes ou falcões, destacando-se um maior interesse com a cultura Chancay. Pode ser visto nestas representações, a partir de 300 a.C., até 1460 d.C. COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO: É um cão nobre e afetuoso com a sua família, sendo um excelente companheiro para as crianças quando educado desde cedo a conviver com elas. Na presença de estranhos é cauteloso e um bom guardião sem apresentar sinais evidentes de agressividade. É considerado uma raça rara, não estando ainda muito desenvolvida. O facto de não ter pelo no corpo faz com que a temperatura corporal seja mais elevada do que as outras raças, sendo muito quente ao toque. Devido a esta característica é uma raça usada no inverno para aquecer as camas da população dos picos dos Andes, ajudando assim a passarem um inverno mais quente e confortável.

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A acção de manutenção do Parque Infantil Florbela Espanca, levada a efeito pela Junta da União das Freguesias de Matosinhos-Leça da Palmeira, deverá terminar no próximo dia 24 de Julho. Esta intervenção visa minimizar o estado de degradação em que aquele espaço se encontrava e garantir as condições de segurança e conforto a todos os seus utilizadores, especialmente, das crianças e jovens. Recorde-se que está prevista uma intervenção de fundo em todo o Parque Florbela Espanca (nascente/poente), que será executada pela Câmara Municipal de Matosinhos, no âmbito do projecto de requalificação que está a ser elaborado por uma arquitecta do município. Para o Presidente da Junta, Pedro Sousa, “as nossas crianças e jovens não podiam esperar mais tempo e, por isso, decidimos avançar com estas obras de manutenção e conservação do parque infantil. Importa realçar que esta acção foi consertada com a Câmara Municipal e que temos acompanhado muito de perto a elaboração do projecto de requalificação de todo o espaço”. A abertura do parque infantil está prevista para o próximo dia 25 de Julho, Sábado, pelas 10h e contará com diversas actuações musicais, dança e jogos infantis.

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Mar Summer Music | Mar Shopping (Leça da Palmeira) | Palco Interior 24 de julho | 21h30 | Clã 31 de julho | 21h30 | Cuca Roseta Entrada Gratuita Orquestra de Jazz de Matosinhos com Manuela Azevedo 25 de Julho de 2015 | 22h00 | Marginal de Matosinhos Entrada Gratuita IV Festival de Danças e Cantares (Espetáculo de Solidariedade) 25 de Julho | Sábado | 18h30 ALADI (Lavra) | Entrada Livre Quinzena Cultural de São Mamede de Infesta | Noite do G. D. M. Flor de Infesta “Let’s Groove Big Band” e “The Stage Lights” 29 de julho de 2015 | 21h30 | Praça da Cidadania (São Mamede de Infesta) EXPOSIÇÕES: “O Mundo de Lobo Antunes”

De 17 de julho a 19 de setembro | Espaço expositivo da Biblioteca Municipal Florbela Espanca (Matosinhos) Mostra de fotografias de Ana Carvalho “O Sagrado na Coleção Municipal” De 18 de julho de 2015 a 4 de outubro de 2015 | Museu da Quinta de Santiago Exposição de Pintura, Desenho, Escultura e Cerâmica. “1982 – 2015: Trinta e três anos de oficina ou a memória do regresso ao quarto dos brinquedos” de Carlos Marques De 25 de julho (inauguração - 17h00) a 17 de outubro | Galeria Municipal Horário: 2.ª a 6.ª feira (9h00-12h30 | 14h00-17h30). Sábados e feriados (15h00-18h00). Encerra aos domingos.

FESTAS RELIGIOSAS: Festa de Nossa Senhora dos Remédios (ou do Carvalho Santo) Primeira semana de agosto | Leça do Balio (Lugar do Araújo) Festa do Senhor 9 de agosto | Lavra

Cavaco Silva visita fábrica de Conservas Pinhais

Num périplo que contemplou também a visita a outras cidades que marcam a sua referência na área piscatória, em

Números úteis

Polícia Judiciária - Porto - 225 088 644 Municipal de Matosinhos - 229 398 560 P. S. P. - Custóias - 229577940 P. S. P. - Matosinhos - 229 383 427 P. S. P. - Comando, Porto - 222 006 821 P. S. P. - S. M. de Infesta - 229 026 538 Bombeiros Leça da Balio - 229 511 330

Matosinhos, o Presidente da República acompanhou o processo artesanal de conservação do peixe. Note-se que nas

Leixões - 229 380 018 Matosinhos, Leça - 229 984 190 Moreira da Maia - 229 421 002 São Mamede de Infesta - 229 010 017 Sapadores do Porto - 225 073 700 Hospitais Maria Pia - Pediátrico - 226 089 900 Pedro Hispano - 229 391 000 Santo António - 222 077 500

Farmácias de serviço TEATRO: “Auto do Autocarro do Inferno” | Sátira do “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente, adaptada aos tempos atuais. 25 de julho | 21h30 | G. D. M. Flor de Infesta (São Mamede de Infesta) OUTRAS SUGESTÕES: Vinho Verde Wine Fest 23 a 26 de julho | Alfândega do Porto ENCONTROS MENSAIS DE CARROS CLÁSSICOS NO PARQUE DA FEIRA DA SENHORA DA HORA, EM MATOSINHOS. Ao 4º Domingo de cada mês, realiza-se no parque de estacionamento da feira da Senhora da Hora os encontros mensais de carros clássicos. Esta iniciativa, para além juntar várias máquinas antigas e possibilitar assim vários momentos de grande beleza automobilística, visa ainda apostar principalmente no convívio entre todos os participantes.

Conservas Pinhais, apenas nas fases de esterilização e cravação das latas são utilizadas máquinas. De resto, todo o trabalho é executado por 80 trabalhadores. Pedro Sousa, Presidente desta autarquia, foi um dos convidados que integraram esta comitiva e teve a oportunidade de partilhar algumas palavras com o actual Chefe de Estado. “Deixei a nossa preocupação em relação à falta de apoios ao sector das pescas, sector tão importante para a nossa economia e que, directa e indirectamente, emprega milhares de pessoas. Apostar nas potencialidades endógenas de cada região é cada vez mais importante para nos diferenciarmos e ganharmos mais peso competitivo. Matosinhos é uma cidade de enormes recursos e estes processos artesanais, adaptados às necessidades actuais, são, sem dúvida, uma mais valia neste mercado”, concluiu o autarca.

São João - 225 512 100 Cruz Vermelha Portuguesa 229 351 515 EDP - Linha de Apoio 800 506 506 INDAQUA - Matosinhos | PIQUETE 229 399 950

Dia 23

Farmácia Gramacho Avenida Dr. Fernando Aroso, 423 Leça da Palmeira Tel.: 229 951 783

Dia 24

Farmácia Ferreira de Sousa Rua Nova do Seixo, 41 Senhora da Hora Tel.: 229 536 096

Dia 25 Farmácia do Parque Av. D.Afonso Henriques, 598 Matosinhos Tel.: 229 380 830 Dia 26

Farmácia Saúde Rua Hintze Ribeiro, 292/296 Leça da Palmeira Tel.: 229 951 701

Dia 27 Farmácia José Morais Praceta António Sérgio, 319 Matosinhos Tel.: 229 375 367 Dia 28

Farmácia do Viso Estrada Exterior da Circunvalação, 12080 – Lj. 2 | Senhora da Hora Tel.: 226 160 176

Dia 29

Farmácia Benisa Av. Arquiteto Fernando Távora, CC IKEA - Lj.0.040 A, N.º 231 | Perafita Tel.: 229 963 134

Dia 30

Farmácia Veloso Ribeiro Largo Padre Joaquim Pereira San- tos, 376 | Guifões Tel.: 229 537 376

Dia 31 Farmácia Faria Rua Roberto Ivens, 126 Matosinhos Tel.: 229 380 285 AGOSTO Dia 1

Farmácia Beleza Rua Coronel Alberto Laura Moreira Júnior - Rodão, 276 Leça da Palmeira Tel.: 229 942 969

Dia 2

Farmácia Moderna (Custóias) Rua Nova do Seixo, 1497 | Custóias Tel.: 229 510 063

Dia 3 Farmácia Peninsular Avenida da República, 685 Matosinhos Tel.: 222 000 707 Dia 4

Farmácia Ferreira da Silva Rua Sara Afonso, 105-117 - Norte Shopping - Piso 0 – Lj. 140 Senhora da Hora Tel.: 220 120 500

Dia 5 Farmácia Matosinhos Sul Rua Sousa Aroso, Nº120 Matosinhos Tel.: 222 007 640 Dia 6

Farmácia Pedra Verde Rua da Mainça, 89 São Mamede de Infesta Tel.: 229 010 949

Dia 7

Farmácia Rocha Pereira Rua Brito Capelo, 426 | Matosinhos Tel.: 229 558 386

Dia 8

Farmácia Esposade Rua António José de Almeida, 1244 | Custóias Tel.: 229 545 541

Dia 9

Farmácia São Mamede Alameda Futebol Clube de Infesta, 15 | São Mamede de Infesta Tel.: 229 059 860

Dia 10 Farmácia Lopes Veloso Rua de Brito Capelo, 124 Matosinhos Tel.: 229 380 006 Dia 11

Farmácia E. Falcão Rua Moinho do Vento, 231 Leça da Palmeira Tel.: 229 952 680

Dia 12 Farmácia Sousa Oliveira Largo do Souto, 76 Custóias Tel.: 229 515 084


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